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Projeto Ilha de Santa Bárbara MA

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PROJETO COMPLEXO DE SANTA BÁRBARA1 
 
Julia, Pedro Marcelo, Rafael, Wictor2 
Ingrid Tavares; David Debella; Joel Diniz, Fernando Beckman, Deivit 
Nascimento3 
 
RESUMO 
É sabido que para a execução de um bom projeto, diversos fatores devem ser levados 
em consideração, dentre eles o estudo do solo, o método mais viável de construção para 
o local em questão, bem como o transporte e a alocação dos materiais. Conforme foi 
averiguado o perfil do solo disponível in loco, optou-se por utilizar a técnica construtiva 
de fundação de radier, fazendo uma avaliação da resistência da mesma. E por fim foi 
apresentado um meio de energia renovável para alimentar o circuito dimensionado. 
Palavras-chaves: Técnicas - Construtivas. Tipo de solo. Energia Sustentável. 
 
1. INTRODUÇÃO 
A 152 km de São luís, capital do estado do Maranhão, está localizada 
Turiaçu. Com uma estimativa de 34.949 habitantes (IBGE, 2016), o município tem 
como base econômica, agricultura, comércio e pesca, sendo a pesca a principal fonte de 
renda. Na zona norte de toda a região de Turiaçu, existem diversas praias povoadas e 
que são de interesse turístico, por serem praias mais isoladas e íntimas, por assim dizer. 
Na área esquerda da zona norte, fica a Baía do Mutuoca e, do lado direito, a Baía do 
Turiaçu, com praias como Praia do Mutuoca, Praia das Cunhãs, Praia do Sababa, Ilha 
do Atim, Ilha da Areia Branca, Ilha de Santa Bárbara. Esta última, objeto de estudo de 
caso, tem sua localização estimada na região central, no lado direito, a aproximadamente 
4 horas de barco, partindo de Turiaçu. 
Com cerca de 1.000 habitantes, a ilha de Santa Bárbara vem sendo assistida 
pelo MEAP – Missão Evangélica de Assistência aos Pescadores, agência missionária 
que foi fundada em 1986, por Márcio Garcia e Damares, sua esposa. Essa agência 
missionária surgiu com a proposta de levar o evangelho e ajuda social a comunidades 
 
1 Projeto Interdisciplinar da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco- UNDB. 
2 Alunos do 7º Período, do Curso de Engenharia Civil, da UNDB. 
3 Professores orientadores. 
 
de pescadores ribeirinhos ao longo da costa brasileira e também em rios, que ficam 
isoladas, ilhadas, com acesso restrito a transporte hidroviário e onde há muita carência, 
em todas as esferas, até mesmo pela falta de facilidade de acesso. Os missionários do 
MEAP já atuam na ilha, fazendo viagens missionárias, com pessoas capacitadas para 
fornecer atendimentos ambulatoriais básicos e palestras e, também, seminaristas para 
pregar o evangelho. 
O próximo passo do MEAP em Santa Barbara é a execução de um projeto 
arquitetônico de um centro comunitário de apoio as famílias que moram nas 
proximidades da ilha de Santa Barbara. O complexo conta com salas de aula, 
consultórios - tanto odontológico, quanto médico -, biblioteca multiuso, escritório, 
ginásio com arquibancadas e depósitos, horta, parquinho, banheiros e uma casa 
missionária. Casa esta, com varanda, sala, cozinha, área de serviço, 2 quartos e uma 
suíte, alojamentos - feminino e masculino -, com seus respectivos vestiários. 
Um projeto como esse é de grande valia social, visto que será capaz de 
atender a população da ilha, onde não há atenção básica pública, direito de todo ser 
humano. Ao oferecer educação e esportes, o MEAP planta, em todos, uma esperança de 
um futuro melhor, onde todos terão a chance de aprender a ler, escrever, desenvolver 
pensamentos, sonhar. Coisas antes nunca cogitadas por causa de toda restrição local e 
social. 
 
2. SUSTENTABILIDADE 
Giordano (2005) afirma que, de acordo com a ONU, a sustentabilidade 
engloba os seguintes pontos: conservação do solo, água e recursos genéticos animais e 
vegetais, sendo apropriado de forma técnica, econômica e social. 
A noção de sustentabilidade incorpora 
uma clara dimensão social e implica atender também as 
necessidades dos mais pobres de hoje, outra dimensão 
ambiental abrangente, uma vez que busca garantir que 
as satisfações das necessidades de hoje não podem 
comprometer o meio ambiente e criar dificuldades para 
as gerações futuras. Nesse sentido, a ideia de 
desenvolvimento sustentável carrega um forte 
conteúdo ambiental e um apelo claro à preservação e à 
recuperação dos ecossistemas e dos recursos naturais 
(BUAINAIN, 2006, p. 47). 
 
 
Com isso, pode-se perceber então que o alcance do termo sustentabilidade 
vai muito mais adiante do que apenas não destruir o ambiente, associar as questões de 
qualidade de vida, rivalidade entre as empresas, tecnologias limpas, responsabilidade 
social, utilização dos recursos de forma racional, entre outros. 
Algumas ações sustentáveis: Exploração de recursos vegetais de florestas 
de forma controlada; Preservação de área verde; Produção e consumo de produtos 
orgânicos; Utilização de energia sustentável (eólica, solar); Criação de empresas 
voltadas a reciclagem de materiais sólidos, diminuindo lixo e gerando renda a 
comunidade; Atitudes voltadas para o consumo controlado de água. 
 
2.1.FONTES DE ENERGIA SUSTENTÁVEL 
Pode-se dizer que a energia renovável é oriunda de processos naturais que podem 
ser reabastecidos e incluem energia solar, eólica, biomassa, geotérmica, hidrelétrica, 
energia maremotriz e biocombustíveis (SCHOLTEN e BOSMAN, 2013, p. 12; IEA, 
2004, p. 12). Tais fontes são reabastecidas por processos naturais a um ritmo igual ou 
superior à sua utilização (GREENPEACE, 2013). 
 
2.1.1. ENERGIA SOLAR 
É energia obtida a partir do sol, usada para gerar eletricidade ou aquecer a água. 
Amplamente, energia solar pode ser convertida em três tipos: solar térmica, solar 
concentrada e solar fotovoltaica (BJORK et al., 2011, p. 13). Energia solar térmica diz 
respeito à energia solar convertida em calor. É, na maioria das vezes, destinada para uso 
doméstico para aquecer um ambiente, a água ou piscina. Energia solar concentrada é 
um tipo de energia solar termal usada para produzir eletricidade. Normalmente 
destinada à produção de energia em larga escala, utiliza lentes ou espelhos para refletir 
e concentrar luz solar em receptores (painéis fotovoltaicos), que transformarão radiação 
em eletricidade. 
 
2.1.2. ENERGIA EÓLICA 
A energia eólica é a energia gerada pelo vento. Utilizada há anos sob a forma 
de moinhos de vento, pode ser canalizada pelas modernas turbinas eólicas ou pelo 
tradicional cata-vento. Uma restrição no aproveitamento deste tipo de energia é a 
questão do espaço físico, uma vez que tanto as turbinas quanto os cata-ventos são 
 
instalações mecânicas grandes e ocupam áreas extensas. Todavia, seu impacto 
ambiental é mínimo, tanto em termos de ruído quanto no ecossistema (CUORE, 2009). 
 
2.1.3. ENERGIA MAREMOTRIZ 
Esse tipo de geração de energia é feito através de uma estrutura que interage 
com o movimento do mar, convertendo a energia em eletricidade com sistemas 
hidráulicos, mecânicos ou pneumáticos. Tal estrutura, ancorada ou fundada diretamente 
no fundo do mar ou no litoral, transmite a energia por um cabo elétrico, flexível e 
submerso, levado até a costa por uma tubulação submarina (GREENPEACE, 2013, p. 
28). Represas ou barragens em estuários ou baías com marés de pelo menos 5 metros de 
extensão são capazes de produzir energia maremotriz. Aberturas na barragem permitem 
que a entrada da maré forme uma bacia. Quando as portas se fecham, a maré volta e a 
água pode ser canalizada através de turbinas para gerar eletricidade. Outro meio de 
produção é através de tubos concatenados similares a uma cobra que, quando 
flexionados, geram ondas de pressão em fluidos em seu interior. A variação da pressão 
gira turbinas na extremidadedo dispositivo e a eletricidade produzida é transportada 
para a costa por cabos (GREENPEACE, 2013, p. 28) 
Estudou-se a viabilidade para implantar essas fontes de energia sustentáveis. 
O aproveitamento da energia solar através dos painéis fotovoltaicos e da energia eólica 
por meio do gerador eólico foram considerados inviáveis, visto que seus rendimentos 
são de no máximo 25 e 20 %, respectivamente, e o custo de aquisição destes 
equipamentos, muito elevado, assim como sua instalação, manutenção e possíveis 
reparos, que devem ser feitos in loco. Um outro meio de energia é por meio das ondas 
das marés, porém esse método requer um grande desnível das marés e também que elas 
estejam em condições se adéquem as necessidades geomorfológicas, além de acarretar 
grandes impactos ambientais com sua construção (BARBOSA, 2011) estas alternativas 
apresentam um péssimo custo benefício e, também, o retorno desses investimentos 
levaria entre 10 a 15 anos. 
Desta forma, optou-se pelo uso da energia fornecida diretamente pela 
Companhia de Energética do Maranhão. Em paralelo, serão utilizadas telhas de 
fibrocimento intercaladas com telhas translúcidas, permitindo entrada de iluminação 
solar, evitando o uso da iluminação artificial durante a maior parte do dia. 
 
 
3. PROJETO COMPLEXO MEAP – ILHA DE SANTA BARBARA 
3.1.TRANSPORTE 
Todo o projeto teve que ser dimensionado por ser extremamente limitado o 
transporte de materiais, ferramentas e dos próprios colaboradores. Por se tratar de uma 
ilha, só pode-se ser alcançada através de embarcações, diga-se de passagem, em sua 
maioria de pequeno porte e poucas de médio. Utilizadas apenas para o uso da pesca. 
Outro desafio a ser atacado foi o nível da maré, apenas quando a mesma se encontra no 
seu nível mais alto, podemos viajar até a ilha ou para a cidade de Turiaçu para 
recarregarmos o barco novamente. Só existem duas marés altas em um dia. Logo no 
começo da manhã e respectivamente pelo final. 
Barcos médios carregam no máximo 2 milheiros de tijolos por exemplo, 
teve-se que separar os materiais por nível de necessidade e peso. Exemplo: Um barco 
carregando 1 milheiro, 20 sacos de cimento e 40 sacos de areia. De acordo o 
planejamento, será equilibrado o uso de materiais. 
A utilização de barcos maiores não é algo recomendado. Com o peso do 
material, o córrego tem uma determinada altura e largura máxima, não permitindo assim 
que contratassem barcos de São Luís, maiores, para otimizar do com o transporte. 
 
3.2.SOLO 
Este é o segundo desafio que o projeto apresentou, de acordo com o SPT 
(Standard Penetration Test) dado – por questões de chuva, não foram perfurados a 
quantidade suficiente para um resultado satisfatório - existe uma camada de água já em 
2 metros de profundidade, com uma camada de média fina siltosa e mediamente 
compacta de 7 metros de altura seguida de uma camada de argila siltosa, dura. Com este 
tipo de solo e com o nível de água, sobraram pouquíssimas opções de tipos de fundação 
para sustentar o complexo. 
A partir do ensaio de SPT (Imagem 1 abaixo) realizados do solo, podemos 
verificar que o mesmo possui uma predominância argilosa com uma porcentagem 
siltosa. 
 
 
 
 
 
Imagem 1. Ensaio do solo. 
 
O comportamento argiloso, possui características opostas as da areia, devido 
à sua plasticidade e capacidade de aglutinação. Os grãos de argila são lamelas 
microscópicas, ao contrário dos grãos de areia que são esferoidais. As características da 
argila estão mais ligadas à esta forma lamelar dos grãos do que o tamanho diminuto. 
 
3.2.1. LENÇOL FREÁTICO 
As formas de abastecimento do centro comunitário que podem gerar mais 
saúde para os habitantes, podem ser desenvolvidas pela construção de cisterna de placa 
de cimento, poço artesiano e poço semi-artesiano. 
A cisterna tem finalidade de armazenar a água da chuva e da umidade do ar 
durante a noite, com uma produção de baixo custo, em torno de 1.500 reais, estrutura 
fácil de ser construída e é mais recomendável que a estrutura de plástico, pois com o 
calor produzido no Nordeste tem a tendência a derreter, e produz o retorno esperado. 
O poço artesiano, é feito a perfuração com uma máquina, onde ao perfurar 
a rocha a água é jorrada para fora, sendo assim não tem a necessidade de uma bomba, é 
uma construção de preço razoável, custando de a partir de 20 mil, porém com um retorno 
muito favorável. Já o poço semi-artesiano é uma construção menor, onde é feita a 
perfuração de 4 polegadas, cerca de 10,5 centímetros até atingir a rocha, pois a máquina 
não faz a perfuração, e precisa da utilização de uma bomba submersa, para que a água 
seja jorrada para fora, é uma obra de custo baixo, certa de 5 mil a 7 mil reais, e com um 
ótimo retorno. 
 
4. FUNDAÇÃO 
Com toda a patologia de transporte de maquinários e ferramentas e somados 
com o tipo de solo e sua camada de água. A opção mais recomendada para o projeto 
será a utilização de fundação radier. 
Radier é um tipo de fundação rasa que 
se assemelha a uma placa ou laje que abrange 
toda a área da construção. Os radiers são lajes 
de concreto armado em contato direto com o 
terreno que recebe as cargas oriundas dos 
pilares e paredes da superestrutura e 
descarregam sobre uma grande área do solo. 
(PINI, Renato Faria) 
Estruturada com concreto armado, é a solução mais viável para situação. A 
placa de radier vai cobrir todas a as áreas construídas, que de acordo com o projeto deve-
se partir dos materiais descritos na tabela 1 abaixo: 
 
Tabela 1. Materiais básicos – Radier 
 
Usualmente se utiliza na preparação da base do radier uma camada de 
aproximadamente 7 cm de brita corrida, na qual, não oferece uma grande resistência 
mecânica, podendo ser substituída sem comprometer a estrutura, por resíduos da 
construção civil como concreto e alvenaria. Essa substituição, da brita corrida pelo 
entulho civil, acarretaria diretamente na diminuição do custo do projeto. 
Segundo Nelson Gerab, as vantagens dessa fundação são: baixo tempo de 
execução, pouca mão de obra. Estima que 12 trabalhadores conseguem executar cinco 
RADIER CAMADAS COMP. LARG. AREA H. VOL. P. VOL. R
CONCRETO 17,90 8,50 152,15 0,08 12,17 13,00 
ENTULHO 17,90 8,50 152,15 0,07 10,65 11,00 
CONCRETO 17,90 8,50 152,15 0,08 12,17 13,00 
ENTULHO 17,90 8,50 152,15 0,07 10,65 11,00 
CONCRETO 29,52 12,61 372,25 0,08 29,78 30,00 
ENTULHO 29,52 12,61 372,25 0,07 26,06 27,00 
CONCRETO 26,10 39,00 1.017,90 0,08 81,43 82,00 
ENTULHO 26,10 39,00 1.017,90 0,07 71,25 72,00 
138,00 
158,70 
121,00 
139,15 
1.694,45 
1.948,61 
VOL. ENTULHO + PERDA
METROS LINEAR LONA
M.L. LONA + PERDA
B
A
D
C
QUANTITATIVOS P/ RADIER
VOLUME CONCRETO
VOL. CONCRETO + PERDA
VOLUME ENTULHO
 
radiers por dia para casas de 50 m². Um armador, três ajudantes, um eletricista, um 
encanador e, na concretagem, três pedreiros e três ajudantes, são extremamente 
indicados para solos com camadas com água em pouca profundidade e solos argilosos. 
O solo onde haverá radier tem que estar rigorosamente nivelado e bem 
compactado, a preparação segue com uma camada de brita 1 ou 0 de aproximadamente 
7 cm, para fazer um nivelamento mais fino do terreno e afim de não deixar o a armação 
entrar em contato com o solo. Em cima da camada de brita, coloca-se uma lona para fins 
de impermeabilização. A instalações hidráulicas, de esgoto e da parte elétrica devem ter 
suas passagens já definidas, pois logo depois da concretagem, ficara inviável fazer 
qualquer tipo de passagem. 
A tabela 2 a seguir abortatemas que são de extrema importância para o 
andamento da obra, como: Fundação direta, fundação em estaca, reforços de 
escoramento, recalques, adensamentos e drenabilidade do solo. 
 
Tabela 2. Fundações e esforços 
 
 
 
USO SOLO ARENOSO SOLO S ILTOSO SOLO ARGILOSO
FUNDAÇÃO 
DIRETA
É adequado, mas 
necessita atenção aos 
recalques devido ao 
abaixamento do lençol 
freático. Durante a 
execução, é difíc il 
manter a estabilidade 
das paredes laterais
Similar ao solo arenoso, 
porém é menos sensível 
ao lençol freático e 
também é mais fácil de 
escavar.
É usual e recomendável, 
mas também ocorrem 
problemas de recalques 
em função do lençol 
freático. Dirante a 
escavação, é fácil de 
manter a estabilidade 
das paredes laterais.
FUNDAÇÃO EM 
ESTACA
Difíc il de cravar frente 
ao atrito lateral. Em 
terrenos molhados, é 
preciso fazer cravação 
a ar comprimido.
É usual, por ser possível 
tirar partido tanto do atrito 
lateral quanto da 
resistência de ponta para 
aborver a carga.
Usual, mas a estaca 
geralmente precisa 
atingir profundidades 
maiores para aumentar 
capacidade de carga.
ESFORÇOS EM 
ESCORAMENTO
Esforços são maiores, 
levando à necessidade 
de escoramento 
contínuo.
Comportamento idêntico 
ao solo arenoso.
Esforços são menores, o 
escoramento pode ser 
bem espaçado e não-
contínuo.
RECALQUES 
FRENTE ÀS 
CARGAS
Recalques em solo 
arenoso são imediatos à 
aplicação das cargas, 
mas podem ocorrer 
posteriormente devido à 
mudança do lençol 
freático.
Intermediário entre areia e 
argila.
Recalques 
extremamente lentos, 
pode levar décadas para 
ocorrer a estabilização.
ADENSAMENTO 
E 
COMPACTAÇÃO
Adensamento ocorre 
apenas se houver perda 
de água. A 
compactação se faz 
com vibração.
Há adensamento se 
houver perda de água. 
Compactação é feita com 
percussão ou com rolos 
(pé- de- carneiro)
Há adensamento se 
houver perda de água. 
Compactação é feita 
com percussão e com 
rolos.
DRENABILIDADE
Ocorre facilmente, mas 
precisa cuidado com a 
instabilidade das 
paredes e do fundo das 
valas.
Aceita água passante, 
mas necessita verificação 
cuidadosa da coesão e 
ângulo de atrito.
Alta impermeabilidade 
dificulta a drenagem.
 
5. QUANTITATIVOS DE MATERIAL 
Partindo-se do pressuposto do pé direito das paredes igual à 2,60 metros, 
pôde-se chegar a uma área aproximada de 3.000,00m², na qual, será revestido ou 
pintado, e uma área de 1.500,00m² equivalente às paredes que serão levantadas de 
alvenaria. Segue nas tabelas 3 e 4 abaixo: 
Tabela 3. Levantamento de alvenaria/pintura Tabela 4. Levantamento de pintura 
AREA COMP. PÉ DIREITO QUANT. TOTAL
15,90 2,60 4,00 165,36 
6,20 2,60 6,00 96,72 
15,60 2,60 4,00 162,24 
6,20 2,60 6,00 96,72 
2,81 2,60 6,00 43,84 
3,25 2,60 4,00 33,80 
6,15 2,60 2,00 31,98 
1,30 2,60 2,00 6,76 
3,25 2,60 2,00 16,90 
2,00 2,60 2,00 10,40 
6,06 2,60 8,00 126,05 
10,87 2,60 4,00 113,05 
15,00 2,60 2,00 78,00 
10,46 2,60 4,00 108,78 
3,49 2,60 2,00 18,15 
5,20 2,60 2,00 27,04 
1,00 2,60 2,00 5,20 
2,34 2,60 2,00 12,17 
8,00 2,60 6,00 124,80 
1,20 2,60 8,00 24,96 
2,30 2,60 2,00 11,96 
9,50 2,60 2,00 49,40 
2,50 2,60 2,00 13,00 
2,55 2,60 2,00 13,26 
1,05 2,60 2,00 5,46 
2,85 2,60 2,00 14,82 
36,00 2,60 4,00 374,40 
22,80 2,60 6,00 355,68 
3,46 2,60 12,00 107,95 
61,50 1,10 2,00 135,30 
27,20 1,10 2,00 59,84 
19,40 1,10 2,00 42,68 
20,25 1,10 2,00 44,55 
2.531,21 
0,60 2,10 7,00 8,82 
0,80 2,10 25,00 42,00 
2,50 2,30 2,00 11,50 
62,32 
2.468,89 
2.962,67 
LEVANTAMENTO DE PINTURA
 ALOJ MASC. / 
AREA COM. 
ÁREA GINÁSIO
 PORTAS 
SALAS DE AULA
 BIBLIO / CONS. 
ALOJ FEM.
TOTAL REAL + PERDAS
MURETA
TOTAL PARCIAL
DESCONTO
TOTAL REAL
AREA COMP. PÉ DIREITO QUANT. TOTAL
15,90 2,60 2,00 82,68 
6,20 2,60 3,00 48,36 
15,60 2,60 2,00 81,12 
6,20 2,60 3,00 48,36 
2,81 2,60 3,00 21,92 
3,25 2,60 2,00 16,90 
6,15 2,60 1,00 15,99 
1,30 2,60 1,00 3,38 
3,25 2,60 1,00 8,45 
2,00 2,60 1,00 5,20 
6,06 2,60 4,00 63,02 
10,87 2,60 2,00 56,52 
15,00 2,60 1,00 39,00 
10,46 2,60 2,00 54,39 
3,49 2,60 1,00 9,07 
5,20 2,60 1,00 13,52 
1,00 2,60 1,00 2,60 
2,34 2,60 1,00 6,08 
8,00 2,60 3,00 62,40 
1,20 2,60 4,00 12,48 
2,30 2,60 1,00 5,98 
9,50 2,60 1,00 24,70 
2,50 2,60 1,00 6,50 
2,55 2,60 1,00 6,63 
1,05 2,60 1,00 2,73 
2,85 2,60 1,00 7,41 
36,00 2,60 2,00 187,20 
22,80 2,60 3,00 177,84 
3,46 2,60 6,00 53,98 
61,50 1,10 1,00 67,65 
27,20 1,10 1,00 29,92 
19,40 1,10 1,00 21,34 
20,25 1,10 1,00 22,28 
1.265,61 
0,60 2,10 7,00 8,82 
0,80 2,10 25,00 42,002,50 2,30 2,00 11,50 
62,32 
1.203,29 
1.443,94 
ÁREA GINÁSIO
LEVANTAMENTO DE PAREDE P/ ALVENARIA
SALAS DE AULA
 BIBLIO / CONS. 
ALOJ FEM.
 ALOJ MASC. / 
AREA COM. 
TOTAL REAL
TOTAL REAL + PERDAS
MURETA
 PORTAS 
TOTAL PARCIAL
DESCONTO
 
Sabendo que o local em que será iniciada a obra, tem disponibilidade para o 
transporte de material de construção de barcos médios e pequenos, com uma capacidade 
de 2 milheiros e 1 milheiro de tijolos por viagem respectivamente. Assim, podemos 
chegar aos resultados da tabela 5 abaixo: 
Tabela 5. Quantitativo de alvenaria 
 
Pode-se concluir que a obra necessita de aproximadamente 50 milheiros de 
tijolos 8/6 furos, que poderão ser entregues de acordo com os recursos disponíveis de 
transporte, num prazo de 9 dias úteis. Sabendo que com um traço de argamassa de 1 
saco de cimento CPII/9 latas de areia média, rende cerca de 250 tijolos, como a obra 
necessita de 50 milheiros, serão necessários 200 sacos de cimento CP II e 36m³ de areia 
média para o serviço de alvenaria. 
O complexo possui cerca de 155m² de calçada com uma espessura de 5 cm, 
na qual, será usado um traço de 1 saco de cimento CP II/6 latas de areia média/9 latas 
de brita tipo 0. Assim, para se realizar este serviço deverão ser utilizados cerca de 30 
sacos de cimento CP II, 3,6 m³ de areia média e brita tipo 0. Dados resumidos na tabela 
6 a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 6. Materiais utilizados 
 
 
 
 
 
 
QUANT.
ML P/ 
VIAGEM
QUANT.
ML P/ 
VIAGEM
TIJOLO C/ 8 FUROS 33 1.500,00 49.500,00 50.000,00 1 2 4 1 6 8,33 9,00 
BARCO MÉDIO BARCO PEQUENO QUANT. 
DE ML 
P/ DIA
QUANT. 
DE DIAS 
PARCIAL
RENDIMENTO 
P/ M²
M² DE 
ALVENARIA
TOTAL 
PARCIAL
TOTAL 
REAL
TIPO DE 
ALVENARIA
QUANT. 
DE DIAS 
REAL
SERVIÇO MATERIAL UNIDADE QUANTIDADE
TIJOLO ML 50
CIMENTO CP II SC 200
AREIA MÉDIA M3 36
CIMENTO CP II SC 30
AREIA MÉDIA M3 3,6
BRITA TIPO 0 M3 3,6
ALVENARIA
CALÇADA 
 
6. CONCLUSÃO 
Neste trabalho abordamos o projeto do complexo para ilha de Santa Barbara, 
conta com salas de aulas, bibliotecas multiuso, ambulatórios, alojamentos para 
visitantes, canteiros para montagem de uma estufa e horta, playground e uma quadra 
poliesportiva. Procurando os meios de construções mais sustentáveis e despesas para 
manutenções baixas. Os métodos construtivos tiveram que ser bem estudados, 
dimensionado para o precário transporte de insumos e ferramentas, com o índice de 
vazão de maré e com a falta de mão de obra especializada na ilha, tendo que ser provida 
de outras regiões. 
Foi falado acerca das necessidades que famílias que se localizam em áreas 
com difícil acesso, passam diariamente, com o projeto provido pela MEAP, famílias que 
vivem nestas situações começarão a ter assim, uma expectativa de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEMORIAL DESCRITIVO ELÉTRICO 
 
1. RECOMENDAÇÕES GERAIS 
O objetivo desta especificação é demonstrar o modo na qual foi feito o 
levantamento das cargas e a quantificação das mesmas. Bem como o dimensionamento 
e distribuição dos circuitos. Todos os critérios utilizados para executar este serviço 
foram feitos com base nas normas da ABNT, mais especificamente a NBR 5410, a NT 
31.001 da CEMAR e do guia prático para instalações residenciais e prediais da 
Schneider Eletric 2016. 
 
 
 
2. CRITÉRIOS PARA DETERMINAR A POTÊNCIA INSTALADA 
 Conforme a NBR 5410, deverá ser previsto pelo menos um ponto de luz 
no teto, comandado por um interruptor de parede; 
 A NBR 5410 diz que a potência de iluminação é determinada por meio 
da área do cômodo residencial. No qual os que possuem uma área igual 
ou menor do que 6m², deve-se atribuir um valor mínimo 100 VA. E 
aqueles com área maior do que 6m², deve-se acrescentar 60 VA para cada 
aumento de 4m² inteiros. 
 Como a norma não estabelece critérios para iluminação de áreas 
externas, ficando a decisão por conta do cliente e do projetista, optou-se 
por não colocar iluminação externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1.LEVANTAMENTO DA ILUMINAÇÃO 
 
Planilha 1. Levantamento da potência de iluminação. 
 
 
 
A-6 VA 1 4 N° INTEIROS N° INTEIROS x 10
1 47,90 41,90 100,00 10,00 600,00 700,00
2 47,90 41,90 100,00 10,00 600,00 700,00
FEMININO 4,19 -1,81 0,00 0,00 0,00 100,00
MASCULINO 4,19 -1,81 0,00 0,00 0,00 100,00
FEM. GINASIO 19,57 13,57 100,00 3,00 180,00 280,00
MASC. GINASIO 19,57 13,57 100,00 3,00 180,00 280,00
CADEIRANTE 5,92 -0,08 0,00 0,00 0,00 100,00
6,41 0,41 100,00 0,00 0,00 100,00
36,55 30,55 100,00 7,00 420,00 520,00
1 16,25 10,25 100,00 2,00 120,00 220,00
2 13,16 7,16 100,00 1,00 60,00 160,00
CIRCULAÇÃO 3,25 -2,75 0,00 0,00 0,00 100,00
1 1,72 -4,28 0,00 0,00 0,00 100,00
2 1,72 -4,28 0,00 0,00 0,00 100,00
20,89 14,89 100,00 3,00 180,00 280,00
3,30 -2,70 0,00 0,00 0,00 100,00
1 6,13 0,13 100,00 0,00 0,00 100,00
2 11,46 5,46 100,00 1,00 60,00 160,00
3,38 -2,62 0,00 0,00 0,00 100,00
1 8,00 2,00 100,00 0,00 0,00 100,00
2 8,16 2,16 100,00 0,00 0,00 100,00
SUITE 9,77 3,77 100,00 0,00 0,00 100,00
SUITE 2,76 -3,24 0,00 0,00 0,00 100,00
SOCIAL 2,76 -3,24 0,00 0,00 0,00 100,00
2,55 -3,45 0,00 0,00 0,00 100,00
MASCULINO 31,51 25,51 100,00 6,00 360,00 460,00
FEMININO 31,51 25,51 100,00 6,00 360,00 460,00
2,34 -3,66 0,00 0,00 0,00 100,00
65,23 59,23 100,00 14,00 840,00 940,00
MASCULINO 15,82 9,82 100,00 2,00 120,00 220,00
FEMININO 15,82 9,82 100,00 2,00 120,00 220,00
735,99 729,99 100,00 182,00 10920,00 11020,00
1 12,10 6,10 100,00 1,00 60,00 160,00
2 14,18 8,18 100,00 2,00 120,00 220,00
TOTAL VA 18700,00
CÁLCULO PARA DIMENSIONAMENTO DE POTÊNCIA (ILUMINAÇÃO)
CONSULTORIO
LAVATÓRIO
COZINHA
QUARTO
SALA DE AULA
BANHEIROS
ESCRITÓRIO
BIBLIOTECA
VESTIÁRIO
GINÁSIO
DEPÓSITO
CIRULÇÃO
SALA
VARANDA
BANHO
AREA SERVIÇO
ALOJAMENTO
DISPENSA
AREA DE VIVÊNCIA
CÁLCULOS POTÊNCIA 
FINAL (VA) 
 AREA 
(A) 
LOCAIS
 
3. LEVANTAMENTO DAS TOMADAS DE USO GERAL (TUG) 
3.1.QUANTIDADES MÍNIMAS 
 Conforme a NBR 5410, para cômodos ou dependências com área menor 
ou igual a 6m², deverá ter pelo menos uma tomada instalada; E para 
cômodos com área superior a 6m², a quantidade de tomadas passará a ser 
em função do perímetro, na qual deverá ser instalada uma tomada para 
cada 5m ou fração de perímetro, espaçadas o mais uniformemente 
possível; 
 Nas cozinhas, copas, copa-cozinha, área de serviço, lavanderia e afins: 
deverá ser instalada uma tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro, 
independente da área; 
 Nos subsolos, varandas, garagens e afins: deverá haver pelo menos uma 
tomada; 
 Nos banheiros: deverá ter no mínimo uma tomada junto ao lavatório com 
uma distância mínima de 60cm do limite do boxe 
 
3.2.LEVANTAMENTO DAS CARGAS 
 Para banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias 
e locais semelhantes: deverá ser atribuído no mínimo 600VA por tomada, 
até 3 tomadas. E acrescentar 100 VA para os excedentes. 
 Para os demais cômodos: deverá ser atribuído no mínimo 100VA por 
tomada 
 
3.3.LEVANTAMENTO DAS TOMADAS 
► Sala de aula 1: Perímetro 27,86m → [5m (inteiros) x 5] + 2,86 m → Para valores 
quebrados, como 2,86m, optou-se por arredondar para uma quantidade a mais de 
tomada; 6 tomadas→ 6 x 100 = 600VA 
► Sala de aula 1: Perímetro 27,86m → [5m (inteiros) x 5] + 2,86 m → Para valores 
quebrados, como 2,86m, optou-se por arredondar para uma quantidade a mais de 
tomada; 6 tomadas → 6 x 100 = 600VA 
► WC. Fem.: Perímetro = 8,5 m → 1 tomada de 600 VA 
► WC. Masc.: Perímetro = 8,5 m → 1 tomada de 600 VA 
► Escritório: Perímetro = 10,51 m → [5m (inteiros) x 2] +1,51m = 3 tomadas → 300VA 
Os demais cômodos seguem a mesma linha de raciocínio 
 
►Biblioteca Mult: 5 tomadas → 500VA 
►Consultório 1: 4 tomadas → 400 VA 
►Consultório 2: 3 tomadas → 300 VA 
►Circ. Cons.: 0(Optou-se por não colocar tomadas em corredor com circulação de 
pessoas) 
►Lavatório 1: 1 tomada → 600VA 
►Lavatório 2: 1 tomada → 600VA 
►Sala: 4 tomadas → 600VA 
►Varanda: 1 tomada → 100VA 
►Cozinha 1: 3 tomadas → 1800VA 
►Circulação: 0 
►Quarto 1: 3 tomadas → 300VA 
►Quarto 2: 3 tomadas → 300VA 
►Suíte: 3 tomadas → 300VA 
►Banho Suíte: 1 tomada → 600VA 
►Banho Social: 1 tomada → 600VA 
►Área Serviço: 3 tomadas → 1800VA 
►Alojamento Masc.: 5 tomadas → 500VA 
►Cozinha 2: 5 tomadas → 2000VA 
►Dispensa: 2 tomadas → 200VA 
►Área de Vivência: 0 (Optou-se por não colocar tomadas) 
►Vestiário Fem.: 1 tomada → 600VA 
►Vestiário Masc.: 1 tomada → 600VA 
►Alojamento Fem.: 5 tomadas → 500VA 
►Ginásio: 0 (Optou-se por não colocar tomadas) 
►Depósito 1: 4 tomadas → 400VA 
►Depósito 2: 3 tomadas → 300VA 
►Banheiro Fem.: 1 tomada → 600VA 
►Banheiro Cadeirante: 1 tomada → 600VA 
►Banheiro Masc.: 1 tomada → 600VA 
Totalizando: 18200 VA 
 
 
 
 
4. LEVANTAMENDO DAS TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUE) 
Conforme a NBR, essas tomadas são destinadas a equipamentos fixos e 
estacionários, nos quais foram considerados uma cadeira em cada cozinha, uma máquina 
de lavar na área de serviço e uma cadeira odontológica no consultório 1. Nos quais as 
potências são, respectivamente, 1000 W (500W em cada cozinha), 1000W, 1000W, 
totalizando assim uma potência aparente de 3000W. 
 
4.1.CÁLCULO DAS POTÊNCIAS TOTAIS E DETERMINAÇÃO DO TIPO 
DE ALIMENTAÇÃO 
Para se determinar a potência total de alimentação do circuito, deve-se levar 
em conta a potência ativa; onde para calcular a potência ativa da iluminação e das 
tomadas de uso geral, utiliza-se os fatores de potência de 1,0 e 0,8, respectivamente. 
Para as tomadas de uso específico não será necessário utilizar fator de potência pois as 
potências ativas dos mesmos já foram especificadas pelo fabricante: 
Potência dos pontos de tomada: 18200VA 
Fator de potência a ser utilizado: 0,8 
Potência ativa das tomadas: 18200 x 0,8 = 14560W 
Potência dos pontos de iluminação: 18700VA 
Fator de potência a ser utilizado: 1,0 
Potência ativa de iluminação: 18700w 
Potência ativa das tomadas de uso específico: 3000w 
Pot. ativa total = Pot. ativa tomadas + Pot. ativa ilum. + pot. tue 
Pot. ativa total = 36260 W 
Conforme a NT 31.001 da CEMAR, para ligação trifásica, a unidade 
consumidora será atendida através de 3 fases e 1 neutro – 380/220V, até o limite de 
75KW. Como a potência encontrada foi de 36260W, logo o fornecimento adotado será 
trifásico. 
 
5. DIVISÃO DOS CIRCUITOS DA INSTALAÇÃO 
As instalações elétricas devem ser distribuídas em circuitos para facilitar a 
manutenção e diminuir a possibilidade de interferências entre cômodos de diferentes 
áreas (Schneider Eletric, 2016). Segundo a NBR 5410, os circuitos devem ser 
distribuídos da seguinte forma: 
 
 Os circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de pontos de 
tomadas e dos circuitos independentes (4.2.5.5); 
 Todos os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, 
lavanderias e locais semelhantes devem ser atendidos por circuitos exclusivos 
(9.5.3.2); 
 
5.1.TENSÃO E LEVANTAMENTO DA CORRENTE DO CIRCUITO 
Para o sistema em questão, foi determinada a alimentação trifásica, na qual 
é alimentada por três fases e um neutro. Onde a tensão foi distribuída da seguinte 
maneira: 
 Para as tomadas de uso geral e os circuitos de iluminação, será atribuída a menor 
tensão (220V), entre fase e neutro; 
 Para as tomadas de uso específico ou circuitos independentes, será atribuída a 
maior tensão (380V) 
 Para o cálculo das correntes, primeiro precisa-se do valor total da potência ativa 
de iluminação juntamente da potência das TUG, no qual seria 18700 + 14560 = 
33260W. Segundo (Schneider Eletric, 2016), essa potência só seria consumida 
se todos os circuitos funcionassem ao mesmo tempo com carga máxima na qual 
foram projetados; Porém na prática não é bem assim que acontece, precisa-se 
encontrar a potência que realmente será utilizada (a demanda máxima) e para 
isso multiplica-se a potência instalada pelo fator de demanda, no qual o mesmo 
pode ser achado pela figura abaixo: 
 
Tabela 7 – Fator de demanda para iluminação e pontos de tomada 
Fonte: Schneider Eletric, 2016 
 
 
Ao analisar a tabela, identifica-se que o fator de demanda a ser utilizado 
para a potência de 33260W é de 0,24. Logo 33260 x 0,24 = 7982,4W. Então a demanda 
máxima para os circuitos de iluminação e pontos de tomada é 7982,4 W. 
O mesmo raciocínio é feito para as tomadas de uso específico (TUE) ou 
circuitos independentes, onde para se achar o fator de demanda também se utiliza uma 
tabela 8: 
 
Tabela 8 – Fator de demanda para circuitos independentes 
 
 
Como a quantidade de tomadas de uso específico foram 4, o fator de 
demanda associado a esse número é de 0,76. Logo 3000 x 0,76 = 2280W. 
Somando os valores obtidos, irá se encontrar a potência total do circuito já 
contando com a demanda, que será 2280 +7982,4 = 10262,4 W. 
Conforme Schneider (2016), esse valor corresponde a potência ativa do 
circuito; para se obter a corrente, é necessário transformá-la em potência aparente (VA), 
e para isso precisa-se dividi-la pelo fator de potência. E o fator de potência que será 
considerado será o de uma residência, que é 0,95. Logo: 
𝑃𝑜𝑡 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
 
𝑃𝑜𝑡 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 
10262,4
0,95
 
𝑃𝑜𝑡 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 10802, 53 𝑉𝐴 
 
Esse valor corresponde à potência total do circuito de distribuição, onde terá 
um disjuntor geral que desarma todos os 21 circuitos terminais, que foi de 10802,53VA 
 
Conforme a NBR5410, para o cálculo da corrente no circuito, será 
considerada o maior valor de tensão que ele o circuito oferece. No caso em estudo, será 
utilizado a tensão fase-fase 380V~ 
𝐼 =
𝑃
𝑈
 
𝐼 = 
10802,53 𝑉𝐴
380𝑉
 
𝐼 = 28,43 𝐴 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 5410 - 
Instalações elétricas de baixa tensão - Março 2005 
BARBOSA, G. G. RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS E 
PRODUÇÃO DE ENERGIA. Artigo para revista científica da Universidade Federal 
do Pernambuco, 2011 
BJORK et al. (2011) Encouraging Renewable Energy Development: a 
handbook for international energy regulators. , January, 2011. USAID-NARUC. 
BUAINAIN, A. M. AGRICULTURA FAMILIAR, AGRO ECOLOGIA 
E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: QUESTÕES PARA DEBATE. 
Brasília: IICA, 2006. 
CAMPOS L.; RADIER – OBRAS; PINI; Acessado 4/11/2016 por: 
equipedeobra.pini.com.br. 
CUORE, R. FONTES DE ENERGIAS RENOVÁVEIS E SEUS 
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS PARA A HUMANIDADE. Artigo científico para o site 
WebArtigos, 2011. Acessado 28/10/2016 
FARIA R., LIMA E.; FUNDAÇÕES DE OBRAS; PINI; acessado 
1/11/2016 por: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/83/artigo347588-
1.aspxGREENPEACE. (2013), [R]evolução energética: a caminho do 
desenvolvimento limpo. Cenário Brasileiro. 
GIORDANO, S. R. GESTÃO AMBIENTAL NO SISTEMA 
AGROINDUSTRIAL. In: ZYLBERSZTAJN, D.; NEVES, M. F. Economia e Gestão 
dos Negócios Agroalimentares: indústria de alimentos, indústria de insumos, produção 
agropecuária, distribuição. 1. ed. – 3. reimpr. – São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 
2005. p. 255-281. 
IBGE. Diretoria de Pesquisas - DPE - Coordenação de População e 
Indicadores Sociais – COPIS; ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO 
BRASIL E UNIDADES DA FEDERAÇÃO COM DATA DE REFERÊNCIA EM 
1º DE JULHO; 2016 
NT 31.003 – FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM 
BAIXA TENSÃO. CEMAR, 2013. 
Schneider Eletric – GUIA PRÁTICO PARA INSTALAÇÕES RESIDENCIAIS E 
PREDIAIS. 2016 
 
SCHOLTEN, D; BOSAMAN, R. (2013), The Geopolitics of Renewable 
Energy: a mere shift of lanslide in energy dependencies? Disponível em: 
http://www.drift.eur.nl/wp-content/uploads/2013/11/Scholten-and-Bosman-2013 
Geopolitics-of-Renewables.pdfX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
Planilha 1 – Levantamento de cargas 
 
 
ÁREA 
(m²)
PERÍMETRO 
(m)
QUANTIDADE
POTÊNCIA 
(VA)
DISCRIMINA
ÇÃO
POTÊNCIA 
(W)
Sala de aula 1 47.9 27.86 6 600 0
Sala de Aula 2 47.9 27.86 6 600 0
WC. Fem 4.19 8.5 1 600 0
Wc. Masc 4.19 8.5 1 600 0
Escritório 6.41 10.51 3 300 0
Bibliotéca Mult 36.55 24.19 5 500 0
Consultório 1 16.25 16.5 4 400 1 cad odon 1000
Consultório 2 13.16 15 3 300 0
Circ. Cons. 3.25 8.5 0 0 0
Lavatório 1 1.72 5.25 1 600 0
Lavatório 2 1.72 5.25 1 600 0
Sala 20.89 18.8 4 400 0
Varanda 3.3 8.1 1 100 0
Cozinha 1 6.13 10 3 1800 1 geladeira 500
Circulação 3.38 9.3 0 0 0
Quarto 1 8 11.4 3 300 0
Quarto 2 8.16 11.5 3 300 0
Suíte 9.77 13.7 3 300 0
Banho Suíte 2.76 7 1 600 0
Banho Social 2.76 7 1 600 0
Área Serviço 2.55 7.1 3 1800 1 Maq lavar 1000
Alojamento Masc 31.51 22.52 5 500 0
Cozinha 2 11.46 15.19 5 2000 1 geladeira 500
Dispensa 2.34 6.69 2 200 0
Área Vivência 65.23 46.36 0 0 0
Vestiário Fem 15.82 17.34 1 600 0
Vestiário Masc 15.82 17.34 1 600 0
Alojamento Fem 31.51 22.52 5 500 0
Ginásio 735.94 109.78 0 0 0
Depósito 1 14.18 15.12 4 400 0
Depósito 2 12.1 13.92 3 300 0
Banheiro Fem 20.82 19.95 1 600 0
Banheiro Cadeir 5.91 9.75 1 600 0
Banheiro Masc 20.82 20.82 1 600 0
TOTAL 1234.4 599.12 18200 3000
160
280
100
280
18700
220
220
460
11020
220
940
100
100
100
460
160
DIMENSÕESDEPENDÊNCIAS POTÊNCIA DE 
ILUMINAÇÃO 
(VA)
LEVANTAMENTO DE CARGAS
100
TUG's TUE's
700
700
100
100
520
220
160
100
100
100
280
100
100
100
100
100
100
100
 
 
 
Planilha 2 – Levantamento potência total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATOR DE POTÊNCIA A SER ADOTADO POTÊNCIA ATIVA (W)
FATOR DE POTÊNCIA A SER ADOTADO POTÊNCIA ATIVA (W)
FATOR DE POTÊNCIA A SER ADOTADO
3000
TOTAL
POTÊNCIA ATIVA (W)
ALIMENTAÇÃO TRIFÁSICA - ATENDIDA ATRAVÉS DE 3 (TRêS) FASES E 1 (UM) NEUTRO - 380/220V 
LEVANTAMENTO DA POTÊNCIA TOTAL
POTÊNCIA TUG's
18700
POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO (VA)
1
36260
18700
0,818200 14560
POTÊNCIA TUE's
3000 -
 
 
Planilha 3 - Circuito de distribuição 
 
 
 
 
 
 
 
 
2280
10262,4
POT TOTAL DO 
SISTEMA CONSID A 
DEMANDA (W)
CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO
33260 0,24 7982,4
POT TUE (W)
FATOR DE 
DEMANDA A SER 
CONSIDERADO
POT TOTAL DO 
SISTEMA CONSID A 
DEMANDA (W)
FATOR DE 
DEMANDA A SER 
CONSIDERADO
POT ILUM + POT TUG (W)
3000 0,76
TOTAL
CORRENTE TOTAL 
(I = S/V)
0,95
S(TOTAL) = 
P(TOTAL)/FP
10802,53VA
FATOR DE 
POTÊNCIA 
380
28,43 A
10802,53
ALIMENTAÇÃO (V)
POTENCIA 
APARENTE (VA)
 
 
Planilha 4 – Circuito de iluminação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO
TOTAL (VA)
TENSÃO (V~)
Corrente do 
circuito I= S/V (A)18700
POTÊNCIA DE ILUMIANÇÃO
Circuito 2
Escritório, WC Fem, Wc 
Masc, Biblio Multi
820 220 3.73
Circuito 1 Sala aula 1 e Sala aula 2 1400 220 6.36
Circuito 4
Sala, circulação, 
varanda, quarto 1 e 2, 
suíte
780 220 3.55
Circuito 3
Consultório 1 e 2, circ. 
consul, lavatório1 e 2
680 220 3.1
Circuito 6
Alojamento Masc, 
cozinha, dispensa, area 
viven
1660 220 7.55
Circuito 5
Cozinha, Área serv, 
banho suíte, banho 
social, 
400 220 1.82
Circuito 8
Ginásio, depósito 1 e 2, 
banheiro fem, masc e 
cadeir
12060 220 54.82
Circuito 7
Alojamento Fem, 
vestiário masc e fem, 
900 220 4.09
 
 
Planilha 5 – Circuito de TUG’s 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIRCUITO DE TUG's
TOTAL (VA)
TENSÃO (V~)
Corrente do 
circuito I= S/V (A)18220
CARGA DAS TUG
Circuito 10
Escritório, WC Fem, Wc 
Masc, Biblio Multi
2020 220 9.18
Circuito 9 Sala aula 1 e Sala aula 2 1200 220 5.45
Circuito 12 cozinha 1 1800 220 8.18
Circuito 11
Consultório 1 e 2, 
lavatório 1 e 2
1900 220 8.64
Circuito 14
banho suíte, banho 
social e area serviço 
3000 220 13.64
Circuito 13
Sala, varanda, Quarto 1, 
2 e suíte
1400 220 6.36
Circuito 16
Alojamento Fem, 
vestiário masc e fem, 
alojamento masc
2200 220 10
Circuito 15
Cozinha 2 e dispensa
2200 220 10
Circuito 18
depósito 2, banheiro 
masc
900 220 4.09
Circuito 17
 depósito 1, banheiro 
fem, cadeir
1600 220 7.27
 
 
Planilha 6 – Circuito de TUE 
 
 
 
 
 
 
CIRCUITO DE TUE
TOTAL (VA)
TENSÃO (V~)
Corrente do 
circuito I= S/V (A)3000
CARGA DAS TUE
Circuito 19 Cozinha 1 500 380 1.32
Circuito 18 Consultório 1 1000 380 2.63
Circuito 21 Cozinha 2 500 380 1.32
Circuito 20 Área de Serviço 1000 380 2.63

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