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Resumo de Antropologia

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AJ_P2
O Culturalismo é um método filosófico para orientar a Antropologia na coleta de dados, isto é, a etnografia.
O Culturalismo rompe com as tipologias evolucionistas de várias etapas do progresso; teve origem nos estudos de Franz Boas, no século XX, nos EUA.
Franz Boas é considerado o “pai” da Antropologia e o fundador do Culturalismo.
O Culturalismo tem como foco o estudo das características da cultura de um determinado lugar e tempo, ou seja, as particularidades de cada cultura. Cada cultura precisa ser olhada de maneira particular, não podendo ser comparada (singularidade cultural).
Franz Boas (1853-1942): Responsável na transformação do método utilizado na coleta de dados pela Antropologia compreende que é necessário que exista um contato direto entre pesquisador e objeto (processo de etnografia). Todos os dados coletados devem ser parte de uma descrição meticulosa, afim de fugir do método de comparação, criando a noção de singularidade cultural.
Sociedades consideradas em si, e para si mesmas (cada uma adquire o estatuto de personalidade autônoma) - antes de Boas, isso raramente acontecia.
Teórico e observador reunidos pela primeira vez.
Primeiro em reconhecer a importância e necessidade, para um etnólogo, do acesso a língua da cultura a qual trabalha.
Equivalência cultural não é determinada pelas condições geográficas.
Palavra-chave para Boas: PARTICULARISMO (Para se obter compreensão mais geral de cada cultura era necessário iniciar o estudo pelo particular de cada sociedade).
Funcionalismo é uma metodologia filosófica para orientar a etnografia, método utilizado na Antropologia.
O Funcionalismo, criado por Malinowski, se dedica ao estudo das lógicas particulares de cada cultura, ou seja, a coerência interna, atribuindo assim, sentido às práticas culturais, ou seja, ele se baseia na ciência da alteridade.
Segundo o Funcionalismo, o indivíduo sente um número certo de necessidades, e cada cultura tem precisamente como função a de satisfazer à sua maneira essas necessidades fundamentais. Cada uma realiza isso elaborando instituições, fornecendo respostas coletivas organizadas que constituem soluções originais que permitem atender a essas necessidades.
Características:
Pra o Funcionalismo, as sociedades são naturalmente estáveis e sem conflito, visando um equilíbrio através de instituições capazes de satisfazer às necessidades do homem.
Cada sociedade tem uma totalidade interna, gerando uma função para cada prática, cada costume.
Malinowski inovou o observador participante (entendedor da lógica interna). E, ao invés de observar costumes dos povos primitivos como aberrantes, ele supõe uma identificação com a alteridade, não mais considerando como forma anterior à civilização, e sim como forma contemporânea, mostrando-nos com pureza aquilo que nos faz falta: a autenticidade.
 
 O observador deve “compreender e compartilhar os sentimentos dos outros, fazendo da observação participante uma observação psicológica!” O sentido de uma cultura é autônomo e tem uma lógica própria!
Malinowski (1884-1942): Rompe definitivamente com a ideia de etapismo; é um dos primeiros a conduzir cientificamente uma experiência etnográfica, isto é, viver com as populações que ele estudava e reconhecer seus materiais a partir de seu idioma. Radicalizou essa compreensão e buscou romper ao máximo com o mundo europeu; esforçou-se de maneira incompatível à penetrar na mentalidade dos outros, em compreender de dentro o que sentem os homens e mulheres de uma cultura que não a nossa.
Estruturalismo procura tratar as culturas em um nível que não é mais dado, e sim construído: o do sistema. Trata-se de estudar a lógica da cultura. Ou seja, o estruturalismo procurará explicar a variabilidade em si da cultura: o que dizem e inventam os homens deve ser compreendido como produções do espírito humano, que se elaboram sem que estes tenham consciência disso.
O Estruturalismo visa a construção do que Lévi-Strauss chama de uma “ciência da comunicação”, pois para ele, toda cultura é uma modalidade particular da comunicação (das mulheres, das palavras, dos bens), regida por leis inconscientes de inclusão e exclusão (leis universais que regem as atividades inconscientes do espírito).
A experiência etnológica – que é antes experiência de uma relação humana, isto é, de um encontro – se dá no inconsciente: inconsciente estrutural para Lévi-Strauss. Isto é, “estrutura inata do espírito humano”, situada no ponto de encontro entre a natureza e a cultura.
Lévi-Strauss: A Antropologia estrutural refere-se a correntes antropológicas fundadas no método estruturalista. Estruturalismo é uma definição ampla, mas na antropologia geralmente concebe-se o estruturalismo a partir dos trabalhos do antropólogo belga Claude Lévi-Strauss. 
Lévi-Strauss é o principal expoente da corrente estruturalista na Antropologia.
Para Strauss, a cultura é a comunicação (trocas; informações que se trocam) emergindo da natureza e implantando um sistema de Leis Universais que regem o comportamento humano. Ao se acreditar em Leis Universais, deduz-se que as culturas possuem em comum a imposição de uma estrutura.
UNIVERSALISMO x RELATIVISMO:
UM ENTRAVE CULTURAL AO PROJETO DE HUMANIZAÇÃO SOCIAL
O processo de internacionalização dos Direitos Humanos teve o mérito de deslocar a natureza jurídica dos indivíduos de objeto para sujeito de Direito Internacional. O que em si, é algo bastante positivo, já que a proteção da dignidade da pessoa humana passou a ocupar papel de destaque perante a Sociedade Internacional.
Entretanto, a tentativa de se estabelecer um rol de direitos que devam ser respeitados por todos, indistintamente, em uma perspectiva global, parece ser algo irreconciliável, haja vista os vários contrastes culturais existentes. De um lado, os universalistas desejosos de difundir os valores culturais ocidentais, quase num tom imperialista do início do sec. XX, o qual apregoava a necessidade de se levar o progresso do mundo civilizado às demais nações primitivas. De outro, os relativistas que, em muitos casos, promovem verdadeiras afrontas aos direitos humanos, sob o manto ideológico de preservação da respectiva identidade cultural.
Guardadas as devidas particularidades, o certo é que, em um mundo cada vez mais globalizado, torna-se indispensável a revisão das noções clássicas de cultura e de dignidade humana, segundo um panorama que englobe as diferentes nuanças culturais, visando a máxima efetivação de direitos.
Para os relativistas, a noção de direito está estritamente relacionada ao sistema político, econômico, cultural, social e moral vigente em determinada sociedade. Sob esse prisma, cada cultura possui seu próprio discurso acerca dos direitos fundamentais, que está relacionado às específicas circunstâncias culturais e históricas de cada sociedade. 
Nesse sentido, acreditam os relativistas, o pluralismo cultural impede a formação de uma moral universal, tornando-se necessário que se respeitem as diferenças culturais apresentadas por cada sociedade, bem como seu peculiar sistema moral. 
A título de exemplo, bastaria citar as diferenças de padrões morais e culturais entre o islamismo e o hinduísmo e o mundo ocidental, no que tange ao movimento dos direitos humanos. Como ilustração, caberia mencionar a adoção da prática da clitorectomia e da mutilação feminina por muitas sociedades da cultura não ocidental.
O universalismo, por sua vez, decorre “da dignidade humana, na qualidade de valor intrínseco à condição humana. Defende-se, nesta perspectiva, o mínimo ético irredutível, afim de fomentar o reconhecimento e a valorização da dignidade da pessoa humana, independentemente, das diversidades culturais e do regime jurídico adotado por cada Estado.
Nessa perspectiva, pode-se assentar que o universalismo está mais preocupado com o indivíduo, suas liberdade e autonomia, enquanto o relativismo tem como premissa maior o coletivismo.

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