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Fitoterápicos (plantas medicinais)

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FITOTERÁPICOS
BÁRBARA CHRISTINE LOBO FREITAS
BRENDA DE OLIVEIRA CARDOSO
DANIELLE CARDOSO PORTILHO
ELESSANDRA MIRANDA CARDOSO
GRISLEI PORTES VIANA DE SOUZA
MANOEL RODRIGUES LARANJEIRAS NETO
VICTÓRIA TEIXEIRA FURTADO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
INTRODUÇÃO
	O termo Fitoterapia deriva do grego therapeia, tratamento, e phyton, vegetal, e diz respeito ao estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças. A fitoterapia ou terapia pelas plantas é uma das mais antigas práticas terapêuticas da humanidade. Ela remonta há cerca de 8.500 a.C. e apresenta origens tanto no conhecimento popular (etnobotânica) como na experiência científica (etnofarmacologia) (UFJF).
	É de grande importância para os profissionais da saúde, como um recurso natural, que foge a realidade das grandes empresas farmacêuticas e oferecem uma eficácia em sua maioria comprovada.
	As plantas contêm princípios ativos capazes de curar diversas doenças e foi  a partir do reconhecimento destas propriedades terapêuticas que se deu o surgimento da medicina alopática moderna (UFJF).
VANTAGENS E DESVANTAGENS
	Além do princípio ativo terapêutico, a planta pode conter substâncias tóxicas, substâncias alergênicas, contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e pode interagir com outras medicações, causando danos à saúde. Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico enquanto utilizado em sua dose terapêutica, sendo tóxico quando utilizado em excesso (UFJF).
ENTRE O CONHECIMENTO POPULAR E O CIENTÍFICO
A fitoterapia tem se tornado cada vez mais popular entre os povos de todo o mundo;
Possuem diversas finalidades: acalmar, cicatrizar, expectorar, engordar, emagrecer e muitos outros. É a utilização das plantas para o tratamento de doenças que constitui, hoje, o ramo da medicina conhecido como Fitoterapia.
Todo medicamento, inclusive os fitoterápicos, deve ser usado segundo orientação médica;
Vários estudos científicos comprovam que a fitoterapia pode oferecer soluções eficazes e mais baratas para diversas doenças;
	É considerada fitoterápica toda preparação farmacêutica (extratos, tinturas, pomadas e cápsulas) que utiliza como matéria-prima parte de plantas, como folhas, caules, raízes, flores e sementes, com conhecido efeito farmacológico. O uso adequado dessas preparações traz uma série de benefícios para a saúde humana ajudando no combate a doenças infecciosas, disfunções metabólicas, doenças alérgicas e traumas diversos, entre outros. Associado às suas atividades terapêuticas está o seu baixo custo; a grande disponibilidade de matéria-prima (plantas), principalmente nos países tropicais; e a cultura relacionada ao seu uso.
AÇÚCAR (Saccharum officinarum).
	É utilizado para tratamento de feridas, principalmente as infectadas. O açúcar possui uma ação osmótica sobre a membrana e parede celular bacteriana que reduz a disponibilidade da água na ferida em níveis suficientes para evitar o crescimento de micro-organismos
O alho é uma planta tradicional utilizada de forma medicinal e na culinária á séculos pela humanidade.
Na medicina é utilizado como agente antiaterosclerótico e anti-hipertensivos,entre outras ações.
ALHO (Allium sativum)
Grupo farmacológicos:
O grupo dos óleos essenciais são substâncias orgânicas voláteis, lipofílicas, muito conhecidas pelo odor que caracteza certas plantas medicinais. o grupo dos compostos sulfurados:são compostos orgânicos análogos aos compostos oxigenados ;porém ,os compostos sulfurados apresentam o elemento enxofre no lugar do oxigênio. 
ALHO (Allium sativum)
No alho foram encontradas mais de 30 substâncias com potencial terapêutico,entre aliina.E essas substâncias estão presentes principalmente no bulbo do alho.
A maioria dos compostos sulfurados(voláteis) não estão presentes nas células intactas.
ALHO (Allium sativum)
Efeito antiateroclerótico: interfere na síntese do colesterol.
ALHO (Allium sativum)
Efeito hipotensor
Existe a hipótese de que o alho contenha substâncias inibidoras da enzima conversora de angiotensina (ECA) . ECA é uma enzima responsável pela conversão de angiotensina I em angiotensina II.
 o alho promove a liberação de óxido nítrico e ele é uma substância simples que exerce ação vasodilatadora(Singi et al., 2005). 
ALHO (Allium sativum)
Contraindicação:
Em altas doses pode provocar irritação gástrica e/ou náuseas.
 Pacientes que estejam fazendo uso de altas doses de alho podem apresentar risco de hemorrágias em casos de cirurgias.
 Ocitoxicidade foi relatada, devendo ser evitado em gravidez e lactação 
ALHO (Allium sativum)
É uma planta originária das regiões montanhosas da Europa;
Família Asteraceae;
É uma herbácea perene, 
cresce 30-60 cm;
Suas flores são grandes e alaranjadas.
ARNICA (Arnica Montana)
Constituintes 
Icluem helenalina e outras lactonas de sesquiterpenos, que podem ser os princípios ativos.
Ações farmacocinéticas
Antiinflamatória;
Antimicrobiana;
Estimulante respiratório;
Anti-séptica;
Analgésica;
É usada para o tratamento de condições pós-reumáticas e pós-operatória.
Respostas terapêuticas 
 Age no alívio de:
Contusões;
Hematomas;
Torções;
Escoriações; 
Edemas relacionados à fratura e dores reumáticas dos músculos e articulações;
Picadas e ferroadas de insetos;
Furunculose;
Processos inflatamatórios da orofaringe.
Mecanismo de ação 
Diminuem a atividade enzimática no processo inflamatório;
Bloqueia a infamação;
Diminue a formação de exsudato;
Incrementa a reabsorção e a ação de células para destruir fragmentos biológicos necrosados.
 Contra indicações 
Indivíduos hipersensíveis a planta, gestantes e lactantes.
Nao é indicado o uso interno – toxico.
Reações Adversas
O uso interno pode causar náuseas e irritacão gástrica.
O uso externo pode provocar dermatite de contato com formações de vesículas e ocasionalmente eczema.
	Atualmente acredita-se que a camomila deva suas propriedades a três grupos de princípios ativos: óleos voláteis (ação anti-inflamatória), favonóides (agente antiespasmódico) e flores de camomila (irritação da mucosa gástrica). 
Camomila (Matricaria chamomilla) 
Fonte:http://calphotos.berkeley.edu/cgi/img_query?where-taxon=Matricaria%20chamomilla
Fonte:http://www.fotosearch.com.br/PXT011/we051529/
	A camomila pode provocar irritação da conjuntiva ocular se em contato prolongado, e a sua superdosagem causa paradoxalmente excitação nervosa e insônia.
Camomila (Matricaria chamomilla) 
HORTELÃ-PIMENTA (Mentha piperita L.)
Acredita-se que seja esta planta um híbrido do cruzamento de Mentha viridis L. e Mentha aquática L. É uma planta herbácea (ALBUQUERQUE, 1989; FREISE, 1933; PLANTAS QUE CURAM, s.d.;). Sendo utilizada toda a planta para fins farmacológicos.
AÇÃO FARMACOLÓGICA
Chá das folhas é estimulante digestivo e intestinal, antisséptico, cardiotônico, galactagogo, antiespasmódico, carminativo, colagogo, contra a litíase, gastrite e reumatismo. Por favorecer a expectoração é indicado contra a tosse rebelde e a asma. Alivia as cólicas de origem nervosa, intestinais e reumáticas.;
HORTELÃ-PIMENTA (Mentha piperita L.)
CONTRA INDICAÇÕES
Em pessoas sensíveis: irritabilidade e insônia paradoxal;
Crianças abaixo de 1 ano de idade: depressão respiratória e apneia, ou espasmos laríngeos, sendo esse risco significativo nos recém-nascidos;
Pessoas muito sensíveis: irritar as vias respiratórias, produzindo broncoespasmos ou laringoespasmo;
Gravidez e aleitamento: diminuição na produção de leite materno;
O óleo essencial irrita as mucosas oculares.
Intoxicação: choque, confusão mental, coma, arritmias, morte;
HORTELÃ-PIMENTA (Mentha piperita L.)
RECOMENDAÇÕES
Antiparasítico e antivirótico muito forte;
Acrescentado a óleos de massagem para congestões de tórax, dores e febres provenientes de gripes e inalado para tratar congestões e náuseas;
Usado em pastas de dentes.
HORTELÃ-PIMENTA (Mentha piperita L.)
QUEBRA-PEDRA (Phyllantus
niruri)
Nome popular: Quebra-pedra,
 Arrebenta-pedra, Erva-pombinha, Saxífraga.
Nome científico: Phyllanthus niruri L.
Família: Euphorbiacea
Origem: Região tropical
Constituintes químicos: ácidos orgânicos, alcalóides, flavonóides e taninos, entre outros.
A quebra-pedra possui ação diurética, anestésica e de relaxamento muscular específica para os ureteres.
http://www.ellenluz.com/2014/02/como-vai-saude-cha-de-quebra-pedra-seus.html
A quebra-pedra é uma herbácea pequena, com caule de cerca de 50 cm de altura e muito fino, ramoso e ereto, produz folhas miúdas e ovais; 
Cresce principalmente na estação chuvosa em todo tipo de solo, sendo comum aparecer nas fendas das calçadas, terrenos baldios, quintais e jardins.
http://natural.enternauta.com.br
http://www.calculorenal.org/cha-de-quebra-pedra.htm
A planta quebra-pedra é uma das espécies vegetais mais disseminadas e presentes na medicina popular brasileira, e com uma coerência a toda prova em termos de uso terapêutico no tratamento de cálculos renais;
Pesquisas dão conta de que seu efeito positivo é um pouco mais preventivo do que curativo, mas não menos eficiente;
Acredita-se que o chá impede a agregação dos cristais de oxalato de cálcio, o componente químico mais comum dos cálculos renais.
Os efeitos benéficos do quebra-pedra ao tratamento e prevenção de urolitíase podem ser resumidos pelos seguintes mecanismos de ação:
Inibição da endocitose de oxalato de cálcio pelas células tubulares renais, interferindo na formação de cálculos renais (CAMPOS; SCHOR, 1999)
Inibição do crescimento e da agregação de cristais de oxalato de cálcio, facilitando sua eliminação (BARROS et al., 2003; 2006; SANTOS, 1990; FREITAS et al., 2002)
Alteração na morfologia e textura dos cálculos renais, facilitando sua eliminação (BARROS et al., 2006).
Atividade analgésica: atividade antinoceptiva potente e duradoura demonstrada em diversos modelos de dor (SANTOS et al., 1994; SANTOS et al., 1995)
Atividade antiespasmódica devido à inibição da contração da musculatura lisa do ureter, propiciando uma facilitação na eliminação de cálculos renais (ALONSO, 1998; GILBERT et al., 2005; Santos, 1990; CALIXTO et al., 1998).
http://www.policlin.com.br/drpoli/104/
PARTICULARIDADES TÓXICAS DO “QUEBRA-PEDRA”
Em doses elevadas, acima de 4g/dia, pode provocar diarreia, tendo efeito laxativo ou purgativo;
 Também como efeito colateral, é citado que quando consumida em excesso ou por mais de 21 dias consecutivos, a quebra-pedra pode causar a desmineralização do organismo.
 
ÓLEO DE COPAÍBA (Copaíba SSP).
	É utilizado como anti-inflamatório e anestésico tópico para tratamento de ferimentos, picadas de inseto e erupções da pele. O óleo de copaíba possui atividade antimicrobiana e antifúngica, sendo desta forma utilizado como anticéptico, desinfetante, agente antimicrobiano e antifúngico de uso externo (LIMA, 2009).
	Deve-se evitar o uso de copaíba na gravidez e lactação por falta de estudos clínicos comprovando sua segurança. Pode provocar problemas gástricos por intolerância e hipersensibilidade. A superdosagem pode provocar náuseas, vômitos, diarreia, cólicas intestinais e exantemas (FERRO, 2008).
 
ÓLEO DE COPAÍBA (Copaíba SSP).
PAPAÍNA (Carica papaya).
A papaína é uma mistura complexa de enzimas proteolíticas e peroxidades presentes no látex do vegetal Carica papaya (mamão papaia), com ampla aplicação terapêutica. 
Desbridamento;
Liquefação;
Possui ação bactericida, bacteriostática e anti-inflamatória, age apenas nos tecidos necróticos e desvitalizados, não intervindo na integridade do tecido sadio. 
Cicatrização por segunda intenção.
	Os efeitos adversos é uma sensação de queimadura. O exsudado liquefeito da digestão enzimática pode irritar a pele. Lavagens e limpeza frequente da área ao redor da lesão pode aliviar o desconforto. Evite lavar as lesões com peróxido de hidrogênio em solução, pois pode inativar a papaína. 
PAPAÍNA (Carica papaya).
	Os fitoterápicos são medicamentos alopáticos, possuindo compostos químicos que podem interagir com outros medicamentos. As plantas medicinais também possuem compostos químicos ativos que podem promover este tipo de interação.
	Deve-se ter cuidado ao associar medicamentos, ou medicamentos com plantas medicinais, o que pode promover a diminuição dos efeitos ou provocar reações indesejadas.
HÁ PROBLEMAS EM UTILIZAR OUTROS MEDICAMENTOS COM FITOTERÁPICOS?
Buscar informações com os profissionais de saúde;
Informar ao seu médico qualquer reação desagradável que aconteça enquanto estiver usando plantas medicinais ou fitoterápicos;
Observar cuidados especiais com gestantes, mulheres amamentando, crianças e Idosos;
Informar ao seu médico se está utilizando plantas medicinais ou fitoterápicos, principalmente antes de cirurgias;
QUAIS AS PRECAUÇÕES QUE DEVEM SER TOMADAS EM RELAÇÃO AOS FITOTERÁPICOS? 
Adquirir fitoterápicos apenas em farmácias e drogarias autorizadas pela Vigilância Sanitária;
Seguir as orientações da bula e rotulagem;
Observar a data de validade – Nunca tomar medicamentos vencidos;
Seguir corretamente os cuidados de armazenamento;
Desconfiar de produtos que prometem curas milagrosas.
QUAIS AS PRECAUÇÕES QUE DEVEM SER TOMADAS EM RELAÇÃO AOS FITOTERÁPICOS? 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Os fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir do emprego exclusivo de matérias-primas vegetais. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as associações dessas com extratos vegetais.
	Os medicamentos fitoterápicos, assim como todos os medicamentos, são caracterizados pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. A eficácia e a segurança devem ser validadas através de levantamentos etnofarmacológicos, de utilização, documentações tecnocientíficas em bibliografia e/ou publicações indexadas e/ou estudos farmacológicos e toxicológicos pré-clínicos e clínicos.
	A qualidade deve ser alcançada mediante o controle das matérias-primas, do produto acabado, materiais de embalagem e estudos de estabilidade.
ALBUQUERQUE, J.M.D. Plantas Medicinais de Uso Popular. Brasília. ABES, 1989. 96 p. (Programa Agricultura nos Trópicos, 6).
BALABACH, A. As Frutas na Medicina Doméstica. 13ª. Ed. São Paulo. Editora Missionária, s.d. 370 p.
Biblioteca virtual em saúde. Qual o mecanismo de ação da Papaína e a concentração ideal para uso em uma escara com necrose?. Disponível em: >http://aps.bvs.br/aps/qual-o-mecanismo-de-acao-da-papaina-e-a-concentracao-ideal-para-uso-em-uma-escara-com-necrose/< . Acessado em: 19 de maio de 2015.
FREISE, F. W. Plantas Medicinais Brasileiras. São Paulo. Secretária de Agricultura, 1933. P. 233 – 294 (Boletim de Agricultura).
JESUS, Marcos. Ervas e Insumos. Óleos Essenciais. Acedido em: 19/05/20015, em: http://ervaseinsumos.blogspot.com.br/2008/06/eucalipto.html.
MALAGUTTI, Willian; KAKIHARA, Cristiano. Curativos, estomia e dermatologia: uma abordagem multiprofissional. 2ª ed. São Paulo: Martinari, 2011.
NORELLI. Silvana. Eucalipto e seu uso terapêutico na Aromaterapia. Acedido em: 19/05/2015, em: http://www.itu.com.br/colunistas/artigo.asp?cod_conteudo=29615
Plantas medicinais e fitoterapia. Hortelã-pimenta: benefícios e propriedades medicinais. Acedido em: 19/05/2015, em: http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/hortela-pimenta.html
PLANTAS QUE CURAM. São Paulo. Editora Três, s.d. 4v.
Universidade Federal de Juiz de Fora. Fitoterapia. Disponível em: > http://www.ufjf.br/proplamed/atividades/fitoterapia/<. Acessado em: 19 de maio de 2015.
VIERA, Lúcio Salgado. Fitoterapia da Amazônia: Manual de Plantas Medicinais (a Farmácia de Deus). Plantas Medicinais de Uso Popular. 2ª. Ed. São Paulo. Agronômica Ceres, 1992. 347 p.
REFERÊNCIAS

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