Buscar

Como comecar a estudar a psicologia de Jung - fabricio moraes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
Família (Saberes, ES). Membro da International Association for Jungian Studies(IAJS) Atua em 
consultório particular em Vitória desde 2003. 
Contato: 27 – 9316-6985. /e-mail: fabriciomoraes@yahoo.com.br/ Twitter:@FabricioMoraes 
www.psicologiaanalitica.com 
 
Algumas Reflexões sobre “Como começar a estudar a 
psicologia de Jung?” 
(22 de setembro de 2011) 
 
Recentemente, eu vi na lista dos termos pesquisados, que trouxeram visitantes 
ao blog, a expressão “como realizar o estudo da teoria junguiana” me chamou 
atenção, e por isso, eu gostaria de discuti-la um pouco aqui. Apenas faço a 
ressalva que são opiniões pessoais, não são regras, nem devem ser levadas a 
sério… 
Muitas vezes, o estudo de psicologia junguiana é taxado de hermético, difícil 
etc… Assim, neste post, não pretendo fazer um “programa” de “como estudar 
Jung” mas, apresentar alguns pontos que considero interessantes para aqueles 
que se interessam pela via junguiana. Vamos a alguns pontos: 
 
1 – Psicologia Analítica = Psicologia Junguiana ? 
Sim e Não. 
Vamos esclarecer essa nossa afirmação por partes. Em primeiro lugar, 
podemos dizer que “sim, é correto afirmar que psicologia analítica e psicologia 
junguiana são a mesma coisa”, quando olhamos de fora o movimento 
junguiano. Para leigos ou não-junguianos essas terminologias representam 
basicamente o trabalho de C.G.Jung. 
Por outro lado, quando estudamos a psicologia analítica e olhamos o 
“movimento junguiano” de dentro, observaremos que há uma série de 
desenvolvimentos distintos que tem como elemento comum, sua origem ou 
ancestralidade na obra de C.G.Jung. Assim, o termo “psicologia analítica” 
corresponde, sobretudo, a uma concepção mais histórica e clássica que se 
aproxima mais das concepções originais de C.G.Jung. 
Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
Família (Saberes, ES). Membro da International Association for Jungian Studies(IAJS) Atua em 
consultório particular em Vitória desde 2003. 
Contato: 27 – 9316-6985. /e-mail: fabriciomoraes@yahoo.com.br/ Twitter:@FabricioMoraes 
www.psicologiaanalitica.com 
 
A psicologia junguiana é um terminologia relativamente abstrata, pois, se 
refere a uma teoria específica, mas, um conjunto de teorias que são herdeiras 
espirituais C.G.Jung. 
Poderíamos exemplificar essas diferenças citando as “escolas" que foram 
categorizadas por Andrew Samuels, em seu brilhante trabalho “Jung e os pós-
junguianos”, segundo ele haveria três escolas ou tendências preponderantes 
em psicologia junguiana, a Clássica (que era caracterizada pela obra do próprio 
Jung e dos discípulos próximos), Desenvolvimentista (que possuía um dialogo 
com a psicanálise inglesa, se caracterizava pela ênfase nos processos 
analíticos transferenciais e no desenvolvimento infantil) Escola Arquetípica 
(caracterizada especialmente pela obra de James Hillman, ela expande o 
pensamento junguiano para além das paredes da clínica, discutindo os 
fundamentos arquetípicos da realidade, cultura e sociedade). 
Existem desenvolvimentos Junguianos importantes, como a integração 
psicofisica desenvolvida pelo dr. Pètho Sàndor, que constitui na ampliação da 
compreensão junguiana aplicada ao corpo ou a Psicologia Simbólica de Carlos 
Byington. 
Apesar da junguianos terem desenvolvido várias teorias, abordagens, escolas 
e divergências… eles dialogam compreendendo que as diferenças são 
importantes dado a complexidade que é o fenômeno humano. Assim, 
“psicologia junguiana” é uma bandeira que congrega diferentes tribos. 
Essa informação é importante, pois, o estudante que inicia a leitura de Jung, 
pode ficar muito confuso ao ler Hillman ou Carlos Byington. Acredito que esses 
autores possuem uma contribuição enorme, mas, acredito que é necessário um 
percurso anterior. Por isso, sempre que me perguntam, eu sugiro que o estudo 
seja iniciada através de textos do Jung ou mesmo de autores como Nise da 
Silveira, que permitem um contato introdutório a psicologia junguiana. 
Acho importante fazer essa distinção, pois, nem tudo que se lê sob o titulo de 
“junguiano” é comungado com todas vertentes junguianas, ou mesmo, pode 
estar em discordância com o pensamento clássico de Jung. Por isso, ao iniciar 
Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
Família (Saberes, ES). Membro da International Association for Jungian Studies(IAJS) Atua em 
consultório particular em Vitória desde 2003. 
Contato: 27 – 9316-6985. /e-mail: fabriciomoraes@yahoo.com.br/ Twitter:@FabricioMoraes 
www.psicologiaanalitica.com 
 
o estudo, eu sugiro uma atenção aos autores e, não tomar o que ele diz como 
geral ou como representativo de todo o pensamento junguiano, que como já 
expus, é plural. 
 
2 – A Didática de C.G.Jung 
 
É comum se ouvir “Jung é difícil de se ler”, “Jung é complicado” ou “Jung é 
confuso”. Não condeno quem faz tais afirmações, pois eu mesmo já fiz 
algumas destas, quando iniciei meus estudos. 
Acho importante compreendermos Jung não era linear, ele não focalizava num 
assunto, mas, ao discorrer sobre um tema ele abordava as várias 
possibilidades de desenvolvimento do mesmo, assim como os elementos 
associados com o tema. Isso faz com que seus textos pareçam confusos. Por 
outro lado, o texto pode parecer irritante, pois, Jung não define nenhum 
conceito de forma inequívoca. Muitas vezes, procuramos um conceito em Jung, 
e não achamos pois, temos que visitar vários textos para chegar uma idéia. 
Mas, isso é apenas uma visão superficial. 
É importante compreendermos a didática de Jung é circular. Quando lemos 
seus textos é importante compreendermos que o tema é apenas o ponto de 
partida. O objetivo de Jung em todo e qualquer texto é sempre a psique. Em 
seus textos ele sempre vai falar dos diversos aspectos da psique, isso significa 
dizer que, para ele, não era importante que uma pessoa se tornasse “expert” 
em seus conceitos, mas, sim que compreendesse a dinâmica da psique. 
Acerca dessa didática, talvez, poderíamos usar uma imagem: seria como subir 
uma torre circular, com uma vista panorâmica . Desde o primeiro andar, nós 
temos uma visão de toda a paisagem, mas, na medida que subimos, 
poderemos ter uma compreensão ampla da totalidade. 
Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
Família (Saberes, ES). Membro da International Association for Jungian Studies(IAJS) Atua em 
consultório particular em Vitória desde 2003. 
Contato: 27 – 9316-6985. /e-mail: fabriciomoraes@yahoo.com.br/ Twitter:@FabricioMoraes 
www.psicologiaanalitica.com 
 
Isso implica que devemos compreender que Jung apresenta uma compreensão 
ou possibilidade de experiência com a psique. Os conceitos são chaves de 
interpretação da experiência que vivemos e, somente serão assimilados, na 
medida que nos permitirmos essa experiência. Assim, abrir mão do “desejo de 
dominar” a teoria é o primeiro passo para se permitir a experiência da teoria. 
O dito alquimico “lege, lege, relege, ora et labore, et invientes” (lê, lê, relê, ora e 
trabalha e descobrirás) nos ajudabastante a compreender o que chamo de 
“didática” de Jung. 
3 - Por onde Começar!? 
Pode parecer clichê, mas, a minha sugestão é “siga seu coração”. Já me 
explico, o melhor local para se começar a estudar a psicologia analítica é 
justamente onde está o maior interesse de cada um. Por exemplo, uma pessoa 
que se interessa por compreender as relações entre psicologia e religião, 
poderia começar a pelos textos do “Psicologia e Religião Ocidental e Oriental”. 
Se o interesse caminha pela análise dos sonhos, pelos textos do “Natureza da 
Psique” e do “Ab-reação, análise de sonhos e transferência”. 
Digo isto, pois, como disse acima os textos do Jung nunca são monotemáticos, 
invariavelmente o leitor terá contato com vários conceitos que e temas que o 
levarão a outros textos. E pouco a pouco poderá aprofundar e expandir os 
estudos em psicologia junguiana. 
Obviamente, essa é a minha opinião, pois, já vi várias pessoas interessadas 
em começar a estudar psicologia analítica desanimarem, ao ler o “Psicologia 
do Inconsciente” ou “O Eu e o Inconsciente” ou mesmo “o Fundamentos de 
Psicologia Analítica” que são textos básicos e introdutórios. Pois, consideraram 
os textos “dificieis”, e não “atendiam suas expectativas”. 
Eu prefiro não sugerir um roteiro básico. Pois, tudo vai do processo de vida e 
estudo de cada um. Do momento da individuação que cada um atravessa. 
Assim, muitos que procuram se aprofundar ou conhecer melhor a abordagem 
possui uma questão consciente ou inconsciente. Certamente, Jung não vai dar 
Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
Família (Saberes, ES). Membro da International Association for Jungian Studies(IAJS) Atua em 
consultório particular em Vitória desde 2003. 
Contato: 27 – 9316-6985. /e-mail: fabriciomoraes@yahoo.com.br/ Twitter:@FabricioMoraes 
www.psicologiaanalitica.com 
 
a resposta, mas, ele pode oferecer instrumentos para que a pessoa possa se 
pensar melhor – e, se necessário, buscar uma terapia. 
Não posso esquecer, que seria interessante ou desejável que por essa via, 
seria interessante que a pessoa que começasse estudar os textos do Jung, a 
partir de seu foco de interesse, que tivesse outros livros de suporte, como o 
“Léxico Junguiano” do Daryl Sharp, o “Jung – vida e Obra” da Nise da Silveira, 
ou a “Busca do Simbolo” do Edward Whitmont, dentre outros livros de 
conceitos fundamentais. Que serviram de apoio, caso houvesse algum dúvida 
conceitual. 
 
3 – Estudar Sozinho ou em Grupo? 
A minha sugestão seria “Sozinho E em Grupo”. Não acredito que sejam 
excludentes. Acho que o estudo deve ter um foco pessoal, uma motivação 
intima que só o estudo individual vai oferecer (ressalto que sou introvertido, 
assim, eu mesmo coloco essa afirmação sob suspeita), isso porque, quando 
estamos em grupo, este possui umself próprio. Apesar de defender o estudo 
individual, eu gostaria de lembrar que uma questão básica e simples, “Nosso 
modo de ser, condiciona o nosso modo de ver”(JUNG, 1989, p. 324), ao que eu 
frisaria nosso modo de ler. 
Assim, é importante haver uma troca de percepções de um mesmo texto. Sei 
que formar e manter um grupo de estudos pode ser dificil, mas, é importante 
para que tenhamos uma amplitude maior do texto ou tema sobre o qual 
estudamos. 
 
4 – Assimilando os conceitos 
Vale a pena ressaltar que Jung buscou em sua obra descrever os fenômenos 
ou dinâmicas psiquicas de forma mais fiel possível. Assim, os conceitos não 
são constructos puramente racionais, eles partem da psique e se voltam para a 
Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes 
 
 
Fabricio Fonseca Moraes (CRP 16/1257) - Psicólogo Clínico de Orientação Junguiana, 
Especialista em Teoria e Prática Junguiana(UVA/RJ), Especialista em Psicologia Clínica e da 
Família (Saberes, ES). Membro da International Association for Jungian Studies(IAJS) Atua em 
consultório particular em Vitória desde 2003. 
Contato: 27 – 9316-6985. /e-mail: fabriciomoraes@yahoo.com.br/ Twitter:@FabricioMoraes 
www.psicologiaanalitica.com 
 
psique, por isso, são considerados por alguns “abertos e imprecisos”. Jung 
utilizou imagens para representar grande parte de seus conceitos, isso foi um 
recurso importante, pois, a imagem é própria da psique, ele mesmo afirma que 
a psique é imagem. E, assim, é a forma mais fiel de se aproximar da psique. 
Assim, nos conceitos não “dominam” a psique, mas, são pontes para uma 
experiência mais profunda com a realidade psíquica. 
Deste modo, assimilar os conceitos, implica em vivência-los em sua própria 
psique. Nesse sentido, anotar os sonhos, representa-los em desenhos, anotar 
os devaneios (sonhos acordados), os pensamentos onde houve uma diferença 
emocional. Essas anotações serão fonte para uma posterior reflexão e 
observação. O processo de análise com um profissional contribui também 
nesse aspecto do estudo. 
Feitas essas considerações, reafirmo o compromisso deste blog em contribuir 
com o estudo e divulgação do pensamento junguiano. Me coloco a disposição, 
pois, vários posts surgiram para colaborar com o estudo e tirar dúvidas de 
vários colegas.

Continue navegando