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Questionário para AV1

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QUESTIONÁRIO PARA AV1 – DIREITO CONSITUCIONAL
Conceitue constitucionalismo. Apresente três exemplos de documentos referentes a tal assunto.
É a maneira de organizar um Estado com base em uma lei suprema para que todos as outras regras de direito devem respeitar a Constituição, para assegurar o gozo igual do povo seus direitos naturais, o respeito pela dignidade humana e organizar e limitar os poderes do Estado. Os documentos são: A Magma Carta de 1215, Habeas Corpus Act de 1679, Petition of Rights de 1628, Bill of Rights de 1689, Ato f Settlement de 1701.
Explique a relação entre os princípios norteadores da revolução francesa e a constituição liberal.
Apresente o esquema das gerações dos direitos fundamentais.
A doutrina costuma classificar os direitos fundamentais em gerações a primeira geração abrange o direito à liberdade, a expressão, à locomoção e a vida, que surgiu entre os sec. XII e XIX (Magma Carta); A segunda geração é formada pelos direitos sociais, culturais, econômicos, ramificações do direito À igualdade, impulsionando pela Revolução industrial europeia (Constituição de Weimar e o Tratado de Versales).
Conceitue direito constitucional.
É o ramo do Direito Público apto a expor, interpretar e sistematizar os princípios e normas fundamentais do Estado, É a ciência positiva das constituições.
Diferencie sentido político de sentido jurídico.
Constituição em sentido político é aquela considerada “uma decisão política fundamental”, cujo teórico principal foi Carl Schmitt. Para ele, a validade de uma Constituição não se apóia na justiça de suas normas, mas na decisão política que lhe dá existência. Para chegar a esse conceito de Constituição, Schmitt estudou e classificou os conceitos de constituição em quatro grupos: sentido absoluto, relativo, positivo e ideal.
Constituição em sentido jurídico é aquela compreendida de uma perspectiva estritamente formal. Hans Kelsen, jurista austríaco, considera a Constituição como norma, e norma pura, como puro dever-ser, sem qualquer consideração de cunho sociológico, político ou filosófico. 
Kelsen desenvolveu dois sentidos para a palavra Constituição: a) um sentido lógico-jurídico e b) um sentido jurídico-positivo.
Explique a razão Ferdinando Lassale ter forçado a seguinte frase “A constituição como mero pedaço de papel”.
Estabeleceu que tal documento deve descrever rigorosamente a realidade política do país, sob pena de não ter efetividade, tornando-se um mera folha de papel. Esse conceito nega que a Constituição possa mudar a realidade. A tese de Lassale foi contraposta por Konrad Hesse, que cunhou o conceito concretista da Constituição, por considerar que a Constituição não é um simples livro descritivo da realidade - o que a transformaria num simples documento sociológico -, mas norma jurídica, pelo que haveria de se estabelecer uma relação dialética entre o "ser" e o "dever ser".
Diferencie poder constituinte reformador do poder constituinte revisor.
Derivado Reformador - É o poder de fazer emendas constitucionais. Trata-se da reforma da Constituição, ou seja, a alteração formal de seu texto. (CF, art. 60).
Derivado Revisor - É o poder que havia sido instituído para se manifestar 5 anos após a promulgação da Constituição e depois se extinguir. O poder de revisão se manifestou em 1994, quando foram elaboradas as 6 emendas de revisão, e após isso acabou, não podendo ser novamente criado, segundo a doutrina. (CF, art. 3º ADCT).
Conceitue princípio da recepção, desconstitucionalização, princípios da contemporaneidade.
Recepção: pelo fenômeno da recepção, a constituição nova recebe as leis editadas sob o império de constituições anteriores, se com ela forem compatíveis. Assim, toda a normatividade infraconstitucional terá como parâmetro a nova constituição, subsistindo no ordenamento somente as normas que forem compatíveis com esta.
Desconstitucionalização: o fenômeno da desconstitucionalização consiste em recepcionar como lei ordinária dispositivos da constituição revogada não repetidos pela superveniente, mas com ela materialmente compatíveis.
Princípio da contemporaneidade: a constitucionalidade de uma norma deve ser aferida sob da constituição que ela foi editada.
Diferencie inconstitucionalidade superveniente de constitucionalidade superveniente. No ordenamento jurídico Brasileiro são aceitos? Justifique.
A inconstitucionalidade originária resulta de defeito congênito da lei, ou seja, no momento de ingresso no mundo jurídico, já era incompatível com a Constituição que estava em vigor. Já, quando superveniente, o conflito será resultado da incompatibilidade entre norma já existente e nova Constituição.
Teoria da Constitucionalidade Superveniente trata da hipótese contrária, na qual uma norma que inicialmente seria inconstitucional, mas que não teve essa inconstitucionalidade afirmada formalmente, possa, após uma emenda constitucional, tornar-se constitucional posteriormente
Explique o poder constituinte derivado decorrente e indique os entes federativos que o possua.
O que difere o Estado Federal de outras formas descentralizadas de organização territorial do Estado contemporâneo é a existência de um poder constituinte decorrente, ou seja, a descentralização de competências legislativas constitucionais, onde o ente federado elabora sua própria constituição e a promulga, sem que seja possível ou necessário uma intervenção ou a aprovação desta Constituição por outra esfera de poder federal. Isto caracteriza a essência da Federação, a inexistência de hierarquia entre os entes federados (União, Estado e Municípios no caso brasileiro), pois cada uma das esferas de poder federal nos três níveis brasileiros, participa da soberania, ou seja, detém parcelas de soberania, expressa na suas competências legislativa constitucional, ou seja, no exercício do poder constituinte derivado.
Explique o que são normas constitucionais de eficácia restringível.
Explique as teorias sobre o preâmbulo constitucional.
O preâmbulo não poderá prevalecer contra o texto expresso da Constituição Federal, mas pode ser usado, por traçar diretrizes políticas, filosóficas e ideológicas, como linhas interpretativas do texto constitucional.
Três são as posições apontadas acerca da natureza jurídica do preâmbulo: a) tese da irrelevância jurídica: o preâmbulo encontra-se no domínio da política, sem relevância jurídica; b) tese da plena eficácia: possui a mesma eficácia jurídica das normas constitucionais, sendo, no entanto, apresentado de forma não articulada; c) tese da relevância jurídica indireta: ponto médio entre as anteriores, já que, muito embora participe “das características jurídicas da Constituição”, não deve ser confundido com o articulado.
A terceira posição é a majoritária no nosso ordenamento jurídico
Conceitue a dignidade da pessoa humana.
O princípio da dignidade da pessoa humana é um valor moral e espiritual inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal constitui o princípio máximo do estado democrático de direito. Está elencado no rol de direitos fundamentais da Constituição Brasileira de 1988.
Explique método hermenêutico.
Diferencie princípio da razoabilidade da proporcionalidade.
Podemos, de forma sucinta, destacar três diferenças básicas:
1ª - origem histórica;
2ª - estrutura;
3ª - abrangência na aplicação.
No que diz respeito à origem histórica, a Razoabilidade se desenvolveu no direito anglo-saxônico, enquanto que a Proporcionalidade é desenvolvida pelos germânicos. É bem verdade que por vezes um buscou a inspiração do outro, porém, cada qual resguardou aspectos culturais próprios.
Em se tratando de aspectos culturais próprios, a diferença se acentua na estrutura dos presentes princípios. Os povos germânicos (principalmente os alemães) são notadamente metódicos, objetivos e organizados em seu estudo. Desta forma, salta aos olhos que a Proporcionalidade tem uma estrutura mais objetiva (com o desenvolvimento dos três elementos)que a Razoabilidade. De fato, na Proporcionalidade há parâmetros mais claros para se trabalhar o princípio no caso em concreto, enquanto que a Razoabilidade muitas vezes acaba se confundido com a noção do que seria racional ou equilibrado em uma determinada circunstância (o que abre uma maior margem ao subjetivismo do julgador).
No que diz respeito à abrangência, parece-nos que a Razoabilidade teria como objetivo impedir a prática de atos que fogem a razão e ao equilíbrio do "pensamento comum". Já a Proporcionalidade teria um campo de atuação maior: seria um verdadeiro parâmetro para se aferir à adequação e a necessidade de um determinado comando normativo no Ordenamento Jurídico.
Desta forma, a Proporcionalidade seria uma espécie de "teste de fogo" para todas as normas que limitam direitos fundamentais. No entanto, esclarecemos que há doutrinadores que usam o termo "Razoabilidade" de forma bem abrangente, incluindo aí aspectos relacionados à Proporcionalidade.

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