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Apostila 1 Psiconeuroendocrinologia INTRODUÇÃO a disciplina

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OBJETIVO:
O objetivo do curso de Psiconeuroendocrinologia é o estudo da influência do sistema nervoso sobre o eixo hipotálamo-hipófise-glândulas endócrinas, do psiquismo sobre a secreção endócrina e a dos hormônios sobre o comportamento humano, e as principais alterações desta relação entre hormônios e psiquismo
CONCEITO:
É o ramo interdisciplinar que estuda as inter-relações entre os sistemas
 			PSICO-SOCIAL
			NERVOSO	
			ENDÓCRINO
HISTÓRIA:
1955 - identificação, do ponto de vista anatômico, do sistema venoso portal hipofisário, que conecta o hipotálamo à hipófise.
1977 - identificação de um peptídeo hipotalâmico que estimula a liberação da tirotropina (TRH) (Schally, A.)
1990 - início da década do cérebro.
HISTÓRIA:
	
	A conclusão destas investigações realizadas em apenas duas décadas é de que as células do cérebro e do sistema endócrino se comunicam umas com as outras de diversas formas, e que os componentes moleculares e celulares das duas estruturas devem funcionar coordenadamente, como um todo.
CONSIDERAÇÕES:
 A MENTE é algo artificial, que ganha expressão através do funcionamento do cérebro.
	A FUNÇÃO CEREBRAL depende de vias metabólicas intrínsecas e conexões intercelulares no próprio cérebro, e influências extrínsecas mediadas por sensores neurais, hormônios, metabólitos e outros produtos químicos.
	INVESTIGAÇÕES psicobiológicas e avaliações de comportamentos normais e anormais dependem do reconhecimento de que o cérebro é o meio de expressão dos comportamentos.
ALTERAÇÕES DE COMPORTAMENTO são aspectos freqüentemente precoces e significativos nos pacientes com doenças endócrinas, e são preocupantes para o paciente e família.
	O TRATAMENTO EFETIVO do distúrbio endócrino-metabólico leva a uma reversão dramática da alteração psiconeurológica, tornando o diagnóstico deste distúrbio importante.
	Existem muitos dados sobre o controle do SNC sobre a hipófise e outras funções endócrinas (neuroendocrinologia), mas recentemente estuda-se cada vez mais a influência psicológica sobre a secreção endócrina e como os hormônios influenciam o comportamento humano.
PRINCIPAIS ASPECTOS:
	* NEURO TRANSMISSÃO: básico.
	* ENDOCRINOLOGIA: básico e patologias
	* NEUROENDOCRINOLOGIA: básico
	* INFLUÊNCIAS DOS HORMÔNIOS PRÉ-NATAIS
 		- androgênios, estrogênios e progesterona	
	* PUBERDADE: normal, precoce e atrasada
	* COMPORTAMENTO SEXUAL MASCULINO:
		- normal, impotência, homossexualismo, hipogonadismo
		 castração, medicamentos
	* COMPORTAMENTO SEXUAL FEMININO:
		- atração, receptividade, proceptividade, ciclo menstrual,
		 menopausa, esterilidade, castração, transsexualismo
	* SÍNDROME DA TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL.
	* RESPOSTA ENDÓCRINA AO ESTRESSE
	* DISTÚRBIOS ENDÓCRINOS NAS DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS:
		- depressão, esquizofrenia, anorexia nervosa,
 		 amenorréia psicogênica, nanismo psico-social
	* DISTÚRBIOS PSÍQUICOS NAS DOENÇAS ENDÓCRINAS E
	 RESPOSTA À TERAPÊUTICA HORMONAL:
		- hipotireoidismo, hipertireoidismo, hipercortisolismo.
		 hiperparatireoidismo, hipoparatireoidismo, hiperinsulinismo,
		 diabetes, hipocortisolismo.
	* EFEITOS DE DROGAS PSICOTRÓPICAS SOBRE A FUNÇÃO ENDÓCRINA:
		- antipsicóticos, anfetaminas, lítio, álcool, narcóticos
	* EFEITOS DOS HORMÔNIOS PEPTÍDICOS SOBRE O COMPORTAMENTO
	* VELHICE E OS HORMÔNIOS
	* OBESIDADE, DIABETES E MAGREZA
IMPORTÂNCIA:
	O futuro da PSQNE depende da evolução da Saúde Pública.
	A progressiva diminuição da ocorrência das enfermidades infectocontagiosas produz aumento das crônicas não transmissíveis, o que aumenta a importância dos fatores psico-sociais e de conduta.
	O sistema neuroendócrino é o principal integrador das funções orgânicas.
	A interrelação entre elementos psico-sociais e o sistema neuroendócrino, quando bem conhecida, nos deixará mais próximos da abordagem da saúde em seu conceito integral.
INTRODUÇÃO:
	Todas as formas de vida tendem a manter sua estabilidade.
	O Sistema Nervoso possibilita esta estabilidade, de modo primário, mediante a capacidade de adaptação ao meio-ambiente, de duas maneiras:
	- DIRETA - acionando as vias centrais e autonômicas do próprio 	sistema.
	- INDIRETA - mediante sua influência sobre os sistemas endócrino e imune.
	Estas diversas formas de adaptação não estão totalmente determinadas por fatores genéticos, e se realizam concretamente por meio de respostas diferentes, alternativas, com a probabilidade de que seja selecionada a mais eficiente. 
	Isto representa um risco: o surgimento de respostas inadequadas. A tarefa das ciências médicas é a prevenção e a correção destas inadaptações.
	Qualquer especialidade médica requer, por definição, o manejo adequado dos fatores psicológicos implicados no aparecimento, evolução e prognóstico das enfermidades.
	 Isto é muito evidente na Endocrinologia porque as alterações de conduta estão intrinsecamente associadas a muitas doenças endócrinas.
	A abordagem dualista na prática clínica mantém uma barreira entre os aspectos psicológicos e endócrinos, com uma conexão superficial e inoperante, e só se mantém com o atual estado limitado de conhecimentos científicos e do sistema nacional de saúde.
	À medida em que se reconheça que o estado do organismo está fisicamente influenciado por sua existência psicossocial, estará o conceito integral de saúde se implantando de forma definitiva.
	A integração de diferentes especialidades é desejável e necessária nesta abordagem mais ampla dos problemas de saúde.
	Com base em provas experimentais, sabe-se que vários centros extra-hipotalâmicos têm influência moduladora sobre o sistema endócrino. 
	Várias alterações na liberação de hormônios hipofisários ocorrem em conseqüência de distúrbios desses centros cerebrais, intimamente relacionados com o controle do temperamento, da emoção e do comportamento.
	Sabe-se que as influências psicológicas estão entre os estímulos naturais mais potentes e prevalentes que afetam a regulação da função endócrina, particularmente do sistema reprodutor.
	EXEMPLO:
	 A vulnerabilidade desse sistema pode ser vista como um mecanismo psiconeuroendocrinológico privilegiado, em que a reprodução é interrompida quando a mãe em potencial está preocupada com tensões psicológicas, prevenindo a exposição da criança a um ambiente desfavorável.
O CÉREBRO E O COMPORTAMENTO:
	O cérebro controla a secreção endócrina próxima e integra o sistema de “feed-back” dos hormônios de órgãos-alvo periféricos.
	Uma conexão crucial entre o cérebro e o comportamento é a intercomunicação entre os sistemas endócrino e nervoso autônomo.
	Este sistema integrado, que funciona para manter a vida e perpetuar a espécie, coordena diversas respostas a estímulos ambientais e internos (psíquicos).
	O sistema límbico é tido como funcionalmente relacionado à experiência emocional e expressão. Este sistema inclui um circuito de uma rede neural conectando-se com a amígdala, hipocampo, neocórtex, mesencéfalo e hipotálamo.
	Portanto, o estado funcional do hipotálamo está inseparavelmente relacionado com o padrão de atividade neural no sistema límbico. 
INTEGRAÇÃO PSICONEUROENDÓCRINA:
	A integração psiconeuroendócrina que determina o controle neural da função endócrina periférica requer uma extensa ordenação de variáveis psicológicas e sociais independentes, bem como de múltiplos sinais neuroendócrinos interdependentes.
	Essas variáveis explicam a larga variação de respostas psiconeuroendócrinas individuais à mesma situação de tensão.
	A expressão final do sistema depende da adaptação através do aprendizado e da capacidade de enfrentamento.
	Quando se é exposto a estímulos estressantes recorrentes, sejam externos ou internos (psicoemocionais), de intensidade suficiente, pode ocorrer uma descompensação, podendo resultar em um comportamento psicopatológico.
	Essesconceitos são uma extensão da síndrome de adaptação geral descrita em 1936 por Selye, que se processa em 3 estágios:
		- reação de alarme
		- estágio da resistência
		- estágio de exaustão.
NEUROTRANSMISSÃO:
NEURÔNIO: 
	Célula do Sistema Nervoso, altamente diferenciada.
	NEUROTRANSMISSOR:
	É produzido no corpo celular e, por processo ativo (transporte axoplasmático), é levado para todo o axônio e redes terminais do neurônio.
	Isto ocorre com todas as estruturas proteicas, peptídeos e enzimas.
	A neurotransmissão dos neurônios catecolamínicos é a mais conhecida.
SISTEMA LÍMBICO:
	Unidade de grande importância na regulação de funções somáticas, autônomas e de comportamento emocional e funcional.
	COMPREENDE:
ÁREAS CORTICAIS (“Córtex Límbico”): girus cingulado, área órbito-frontal, área insular anterior, girus do hipocampo, área piriforme e uncus.
ÁREAS SUB-CORTICAIS: amígdala, parte dos gânglios basais, núcleos talâmicos anteriores, parte do hipotálamo, epitálamo, área pré-óptica, septo e área paraolfativa.
	LOCALIZAÇÃO:
Superfície médio-ventral dos hemisférios cerebrais.
	IMPORTÂNCIA:
- Integrador das funções somático-viscerais
	- Participa na vida emocional e sexual
	*A estimulação das várias áreas produz respostas bastante diferentes sobre vários sistemas. 
	*Praticamente todos tipos de comportamentos são influenciados ou determinados por este sistema.
NEUROSSECREÇÃO:
 - 1928 - Schärrer - identificou núcleos de células secretoras na haste hipotálamo-hipofisária.
 - 1949 - Bargmann - identificou grânulos secretórios com hematoxilina.
	
	CÉLULA NEUROSSECRETÓRIA:
Demonstração de que os neurônios podem funcionar de uma maneira não prevista pelos conceitos convencionais de transmissão química.
	Representa a via comum final do controle neuronal da hipófise anterior e, como tal, sofre influência (positiva ou negativa) de metabólitos tissulares locais, neurotransmissores (monoaminas, aminoácidos, acetilcolina) e neuropeptídeos, de forma que sua atividade representa sua resposta ao efeito integrador destes agentes todos.
ENDOCRINOLOGIA
	I - GERAL:
	O sistema endócrino surge no curso da evolução nos organismos multicelulares, sendo um dos mecanismos que regulam a comunicação entre os órgãos.
	Está envolvido com:
			- CRESCIMENTO
			- DIFERENCIAÇÃO CELULAR
			- ADAPTAÇÃO AO MEIO-AMBIENTE
			- REPRODUÇÃO
ENDOCRINOLOGIA:
	I - GERAL:
	Seu funcionamento está intimamente ligado ao de dois outros sistemas de comunicação:
		- o sistema nervoso
		- o sistema imunológico
	II - CONCEITOS:
HORMÔNIO: é uma substância que, sintetizada por células especializadas, organizadas em glândulas endócrinas, é secretada para a circulação e age à distância de seu lugar de produção sobre células sensíveis (“alvo”).
	ATUALMENTE: hormônios não são produzidos somente por glândulas especializadas.
Exemplos:
	- alguns hormônios são sintetizados pelo sistema nervoso (sendo hormônios se passam para a corrente sangüínea, e neurotransmissores se liberados localmente pelos terminais nervosos) e sistema imunológico.
	- Existem hormônios que agem de forma parácrina (sobre células do seu meio, p.ex a somatostatina pancreática) e de forma autócrina sobre as células que os produzem, p.ex. a insulina, que pode ter ação inibitória sobre a sua própria secreção.
	Ainda, outras substâncias poderiam ser hormônios no conceito clássico, como as inúmeras linfocinas e monocinas.
III - CLASSIFICAÇÃO:
1- ESTRUTURAL
	HORMÔNIOS PEPTÍDICOS: grupos heterogêneo, que inclui desde pequenos peptídeos hipotalâmicos com alguns aminoácidos até proteínas como o hormônio do crescimento, com 191 aminoácidos.
	Podem ser constituidos por duas cadeias (TSH, LH, FSH, HCG).
	Alguns são glicosilados (TSH, LH, FSH, HCG), outros não (ACTH, Insulina), e alguns existem nas duas formas (Prolactina).
HORMÔNIOS DERIVADOS DE AMINOÁCIDOS: (ou análogos dos aminoácidos) adrenalina, noradrenalina, dopamina, hormônios tireoidianos, todos derivados da tirosina, e 5-HT, derivada do triptofano.
	HORMÔNIOS ESTERÓIDES: glicocorticóides, mineralocorticóides, hormônios sexuais, vitamina D3 e seus metabólitos, são sintetizados a partir do colesterol, e as prostaglandinas a partir do ácido araquidônico.	
2- FÍSICO-QUÍMICA
	HORMÔNIOS HIDROSSOLÚVEIS: permanecem depositados nas células produtoras em grânulos de secreção, e agem sobre receptores de membrana plasmática das células-alvo.
	Ex: hormônios peptídicos e catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e dopamina).
Mecanismo de ação
dos
Hormônios Peptídicos:
	HORMÔNIOS LIPOSSOLÚVEIS: são secretados à medida em que são produzidos (com pequenos depósitos) e penetram no interior das células-alvo para agir sobre receptores nucleares.
	Ex: hormônios tireoidianos e esteróides.
IV - ATIVAÇÃO:
	A maioria dos hormônios é liberada na forma ativa (sobre a célula-alvo), mas alguns sofrem conversão periférica para agirem.
	Exemplos:
	- a testosterona se converte em dihidrotestosterona nos tecidos periféricos
	- a vitamina D (cutânea ou da dieta) sofre duas hidroxilações (fígado e rins) para se tornar ativa (calcitriol)
	- a tireóide produz preferencialmente T4, que se transforma em T3 (forma ativa principal) nos tecidos periféricos.
V - CIRCULAÇÃO DOS HORMÔNIOS:
	Os hormônios liberados circulam livres ou ligados. 
	Os peptídicos circulam predominantemente livres ou fracamente ligados a outras proteínas.
	Os hormônios formados por pequenas moléculas circulam ligados a proteínas, alguns de alta afinidade e já identificadas (TBG, CBG, SHBG, VitDBG).
VI - REGULAÇÃO DOS NÍVEIS HORMONAIS:
	Vários mecanismos regulam os níveis circulantes de hormônios:
	-espontâneo ou basal
	-”feed-back” negativo pelos próprios hormônios sobre sua síntese ou liberação
	-estímulo ou inibição por determinadas substâncias reguladas ou não pelos mesmos hormônios
	-estabelecimento de ritmos circadianos para liberação hormonal por outros sistemas, como o cérebro
	-inibição ou estímulo da liberação hormonal, mediada pelo cérebro, em resposta à ansiedade, antecipação de determinada
VII - DISTÚRBIOS DO SISTEMA ENDÓCRINO:
	DEFICIÊNCIAS
	1 - HIPOFUNÇÃO:
	- Lesão - neoplasias, infecções, hemorragias, distúrbios auto-imunes e outros. Aguda ou crônica.
	- Defeitos de biossíntese (genética) - manifestação da hipofunção (hipotireoidismo, Addison) ou da adaptação compensatória (hirsutismo, bócio, hipertensão arterial)
	2 - DISTÚRBIOS EXTRAGLANDULARES:
	- Conversão periférica defeituosa - insuficiência renal crônica, raquitismo vit. D dependente tipo I, deficiência da 5-alfa-redutase.
	- Degradação hormonal aumentada - administração exógena de hormônios tireoidianos e fenitoína aumentam o metabolismo do cortisol (se a glândula já tem problemas latentes, desencadeia a insuficiência, como na doença de Addison).
	- Substâncias (anticorpos, hormônios antagonistas) que bloqueiam a ação dos hormônio - anticorpos anti-receptores de insulina.
	- Anticorpos anti-hormônios - anticorpos anti-insulina.
3 - HIPORRESPONSIVIDADE TISSULAR:
	- por defeitos na conversão e anticorpos anti-receptores
	- por defeitos genéticos do receptor - síndrome de feminilização testicular (defeito no receptor ligado ao cromossomo X), pseudohipoparatireoidismo, nanismo de Laron
	- por defeitos adquiridos do receptor - pela hiperinsulinemia do diabetes mellitus tipo II (“down regulation”), lesões renais levam à insensibilidade à vasopressina, lesões hepáticas levam à insensibilidade ao glucagon.
4 - ADMINISTRAÇÃO DE ANTAGONISTAS:
	- cimetidine e espironolactona são antagonistas androgênicos e produzem 	 um estado de deficiência androgênica.
EXCESSOS
	1 - HIPERFUNÇÃO:
	- principalmente por tumores e hiperplasias (os tumores geralmentesão bem diferenciados)
	- hiperplasias - estímulo auto-imune tireoidiano, adrenal por excesso de ACTH, adrenal com hiperaldosteronismo, paratireóides.
2 - PRODUÇÃO ECTÓPICA:
	- por células endócrinas e não endócrinas
	- manifestação de genes (ativação) não expressos na célula normal
	- principalmente ACTH, GH, PRL, PTH, Calcitonina, Gastrina, eritropoietina, HCG, que surgem de um ou dois genes. Os outros hormônios necessitam ativação de vários genes para sua síntese.
	- principais tumores: carcinoma pulmonar de pequenas células, tumores carcinóides e timomas (“APUD cells”)
	3 - IATROGENIAS:
	- por reposição inadequada ou auto-medicação, principalmente corticóides e tiroxina.
	4 - HIPERSENSIBILIDADE TECIDUAL:
	- incomum (ou não?)
Ex: - hipertensão por maior sensibilidade às substâncias pressoras, ou menor às 	 	vasodilatadoras
 - osteoporose por alteração da sensibilidade ao estrogênio ou aos hormônios 	cálcio-reguladores
 - corticóides aumentam a pressão intraocular apenas em algumas pessoas
 - fibrilação atrial em alguns pacientes com hipertireoidismo.
	5 - AUTOIMUNIDADE:
	- produção de anticorpos que agem como hormônios (doença de Graves)
	6 - DEFEITOS DE BIOSSÍNTESE:
	- os bloqueios na biossíntese geram maior produção dos hormônios próximos ao bloqueio
	7 -SECUNDÁRIOS:
	- Excessiva estimulação fisiológica: ascite, doença hepática, insuficiência cardíaca congestiva e síndrome nefrótica geram hiperaldosteronismo (que piora o edema), azotemia gera hiperparatireoidismo
	SÍNDROMES ENDÓCRINOS MÚLTIPLOS
	Envolvimentos simultâneos de várias glândulas endócrinas, com hiperplasias, adenomas ou carcinomas.
	MEN I (Síndrome de Werner) - hiperparatireoidismo, hipersecreção das ilhotas pancreáticas (insulina, glucagon,VIP, prostaglandinas, ACTH, vasopressina, somatostatina, serotonina, gastrina), e adenoma hipofisário (funcionante ou não).
	MEN II (Síndrome de Sipple) - carcinoma medular da tireóide, feocromocitoma (às vezes bilateral ou fora da adrenal) e hiperparatireoidismo.
	MEN III ou II-B - carcinoma medular tireoidiano, feocromocitoma e outros fatores (neuromas mucosos múltiplos e hábito marfanóide).
	VIII - AVALIAÇÃO HORMONAL:
	- história e exame físico
	- dosagens hormonais basais e após estímulo ou supressão (testes dinâmicos).
	- testes indiretos (cálcio, glicose, p.ex.)
	- estudos com receptores (dosagens basais e teste de sensibilidade)
	- testes de competição com o hormônio na ligação com proteínas específicas.
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DOENÇAS ENDÓCRINAS
	HORMÔNIOS DA HIPÓFISE
	O lobo anterior produz vários hormônios:
	- GH (do crescimento)
	- FSH (folículo-estimulante)
	- LH (luteinizante)
	- TSH (estimulante da tireóide)
	- ACTH (adrenocorticotrófico)
	- MSH (estimulante dos melanócitos)
	- PROLACTINA
O lobo posterior secreta dois hormônios:
	- ADH ou Vasopressina (antidiurético)
	- OXITOCINA
HIPÓFISE
	A glândula tem íntima relação anatômica e fisiológica com o hipotálamo.
	A relação anatômica com o quiasma óptico é importante e todos os pacientes com suspeita de tumores hipofisários devem fazer exame acurado de campo visual.
	Diante desta suspeita é essencial também o estudo radiológico.
HIPOTÁLAMO
	Controla a secreção dos hormônios hipofisários anteriores.
	Fibras nervosas hipotalâmicas liberam substâncias que são transportadas na corrente sangüínea portal para a glândula hipófise e aí causam liberação, síntese ou inibição dos hormônios.
	As substâncias já conhecidas são:
	- TRH (hormônio liberador de TSH)
	- GnRH ou LHRH (hormônio liberador de gonadotrofinas)
	- GHRH (hormônio liberador de GH)
	- SOMATOSTATINA (hormônio inibidor do GH)
	- CRH (hormônio liberador de ACTH)
	- Dopamina (hormônio inibidor de prolactina)
Produz, ainda, os hormônios que são secretados pela hipófise posterior:
	- são transportados pelas fibras nervosas que formam a neuro-hipófise por proteínas específicas, as neurofisinas
- mantidos depositados em grânulos nas terminações neurais
	- liberados por estímulos específicos.
	As manifestações clínicas de doenças hipotálamo-hipofisárias dependem:
	1 - do tipo de lesão
	2 - do tamanho da lesão
	3 - da região predominantemente afetada
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HIPOPITUITARISMO
	O tipo de deficiência hormonal depende:
		* da natureza da lesão
		* da velocidade da progressão
	Em geral, as deficiências de secreção de FSH e LH ocorrem precocemente, GH e ACTH vêm em seguida, depois TSH.
	Em último lugar de todas, a secreção de ADH declina ou desaparece se o 	lobo posterior for envolvido.
	ETIOLOGIA:
		* tumor hipofisário
		* iatrogenia (cirurgia ou irradiação)
		* necrose hipofisária pós-parto (síndr. Sheehan)
		* outros tumores cranianos ou metástases
		* doenças granulomatosas
		* traumatismo craniano.
	QUADRO CLÍNICO:
	- das deficiências hormonais e/ou sintomatologia compressiva.
	INVESTIGAÇÃO:
	- dosagens hormonais e estudo radiológico.
	TRATAMENTO:	
	- reposição hormonal e tratamento específico da causa.
		DOENÇAS DA TIREÓIDE
Doenças tireoidianas são relativamente comuns, especialmente em mulheres.
	As principais são: 
		 - bócio não tóxico
		 - tireoidites
		 - hipertireoidismo 
		 - hipotireoidismo 
	Cancer de tireóide é raro. 
			HIPOTIREOIDISMO
ALGUNS SINTOMAS DO HIPOTIREOIDISMO:
- Depressão
- Desaceleração dos batimentos cardíacos
- Intestino preso
- Menstruação irregular
- Diminuição da memória
- Cansaço excessivo
- Dores musculares
- Sonolência excessiva
- Pele seca
- Queda de cabelo
- Ganho de peso
- Aumento do colesterol no sangue
			HIPERTIREOIDISMO
ALGUNS SINTOMAS DE HIPERTIREOIDISMO:
- Dificuldade de dormir 
- Aceleração dos batimentos cardíacos
- Intestino solto
- Agitação
- Muita energia, apesar de muito cansaço
- Queda de cabelos 
- Calor e suor exagerado.
- Menstruação irregular
		DOENÇAS DAS ADRENAIS
O córtex adrenal tem origem mesodérmica.
A medula adrenal faz parte do sistema nervoso autônomo simpático.
O córtex adrenal produz vários hormônios:
	CORTISOL (CRH-ACTH DEPENDENTE) (ZONA FASCICULADA)
	ALDOSTERONA (SRAA E NÍVEIS DE K) (ZONA GLOMERULOSA)
	ANDROGÊNIOS (ZONA RETICULAR)
A medula adrenal produz CATECOLAMINAS (+ADRENALINA)
			INSUFICIÊNCIA ADRENAL
PRIMÁRIA: 
destruição ou disfunção do córtex
SECUNDÁRIA:
- deficiência de secreção de ACTH
*** CRÔNICAS OU AGUDAS
*** USO DE GLICOCORTICÓIDES É A CAUSA MAIS COMUM DE INSUFICIÊNCIA ADRENOCORTICAL SECUNDÁRIA.
CAUSAS:
 PRIMÁRIA: 
	AUTOIMUNE (80%) = DOENÇA DE ADDISON
	INFECCIOSO (TBC, CMV, fúngica, HIV)
	ADRENOLEUCODISTROFIA
	METÁSTASES (melanoma, mama, pulmão, rim)
	DROGAS (cetoconazole, rifampicina, fenobarbital)
	DOENÇAS INFILTRATIVO-METABÓLICAS (hemocromatose, amiloidose)
	HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA
 SECUNDÁRIA: 
	GLICOCORTICOTERAPIA CRÔNICA (MAIS COMUM)
	NEOPLASIAS
	TRAUMATISMO CRANIANO
	SÍNDROME DA SELA VAZIA
	APÓS CIRURGIA/RADIOTERAPIA	 
QUADRO CLÍNICO:
 DEFICIÊNCIA DE GLICOCORTICÓIDES: 
	ASTENIA
	MAL-ESTAR
	ANOREXIA
	PERDA DE PESO
	DISTÚRBIOS GASTRINTESTINAIS (NÁUSEA, VÔMITOS)
	HIPOTENSÃO
	HIPOGLICEMIA
 DEFICIÊNCIA DE MINERALOCORTICÓIDES:
	AVIDEZ POR SAL
	HIPOVOLEMIA
	HIPOTENSÃO
	HIPONATREMIA
	HIPERPOTASSEMIA
	ACIDOSE METABÓLICA LEVE
 DEFICIÊNCIA DE ANDROGÊNIOS ADRENAIS
	REDUÇÃO DA LIBIDO E PILIFICAÇÃO AXILAR E PUBIANA (MULHERES)
QUADRO CLÍNICO:
 SECUNDÁRIA
	-hiperpigmentação cutaneomucosa
	-sem depleção de volume e desidratação*
	-sem hipercalemia*
	-sem hipotensão*
	-menos sintomas gastrintestinais*
	-menos crises adrenais agudas*
	-sintomas centrais compressivos (tu snc/hipófise)
	-outras deficiências hormonais hipofisárias
* preservação da função mineralocorticóide.
*Geralmente ocorre comocomplicação de uma insuficiência adrenal crônica (às vezes, subclínica)
*Fatores precipitantes:
	1 - omissão de tratamento da doença crônica
	2 - intercorrência (infecção, eam, avc, cirurgia, trauma)
	3 - suspensão de tratamento crônico com gc
	4 - uso de drogas que bloqueiam síntese hormonal
		(cetoconazole)
	5 – drogas que aumentam metabolismo dos gc
		(fenobarbital, rifampicina)
	6 – tratamento isolado de hipotireoidismo em doença autoimune poliglandular
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