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1Aula eletrofisiologia

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Eletrofisiologia cardíaca 
Marina Ladeira 
 
marinaladeira@yahoo.com.br 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
FISIOLOGIA 
Linda S. Constanzo- 4a edição 
FISIOLOGIA HUMANA- UMA ABORDAGEM 
INTEGRADA 
Dee Unglaud Silverthorn – 3a edição 
 
Eletrofisiologia cardíaca 
Inclui todos os processos envolvidos na atividade elétrica do coração. 
 
 Potenciais de ação cardíacos. 
 Condução dos potenciais de ação (sequência específica e cronometrada). 
 
 
A atividade mecânica do coração depende da 
sua atividade elétrica. 
 
AUTOMATISMO 
O coração é um órgão auto-excitável pois não precisa 
de qualquer estímulo externo (nervoso ou outro) para 
se estimular eletricamente. 
Os potenciais de ação são gerados espontaneamente em 
células especializadas (células de marcapasso). 
Tipos celulares do coração 
 Células contráteis: maioria das células atriais e 
ventriculares 
Potencial de ação → promove contração e geração de força ou pressão 
 Células condutoras (1% do total de células): Nodo SA e 
sistema condutor 
Geram espontaneamente e propagam rapidamente o potencial de 
ação para as células contratéis 
As células contráteis funcionam como um 
Síncicio 
Estas células estão interligadas de tal modo que, 
quando uma delas é excitada, o potencial de ação se 
propaga para todas as demais, passando de célula a 
célula (Contração simultânea de todas as células). 
do latim: syncytium 
Significado: em conjunto 
Síncicio atrial 
Síncicio ventricular 
Junções comunicantes 
Difusão de íons de uma 
célula para outra 
Os potenciais de ação das células cardíacas são gerados no 
nodo SA de onde são conduzidos para por um sistema de 
condução para todo o miocárdio em uma sequência específica 
e cronometrada 
Os átrios devem ser ativados e contrair 
antes que os ventrículos 
Nodo SA 
Nodo Sinoatrial (Nodo SA) 
Tratos internodais atriais 
Nodo Atrioventricular (Nodo AV) 
Feixe de His (Feixe comum) 
Ramos do feixe de His 
(esquerdo e direito) 
Sistema de Purkinje 
SISTEMA DE CONDUÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO 
Eficiência na condução 
Condução lenta 
A velocidade de condução não é a mesma em todo sistema de condução 
Condução lenta 
Condução rápida 
Assegura que os 
ventrículos se 
encham de sangue 
Contração e 
ejeção eficiente 
de sangue pelos 
ventrículos 
Ritmo sinusal normal 
Quando o padrão e momento da ativação elétrica do 
coração são normais. 
1) O potencial de ação tem que se originar no nodo SA. 
 
2) Os impulsos nodais SA devem ocorrer regularmente na frequência de 60 
a 100 impulsos por minuto. 
 
3) A ativação do miocárdio deve ocorrer na sequência correta e com o 
momento e atrasos corretos. 
E se o nodo SA não funcionar ou se não ocorrer a 
condução elétrica dos átrios para os ventrículos? 
Marcapassos latentes 
Os marcapassos latentes são capazes de gerar 
espontaneamente PA, porém têm sua atividade suprimida. 
 Nodo AV, Feixe de His e Fibras de Purkinje 
O marcapasso com a velocidade mais rápida de despolarização, 
controla a frequência cardíaca 
Localização Frequência intrínseca de 
disparo (impulsos/min) 
Nodo SA 70-80 
Nodo AV 40-60 
Feixe de His 40 
Fibras de Purkinje 15-20 
Potencial de Ação nas células 
cardíacas 
Potencial de ação 
Sucessão de eventos fisiológicos que ocorrem 
através da membrana 
Alterações na permeabilidade da membrana, permitindo a 
passagem de íons para dentro ou para fora da célula 
Potencial de repouso Despolarização Repolarização 
Potencial de membrana 
menos negativo 
Movimento efetivo de 
cargas positivas para 
dentro da célula 
Potencial de membrana 
mais negativo 
Movimento efetivo de 
cargas positivas para 
fora da célula 
Potencial de Ação nas células contráteis 
 Longa duração 
Átrios: 150 ms 
Ventrículos: 250 ms 
Nervo ou Músculo esquelético: 1 a 2 ms 
Períodos refratários longos 
 Potencial de membrana estável de repouso 
 
Células marcapasso: Potencial de membrana instável 
 Platô 
 
Período sustentado de despolarização (longa duração do PA). 
 
Potencial de membrana estável 
de repouso 
Platô 
200 ms 
- 85 mV 
+ 20 mV 
0 
1 
2 
3 
4 
Despolarização rápida 
Repolarização inicial 
 
Platô 
Repolarização 
Potencial de repouso 
 Aumento da corrente de influxo de Na+ (entrada de Na+ nas células) 
 Abertura dos canais de Na+ voltagem-dependentes 
 No fim da fase 0, o canal se fecha e o fluxo cessa. 
 ↑ I Na 
 ↓ I Na 
Fase 0- Despolarização rápida 
- 85 mV 
+ 20 mV 
0 
1 
2 
3 
4 
Despolarização rápida 
Repolarização inicial 
 
Platô 
Repolarização 
Potencial de repouso 
 ↑ I Na 
 ↓ I Na 
Breve período de repolarização da membrana 
 Inativação dos canais de Na+ 
 Aumento da condutância ao K+ 
Corrente de efluxo de K+ (IK) - saída de K
+ das células 
 ↑ I K 
Fase 1- Repolarização inicial 
- 85 mV 
+ 20 mV 
0 
1 
2 
3 
4 
Repolarização inicial 
Platô 
Repolarização 
Potencial de repouso 
 ↑ I Na 
 ↓ I Na ↑ I K 
Longo período de potencial de membrana despolarizado relativamente estável 
 Correntes de influxo (entrada) e efluxo (saída) iguais → Corrente resultante é quase 
nula 
Aumento do influxo de Ca2+ → Canais de cálcio tipo L (longa duração) 
Corrente de efluxo de K+ (IK) - saída de K
+ das células 
↑ ICa ↑ IK 
Acoplamento excitação-contração 
Despolarização rápida 
Fase 2- Platô 
- 85 mV 
+ 20 mV 
0 
1 
2 
3 
4 
Repolarização inicial 
Platô 
Repolarização 
Potencial de repouso 
 I Na 
 ↓ I Na I K 
 ICa IK 
 Redução da corrente de influxo de cálcio (Ica) 
 Aumento da corrente de efluxo de potássio (IK) 
↓ ICa ↑ IK 
Despolarização rápida 
Fase 3- Repolarização 
 IK 
Na+-K+ ATPase 
Potencial de Ação no nodo SA 
 
A base iônica para seu potencial de ação no nodo SA diferem 
das células contráteis. 
 
Geram PA espontaneamente 
Potencial de membrana em repouso é instável 
Não apresentam platô 
- 65 mV 
+ 20 mV 
4 
0 
3 
Potencial do marcapasso 
Despolarização 
Repolarização 
If 
A base iônica da fase 0 no SA é diferente das células contráteis 
Células contráteis: corrente de influxo de Na+ 
 
Nodo SA: Corrente de influxo de Ca+ 
 
ICa 
Fase 0- Deflexão ascendente 
 
- 65 mV 
+ 20 mV 
4 
0 
3 
Potencial do marcapasso 
Despolarização 
Repolarização 
If 
ICa 
A fase de repolarização é igual a das células contráteis 
Aumento da condutância ao K+ → corrente de efluxo de potássio (IK) 
IK 
Fase 1 (repolarização inicial) e Fase 2 (platô) estão ausentes no nodo SA. 
Fase 3 (repolarização) 
- 65 mV 
+ 20 mV 
4 
0 
3 
Potencial do marcapasso 
Despolarização 
Repolarização 
 Fase mais longo e responsável pelo automatismo do nodo SA. 
 Ocorre lenta despolarização (Potencial de membrana não permanece num valor fixo) 
Aumento do influxo de Na+ (Canais If ) 
Canal ativado pela repolarização do PA anterior 
If 
 Fase 4: Despolarização espontânea (potencial marcapasso) 
Velocidade de despolarização 
da fase 4 regula a frequência cardíaca. 
O coração pode gerar espontâneamente seus PA, mas a frequência com 
que esses PA são gerados podem ser regulada 
 
Efeitos do sistema nervoso autônomo sobre a frequência cardíaca são 
chamados de efeitos cronotrópicos 
Sistema nervoso autonômo 
Os efeitos do sistema nervoso autônomo sobre a frequência 
cardíaca baseiam-se nas variações da velocidade de despolarização 
da fase 4. 
Efeitos autônomos sobre a frequência cardíacaNodo SA 
Estimulação simpática 
Estimulação parassimpática 
Efeito cronotrópico positivo: 
Aumenta a velocidade de despolarização da 
fase 4 (↑ FC) 
Efeito cronotrópico negativo: 
Reduz a velocidade de despolarização da 
fase 4 (↓ FC) 
Alteram a velocidade 
de despolarização na 
fase 4 
Aumenta a velocidade de despolarização da fase 4 
Aumento da If 
Atinge o limiar mais rápido 
Dispara mais PA por tempo 
↑ Frequência cardíaca 
Efeito cronotrópico positivo 
Nodo SA Estimulação simpática 
Reduz a velocidade de despolarização da fase 4 
Redução da If 
Mais tempo para atingir o potencial limiar 
Menos disparos do PA por tempo 
↓ Frequência cardíaca 
Efeito cronotrópico negativo 
Nodo SA 
Estimulação parassimpática 
Efeitos autônomos sobre a velocidade de 
Condução do PA no Nodo AV 
Efeitos do sistema nervoso autônomo sobre a velocidade de condução 
são chamados efeitos dromotrópicos. 
Nodo AV 
Alteram a velocidade na 
qual o potencial de ação é 
conduzido do átrio para o 
ventrículo. 
Sistema nervoso simpático: 
↑ velocidade de condução. 
Sistema nervoso parassimpático: 
↓ velocidade de condução. 
Eletrocardiograma 
 Registro de pequenas diferenças de potencial, na superfície do 
corpo. 
 Refletem a atividade elétrica do coração (sequência de despolarização 
e repolarização). 
Configuração EKG/ECG 
Despolarização 
dos átrios 
PR-Tempo decorrido do 
início da despolarização dos átrios 
ao início da despolarização dos 
ventrículos. Correlaciona também com a 
condução através do nodo AV. 
Complexo QRS: despolarização dos 
ventrículos 
Repolarização 
dos ventrículos 
Intervalo QT: tempo decorrido 
entre o início da despolarização 
ventricular e o final da repolarização 
ventricular 
Despolarização dos 
átrios 
Despolarização dos 
Ventrículos 
Repolarização dos 
Ventrículos 
Repolarização atrial é encoberta pelo complexo QRS 
R R R R 
R R R R R R R 
R R R 
A frequência cardíaca é medida pelo número de ondas P por minuto 
Ritmo normal 
Taquicardia 
Bradicardia 
Obrigado e até 
amanhã! 
Aula prática: Medida de pressão 
arterial 
 
ICB- Bloco D3 
- 65 mV 
+ 20 mV 
4 
0 
3 
Potencial do marcapasso 
Despolarização 
Repolarização 
If 
ICa 
IK 
- 85 mV 
+ 20 mV 
0 
1 
2 
3 
4 
Repolarização inicial 
Platô 
Repolarização 
Potencial de repouso 
 ↑ I Na 
 ↓ I Na ↑ I K 
↑ ICa ↑ IK 
↓ ICa ↑ IK 
Contrátil 
Nodo SA 
Fase 1 ausente Fase 2 ausente 
Despolarização

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