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Células autoexcitavéis: -A maior parte das células musculares cardíacas é contrátil, mas cerca de 1% delas são especializadas em gerar potenciais de ação espontaneamente = CÉLULAS AUTOEXCITÁVEIS -O sinal para a contração é miogênico, ou seja, é originado dentro do próprio músculo cardíaco. -As células autoexcitáveis miocárdicas são anatomicamente distintas das células contráteis: são menores e contêm poucas fibras contráteis. -Não têm sarcômeros organizados = não contribuem para a força contrátil do coração Os músculos cardíaco e liso apresentam múltiplos níveis de controle - SNA e sistema endócrino. -O arranjo espiral do músculo ventricular permite que a contração ventricular empurre o sangue do ápice do coração para cima. Células musculares miocárdicas: -Ramificadas, uninuclear e legadas por discos intercalares -Os discos intercalares contêm ● desmossomos que transferem a força célula a células ● junções comunicantes que permite que os sinais elétricos passem rapidamente célula a célula; une eletricamente e faz com que todas as células contraiam quase simultaneamente. Relação Força x Volume: -A força de contração da fibra muscular cardíaca depende da quantidade de pontes cruzadas ativas (músculo esquelético – tudo ou nada), que depende da quantidade de cálcio ligado à troponina e do comprimento do sarcômero -Em um coração sadio, o estiramento de fibras individuais depende da quantidade de sangue existente no interior das câmaras cardíacas; -Possui muitas mitocôndrias (cerca de 1/3 da célula) devido à grande demanda energética cardíaca (70 – 80% do O2 levado pelo sangue); OBS: Durante períodos de aumento de atividade, o coração utiliza quase todo o oxigênio trazido pelas artérias coronárias. Assim, a única maneira de conseguir mais oxigênio para o músculo cardíaco no exercício é aumentando o fluxo sanguíneo. A redução do fluxo sanguíneo miocárdico por estreitamento de um vaso coronariano, por um coágulo ou por depósito de gordura pode causar danos ou até mesmo levar células miocárdicas à morte. A entrada do cálcio é uma característica do acoplamento excitação-contração cardíaco -O potencial de ação origina-se espontaneamente nas células do marca-passo do coração e se propaga para as células contráteis através das junções comunicantes. 1. Potencial de ação percorrem o sarcolema 2. Túbulos T: abertura dos canais de Ca dependentes de voltagem→ entrada de Ca nas células 3. O Ca2+ induz a liberação de Ca2+ pelos canais do tipo rianodínico (RyR). 4. A liberação local de Ca2+ gera fagulhas. 5. A liberação local de Ca2+ gera fagulhas. 6. Os íons Ca2+ ligam-se à troponina para iniciar a contração. 7. O relaxamento ocorre quando o Ca2+ se desliga da troponina. 8. O Ca2+ é bombeado de volta para o retículo sarcoplasmático para ser armazenado. 9. O Ca2+ é trocado com o Na+ pelo antiporte NCX. 10. O gradiente de Na+ é mantido pela Na+-K+-ATPase. A contração do músculo cardíaco pode ser graduada -Única fibra muscular executar contrações graduadas, nas quais a fibra varia a quantidade de força que gera. -A força gerada pelo músculo cardíaco é proporcional ao número de ligações cruzadas que estão ativas. -O número de ligações cruzadas é determinado pela quantidade de Ca2 ligado à troponina. -Se a concentração citosólica de Ca2 está baixa, algumas ligações cruzadas não são ativadas e a força de contração é menor. -Outro fator que afeta a força de contração no músculo cardíaco é o comprimento do sarcômero no início da contração. -Em um coração sadio, o estiramento de fibras individuais depen de da quantidade de sangue existente no interior das câmaras cardíacas. Os potenciais de ação no miocárdio variam -O músculo cardíaco, assim como o músculo esquelético e os neurônios, é um tecido excitável com a capacidade de gerar potenciais de ação. -Cada um dos dois tipos de células musculares cardíacas tem um potencial de ação distinto, que varia um pouco no formato, dependendo do local do coração onde ele é medido. -Tanto no miocárdio autoexcitável quanto no contrátil, o Ca2 desempenha um papel importante no potencial de ação. Células miocárdicas contráteis -Os potenciais de ação das células cardíacas contráteis são similares aos dos neurônios e dos músculos esqueléticos. -A fase de despolarização rápida do potencial de ação é resultado da entrada de Na, e a fase de repolarização rápida é devida à saída de K da célula. -As células miocárdicas têm um potencial de ação mais longo, devido à entrada de Ca2. -As fases do potencial de ação iniciam com zero Fase 4: potencial de membrana em repouso. As células miocárdicas contráteis têm um potencial de repouso estável de aproximadamente 90 mV. Fase 0: despolarização. Quando a onda de despolarização entra na célula contrátil através das junções comunicantes, o potencial de membrana torna-se mais positivo. Os canais de Na dependentes de voltagem se abrem, permitindo que a entrada de Na despolarize rapidamente a célula. O potencial de membrana atinge cerca de 20 mV antes de os canais de Na se fecharem. Fase 1: repolarização inicial. Quando os canais de Na se fecham, a célula começa a repolarizar à medida que o K deixa a célula pelos canais de K abertos. Fase 2: o platô. A repolarização inicial é muito breve. O potencial de ação, então, se achata e forma um platô como resultado de dois eventos: uma diminuição na permeabilidade ao K e um aumento na permeabilidade ao Ca2. Os canais de Ca2 dependentes de voltagem ativados pela despolarização foram abertos lentamente durante as fases 0 e 1. Quando eles finalmente abrem, o Ca2 entra na célula. Ao mesmo tempo, alguns canais “rápidos” de K se fecham. A combinação do influxo de Ca2 com a diminuição do efluxo de K faz o potencial de ação se achatar e formar um platô. Fase 3: repolarização rápida. O platô termina quando os canais de Ca2 se fecham e a permeabilidade ao K aumenta mais uma vez. Os canais lentos de K são ativados pela despolarização, mas são abertos lentamente. Quando os canais lentos de K se abrem, o K sai rapidamente e a célula retorna para seu potencial de repouso (fase 4). -O influxo de Ca2 durante a fase 2 prolonga a duração total do potencial de ação do miocárdio. -Um potencial de ação típico em um neurônio ou fibra muscular esquelética dura entre 1 e 5 ms. -Em uma célula miocárdica contrátil, o potencial de ação dura geralmente 200 ms ou mais. -O potencial de ação miocárdico mais longo ajuda a impedir a contração sustentada, chamada de tétano. - A prevenção do tétano no coração é importante porque o músculo cardíaco deve relaxar entre as contrações, de modo que os ventrículos possam encher-se com sangue. -O período refratário é o período após um potencial de ação durante o qual um estímulo normal não pode desencadear um segundo potencial de ação. -No músculo cardíaco, o longo potencial de ação (curva vermelha) faz o período refratário (fundo amarelo) e a contração (curva azul) terminarem simultaneamente. -Quando um segundo potencial de ação pode ocorrer, a célula miocárdica está quase completamente relaxada. -Consequentemente, não ocorre somação -Em contrapartida, o potencial de ação e o período refratário do músculo esquelético terminam justamente com o início da contração. -Por esse motivo, o disparo de um segundo potencial de ação imediatamente após o período refratário causa a somação das contrações e resultará em uma contração sustentada, conhecida como tétano. Células miocárdicas autoexcitáveis: -A capacidade única de gerar potenciais de ação espontaneamente na ausência de um sinal do SN resulta do seu potencial de membrana instável, o qual inicia em 60 mV e lentamente ascende em direção ao limiar. -Este potencial de membrana instável é chamado de potencial marca-passo(nunca descansa), em vez de potencial de membrana em repouso, uma vez que ele nunca permanece em um valor constante. -Sempre que o potencial marca-passo depolariza até o limiar, as células autoexcitáveis disparam um potencial de ação. -Quando o potencial de membrana da célula é -60 mV, os canais If, que são permeáveis tantoao K+ quanto ao Na+, estão abertos. -À medida que o potencial de membrana se torna mais positivo, os canais de If fecham-se gradualmente, e alguns canais de Ca+2 se abrem. -O resultante influxo de Ca+2 continua a despolarização, e o potencial de membrana move-se continuamente em direção ao limiar. -A velocidade na qual as células autoexcitáveis despolarizam determina a frequência com que o coração contrai. -O intervalo entre os potenciais de ação pode ser modificado pela alteração da permeabilidade das células autoexcitáveis para diferentes íons, o que, por sua vez, modifica a duração do potencial marcapasso. Sinais elétricos coordenam a contração -A comunicação elétrica no coração começa com um potencial de ação em uma célula autoexcitável. -A despolarização se propaga rapidamente para as células vizinhas através das junções comunicantes nos discos intercalares. -A onda de despolarização é seguida por uma onda de contração, que passa pelo átrio e depois vai para os ventrículos. -A despolarização inicia no nó sinoatrial (nó SA), as células autoexcitáveis no átrio direito que servem como o principal marca-passo do coração. -A onda de despolarização, então, propaga-se rapidamente por um sistema especializado de condução, constituído de fibras autoexcitáveis não contráteis. -Uma via internodal ramificada conecta o nó SA com o nó atrio-ventricular (nó AV), um grupo de células autoexcitáveis perto do assoalho do átrio direito. -Do nó AV, a despolarização move-se para os ventrículos. -As fibras de Purkinje, células de condução especializada dos ventrículos, transmitem os sinais elétricos muito rapidamente para baixo pelo fascículo atrioventricular, ou feixe AV, também cha- mado de feixe de His (“hiss”), no septo ventricular. -Percorrido um curto caminho no septo, o fascículo se divide em ramos esquerdo e direito. -Esses ramos continuam se deslocando para o ápice do coração, onde se dividem em pequenas fibras de Purkinje, que se espalham lateralmente entre as células contráteis. 1. O nó SA despolariza. 2. A atividade elétrica vai rapidamente para o nó AV pelas vias internodais. 3. A despolarização se propaga mais lentamente através dos átrios. A condução demora através do nó AV. 4. A despolarização move-se rapidamente através do sistema de condução ventricular para o ápice do coração. 5. A onda de despolarização espalha-se para cima a partir do ápice. ● Em uma condição conhecida como bloqueio cardíaco completo, a condução dos sinais elétricos dos átrios para os ventrículos através do nó AV está bloqueada. O nó SA dispara na sua frequência de 70 impulsos por minuto, porém, esses sinais jamais chegarão aos ventrículos. Os ventrículos, então, adaptam-se ao seu marcapasso mais rápido. ● Como as células autoexcitáveis dos ventrículos disparam aproximadamente 35 vezes por minuto, os ventrículos contraem em uma frequência muito menor do que a dos átrios. ● Se as contrações ventriculares são muito lentas para manter um fluxo sanguíneo adequado, pode ser necessário manter o ritmo cardíaco artificialmente por um marcapasso mecânico implantado cirurgicamente. Os marca-passos determinam a frequência cardíaca -As células do nó SA determinam o ritmo dos batimentos cardíacos, porém, é modulado por estímulos neurais e hormonais. -A estimulação pelos nervos simpáticos aumenta a permeabilidade ao Na+ ou ao Ca++ nas células autoexcitáveis, acelerando a despolarização dessas células. - Aumenta a frequência cardíaca; -A estimulação pelos nervos parassimpáticos provoca uma hiperpolarização pela redução da permeabilidade ao Ca++ e aumento da permeabilidade do K+. - Torna a célula mais inibida, diminuindo a frequência cardíaca;
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