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ADMINISTRAÇÃO E LIDERANÇA

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Ministério da Igreja
índice
Lição 1 - A Ig re ja ................................................................ 15
Lição 2 - Organização da I g r e j a ................................... 41
Lição 3 - A Administ ração da I g r e j a ..........................67
Lição 4 - 0 L í d e r ............................................................... 99
Lição 5 - A L i d e r a n ç a .................................................... 125
Referênc ias Bibliográficas 151
Lição 1
A Igreja
Na linguagem comum, o vocábulo Igreja tem 
um significado muito amplo. É aplicado ao edif íc io em 
que se realiza o culto cristão; a uma congregação de 
adoradores crentes; a um estabelecimento religioso; a 
de terminado t ipo de ordem eclesiástica; ao conjunto de 
todos os crentes em Cristo, e a um grupo local de 
discípulos cristãos associados num pacto com 
propósitos religiosos. Este últ imo significado é o 
comumente encontrado no N ovo Testamento.
_______ _ O vocábulo jfhgrejàT/L^e-m.,da palavra grega
f“ ekklesia”j que significa ^ch am ad o para fo ragi) “efc” 
para fora, e “klesis” , chamado. Entre os gregos, o 
termo designava um grupo de pessoas dotadas do 
privilégio e c idadania incumbidos de certas funções 
públicas administ ra tivas importantes, convocado, ou 
chamado para fora, dentre a massa comum do povo.
No Novo Testamento, a “Ekklesia” é um 
grupo de pessoas chamadas e separadas da multidão 
comum, em virtude de uma vocação divina, escolhida 
para serem santas, investidas nos privilégios e 
incumbidas dos deveres de cidadania no reino de 
Cristo. Conforme o NT, uma Igreja cristã é um grupo 
de pessoas divinamente chamadas e separadas do 
mundo, batizadas sob prof issão de sua fé em Cristo,
15
unidas em aliança para o culto e o serviço cristão, sob 
suprema autoridade de Cristo, cuja Palavra é sua única 
lei e regra de vida em todas as questões de fé e prática 
religiosa.
A Igreja é a representante de Deus na terra; é 
o corpo de Cristo e o meio através do qual Ele se 
expressa ao mundo. É o único órgão de redenção que 
Deus tem no mundo.
A Igreja é um organismo divino (o Corpo de 
Cristo) em meio a ambiente estranho.
O que é, ou não é a Igreja!
■ A Igreja não é um edifício material - hierosulos\
■ A Igreja não é uma denominação;
■ A Igreja é o fundamento de Cristo (Mt 16.18);
■ A Igreja não é um empreendimento nacionalista;
■ A Igreja é o povo de Deus dentro da raça humana 
(G1 3.28);
■ A Igreja não é a continuação do juda ísmo (Mt 
9.16);
■ A Igreja é o vinho da nova aliança em novos 
o d re s1;
■ A Igreja não é o reino de Deus. “O reino de Deus 
é mais amplo que a Igreja e envolvem o universo, 
as hos tes2 angelicais bem como os santos do 
Antigo Tes tam ento” ;
■ A Igreja não é um plano parentético de Deus;
■ A Igreja é o fruto da vontade de Deus (Ef 1.2-11);
■ A Igreja é o eterno propósi to de Deus (Rm 8.26- 
30); propós ito de Deus define-se assim:
• Defin ido em vista (Ef 3.11).
1 Saco feito de pele e destinado ao transporte de líquidos;
2 Tropa; exército.
16
• No grego proti themai : colocar diante de;
expor; pr incipalmente para ser contemplado 
(Ef 3.11).
■ A Igreja é o mistério de Deus (Dt 29.29);
■ A Igreja é a Nação Santa ( IPe 2.9);
■ As e tn ia s1 na raça humana, judeus , gentios, e a 
Igreja de Deus;
■ A Igreja é uma fraternidade (Koynonia).
Propósito de Deus para com a Igreja.
Em Efésios 3.10,11 diz: “Para que agora, 
pela igreja, a multi forme sabedoria de Deus seja 
conhecida dos principados e potestades nos céus, 
segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus 
nosso Senhor” .
O propósito de Deus com a Igreja é sem 
dúvida, a pregação do Evangelho a toda cr ia tura ao 
redor do mundo. Ela é a grande agência do reino de 
Deus aqui na Terra; é incumbida de levar os pecadores 
a Cristo. E a depositária da importante mensagem que 
este mundo jamais ouviu.
A Igreja Universal.
E o conjunto de todos os salvos em todas as 
épocas e lugares. É a Igreja de Cristo independe de 
denominação, número de membros ou abrangência 
territorial.
Falando no sentido denominacional dizemos 
que há denominações com poucos membros da Igreja 
Universal , porque vivem como não salvos. Ser membro 
da Igreja Universal não quer dizer somente ser membro
1 População ou grupo social que apresenta relativa 
homogeneidade cultural e linguística, compartilhando história e 
origem comuns.
17
de uma Igreja local; nem se é membro dessa Igreja por 
tocar ou cantar no coro ou por fazer qualquer outro 
serviço, mas para isso é preciso ser nova criatura, uma 
criatura nascida de novo; caso contrário, não subirá 
com o Senhor na sua vinda. Se não nascer de novo e 
viver de acordo com os ensinos bíblicos não é membro 
da Igreja de Cristo no sentido real.
A salvação não é privi légio de nenhuma 
denominação; alguns pre tensiosamente afirmam, mas 
estão enganados! Jesus não fundou nenhuma 
denominação, o que ele fundou e inaugurou no dia de 
Pentecostes foi a sua Igreja, verdadeira, imaculada e 
comprada por seu sangue derramado na cruz. A 
Verdadeira Igreja de Cristo é aquela que o serve em 
novidade de vida e pauta o viver cristão pelos ensinos 
sagrados.
> Aspectos dentro do conceito de Igreja Universal:
■ Igreja Invisível: São os fiéis no Senhor, aqueles 
que estão dentro da Igreja visível.
■ Igreja Organismo: Como organismo, é uma 
comunidade de crentes unidos em Cristo pelo 
Espíri to Santo; dotada de dons e minis térios para 
aperfe içoamento dos santos (Ef 4.11-16); a 
Igreja organismo precede a Igreja organização.
■ Igreja M ilitante; É a comunidade cristã que 
peregrina em direção ao descanso eterno, 
revestida pela armadura de Deus para vencer o 
inferno (Mt 16.18). Esta luta contra as hostes do 
maligno, contra o pecado, que é comprometida 
com a pregação do Evangelho de Cristo, a f im de 
promover a salvação dos pecadores. 
Representada por todas as igrejas locais: 
minis tros , membros , que guardam a unidade do 
Espíri to Santo pelo vínculo da paz (Ef 4.3-16).
18
■ Igreja Triunfante: É o grupo incontável de 
cristãos que estão nos céus, arrebatada pelo Seu 
Senhor e Salvador Jesus Cristo, é a Igreja livre 
da ação do pecado, reinando com Cristo, é a 
mesma Igreja Universal do mundo inteiro, agora 
unida com Cristo nas Bodas do Cordeiro, depois 
de trocar a espada pela palma da vitória, as 
lágrimas pelos cânticos, e a cruz pela coroa.
■ Aspecto Inclusivo da Igreja: A Igreja é 
composta de pessoas de todas as raças, tribos, 
línguas e nações!
A Igreja Local.
Representa uma parte pequena da Igreja 
Universal . É formada pelo conjunto de salvos por 
Cristo de um determinado local, cidade, distrito ou 
munic ípio.
Dentro do aspecto geral a Igreja é um grupo 
unido no mesmo propósito e fé, um corpo cooperando 
com outros de semelhante natureza.
Um estudo do Novo Testamento demonstra 
c laramente que a Igreja local tem uma importância 
super la t iva1. A Igreja local é uma célula viva do corpo 
de Cristo, atuando na comunidade onde está situada. 
Não devemos l imitar este conceito à reunião dos 
crentes no prédio da Igreja.
A Igreja Primitiva se reunia para a adoração 
e edificação, em diversos lugares, nas sinagogas, em 
edifícios públicos ou domicíl ios particulares. Portanto, 
não estavam reunidos em um único lugar; os crentes 
mantinham sua condição de sal da terra e testemunhas 
de Cris to na sociedade em que viviam.
1 Que exprime uma qualidade em grau muito alto, ou no mais 
alto grau.
19
A Igreja local é uma expressão do corpo de 
Cristo na comunidade onde habita, e é também o 
representante de Deus para evangelizar e testif icar aos 
pecadores nessa região em particular. E necessário que 
haja umaIgreja es tabe lecida que possa expressar a 
vontade e os propósitos de Deus, comple tando sua 
missão no mundo. Não se pode cons iderar completa a 
obra de evangelismo, conquanto não haja igrejas 
estabelecidas.
A M issão da Igreja
Qual o propósi to de Deus ao manter a Igreja 
no Mundo? Qual sua final idade ou missão? A Bíblia 
ensina que a Igreja está no mundo para uma missão 
tríplice:
(1) Adoração (glorificação ao nome de Deus).
A Igreja é um precioso tesouro de Deus na 
qual Ele se deleita. A adoração é preciosa para Deus. 
Eis a missão da Igreja: adorar e glorificar a Deus em 
espíri to e em verdade (At 13.13).
(2) Edificação (aperfe içoamento, fortalecimento, 
crescimento dos salvos).
Esta é uma missão qua l i ta t iva1 que a Igreja 
tem para consigo mesma. O ensino é a sa lvaguarda2 
dos que são ganhos para Cristo. Atendendo às 
necessidades do membro e, desta maneira, 
fortalecendo e edificando a Igreja (Ef 3.14-21; 4.11- 
16; G1 4.19,20; Jo 17.15-23; IPe 3.15; 2Pe 3.18).
1 Que exprime ou determina a(s) qualidade(s).
2 Proteção e garantia (de direito, de liberdade, de segurança) 
concedidas por autoridade ou instituição a um indivíduo, a uma 
coletividade, a um estatuto.
20
(3) Evangelização (testemunho).
É anunciar o Evangelho e o seu poder, 
aumentando o número de salvos (At 1.8; Mt 28.18-20; 
Lc 24.47). E evidente que a Igreja deve dar o máximo 
de impulso à parte evangelís t ica de sua missão. 
Ganhar almas é a maior missão da Igreja, não é, 
todavia a única. Todo o bom trabalho de 
evangelização deve ter em mente a preservação dos 
frutos e a t ransformação desses frutos em ganhadores 
de almas. A melhor forma para isso, é a edificação, 
organização de igrejas responsáveis, isto é, igrejas 
que continuem a evangelização (At 19.10).
Paulo demorou-se dois anos em Éfeso e 
todos os da Ásia ouviram o Evangelho, o que 
possibil i tou, poster iormente , João escrever as cartas 
às sete igrejas da Ásia.
A specto Exclusivo da Igreja
Os componentes de uma Igreja viva e bíblica
deverão:
■ Ter conhecimento ortodoxo, vivo e experimental 
de Seu salvador, acompanhado de verdadeira 
convicção de pecado e sede de salvação, sem 
confiar em seus próprios méritos e obras para 
salvar-se;
■ Ter fé, e deve ser caracter izada por uma entrega 
total a Cristo e f irme crença no que a Bíblia 
revela;
■ Ter sua ação, conduta e frutos p au tad o s1 de 
verdadeira regeneração (Mt 7.20; G1 5.22).
1 Riscado com traços paralelos. Relacionado, arrolado.
21
Governo Eclesiástico
Este é, sem dúvida, assunto de grande 
importância, e deve ser tratado à luz da Bíblia. A falta 
de conhecimento do modo de exercer o governo da 
Igreja tem trazido sérios problemas, tanto a ela como 
aos seus pastores.
Há ministros que copiam formas de governo 
mundanas para, através delas, governarem a Igreja de 
Deus, isso nunca poderá dar bons resultados. A única 
fo rma para dirigir e governar a Igreja está na Bíblia, a 
Palavra de Deus.
Jesus é o único legislador para a Igreja - não 
resta dúvida de que Cristo é o cabeça da Igreja: não só 
no sentido de Igreja Universal , mais também no de 
igrejas locais.
Pela ressurreição, Ele foi const i tuído cabeça 
da Igreja que é o Seu corpo: a cabeça é a parte superior 
do corpo e é ela que governa. Assim é Cristo em 
relação à Igreja (Ef 1.22; 4.15; 5.23; Cl 1.18; 2.10), 
por isso Ele é também o único legislador para a Igreja. 
A ninguém cabe o direito de criar doutrinas, leis e 
dogmas que não este jam claramente explícitas na 
Bíblia.
> O governo da Igreja não é:
■ Democracia - governo do povo (onde são 
colocados e t irados os governantes, e os elege 
por meio de votos, através de propaganda, 
muitas vezes desonesta);
■ Ditadura - onde apenas um homem faz e desfaz 
tudo que quer, mas a Igreja de Cristo quem 
dirige é sua cabeça, que é Cristo.
22
> O governo da Igreja é:
■ Teocrático - isto é, governo de Deus, onde o 
poder e as leis emanam de Deus: o ensino é de 
Deus, a doutrina é de Deus e o seu código é a 
Bíblia, a Palavra de Deus. Os minis tros são 
eleitos por Deus e são dados à Igreja por Deus. 
Algumas igrejas se jactam de terem o seu 
governo baseado no sistema democrático , mas 
nós damos graças a Deus pelo governo 
teocrático.
> Governo da Igreja na terra.
Na terra, Deus usa os seus minis tros , o qual 
escolhe e capacita com dons e os dá à Igreja, para 
governá-la. Tudo feito através de Cristo, o cabeça da 
Igreja. Os minis tros operam com o poder e na direção 
do Espíri to Santo, que é o guia no governo da Igreja. 
Na lista dos dons minister ia is está escri to que Deus pôs 
governo na Igreja ( IC o 12.28; Rm 12.8). O governo da 
igreja na terra é executado pelo corpo de ministros.
Uma igreja cristã é uma sociedade com vida 
coletiva, organizada de conformidade com algum plano 
definido, adaptado a algum propósito estabelecido, que 
ela propõe realizar. Por conseguinte, conta com seus 
oficiais e ordenanças, suas leis e regulamentos, 
apropriados para a adminis tração de seu governo e para 
o cumprimento de seus propósitos.
Exis tem três formas especiais e largamente 
diferentes de governo eclesiástico, que tem obtido 
prevalência nas comunidades cristãs através dos 
séculos passados, e que continua sendo mantida com 
diferentes graus de sucesso, cada uma das quais 
reiv indicando ser a fo rma original e primitiva.
23
Formas de Governo
Episcopal ou Prelática.
Forma em que o poder de governar descansa 
nas mãos de prelados ou bispos diocesanos, e no clero 
mais alto; tal como sucede nas igrejas romanas, grega, 
anglicana, e na maior parte das igrejas orientais. Os 
defensores desta forma de governo declaram que 
Cristo, como o cabeça da Igreja, tenha confiado o 
controle da Igreja na terra a uma ordem de oficiais 
chamados bispos que seriam os sucessores dos 
apóstolos. É a s i lhue ta1 mais antiga de governo de 
Igreja local. Episcopal vem do termo grego
“episkopos” , que significa “superv isor” , a tradução 
mais freqüente desse termo é “bispo” ou 
“super in tendente” .
Presbiteriana ou Oligárquica.
Forma em que o poder de governar reside nas 
assembléias, sínodos, presbitér ios e sessões; é o que 
sucede na Igreja escocesa, luterana, e nas várias igrejas 
presbiter ianas . Esse sistema tem um controle menos 
central izado que o modelo episcopal confia na 
l iderança de representação. Seus escolhidos
(geralmente escolhidos por eleição) para ser 
representantes diante da Igreja l ideram nas atividades 
normais da vida cristã (adoração, doutrina e 
adminis tração). O perfil presbiter iano de consti tuição 
ecles iás tica deriva seu nome do ministério bíblico 
presbuteros (presbítero, ancião). Normalmente na 
forma de governo presbiter iana, a Igreja é regida por 
níveis.
Desenho representativo do perfil de uma pessoa ou objeto, 
segundo os contornos que a sua sombra projeta.
24
WINDOWS7
Máquina de escrever
Congreeacional ou Independente.
Como o próprio nome sugere seu enfoque de 
autoridade recai sobre a congregação, sobre o próprio 
corpo local de crentes. Nesta forma de governo a 
entidade pratica o auto-governo, pois cada Igreja 
individual e local admin is tra seu próprio governo 
mediante a voz da maioria de seus membros; é o que 
acontece entre os batistas, os congregacionais , os 
independentes, e alguns outros grupos evangélicos. 
Esse sistema é o que dá mais autoridade para os 
membros comuns da Igreja. É o que mais se aproxima 
da democrac ia pura.
Neander, destacado historiador, diz a 
respeito do período primitivo: “As igrejas eram
ensinadas a se governarem por si mesm as” . “Os irmãos 
escolhiam seus própr ios oficiais dentre seu própr io 
número” . “No tocante àeleição de oficiais 
eclesiásticos, o princípio antigo continuou sendo 
seguido: o consentimento ■ da comunidade era
necessário para a validade de qualquer eleição 
semelhante, e cada membro t inha a l iberdade de 
oferecer razões por sua opos ição” .
Moshiem diz a respeito do primeiro século: 
“Naqueles tempos primitivos , cada Igreja cris tã era 
composta do povo, dos oficiais pres identes , e dos 
assistentes ou diáconos. Essas devem ser as partes 
componentes de cada sociedade. A voz principal 
pertencia ao povo, ou seja, a todo o grupo de c r i s tãos” . 
“O povo reunido, por conseguinte , elegia seus próprios 
governantes e m est res” . A respeito do segundo século, 
ele acrescenta: “Um presidente, ou bispo, preside sobre 
cada Igreja. Ele era cr iado pelo voto comum do povo” . 
“Durante uma grande parte desse século, todas as 
igrejas continuaram sendo como no princípio , 
independentes umas das outras, cada Igreja era uma
25
espécie de pequena república independente, 
governando-se por suas próprias leis, baixadas , ou pelo 
menos aprovadas pelo povo” .
Q uestionário
■ Assinale com “X” as al ternativas corretas
1. “Ekklesia” , deriva-se de uma palavra grega
a ) E I ] Que significa “chamados para fo ra”
b) l_j Que significa “chamados para den tro”
c ) |_] Que significa “chamados de fora”
d ) D Que significa “chamados de den tro”
2. A missão tríplice da Igreja aqui no mundo é
a) |_I Adoção, edificação e evangelização
b) [~1 Adoração, edificação e evangelização
c ) l_I Adoção, dedicação e evangelização
d ) |_I Adoração, dedicação e ju ízo , 3 4 5
3. Forma de governo onde a autoridade recai sobre a 
congregação, sobre o próprio corpo local de crentes
a) l______ | Episcopal ou prelático
b ) |______ I Presbiteriano ou oligárquico
c ) |______ I Episcopal e oligárquico
d ) f~~l Congregacional ou independente
■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
4 . | | A Igreja é o fundamento de Cristo, o reino de 
Deus, um plano parentético do Pai
5 . H Igrej a mili tante é a comunidade cristã que 
peregrina em direção ao descanso eterno, revestida 
pela armadura de Deus para vencer o inferno
26
Corpo Eclesial
O padrão bíblico para escolha dos 
presbíteros e diáconos nos foi dado pelo apóstolo Paulo 
em IT imóteo 3.1-13. Havia presbíteros e d iáconos na 
Igreja de Fil ipos, conforme Fil ipenses 1.1. O apóstolo 
Paulo instruiu a Tito que const i tuísse presbíteros na 
Igreja de Creta (Tt 1.5; Cf. At 20.17-35).
O corpo eclesial consti tui basicamente de 
dois ofícios:
(1) Pastor, Ministro, Ancião, Presbítero, Bispo.
Os vocábulos acima são empregados para 
designar o mesmo ofício, pois significam of ic ia lmente 
o mesmo (At 20.17,28; lTm 3.1; Tt 1.5-7).
A palavra “presbitér io” é empregada para 
designar o conjunto ou o corpo de pastores e de 
presbíteros que cooperam no governo da Igreja. Deve 
haver um corpo de presbíteros na Igreja local , pois as 
Escrituras se referem à existência de presbí teros ou
anciãos nas igrejas. Atos 14.23 diz assim: “E,
promovendo-lhes em cada Igreja a eleição de
presbíteros, depois de orar com jejuns , os
encomendaram ao Senhor em que haviam cr ido” .
Tiago 5.14,15 instrui que quando alguém 
adoece alguém, chamem os presbíteros da Igreja para 
ungir com óleo.
Paulo escreveu a Timóteo: “e devem ser 
considerados merecedores de dobrada honra os 
presbíteros que pres idem bem, com especia lidade os 
que se afadigam na palavra e no ensino” ( l T m 5.17). A 
Tito, o apóstolo recomendou igualmente: “ ... para 
que... em cada cidade, const i tuísse presbíteros, 
conforme te p rescrev i” (Tt 1.5). De Mileto, Paulo
27
mandou chamar os presbíteros da Igreja de Éfeso (At 
20.17). Por essas passagens , há abundantes precedentes 
bíblicos que autorizam a exis tência de presbíteros na 
Igreja. Também se poderá ver, pelo exame das 
Escrituras, que o presbítero é um obreiro que exerce 
um minis tério do Evangelho.
Pedro escreveu: “Rogo, pois, aos presbíteros 
que há entre vós, eu, presbítero como eles.. . pastoreai o 
rebanho de Deus que há entre vós... Ora, logo que o 
Supremo Pastor se manifestar, recebereis a 
im arcesc íve l1 coroa de glória” ( IP e 5.1-4). Não há 
dúvida que Pedro foi pregador e apóstolo da mais alta 
ordem. Ele instruía aos ministros que cuidassem do 
rebanho. Também afirmou ser ele mesmo um 
“presbí tero” que exortava os outros presbíteros. Assim 
sendo, concluímos que um presbítero ou um ancião 
exerce um ministério.
Quando João escreveu a segunda e terceira 
epístolas, a si mesmo designou-se de “presbítero” ,(2Jo 
1; 3Jo 1). Com referência aos presbíteros, em Atos 
11.30; 15.2,4,6,22,23; 16.4; 20.17,28 e 21.18, e
part icula rmente nos trechos de Tito 1.5,7, é evidente 
que os vocábulos “presbítero” (ancião) e “b ispo” 
(supervisor) são sinônimos, e que ambos se referem a 
homens consagrados, a líderes oficiais das igrejas. 
Parece claro que a palavra “presb í tero” se refere ao 
homem em sua exper iência espiri tual , e que o termo 
“bispo” a seu cuidado.
A conclusão a que se pode chegar, baseada 
nos parágrafos acima, portanto, é a seguinte: nas 
igrejas cristãs primitivas havia plura lidade de 
presbíteros ou anciãos. Noutras palavras, cada Igreja 
t inha certo número de homens consagrados que servia
1 Que não iiiurcha. Incorruptível, inalterável.
28
como pastores. Nos dias dos apóstolos Paulo e Pedro, o 
Novo Tes tamento ainda não estava completo, pelo que 
não havia também padrões fixos a seguir, através dos 
quais fossem resolvidas todas as questões. A Igreja de 
Cristo estava passando pelo processo de receber a 
revelação total da parte de Deus. A fim de salvaguardar 
a verdade e resguardá-la das “ in terpretações 
part iculares” (ver 2Pe 1.20), foi plano de Deus que 
houvesse, em cada agrupamento evangélico, um corpo 
de homens dirigidos pelo Espíri to Santo, que pudessem 
comparar entre si suas impressões divinas, defin indo 
junto o pensamento e a mente de Deus no tocante à Sua 
verdade rela tiva às igrejas.
Igualmente , nesse período format ivo, a 
questão de alguém ser um pastor era algo in te iramente 
novo para todos, havendo necessidade do surgimento e 
aperfeiçoamento de muitos obreiros dessa categoria, 
mediante padrão de vida conveniente.
Através da associação uns com os outros, 
comparti lhavam eles o ministér io das igrejas 
primitivas, e estavam assim capaci tados a observar as 
práticas uns dos outros, aprendendo mutuamente da 
experiência coletiva. Isso desenvolveu com p res teza1 
aqueles l íderes das igrejas que, indubi tavelmente , 
foram capazes de assumir maiores responsabil idades , 
como a tarefa de estabelecer novas igrejas e treinar 
novos presbíteros ou anciãos.
Mas, que havia certa dis t inção nas fileiras 
desses presbíteros parece ficar entendido em IT im óteo 
5.17, onde lemos que alguns laboravam na Palavra e no 
ensino. Isso indicaria que esses t inham uma capacidade 
maior, enquanto que outros eram menos capacitados. 
Alguns talvez se ocupassem no cuidado dos pobres, na
1 Ligeireza, prontidão. Rapidez, agilidade.
29
música ou na visi tação pessoal e funções pastorais 
semelhantes. Esses homens eram apoiados e estimados 
pela Igreja, conforme IT imóteo 5.17,18, onde a 
T imóteo é re lembrado que o obreiro é digno do seu 
salário.
Igualmente os presbíteros ou anciãos podem 
servir em outras funções espiri tua is, até mesmo como 
responsáveis por congregações ou igrejas, estando 
capacitados a exercerem eventualmente o ministério de 
pastor.
(2) Diáconos.
Os primeiros diáconos foram escolhidos 
pelos crentes, segundo está regis trado em Atos 6.1-7, 
para a tender aos interesses temporais da Igreja. 
Diácono significa“ministro ou servo” .
Participação do M embro no G overno da Igreja
Não resta dúvida de que os membros devem 
part ic ipar do governo da Igreja. Mesmo sendo uma 
teocracia, como já foi dito, a Igreja não pode deixar de 
ter a participação, embora relativa, dos que a ela 
per tencem. A relação de partic ipação do povo no 
governo da Igreja deve ser operado pelo menos em três 
sentidos:
(1) Cooperando. A fim que os governantes tenham 
condições de desempenhar as suas funções sem 
embaraço. Essa cooperação é extensa e começa 
com a contribuição com os dízimos e as 
ofertas, a fim de que não venha faltar o 
necessár io à manutenção da obra em todas as 
suas áreas de ação, desde o sustento dos 
obreiros à construção de templos e a 
manutenção do patrimônio.
30
(2) Apoiando as Decisões. Apoiando as decisões e 
de terminações do ministér io que da parte de 
Deus lhe são recomendadas, cumprindo tudo 
com alegria, especia lmente no sentido da 
conservação da doutrina, como podemos 
observar faziam os irmãos na igreja primitiva 
(At 15.28-31).
(3) Reconhecendo que provém de Deus. O
Ministér io da Igreja é dado por Deus e é uma 
vocação celestial ; não se trata de prof issão de 
caráter social , de um emprego, embora tenham 
os ministros direito a sustento. Por isso devem 
ser obedecidos com alegria (Hb 13.17). Não 
havendo obediência, a partic ipação perde o 
sentido e a razão de ser.
Filiação
O ingresso na Igreja Universal é pela 
exper iênc ia de salvação e não pelo batismo em água. 
Todavia , tornar-se membro da organização, da Igreja 
local , através do bat ismo em água, que nada mais é do 
que o testemunho público e externo da decisão de 
continuar seguindo a Jesus, identif icando-se com Ele e 
com o Seu povo na terra.
Formas de tornar-se membro.
Na era apostól ica, quando havia apenas “um 
só Senhor, uma só fé, um só bati smo” , e não exist iam 
denominações com suas divergências, o batismo do 
convertido por si, o const i tuía membro da Igreja, 
ou torgando-lhe imedia tamente , todos os direitos e 
privilégios de membro em plena comunhão. Nesse 
sentido, “o batismo era a porta de entrada na Igreja 
local” .
31
Atualmente , a si tuação é diferente; e ainda 
que as igrejas desejem receber novos membros, são 
precavidas e caute losas para receberem pessoas que 
não vivam em conformidade com os padrões bíblicos.
> Assim, se aceita um membro na Igreja:
1) Pelo batismo (Mt 28.19; At 2.38).
É necessário que seja devidamente casado 
( IC o 7.2,10,11; Hb 13.4) ou solteiro, e que tenha 
exper imentado a salvação pela fé em Jesus.
2) Por carta de transferência.
Quando expedida por Igreja da mesma fé e
ordem.
3) Por aclamação.
Aplica-se a várias si tuações. Todas , porém, 
exigem que a Igreja que receberá o membro já o tenha 
observado e considerado posit ivo o seu modo de viver. 
Pessoas recebidas de outros grupos relig iosos devem 
ser observadas cuidadosamente , a fim de descobrirem 
se defendem doutrinas contrárias às doutr inas bíblicas 
que esposamos.
Deve haver entendimento bem definido 
acerca do sustento da Igreja, pelo membro a ser 
recebido, pois é possível que não se sinta responsável, 
quanto aos díz imos e ache que outros é que devem 
levar a carga financeira da obra.
O candidato deve estar ciente das normas de 
santidade. Deve o pastor instruir os novos membros nas 
verdades essenciais para o desenvolv imento da Igreja; 
e somente os que estão plenamente doutrinados 
poderão ser admitidos como membros.
3 2
> A Igreja poderá receber, também, por aclamação:
a) Membros de organizações genuinamente 
evangélicas.
b) Membros de igrejas que não dão carta de 
transferência.
c) Membros cujos documentos foram extraviados.
> Além do que prescreve o estatuto, deve o membro: 
s a) Consagrar-se;
B b) Aprender a levar as almas a Cristo;
c) Honrar, respeitar, sustenta r a obra com díz imos ; A
d) Assist ir aos cultos; x
e) Votar nas várias reuniões;
f) Participar da Ceia; /
g) Visitar e ser visi tado; ^
h) Tomar parte nas a tividades da Igreja; <-
i) Ser separado, eventualmente , para obreiro local.
> Perigos a serem evitados:
a) Pensar o pastor somente no número de membros;
b) Pensar demais em apoio financeiro ou social;
c) Ter na Igreja, como membros, pessoas que não 
querem se compromete r com o bom exemplo;
d) Ter na Igreja, como membros, pessoas que crêem 
em doutrinas diferentes;
c) Aceitar como membros pessoas que se separaram 
bruscamente de suas igrejas originais.
3 3
Cartas
Recomendação.
Deve ser expedida apenas a membros em 
comunhão com a Igreja e que farão uma viagem 
temporária a um ou mais lugares. A validade da 
primeira apresentação é de 30 dias. Caso o membro vá 
permanecer em lugar fixo, mais de 3 meses , o ideal é 
levar carta de mudança.
Mudança.
A carta de mudança é legada1 a membros em 
comunhão com a Igreja e que este jam transferindo 
residência para outra localidade onde exista Igreja da 
mesma organização.
Declaração.
No caso de um membro querer transferir-se 
para uma Igreja aceita como evangél ica, mas que não 
seja da mesma fé e ordem, podemos dar-lhe uma 
declaração, d izendo que foi membro da Igreja de tanto 
a tanto, sendo, agora, desligado do rol de membros a 
pedido.
Apresentação.
Entre congregações de um mesmo campo ou 
município pode-se dar uma carta de apresentação. Pode 
ainda ser usada para pessoas que, de passagem ou 
mudança, são apenas congregados e não membros. Em 
todos os casos ver também questão de prazo, destino, 
portador.
Antes de receber qualquer pessoa de outra 
Igreja, é bom consultar o pastor ou responsável de sua
1 Repassada, passada.
3 4
Igreja, procurando saber, se, na verdade, não expede 
qualquer documento para pessoas que mudam de 
organização, ou se a pessoa não está documentada por 
outros motivos. O tra tamento de qualquer destes casos 
deve ser feito com sabedoria.
As cartas de mudança ou recomendação 
podem ser revogadas1 em qualquer ocasião, antes de 
serem usadas, se, no entender da Igreja, houver 
motivos suficientes para tal ação, conforme 
disposit ivos es ta tu tá r ios2.
A Disciplina na Igreja
A disciplina é uma benção, e uma 
necessidade na Igreja (At 5.1-11; 2Ts 3.6-14; ^rrTA 
(J ó . 17,jj 3 ICo 5). Jesus falou sobre "a disciplina (KTí 
18.15-17). Deus é um Deus de ordem. Como um pai 
disciplina seus filhos na famíl ia (Hb 12.5-11), assim 
deve haver disciplina na Igreja.
Apesar da Igreja não ter condição de obrigar 
a consciência do membro, ela tem de ju lgar sobre a 
observação dos ensinos bíblicos e cristãos por parte 
dos que a ela pertencem.
Sem dúvida um dos fundamentos da Igreja é 
a disciplina. Nenhuma ins ti tuição tem condições de 
atingir os seus objetivos se os membros não 
obedecerem às disciplinas.
> Para ensinar é preciso antes aprender. ^
Daí surge à necessidade do obreiro 
freqüentar regularmente as Escolas Bíblicas, ler bons 
l ivros e estudar a Bíblia, para ser um obreiro aprovado.
1 Tornar nulo, sem efeito; fazer que deixe de vigorar; anular, 
invalidar, revocar.
2 Relativo a, ou contido em estatuto(s).
3 5
O objetivo da disciplina visa tanto preparar bons 
crentes como bons obreiros.
Pela leitura das epístolas de Paulo, nota-se 
que ele se dedicava mais ao ensino que à pregação, e 
até mesmo as suas mensagens eram saturadas de 
ensino.
Salomão, por exemplo, maior sábio do seu 
tempo, porque recebeu sua sabedoria dire tamente de 
Deus, repartiu-a com todos os seus, e quando foi 
visi tado pela rainha de Sabá, o que mais a 
impressionou foi jus tamente a disciplina dos servidores 
de Salomão ( lR s 10.4,5).
A disciplina pelo ensino é mais ef iciente que 
a correção.Assim, se o pastor deseja ver uma Igreja 
bem disciplinada, a regra áurea é: “Manda estas coisas 
e ensina-as” ( lT m 4.11).
> Propósito da disciplina.
Principal objetivo da disciplina é transformar 
vidas e formar caracteres. O exemplo é um fator 
importante na disciplina. O que ensina precisa 
primeiramente disciplinar-se a si mesmo, a fim de dar o 
exemplo. Quem ensina, precisa viver o que fala.
Jesus fez uso desse método de ensino, e foi 
isso que garantiu a sua autoridade. Ele censurou os 
mestres fariseus porque ensinavam, mas não 
praticavam. Por isso mesmo não t inham autoridade! 
“Não se deve considerar a disciplina com caráter 
negativo, como castigo por parte da Igre ja” . A 
disciplina tem caráter positivo:
■ Corrigir uma má situação (2Co 7.9);
■ Restaurar o caído (G1 6.1; Mt 6.14,15);
■ Manter o bom testemunho da Igreja ( lT m 3.7);
■ Advertir os demais membros para que não se 
descuidem ( IC o 5.6,7);
3 6
■ Apelar à consciência do ofensor para que pense 
sobre sua conduta.
> Motivos para disciplina.
■ Conduta desordenada ou desaprovada pela Palavra 
de Deus (2Ts 3.11-15);
■ Imoral idade ( I C o 5);
■ Espíri to contencioso, divisor (Rm 16.17,18; 2Co 
13.1; lT m 3.15,20);
■ Propagação de falsas doutrinas, heresias (Tt 
3.10,11);
■ Fil iação à organização ou Igreja incompatível com 
o crist ianismo.
> Métodos do procedimento na disciplina que Jesus 
ensinou em Mateus 18.15-18.
■ NA medida do possível , deve-se tratar o problema 
entre as pessoas afetadas.
■ Duas ou três testemunhas.
■ Não se arrependendo o ofensor, ou se o caso, 
tomar proporções e chegar ao conhecimento de 
muitos, deve-se levar a Igreja.
■ Caso se recuse humildemente a reconhecer sua 
falta, e a pedir perdão, deve o ofensor ser 
desligado do rol de membros (Mt 18.18; 2Ts 3.14; 
ICo 5.11). Arrependendo-se , que seja perdoado, 
se a falta não for tal que exija desl igamento 
imediato.
■ Se o caso for de flagrante escândalo para a Igreja, 
ao ser comprovado, deve ser imedia tamente 
desligado, tudo, porém com justiça.
3 7
> Casos especiais de disciplina aplicada por muitos.
Casos de perdão para pessoas que exercem 
cargos na igreja ou liderança.
Ex: Regente de coral ao se ar repender deve voltar 
imedia tamente a exercer a função? E necessár io um 
tempo de prova, no qual a pessoa tem de demonst rar 
arrependimento.
Precisa-se dar tempo para que a Igreja veja o 
arrependimento e restabeleça a confiança. Nunca se 
deve faci l i tar tanto a ponto de se pensar que o pecado é 
coisa tão simples que a Igreja nem sequer se incomoda.
> Atitude do pastor frente ao procedimento de
disciplina do membro.
■ Deve ministrá-la com espíri to de humildade e de 
amor (G1 6.1);
■ A disciplina não é um castigo, ela visa redimir e 
restaurar;
■ Tudo o que tem espíri to de represá l ia1 ou 
revanche é carnal e dificulta a submissão da 
pessoa;
■ O bom pastor dá a vida e deve estar ansioso pela 
volta da ovelha que se perdeu.
■ A disciplina deve ser aplicada imparcialmente;
■ A disciplina nunca deve se transformar em arma 
nas mãos do pastor ou dirigente, como meio de 
impor a sua própr ia vontade: Nada há mais 
reprovável que amedrontar membros com 
discipl ina para colocá-los na linha. Além do 
mais, pastor não é ditador. E, sim, um guia e 
exemplo do redil ( IP e 5.1-3).
1 Desforra, vingança, despique, desforço, retaliação.
3 8
Questionário
■ Assinale com “X ” as alternat ivas corretas
6. Foram escolhidos pelos crentes (segundo At 6.1-7), 
para atender aos interesses temporais da Igreja
a ) i n Os pr imeiros diáconos
b ) |_ j O s p r i m e i r o s a n c i ã o s
c ) |_I Os primeiros presbíteros
d ) G I Os primeiros pastores
7. O ingresso na Igreja Universal
a ) l_ J É pelo batismo em água
b) [~l É pela exper iência de salvação
c ) |_I É pelo batismo no Espíri to Santo
d ) l_1 É pelo cadastro no rol de membros
8. Quanto aos perigos a serem evitados pelo pastor, é 
incerto dizer que
a) |_I Não deve ele somente pensar no número de
membros
b ) l_ J Deve não pensar demais em apoio financeiro
o u s o c i a l
c ) D Deve aceitar como membros pessoas que se
separaram bruscamente de suas igrejas originais
d ) l_j Não deve ter na Igreja, como membros,
pessoas que crêem em doutrinas diferentes
■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
9. n A carta de apresentação é passada aos membros
que estejam transferindo para outra localidade
10. □ O que ensina precisa primeiramente disciplinar- 
se a si mesmo, a f im de dar o exemplo
39
Lição 2
O rganização da Ig reja
A organização da Igreja local é apresentada, 
em sentido figurado, na descrição que o apóstolo Paulo 
faz de Cristo de quem todo o corpo, bem ajustado e 
consol idado, pelo auxíl io de toda junta , segundo a j u s t a 
cooperação de cada parte, efe tua o seu própr io aumento 
para a edificação de si mesmo em amor” (Ef 4.16; 
2.21). Trata-se s implesmente da integração de cada 
junta e parte formando uma unidade, a f im de que, 
como conjunto completo, tudo funcione com vida, 
eficiência e harmonia.
> Os objetivos da organização eclesiástica.
O propósito da organização da Igreja é
tríplice.
Em primeiro lugar, tem que moldar-se à 
natureza de Deus. O Senhor Deus é muito ordeiro. Seu 
grande universo celestial movimenta -se com tal 
precisão que poss ib il i ta aos ast rônomos preverem o 
momento exato dos eclipses, o aparec imento dos 
cometas e outros fenômenos celestes.
Deus ins truiu os fi lhos de Israel a se 
locomoverem em de terminadas formações, atendendo 
condições de precedência, es tabe lecendo a posição 
exata de cada tribo no acampamento , em relação ao 
labernáculo que ficava no centro.
4 1
Quando Cristo multipl icou os pães para os 
cinco mil homens, ordenou que todos se assentassem 
em grupos de cem e de cinqüenta (Mc 6.39,40). O 
próprio corpo humano é obra de Suas mãos, sendo uma 
maravilha de precisão e organização.
A sincronização das batidas cardíacas com a 
função respiratória dos pulmões; o processo digestivo e 
sua relação com o sistema nervoso e com todas as 
partes do corpo se ajustam na mais perfeita ordem e 
cooperação, funcionando automática e
involuntariamente , tudo posto em movimento pela mão 
do habi l idoso Criador.
Poderia alguém duvidar da sabedoria de 
Deus em tão bem organizar e correlacionar a Igreja, 
que é o corpo de Seu próprio Filho, com a mais exata 
precisão? Certamente está em perfeita harmonia com o 
plano e os métodos de Deus, que a Sua Igreja, a mais 
selecionada de toda a criação, tenha pelo menos o 
mesmo grau de harmonia e unidade, no seu modo de 
ser, como qualquer outra obra.
Em segundo lugar, o propósito de 
organização da Igreja local visa a prover o máximo de 
eficiência. Uma tu rb a1 de dez mil pessoas poderia ser 
derro tada por cem soldados, mediante ordem e 
formação técnica de ação. Do mesmo modo, a Igreja 
local , perfeitamente unida e onde cada qual ocupa o 
seu devido lugar (Mc 3.34), pode real izar muito mais 
para Deus do que uma grande e desorganizada massa de 
crentes.
Há muito trabalho a ser feito por este mundo 
afora. Obviamente faz parte do bom senso alguém se 
preparar para a realização dessa tarefa da maneira mais 
ef iciente possível.
1 Multidão em desordem. Muitas pessoas reunidas; povo.
4 2
Em terceiro lugar, o fim co l im ado1 por essa 
organização da Igreja local é assegurar a p rob idade2 em 
sua adminis tração, j á que um pequeno grupo poderá 
monopolizar a posse e os privi légios legais, se a Igreja 
local não for devidamente organizada. Pode ocorrer 
alguma parc ialidade na dis tribuição das tarefas do 
ministér io e das a tividades da assembléia.Não havendo 
registros nem qualquer sistema de controle, poderá 
ocorrer in jus tiça no atendimento aos membros como, 
por exemplo, nos casos de visitação.
> Organização composta de regenerados.
Ao pensar-se sobre a organização de uma 
Igreja local , p ressupõe-se a existência de um grupo de 
pessoas realmente nascidas de novo. Esse é o único 
material com que se pode levantar a Igreja local , pois 
não há outro fundamento além daquele que j á foi posto, 
a saber, Jesus Cris to ( I C o 3.11).
A Igreja compõe-se daqueles que pertencem 
ao reino espiri tual (Mt 18.3; Jo 3.3). Qualquer outro 
material que não seja almas nascidas do alto, será como 
madeira, feno e palha, que será consumido pelo fogo, 
naquele dia ( I C o 3.12,13). Quão insensato é o pastor 
que edifica com material perecível.
> Argumentos a favor do rol de membros.
Contando com o bom material, como já 
definimos, o pastor pode lançar-se tranquilo na 
organização de uma Igreja local. O simples fato de 
conseguir uma aglomeração de pessoas para pres tar 
culto não significa que esteja edificando uma Igreja. 
Deve haver ato de ins ti tuir e pôr em ordem a Igreja.
O primeiro passo em direção a tornar a Igreja
1 Mirado, visado, observado.
2 Integridade de caráter; honradez, pundonor.
4 3
local em um organismo vivo, é reconhecer certo 
número de membros , havendo fortes razões para a 
formulação de um rol de membros. Em primeiro lugar, 
a necessidade instintiva de cada crente é de pertencer a 
um lar espiri tual . Tal como a pessoa deseja possuir um 
lar e ali viver, assim também as novas criaturas em 
Cristo anelam por pertencer a uma Igreja que 
considerem como sua.
Em qualquer obra organizada, há certa 
condição de estabil idade que naturalmente atrai o povo, 
que não se arriscaria a associar-se a algo transitório. A 
fim de atender a essa necessidade e de contar com um 
lugar onde os crentes possam sentir-se em casa, dando- 
lhes a satisfação de “pertencer” a essa casa, é m is te r1 2 3 
criar uma organização composta de seus próprios 
membros.
Outro motivo pelo qual deve haver um 
arro lamento ' definido de membros, é que isto é bíblico. 
Nos dias dos apóstolos e da Igreja Pr imitiva , consta 
que “ ... dos restantes, ninguém ousava ajuntar-se a 
eles; porém o povo lhes tributava grande admiração. E 
crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto 
homens como mulheres, agregados ao Senhor” (At 
5.13,14). Dá a entender que havia um arrolamento bem 
como uma dist inta l inha de demarcação entre os 
discípulos e os infiéis. Por isso deve exis t i r o rol de
a
membros, que evita promiscuidade e confusão.
Pode-se perceber c laramente , em bom 
número de passagens, que se fazia a contagem dos 
membros, e disso havia registros. No dia de 
Pentecostes os irmãos eram 120 (At 1.15). Quase três
1 Preciso, necessário; urgente.
2 Levantamento, inventário, lista.
3 Qualidade de promíscuo; mistura desordenada e confusa. Diz- 
se de pessoa que se entrega sexualmente com facilidade.
4 4
mil foram acrescentados à Igreja naquele dia (At 2.41). 
Mais tarde o número aumentou para cerca de cinco mil 
(At 4.4).
As inscrições que concernem à disciplina 
deixam claro que havia uma nít ida l inha de separação - 
o lado em que se encontravam os membros e o outro, 
onde permaneciam aqueles que não podiam part ic ipar 
da comunhão ( ICo 5.12,13). O apóstolo Paulo 
recomendou que a congregação em Corinto excluísse 
de seu rol aquela pessoa iníqua. Aqui temos uma 
si tuação dos que es tavam “den t ro” e dos que estavam 
“fo ra” , o que é possível somente com um rol de 
membros . O próprio Senhor ins truiu que, após os 
passos preliminares apropr iados em direção à 
reconci l iação, se o irmão se mostrasse irreconcil iável, 
dever ia ser reputado como gentio e publicano (Mt 
18.17). Isso o poria fora do p á l io 1 da comunidade, 
requerendo que começasse tudo de novo se desejasse 
yoltar a fazer parte da mesma.
Essa exigência também revela a vontade de 
Jesus, no sentido de que haja def inição exata sobre a 
si tuação dos crentes. Tito 3.10 ordena a rejeição do 
herege após a pr imeira e segunda advertência. Como 
poderia haver a rejeição se não houvesse pelo menos 
um grupo definido do qual pudesse ser excluído? Veja 
também 2Tessa lonicenses 3.6,14,15.
Existe ainda uma outra razão em favor do rol 
de membros. E lógico do ponto de vista de qualquer 
empreendimento. Quando pessoas crentes f reqüentam 
uma Igreja e fazem invest imentos nela como seu lar 
espiri tual , adquirem por ela um interesse maior. Caso o 
Icmplo seja de propriedade de alguém (do pastor, por 
exemplo), e esse alguém mais tarde o vende e muda-se
1 Manto, capa.
45
para outra cidade, então os que t iverem colaborado ali 
sentirão que de uma hora para outra se viram 
desabrigados, e como negar que tais sentimentos são 
perfeitamente jus tos?
Dar aos crentes o direito de voto no controle 
da propriedade da Igreja parece elementar. Igualmente, 
supondo que a alguém seja dado o direito de votar, só 
por se achar presente a uma reunião de membros, 
equivaleria a dar a est ranhos, ou àqueles que raramente 
freqüentam a Igreja e que não deviam constar do rol, o 
direito de con trola rem as propr iedades da Igreja tanto 
quanto os membros ativos, os quais são fiéis em sua 
freqüência e que ali realmente têm feito invest imentos. 
Isso seria uma injus tiça e ocasionaria protestos justos. 
Ora, ambas as possibil idades são evitadas mediante o 
simples expediente de haver um rol de membros, e em 
que a posse da propr iedade tenha sido feita em nome da 
Igreja.
Isso não é apenas sensato e eminentemente 
justo, mas também desfruta de apoio bíblico que 
confirma esse princípio. Em Romanos 12.17 aconselha 
que façamos coisas direitas e honestas perante todos os 
homens. E 2Coríntios 8.21 nos recomenda: “ ... pois o 
que nos preocupa é procedermos honestamente , não só 
perante o Senhor, como também diante dos hom ens” .
> Normas para tornar-se membro.
Antes que possa ser determinada e 
reconhecida uma lista de membros da Igreja, é 
necessário resolver a questão das exigências mediante 
as quais serão aceitos os membros.
A questão da aceitação ou rejeição de 
membros, ou seu desl igamento definit ivo, não pode 
ficar a critério pessoal do pastor ou de seus auxil iares 
diretos. Deve haver uma norma escri ta, baseada na
4 6
Palavra de Deus, mediante a qual se chegue a decisões 
imparciais.
Na jus t iça secular aplicam-se as regras sem 
olharem pessoas; e por que não proceder do mesmo 
modo em nosso meio? Só pode haver confiança e 
satisfação entre o povo, quando há um entendimento 
quanto às qualif icações de candidatos a membros . Mas, 
se as regras forem meramente “suben tend idas” , darão 
ensejo a muitos desentendimentos. Nada melhor do que 
dispor de um documento definido, sempre imparcial , 
jamais inf luenciável pelos argumentos, e que possa 
pres tar tranquilamente o v e red ic to1 adequado a cada 
questão em debate.
É mister, portanto, que haja um claro 
en tendimento sobre o que está envolv ido nas questões, 
e que isso seja registrado em linguagem simples e 
conc isa2, sendo então aprovado pelo voto voluntário 
dos membros da Igreja, ou pelos membros oficiais que 
são por ela responsável. Isso porá fim a toda 
argumentação e contribuirá para a adminis tração 
harmoniosa das at ividades da Igreja.
A exper iênc ia vital do n ovo nascimento é 
im presc ind ível para que alguém se torne membro de 
uma Igreja local (2Co 5.17). Mas, deveríamos 
contentar-nos apenas com a mera conf issão de fé e a 
reci tação da sentença: “Creio em Jesus Cristo como 
Filho de D eus?” .
Muitos são os grupos que setêm associado à 
base de tão insufic iente fundamento. E tudo indica que 
n essesç rebanhos há muitos não regenerados.; Deveria 
haver algo de mais específico em matéria cie exigências 
para que alguém se tornasse membro. O Senhor nos 
ordena nestes termos: “Por isso, re tirai -vos do meio
1 Juízo pronunciado em qualquer matéria.
2 Sucinto, resumido. Preciso, exato.
4 7
deles, separa i-yos . . .” (2Co 6.17). E Ele também nos 
instruiu como segue: “Sede santos, porque eu sou 
san to” ( IPe 1.16). Diz-nos ainda que “Se a lguém amar 
o mundo, o amor do Pai não está nele” ( U o 2.15). E 
também: “ Ninguém vos engane com palavras vãs; 
porque por estas coisas (certos pecados citados nos 
versículos 3 à 5) vem a ira de Deus sobre os fi lhos da 
desobediência^ (Ef 5.6).
Que devemos fazer em face dessas 
Escr ituras? Haveríamos de aceitar em nossas igrejas, 
como membros , aqueles que demonst rarem amor ao 
mundo? Se a ira de Deus repousa sobre os tais e se de 
maneira ãrg7Tmã~éritrarão no reino (G1 5.19-21), que 
direito temos nós de aceita-los na Igreja? Que 
coerência haveria nis to?
Da parte de todo candidato a membro, 
deveria haver a declaração definida acerca da renúncia 
ao pecado e às coisas do mundo, com plena 
compreensão sobre este ponto. Se af irmarmos que a 
nossa doutrina é corre ta e bíblica, e que temos 
exper iênc ia com Deus, então a coerência requer que 
esperemos dos membros de nossas igrejas um alto 
padrão de vida e exper iência espiritual. Mas, se nossa 
Igreja não é diferente das demais, nesse caso, por que 
exist imos como denominação separada? Esse é um 
desafio direto. (O cr is t ianismo em vários aspectos se 
acha dividido em muitas denominações e seitas). A 
menos que haja clara jus ti f ica tiva para nossa exis tência 
separada como denominação, estamos condenados por 
estar aumentando o número dessas divisões.
Nossa própria existência, como Igreja, exige 
que tenhamos um padrão m a i s e l e v a d o de aceitação.de 
m em bros ;(ex ige què~haja certas qualif icações’) impostas 
aos que queiram tornar-se membros de nossas igrejas.
Se a Igreja for pura e santa, gozará da
4 8
aprovação de Deus e dos homens. O pecado crucificou 
nosso Mestre. Este mundo vil é inimigo da graça de 
Deus. A Igreja está a caminho de uma pátria santa e 
celestial , e nós adoramos a um Deus santo. Isso torna 
necessár io que os crentes se aproximem o mais 
possível do estado “sem mácula nem ruga, nem coisa 
semelhante , mas antes, seja santa e sem defeito, como 
Igreja g lo r iosa” (Ef 5.27).
Deus derramará Suas bênçãos sobre uma 
comunhão l impa, de santos, e não sobre aqueles que 
acolhem o pecado e o mundanismo em seu meio. O 
povo, semelhantemente , aprecia a coerência de uma 
vida santa da parte daqueles que fazem tão vigorosa 
prof issão de fé. Desse modo as bocas serão fechadas e 
os corações ficarão convencidos da real idade dessa 
maravilhosa salvação.
A Diretoria
É muito destacado o lugar do corpo 
adminis tra tivo da Igreja local. Após a escolha dos 
presbíteros e diáconos é conveniente e bíblico que haja 
uma consagração pública desses irmãos. Ao serem 
selecionados os primeiros diáconos, estes foram 
apresentados aos apóstolos, os quais oraram e 
impuseram as mãos sobre eles (At 6.6). Isso dará aos 
presbíteros e diáconos “certo p res tíg io” perante a 
Igreja, além de demonstrar publicamente que o pastor 
os aceite sem restrições.
O secretário da Igreja, escolhido pelo 
presbitério , é o guardião e responsável por todos os 
documentos impor tantes, atas, etc. Sugere-se que haja 
pelo menos uma reunião mensal do presbitério , a não 
ser por motivo de força maior. E essa reunião deve ser 
levada a efeito, quer haja assuntos de re levância a
4 9
tratar, quer não.
Haverá sempre necessidade de 
companheir ismo e conselho, e de um período de oração 
fervorosa em favor do bem-estar espiri tual de toda a 
Igreja. Devem-se lavrar atas contendo todas as m o çõ es1 
aprovadas em cada reunião. E seria conveniente que o 
secretário lavrasse em ata os assuntos tratados, e se 
chegaram ou não à aprovação.
Além da reunião do presbitério é necessár io 
que o pastor se reúna com as outras comissões da 
Igreja. Há os oficiais da Escola Dominical com os 
quais terá de entrevistar-se, e deve estar presente às 
reuniões semanais ou mensais dos professores e 
obre iros da Escola Dominical . Se houver um grupo 
organizado da mocidade, o pastor será automaticamente 
membro ex-ofício de sua diretoria. O pastor não deve 
considerar que fazer-se presente a essas reuniões seja 
um privilégio, mas, sim, um dever.
O pastor é o líder de cada departamento, bem 
como da Igreja em geral. Seu intuito, ao fazer-se 
presente a essas reuniões, é o de contribuir com seus 
conselhos e exercer uma influência benéfica, visando 
apr imorar o conhecimento dos crentes e a at ividade 
espiri tual . Sua presença não deve de forma alguma 
abafar ou in timidar e nem tirar deles a responsabil idade 
no trabalho.
O pastor deve dar valor à sabedoria e às 
opiniões deles, encorajando suas iniciativas. Jamais 
deve passar à frente desses subordinados, naqueles 
detalhes que são legit imamente deles. Caso tenha 
qualquer sugestão a fazer, que o faça ao membro 
encarregado, e este entre em contato com os demais.
1 Proposta, em uma assembléia, acerca do estudo de uma 
questão, ou relativa a qualquer incidente que surja nessa 
assembléia; proposta.
5 0
Questionário
■ Assinale com “X ” as alternativas corretas
1. O propósito da organização da Igreja é tríplice. Em 
primeiro lugar
a ) f l Tem que moldar-se à natureza de Deus
b ) |_] Visa prover o máximo de ef ic iênc ia
c ) D É assegurar o ajuste em sua adminis traçao
d ) ini v isa equipar de elevado nível de eficácia
2. Recomendou que a congregação em Corinto 
excluísse de seu rol uma pessoa iníqua
a ) |_| O apóstolo Pedro
b ) I_I O apóstolo Tiago
c ) [~) O apóstolo Paulo
d ) |_| O apóstolo João
3. É coerente dizer que, o responsável por to d o s .o s 
documentos importantes , atas, etc, da Igreja é o
a) D D iácono
b) |_J Cooperador
c ) |_I Presbítero
d ) [~l Secretár io
■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
4 . [_] Ao pensar-se sobre a organização de uma Igreja
local, p ressupõe-se a existência de um grupo de 
pessoas rea lmente nascidas de novo
5. n A questão da aceitação ou rejeição de membros, 
ou seu desl igamento definit ivo, deverá ficar a 
critério pessoal do pastor
51
No que diz respeito aos imóveis e ao 
equipamento da Igreja, pode-se dizer algo. O profeta 
Ageu instruiu ao povo que ouvisse a ordem do Senhor: 
“Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa” (Ag
1.8) . E acrescentou que Deus havia amaldiçoado a 
m esse1 do campo, “ ... por causa da minha casa, que 
permanece em ruínas, ao passo que cada um de voz 
corre por causa de sua própria casa” (Ag 1.9). Todavia, 
quando a casa de Deus ficou terminada, foi 
pronunciada sobre ela a bênção do Senhor. “A glória 
desta últ ima casa será maior do que a da primeira, diz o 
Senhor dos Exércitos; e neste lugar darei a paz. . .” (Ag
2 .9) .
Chegou o tempo em que os fi lhos dos 
profetas disseram a Eliseu: “Eis que o lugar em que 
habitamos contigo é estreito demais para nós . . .” (2Rs 
6.1). E solic itaram-lhe a permissão de edificar um 
lugar mais espaçoso; e Eliseu consentiu nisso e ainda 
os ajudou nesse empreendimento.
Salomão edificou uma vasta casa: “ ... porque 
o nosso Deus é maior do que todos os deuses” (2Cr 
2.5). “Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma 
nuvem encheu a casa do Senhor, de tal sorte que os 
sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, 
por causa da nuvem, porque a glória de Deus encheraa 
casa do Senhor” ( lR s 8.10-11).
É verdade que após haver sonhado com a 
escada cujo topo atingia o céu, Jacó declarou ao 
despertar: “Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu 
não o sabia. E, temendo, disse: quão temível é este
Imóveis e Equipamentos
1 Seara em bom estado de se ceifar. Ceifa, colheita.
5 2
lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus!” (Gn 
28.16,17). Naquele local nada havia além da pedra que 
havia usado como travesseiro , e que erigiu como 
coluna, derramando óleo sobre essa pedra. É a presença 
de Deus que motiva o levantamento de uma casa de 
Deus. Por outro lado, está d iv inamenle registrado que 
os filhos de Deus lhe edificaram tabernáculos e 
templos, nos quais Ele cond escen d eu 1 em habitar.
E do conhec imento geral que precisamos 
estar f isicamente bem acomodados, em certo conforto, 
para nos assentarmos tranquilamente a f im de darmos 
atenção às questões da alma e do espírito. Ass im como 
o corpo é o veículo em que nossa natureza espiri tual 
está contida, do mesmo modo, o edifício de uma Igreja 
é o meio necessár io às f inal idades espiri tuais e o local 
onde adoramos a Deus.
Também a Igreja deve possuir uma 
aparelhagem de som que permita uma audição, por 
parte dos ouvintes e, dos que a estão uti l izando, da 
melhor maneira possível . É um departamento da Igreja 
onde é necessário invest imento considerável. Em 
alguns casos, gasta-se excessivamente com construções 
e ornamentações, sendo minimizado o interesse pela 
qualidade sonora produzida para àqueles que vão às 
reuniões, gerando assim um fruto negativo em função 
da má qualidade dos equipamentos sonoros.
Não é aconselhável invest ir grandes fortunas 
como fez Salomão, quando existe a urgente 
necessidade de recursos consagrados com que 
possamos financiar a proclamação do Evangelho até às 
ext remidades da terra. Por outro lado, cumpre-nos 
procurar a beleza simples nas casas de oração que 
levantarmos.
1 Transigir espontaneamente, ceder, anuir à vontade ou ao rogo 
de alguém.
53
Planejamento para o Templo
O templo que consiste em um único salão é 
quase sempre o primeiro passo na criação de uma 
Igreja. Conforme for aumentando em número e 
capacidade financeira, será lógico e apropriado 
providenciar melhores acomodações para os diversos 
usos: o gabinete do pastor, uma sala de oração, salas 
amplas para a Escola Dominical que é div idida em 
classes, salão para reuniões diversas, berçário e 
biblioteca. O Senhor atende à nossa fé ativa, quando 
damos um passo à frente e procuramos à expansão 
necessária ao desenvolvimento de Sua obra.
Manutenção
É para a glória do Senhor, que, as igrejas 
sejam equipadas de modo a abrigar confortavelmente o 
público. O mesmo deve dar-se com os móveis da 
Igreja. Bancos e assentos confortáveis, púlpitos bem 
confecc ionados, cadeiras, quadros-negros, mapas e 
todo o equipamento que se torne necessár io para o 
trabalho eficiente, devem ser providenciados.
O exterior do edifício, o ja rd im e todo o 
imóvel devem ser conservados em boa ordem e sempre 
l impos. Os homens procuram a aparência das coisas e 
são esses homens que procuramos ganhar para Deus.
Um letreiro atraente deve ser colocado em 
lugar apropriado no templo, pois o templo, em si, já 
consti tui um convite aos transeuntes1 a entrarem. Uma 
providênc ia sumamente interessante é a divulgação do
1 Indivíduo que vai andando ou passando; passante, caminhante, 
andante, viandante.
5 4
número do telefone e que tal número apareça tanto na 
lista te lefônica como nos saguões1 2 de hotéis da cidade. 
Sempre deve ser fácil aos estranhos a localização da 
Igreja para que os interessados saibam onde se reunir 
com os irmãos.
Cerimônias
Talvez seja um tanto difícil para um 
pregador não l itúrgico do Evangelho, efetuar 
cer imônias eclesiásticas. No entanto, isto faz parte de 
seu dever e ministério diário, e dever ia familiarizar-se 
com todas as cer imônias a que um minist ro é chamado 
a realizar, aprendendo a oficiá-las com dignidade e 
correção. As pessoas em favor das quais, tais 
cer imônias são realizadas, consideram-nas como 
momentos relevantes em suas vidas. Delas participam 
com profundo respeito e reverência. Se não realizarmos 
nesse espíri to de reverência, elas perderão, o propósito 
e os benefícios para os quais foram instituídos. Não 
queremos dizer com isso que deva haver r ituais 
inflexíveis, artificiais, mas antes, certa ordem digna 
que honra a ocasião. Em muitas dessas oportunidades 
estarão presentes observadores que são revestidos de 
certa auréola sagrada.
Se um ministro violar a santidade da ocasião, 
será um grande choque para tais pessoas e as levará a 
perderem o respeito por ele e por sua Igreja. Por essas 
razões, todos os minis tros dever iam conduzir as 
diversas cer imônias ecles iás ticas com dignidade e 
decoro ' , contando ao mesmo tempo com a presença e as 
bênçãos do Senhor nessas ocasiões.
1 Sala de entrada, recepção.
2 Correção moral; decência. Dignidade, honradez. Conformidade 
do estilo do orador, do escritor, com o assunto de que trata.
5 5
A cer imônia de casamento, em particular, 
deve ser cuidadosamente observada, especia lmente em 
lugares onde tem valor legal.
Antes de realizar a cer imônia, será 
necessário que o minis tro se familiarize com as leis do 
país onde o casamento está sendo efetuado.
Os ministros devem conhecer bem as regras 
de sua denominação, que dizem respeito ao seu direito 
de oficiar cer imônias de casamento. O ministro jamais 
deve realizar uma cer imônia de casamento sem prévia 
investigação sobre o estado civil das pessoas que irão 
se casar. E se pers is t i rem dúvidas quanto aos 
candidatos , fará bem em invest igar pessoa lmente , nas 
fontes, antes de prosseguir.
O minis tro não pode correr o risco de 
prejudicar sua posição na Igreja, por mot ivo de 
descuido em tão importante questão, casando pessoas 
que não sejam solteiras ou viúvas.
Uma vez seguro da autoridade legal e da 
aprovação ecles iástica no casamento, deve em seguida 
examinar os papéis do casal. Terminada a cer imônia, 
deve o minis trante preencher o formulár io e obter as 
assinaturas necessárias das testemunhas. Então será 
feito o registro permanente no livro apropriado para 
esse fim e exigido pelas autoridades do país. Esse livro 
deve ser cuidadosamente guardado. Cada ministro 
tenha todo o cuidado em amoldar-se às minúcias das 
leis do país onde serve.
Se o matr imônio tiver de ser efetuado no 
templo ou numa casa particular, convém que 
antecipadamente se faça um ou mais ensaios. O 
ministro, o noivo e a sua testemunha devem aparecer 
defronte do altar, o minist ro de rosto voltado para o 
auditório, enquanto que o noivo e sua testemunha
A c e r i m ô n i a d e c a s a m e n t o .
5 6
estarão à esquerda do ministro, parcia lmente de frente 
para o auditório. Então a noiva, que marchará 
lentamente, sob o acompanhamento de música nupcial , 
para encontrar-se com o noivo, perante o altar. O noivo 
a acolherá ali á esquerda, e então ambos se voltam de 
frente para o minis tro , que iniciará a cer imônia.
A cerimônia fúnebre.
Na celebração de funerais será aconselhável 
ao novo pastor familiar izar-se com os costumes da 
região. Há grande variedade de costumes , no tocante à 
cerimônia fúnebre. Nas cidades menores e áreas rurais 
também há diferenças, às vezes grandes. Recomenda-se 
que o novo pastor não busque alterar os costumes da 
comunidade onde o funeral é efetuado, mas antes, 
adapte-se aos costumes locais na medida do possível.
Esses costumes variam quanto à hora e dia 
da semana e se vai haver ou não um culto a beira do 
túmulo, com a já costumeira cerimôniafinal.
A verificação prévia acerca de todas essas 
questões será prove itosa e ajudará o pastor a não violar 
as tradições de sua comunidade, l ivrando-se de censura 
ou culpa.
O minist ro deve atender aos desejos dos 
parentes do morto tanto quanto possível . Deve usar os 
cânticos desejados, planejando a celebração para ser 
breve ou longa, conforme a vontade expressa da 
família.
O culto da Ceia do Senhor.
O pastor deve anunciar com a devida 
antecedência o culto de Santa Ceia exortando os 
crentes a atentarem para a preparação espiri tual , e 
avisar aos não-conver tidos acerca do perigo de tomá-la 
sem estarem devidamente preparados. E impor tante que
5 7
os membros entendam que só deve ir à mesa do Senhor 
aquele que estiver com o coração l impo e sem pecado 
( IC o 11.27-32). Por isso todo o que desejar participar 
da Ceia do Senhor deve preparar o coração. O que 
estiver em pecado deve arrepender-se e procurar o 
perdão. Em caso de haver rancores e desgostos entre 
alguns dos membros, estes devem reconci l iar-se antes 
de aproximarem-se da mesa do Senhor.
O pastor também deve anunciar que tanto ele 
como os demais obreiros estão dispostos a ajudar 
esp ir i tualmente a quem lhes pedir. Depois da 
exortação, convém que todos se entreguem à oração e à 
medi tação diante de Deus.
Ao oficiar a celebração da Ceia do Senhor, 
que o pastor prossiga calma e reverentemente . É uma 
cer imônia solene e sagrada e, devido à presença do 
Espíri to Santo em todo o seu transcurso, deve-se 
espera r que produza ricas bênçãos espirituais. 
Natura lmente que, o.s presbíteros e diáconos, 
cooperarão com o pastor nesse culto, como também os 
minis tros visitantes.
Mediante claro entendimento , estabelecido 
de antemão com os cooperadores , deve prevalecer 
ordem e sistema durante a celebração. Depois que os 
cooperadores t iverem tomado suas posições, convém 
que sejam lidas passagens apropriadas, 
preferencia lmente ICorínt ios 11.23 à 26 ou 31; 
opcionalmentêT” Mateus - 26.17-20,26-29; Marcos 
14.12,17, 22-25; ou Lucas 22.7-20.
Geralmente é de bom a lv i t re1 explicar que se 
trata de culto de Comunhão, mas que os não batizados 
sejam advertidos a não partic iparem. Após uma oração, 
o minis tro lerá novamente a porção concernente ao pão
1 Alvitramento. Notícia, novidade, nova.
58
e entregará o e lemento aos diáconos, para que o 
dis tribuam sistematicamente entre o povo.
Gera lmente a Santa Ceia é celebrada ao 
término do culto, no primeiro sábado do mês, ou no 
primeiro domingo do mês, pela manhã.
Não se deve apressar esta cer imônia. Ela é 
um ato solene e deve-se esperar que os par tic ipantes 
recebam ricas bênçãos da parte do Espíri to Santo ao 
permanecerem em sua presença durante a cer imônia.
O batismo em áeuas.
O batismo em águas, por imersão , deve ser 
realizado no bat is tér io da própr ia Igreja, ou em uma 
lagoa, praia ou rio. O ministro deverá cert if icar-se, 
acima de qualquer dúvida, que o batizando compreende 
bem o ato e que tenha realmente exper imentado o novo 
nascimento.
Ent revistas preparatórias com os candidatos 
são a ssaz1 opor tunas . Essa cer imônia , com toda a 
propriedade, pode ser realizada como parte do culto 
noturno de domingo, posto que esteja unida à confissão 
de Cristo como Salvador.
A solenidade e a natureza sagrada da ocasião 
devem ser sentidas tanto pelos candidatos como por 
toda a assembléia. No momento apropr iado o pastor 
entregará o púlpi to a um minis tro colega ou auxil iar, 
enquanto ele e os candidatos se retirarão aos vestiários 
a fim de se prepararem para o batismo. O pastor deve 
entrar primeiro na água, e os candidatos comparecerão 
um a um; ou então, se a cer imônia for efe tuada em 
lugar espaçoso, o grupo inteiro de candidatos poderá 
aparecer ao mesmo tempo. Após uma oração, o
1 Bastante, suficiente, ou muito.
5 9
ofic iante se colocará em posição de efetuar a sua 
importante tarefa.
■ O ba tizando será orientado a colocar as mãos 
entre laçadas sobre o peito (mãos superpos tas1).
■ O ba tizante colocará a mão que vai suportar o peso 
do ba tizando um pouco abaixo da nuca deste e, 
levantando a outra mão ao alto, fará as seguintes 
perguntas:
• O(a) irmão(a) crê que Jesus é o Sa lvador e 
Senhor de sua vida?
• Promete viver para Ele durante toda a sua 
existência?
• Está disposto a obedecer à sua Palavra 
incondic ionalmente?
■ Após ouvir o “Sim ” do candidato, o oficiante dirá: 
Segundo a tua confissão, o teu testemunho e a 
ordem de nosso Senhor Jesus Cristo, eu te batizo 
em nome do Pai, e do Filho e do Espíri to Santo. 
Em seguida colocará a outra mão sobre as mãos 
postas do batizando, e, com fi rmeza e delicadeza, 
e, mais que tudo, muito reverentemente , o inclinará 
para trás até submergi- lo tota lmente , com a maior 
rapidez, levantando-o logo para a posição ereta e o 
conduzindo a quem esteja ajudando.
■ Durante a realização do bat ismo, o oficiante deve 
acautelar-se quanto à má com pos tu ra2 de algumas 
pessoas, especialmente irmãs. (Esta recomendação 
é feita para que tão solene ato não se torne uma 
ocasião para escândalos ou gracejos).
■ O of ic iante terá sua vest imenta bem apresentável,
1 Posto em cima.
2 Seriedade ou correção de maneiras; comedimento, 
circunspeção, modéstia.
6 0
inclusive usando gravata, para bem recomendar-se 
ao ministér io que exerce, e, ao mesmo tempo, 
destacar-se dos demais que irão às águas do 
batismo.
■ Se houver alguém enfermo ou com dif iculdade de 
locomover-se, aconselha-se batizá-lo por último, 
por ser mais prudente e oportuno.
■ Ao concluir o batismo, o oficiante fará uma 
oração, após dar ciência ao dir igente do trabalho 
que conclui o ato.
Recepção de membros.
Na recepção de membros na Igreja, os 
candidatos já terão sido examinados e feito sua 
declaração concordando com os costumes e doutr inas 
da Igreja a que estão se unindo. Essa cer imônia é 
simplesmente o “es tender a des t ra1 da com unhão” 
àqueles que já haviam sido regularmente admitidos 
como membros. Os candidatos serão de duas classes:
(1) Aqueles que foram admitidos por confissão de fé 
e ba tismo em águas;
(2) Os admitidos por carta de mudança enviada por 
Igreja irmã.
Ambos poderão ser recebidos do mesmo 
modo. Convém que os novos membros sejam recebidos 
imediatamente antes do culto de Ceia para que 
participem da mesa do Senhor já como membros.
Apresentação de crianças.
Na apresentação de crianças poder-se-á 
entoar um cântico infantil , ao mesmo tempo em que os 
pais trazem as crianças à frente. O minist ro vai ao 
encontro deles. Passagens bíblicas apropriadas podem
1 A mão direita.
61
ser c itadas, como Marcos 10.13-16 ou Mateus 19.13- 
15, etc. , que provam que a apresentação de cr ianças ao 
Senhor não é o bat ismo infantil pra ticado em certas 
denominações. “O batismo bíblico realizar-se-á após a 
confissão de f é ” .
Então o pastor dirigir -se-á à Igreja ou aos 
amigos ali reunidos mais ou menos nestes termos: 
“Meus queridos , a famíl ia é uma insti tuição divina 
de te rminada por Deus, desde o princípio. As crianças 
são heranças do Senhor, entregue por Ele aos pais, para 
que cuidem delas, protejam-nas e as tre inem para a Sua 
glória. E mis ter que todos os pais reconheçam essa 
obrigação e responsabi l idade perante Deus, no tocante 
a isso. Joquebede, nos dias antigos, criou nas coisas de 
Deus seu próprio fi lho Moisés, após tê-lo dedicado ao 
Senhor. Ana reconheceu que seu filho Samuel pertencia 
ao Senhor. A virgem Maria também trouxe o menino 
Jesus ao templo. Os pais de nossos dias,
semelhantemente , devem reconhecer a sua sagrada 
obr igação para com seus filhos,entregando-os 
novamente nas mãos do Senhor que lhe confiou. Ao 
fazerem assim, reconhecem e ratif icam publicamente a 
responsabil idade que têm de criá-los no temor e 
admoestação do Senhor, no caminho da retidão e 
p iedade” .
Deve, pois, dirigir-se o pastor aos pais nos 
seguintes termos: “À vista de Deus e na presença de 
todas estas testemunhas , os irmãos prometem
solenemente criar seus fi lhos no temor e na 
admoestação do Senhor?” E ainda: “Prometem
dil igenc iar desde cedo para que seu filho (ou filha) 
aceite a Jesus Cristo como Salvador e Senhor?” . “E 
também prometem, tanto quando depender dos irmãos, 
que seu fi lho(a) veja nos irmãos exemplos de vidas 
cristãs piedosas e coerentes?” . E então, tomando a
6 2
cr iança nos braços, ou impondo as mãos sobre sua 
cabeça, o pastor dirá: “No nome do Senhor Jesus, 
dedico esta criança (nome da criança) a Deus e ao Seu 
santo serv iço” . E em seguida fará uma oração de 
dedicação.
A congregação, te rminada a dedicação de 
todas as crianças, poderá entoar um outro hino infantil , 
em conclusão.
Outras Cerimônias
Existem algumas outras cerimônias que 
per tencem mais apropr iadamente às incumbências dos 
responsáveis e convenções estadua is ou regionais 
dentro da denominação, do que aos encargos de um 
pastor local. Refer imo-nos à dedicação de um templo, 
ao lançamento de uma pedra fundamental , e à 
ordenação de minis tros do Evangelho.
Perturbação ao Sossego Alheio
Conforme a legislação em vigor no país, 
const i tu i-se contravenção penal (f icando o infrator sob 
as penas da lei) qualquer perturbação ao sossego 
alheio, por meio de:
■ Gritar ia ou algazarra;
■ Exerc íc io de prof issão incômoda ou ruidosa, em 
desacordo com as prescr ições legais;
■ Abuso de inst rumentos sonoros ou sinais acústicos 
(buzina ou apito);
■ Provocação de animal, ou não procurando impedir 
barulho produzido por animal sob a sua guarda.
É bom atentarmos para isso, pois algumas 
igrejas têm sido fechadas por perturbação ao sossego
6 3
alheio (excesso de barulho) , pelas prefeituras do 
munic íp io onde estão localizadas. Para evitar 
trans tornos com os vizinhos e com a lei, evite barulho 
acima dos decibéis permitidos.
Questionário
■ Ass inale com “X ” as alternat ivas corretas
6. Antes de realizar a cer imônia de casamento, será 
necessário que o minis tro se familiarize com
a) n As 1 eis do país onde o casamento está sendo
efetuado
b ) d O s convidados do casal a se casar
c ) l I As leis da Igreja onde será realizado o
casamento
d ) D A linguagem e ora tória para esse t ipo de
cerimônia
7. Quanto ao pastor no culto da Ceia do Senhor, é 
incerto dizer que
a ) l I Deve avisar aos não-convert idos acerca do
perigo de tomá-la sem estarem preparados
b ) l I Deve exortar aos crentes a atentarem para a
preparação espiri tual
c ) d Deve anunciar no dia da celebração, para que
fiquem surpresos e espertos a não errarem
d ) |_J Deve prosseguir calma e reverentemente ao
ofic iar a celebração da Ceia do Senhor 8
8. Passagens apropriadas para Ceia do Senhor
a) Preferenc ialmente Mateus 26.17-20,26-29
b) Preferencialmente ICorín t ios 11.23 à 26 ou 31
c) Preferencia lmente Marcos 14 .12 ,17 ,22-25
d) Preferenc ia lmente Lucas 22.7-20
6 4
9 . n O profeta Ageu ins truiu ao povo que ouvisse a 
ordem do Senhor: “Subi ao monte, trazei madeira e 
edificai a casa”
10.0 O bat ismo em águas, por aspersão, deve ser 
realizado no bat is tér io da própr ia Igreja, ou em uma 
lagoa, praia ou rio
■ M a rq u e “ C ” p a ra C e r to e “ E ” p a ra E r r a d o
6 5
Lição 3
A Administração da Igreja
A dm in istração é um conjunto de princípios , 
normas e funções destinadas a ordenar , d ir ig ir e 
controlar os esforços de grupos de indiv íduos para 
ofttenção de um resultado comum. Por extensão, função 
que estabelece as diretrizes da empresa , de forma a 
organizar os fatores de produção e controla r os 
resultados.
J<Lr - A Adminis tração Eclesiás tica é essencial à 
formação do pastor. Escreve o professor Pl ín io More ira 
da Silva: “Ass im como o pastor passa a ter uma visão 
melhor de sua função como conselheiro , depois que 
estuda Ps icologia Pastoral; de mestre, depois que 
estuda E ducação R eligiosa: d eÇ p reg a d o r j depois que 
estuda | f iomilé t ica^) ele só vai entender mesmo a sua 
função de pastor, depois que estudar Adminis tração 
Eclesiástica . Só assim, ele encontrará o verdadeiro 
significado do t ítulo que os tenta” .
Não é bem sucedido em seu ministér io por 
não ter nenhuma noção de Adminis tração Eclesiástica. 
Entretanto, os ju ízes , profetas, reis e os apóstolos 
foram notáveis administ radores. O Escri to r da Epís tola 
aos Hebreus afirma que Moisés foi fiel em toda a casa 
de Deus (Hb 3.2). O grande legis lador, em outras 
palavras, soube adminis tra r p ro f ic ien tem ente1 os bens 
sagrados.
1 Com competência, capacidade, habilidade, destreza.
6 7
O Senhor Jesus exor ta-nos a sermos 
admin is tradores precavidos (Lc 14.28-32). O que 
significa “Adminis tração Ecles iás t ica?” . Adminis tração 
Ecles iás tica é o estudo dos diversos assuntos ligados ao 
trabalho do pastor no que tange a sua função de líder 
ou admin is trador principal da Igreja a que serve.
Lembremo-nos que a Igreja é 
s imul taneamente , organismo e organização. E o povo 
de Deus organizado para a tender à missão que Deus a 
const i tuiu num tríplice aspec to:
■ Espiri tual
■ Social
■ Econômico
A organização de uma Igreja local consiste 
em articular o seu governo. E a adminis tração dessa, 
consis te em pô-la em funcionamento .
Alguns asseveram que é mais fácil 
estabelecer uma organização que fazê- la funcionar. 
Mas cer tamente a sabedoria que capacita alguém para 
const i tu ir uma organização bíblica, também deveria 
capacitá-lo a cuidar da sua adminis tração. Todavia , 
deve-se admiti r que a paciência necessária para cuidar 
do funcionamento detalhado duma máquina, do reparo 
de peças e de seu uso contínuo, em muitos casos falta 
ao gênio do indivíduo que a construiu. Seja como for, é 
absolu tamente necessário que uma Igreja seja não 
apenas bem organizada, mas que represente um 
organismo vivo, adminis trado de modo eficiente e fiel.
Da mesma maneira que a organização de uma 
Igreja começa com a ag lu t inação1 dos membros, a 
adminis tração da Igreja visa a manter unidos tais 
membros. Cria-se uma norma de aceitação de membros, 
um arrolamento definido.
1 Unir, reunir, ligar.
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Daí por diante cabe ao pastor adotar sempre 
esse padrão de acei tação e disciplina dos membros 
faltosos; para que permaneça nít ida a l inha de 
separação entre os que são membros e os que não o 
são.
Conserve sempre atualizado o rol de 
membros da Igreja. Quando houver ocorrências graves, 
deve-se remover do rol o nome das pessoas envolv idas 
- com as que faleceram ou mudaram para outras 
cidades. Estas últ imas podem ter os nomes arrolados 
em um rol de inativos , na hipótese de ausência 
temporária.
Quanto àqueles que se desviam ou deixam de 
viver segundo o padrão bíblico, devem merecer uma 
atenção particular. As instruções que o Senhor Jesus dá 
em Mateus 18.15-17 devem ser seguidas à r isca. 
Gálatas 6.1 é outra passagem bíblica que precisa ser 
observada: “Irmãos, se alguém for surpreendido
nalguma falta, vós, que sois espiri tuais, corrige-o com 
o espíri to de brandura; e guarda-te para que não sejas 
também tentado” .
Faz parte da incumbência do servo do Senhor 
instruir , humildemente , aqueles que se opõem: “ ... 
discipl inando com mansidão os que se opõe, na 
expecta tiva de que Deus lhes conceda não só o 
arrependimento

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