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HOMILÉTICA HEMENÊUTICA

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IBADEP Instituto Bíblico da Assembléia de Deus - 
Ensino e pesquisa
IBADEP - Instituto Bíblico da Assembléia de Deus - 
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85980-000 - Guaíra - PR
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Site: w~ww.ibadep.com
A Hermenêutica 1
Lição 1
E t im o lo g ia 1 da pa lavra “H erm enêu t ica” .
O termo “herm enêu t ica” vem (t rans l i te rado2) 
do adjetivo grego “H erm eneu t ike” que, por sua vez, 
deriva do verbo “H erm eneuo” (“ in terpretar , exp lanar” 
seja uma palavra, uma doutr ina ou um evento). O verbo 
“H erm en eu o ” também aparece no Novo Tes tamento (Lc 
24.27; IC o 14.27; Hb 7.2).
Defin ição de Hermenêutica .
Li teralmente , H erm enêut ica é a arte de 
“ H e rm en eu e in ” ( interpretar) , mas é comumente
empregada para designar a teor ia desta arte. Algumas 
def inições:
• “Hermenêut ica é a ciência da in te rp re tação” ;
• “Hermenêut ica é a c iência e arte de in terpre ta r” ;
• “Pr incípios , as leis e os métodos de in te rpre tação” .
Tipos de Hermenêutica .
• Geral: apl ica-se à in te rpre tação de qualquer obra 
escri ta.
1 O es tudo das palavras, de sua história, e das possíveis 
mudanças de seu significado. Origem e evolução histórica de um 
vocábulo.
2 Representar (os caracteres de um vocábulo) por caracteres 
di ferentes no correspondente vocábulo de outra língua.
15
• Especial: apl ica-se a de te rminados tipos de produção 
l i terária (Leis, História, Filosofia, Poesia, etc.) . Uma 
das Hermenêuticas especia is é a Hermenêutica 
Bíblica (Sacra, Sagrada), objetivo do nosso estudo. 
Ela é especial porque trata de um livro p ecu l i a r1 no 
campo da l iteratura: As Sagradas Escrituras.
Algumas defin ições de Hermenêut ica Bíblica.
• “É a ciência da in terpre tação das Sagradas 
Escrituras , do Antigo e Novo Tes tam ento” .
• “É o estudo metódico dos princípios e regras de 
inte rpre tação da B íb l ia” .
O Lugar da Hermenêut ica nos estudos teológicos.
• A Hermenêutica pertence ao grupo de estudos que se 
central izam na Bíblia (Estudos Bibliológicos).
• Segundo Berkhof, a Hermenêut ica segue a Filo logia 
Sacra (Línguas Bíbl icas) e precede imedia tamente a 
Exegese.
Filosofia Sacra <=> Hermenêut ica <=> Exegese
• Hermenêutica e Exegese se re lacionam na mesma 
forma que a teoria se re laciona com a prática. A 
Hermenêutica é a teor ia (ciência) e a exegese a 
prática (arte).
O que a Hermenêutica Bíb lica não é.
1. Crít ica Textual.
Es ta procura dete rminar quais são as 
palavras realmente escri tas pelo autor no texto original 
(O que está escri to?). Mas a Hermenêutica procura 
descobri r o sentido destas palavras (O que queria dizer 
o autor?).
1 Que é atributo par ticular de uma pessoa ou coisa; especial , 
próprio.
16
2. Exegese .
Es ta aplica os princíp ios e regras 
estabelecidas pela Hermenêut ica .
Obs.: O exegeta ou in térprete serve-se dos
conhec imentos fornecidos pela Crí t ica Textual e a 
Hermenêutica .
3. Expos ição Bíblica (Homilética) .
Es ta se preocupa com a comunicação da 
Palavra , enquanto que a Hermenêut ica se preocupa em 
estudar a Palavra.
O Propósito da Hermenêutica
Descobri r o s ignificado do texto bíblico na 
época em que foi escri to (O que o autor queria dizer 
aos seus contemporâneos?) .
Obs: Dis to surge a necessidade de es tudar as palavras 
usadas, as impl icações gramaticais , a h is tória do autor 
e dos seus contemporâneos , a h is tória dos povos 
re lacionados, a geografia, a tradução (se é corre ta ou 
não), etc. Apl icar a mensagem descoberta no estudo do 
texto, do povo re lacionado e as nossas vidas.
A Necessidade da Hermenêutica
O pecado obscureceu o entendimento do 
homem e ainda exerce in fluência p e rn ic io sa1 sobre sua 
vida (Por isso é necessário um esforço especial para 
evita r o erro).
A partir de que in te rpre tamos? “Não se 
in te rpre ta a partir do nada. Há condic ionamentos 
culturais: l íngua, história, rel igião, ideologia, etc... de 
que n inguém escapa. N ormalmente funciona ao nível
1 Mau, nocivo, ruinoso; perigoso.
17
de pré -conhec imento , ao nível não c rí t ico de 
compromissos herdados ou até assumidos . Nossos 
pa rad igm as1 de in terpre tação f luem de nossa 
cosmologia. O problema aparece quando os cri térios 
que surgem de nossos pré -conhec im entos se tornam 
normativos para in te rpre ta r a fé c r is tã” .
“A primeira razão porque prec isamos 
aprender como in terpre tar é que, quer deseje, quer não, 
todo le itor é ao mesmo tempo um intérprete. Ou seja, a 
maioria de nós toma por cer to que, enquanto lemos, 
também entendemos o que lemos. Tendemos, também, 
a pensar que nosso entendimento é a mesm a coisa que a 
intenção do Espír i to Santo ou do autor humano. Apesar 
disto, invar iavelmente trazemos para o texto tudo 
quanto somos, com todas as nossas exper iências, 
cultura e en tendimento prévio de palavras e idéias. As 
vezes, aquilo que trazemos ao texto, sem o fazer 
de liberadamente , nos desencaminha, ou nos leva a 
a tribuir ao texto tudo quanto é idéia est ranha a e le” .
A Importância da Hermenêutica
Surgem conseqüências fúnebres de más 
in terpretações de fatos e textos. Exemplos:
• Deus de ira e de amor.
• O Cristo “frág i l” da igreja católica Romana.
Se a Bíblia é a Palavra de Deus, norma para 
a nossa fé e prática, ela exige um cuidado todo 
especial. Prec isamos saber o que Deus de fato disse.
A Hermenêut ica sadia diminui o risco de 
incorrermos no erro de fazermos acréscimo ou um 
decréscimo da Palavra de Deus (Ap 22.18,19; 2Pe 3.16) 
e de torcê-la.
1 Modelo, padrão.
18
• Interpretação errada - Aplicação errada
• In te rpretação corre ta - Aplicação correta
• 2Timóteo 2.15.
A base da interpre tação da Bíblia é a própr ia Bíblia. 
Ela in terpre ta a si mesma:
1. Pelo seu conteúdo e ensino geral;
2. Pelo ensino geral do escri tor de cada livro;
3. Pelos seus textos e contextos, paralelos, precedentes 
ou que se seguem;
4. Pelo que conhecemos de seus escri tores, os homens 
santos de Deus, que fa laram e esc reveram todos 
inspirados pelo Espíri to Santo, embora fossem de 
diferentes culturas e posições sociais:
a) Legislados, como Moisés ;
b) His tor iador , como Josué;
c) Sábios, como Salomão e Paulo;
d) Sacerdote como Esdras;
e) Profetas, como Isaías e Jeremias , e outros;
f) Pastores, como Amós;
g) Reis, como Davi;
h) Estadis ta, como Daniel;
i) Pescadores, como Pedro e João;
j) Médico, como Lucas. E tantos outros ( I C o 2.4,8; 
At 2.22; 7.22; Js 1.7,9).
Na interpre tação do l ivro de Deus torna-se necessár io:
1. Comparar as coisas espir i tuais com as espir i tuais (Cl
I . 9; IPe 2.5; ICo 2.15; 3.1);
2. Procurar conhecer a realidade e a verdade (2Tm 
2.25; 3.7; lT m 2.4; Cl 1.5; Ef 4.15,21);
3. Ser sensato e saber rac iocinar (Pv 2.3,5; Tg 1.5; Pv
I I . 2; Rm 12.16);
19
4. Ser s imples, modesto, sem a l t ivez1 (Pv 11.2; SI 
119.130; Mt 11.25)':
/t- 5. Saber que as Escrituras tratam princ ipa lmente de 
Cristo, que é seu centro, porém apresentam assuntos 
materia is e espiri tuais: tempo e e tern idade, terra e 
céu, passado, presente e futuro ( l C r 16.36; Ne 9.5,6; 
SI 41.13; Is 57.15). Sabemos que para esses 
importantes assuntos, nos é muito útil a
Hermenêut ica Bíblica; lembremo-nos, porém, de que 
a Palavra do Senhor é que permanece para sempre 
( IP e 1.25; SI 12.6; SI 119.40; Mt 24.35).
Iniciação à Interpretação
Conhecimentos importantes.
Línguas originais.
Sendo as línguas originais da Bíblia o 
Hebraico e o Grego, deve-se saber procurar aí o sentido 
verdadeiro, o significado das palavras, do texto ou da 
passagem da Escr itura da qual queremos a
interpre tação certa.
Paulo sabendo do valor do hebraico, ao ser 
preso em Jerusalém falou aos judeus nessa l íngua, e os 
que o ouviram “guardaram o maior s i lêncio” (At 21.40; 
2 2 . 1, 2 ) .
In terpretação de textos isolados.
Na l inguagem bíb lica não se devem 
interpre tar palavras e textos isoladamente ; quando as 
palavras ou os textos apresentarem sentidos diferentes, 
devemos preferir o mais compreensível aos ouvintes, o 
que não lhes ofereçam dúvidas.
1 Qualidade de altivo; arrogância, orgulho, amor-próprio.
20
Textos obscuros.
Uma base segura para in terpre ta r as 
passagens obscuras é saber que as Escr ituras Sagradas 
foram dirigidas ao povo em geral; assim, deve-se ter 
em vista o que os escri tores queriam dizer; quando a 
Bíblia registra: “Noé, entra na arca, tu e tua casa” (Gn 
7.1); “Ordena a tua casa” (Gn 18.19); “Eu e minha 
casa” (Js 24.15); “salvação poderosa na casa de D a v i” 
(Lc 1.69); “Creu ele e toda a sua casa” (Jo 4 .53), essa 
palavra não signif ica moradia , mas descendentes , 
f i lhos, família.
Sent ido usual e comum das palavras.
Deve-se dar pre fe rência ao sentido com um e 
usual das palavras, sempre que possível; podemos 
veri ficar o que diz Paulo aos tessa lonicenses: “A obra 
da vossa fé e o trabalho de car idade, e a paciênc ia da 
vossa esperança” , isto é, a vossa obra fiel, vosso 
trabalho caridoso e vossa esperançosa paciência ( lT s 
1.3; Mt 24.15; Mc 13.14);
Jesus, fa lando aos seus d iscípulos em 
l inguagem natural e ao alcance deles, disse: “Qualquer 
que a mim me receber, recebe não a mim, mas ao que 
me env iou” (Mc 9.37); o s ignificado certo é: recebe 
não somente a mim, mas também ao que me enviou; 
Moisés diz: “As vossas murmurações não são contra 
mim, mas contra o Senhor” (Ex 16.8); outros exemplos: 
ISamuel 8.7; Lucas 10.20; 14.12; João 5.22; Atos 5.4; 
ICorín t ios 1.17; Efésios 6.12;
Hebraísmos.
Na Bíblia há muitas expressões hebraicas 
com significado próprio. Por exemplo, a passagem: “ se 
a lguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe.. . 
não é digno de m im ” (Lc 14.26), pode ser esc la recido
21
com esta outra: “quem ama o pai, mais do que a mim, 
não é d igno de m im ” (Mt 10.37); veja-se, ainda: 
Gênesis 29.31; Deuteronômio 21.15; Malaquias 1.2,3; 
Romanos 9.13.
Interpretação em Sentido Geral - I a Parte
A Bíblia é o seu próprio intérprete.
Esta é a grande verdade, a principal regra a 
ser seguida. Exis tem outras formas que auxil iam a 
in terpre tação bíb lica (Êx 4.15; Dt 17.19; Js 1.8; Pv 
30.6; Lc 24.27 ,32; Jo 5.39; At 17.11; IC o 2.6,16; 2Tm 
3.15; IPe 1.11; 2Pe 1.19,21). Considerações:
É de absoluta necessidade examinar o 
ve rdadeiro sentido, a f inalidade a que se propôs o autor 
sagrado ao escrever. Em Provérbios 1.1,6, por 
exemplo, Salomão diz com que fim o escreveu; no 
Evangelho de Lucas 1.1,4 igualmente o escri tor 
esclarece; do mesmo modo em Mateus 1.1; em Marcos 
10.45; em João 20.31; em Atos 1.1,2 e em Romanos 
3.28.
É ponto firme e real que qualquer 
in te rpre tação de ensino ou doutrina só pode ser 
verdadeira, se não houver passagem contrária nas 
Escri tu ras (Dt 29.29; Is 8.20; Rm 2.29; 7.6; 2Co 3.6; Cl 
4.16; lT s 5.27).
Vocabulário.
A Escritura Sagrada apresenta expressões 
própr ias de seus escri tores, e de seu autor (Êx 20.1; 
Nm 16.22; At 3.15; Hb 2.10; 12.2). Considerações:
1. A Escr itura é r ica em expressões simbólicas , f iguras 
de re tó r ica e em muitas frases do chamado 
hebra ísmo (Os 12.10; ICo 3.21; 4.6).
22
2. Quando se quer en tender um livro presta-se a tenção 
às expressões , às f iguras e aos símbolos; muito 
maior cuidado deve-se ter em conhecer isso na 
Bíblia, para não in te rpre tá -la erradamente (Jr 29.8,9; 
Rm 16.17; 2Co 11.13,15; Cl 2.4,8,10,18; E f 4 .14 e 
5.6).
Ainda que o estudante tenha a lcançado um 
bom conhec imento aparecem muitas passagens de 
obscura compreensão. Para in terpre tá-la acertadamente , 
há outras regras na santa Bíblia (Is 34.16; Êx 24.7; 
32.32; At 17.11). Considerações:
1. O melhor in térpre te da Escritura , além da própr ia 
Escritura , é o Espír i to Santo (Jo 16.13; 14.26; IC o 
2.10; U o 2.20,27).
2. Orar a Deus, suplicando a i luminação do Espír i to 
Santo para a compreensão certa da passagem 
obscura.
3. Verificar quem escreveu ou disse; para quem 
escreveu ou disse e porque escreveu ou disse ( lR s 
3.9; 11.12; Pv 2.3,6; Tg 1.5,6; Mc 11.24; Jo 15.7).
23
Questionário
• Ass inale com “X ” as al ternat ivas corretas
1. U m a das definições de hermenêutica
a ) |_I C iência da pregação
b ) |_| C iência e arte de cantar
c ) |_j Princíp ios, leis e métodos da ora tória
d ) D Ciência de in te rpre ta r
2. Quanto às necessidades na in te rpre tação do livro de 
Deus, é incorre to dizer que, devemos
a ) |_| Saber que as Escri turas tra ta-se da história,
pr incipalmente , do passado, que é seu centro
b ) | I Procurar conhecer a rea lidade e a verdade
c ) |_| Ser sensato e saber raciocinar
d ) l I Comparar as coisas espir i tuais com as
espir i tuais 3 4 5
3. São as l ínguas originais da Bíblia
a ) l | O Latim e o Hebraico
b ) I | O Aramaico e o Latim
c ) N O Hebraico e o Grego
d ) | I O Grego e o Latim
• Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
4 . T 1 Um dos propósitos da hermenêut ica é descobri r o 
s ignificado do texto bíblico na época em que foi 
escri to
5 . m O melhor intérprete da Escritura , além da própria 
Escri tura , é o Pastor da igreja
24
Interpretação em Sentido Gerai - 2a Parte
Interpre tação no sent ido l iteral e espiri tual (Cl 1.9; IPe
2.2; ICo 2.14,15) . Considerações :
1. É necessár io cer t if icar -se bem do sentido das 
palavras, frases, texto e contexto, com parando as 
passagens referentes ou semelhantes ao mesmo 
assunto (At 17.11; ICo 2.13).
2. Exam inar e procurar ter um melhor conhec imento da 
própr ia Bíblia, a f im de rejei tar qualquer c itação ou 
interpre tação errada (Gn 2.17; 3.1,9; Mt 4 .3 ,6 ,11; Jo 
5.39; 8.44).
As Palavras e seu Signif icado.
O s ignif icado das palavras deve ser tomado
conforme o sent ido da frase. Nas Escri tu ras , as
palavras variam muito em suas significações. Exemplo :
1. Salvação.
• Salvação: ato ou efeito de salvar; Jacó abençoa seus 
filhos, faz uma pausa e diz: “A tua salvação espero, 
ó Senhor” (Gn 49.18); salvação, aqui, é o mesmo 
que Sa lvador esperado: “Ele é o autor da Salvação 
de D eu s” (Hb 2.10; 5.9; SI 3.8; 50.23).
• Salvação como livramento: Moisés cantou: “O
Senhor é o meu cântico; ele me foi por Sa lvação” 
(Ex 14.13; 15.2). “Estai em pé e vede a salvação do 
Senhor . . .” (2Cr 20.17).
• Sa lvação como cura da enfermidade: Tiago diz: “A 
oração da fé salvará o doen te” (Tg 5.15).
• Salvação como comple ta revelação do Evangelho , e 
de bênçãos para o crente na vida atual , na v inda de 
Cristo e na glór ia eterna (Hb 2.8; Rm 13.11; IPe 
1.5,9).
25
2. Fé.
Tem muitos s ignif icados na Escr itura; fé: 
conf iança na lealdade, no saber e na veracidade de 
alguém; Jesus é o autor e consum ador da fé (Hb 11.1,6; 
12.2; E f 3.12; Rm 14.23). Significações da fé:
• Fé: significa doutr ina do evangelho, pregação,
mensagem (Cl 1.23; 3.2; R m 10.8);
• Fé: significa verdade e fide lidade ( l T m 3.9; 4.1; At 
24.24);
• Fé: significa base do perdão e jus ti f icação (Rm 
3.28,30; G1 3.8).
3. Graça.
Favor que se d ispensa ou se recebe; favor 
quenão merecemos, mas que Deus l ivremente nos 
concede (2Tm 1.9; IPe 5.10; Tt 2.11). Considerações:
• Graça como prova do propósito divino de redenção e 
revelação: “Noé, porém, achou graça aos olhos do 
Senhor” (Gn 6.8; Ef 2.7,8; At 15.8);
• Graça como jus tif icação: “jus t i f icados pela graça, 
gra tu i tamente” (Tt 3.7; Rm 3.24);
• Graça como força e santidade: “a minha graça te 
bas ta” (2Co 12.9). “Pela graça de Deus sou o que 
sou e sua graça para comigo não foi em vão” , “mas 
graças a Deus, temos v iv ido” ( I C o 15.10; 2Co 1.12);
• Graça como a palavra do evangelho: “a palavra de 
sua graça” (At 14.3); “evangelho da Graça de D eus” 
(At 14.3; 20.24; Tt 2.11);
• Graça como doutrina do evangelho: “é bom que o 
coração se fort if ique com a graça” (Hb 13.9; At 
13.43; IPe 1.12; 2Pe 3.18);
• Graça como salvação e glória eterna: “da graça que 
nos foi dada” ; “a graça que se vos ofereceu na 
revelação de Cristo Jesus” ( IP e 1.10,13; Ap 21.6).
26
Salvação, fé, e graça apresentam-se a inda na 
Bíblia com muitas outras s ignificações e 
interpretações. Há passagens, frases e pa lavras das 
Escrituras cujo sentido não entendemos bem. Para 
encontrarmos o sent ido certo, temos de in te rpre ta r o 
texto de conformidade com o contexto.
Textos e Contextos
O sentido das pa lavras no contexto.
Para compreender o texto, é preciso 
examinar as pa lavras que o precedem e as que seguem 
depois dele; é necessário verificar o que indica o 
contexto. Exemplos:
1. Mãos impuras.
“Comiam pão com as mãos im puras” ; isto 
não quer dizer que comiam com as mãos sujas, por 
falta de higiene; o sentido é que os discípulos não 
cumpriam a cer imônia exigida pelos rabinos , de lavar 
as mãos, conforme a tradição (Mc 7.2; compare com Mt 
15.2).
2. Mãos purif icadas.
“Pur ificai as mãos, pecadores” ; isto não quer 
dizer lavar as mãos; pelo contexto compreende-se que 
o sentido é submeter-se a Deus, mante r-se leal ao 
Senhor, de mãos purif icadas (Tg 4.8; SI 24.3,4; IPe 
1.22; l J o 3.3; Is 1.15,16). 3
3. Perfeição.
“O mantimento sólido é para os perfe i tos” ; 
pelo contexto, perfeito, aqui, significa apropriar-se de 
um claro e verdadeiro conhecimento da verdade divina 
(Hb 5.14; IC o 2.6; F1 3.15).
27
4. Perfeito.
Em Tiago 1.4, s ignif ica comple to na maneira 
de viver; no Antigo Tes tamento , perfeição aparece 
como retidão, sincer idade (SI 37.37).
Palavras com sentido contrário.
Às vezes, o significado é precisamente o 
oposto ao sentido ou idéia apresentada . Exemplos: 
Vejamos as expressões:
“Vai e serás p róspe ro” ( l R s 22.15); “Andai e 
clamai aos deuses” (Jz 10.14); o verdadeiro sentido 
dessas palavras é inverso, pois, se alguém as cumprisse 
l i teralmente , sofreria as consequências de não observar 
o que antes fora esclarecido;
“Porque o salário do pecado é a mor te” (Rm 
6.23) não fala da morte natural - caminho de todos - 
mas da morte eterna, separação de Deus; no entanto, a 
parte seguinte do versículo 23 traz uma verdade 
sublime: “o dom gratuito de Deus é a vida eterna por 
Cris to Jesus, nosso Senhor” ;
“Estando nós ainda m or tos” : a idéia aqui é 
provar que agora temos vida; o verdadeiro sentido 
dessa expressão está na continuação do versículo e do 
assunto (Ef 2.5; Ef 2.1; Rm 4.5; Jo 3.36).
A interpre tação do texto pelo contexto bíblico.
Qua lquer expressão de sentido natural ou 
figurado deve ser submet ida ao contexto geral da 
Bíblia (SI 119.130; Is 8.20; ICo 2.14,15). Exemplos :
1. O Deus Trino não revela qua lquer ensino ou doutr ina 
que não se possa compreender (Dt 29.29; SI 119.18; 
Lc 24.45).
2. Sobre a doutr ina da jus t i f icação pela fé, lemos: “ a 
saber, a jus tiça que vem de Deus, pela fé” (Rm 
3.22); mas essa doutrina é explanada pelo contexto e
28
por muitas outras passagens das Escri turas (Gn 15.6; 
Hb 2.4; At 13.39; Rm 1.17; 3.28; 4.3,8; G1 2.6; 
3.8,24);
3. A doutrina da ressurreição: o autor aos Hebreus,
referindo-se a doutrinas diversas, inclui a da 
ressurreição (Hb 6.2) que é com provada nas 
seguintes passagens: “Anunciava a Jesus e a
ressurre ição” (At 1.22; 4.2,33; 17.18); “ressusci tou 
para nossa jus t i f icação” (Rm 4.25); “somos 
semelhantes na sua ressurre ição” (Rm 6.5; Fp 
3.10,11; Jo 11.25);
4. Para uma inte rpre tação verdadeira de um ensino ou 
doutr ina, muitas vezes temos de recorrer ao ensino 
da Bíblia toda ( I C o 15.3,4; At 3.18; 26.22,23).
Interpretação da Linguagem Figurada
A linguagem figurada nas Escri tu ras é muito 
variada. E de suma importância estudá-la , para 
in terpre tar as f iguras corretamente. Considerações :
• Os povos antigos usaram bastante an a lo g ia1 - 
comparação das coisas espir i tuais com as materia is - 
explicando, assim, fatos espiri tua is por s ímbolos 
materiais.
• Deus sabe da nossa d ificuldade em compreender as 
coisas celestes e, por isso, nos p roporc iona a 
compreensão delas pelas coisas que estão ao nosso 
alcance.
Deus se apresenta nas Escri turas através das 
l inguagens figuradas, compreensíveis à mente humana, 
mas nessa l inguagem nos dá apenas uma pálida imagem 
daquilo que realmente Ele é, da sua grandeza, 
sabedoria e pureza. Considerações:
1 Ponto de semelhança entre coisas diferentes.
29
Ele apresenta-se como o Deus que vive e vê; 
como a luz; como tendo mãos, pés, olhos; como pai, rei 
e cr iador (SI 42.2; Jr 10.10; lT m 4.10; Gn 16.13; ISm 
16.7; Jz 2.15; Hb 10.31; 2Rs 2.12; Mt 6.9; 5.48; SI 4.6; 
27.1; 89.15; Is 40.28; 43.15; Jo 1.5).
Comparem-se estas passagens ( l T m 6.16; Êx 
33.20; Êx 33.11); qual o sentido e a in te rpre tação 
destas af irmações: “Nenhum homem viu nem pode ver 
D eus” e “Moisés falava cara a cara com D eu s” , há 
nelas contradições? a primeira quer dizer que nenhum 
homem terá uma revelação, uma visão integral da 
glória e da majestade divina, e a segunda s ignifica que 
Deus, na sua onipotência, manteve com Moisés um 
contato direto, sem in te rvenção de outra pessoa, não 
havendo, portanto , contradição alguma.
Em Gênesis 6.6 lemos: “arrependeu-se o 
Senhor de haver feito o ho m em ” e em Números 23.19: 
“Deus não é homem para que minta, nem filho do 
homem para que se a rrependa” ; alguém dirá que nisso 
há patente contradição, mas a in terpre tação real, com 
base na própria Escri tu ra é que Deus já não t inha 
prazer na sua obra, pois o homem se tornara 
desagradáve l a Ele por causa do pecado; de igual 
modo, quando diz que Deus se arrepende, desv iando de 
alguém o mal com que o ameaçara, isso significa que 
Deus não mandou o mal por ter esse alguém se 
humilhado, como se vê dos casos de Nín ive e de 
Zedequias.
Mais exemplos: “e Eu vos falei, madrugando 
e fa lando” (Jr 7.13); “descerei e vere i” (Gn 18.21); “e 
segundo a sua vontade Ele opera” (Dn 4.35); Ele 
esconde de nós o seu rosto (SI 69.17); “para onde 
fugirei da tua face?” (SI 139.7). Pela l inguagem 
figurada pode-se conhecer a onipotência divina: “o 
veremos como Ele é” ( IC o 13.12).
30
Linguagem Figurada - Figuras Classificadas 
Pela Gramática
Figuras de retórica.
As figuras de l inguagem, que aparecem na 
Bíblia, são as mesmas c lass ificadas pela gramática.
1. Metáfora.
"Semelhança entre duas coisas que se aplicam 
a um termo. Vejamos estas expressões do própr io 
Cristo: “Eu sou o cam inho” ; “Eu sou a v ideira” ; “Vós 
sois a luz do m undo” ; “Vós sois as varas” (Jo 14.6; 
15.1,5; Mt 5.14).
2. S inédoque
Quando são mencionadas duas coisas entre 
as quais não há semelhança, mas uma certa relação. Em 
ICorín t ios 11.27, lemos: “beber o cálice do Senhor” . 
Aqui se menciona cálice por aquilo que contém; “Aminha carne repousará segura” (SI 16.9), quando se 
deveria dizer: o meu corpo, ou o meu ser, estará 
seguro. 3
3. M eton ímia
Relação de uma coisa não visível , fo rmada 
apenas na mente: a causa do efeito ou sinal pela coisa 
significada. Como vemos nas palavras de Cristo a 
Pedro: “Se eu não te lavar, não tens parte com ig o ” (Jo 
13.8). A palavra lavar signif ica aqui purif icar ou 
l impar. Pedro confunde ao símbolo com a real idade, 
pedindo ao Senhor que lhe lave não somente os pés, 
como também as mãos e a cabeça. Em João 13.7-10 a 
s ignificação da lavagem dos pés expressa purif icação 
completa.
31
4. Prosopopéia
Personificação de coisas inanimadas, 
a tr ibuindo- lhes os efeitos e ações das pessoas (SI 
85.10,11; Is 55.12; ICo 15.55; IPe 4.8).
5. Ironia.
Expressão que significa o contrário do que se 
está pensando ou sentindo; é usada para d iminu ir e 
deprec ia r1; mas, às vezes, é empregada para louvar e 
engrandecer ( l R s 18.27; Jó 12.2; 2Co 11.5,13; 12.11).
6. Hipérbole.
Figura que engrandece ou diminui
exageradamente a verdade das coisas (Nm 13.33; Dt 
1.28; Jo 21.25).
7. Fábula
Narração em que seres irracionais e mesmo 
objetos inanimados são apresentados falando, com
paixão e sentimento humano para ensinar l ições
morais. A fábula narra o que é imaginário. No Novo
Testamento há diversas recomendações re ferentes a 
certas fábulas de falsos mestres para enganar o crente 
( l T m 1.4; 4.7; 2Tm 4.4; Tt 1.14; 2Pe 1.16).
8. Enigma.
A palavra, nas Escrituras, significa uma 
expressão que só se entende com muito esforço mental 
(Nm 12.8; SI 78.2).
9. Alegoria.
Exposição de um pensamento sob forma 
figurada; f icção que apresenta um objeto para dar idéia
1 Perder a estima, a consideração; avil tar-se, desacreditar -se.
32
de outro. Veja-se na Epís to la aos Gálatas, capítulo 4, 
uma alegor ia referente a fatos impor tantes da história 
de Abraão e Israel , onde os dois concertos - o da Lei e
0 da Graça - são apresentados a legor icamente em Sara 
e Agar.
10. Símile.
Signif ica analogia, semelhança , comparação 
que se faz de uma coisa com outra que se assemelha . A 
palavra símile aparece escri ta em nossa Bíblia somente 
uma vez e está no livro do profe ta Oséias (12.10), 
porém, como figura gramatical , é muito apresentada e é 
de uma extraord inár ia beleza para a compreensão e a 
in terpre tação da Palavra de Deus.
11. Antítese.
Antí tese signif ica contraste , oposição de 
pensamentos ou de palavras. É encontrada em muitas 
partes das Escrituras e quase sempre apresenta o 
contraste exis tente entre o mal e o bem, e entre o falso 
e o verdadeiro .
12. Apóst rofe .
E a interrupção que o orador faz para dirigir- 
se a coisas ou pessoas, é a in te rpe lação1 direta e 
repentina, o dito mordaz2 e imprevisto. A apóstrofe é 
com um ente usada pelos oradores sagrados a f im de 
chamar a tenção para alguma coisa presente ou ausente, 
real ou imaginária.
13. Clímax ou gradação.
Clímax ou gradação refere-se a grau 
máximo, a ponto culminante. Aparece na Bíblia
1 Dirigi r a palavra a alguém para perguntar alguma coisa.
2 Corros ivo, destrutivo.
33
const i tu ído por palavras, por um capí tu lo intei ro, ou 
por um livro.
14. Interrogação.
“Ação de interrogar, perguntar. Figura pela 
qual o orador se dirige ao seu adversário ou ao público 
em tom in te rrogatório , sabendo que não terá re spos ta” .
15. Provérbio .
“Sentença ou máxima expressa em poucas 
palavras e que se tornou vulgar e co m u m ” . Os 
provérbios cons tantes das Sagradas Escri turas são 
adágios da sabedoria divina aplicados às condições do 
povo de Deus. Contêm orientação sábia e podem ser 
aplicados à vida prática. Salomão foi inspi rado a 
escrever um livro de provérbios , cujo obje tivo está 
expresso em Provérbios 1.2-6, que deve ser l ido pelos 
estudantes para melhor entendimento. Nas páginas 
sagradas encontramos muitos provérbios. Alguns foram 
proferidos pelo próprio Senhor Jesus, tais como: 
“Médico, cura-te a ti m esm o” (Lc 4.23); “Não há 
profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua 
casa” (Mt 13.57). Para uma correta in te rpre tação dos 
provérbios , deve-se saber que eles normalmente , não 
têm contexto. Deve-se também verificar a que classe 
pertence, visto que podem apresentar-se como 
metáfora, símile, parábola ou alegoria. Exemplo , em 
Provérbio 1.20,33 e Eclesiastes 9.13,18, apresenta-se 
como parábola.
16. Acróstico.
Acróst ico é uma composição poética em que 
o conjunto de letras iniciais, mediais ou finais de cada 
versículo formam um nome de pessoa ou de coisa. Esta 
figura é com um nas Escrituras (no hebraico), mas a sua
34
tradução não é possível . Os Sa lmos 111 e 112, por 
exemplo, fo rmam um par de poesias acrós t icas1 que 
descreve os caminhos do homem e os de Deus; o Sa lmo 
119 está d ividido em vinte e dois grupos de oito 
vers ículos cada um; cada grupo tem os seus vers ículos 
in ic iados por uma letra, segundo o alfabeto hebraico, 
como pode ser visto em algumas traduções.
17. Paradoxo.
Paradoxo é a proposição que, ou que parece 
ser contrária à opinião comum; é sinônimo de 
desconchavo, de contradição.
Tipos
Tipo é a representação de pessoa ou coisa 
espiri tual por pessoa ou coisa material. A palavra t ipo 
significa, l i tera lmente , marca ou impressão e pode ser 
traduzida, segundo o contexto , por figura. Exemplo: 
modelo , etc.
A palavra Antít ipo, l i tera lmente , quer dizer: 
corresponder ao tipo, e é a realidade. Jesus faz diversas 
re ferências a tipos do Antigo Testamento , sendo Ele 
mesmo, por vezes, o antít ipo.
E impossível apresentar toda a t ipologia do 
Antigo Tes tam ento re ferente a Cristo e à sua Igreja.
O es tudioso da Bíblia deve conhecer os 
t ipos, os quais para uma corre ta interpretação, devem 
ter aprovação no Novo Testamento . O tipo é inferior ao 
antí t ipo, à real idade que aquele representa.
1 Composição poét ica na qual o conjunto das letras iniciais (e 
por vezes as mediais ou finais) dos versos compõe ver ticalmente 
uma palavra ou frase.
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Tipos Pessoais:
Antigo Tes tam ento Novo Tes tamento
Adão (Gn 1.26; 2.7) Rm 5.14; IC o 15.45;
Abel (Gn 4.8,9) Hb 12.24;
Abraão (Gn 17.5) Ef 3.15; Hb 9.7,24;
Davi (2Sm 8.15; SI 89.19,20) At 7.45; 13.34,36; Fp 
2.9;
Isaque (Gn 22.1,2) Hb 11.17,19;
Jacó (Gn 32.28) Jo 11.42; Hb 7.25;
José (Gn 50.19,20) Hb 11.11,22;
Josué (Js 1.5,6) Hb 4.8,9;
Moisés (Nm 12.7; Dt 18.5) Hb 3.2; At 3.20,22;
Arão (Êx 30.7,10) Hb 9.6,7;
Sansão (Jz 16.30) Cl 2.14,15;
Zorobabel (Zc 4.7,9) Hb 10.20.
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Tipos, R itos e Coisas:
Antigo Tes tamento Novo Tes tamento
A expiação e os sacrif ícios 
(Lv 16.15,16)
Hb 9.12,24;
As ofertas que imadas (Lv 2.4) Hb 10.10;
As ofertas dos leprosos (Lv 14.4- 
7)
Rm 4.25;
As ofertas pelas transgressões 
(Lv 7.1-7; Is 53.10)
At 8.23;
As ofertas pelo pecado (Lv 4.2,3) Hb 13.11,12;
O cordeiro pascal (Ex 12.3,46) Jo 19.36; ICo 
5.7;
A
A arca da aliança (Ex 25.16; 
SI 40.8; ls 42.16)
Hb 9.4,5;
O altar de bronze (Ex 27.2) Hb 13.10;
O altar de ouro (Êx 40.5 ,26,27) Ap 8.3;
As cidades de refúgio (Nm 35.6) Hb 6.18;
O candelabro de ouro (Êx 25.31) Jo 8.12;
A pia de bronze (Êx 30.18,20) Ef 5.26,27;
O maná (Êx 16.11-15) Jo 6.32,35;
O propic ia tó rio (Êx 25.17-20) Hb 4.16
A rocha de Horebe (Êx 17.6; 
Nm 20.11)
ICo 10.4;
O tabernáculo (Êx 40.2 ,34) Hb 9.11;
A mesa dos pães da proposição 
(Êx 25.23-30)
Jo 6.48;
O Templo ( lR s 6 .1 -38) Jo 2 .19-21;
O véu do tabernáculo e o do 
templo (Êx 40; 2Cr 3.14)
Hb 10.20.
37
Questionário
• Ass inale com “X ” as al ternativascorretas
6. O significado das palavras deve ser tomado 
conforme o sentido
a) |_! Da letra
b ) [>] Da frase
c ) [_| Do capítulo
d) |_j Do livro
7. Figura que engrandece ou diminui exageradamente a 
verdade das coisas
a ) |_] Paradoxo
b ) |_| Metá fora
c ) l I Provérbio
d ) R Hipérbole 8
8. A palavra Antí t ipo, l i tera lmente , quer dizer
a ) [~71 Corresponder ao tipo, é a realidade
b ) | I Contrapor ao tipo, é a falsidade
c ) | | Concorre r ao tipo, é a f lexibil idade
d ) | I Contrariar ao tipo, é a obscur idade
• Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
9-H-l A s figuras de l inguagem que aparecem na Bíblia, 
são as mesmas c lass ificadas pela gramática 
1 0 . 0 A Meton ímia é uma composição poética em que 
o conjunto de letras iniciais, mediais ou finais de 
cada vers ículo fo rmam um nome de pessoa ou de 
coisa
38
Lição 2
A Hermenêutica 2
Parábolas
Parábolas são narrações alegór icas 
destinadas a transmit ir verdades impor tantes. Nas 
Escrituras, as parábolas ensinam verdades celestiais. 
Exemplos : “O reino dos céus é semelhante a uma rede 
que, lançada no mar, recolhe os peixes de toda e spéc ie” 
(Mt 13.47). O s ignificado desta parábola é semelhante 
ao da parábola do jo io . É, portanto, uma figura do que 
acontecerá: “Assim será na consumação dos séculos: 
virão os anjos e separarão os maus de entre os ju s to s ” 
(Mt 13.49). Segundo outros comentários, a rede 
lançada pelo evangelis ta apanha os que rea lmente se 
conver tem, e também traz os que, apenas, vêm 
acompanhar a vida social da igreja.
Várias verdades são e luc idadas1 nas
parábolas. Jesus fez uso contínuo delas no seu
ministério: “E com muitas parábolas lhes dirigia a
palavra, segundo o que podiam compreender. E sem 
parábolas nunca lhes falava; porém tudo declarava em 
particular aos seus d isc ípu los” (Mc 4.33,34).
Na inte rpre tação das parábolas, o problema é 
saber quais os detalhes que têm significação, e quais os
1 Tornar compreensível ; esc larecer; explicar.
39
incidentes sem sentido real na his tória apresentada. 
Ord inariamente , a parábola tem por e sco p o 1 m ostra r um 
fato impor tante ; dela não devem ser t i radas, à força, 
l ições de cada pormenor, pois a lgumas par tes são 
apenas complementos da história apresentada. Nunca 
devemos esquecer: as parábolas não são para produzir 
doutrinas: seu obje tivo é i lus trar as verdades que Jesus 
quis ensinar.
Há nos evangelhos onze parábolas citadas 
somente por Mateus (Mt 13.24,47; 20.28; 22.2;
15.1,14-31); duas só por Marcos (Mc 4.2; 13.34); sete 
apenas por Lucas (Lc 7.41-19.12), e três unicamente 
por Mateus e Lucas (Mt 7.24; 13.33; 18.12; Lc 6.47; 
13.20; 15.4); sete são ci tadas por Mateus , Marcos e 
Lucas: Mateus 5,9,13,21,24; Marcos capítulos
2,4,12,13 e Lucas capítulos 5,8,13,20,21.
Além das muitas parábolas c itadas nos 
evangelhos, há também parábolas no Antigo
Testamento. Exemplos: duas em 2Samuel 12.1-4; 14.1- 
11; uma em IReis 20.35,40; uma em Isaías 5.1-7, e três 
em Ezequiel 17.3-10; 19.2-9; 24.3-14.
Símbolos
Símbolo: “emblema, f igura, sinal , que
representa objeto ou alguma coisa; im agem com que se 
designa uma coisa puramente mora l” .
Teologicamente , é “sinal ex terno da ceia do 
Senhor; é formulár io dos principais art igos de uma 
re lig ião” ; em retór ica é “subst i tuição do nome de uma 
coisa pelo nome de um sinal” .
A s imbologia da Bíblia é r iquíss ima tanto no 
Velho quanto no Novo Testamento, daí a necessidade
1 Alvo, mira, intuito; intenção.
40
de um estudo apr imorado dos símbolos bíblicos para 
in te rpre ta r o que o escri tor apresenta.
Profecias, parábolas , mi lagres, e mensagens 
foram, muitas vezes, apresentadas em l inguagem 
simból ica. Os símbolos do Velho Testamento são base 
para as doutrinas do Novo.
De modo geral, símbolos devem ser 
es tudados no sentido literal em relação ao contexto , e 
não forçando o texto a uma part icula r interpretação. O 
in té rpre te não deve extremar-se nos mínimos detalhes 
dos s ímbolos , pois isso pode t razer confusão.
A seguir aprecia remos os símbolos com suas 
diversas classificações:
Céus e terra.
“No princípio cr iou Deus os céus e a terra.. . 
e chamou Deus à expansão céus. . . e chamou Deus à 
porção seca te rra” (Gn 1.1,8,10). Significação:
1. Céus: o f irmamento que se estende como uma tenda 
sobre a terra; é também compreendido como o 
universo (Gn 1.14; Jó 37.18; SI 104.2; Is 40.22; Jr 
23.24; Mt 5.18);
2. Céus e terra: um conjunto de poderes polí t icos de um 
país; céus s imbolizando os governantes , e terra, o 
povo (Gn 6.11);
3. Céus: lugar onde Deus habi ta com seus exérci tos (SI 
2.4; 115.3; 123.1; Is 66.1; Mt 24.36; 28.2; Mc 13.32; 
Lc 22.43);
3. Céus: lugar da habitação dos remidos do Senhor e 
dos santos apóstolos e profetas (2Co 5.1; Ef 3.15; Fp 
3.20; IPe 1.4; Ap 19.1);
5. “Céus aber tos” e “portas e janelas do céu” : bênçãos 
e proteção de Deus para os seus servos fiéis, e 
também ju ízo para os infiéis (Gn 28.17; Ml 3.10; Jo 
1.51; Ap 4.1; 19.11).
41
Elementos , fenômenos e coisas diversas. Signif icação:
1. Água: regeneração, Palavra de Deus (Jo 3.5; 4.10,11; 
E f 5.26);
2. Luz: verdade, sabedoria, gozo; glór ia e pureza de 
Deus; fe lic idade (SI 104.2; Jo 12.35; l T m 6.16; 2Co 
4.6; 2Pe 1.19);
3. Trevas: mentira, ignorância, cegueira espiri tua l (Mt 
6.23; l J o 1.6);
4. Sol: autoridade superior (Gn 1.16);
5. Lua: a au toridade secundária (Gn 1.16; 37.9,10);
6. Estrela: sinal , aviso, ju ízo , autoridade sujeita a j u í z o 
de Deus; a “estrela resplandecente da m anhã” 
s imboliza Cris to (Gn 1.14; Jd 13; Ap 2.28; 8.10,11; 
22.16);
7. Chuva: influência divina, benef icência de Deus para 
todos, bênçãos para o seu povo; significa também 
ju lgam ento e castigo para os desobedientes ( lR s 
8.35; SI 65.10; Mt 5.45; At 14.17; Tg 5.7,18);
8. Vento, vento im pe tuoso1: conturbação; vento detido, 
t ranqüil idade , est rondo ou som de vento veemente e 
impetuoso é conturbação para os infiéis, mas, para 
os fiéis no cenáculo, foi gozo e enchim ento do 
Espír i to Santo (SI 55.8; Ez 1.4; Mt 7.27; 8.26,27, At 
2 . 2 ) ;
9. Montanha: grandeza e estabil idade (Is 2.2; Dn 2.35);
10. Bosque: c idade ou reino; suas árvores altas
representam regentes e governadores (Is 10.18,34; 
32.19; Jr 21.14; Ez 20.46);
11. Pó: frag il idade dos homens (Gn 2.7; Jó 30.19; Ec 
3.20);
12. Rocha: fala de fortaleza, abrigo, refúgio, Deus, 
Cris to (Dt 32.31; ISm 2.2; SI 61.2; Mt 7.24; Rm 
9.33; IPe 2.8).
1 Que se move com ímpeto. Arrebatado, veemente, fogoso.
42
Plantas , f lores e frutos. Signi ficação:
1. Arvores : as altas, os governantes e as baixas , o povo 
(Ez 31.5-9; Ap 7.1);
2. Espinhos e abrolhos: as más influências (Mt 13.22; 
Hb 6.7,8);
3. Fruto: as manifestações das a tividades da vida (Mt 
7.16);
4. “Frutos maduros de ve rão” : aproximação do fim; 
frutos bons são o exemplo dos piedosos , a conversa 
santa, as recompensas dos santos, os conver tidos das 
Igrejas, os efeitos do arrependimento , as boas obras, 
as doutrinas de Cristo, a operação do Espíri to Santo, 
o louvor a Deus (SI 72.16; Pv 11.30; 12.14; 18.20; Is 
3.10; Mt 3.8; 7.17,18; G1 5.22; Ef 5.9); Frutos maus 
são a conduta, e conversa dos perversos (Mt 7.17; 
12.33);
5. Jardim: a igreja; ja rd im cercado, a natureza frutífera 
e segura da Igreja; ja rd im bem regado, a 
prosperidade espiri tual da Igreja; ja rd im seco, os 
ímpios (Ct 4.12; 6.2,11);
6. Uvas: as maduras s im bolizam pessoas prontas para o 
castigo (Ap 14.18,20; Is 63.2;Lm 1.15);
7. Vinha: grande fecundidade. Vindimar signif ica
destruição (Jr 2.21; Os 14.7; Ap 14.18,19);
8. Sega, m e sse 1 ou ceifa: tempo de destruição e também 
símbolo de campo para os trabalhos da Igreja (Is 
17.5; Mt 9.37; Ap 14.18);
9. Ramos ou rebentos: f ilhos ou descendentes (Is 11.1); 
ramo frutífero s imboliza os santos e ramo 
infrutí fero, os maus professores (Jo 15.2,6);
10. Palmeiras , palmas: realeza, vitória, prosperidade 
(SI 92.12; Ap 7.9);
1 Seara em bom estado de se ceifar. Ceifa, colheita.
43
11. Cedro: força, perpetuação (SI 104.16); também, o 
cris tão (SI 92.12);
12. Romeira: os santos e seus frutos (Ct 6.11; Ct 4.13);
13. Videira: Cristo, Israel (Jo 15.1,2; SI 80.8; Is 5.2-7); 
sentar-se sob a própria videira significa paz e 
prosper idade ( lR s 4.25; Mq 4.4; Zc 3.10);
14. Vara: comando, correção; vara de Arão (Êx 7.9,12; 
Nm 17.3,10; Pv 10.13; 13.24; ICo 4.21; 2Co 11.25; 
SI 23.4; Is 10.5; SI 2.9; Ap 2.27; 12.5); simboliza 
também os crentes (Jo 15.5);
15. Figueira: paz e prosperidade ( lR s 4.25; Zc 3.10);
16. Figos: f igos bons e maduros, as obras dos santos 
(Jr 24.2,3,5); Figos maus e fora de tempo, ímpios 
maduros para o ju lgamento de Deus (Is 34.4; Jr 
24.8).
Metais. Signif icação:
1. Ferro: severidade, força, res is tência (Dt 4.20; Jó 
40.18; SI 107.10; Ap 9.9);
2. Bronze: força e f i rmeza (Is 48.4; Jr 6.28; SI 107.16);
3. Prata: resgate, redenção (Ex 26.21);
4. Ouro: glória de Deus, realeza e poder (Gn 41.42; Êx 
28.36; 25.17,18; Ap 3.18); ouro re finado pelo fogo 
s imboliza a verdadeira riqueza espiri tual;
5. Cobre: res is tência ao fogo (Êx 27.2-6; 30.18);
Pedras. Significação:
1. Pedras preciosas: magnif icência e formosura (Ex 
28.9-21; Ap 4.3; 21.11):
2. Crisóprazo: paz que sobrepu ja1 todo entendimento 
(Ap 21.20);
3. Topázio: alegr ia do Senhor.
1 Exceder em altura; sobrelevar:
44
Animais. Significação:
1. Boi: submissão; o ato de tr i lhar o grão sem ter atada 
à boca signif ica o dire ito que tem o obre iro do 
evangelho ao seu sustento (Is 30.24; ICo 9.9,10);
2. Bode: os reis macedônios , especia lmente Alexandre 
(Dn 8.5,7,21); é também símbolo dos ímpios e dos 
falsos pastores (Zc 10.3; Mt 25.32,33):
3. Besta: poder t irano e usurpador, porém, às vezes 
simboliza um poder temporal qualquer (Dn 7.3-17; 
Ez 34.28);
4. Cavalo: equipamento de guerra e de conquista; 
rapidez (J1 2.4); domínio: (Dt 32.13; Is 58.14);
5. Carneiro: os reis em geral, especia lmente dos reis 
persas (Dn 8.3,7,20);
6. Cordeiro: s implic idade e mansidão; pureza de
Cristo; Cristo como sacrifício; o povo do Senhor; 
crentes fracos (Is 5.17; 40.11; 53.7; Jo 21.15);
7. Cão: impureza, apostas ia (Pv 26.11; Fp 3.2; Ap 
22.15); também s ímbolo de vigilância, falsos 
mest res e minis tros infiéis (Is 56.10);
8. Leão: majestade, força, ferocidade; símbolo de poder 
enérgico e dominador; de rea leza soberana do 
Messias (Dn 7.4; Am 3.8; Ap 5.5);
9. Leopardo (tigre): in imigo cruel e enganoso (Jr 5.6; 
Dn 7.6; Hb 1.8; Ap 13.2);
10. Jumento: selvagem, os ismaeli tas , a instabil idade 
do homem natura l , os ímpios em busca do pecado; 
Israel e seu amor pelos ídolos (Gn 16.12; Jó 11.12); 
jument inho s imboliza a paz - Cristo entrando em 
Jerusalém como Rei da Paz (Zc 9.9; Mt 21.5,7);
11. Raposa: engano, astúcia, falsos profetas (Ez 13.4; 
Lc 13.32);
12. Touro: inimigo forte e furioso (SI 22.12);
13. Novilhos: povo comum; casas e povoações (Jr 
50.27);
45
14. Urso: in imigo feroz e t em erár io1; governantes 
ímpios, e também ju ízo de Deus contra os ímpios 
(Pv 17.12; 28.15; Lm 3.10; Os 13.8; Ap 13.2);
15. Lobo: egoísmo e av idez2; os ímpios e governantes 
ímpios ; falsos mestres; Satanás (Ez 22.27; Mt 7.15; 
Mt 10.16; Lc 10.3; Jo 10.12);
16. Dragão: reis cruéis; perseguidores ; in imigos da 
Igreja, os ímpios e o diabo (Ez 29.3; SI 44.19; Ap 
13.2; 20.2).
Aves. Signif icação:
1. Águia: poder, vista penetrante , movimento no
sentido mais elevado (Dt 32.11,12); sabedoria, selo 
dos min is tros de Deus (Ez 1.10; Ap 4.7);
2. Pomba: o Espíri to Santo, mansidão de Cristo, 
influência suave e benigna do Espíri to de Deus, 
inocência , pureza (SI 68.13; Ct 6.9; Mt 3.16; 10.16; 
Jo 1.32);
3. Aves do céu: reis cruéis, nações, povos de diferentes 
nações, o diabo (Is 46.11; Jr 12.9; Ez 31.6; Lc 8.5).
Insetos e Répteis. Significação:
1. Abelha: os reis da Sír ia (Is 7.18); às vezes s imboliza 
um poder invasor cruel (Dt 1.44; Jz 14.8; SI 118.12);
2. Gafanhotos: calamidade (Am 7.1,2); inimigos
destru idores, governantes ímpios, falsos mestres, 
apostasia, destruição dos inimigos de Deus (Jz 6.5; 
7.12);
3. Crocodilo (ou dragão): Egito e, em geral de todo 
poder anticris tão (SI 44.19; Is 27.1; 51.9; Ez 29.3; 
Ap 12.13);
1 Arriscado, imprudente, perigoso. Arrojado, audacioso, 
atrevido; precipi tado.
2 Desejo ardente, imoderado, veemente, de alguma coisa. 
Ansiedade, sofreguidão. Cobiça, ambição. Voracidade, sede.
46
4. Peixes: governadores das gentes (Ez 29.4: Hc 1.14);
5. Formiga: d i l igênc ia1, trabalho, cuidado (Pv 6.6; 
30.25).
Cores. Significação:
1. Azul: céus, montes, dis tância, perfeição;
2. Branco: formosura, santidade - branco
resplandecente era a cor real e sacerdotal entre os 
judeus (Ec 9.8; Mc 9.3; Ap 3.4);
3. Amarelo: enfermidade mortal , pesti lênc ia (Ap 6.8);
4. Carmesim: ident ificação, pecado, purif icação (Js 
2.18; Is 1.18; l Jo 1.7);
5. Púrpura: realeza - era a cor real dos romanos (Jo 
19.2,5);
6. Preto: angústia, afl ição e fome (Jó 30.30);
7. Vermelho: guerra, derramamento de sangue e
também vitória (Zc 6.2; Ap 12.3).
Diversos. Significação:
1. Varão: homem respei tável, valoroso, anjos, Jesus 
(Gn 2.23; 6.4; At 1.10; 17.31);
2. Homem: toda a humanidade (At 17.26); homem 
velho - sentido terreno; homem novo - sentido 
espiri tual ( I C o 15.45);
3. Mulher: mãe da raça humana; mulher vestida de sol 
e montada numa besta representa Israel (Ap 12.1; e 
17.3, 4,9);
4. Virgem: servos fiéis que não se mancharam com a 
idolatria; símbolo da Igreja (Ap 14.4);
5. Pr imogênito: Israel e os crentes (SI 89.27; Rm 8.29; 
Hb 1.6; 12.23; Ap 1.5);
6. Criança: humildade e dependência ( lR s 3.7; Jr 1.6; 
Mt 18.4);
1 Cuidado ativo; zelo, apl icação. At ividade, rapidez, presteza.
47
7. Braços: força e poder; braço nu e estendido - 
símbolo de poder em exercíc io (Êx 6.6);
8. Mãos: at iv idade, poder, comunhão, ajuda; mão 
dire ita - símbolo de honra e dis t inção, poder, apoio 
e proteção (Êx 15.6);
9. Pés fi rmados numa rocha: estabil idade (SI 40.2);
10. Pés colocados num lugar amplo: l iberdade (SI 
31.8);
11. Pés lavados ou mergulhados em azeite: abundância 
(Jó 29.6);
12. Pés mergulhados em sangue: vitória (SI 68.23);
13. Sentado aos pés de alguém: si tuação de humildade; 
aprendiz (Lc 7.38);
14. Lavar os pés: ato de hospita lidade e também de 
humildade (Gn 18.4; Jo 13.5,8,10);
15. Pés escorregando: ceder à tentação (Jó 12.5; SI 
38.16);
16. Sangue: vida ou alma (Lv 17.11); Isaías diz de 
Cristo: “Derramou a sua alma na morte para fazer 
expiação pelas nossas a lmas” ;
17. Morte: separação, separação de Deus,
insensib il idade espiri tual (Ef 2.1);
18. Casamento: união perfe ita e f idel idade (Ef
5.23,32);
19. Adultério: infidelidade, infração do pacto, idolatria 
(Jr 3.8,9);
20. Pão: al imento espiri tual; representa também o 
corpo de Cristo ( I C o 11.23,26); pão da vida 
simboliza Cristo (Jo 6.35);
21. Vinho: sangue de Cristo (Mt 26.28);
22. Maná: o verdadeiro pão do céu para vida e sustento 
dos que sãode Cristo (Jo 6.31,35,48);
23. Fermento: maldade ou corrupção ( I C o 5.7,8);
24. Azeite: o Espíri to Santo (SI 133.2);
2 5 . Incenso: oração (SI 141.2);
48
26. Fogo: e lemento pur if icador; s imboliza tam bém 
ju ízo divino (Is 6.6,7; 9.18,19);
Números Simbólicos.
A s imbologia dos números nas Escri tu ras é 
muito importante para o estudante da Bíblia.
Os hebreus dever iam escrever os números 
por extenso, pois não existe prova de que usassem 
algarismos. Para representa r os números , empregavam 
as letras do alfabeto. Por exemplo, a pr im eira letra 
“A l e f ’ era o número “u m ” ; a segunda, “Be i t” , o número 
“do is” e assim por diante.
Também a expressão de Jesus em 
Apocalipse: “Eu sou o Alfa e o Omega (pr imei ra e 
última letra do alfabeto grego), o primeiro e o 
derradeiro” , mostra a grande importância da s imbologia 
dos números.
49
Questionário
• Ass inale com “X ” as a lternat ivas corretas
1. Narrações de Jesus dest inadas a transmit ir e ensinar 
verdades importantes e celestiais
a ) |_| Os Provérbios
b ) [XTI As Parábolas
c ) |_| As Profecias
d ) [_| Os Acrósticos
2. Em blema, f igura, sinal , que representa objeto ou 
a lguma coisa
a ) |_| Parábola
b ) |_j Paradoxo
c ) F1 Símbolo
d ) l I Hipérbole
3. Quanto aos diversos símbolos e seus significados, 
ass inale a incorreta
a ) |_j Varão: homem respeitável , valoroso, anjos,
Jesus
b ) D Vinh o: sangue de Cristo
c ) |_| Maná: o verdadeiro pão do céu para vida e
sustento dos que são de Cristo
d ) H Azeite: al imento espiri tual; representa também
o corpo de Cristo
• Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
4 . XI Há parábolas citadas nos evangelhos, e também 
parábolas no Antigo Tes tamento
5 . m Profecias, parábolas, milagres e mensagens foram, 
muitas vezes, apresentadas em linguagem simbólica
50
Auxílios Externos
Várias matérias ou ciências extrabíb licas 
precisam ser estudadas, tendo em vista os subsíd ios 
valiosos à correta inte rpre tação da Palavra de Deus. 
Essa contr ibuição não pode ser dispensada, sob pena de 
perdermos uma visão mais ampla dos fatos narrados na 
Escritura. Dentre essas matérias ou ciências podemos 
considerar:
Geografia B íb l i c a . .
Oferece auxíl io indispensável à compreensão 
dos acontec imentos narrados na Bíblia. Um 
acontecimento está sempre es tre itamente l igado a um 
determinado ambiente geográfico. O conhec imento da 
Geografia da Palest ina, seus climas, ac identes 
geográficos, r iquezas minerais e vegetais, muito 
auxil iará a inte rpre tação da Palavra de Deus.
História.
Conhecer a his tória das nações 
c ircunvizinhas da Palest ina, os seus costumes , o seu 
progresso cultural e econômico, fornece mui tos 
esc la recimentos de fatos narrados na Bíblia; conf irma 
mesmo a veracidade dela. Como se pode ver, pois a 
história é de transcendental impor tância no estudo da 
interpretação das Escrituras .
Outros auxílios.
Conhecer o reino vegetal e mineral , os 
costumes do povo hebreu e os de seus vizinhos: a 
al imentação, o modo de vestir, as habitações, é auxílio 
valioso no estudo da Bíblia. O estudo da a rqueologia 
lambém oferece fonte importante, considerando que 
essa c iência confi rma fatos e lugares narrados na 
Bíblia; que antes eram comple tamente desconhecidos .
51
Profecia
Uma definição considerada s implis ta afirma 
que a p rofecia é a predição de acontec imentos futuros e 
a base da mensagem de Deus ao homem (Gn 49.1; Nm 
24.14; Is 38.5,6; 39.6,7; Hb 1.1).
Deus é o autor da profecia.
Os homens de Deus eram inspirados pelo 
Espír i to Santo (2Pe 1.19,20; IPe 1.10,11; Is 61.1,2). 
Tendo em vista a sua procedência , a profecia assume 
grande importância na Bíblia:
1. É qual candeia a i luminar o nosso caminho na 
escur idão desta vida;
2. É guia seguro para a vontade de Deus, se a 
soubermos interpretar;
3. E necessária em todo o tempo, até que venha o dia 
quando serão consumadas as promessas feitas à 
Igreja.
Se t ivermos em mente que a Palavra de Deus 
tem obje tivo certo e único - à salvação dos homens 
através da revelação de Jesus Cristo, observaremos que 
o propósito principal das profecias é o próprio Senhor 
Jesus Cristo. Muitas profec ias a respeito do Senhor 
Jesus j á t iveram seu pleno cumprimento:
1. Sua humildade (Gn 3.15; Is 7.14; Gn 12.3; Mt 
1.21,22; Lc 2.7; G1 4.4; Hb 2.16,17);
2. Sua div indade (SI 2.7; Is 9.6; Zc 13.7; Mt 17.5; Jo 
10.30; Fp 2.6);
3. Sua l inhagem (Gn 12.3; 21.12; 28.14; 49.10; 2Sm 
7.14,16; Is 11.1; G1 3.16);
4. Seu precursor (Is 40.3; Ml 3.1; 4.5; Lc 1.17; 1.76; 
Mt 3.3);
5. Seu nascimento (Is 7.14; Mq 5.2; Mt 1.18,21; Lc 
2-4,7);
52
6. Suas funções (Dt 18.15; SI 110.4; Zc 9.9; Lc 
4.16,20; 9.35; Hb 5.5,6);
7. Sua humilhação (Zc 13.6,7; SI 69.8; 22.1 ,21; Is 
53.1,7; Mt 6.3; 26.31,67; Jo 18.1).
Dif iculdades cronológicas das profecias.
Uma das maiores d if iculdades na 
in te rpre tação das profecias é a colocação dos fatos 
previstos em ordem cronológica. As vezes, o mesmo 
profeta viu o sof rimento e a glória do Messias , sem 
poder com preender o fator dentro da revelação do 
Espíri to.
Pr incípios a serem observados na interpre tação.
1. As profec ias devem ser entendidas em sentido 
literal. Todas as profecias cumpridas ao longo dos 
tempos bíblicos t iveram seu cumprimento 
r igorosamente literal;
2. As profecias, muitas vezes, foram enunciadas 
através de s ímbolos , t ipos, parábolas, etc, por isso 
há necessidade de se conhecer a exatidão dessas 
figuras para poder entendê-las;
3. Nenhum a profec ia é de part icular inte rpre tação, 
logo, devem ser in terpretados observando as regras 
do contexto e do ensino geral das Escrituras e o 
ensino sobre o assunto específico , obje tivo da 
profecia;
4. Nunca devemos ju lgar entender tudo concernente às 
profecias; nossa mente finita jamais poderá 
compreender os des ígn ios1 de Deus em sua 
pleni tude ; se jamos humildes e pacientes, 
dependentes da revelação do Espíri to Santo!
1 Intento, intenção, plano, projeto, propósito.
53
No estudo da profecia, cabe dar-se o devido 
valor aos profetas. No Velho Testamento, os profetas 
eram os oráculos de Deus em favor dos homens. 
Considerações :
Os profetas eram chamados de:
• Servos do Senhor (Dt 34.5);
• Homens de Deus ( I S m 9.6);
• Videntes ( I S m 9.9);
• Profe tas de Deus (Ed 5.2);
• Mensageiros de Deus (Ml 3.1);
• Santos profetas (Lc 1.70; Ap 18.20; 22.6);
• Homens santos de Deus ( I P e 1.21).
A ordem dos profetas.
Em um sent ido la to , os primeiros profetas 
foram os patriarcas, de Adão a Moisés (Gn 5.21,24; 
7.4; 9.1; 9.25,27; Êx 7.1; Dt 18.18); porém, no sentido 
restri to, somente em Samuel é que começa o minis tério 
profético; entre estes profetas encontram-se Elias, 
Eliseu, Davi, e outros ( I S m 30.20; lR s 17.1; 19.16; 
2Rs 17.13; SI 16.8,11). Há duas categorias de profetas:
• Profetas não-canônicos;
• Profetas canônicos.
São class ificados como profetas não- 
canônicos os que não escreveram livros proféticos; 
Moisés , considerado o maior de todos os profetas, 
escreveu o Pentateuco, porém seus l ivros não são 
c lass ificados como proféticos. Moisés não é profeta 
canônico. Há no Antigo Testamento, conforme 
estudiosos da Bíblia, uma lista de 37 a 39 profetas não- 
canônicos , inc lusive alguns anônimos, começando por 
Enoque , Noé (2348 a.C.) até a profe tiza Hulda (624 
a.C.) (Gn 5.21,24; 9.25,27; 2Rs 22.12,14,20; Jd 14,15; 
2Pe 2.5); profetas canônicos são os que escreveram os 
livros proféticos. Vão de Isaías (760 a.C.) a Malaquias
',54'
(367 a.C.),o ú lt imo profeta do Antigo Testamento ; 
estes se c lass i f icam ainda em: profetas maiores, em 
número de quatro: Isaías, Jeremias, Ezequie l e Daniel; 
e profetas menores , em número de 12, fazendo um total 
de 16 profetas canônicos (Nm 12.6; Ml 1.1; Is 1.1).
Há ainda, no Novo Tes tamento o ministér io 
geral profético: Cristo, o grande profeta; os apóstolos, 
que receberam do próprio Cristo; e João Bat ista (Mt 
10.5; At 1.22; IC o 9.1,2; Ef 4.11; Lc 3.4; Rm 3.12; 
ICo 2.13; 14.31; 2Ts 2.13; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21; 
3.15,16; l Jo 1.5; Ap 1.1) - Jesus e os apóstolos 
afi rmaram a verdade das profecias do Antigo 
Testamento.
Quer no Velho Testamento , quer no Novo 
Tes tamento , em qualquer tempo houve também falsos 
profetas, pois, fa ls if icar o que é verdadeiro , sempre foi, 
é, e será o art if íc io de Satanás; por esta razão, precisa o 
intérprete ou le itor da Bíblia, precaver-se do dis farce 
do impostor, cujo in teresse é sempre de falsificar,
Entre os falsos profetas do Velho 
Testamento: Balaão , Acabe, f i lho de Calaias e
Zedequias , f i lho de Maaséias (Jr 29.21; 2Pe 2.15; Ap 
2.14).
Há dois princ ípios para ju lga r a veracidade 
da mensagem de um profeta: o primeiro diz respeito ao 
cumprim ento da profecia enunciada (Dt 18.22); o 
segundo ensina que nenhuma mensagem pode 
contradizer as profecias existentes ou qualquer sã 
doutrina j á estabelecida.
Dificuldades de Interpretação
Apresentam-se nas Escri turas Sagradas, 
di ficuldades para a inte rpre tação de muitas passagens.
55
Na maioria das vezes essas d isc repânc ias1 são 
aparentes e devidas à fa lhas humanas . Por outro lado, 
deve-se ter em consideração que a cr iatura humana é 
finita e fraca, e que Deus é infinito e sábio. Logo, 
nunca poderemos alcançar os desígnios de Deus em sua 
plenitude.
Por isso Paulo exclamou: “Ó profundidade 
das riquezas , tanto da sabedoria, como da c iência de 
Deus! Quão insondáveis2 3 são os seus ju ízos , e quão
O
inescrutáveis os seus caminhos! Por que quem 
compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu 
conse lheiro? Ou quem lhe deu primeiro a Ele, para que 
lhe seja recompensado? Porque dele e por Ele, e para 
Ele, são todas as coisas; g lória pois a Ele eternamente . 
A m ém ” (Rm 11.33-36) .
Algumas passagens requerem in terpre tação 
profunda e, ao que parece , nem sempre se consegue 
esgotar o assunto. C i tamos abaixo algumas dessas 
di ficuldades dando idéias sobre as alternat ivas de 
inte rpre tação mais conhecidas:
Os sete dias da criação.
Muito se tem discutido sobre o significado 
exato da palavra dia nos primeiros versículos do livro 
de Gênesis. Para muitos os dias da criação (Gn 1.1,31) 
são longos períodos , que, inclusive, devem coincidir 
com as Eras Geológicas . Outros, no entanto, 
in terpretam esses dias como períodos de vinte e quatro 
horas.
Essa incer teza em nada afeta a veracidade da 
Pa lavra de Deus. Ele é o c riador de todas as coisas. A 
Bíblia resume a criação nestas sublimes palavras: “No 
pr incípio criou Deus os céus e a te rra” (Gn 1.1).
1 Desacordo, d ivergência, discórdia.
2 Inexplicável , incompreensível .
3 Não escrutável; impenetrável.
56
Realmente , a palavra dia aparece com vários 
sentidos. Por exemplo, em Gênesis 2.4: “Estas são as 
origens dos céus e da terra quando foram criados: no 
dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus” . Neste 
versículo a pa lavra dia parece com preender o per íodo 
todo de criação , isto é, os seis dias.
Os que advogam a palavra dia como 
s ignificando um longo período, afi rmam que até o 3o 
dia (Gn 1.1,13) não exis t iam o Sol e a Lua para reger o 
tempo, de fin indo o dia e a noite, à semelhança de hoje. 
Os que a fi rmam que os dias da criação compreendem 
um período de vinte e quatro horas apegam-se a Êxodo 
20.11. Moisés teria se referido a dias de 24 horas, 
aplicando-os à criação.
Em muitas outras referências bíblicas, a 
pa lavra dia tem significados diferentes, o que dif iculta 
a compreensão exata do assunto. Pedro leva isso mais 
longe, quando diz que “um dia, para o Senhor, é como 
mil anos e mil anos como um d ia” (2Pe 3.8). Deus, pela 
sua Pa lavra , poderia ter feito todas as coisas num só 
dia, mas, para Ele, tempo não é impedimento .
O dia longo de Josué.
Josué fora designado por Deus para sucessor 
de Moisés , e para isso, revest ido da graça e do poder de 
Deus (Êx 33.11; Nm 13.8; Dt 31.14,23; 34.9; Js 1.1). 
Tendo assumido o comando dos exérci tos de Israel 
obteve vitórias ext raordinárias, e Deus fez maravilhas 
por seu intermédio. Dos mui tos milagres que Deus 
realizou no período de Josué, a Bíblia registra vários, 
como a travess ia do Jordão pelo povo, em época de 
cheia, tendo as águas que vinham de c ima parado em 
montão de modo miraculoso, e a destruição de Jerico, 
cujos muros ruíram sem que houvesse inte rveniência 
dos exérc itos de Israel (Js 6.1,27).
57
Porém, o milagre mais ex traord inário 
regist rado pela Bíblia, e realizado por Deus nesse 
per íodo, foi quando Deus, ouviu a oração de Josué, fez 
o sol e a lua para rem to rnando aquele dia mais longo, a 
f im de que o povo pudesse vingar-se de seus inimigos.
Muitos querem discut ir o assunto a parti r da 
maneira com está escri to e dizem: “Não havia
necessidade de o sol e a lua deterem-se, bastaria a terra 
diminuir ou parar o seu movimento de ro tação” . Tal 
argumento não tem sentido, pois a Bíblia uti l iza-se da 
l inguagem usual ou comum. E é usual dizer-se que o 
sol é que se m ovimenta (aparece e desaparece no 
horizonte).
Hoje, c ientistas têm comprovado a falta de 
quase um dia de vinte e qua tro horas no calendário 
terreno, sem saber explicar o motivo, “porque, para 
Deus, nada é im poss íve l” (Lc 1.37).
Jonas no ventre do peixe.
Jonas (fi lho de Amita i) , profe ta de Deus, foi 
chamado a profet izar contra os habitantes da cidade de 
Nínive devido à corrupção moral e espiri tual re inante 
naquela cidade. In ic ia lmente, temeu as consequências 
da missão, e resolveu fugir da presença, da direção de 
Deus. Quando via java para Tarsis, j á em alto mar, 
sobreveio uma tempestade de tal m agn i tude1 que 
grande parte da carga do navio teve de ser lançada ao 
mar e, como a to rmenta não cessava, Jonas reconheceu 
que a causa era a sua desobediência , e pediu que o 
lançassem ao mar.
A Bíblia narra que Deus preparou um grande 
peixe, que engoliu o profeta , e Jonas esteve três dias e 
três noites no ventre do peixe.
1 Qualidade de magno; grandeza. Importância, gravidad
58
Algumas traduções da B íb lia t raduzem por 
baleia, ao invés de grande peixe, mas isso é incorreto, 
pois, no hebraico, a palavra significa grande peixe. 
Alguns intérpretes, baseando-se na tradução por baleia, 
d izem que esse cetáceo não teria capacidade de engolir 
um homem, devido à forma da sua garganta. Todavia , a 
tradução cer ta é um grande peixe.
Sobre a possib il idade de Jonas ter-se 
mantido vivo e consc iente no ventre do peixe, durante 
aproximadamente 72 horas, a explicação mais 
p lau s ív e l1 é que foi um milagre, e milagre não pode ter 
explicação natural , pois, do contrár io, deixar ia de ser 
milagre.
Sobre a veracidade dessa história, 
encontramos a referência que a ela Jesus fez em Mateus 
12.39,40. Se não fosse verídica, o Senhor não a teria 
citado.
Muitas outras narra tivas bíbl icas merecem 
prudência, humildade e reverênc ia na sua interpretação, 
para não se cometerem erros nem se t i rarem conclusões 
precipitadas.
É bom reafi rmar que a Bíblia não é um livro 
de ciência, é a Palavra de Deus, a reve lação do Criadoraos homens . Foi inspirada pelo Espír i to Santo e sua 
mensagem é corre ta e perfeita.
Dificuldades com referências a lugares.
Alguns acidentes geográficos ou cidades são 
encontrados na Bíblia com mais de um nome. Isto 
dificul ta o entendimento , porém é perfe itamente 
expl icável pela influênc ia de l ínguas e dialetos dos 
povos viz inhos sobre a l íngua escri ta pelos autores 
bíblicos.
1 Razoável, aceitável, admissível.
59
Em Gênesis 31.46, um montão de pedras que 
serviu de tes temunho para o pacto entre Labão e Jacó; 
como era costume da época, recebeu dois nomes 
diferentes: Labão chamou-o de Jegar-Saaduta e Jacó de 
Galeede. Labão falava o arameu e Jacó o hebra ico; daí 
a diferença. Outros exemplos:
1. O monte Hermom (Dt 3.8) é chamado de Sir iom 
pelos sidônios; de Senir pelos amorreus (Dt 3.9), e 
de Siom em Deuteronômio 4.48; em lC rôn icas 5.23 
e Catares 4.8, a pa lavra Hermom refere-se a 
diferentes picos da mesma montanha;
2. Laís ou Lessem, em Josué 19.47 e Juízes 18.29, é Dã 
em IReis 12.29;
3. Mizpa de ISamuel 7.11 parece ser o mesmo Mizpe 
de ISamuel 22.3;
4. O nome Mar Morto não é regis trado nas Escri tu ras , é 
chamado Mar de Sal em Gênesis 14.3; Mar Salgado 
em Números 34.3; Mar da Cam pina em 
Deuteronômio 4.49; Josué 3.16; e M ar Orienta l em 
Joel 2.20, Zacarias 14.8;
5. Jerusa lém é designada por Ariel, em Isaías 29.1,2,7;
6. Babi lônia é in ti tu lada de Sesaque (Jr 25.26);
7. O lago Genezaré também é conhecido nas Escrituras 
como Mar de Quinerete, Mar de Tiber íades e M ar da 
Gal ilé ia (Mt 4.18; Jo 21.1).
Dif iculdades com relação a nomes de pessoas.
Encontramos uma mesm a pessoa designada 
com nomes diferentes. Alguns desses nomes não 
passam de t í tulos nobres. Exemplos :
1. Dodanim (Gn 10.4), é o mesmo Rodanin ( l C r 1.7);
2. Jó, filho de Issacar, em Gênesis 46.13, é chamado 
Jasube em Números 26.23,24;
3. Deuel, em Números 1.14, é o mesmo Reuel em 
Números 2.14;
60
4. Oséias em Deuteronômio 32.44, é Josué em 
Deuteronômio 34.9 e em outras passagens;
5. Azar ias de 2Reis 15.1 é o mesmo Uzias de 2Reis 
15.13 e de 2Crônicas 26.1;
6. Jeocaz, filho de Josias, de 2Reis 23.30,31, é Joanã 
em lCrôn icas 3.15; e Sa lum em Jeremias 22.11;
7. Reuel, sogro de Moisés (Êx 2.18), é Jetro em Êxodo 
4.18, e Hobabe em Juízes 4.11;
8. Isvi, f ilho de Saul, em ISamuel 14.49, é chamado de 
Abinadabe: ISamuel 31.2;
9. Quileabe, filho de Davi, em 2Samuel 3.3, é chamado 
de Daniel em lC rôn icas 3.1;
10. Mateus , apóstolo do Senhor Jesus (Mt 9.9), também 
é chamado de Levi em Lucas 5.27,29;
11. Lebeu, apelidado Tadeu em Mateus 10.3, é também 
Judas, fi lho ou irmão de Tiago em Lucas 6.16;
12. Si lvano (2Co 1.19 e IPe 5.12), é Silas em Atos 
15.22;
13. Herodes , César e Faraó são t í tulos nobres de mui tos 
homens.
61
Questionário
• Assinale com “X ” as alternat ivas corretas
6. Subs íd ios valiosos à corre ta in terpre tação da Bíblia
a ) |_| Li teratura e história bíblica
b ) 0 Geograf ia bíblica e história
c ) |_J Biologia bíblica e química
d ) | I Astro logia e arqueologia bíblica
7. Quanto aos princípios a serem observados na 
in terpre tação é errado afirmar que
As profecias devem ser entendidas em sentidoa)
literal
b) [0] Nunca devemos ju lgar
concernente às profecias
entender tudo
Toda profecia é de particular in terpre tação
d)|_| As profecias, muitas vezes, fo ram enunciadas
através de símbolos , tipos, parábolas, etc 8
8. Não é uma passagem bíblica considerada difíci l na 
compreensão
a ) | I Os sete dias da criação
b ) |______ j O dia longo de Josué
c ) | I Jonas no ventre do peixe
d ) [71 Os dez mandamentos
Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
9. C Os primeiros profetas foram os patriarcas, de 
Adão a Moisés , porém, somente em Isaías é que 
começa o minis tério profético 
10.(1] Oséias em Deuteronômio 32.44, é Josué em 
Deuteronômio 34.9 e em outras passagens
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Lição 3
A Homilética Fundamental
Antes propr iamente de começarmos a es tudar 
a homilé tica é bom que anal isemos a lgumas idéias 
básicas iniciais. Prec isamos compreender a or igem da 
palavra, do discurso e das ciências estudadas pelos 
povos cláss icos que in f luencia ram o surgimento de um 
estudo técnico a respeito de como transmiti r a Palavra 
do Senhor.
A Palavra
A palavra é o veículo de comunicação qu( 
Deus deu ao ser humano. Ela pode ser expressa por:
• Sinais corporais (gestos);
• Sinais sonoros (fala);
• Sinais gráficos (escri ta);
• Sinais luminosos (luzes);
De todas estas expressões a mais empregac 
na transmissão da mensagem do evangelho é a palavr 
falada (sonora), que é um fenômeno que pode sc 
analisado em quatro aspectos:
• Biológico;
• Psíquico;
• Social;
• Espiri tual .
63
Podemos dizer que a palavra possui dois 
e lem entos básicos: o material (som), que recebe o 
nome especia l de “vocábulo” , e o imateria l , o qual é 
denom inado de “ termo” . Com a invenção do alfabeto, a 
escri ta passou a ser uma outra fo rma material da 
palavra.
Um dos maiores privilégios do ser humano 
como coroa da criação de Deus é o domínio da palavra. 
E foi a part ir disso que ele pôde se comunicar, 
conversando com seu semelhante , e com seu próprio 
criador.
A Origem da Conversa
Deus vendo que não era bom que Adão 
vivesse sozinho criou Eva, pois queria que o homem se 
socia lizasse.
Daí, vê a g radação1 com que
poss ive lmente o Senhor viabil izou isso: primeiro dotou 
o hom em com a capacidade para a l inguagem e ass im o 
ser humano inventou a palavra; depois ele produziu 
frases; em seguida criou a conversa, o diálogo.
Et im ologicamente “conversa” vem do latim 
“conversa t io” formada de “cum ” , com + “versare” , 
virar. Trocar idéias com outrem. Por outro lado, 
“d iá logo” vem da l íngua grega “d iá” , através + 
“ logos” , pa lavra - comunicação através da palavra.
Os gregos davam à conversa o nome de 
“hom il ia” (de onde nos veio o termo “homilé tica” ). E 
os romanos a chamavam de “serm o n is” (de onde nos 
veio a expressão “ sermão”). Ass im, vemos que 
“hom il ia” e “sermonis” são simples sinônimos que 
s ignif icam apenas “conversa” .
1 Aumento ou diminuição gradual.
64
A Origem do Discurso
O convív io social que produziu a palavra, a 
frase e a conversa , também produziu o “d iscurso” .
Enquanto que a conversa é um diá logo em 
que o in te rlocutor tem uma participação direta e real , o 
discurso é um diá logo em que essa part ic ipação é 
direta, mas imaginária . No discurso, a pessoa que fala 
imagina que está trocando idéia e está sendo entendida 
pelos seus ouvintes.
Podemos imaginar como o discurso surgiu no 
cenário da humanidade. Foi quando alguém, (podemos 
exemplif icar com um pai, um general , um rei, etc.) que 
teve que alterar a in tensidade de sua voz para se 
comunicar com um grupo de pessoas.
Por essa razão o discurso tem duas marcas de 
identidade: a pessoa fala a um grupo, a uma
colet ividade; e por causa disso, o discursante tem que 
aumentar a in tensidade ou tonalidade de sua voz. 
Assim, a altura da voz, evidentemente , teria que ser 
proporcional à dis tância entre o orador e o seu últ imo 
ouvinte.
O Estudo do Discurso
A retórica.
Os primeiros a se preocuparem com o estudo 
do ato de falar em público foram os gregos. A 
democracia foi inventada por eles. Nesse sistema 
político de governo, os cidadãos se reuniam para 
participar d ire tamente nas discussões e nas 
deliberações sobre os problemas urbanos comuns.
Assim, saber falar em público e convencer os 
ouvintes passou a ser uma necessidade de ascensão
65social e ass im os gregos passaram a se preocupar com o 
estudo da arte e das técnicas de discursar. Então surgiu 
a “re tó r ica” .
Dos homens mais famosos da Grécia antiga, 
no estudo do discurso, podemos citar: Córax, Sócrates, 
Platão e Demóstenes.
A retórica grega estava divid ida em polít ica, 
forense, epid ít ica (demonstrativa) . Nada havia entre 
eles semelhante à re tór ica sacra.
A oratória.
Os romanos, que sofreram grande influência 
cultural dos gregos, não podiam deixar de se empolgar 
com a retór ica, que logo a observaram com o nome de 
oratór ia (de “or is” , boca). Cícero e Quinti l iano foram 
os maiores oradores romanos.
Os romanos também nunca usaram a oratória 
para fins religiosos.
A eloqüência .
A palavra “e loqüênc ia” vem do latim 
“eloquen t ia” e significa o ato ou o efeito de se falar 
bem. Na ora tória romana, era a parte que tratava da 
propr iedade, disposição e e legância das palavras.
Na verdade, a e loqüência é mais do que 
apenas falar bem (com palavras certas, bem colocadas e 
elegantes). A e loqüência é a capacidade de atrair a 
atenção dos ouvintes, convencendo-os pelo uso da 
l inguagem.
A Homilética
O Cris t ianismo foi, na verdade a primeira 
re ligião universal que o mundo conheceu. Por outro 
lado, as religiões pagãs eram exclusiv is tas voltadas
66
somente para as nações ou tribos a que pertenciam, por 
isso, não havia espaço para a pregação.
Os própr ios gregos que inventaram a re tó rica 
e os romanos que apr imoraram com a ora tória nunca 
uti l izavam o discurso verbal na religião.
M esm o entre os hebreus, que deviam ser as 
testemunhas do Senhor Deus de Israel (Is 43.10-12) , 
não havia p reocupação com a pregação da Lei. Essa 
tarefa era desenvolv ida informalmente pelos pais em 
suas casas. A mensagem efe tivamente era transmit ida 
em forma de “h om il ia”. Em bora bem mais tarde a seita 
dos fariseus passou a fazer um trabalho p ro se l i t i s t a1. 
Mas não es tudavam o apr imoramento do discurso.
No início do Cris t ianismo, seguindo o 
exemplo da s inagoga, os cr istãos se l imitavam a ler as 
Escrituras , no culto, e exortar o povo segundo as l ições 
que podiam tirar do texto (At 13.14,15; 15.21). Os 
sermões de Pedro, de Es tevão e de Paulo regis trados 
em Atos dos Apósto los são de caráter narra tivo (At 
2.14-42; 7.1-53; 13.16-48).
A homilé t ica nasceu quando os pregadores 
cristãos começaram a est ruturar suas mensagens, 
procurando aprimorá-las com as técnicas da re tórica 
grega e da oratór ia romana.
Na Idade média , quando a Igreja Católica 
Romana dominava quase todo o mundo de então, a 
homilé tica era quase a única forma de ora tória 
conhecida. Nesse tempo ela era a arte de pregar 
sermões no templo.
A parti r da Reforma Protes tante , quando a 
Bíblia passou a ser o centro da pregação e quando os 
sermões deixaram de ser apenas discursos éticos ou 
l i túrgicos e formais , em latim, para se transformarem
1 Converter os pagãos à doutrina dos judeus.
67
em mensagens verdadeiramente evangélicas , a 
homilé tica passou a ser o estudo da arte e das técnicas 
de m elhor expor as idéias que o Espíri to Santo 
concedia aos pregadores do evangelho.
Lutero e os demais reformadores por 
va lorizarem muito a pregação da Palavra de Deus 
levaram para dentro dos templos o púlpito. Em virtude 
dessa va lorização da atividade de anunciar a Palavra de 
Deus passou-se a va lorizar também o modo de anunciá- 
la. Logo, esforçaram-se para estudar a re tór ica e a 
e loqüência gregas e a ora tória romana, aplicando as 
suas técnicas à prática da pregação do evangelho. Daí, 
surge a homilética.
A or igem da palavra.
Como já vimos anter iormente , o vocábulo em 
foco deriva do verbo grego homiléo, que aparece em 
Lucas 24.14,15 e Atos 20.11; 24.26, como significado 
de conversar ou falar. Em ICorín t ios 15.33, a 
expressão conversações é uma tradução do termo grego 
homilias . Desse modo, a palavra homilé tica origina-se 
de homilia, que significa conversação entre amigos ou 
companheiros .
Portanto, a pregação da mensagem devia ser 
feita sempre em tom de conversação familiar e jamais 
com uma torrente de palavras desconexas , estridentes e 
ininte lig íveis .
Para os gregos, a homil ia s ignificava um 
diá logo familiar, informal. Por sua vez, os romanos a 
denominavam de “serm o” , donde se origina o vocábulo 
sermão.
Ass im sendo, depreendemos que as 
pr imitivas pregações da mensagem do Evangelho eram 
feitas em tom de conversação familiar, conforme se 
regis tra em Atos 20.11. O pregador conversava com
68
seus ouvintes, ao pregar. Fazia uma exposição das 
Escrituras de modo lógico, claro e convincente . Não 
agredia com gritos est r identes e irr i tantes os ouvidos 
dos ouvintes.
O Novo Tes tamento regis tra inúmeros 
exemplos de sermões onde os apóstolos Pedro e Paulo 
expuseram as Escri tu ras com sabedoria, lógica e poder, 
sob a é g id e 1 do Espír i to Santo, e foram compreendidos 
por todos (At 2.14-41; 17.22-34); de modo que sempre 
houve salvação de almas, mesmo entre os pagãos que 
jamais t inham ouvido a respei to de Jesus Cris to e da 
salvação.
Os Problemas da Homilética
A palavra de Deus af irma que “a fé vem pela 
pregação e a pregação pela palavra de Cr is to” (Rm 
10.17). Como é possível , então, que surjam 
dificuldades quando esta palavra é proclamada?
O problema não está na palavra em si, 
porque “a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais 
cortante do que qua lquer espada de dois gumes, e 
penetra até a ponto de d iv idir a lma e espíri to, jun tas e 
medulas, e apta para d iscern ir os pensamentos e 
propósitos do co ração” (Hb 4.12).
O problema não está na Palavra de Deus, 
mas em sua p roclamação, quando feita por pregadores 
que não admitem suas imperfe ições homiléticas 
pessoais! Atualmente , as dif iculdades mais comuns da 
pregação bíbl ica encontram-se nas seguintes áreas:
1. Falta de preparo adequado do pregador;
2. Falta de unidade corporal na prédica;
3. Falta de v ivência real do pregador na fé cristã;
1 Escudo; defesa, proteção. Abrigo, amparo, arrimo.
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4. Falta de aplicação prática às necessidades existentes 
na igreja;
5. Fa lta de equil íbrio na seleção dos textos bíblicos;
6. Falta de prior idade da mensagem na l iturgia;
7. A caracte rí s t ica principal de um culto evangélico é a 
pregação da Palavra de Deus;
8. Falta de um bom planejamento minister ia l .
O bom pregador deve fazer um planejamento 
anual, incluindo mensagens para os dias especiais 
(Natal , Páscoa, aniversár io da igreja etc.). Dessa 
forma, ele a limentará seu rebanho com uma dieta sadia 
e balanceada.
Outros motivos que resultam em problemas 
para a homilé tica, além das dif iculdades já 
mencionadas, devemos lembrar que a pregação vem 
sendo desvalorizada pela secula rização que atinge 
nossas igrejas. Muitas famílias pre fe rem assis t ir aos 
programas televisivos , em vez de ouvir uma mensagem 
s implesmente exor ta tiva e moralis ta.
Há também a questão da grande diversidade 
de igrejas e pregadores evangélicos, o que facil i ta à 
família recém-chegada optar entre o pregador 
e loqüente e popular e a igreja com status. Além disso, 
o estresse do dia-a-dia faz com que, mesmo no 
domingo, não haja mais o sossego necessário para 
reflexões espir i tuais profundas.
As Característ icas da Homilética
Na realidade, porém, as caracter ís t icas da 
homilé tica evangélica não devem res tringir-se somente 
aos pólos mensage iros - mensagem. Três e lementos, no 
mínimo, partic ipam da prédica: o pregador, o(s)
ouvinte(s) e Deus.

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