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Khalleb Rodrigues KHALLEB RODRIGUES Ficha resumo Direito Penal II MEDIDA DE SEGURANÇA É uma modalidade de sanção penal com finalidade exclusivamente preventiva, de caráter terapêutico, que se destina ao tratamento dos inimputáveis e semi-inimputáveis que possui algum grau de periculosidade, com o objetivo de evitar o cometimento de futuros crimes ou contravenções. É uma espécie de sanção penal, devido que toda e qualquer privação ou restrição de direitos para quem suporta apresenta conteúdo penoso. As penas têm finalidade retribuiria e preventiva, já as medidas de segurança destinam-se exclusivamente a prevenção de novas infrações penais. As penas são aplicadas por período determinado sendo proporcional a reprovação do crime, nas medidas de segurança o período é determinado quanto ao limite mínimo, porém é indeterminado no que diz respeito a duração máxima, devido sua extinção depende do fim da periculosidade do agente, não é possível aplicar medida de segurança aos imputáveis. Os pressupostos para a aplicação da pena é a culpabilidade, na medida de segurança é a periculosidade. Requisitos para a aplicação da medida de segurança Para que haja a aplicação da medida de segurança é necessário que esteja presente 3 requisitos, 1 pratica de crime ou contravenção; 2 periculosidade do agente; 3 não tenha havido a extinção da punibilidade. Lembrando que caso um inimputável ou semi-inimputável com um certo grau de periculosidade venha a cometer um crime, e tendo prova para a sua condenação, como o caso concreto não autoriza a punição pela sua incapacidade é necessária a aplicação da medida. Periculosidade: é a possibilidade de o agente cometer novos crimes, por não possuir um discernimento necessário, não se trata apenas de uma possibilidade de reincidência, mas a preocupação é com o cometimento de novo crime ou contravenção. Essa espécie de sanção penal tem como função exclusiva à prevenção especial. A sumula 422 do STF fala que “a absolvição criminal não prejudica a medida de segurança, quando couber, ainda que importe privação da liberdade’’. Quando se trata de semi-imputável que é condenado por sentença condenatória, a presença da culpabilidade, embora diminuída, reduz a pena obrigatoriamente de 1/3 a 2/3. O artigo 98 do CP adotou o sistema vicariante ou unitário, pois para o semi-imputável pode ser aplicada tanto a redução ou a medida de segurança conforme o caso concreto. Espécies de medidas de segurança Detentiva: consiste em internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, importando em privação da liberdade do agente. Restritiva: é a sujeição a tratamento ambulatorial, o agente permanece livre, todavia submetido a tratamento médico adequado. O critério usado para a escolha da espécie de medida de segurança, depende da natureza da pena cominada em abstrato. Quando o crime é punido com reclusão, o juiz obrigatoriamente determinará sua internação. Se o fato for punido com detenção, o juiz poderá optar entre a internação e o tratamento ambulatorial. O prazo mínimo de que trata a lei sobre a medida de segurança deve ser fixada no mínimo entre 1 a 3 anos para a realização do exame de cessação da periculosidade. Em se tratando de tempo máximo de duração a lei fala que é por tempo indeterminado, tal posicionamento causa diversas críticas entre os penalistas, pois se argumenta que submeter o inimputável por tempo indeterminado seria atribuir-lhe pena perpetua. A posição do STF é que a duração máxima do período da medida de segurança é de 30 anos. Execução das medidas de segurança Após a condenação é expedido a guia para a execução, ela é fundamental sem ela ninguém será internado em hospital de custodia e tratamento psiquiátrico nem submetido ao tratamento ambulatorial. Caso seja uma internação o agente é obrigado a fazer um exame criminológico, para o tratamento ambulatorial tal exame é facultativo. O sentenciado pode contratar um médico de sua confiança para fazer o acompanhamento de seu tratamento, caso haja divergência entre o médico particular e o oficial o juiz da execução decidirá a querela. Se for concluída o fim da periculosidade, o juiz da execução suspende a medida de segurança, determinando a desintegração para a espécie detentiva ou a liberação para a espécie restritiva. A desintegração e a liberação, de natureza condicional, serão revogadas pelo juiz da execução se o agente, antes do decurso de 1 ano fato, e não necessariamente infração penal, que indique a sua manutenção de periculosidade. Não é possível a aplicação da medida de segurança durante o tramite da ação penal, estando o agente em tratamento ambulatorial, a lei autoriza que o juiz possa determina a internação em qualquer fase, se for necessária para fins curativos. Se sobrevier doença mental ou perturbação de saúde mental, o juiz de oficio, poderá substitui-la por medida de segurança, essa substituição somente deve ocorrer quando for de natureza permanente, caso seja transitória tem a possibilidade do condenado a hospital de custodia e tratamento psiquiátrico. Referencia: Manual de direito penal. Rogerio SANCHES. 3ª edição 2015. Editora juspodivm. Salvador- Bahia. Direito penal parte geral esquematizado. Cleber MASSON. Volume 1, 2016. Editora método. Página 1 Whats app: (86) 9 9940-6738 para dúvidas e sugestões E-mail: k.s.rodrigues@hotmail.com Página 3 Whats app: (86) 9 9940-6738 para dúvidas e sugestões E-mail: k.s.rodrigues@hotmail.com
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