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ENDODONTIA – AULA 3 RADIOLOGIA DE INTERESSE ENDODÔNTICO Dentro das especialidades de odontologia, a endodontia é aquela que mais se utiliza da radiologia, quer para diagnóstico quer para as distintas fases do tratamento. É imprescindível que se visualize com perfeição as estruturas relacionadas à Endodontia É útil tirar máximo proveito de variações de técnicas clássicas (Le Master, Clark...) Fundamental interpretar corretamente as imagens obtidas visualização das estruturas Cuidados Conhecimento da normalidade e das variações anatômicas possíves e suas probablidades CUIDADOS COM A ESCOLHA DO FILME DF58 – velocidade D EP21P – velocidade E IP21 – velocidade maior que E CUIDADO COM A TOMADA RADIOGRÁFICA Correta angulação vertical e horizontal Tempo de exposição correto Quanto mais osso, maior o tempo de exposição Variar conforme a região e paciente Raio central no ápice Distância foco/filme e filme/objeto corretas CUIDADOS COM PROCESSAMENTO Tempo/temperatura Líquidos de boa qualidade Trocar o líquido com frequencia Os líquidos devem ser trocados 1 vez por semana independente da especialidade. Quando se faz muitos procedimentos de endodontia esse tempo diminui. O líquido deve ser trocado quando o profissional percebe que com o mesmo tempo de exposição que ele já utilizava, a radiografia começa a ficar mais clara. Seguir indicações do fabricante Não usar reveladores rápides ou líquidos aquecidos Caixa bem vedada e recoberta internamente Ambiente escuro com luz de segurança CUIDADOS COM A INTERPRETAÇÃO Película seca em moldura opaca Limitar o campo do negatoscópio Ampliar a imagem com lupa Analisar a imagem como um todo Na dúvida, repetir a radiografia e variar o ângulo TÉNICAS RADIOGRÁFICAS RADIOGRAFIAS EXTRABUCAIS Panorâmica Póstero-anterior frontal ATM Telerradiografia Lateral Carpal RADIOGRAFIA OCLUSAL Usada como complemento do exame periapical na delimitação de grandes áreas patológicas, localização radiográfica, pesquisa de cálculas salivares e exames de áreas desdentadas. RADIOGRAFIA BITE WING Cáries interproximais Profundidade de cavidades Relação teto/assoalho de câmara pulpar Verificação de nódulos pulpares Podem interferir na chegada do canal Verificação de pontos dentinários Nível da crista óssea Perfurações coronárias RADIOGRAFIA PERIAPICAL Objetivo na visão de estruturas componentes da região periapical. Pode ser feita por duas ténicas: paralelismo ou bissetriz. Na endodontia, normalmente se usa a da bissetriz (sem posicionador. TÉNICA DO PARALELISMO Preconiza um paralelismo entre objeto a ser radiografcado e filme, por meio de um acessório posicionador. A película fica parelala ao dente e o raio incide em 90° nessa película. A vantagem dessa ténica é que ela dá mais fidelidade dimensional. Teoricamente, o dente fica do mesmo tamanho na radiografia e na realidade. É interessante fazer a radiografia final com posicionador e proservação. TÉNICA DA BISSETRIZ O feixe principal do raio x deverá incidir perpendicularmente ao plano bissetor imaginário formado pelo longo eixo do dente e do filme. Superior Inferior Incisivos e caninos + 45° - 15 ° Pré-molares + 35° - 10° Molares + 25° 0° a - 5° * varia de acordo com paciente * se aumentar a angulação, ocorre encurtamento de imagem. Se diminuir a angulação vertical, alonga a imagem. Entre alongar e encurtar, é preferível encurtar a imagem. Algumas vezes, com a imagem encurtada é possível ver com maior nitidez. Alongando não se vê nada. VARIAÇÕES DA TÉNICA DA BISSETRIZ Ténica de Clark Rastreamento radiográfico triangular Ténica de Lemaster TÉNICA DE CLARK Preconiza tomadas radiográficas com variações na incidência do ângulo horizontal do raio x. Indicações: Dissociação das imagens de raizes e canais Localização de dentes inclusos Localização de corpos estranhos Localização de processos patológicos Localização de raízes residuais ORTORADIAL: O feixe de raio x entra exatamente pela “frente” do dente MESIORADIAL: O feixe entra por mesial e sai por distal DISTORADIAL: O feixe entra por distal e sai por mesial Usado em pré-molares com duas raízes e em molares. Incidência horizontal Pré-molares superiores Mesioradial É preferível sobreposição com dentes anteriores do que molares Molares Superiores Ortoradial Molares Superiores de 4 canais Distoradial Molares Inferiores Distoradial Molares inferiores de 4 canais Disto + mesioradial Para dissociar o que está na raiz mesial, faz-se disto. Para dissociar o que está na raiz distal, faz-se mesio. REGRA DO OBJETO VESTIBULAR: A estrutura próxima do filme permanece mais estável do que a estrutura distante. Tudo que está por palatino (estrutura mais próxima do filme) vai acompanhar a angulação dada. Por exemplo, se for tirada uma radiografia mesioradial, tudo que está por palatina vai para mesial. ****FATORES DE IDENTIFICAÇÃO: Asa do grampo A asa palatina sempre vai ficar mais próxima ao ápice. (imaginar a angulação) Ponta de cúspide A ponta da cúspide que fica mais próxima ao ápice é palatina Sobreposição das raízes em molares Quando for possível ver as 3 raízes dissociadas, foi feito uma radiografia ortoradial. Quando for feita mesioradial, é dissociada a raiz distovestibular e há sobreposição da raiz palatina e raiz mesiovestibular. O inverso também é verdadeiro. Quando se faz uma distoradial a raiz dissociada é a raiz mesiovestibular. A raiz que se sobressai é contrária ao ângulo de incidência. Sobreposição dos pontos de contato Na ortoradial, os pontos de contato não fazem sobreposição. Distoradial, há sobreposição dos pontos de contato na parte mesial Mesioradial, sobreposição dos pontos de contato na área distal Nitidez da imagem Ortoradial – trabeculado do osso e contorno radicular bem nítidos tanto na mesial quanto na distal Mesioradial – nítido na mesial e menor nitidez na distal distoradial – nítido na distal e menor nitidez na mesial, sempre vai ficar mais nítido onde se direciona o feixe TÉNICA DE LEMASTER Exame da área de molar superior com sobreposição do processo zigomático sobre os ápices dos dentes. Tenta-se colocar a película mais reta, diminuindo a angulação. Diminuição do ângulo vertical (+15 a 20) Filme mais paralelo ao dente com uso do rolete de algodão. TÉCNICA DE RASTREAMENTO RADIOGRÁFICO TRIANGULAR Encontrar curvatura radicular Degrau Perfuração Instrumentos fraturados Faz-se 3 radiografias (orto, mesio e disto) Tudo que coincide com o feixe, desaparece no raio x. Se desaparece no primeiro raio x, ou está por vestibular ou por palatino. Se não desaparece está por distal ou mesial. FATORES SUGESTIVOS DA PRESENÇA DE UM OU MAIS CANAIS NA RAIZ Centralização da imagem no canal (só um canal) O canal tem proporção de dentina dos dois lados (um canal) Estreitamente uniforme e progressivo em direção ao ápice (um canal) Nitidez da imagem em toda extensão, quando some abruptamente mais canais Linhas radiolúcidas longitudinais laterais (dois canais) Imagem apical (dois ápices = dois canais) RADIOLOGIA APLICADA A ENDODONTIA Radiografia de diagnóstico Identificação de patologias, se possui lesões, cárie, restaurações, anatomia pulpar e radicular, avaliação de cura, rastreamento de fístula. Radiografia Inicial É a partir dele que é feita a medida do comprimento aparente do dente para poder fazer a odontometria. Odontometria A partir da radiografia inicial é pego o comprimento aparente do dente, diminuido 3mm e coloca uma lima com esse comprimento no dente. Isso é radiografado. Se a medida entre a ponta do instrumento e o ápice for maior do que 2mm deve-se reposicionar a lima e radiografar novamente. Prova do cone Comprovação da obturação Final
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