Buscar

ARTIGO ORIGINAL TD FB 26.11.16

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LOGÍSTICA REVERSA DE RESÍDUOS ELETRÔNICOS NA PERSPECTIVA DA LEI 12.305/10: ESTUDO DE CASO EM ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE TELEFONIA CELULAR 
Felipe Bruno Barbosa De Sousa, Raimundo Tadeu Dantas Evangelista.
Faculdade Estácio de Natal
Resumo: A tecnologia está cada dia mais avançada, as facilidades oferecidas pelo uso destas tecnologias de comunicação vêm mudando cotidianamente o modo de vida e o comportamento das pessoas, como também, a relação destas com os aparelhos eletrônicos. O aparelho celular que, ao passar dos anos, não mais se limita apenas as classes mais altas, tornou-se de uso popular, do qual muitas pessoas dependem, tanto para comunicação como diversas outras funcionalidades. Devido ao consumismo cada vez maior da sociedade pelos aparelhos celulares um ramo que cresceu junto foi o das assistências técnicas, que por sua vez, vem se adaptando para atender da melhor maneira seus clientes e acompanhar o avanço da tecnologia. Junto com esse crescimento das assistências veio também à preocupação com os resíduos que são gerados através das manutenções realizadas nesses estabelecimentos, resíduos esses, que se gerenciados de forma inadequados podem trazer sérios riscos ao meio ambiente e a sociedade em geral. Pensado nesses riscos o Governo Federal criou a lei 12.305/10, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Com isso, fez-se necessário realizar este estudo, inicialmente bibliográfico e consequentemente em campo a cada assistência técnica da região estudada, e por último a compilação de resultados. O objetivo da pesquisa foi traçar um breve e inicial panorama sobre o nível de conhecimento que o as pequenas empresas de assistência técnica de celular no centro comercial da cidade de Natal-RN, objeto de estudo, possui sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e a adequação à Lei 12.305/10, sob a óptica da Logística Reversa. Portanto, de acordo com dados apresentados puderam-se concluir que as empresas que manejam estes resíduos devam tratar com mais afinco esta problemática, podendo desenvolver programas para dar orientação e suporte aos consumidores após o tempo de vida útil de seus aparelhos, auxiliando seus clientes na maneira correta da segregação, e com isso, evitando o aumento ainda maior da contaminação por resíduos erroneamente descartados. Por fim, busca-se garantir que todos os produtos recolhidos sejam reciclados da maneira mais eficiente para mitigar o quantitativo de materiais não recuperáveis e aperfeiçoar os materiais utilizáveis, indo desta maneira de encontro com os pilares da sustentabilidade que são o Social, econômico e Ambiental.
Palavras-chave:  Logística Reversa, Assistências Técnicas, Resíduos eletrônicos, Lei 12.305/10.
1
1. Introdução
Com o avanço cada vez mais acelerado da tecnologia, todos os anos, vários computadores, celulares, televisores, monitores e os mais diversos equipamentos eletrônicos se tornam obsoletos e são descartados como lixo e resíduos. Propagandas e comerciais em mídia e as redes sociais, corroboram para que a indústria de eletroeletrônicos consiga vender seus produtos, e que, cada vez mais se esforçam todos estes meios, para criar a ilusão de obsolescência e convencer as pessoas de que precisam substituir seus computadores, celulares e outros equipamentos em períodos cada vez mais reduzidos, além disso, a indústria em sua maioria deixa de levar em consideração aspectos como impactos sociais e ambientais, entre outras. Por outro lado, as pessoas, que em última instância têm a grande possibilidade de mudança desse cenário e é delas o poder de compra, ignoram a gravidade da situação e continuam acelerando o ritmo de consumo, sem pensar no que acontecerá com seus equipamentos daqui a poucos anos. 
O descarte adequado de resíduos de materiais não utilizados, embalagens e produtos com componentes químicos estão caracterizando um grande desafio às organizações, e seu impacto sobre a sociedade e meio ambiente fazem do tema um caso de extrema relevância. A necessidade de um destino apropriado para o resíduo eletrônico acabou gerando uma crescente conscientização dos consumidores frente à sustentabilidade e a exigência da logística reversa, determinada na Lei Nº. 12.305 de 02 de agosto de 2010, que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), regulamentada pelo Decreto Nº. 7.404, de 23 de dezembro de 2010, que cria o comitê interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação do Sistema de Logística Reversa (LR). (BRASIL, 2016) [9]
Devido a essa série de eventos, as organizações brasileiras começaram a buscar soluções para a sua sucata tecnológica. As pequenas e médias empresas do setor de assistência técnica dos equipamentos eletroeletrônicos além de apresentarem elevado potencial de geração de resíduos, se mostram como excelente ponto de coleta para uma logística reversa na cadeia de suprimentos. Apesar de não apresentarem grande porte, a quantidade de empresas neste segmento no país é relevante quanto ao somatório de possíveis resíduos gerados por elas. Portanto, é essencial garantir o gerenciamento seguro e adequado dos resíduos eletroeletrônicos, desde a geração até a destinação final desses. (SILVA; FERNADES; MOTA, 2015) [1].
Buscando um melhor gerenciamento para os resíduos eletroeletrônicos, faz-se o uso da logística reversa que procura reaproveitar materiais de diferentes formas e agregar valores de diversas naturezas, reduzindo assim a extração de recursos naturais para obtenção de matéria prima, atendendo as legislações e tornando-se uma aliada às questões de sustentabilidade. Partindo deste cenário o presente estudo é orientado pela seguinte questão problema: Qual a situação do gerenciamento dos resíduos eletrônicos no setor de assistência técnica de celular no centro comercial da cidade de Natal/RN, tendo como parâmetro a Política Nacional de Resíduos Sólidos, na logística Reversa?
Para a realização dessa investigação levou-se em consideração alguns aspectos como: O aumento do consumo e do descarte dos equipamentos eletrônicos; a obsolescência dos aparelhos; a necessidade de adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010. Desta forma, o objetivo da pesquisa é traçar um breve e inicial panorama sobre o nível de conhecimento e informação que o setor de assistência técnica de celular, objeto de estudo, possui sobre a PNRS e como o setor está se adequando à PNRS sob a óptica da Logística Reversa.
2. Embasamento e referencial teórico 
2.1 Resíduos Eletrônicos
Segundo Rodrigues (2016) [2], No mundo existem diversos tipos de resíduos sólidos urbanos. Entre esses resíduos um merece atenção especial que são os equipamentos elétricos e eletrônicos ao fim do seu ciclo de vida, também chamados de resíduos eletroeletrônicos. Os resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos (REEE) são quaisquer equipamentos elétricos e eletrônicos de que o consumidor se desfaz ou se ver na obrigação de se desfazer incluído todos os componentes que fazem parte do equipamento ou aparelho no momento em que este é descartado. 
Entende-se por equipamentos elétrico e eletrônico os equipamentos que dependem de corrente elétrica ou de campos eletromagnéticos para funcionarem adequadamente.
Equipamentos eletroeletrônicos são os televisores, rádios, telefones celulares, eletrodomésticos portáteis, todos os equipamentos de microinformática, vídeos, filmadoras, ferramentas elétricas e milhares de outros produtos criados para facilitar a vida moderna e que atualmente são praticamente descartáveis uma vez que ficam obsoletos em prazos de tempo cada vez mais curtos ou então devido à inviabilidade econômica de conserto, em comparação com aparelhos novos. (RODRIGUES, 2016)
Devido à falta de conscientização da população e das empresas a quantidade de resíduos urbanos produzida tem aumentado significativamente ao longo dos anos. Os resíduos eletroeletrônicos seguem o mesmo caminho, porém em um grau bem mais elevado oque acaba gerando ainda mais preocupação, por estar entre as categorias de resíduos que mais cresce e que são mais nocivas ao meio ambiente e a sociedade. (SILVA, FERNANDES, MOTA, 2015) [1]
Estudos apontam que caso a geração dos resíduos eletrônicos não seja controlada haverá um aumento de 33% em todo mundo até 2017. Já na América Latina, o Brasil aparece em posição de destaque com uma produção de 1,4 milhão de toneladas de e-lixo, isso o equivale à média global de 7 kg por habitante perdendo apenas para o México, que gerou 9 kg por pessoa. (SPITZCOVSKY, 2013) [3]
Entre esses resíduos eletrônicos temos os aparelhos celulares que devido sua composição são grandes vilões quando se fala nesse tipo de lixo. Segundo Neves (2015) [4] ao analisarmos o fluxo reverso referente ao descarte de celulares, observa-se o quanto a sociedade é irresponsável quando se trata deste assunto. Sabe-se com tudo que apenas 2% são descartados de forma correta, outros 98% são guardados em casa ou despejados no lixo comum o que acaba agravando ainda mais a contaminação ao meio ambiente. Contudo, devido a esse descarte inadequado se faz importante o uso da ferramenta da logística reversa no qual será discutido a seguir.
2.2 Logística Reversa
	
Leite (2002) [5] apresenta a Logística Reversa como a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo. A logística reversa também é responsável pelas informações logísticas, do retorno dos equipamentos como celulares, televisores, entre outros de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios, através dos Canais de Distribuição Reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômica, ecológica, legal, logística, entre outras.
Logística Reversa tem como objetivo principal, atender a sustentabilidade do meio ambiente, ou seja, a empresa que produziu o produto também é responsável em dar destinos adequados a esses resíduos gerados após o consumo fazendo o processo reverso para trazer o “lixo” até a empresa para serem processados de forma adequada, seja para consertos, reciclagem ou reutilização. Isso ocorre no intuito de redução dos custos da empresa haja vista que esses produtos entram no processo de fabricação novamente. (CAVALLAZZI; VALENTE, 2016) [6]
Desta forma, a importância do negócio desta área é agregar valor a um produto que é reconduzido por razões comerciais, por garantia dada pelo fabricante, defeitos, erro no processamento dos pedidos, inserindo-se assim em um ciclo de vida do produto.
2.3 Política Nacional de Resíduos Sólidos
Segundo Machado (2016) [7] a Lei 12.305/2010, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010 no Brasil exige dos setores públicos e privados transparência na gerencia de seus resíduos através da criação de Planos de Gerenciamento. Os Planos de Resíduos Sólidos são instrumentos da Lei 12.305/2010 e podem alavancar o desenvolvimento sustentável no Brasil.
De acordo com a Lei 12.305 de 2010, em seu capítulo I, do objeto e do campo de aplicação, e no Art. 1º desta mesma Lei que institui PNRS, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluída os perigosos, enfatiza sobre as responsabilidades dos geradores e do poder público, e aos instrumentos econômicos aplicáveis. Sendo assim, trazem expressivamente em seu parágrafo primeiro às observâncias e obrigações assim contextualizada: Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos. (BRASIL, 2014) [8]
Boa parte dos resíduos sólidos urbanos coletados no Brasil já tem destinação final ambientalmente adequada, em aterros sanitários. O governo federal, por meio dos seus órgãos ambientais e áreas afins destinou R$ 1,2 bilhão para implantar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e o número de municípios atendidos teve um aumento considerável. (BRASIL, 2014) [8]
Segundo dados do Brasil, (2014), 299 municípios brasileiros que correspondem a cerca de 5% do total e abrigam aproximadamente 55% da população, geram por dia em média 111 mil toneladas de resíduos sólidos, quase 50% no País como um todo.
 A PNRS tem a previsão de que com a redução na geração de resíduos, tendo a prática de hábitos de consumo sustentável com mecanismos de desenvolvimento sustentável para propor o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos e a destinação adequada dos rejeitos (BRASIL, 2014) [8].
3. Metodologia
3.1 Meios de apresentação e descritivo da área amostral
A pesquisa foi realizada na cidade de Natal. A cidade é dividida por quatro regiões sendo Norte, Sul, Oeste e Leste. A primeira região mencionada detém um quantitativo de bairro num total de sete, a segunda, com igual quantidade da primeira, o terceiro, bairro Oeste, têm um total de dez bairros na capital, e por último a região Leste com uma maior quantidade entre os demais, doze. Podemos assim destacar entre os doze bairros da região Leste os bairros Alecrim e Cidade Alta, dos quais, serão as regiões a serem estudadas e nas quais terá o desenvolvimento da pesquisa, e também, onde há um forte comercio varejista.
O varejo é primordial para cadeia de valores, entre produção e valores, como também o consumo, atuando neste sentido com adoções de critérios de aquisição que prospectem ampliação do tradicional binômio custo e qualidade, sendo indutivo aos fornecedores, equacionando problemas sócios ambientais de produção ou extração de produtos. (PARENTE; GELMAN; CARDOSO, 2009) [9].
 3.2 Tipologia e instrumento de pesquisa
Para tanto, devemos assim ressaltar que um fato analítico qualitativo e quantitativo com objeções descritivas e procedimentos bibliográficos deverá ser utilizado para tal. Na perspectiva pelo melhor resultado da pesquisa e sendo coercitivo para com esta apresentação, iremos utilizar o modo mais transparente e eficaz para conclusão do presente estudo. 
Considerando desta forma o modelo proposto por Vergara (2003) [10], podendo está ser exploratória e descritiva. Este projeto visa que uma analise descritiva, objetiva, observa e registra, correlacionando fatos ou fenômenos variados eximindo de manipulações, buscando encontrar com preciosismo, a frequência com o qual o fenômeno ocorrerá, com sua correlação e conexão com os demais, sua característica e natureza (CERVO E BERVIAN, 2003) [11].
Desta forma, para um rigor científico, este projeto de pesquisa, terá uma característica única, pois abordará uma singularidade no levantamento dos dados a serem explorados na capital do Rio Grande do norte, que é o munício de Natal. 
3.3 Universos de Amostra
Para esta pesquisa, um dos objetivos galgados, foi o estudo minucioso para o trabalho desenvolvido, sendo a priori na abordagem de estudo, a pesquisa direta nos dois bairros antes mencionados na cidade de Natal com lojas do segmento assistencial de eletrônicos celulares, pois nestes bairros o desenvolvimento comercial e expressivo, desta forma, viabiliza resultados estatísticos preciosos para o resultado fim. Para tanto, deve-se considerar o objetivo de pesquisa que será realizado no centro comercial dos referidos bairros, tendo como expectativa coletar informações que tragam respaldos analíticos em relação aos componentes, ou melhor, resíduos eletrônicos, que possam aferir de modo indireto o meio ambiente, a sociedade e a economia dos locais envolvidos. Assim, os questionários foram confeccionados para os respondentes de idades abaixo relacionadas:
 
* Homens, de 15 anos acima;
* Mulheres, de 15 anos acima, e;
* Lojas de assistências técnicas na região do universo a ser pesquisado.
Com isso, objetiva-se obter um bom resultado avaliativo por meio de pesquisa de campo com forma amostral, dados quantitativos e qualitativos a cerca de uma perspectivapanorâmica de conhecimento sobre os assuntos propostos dos envolvidos na pesquisa sobre a PNRS, e os impactos dos componentes ao meio ambiente quando mal descartados.
A análise foi desenvolvida em dezoito (18) empresas privadas localizadas no centro comercial da cidade de Natal, Rio Grande do Norte, que realiza atividades de manutenção, consertos, assistências a clientes físicos, jurídicos e a outros fabricantes.
3.4 Tratamentos para estatística de dados
4. RESULTADOS E ABORDAGENS QUALIQUANTITATIVOS
4.1 Tratamentos de dados
Com o intuito de se obter uma avaliação mais detalhada, primando por dados explícitos acerca do objeto de estudo a que está sendo proposto, foi realizada uma pesquisa enloco para a coleta dos dados. Desta forma, foi aplicado um questionário com oito perguntas em dezoito pequenas empresas na região mencionada, possuem uma média de três funcionários para cada assistência que foi entrevistada. Positivamente, teve-se êxito para com o preenchimento dos questionários pelos respondentes proprietários e funcionários de cada estabelecimento. De cinco meses a 12 anos foi à variação detectada na abordagem em relação ao tempo de funcionamento das empresas analisadas.
Além do questionário da pesquisa de campo, foram realizadas outras indagações tais como: Certificações, como a ISO 9001 e 14001, Lucro mensal e Fiscalização. Das 18 empresas que foram perguntadas sobre tais assuntos, apenas três responderam.
 
A empresa GLAYDSON CELL, que está localizada no bairro de maior predominância, Alecrim, informou que não detêm de tais certificações, sendo a ISO 9001 de qualidade e 14001 de Gestão Ambiental, e o lucro mensal pode ter em média dezoito mil Reais por mês, e que ao longo de três anos de atuação em assistência técnica não teve visitas do poder publico acerca do gerenciamento de resíduos sólidos nem tão pouco da Política dos resíduos 12.305 de 2010.
 
Já a empresa de mesmo seguimento Rafael Celulares, deu inicio ao processo destas ISO acima mencionadas, contudo, ainda não às obteve, e que seu lucro Igualmente a terceira empresa que se propôs a responder, pode chegar a um faturamento em média de vinte mil Reais mensais, e ambas atuam no segundo bairro mais contundente nesta pesquisa, Cidade Alta, que igualmente a primeira empresa não teve informações por qualquer meio direto sobre a Lei da Politica Nacional dos Resíduos Sólidos pelos órgãos fiscalizadores.
 4.2 NÍVEIS DE CONHECIMENTO, RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para fomentar dados objetivos ao trabalho, foi posto em prática o questionário, sendo este, disponibilizado para as dezoito empresas entrevistadas na região experimental já mencionada anteriormente.
 
Foram elaboradas oito perguntas relativas ao que de fato se procura neste trabalho, que é detectar um breve panorama inicial acerca do nível de conhecimento, aplicabilidade, apoio, fiscalização, entre outros corolários preciosos para fundamentar o objetivo proposto. Desta forma, com o intuito de obter o quantitativo de empresários que possuem o conhecimento sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, a pergunta foi: Q1: A empresa conhece a Política Nacional dos Resíduos Sólidos? Os resultados são apresentados no Gráfico 1.
 
Gráfico 1 – Dados referentes à primeira questão Q1
Fonte: Próprios autores (2016)
Como resultado obteve-se 67% de “Sim”, sendo a maior proporção entre as respostas, em seguida 22% conhecem parcialmente, e por último 11%, “Não” a conhecem. 
O empreendedor possuir conhecimento sobre a PNRS garante que ele entenda que a responsabilidade pelo produto pós-consumo deve ser de interesse de todos os integrantes da cadeia de produção de componentes que afetem direta ou indiretamente, por meio da aplicação da logística reversa. Com isso, conceituar empreendedorismo sustentável envolve, assim, exploração e criação de novos negócios possibilitando ao empreendedor a obtenção de lucro e zelando por três pilares fundamentais que são; Social, Ambiental e Econômico (BOSZCZOWSKI, 2012). [12]
Em seguida, a questão dois, contextualizada da seguinte maneira, Q2: Caso a empresa tenha conhecimento da lei, a utiliza em seu ambiente de trabalho? Os resultados obtidos são apresentados no Gráfico 2.
Gráfico 2 – Dados referentes à segunda questão Q2
Fonte: Próprios autores (2016)
A partir da análise dos resultados, conclui-se que 78% das assistências técnicas a utilizam e 11% se dizem utilizar parcialmente, pois busca de maneira mais assertiva possível direcionar seus resíduos gerados no processo de trabalho, estes gerados muitas vezes por troca de peças e componentes dos celulares dos clientes que buscam o serviço de assistência e conserto, tentando assim parcialmente se adequar a Lei. E 11% não utilizam no ambiente de trabalho, pela falta de informação adequada sobre o assunto, fazendo com que desta maneira haja exacerbado aumento de resíduos eletrônicos no processo de trabalho. 
A questão Q3 teve como perspectiva saber o grau de conhecimento das empresas sobre os resíduos eletrônicos gerados pelo trabalho enloco realizado nas mesmas. Portanto aplicou-se a seguinte pergunta Q3: Qual o conhecimento da empresa sobre Resíduos eletrônicos? 
Gráfico 3 – Dados referentes à terceira questão Q3
Fonte: Próprios autores (2016)
Desta maneira obteve-se como resultado que 83% das 18 empresas entrevistadas conhecem plenamente, 17% já ouviu falar, e que nenhuma destas assistências técnicas consultadas, ou seja, 0% desconhece plenamente o assunto, conforme dados apresentados no Gráfico 3.
A questão Q4: A Empresa já teve problemas com resíduos eletrônicos oriundos do ambiente de trabalho? Revelou que 78% das empresas consultadas já tiveram problemas com este tipo de resíduo, e que 17% afirmaram ter tido problemas parcialmente, e apenas 5% disseram que não. Com isso tem-se uma rápida percepção que faltam meios adequados para o acondicionamento correto dos resíduos gerados nestes estabelecimentos, conforme dados apresentados abaixo no gráfico quatro.
Gráfico 4 – Dados referentes à quarta questão Q4
Fonte: Próprios autores (2016)
Para o tratamento de dados da questão em sequência, fez-se necessário além do questionário, a obtenção de auxílio por parte da única empresa licenciada pelos órgãos municipais para o recolhimento dos resíduos eletrônicos destes setores avaliados. A empresa Natal Reciclagem LTDA, localizada na cidade de Natal/RN, onde recebe e coleta boa parte dos resíduos eletrônicos advindos da capital, como também, de quatro empresas das oito abordadas e que estão servindo como análise neste estudo. 
De acordo com o proprietário da empresa Natal Recicla LTDA, Jurandir Nunes (citar no referencial)?, essa é uma empresa privada em que sua economia gira em torno da reciclagem de resíduos secos, entre vários o eletrônico, e que está em atuação há 11 anos na cidade de Natal. Todo resíduo que é devidamente coletado é segregado de maneira ambientalmente correta de acordo com a PNRS e Leis municipais. Com isso, podemos detectar na questão cinco, onde se fez uma pergunta Se há parecerias das assistências técnicas com algum meio de reciclagem dos resíduos eletrônicos, sendo esta a Q5, justifica a ausência de mais empresas especializadas legais para absorção de resíduos advindos de empresas que tratam com componentes de que tenham circuitos elétricos em sua composição, como celulares, tendo nestes circuitos vários contaminantes quando mal descartados no meio ambiente. Para expressar melhor estes resultados, o Gráfico cinco apresenta os dados obtidos.
Gráfico 5 – Dados referentes à quinta questão Q5
Fonte: Próprios autores (2016)
Assim, obteve-se que 56% não fazem parcerias, 27% a encaminham para empresas parceiras, entre algumas destas a Natal Reciclagem LTDA, e apenas 17% fazem parcialmente o encaminhamento dos resíduos gerados pelo processo de trabalho, e que não foram citadas outras empresas coletoras de seus resíduos na cidade de Natal pelos respondentes.
A questão seguinte, Q6: A empresa recebe ou já recebeu orientaçãode algum órgão público sobre Logística Reversa? Os dados obtidos encontram-se no Gráfico 6.
Gráfico 6 – Gráfico referente à sexta questão Q6
Fonte: Próprios autores (2016)
Em maior proporção, com 83%, as respostas foram que não receberam nenhuma informação, ou orientação sobre logística de componentes residuais no processo de trabalho, sendo essa informação uma das obrigações da lei 12.305/10, e que com menor proporção foi constatado 11% já tiveram informações acerca deste assunto, e 6% parcialmente obtiveram auxílio de informações a par do que trata a Logística Reversa.
Em sequência foi priorizado outra questão, a Q7, relativa também a Logística Reversa, contudo, buscou-se saber se estas empresas tinham alguma parceria para com esta Logística em meio aos seus fornecedores, e na coleta estatística de informações foi convertido como resultado as proporções apresentadas no Gráfico 7.
Gráfico 7 – Gráfico referente à sétima questão Q7
Fonte: Próprios autores (2016)
Com maior índice percentual a resposta tida como “Sim” em Q7, se sobressaiu com 56%, 17% com a resposta “Não” e 27% parcialmente trabalham com alguma forma de parceria entre fornecedores e assistências técnicas de aparelhos celulares.
Por fim, a questão oito trata de fazer uma provocação quanto à responsabilidade dos resíduos eletrônicos, pelo qual foi elaborada a seguinte pergunta: Q8: Em sua opinião, de quem é a responsabilidade pelo tratamento e descarte dos resíduos eletrônicos adequados advindos das assistências técnicas de celulares? Sendo assim, analisamos as respostas em caráter objetivo em quatro opções, podendo os respondentes escolher como resposta o poder publico; Indústria e Comércio; Empresas de Tratamento e Reciclagem ou, Todos. Pelos resultados adquiridos denotou-se um resultado parcialmente esperado, já que respostas anteriores vão de encontro com esta última pergunta Q8.
Gráfico 8 – Gráfico referente à oitava questão Q8
Fonte: Próprios autores (2016)
Com isso foi possível identificar o grau de preocupação das empresas entrevistadas, e firmar um breve levantamento que 62% acreditam que todos devam ser responsáveis, coincidindo com a Lei 12.305/10, onde afirma que tanto pessoas jurídicas como físicas tem obrigações e deveres quanto aos resíduos gerados. Contudo, objetivou-se focar nos resíduos dos componentes deste produto eletrônico, que é o celular, Cada vez mais obsoleto pela sociedade, e que amplamente circulam por questões de manutenção para substituição de peças danificadas, foi o que informou um dos proprietários de uma destas assistências técnicas entrevistadas no Bairro mais comercial, que é o Alecrim, por ter segundo maior percentual com 22%, algumas empresas acreditam que a responsabilidade é apenas do poder publico, e que 11% acreditem que sejam Empresas de Reciclagem ficando a Indústria e Comercio como a menor proporção, 5%. 
Podemos concluir, em relação a estas variáveis quantitativas, a necessidade de uma melhor orientação pelos órgãos governamentais da divulgação quanto a Política Nacional dos Resíduos Sólidos em especial, os eletrônicos, que contêm como este trabalho referenciou bastantes componentes que podem acarretar danos ao meio ambiente, à sociedade e principalmente a saúde da população, se não houver o adequado tratamento e manejo destes resíduos contaminantes. A falta de também de uma consorciação entre empresas de assistência e seus fornecedores para com uma logística eficiente reversa, pode ser considerado outro agravante em relação à má disposição dos resíduos nas unidades avaliadas. 
6. Conclusão
Discussão acerca do desenvolvimento sustentável faz-se cada vez mais pertinentes no dia a dia da sociedade Brasileira, assim, com intuito de fomentar tais premissas, este trabalho tem como intuito buscar identificar a situação do nível de conhecimento e informação que o setor de assistência técnica de celular possui sobre a PNRS (Politica nacional de resíduos sólidos) e como o setor está se adequando a essa politica sob a visão da logística reversa. Percebe-se, em aspectos gerais, que os equipamentos eletrônicos provenientes do setor de manutenção destes eletrônicos, acabam sendo uma grande preocupação devido ao grande número de substâncias danosa ao meio ambiente que estes contêm em sua estrutura, causando um grande impacto negativo a este meio e a saúde humana quando descartado de forma inadequada. 
Na esfera da pesquisa realizada, é possível concretizar que as empresas encontram-se despreparadas em termos de infraestrutura e informação, no que diz respeito à Politica nacional de resíduos sólidos, uma vez que a maioria das empresas estudadas não possui PGRS ou articulações com fabricantes, fornecedores e nem mesmo órgãos públicos que os norteiem sobre tal assunto, e formas adequadas de gerir seus resíduos no processo de trabalho cotidiano.
Portanto, os dados expostos corroboram com a problemática atual referente à ineficiente, ou até mesmo inexistente, gestão dos resíduos eletrônicos destas assistências que foram o cerne da pesquisa, e na perspectiva de respostas ao problema analisado por este trabalho, buscou-se um meio apropriado e relevante de investigação. Outro dado também relevante desta pesquisa e a falta de parceria que as assistências técnicas têm com empresas de reciclagem ou fornecedores, onde durante a pesquisa apenas a Natal Recycla LTDA foi citada como recolhedora desses resíduos pelos respondentes. 
Percebe-se o quanto as empresas de assistência técnicas de celular estão longe de se adequarem a PNRS, pois a falta de incentivo por parte do poder Publico é um fator primordial para a dificuldade de adequação para com as assistências. Vale também salientar que, para a maioria das empresas esse é um problema de todos e deve ser enfrentado com seriedade. Uma dificuldade encontrada entre elas é a falta de uma associação de assistência técnica, o que dificulta a luta pelos direitos da categoria, onde havendo uma união entre as mesmas e uma parceria entre município e empresas, a possibilidade de adequação a lei da PNRS, seria bem mais acessível. 
Com tudo, perante questões ambientais levantadas e da preocupação com o descarte do lixo eletrônico, é importante uma maior fiscalização por parte dos órgãos públicos responsáveis para que seja cumprida a Política Nacional de Resíduos Sólidos, visto que seus impactos ambientais são de grande extensão. Recomenda-se que empresas de assistência técnica de celular desenvolvam programas para dar suporte aos consumidores, funcionários e parceiros quanto a ações de mitigação e sobre o tempo de vida útil de seus aparelhos, a fim de se adequar as normas e leis regulamentadas, fazendo assim com que eles participem deste processo com mais assiduidade e por fim, a cooperação de governos municipais, estaduais e órgãos ambientais para a completa regulamentação e fiscalização.
 
7. Referências (ANALISAR SE TODAS AS REFERÊNCIAS CONSTAM)
BOSZCZOWSKI, A. M. O empreendedorismo sustentável e o processo empreendedor: Em busca de oportunidades de novos negócios como solução para problemas sociais e ambientais. 2011. 27 f. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2012. [12]
BRASIL. Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 3 ago. 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 22 jul. 2016. [8]
CAVALLAZZI, Eugênio; VALENTE, Luciana. Logística reversa: muito além da reciclagem Compartilhe. Disponível em: <http://www.logisticadescomplicada.com/logistica-reversa-muito-alem-da-reciclagem/>. Acesso em: 18 jun. 2016. [6]
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. [11]
LEITE, P. R. Logística reversa: nova área da logística empresarial. Revista Tecnologística. São Paulo: Publicare, maio 2002. [5]
MACHADO, About Gleysson B.. Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em: <http://www.portalresiduossolidos.com/plano-nacional-de-residuos-solidos/>.Acesso em: 16 jun. 2016. [7]
 NEVES, Luciano dos Santos. O DESCARTE DE APARELHOS CELULARES. 2015. 8 f. TCC (Graduação) - Curso de Logística, Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, 2015. [4] 
PARENTE, Juracy; GELMAN, Jacques; CARDOSO Roberta. Fórum de Varejo e Consumo Sustentável: experiências, debates e desafios. Fundação Getúlio Vargas, GVcev – Centro de Excelência em Varejo da FGV-EAESP. São Paulo: FGV, 2009. Disponível em: <http://varejosustentavel.com.br/publicacoes/9/artigos>. Acesso em: 06 mai. 2016. [9]
RODRIGUES, Ângela Cassia. Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos. Disponível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/artigos/residuos_de_equipamentos_eletricos_e_eletronicos.html>. Acesso em: 26 nov. 2016. [2]
SILVA, Anna Camila Lima e; FERNANDES, Fernanda Kivia Agra; MOTA, Renata de Oliveira. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE ASSISTÊNCIA DE CELULAR. 2015. 14 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia de Produção. UFRN, Natal, 2015. [1]
SPITZCOVSKY, Débora. ONU lança primeiro mapa global de lixo eletrônico. 2013. Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/onu-lanca-primeiro-mapa-global-lixo-eletronico-e-lixo-world-map-763469.shtml>. Acesso em: 16 jun. 2016. [3]
VERGARA Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2007. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-pesquisa-na-metodologia-e-producao-cientifica/44354/. Acesso em: 21 abr. 2016. [10]

Continue navegando