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Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos BAC006 - Eletricidade Universidade Federal de Itajuba´ Campus Itabira Aulas 10, 11 e 12 Senoides, Fasores e Introduc¸a˜o aos Circuitos em Corrente Alternada Prof. Caio Fernandes de Paula caiofernandes@unifei.edu.br 2◦ Semestre de 2013 1 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Considerac¸o˜es Gerais Ate´ agora, a ana´lise de circuitos ele´tricos estava focada nos circuitos em corrente cont´ınua, ou seja, circuitos nos quais a tensa˜o e a corrente possu´ıam valores fixos ao longo do tempo o tempo (exceto por um per´ıodo transito´rio em capacitores e indutores). Nestes circuitos, as fontes (de tensa˜o ou corrente), que possu´ıam tambe´m valores fixos ao longo do tempo, sa˜o conhecidas como Fontes CC (ou Fontes DC) - corrente cont´ınua; A partir deste momento, nossa ana´lise estara´ focada em circuitos nos quais a tensa˜o e a corrente sera˜o varia´veis no tempo, pore´m, com um “perfil” de variac¸a˜o fixo ao longo do tempo, a qual chamaremos de forma de onda. Logo, embora a tensa˜o e a corrente sejam varia´veis, a sua forma de onda se repete ao longo do tempo (sinais perio´dicos). As fontes presentes nestes circuitos sa˜o chamadas de Fontes CA (ou Fontes AC) - corrente alternada; Existem va´rios tipos ondas alternadas de interesse particular, como a senoidal, a quadrada e a triangular. Devido ao fato da onda senoidal ser a mais comum e importante (por diversos motivos, como a gerac¸a˜o da enegia ele´trica, entre outros), o termo CA (ou AC) se refere a` onda senoidal. 2 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Tipos de Formas de Onda Alternada 3 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Visa˜o Geral de uma Forma de uma Senoide Equac¸a˜o da onda senoidal: e(t) = Ecc + Emsen (2pift+ θ) . 4 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Paraˆmetros Importantes de uma Onda Perio´dica Valor instantaˆneo: e´ o valor da onda em um determinado instante de tempo; Per´ıodo (T ): intervalo de tempo entre repetic¸o˜es de uma forma de onda perio´dica; Ciclo: parte da forma de onda contida em um per´ıodo; Frequeˆncia (f): quantidade de vezes que a forma de onda se repete em um segundo, ou seja, nu´mero de ciclos por segundo. Importante: f = 1 T ; Fase (θ): aˆngulo da senoide no in´ıcio de um ciclo; Valor CC (Ecc): e´ o valor equivalente em corrente cont´ınua de uma onda perio´dica durante um ciclo; Valor de pico (Em): valor ma´ximo instantaˆneo (em mo´dulo) que pode existir na forma de onda desconsiderando o valor me´dio; Amplitude de pico: valor ma´ximo instantaˆneo que pode existir na forma de onda considerando o valor me´dio; Valor de pico-a-pico (Ep−p): diferenc¸a entre o valor de pico positivo e nega- tivo. Observac¸o˜es: a fase geralmente e´ adotada desconsiderando-se o valor CC. A unidade padra˜o de frequeˆncia e´ o Hertz (Hz). Frequeˆncia angular: ω = 2pif em radianos por segundo (rad/s). 5 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Relac¸o˜es de Fase Importaˆncia da senoide A onda senoidal e´ importante pois e´ a u´nica forma de onda perio´dica que, ao ser aplicada em um circuito ele´trico contendo resistores, capacitores e indutores, na˜o se altera em qualquer ponto do circuito. Isso se deve ao fato de que derivadas e integrais de senoides resultarem em ondas tambe´m perio´dicas, pore´m deslocadas em fase em relac¸a˜o a` senoide original. Relac¸o˜es de fase importantes: sen(−α) = −sen(α); sen(α+ 90◦) = cos(α); sen(α− 90◦) = − cos(α); sen(α± 180◦) = −sen(α); cos(−α) = cos(α) = sen(α+ 90◦); cos(α± 180◦) = − cos(α) = sen(α− 90◦). 6 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Me´todo Gra´fico Me´todo gra´fico para encontrar relac¸o˜es de fase: Sentido hora´rio: positivo Sentido antihora´rio: negativo Exemplo: convertendo-se cos(α− 60◦) em seno resultara´ em sen(α+ 30◦). 7 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Defasagem Definic¸a˜o Quando o in´ıcio do ciclo de uma senoide na˜o coincide com uma determinada re- fereˆncia, dizemos que a senoide esta´ defasada (com fase). Se o ciclo se inicia antes da refereˆncia no tempo, dizemos que a senoide esta´ adiantada. Se o ciclo se inicia apo´s a refereˆncia no tempo, dizemos que ela esta´ atrasada. Senoide adiantada em θ graus: Senoide atrasada em θ graus: 8 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Valor Me´dio e Valor Eficaz Valor Me´dio (av) O valor me´dio de uma determinada curva e´ definido como a raza˜o entre a soma alge´brica da a´rea desta curva e o comprimento da curva. Matematicamente Vav = 1 T ∫ T 0 v(t)dt . O valor me´dio de uma senoide pura (sem componente CC) e´ sempre nulo. Valor Eficaz (rms) O valor eficaz de uma determinada curva sem valor me´dio e´ definido como a raiz quadrada da raza˜o entre a soma alge´brica da a´rea da curva ao quadrado e o com- primento da curva. Matematicamente Vrms = √√√√√∫ T 0 v2(t)dt T −→ Vrms = Vm√ 2 para uma senoide . Quando a onda possui componente CC (valor me´dio), o valor eficaz deve ser corri- gido para Vrms = √ V 2cc + V 2 ca. 9 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Fasor e Nu´meros Complexos Definic¸a˜o de Fasor Um fasor e´ um nu´mero complexo que representa a amplitude e a fase de uma senoide. Um nu´mero complexo z pode ser representado atrave´s de treˆs formas distintas: 1 Forma retangular: z = x+ jy, onde j = √−1; 2 Forma polar: z = r 6 θ; 3 Forma exponencial: z = rejθ. Conversa˜o retangular-polar: r = √ x2 + y2 θ = tan−1 ( y x ) Conversa˜o polar-retangular: x = r cos θ y = r sen θ 10 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Representac¸a˜o Fasorial Identidade de Euler Um nu´mero complexo z na forma exponencial pode ser representado na forma re- tangular atrave´s de z = e±jθ = cos θ ± jsen θ . Logo, o cosseno e seno de um aˆngulo qualquer podem ser compreendidos, respecti- vamente, como a parte real e imagina´ria de uma exponencial complexa. Sendo assim, considere a senoide na sua forma geral v(t) = Vmsen (ωt+ θ) ; De acordo com a Identidade de Euler, podemos representar a senoide atraves de v(t) = Im ( Vme j(ωt+θ) ) = Im ( Vme jθejωt ) ; De acordo com a equac¸a˜o anterior, vemos que a parte imagina´ria e´ composta de um termo que varia com o tempo e outro na˜o. O termo que na˜o varia com o tempo e´ V = Vme jθ = Vm 6 θ , e e´ conhecido como a representac¸a˜o fasorial da senoide v(t). 11 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Diagrama Fasorial Podemos imaginar enta˜o o seno fasorial Vejωt como um vetor no plano com- plexo, de mo´dulo Vm e fase θ, que gira com velocidade ω no sentido an- tihora´rio, formando um c´ırculo. A projec¸a˜o do seno fasorialsobre o plano complexo forma enta˜o o gra´fico de v × t. A representac¸a˜o de diversos fasores no plano complexo e´ chamada de diagrama fasorial. 12 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Transformac¸a˜o para Domı´nio Fasorial Embora pela definic¸a˜o isto na˜o seja necessa´rio, geralmente quando transforma- mos uma senoide no domı´nio do tempo para o domı´nio dos fasores utilizamos o valor eficaz de v(t) como mo´dulo. Logo a conversa˜o do domı´nio do tempo para o domı´nio dos fasores e´ v(t) = Vmsen (ωt+ θ) ⇔ V = Vm√ 2 6 θ ; Lembre-se que cada fasor e´ definido para uma frequeˆncia ω. Logo, na˜o e´ poss´ıvel fazer operac¸o˜es com fasores de frequeˆncias distintas; Lembre-se tambe´m que definimos o fasor para o seno. Logo, qualquer senoide que estiver expressa por meio de cosseno, “menos seno” e “menos cosseno” devem ser expressadas por meio de seno, atrave´s das relac¸o˜es de fase vistas anteriormente; O conceito de fasor, proposto por Charles Steinmetz, simplifica substancial- mente a ana´lise de circuitos em CA. Para comprovar isto, basta verificar que a seguinte equac¸a˜o v(t) = V1sen(ωt+ θ1) + V2 cos(ωt+ θ2)− V3sen(ωt+ θ3) e´ facilmente resolvida no domı´nio dos fasores. Apo´s a operac¸a˜o no domı´nio dos fasores, e´ poss´ıvel converter o fasor resultante de volta para o domı´nio do tempo. 13 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Derivada e Integral com Fasores Seja v(t) = Vmsen(ωt+ θ) uma senoide e V sua representac¸a˜o fasorial. Ao se derivar v(t) em relac¸a˜o ao tempo, tem-se dv dt = ωVm cos(ωt+ θ) = ωVmsen ( ωt+ θ + pi 2 ) . Tomando-se a representac¸a˜o fasorial da derivada, temos dv dt = Im ( ωVme j pi 2 ejθejωt ) = Im ( jωVejωt ) . Logo dv dt ⇔ jωV ; Em relac¸a˜o a integral, e´ poss´ıvel provar, de maneira similar, que∫ vdt ⇔ V jω ; 14 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Relac¸o˜es entre Fasores no Resistor Considere que uma tensa˜o v(t) = Vmsen(ωt + θv) e´ aplicada em um resistor com resisteˆncia R, gerando uma corrente i(t) = Imsen(ωt + θi), conforme mostra a figura a seguir. Pela Lei de Ohm, temos que v(t) = Ri(t). No domı´nio fasorial Im ( Vme jθv ) = R Im ( Ime jθi ) → V = RI ; Em notac¸a˜o polar Vm√ 2 6 θv = R 6 0◦ Im√ 2 6 θi ; Logo, em um resistor vemos que a relac¸a˜o entre tensa˜o e corrente fasorial e´ dada simplesmente por R. Logo, o mo´dulo da tensa˜o fasorial e´ o mo´dulo da corrente fasorial multiplicado por R e a fase da tensa˜o fasorial e´ a mesma da corrente fasorial (a tensa˜o e a corrente esta˜o em fase). 15 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Relac¸o˜es entre Fasores no Resistor 16 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Relac¸o˜es entre Fasores no Indutor Considere que uma tensa˜o vL(t) = Vmsen(ωt+ θv) e´ aplicada em um indutor com indutaˆncia L, gerando uma corrente iL(t) = Imsen(ωt + θi), conforme mostra a figura a seguir. Temos que vL(t) = L diL dt . No domı´nio fasorial Im ( Vme jθv ) = L Im ( ωIme j pi 2 ejθiejωt ) → V = jωLI ; Em notac¸a˜o polar Vm√ 2 6 θv = ωL6 90◦ Im√ 2 6 θi ; Logo, em um indutor vemos que a relac¸a˜o entre tensa˜o e corrente fasorial e´ dada simplesmente por jωL. Logo, o mo´dulo da tensa˜o fasorial e´ o mo´dulo da corrente fasorial multiplicado por ωL e a fase da tensa˜o fasorial e´ fase da corrente fasorial acrescida de 90◦ (a tensa˜o esta´ adiantada em 90◦ em relac¸a˜o a` corrente). 17 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Relac¸o˜es entre Fasores no Indutor 18 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Relac¸o˜es entre Fasores no Capacitor Considere que uma tensa˜o vC(t) = Vmsen(ωt+θv) e´ aplicada em um capacitor com capacitaˆncia C, gerando uma corrente iC(t) = Imsen(ωt+ θi), conforme mostra a figura a seguir. Temos que iC(t) = C dvC dt . No domı´nio fasorial Im ( Ime jθi ) = C Im ( ωVme j pi 2 ejθvejωt ) → I = jωCV ; Em notac¸a˜o polar Im√ 2 6 θi = ωC 6 90◦ Vm√ 2 6 θv ; Logo, em um capacitor vemos que a relac¸a˜o entre tensa˜o e corrente fasorial e´ dada simplesmente por 1/(jωC). Logo, o mo´dulo da tensa˜o fasorial e´ o mo´dulo da corrente fasorial dividido por ωC e a fase da tensa˜o fasorial e´ fase da corrente fasorial decrescida de 90◦ (a tensa˜o esta´ atrasada em 90◦ em relac¸a˜o a` corrente). 19 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Relac¸o˜es entre Fasores no Capacitor 20 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Impedaˆncia Definic¸a˜o A impedaˆncia Z de um circuito ou elemento e´ definida como sendo a raza˜o entre a tensa˜o fasorial V e a corrente fasorial I, sendo portanto medida em Ohms (Ω). Logo, temos o que chamamos de Lei de Ohm Fasorial V = ZI −→ Z = V I Temos enta˜o que a impedaˆncia de um resistor e´ ZR = V I −→ ZR = R = R 6 0◦ = Rej0 ◦ ; Temos enta˜o que a impedaˆncia de um indutor e´ ZL = V I −→ ZL = jωL = ωL6 90◦ = ωLej90 ◦ ; Temos enta˜o que a impedaˆncia de um capacitor e´ ZC = V I −→ ZC = 1 jωC = 1 ωC 6 −90◦ = 1 ωC e−j90 ◦ ; 21 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Reataˆncia e Diagrama de Impedaˆncias A relac¸a˜o entre o mo´dulo da tensa˜o e da corrente fasoriais depende, obviamente, da frequeˆncia ω da senoide. Uma vez que o comportamento e´ de oposic¸a˜o a` passagem de corrente ele´trica, damos a esse fenoˆmeno o nome de reataˆncia, tambe´m medida em Ohms (Ω). Logo, temos que a reataˆncia indutiva XL e a reataˆncia capacitiva XC sa˜o, respectivamente XL = ωL = 2pifL XC = 1 ωC = 1 2pifC ; Devido ao fenoˆmeno da reataˆncia, o indutor se comporta como um curto-circuito em baixas frequeˆncias e como um circuito-aberto em al- tas frequeˆncias. Ja´ o capacitor se comporta de maneira oposta, sendo um circuito-aberto em baixas frequeˆncias e um curto-circuito em altas frequeˆncias; Observe que, embora seja um vetor complexo, a impedaˆncia na˜o e´ um fasor, pois a posic¸a˜o do vetor Z no plano complexo na˜o depende do tempo (o vetor na˜o gira a uma frequeˆncia ω no plano complexo). A representac¸a˜o das impedaˆncias no plano complexo e´ chamada de dia- grama de impedaˆncias. 22 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Admitaˆncia Definic¸a˜o A admitaˆncia Y de um circuito ou elemento e´ definida como sendo a raza˜o entre a corrente fasorial I e a tensa˜o fasorial V, sendo portanto medida em Siemens (S). Logo, temos a outra interpretac¸a˜o Lei de Ohm Fasorial I = YV −→ Y = I V Temos enta˜o que a admitaˆncia de um resistor e´ YR = I V −→ ZR = 1 R = G = G6 0◦ = Gej0◦ ; Temos enta˜o que a admitaˆncia de um indutor e´ YL = I V −→ YL = 1 jωL = 1 ωL 6 −90◦ = 1 ωL e−j90 ◦ ; Temos enta˜o que a admitaˆncia de um capacitor e´ YC =I V −→ YC = jωC = ωC 6 90◦ = ωCej90 ◦ ; 23 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Susceptaˆncia e Conversa˜o Y − Z A relac¸a˜o entre o mo´dulo da corrente e da tensa˜o fasoriais depende, obvi- amente, da frequeˆncia ω da senoide. Uma vez que o comportamento e´ de facilidade a` passagem de corrente ele´trica, damos a esse fenoˆmeno o nome de susceptaˆncia, tambe´m medida em Siemens (S). Logo, temos que a sus- ceptaˆncia indutiva BL e a susceptaˆncia capacitiva BC sa˜o, respectivamente BL = 1 ωL = 1 2pifL BC = ωC = 2pifC ; Observe que Z = 1 Y ; Temos enta˜o que a impedaˆncia e a admitaˆncia sa˜o dadas, respectivamente, por Z = R+ jX = √ R2 +X2 6 tan−1 (X/R) Y = G+ jB = √ G2 +B2 6 tan−1 (B/G) ; Com isso, e´ poss´ıvel obter a condutaˆncia e a susceptaˆncia de uma impedaˆncia atrave´s de G = R R2 +X2 B = − X R2 +X2 ; De maneira similar, e´ poss´ıvel obter a resisteˆncia e a reataˆncia de uma ad- mitaˆncia atrave´s de R = G G2 +B2 X = − B G2 +B2 . 24 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Poteˆncia em Corrente Alternada (Introduc¸a˜o) A poteˆncia ele´trica instantaˆnea e´ dada por p(t) = v(t)i(t) ; Para corrente alternada, temos que v(t) = Vmsen(ωt + θv) e que i(t) = Imsen(ωt+ θi). Logo p(t) = VmImsen(ωt+ θv)sen(ωt+ θi) ; Atrave´s de identidades trigonome´tricas, e´ poss´ıvel provar que a equac¸a˜o acima pode ser desenvolvida em p(t) = VmIm 2 cos(θv − θi)− VmIm 2 cos (2ωt+ θv + θi) Da equac¸a˜o acima, veˆ-se que parte da poteˆncia instantaˆnea na˜o depende do tempo. Esta parcela e´ Pav = VmIm 2 cos(θv − θi) , e e´ chamada de poteˆncia me´dia. Uma vez que o cosseno e´ uma func¸a˜o par, a poteˆncia me´dia independe se a tensa˜o esta´ atrasada ou adiantada em relac¸a˜o a` corrente; Em valores rms, temos que a poteˆncia media e´ Pav = √ 2Vrms √ 2Irms 2 cos(θv − θi) = VrmsIrms cos(θv − θi) . 25 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Poteˆncia Me´dia e Fator de Poteˆncia Entretanto, vemos que a poteˆncia me´dia depende da diferenc¸a entre a fase da tensa˜o e da corrente. Para um resistor, tensa˜o e corrente esta˜o em fase, e logo θv = θi. Sendo assim Pav = VrmsIrms cos(0 ◦) = VrmsIrms [W] ; Para um indutor, a tensa˜o esta´ 90◦ adiantada em relac¸a˜o a` corrente. Logo, θv = θi + 90 ◦. Sendo assim Pav = VrmsIrms cos(90 ◦) = 0 ; Para um capacitor, a tensa˜o esta´ 90◦ atrasada em relac¸a˜o a` corrente. Logo, θv = θi − 90◦. Sendo assim Pav = VrmsIrms cos(−90◦) = 0 ; Logo, vemos que a poteˆncia me´dia dissipada em capacitores e indutores e´ sempre nula; O termo cos(θv − θi) e´ frequentemente chamado de fator de poteˆncia (Fp), e seu valor flutua entre 0 (carga puramente reativa) e 1 (carga puramente resistiva). Como o cosseno e´ uma func¸a˜o par, o valor do fator de poteˆncia na˜o indica o teor da carga. Desta forma, geralmente se indica, ale´m do valor do fator de poteˆncia, se ele e´ adiantado (predominantemente capacitivo) ou atrasado (predominantemente indutivo). Isso se deve a` ana´lise da fase da corrente em relac¸a˜o a` da tensa˜o. 26 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Introduc¸a˜o a` Ana´lise de Circuitos em CA Dado um circuito ele´trico em corrente alternada, o primeiro passo a se fazer e´ transformar todas as varia´veis do domı´nio do tempo para o domı´nio dos fasores. Quando isto e´ feito, toda a ana´lise de circui- tos em corrente cont´ınua pode ser extendida, fazendo-se as genera- lizac¸o˜es necessa´rias: resisteˆncias devem ser trocadas por impedaˆncias, condutaˆncias por admitaˆncias, tenso˜es e correntes por tenso˜es e corren- tes fasoriais, etc. Ate´ mesmo as Leis de Kirchoff podem ser generaliza- das para o domı´nio dos fasores. Logo, todos os procedimentos, regras, me´todos e teoremas de ana´lise de circuitos sa˜o prontamente extendidos para circuitos CA no domı´nio dos fasores. Lei de Kirchoff Fasorial para as Tenso˜es A soma alge´brica das tenso˜es fasoriais ao longo de um caminho fechado e´ sempre nula. Ou seja N∑ i=1 Vi = 0 , ou ∑ Velevac¸o˜es = ∑ Vquedas . 27 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Introduc¸a˜o a` Ana´lise de Circuitos em CA Lei de Kirchoff Fasorial para as Correntes A soma alge´brica das correntes fasoriais em um no´ e´ sempre nula. Ou seja N∑ i=1 Ii = 0 , ou ∑ Ientram = ∑ Isaem . Associac¸a˜o Se´rie de Impedaˆncias Para N impedaˆncias conectadas em se´rie, a impedaˆncia equivalente Zeq e´ Zeq = Z1 + Z2 + . . .+ ZN . Associac¸a˜o Paralelo de Impedaˆncias Para N impedaˆncias conectadas em paralelo, a impedaˆncia equivalente Zeq e´ 1 Zeq = 1 Z1 + 1 Z2 + . . .+ 1 ZN . 28 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Introduc¸a˜o a` Ana´lise de Circuitos em CA Associac¸a˜o Se´rie de Admitaˆncias Para N admitaˆncias conectadas em se´rie, a admitaˆncia equivalente Yeq e´ 1 Yeq = 1 Y1 + 1 Y2 + . . .+ 1 YN . Associac¸a˜o Paralelo de Admitaˆncias Para N admitaˆncias conectadas em paralelo, a admitaˆncia equivalente Yeq e´ Yeq = Y1 + Y2 + . . .+ YN . Divisor de Tensa˜o com Impedaˆncias Seja V a tensa˜o aplicada em um ramo com N impedaˆncias conectadas em se´rie. A tensa˜o Vx em uma impedaˆncia Zx qualquer e´ dada por Vx = V Zx Z1 + Z2 + . . .+ ZN . 29 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Introduc¸a˜o a` Ana´lise de Circuitos em CA Divisor de Tensa˜o com Admitaˆncias Seja V a tensa˜o aplicada em um ramo com 2 admitaˆncias conectadas em se´rie. A tensa˜o V1 na admitaˆncia Y1 e´ dada por V1 = V Y2 Y1 + Y2 . Divisor de Corrente com Admitaˆncias Seja I a corrente em um no´ com N admitaˆncias conectadas em paralelo. A corrente Ix em uma admitaˆncia Yx qualquer e´ dada por Ix = I Yx Y1 + Y2 + . . .+ YN . Divisor de Corrente com Impedaˆncias Seja I a corrente em um no´ com 2 impedaˆncias conectadas em paralelo. A corrente I1 na impedaˆncia Y1 e´ dada por I1 = I Z2 Z1 + Z2 . 30 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Exerc´ıcios Exerc´ıcio 10.1 Converta os seguintes sinais de tensa˜o e corrente para o domı´nio dos fasores: (a) v(t) = √ 2 127sen(377t+ 60◦) [V]; (b) i(t) = 16, 78 cos(1000t− 45◦) [A]; (c) v(t) = −5sen(20t− 30◦) [V]; (d) i(t) = −20, 39 cos(500t+ 20◦) [A]. 31 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Exerc´ıcios Exerc´ıcio 10.2 Para o circuito ele´trico em corrente alternada da figura abaixo: (a) Calcule a impedaˆncia vista pela fonte ZT ; (b) Calcule a corrente fasorial fornecida pela fonte I; (c) Calcule as tenso˜es fasoriais VR e VC ; (d) Calcule o fator de poteˆncia e a poteˆncia me´dia fornecida pela fonte; (e) Desenhe o diagrama fasorial; (f) Desenhe o diagrama de impedaˆncias. 32 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Exerc´ıcios Exerc´ıcio 10.3 Para o circuito ele´trico em corrente alternadada figura abaixo: (a) Calcule a admitaˆncia vista pela fonte YT ; (b) Calcule a tensa˜o fasorial fornecida pela fonte V; (c) Calcule as correntes fasoriais VR, VL e VC ; (d) Calcule o fator de poteˆncia e a poteˆncia me´dia fornecida pela fonte; (e) Desenhe o diagrama fasorial; (f) Desenhe o diagrama de impedaˆncias. 33 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Exerc´ıcios Exerc´ıcio 10.4 Considere o circuito ele´trico em corrente alternada da figura abaixo. Sabendo que a equac¸a˜o da fonte de corrente e´ is(t) = √ 2 20 cos(1000t − 45◦) [A], e que Z1 = 20 + j30 [Ω], Z2 = 25 6 −40◦ [Ω], Z3 = 10− j25 [Ω] e Z4 = 33 6 60◦ [Ω], calcule: (a) A impedaˆncia total ZT e a admitaˆncia total YT vistas pela fonte de corrente; (b) A tensa˜o fasorial fornecida pela fonte de corrente; (c) A corrente fasorial I1; (d) A corrente fasorial I2; (e) A tensa˜o fasorial Vab; (f) O fator de poteˆncia e a poteˆncia me´dia fornecida pela fonte. 34 / 35 Introduc¸a˜o Senoides Fasores Impedaˆncia e Admitaˆncia Poteˆncia Introduc¸a˜o aos Circuitos CA Exerc´ıcios Exerc´ıcios Sugeridos Boylestad 12a Edic¸a˜o Cap´ıtulo 13: 26, 27, 28, 33 e 34; Cap´ıtulo 14: 9, 10, 16, 17, 28, 31, 52, 53 e 54. Os exerc´ıcios 37 a 51 sa˜o opcionais e sa˜o indicados para aqueles que na˜o esta˜o familiarizados com operac¸o˜es com nu´meros complexos; Cap´ıtulo 15: 9, 10, 15, 17, 29, 30, 31 e 39; Cap´ıtulo 16: 2, 3, 6, 8, 9 e 10; 35 / 35 Introdução Senoides Fasores Impedância e Admitância Potência Introdução aos Circuitos CA Exercícios
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