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Planejamento e Gestão Urbana O adm. José Arlindo Soares escreveu um artigo chamado Tendências inovadoras na gestão das grandes cidades brasileiras e afirma que: O campo institucional vem sendo marcado pelo aumento da importância dos agentes locais, elevando o papel de suas principais lideranças no debate político nacional. Atualmente, a visibilidade política dos Prefeitos de Capitais rivaliza com a dos próprios Governadores de Estado, em razão mesmo de ter que lidar com uma sociedade civil mais ativa, além das prerrogativas de o Poder Municipal influir cada vez mais no cotidiano da população. Em geral, as grandes cidades fizeram ajustes fiscais e administrativos que não foram acompanhados pelos Governos Estaduais, tornando os municípios mais ágeis na apresentação de resultados que interessam à maioria da população. Neste aspecto, foi decisivo o papel do associativismo intermunicipal (Associação de Prefeitos das Capitais, Frente Nacional de Prefeitos, Associação de Secretários Municipais de Finanças etc..) comandado pelas prefeituras progressistas. [...] O importante é compreender que a gestão das cidades ou a universalização dos direitos civis através poder local, não podem estar desligados da forma como se articulam o corpo social que intervém efetivamente no cotidiano das cidades. Isso implica entender que é na mediação da sociedade civil que se exprime, sem dúvida, o papel principal das instituições locais. A materialização desta mediação é que pode levar o local a desempenhar funções estratégicas na integração das demandas sociais, na redistribuição dos serviços e recursos e na construção de uma esfera pública ampliada que implique em maior participação, controle social e parcerias com diferentes agentes públicos e privados. Evidentemente que estas prerrogativas dos grandes aglomerados urbanos não estão inscritas na ordem das coisas, mas expressam um claro potencial e desafio para os grupos que se pretendem portadores dos ideais de uma cidadania contemporânea. A consultora Fátima Brayner, sócia da TGI e do INTG e Doutora em Engenharia Ambiental, lança outra preocupação que tomará conta dos pensamentos dos futuros gestores ao afirmar que “desde 2008, quando a população urbana superou a rural pela primeira vez na História, as cidades passaram a desempenhar um papel determinante”, assinala Fátima. “A estimativa é de que, em 2015, o mundo tenha 22 megacidades, com população acima de 10 milhões de habitantes. A discussão sobre o papel dessas metrópoles na melhoria das condições e da qualidade de vida nunca foi tão urgente”, ressalta.
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