Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Topografia - do grego TOPOS (lugar) e GRAPHEIN (descrever) é a ciência aplicada que tem o objetivo de representar, no papel, a configuração de uma porção de terreno com as benfeitorias que estão em sua superfície. Ela permite a representação em planta dos limites de uma propriedade e dos detalhes que a caracterizam. A Topografia representa o relevo do solo com todas as suas elevações e depressões. A Topografia permite conhecer a diferença de nível entre dois pontos, seja qual for a distância que os separe. A Topografia permite calcular o volume de terra que deve ser retirado (CORTE) ou colocado (ATERRO) para conferir a um determinado terreno o perfil que se deseja, seja ele plano ou irregular, seja para nele se edificar, seja para qualquer outra finalidade. A Topografia é básica para os estudos necessários a qualquer construção na área de arquitetura e das engenharias: edificações, estradas, pontes, barragens, hidrelétricas, subestações, linhas de transmissão, túneis, portos, canais, edificações em geral, perfuração de minas, distribuição de água, coleta e tratamento de esgotos, redes de drenagem, arruamentos, loteamentos, parcelamentos diversos, etc. É utilizada portanto na Arquitetura, Urbanismo, Engenharia Civil, de Minas, Mecânica, Eletrotécnica, etc. • Trabalha como CIÊNCIA (Matemática, Geometria Descritiva e Projetiva, funções técnicas, pesquisas, sistemas de projeções) e como ARTE (perfeição na execução, harmonia, estética da apresentação). • Usa o desenho geométrico e o desenho à mão livre. Os processos geométricos servem como orientação básica, devendo-se buscar diminuir ao máximo o erro, uma vez que a superfície topográfica não apresenta planos geometricamente exatos. A Topografia faz o levantamento plani- altimétrico do terreno, como dado fundamental a elaboração do projeto. Após este estar pronto, ela faz sua locação e, durante a execução da obra, controla as prumadas, os níveis e alinhamentos. • Topometria: se baseia na Geometria Aplicada e estuda os processos de medidas; • Topologia: estuda as formas exteriores da superfície terrestre e das leis a que determinam o seu modelado; • Taqueometria: tem por finalidade o levantamento de pontos do terreno, pela resolução de triângulos retângulos; aplicada principalmente em regiões fortemente acidentadas, sendo os pontos determinados por meio de coordenadas retangulares; • Fotogrametria: levantamento realizado com o uso de câmaras fotográficas. Cuida do estudo das formas do relevo terrestre e das leis de sua formação, constituindo o que se chama da “parte artística” da Topografia. Da conta da representação do relevo através das curvas de nível. Trata da medida das grandezas lineares e angulares capazes de definir a posição dos pontos topográficos nos planos horizontal e vertical A TOPOMETRIA possui duas divisões: A planimetria e a altimetria (também chamada de nivelamento). Na planimetria, são medidas as grandezas sobre um plano horizontal. Essas grandezas são as distâncias horizontais e os ângulos horizontais. A sua representação é feita por meio de uma vista de cima (vista de topo), e aparecem projetadas sobre um mesmo plano horizontal. Essa representação se dá numa planta. Na altimetria fazem-se as medições das distâncias e dos ângulos verticais, que, na planta, não podem ser representados (à exceção das curvas de nível). Por essa razão a altimetria usa como representação a vista lateral, ou perfil, ou corte, ou elevação; Os detalhes da altimetria são representados sobre um plano vertical. A maior parte das aplicações da Topografia sempre se baseiam nas suas divisões principais: a planimetria e a altimetria. • O trabalho topográfico é PLANIMÉTRICO quando visa somente a determinação da projeção da gleba e das coisas nela contidas sobre a superfície horizontal. • E é PLANIALTIMÉTRICO quando, além disso, determina a elevação de pontos da gleba, sobre superfície horizontal de referência. • É a representação gráfica de um terreno através de um processo de projeções, fornecendo um esclarecimento perfeito das formas e relevo dos acidentes naturais e/ou artificiais nele existentes. • Nasce da necessidade de conhecimento pessoal da região e decorre de diversas operações de campo. É o registro das operações topográficas de campo, fixando graficamente os acidentes do terreno e suas posições relativas. Na Topografia, para efeito de representação e cálculos, considera-se a terra como plana, quando na realidade ela é um elipsóide de revolução, achatado. Esse elipsóide, na maioria dos casos, pode ser interpretado como uma esfera. Limite de superfície terrestre a ser considerada plana: 55km² A superfície terrestre se caracteriza pelas suas elevações e depressões. Diante da reduzida dimensão desses acidentes em relação ao Raio da Terra, é possível considerar a superfície do nível médio dos mares prolongada supostamente por sob os continentes e normal em todos os seus pontos em direção à gravidade. É o GEÓIDE. É o plano onde são projetados os acidentes de uma superfície ou do terreno, tangente ao considerado esferóide terrestre num ponto que esteja situado dentro da área a ser levantada. A projeção horizontal é denominada de planta topográfica e a relação constante entre as dimensões reais e as do desenho é a escala da planta. Planta topográfica : desconsidera a forma da Terra. Carta topográfica : objeto de estudo e trabalho da Geodésia, leva em consideração a forma da terra no cálculo das projeções dos acidentes na superfície terrestre. • Mapa – representa grandes extensões de terreno, desenhado em escalas pequenas; representação de áreas muito grandes como países, estados, municípios; • Carta – representação parcelada de regiões relativamente menores, inclui-se tanto no desenho cartográfico quanto topográfico. A Carta Topográfica abrange uma superfície representada por um quadrado de 50 a 100km de lado. Abaixo disso, Planta Topográfica. • Planta – corresponde a regiões ainda menores, como chácaras, sítios, fazendas, jazidas minerais, obras civis (estradas, edifícios, barragens, túneis), podendo, entretanto, abranger até kuilômetros de distãncia. • A PLANTA de uma gleba é a sua projeção sobre a superfície esférica da terra, reduzida numa certa escala, por meio de sinais convencionais, ditos convenções topográficas. • Essa representação numa folha plana acarreta deformações inevitáveis, dada a esfericidade da superfície terrestre. A curvatura da terra, entretanto, é desprezível quando se trata de representar glebas não muito grandes (alguns quilômetros, ou dezenas de quilômetros). Esquece-se então a curvatura da Terra, supondo plano o planeta. A Geodésia trabalha com grandes superfícies, superiores ao limite de 55km² . A Topografia se apóia na Trigonometria Plana. A Geodésia se apóia na Trigonometria Esférica. • Ambas têm o mesmo objetivo: representação da superfície terrestre. A diferença entre elas se da no campo de atuação de cada uma: • TOPOGRAFIA – estudo e representação de áreas de dimensões reduzidas • GEODÉSIA – estudo e representação de grandes dimensões, levando-se em conta a forma geométrica da Terra Representam uma relação entre as dimensões reais e as do desenho. As escalas podem ser numéricas e gráficas. Uma escala é numérica quando é indicada na forma de fração, 1/N ou 1:N, na qual o numerador, sempre igual à unidade e o denominador é a grandeza N do terreno. As escalas gráficas podem ser lineares ou ordinárias.São construídas a partir do estabelecimento em planta de uma relação entre as dimensões reais e as dimensões do desenho. SÃO AS ESCALAS MAIS COMUNS NA PLANIMETRIA: pequenos lotes urbanos – 1:100 ou 1:200; arruamentos e loteamentos urbanos – 1:100; grandes glebas ou propriedades rurais, dependendo das suas dimensões – 1:1000, 1:2000, 1:5000; escalas inferiores a essas são aplicadas em geral nas representações de grandes regiões, encaixando-se no campo dos mapas geográficos. NA ALTIMETRIA: Geralmente são diferentes para representar os valores horizontais e os valores verticais; para acentuar as diferenças de nível, a escala vertical costuma ser maior que a horizontal. Para sabermos qual o valor que representa uma medida num desenho qualquer, basta dividi-lo pela escala. Quando se trata de áreas, os valores obtidos na planta devem ser multiplicados pelo quadrado da escala, para se obter a grandeza real. Escalas mais utilizadas: (múltiplos de 2, 5 e 10) 1:10 1:20 1:50 1:100 1:200 1:500 1:1000, etc. Unidades mais utilizadas: distâncias e os ângulos (também as áreas e volumes). Para as distâncias, emprega-se o metro – linear e os seus sub-múltiplos, e, para as áreas: o metro quadrado, para pequenas áreas e o quilômetro quadrado, para grandes superfícies. Para volumes, o metro cúbico. Para os ângulos: graus sexagesimais ou grados centésimos. O grau sexagesimal equivale a 1/360 da circunferência, sendo cada grau dividido em 60 minutos, e o minuto, em 60 segundos. A circunferência tem 21.600 minutos e 1.296.000 segundos. O grado centesimal equivale a 1/400 da circunferência, sendo cada grado dividido em 100 minutos de grado, e cada minuto dividido em 100 segundos de grado. A circunferência possui 40.000 minutos ou 4.000.000 de segundos de grado. Polegada = 2,54cm Pé = 12 polegadas = 30,48cm Jarda = 3 pés = 91,44cm = 0,9144m Milha = 1.760 jardas = 1.609,34m NO BRASIL: are, equivalente a 100m² hectare, que corresponde a 10.000 m². alqueire paulista. equivale a um retângulo de 110x220m = 24.200m² (2,5 hectares) alqueire mineiro ou goiano corresponde a um quadrado de 220 x 220m, num total de 48.400 m². BIBLIOGRAFIA UTILIZADA: • BORGES, Alberto de Campos. Topografia. São Paulo, Edgard Blucher, 1977, vol. 1. • CARDÃO, Celso. Topografia. Belo Horizonte, Edições Engenharia Arquitetura, 1979 (5ª. edição). • ESPARTEL, Lélis. Curso de Topografia. Porto Alegre, Editora Globo, 1969. • PINTO, Luiz Edmundo Kruschewsky. Curso de Topografia. Salvador: PROED/UFBA, 1989, (2.ªedição). • RODRIGUES, José Carlos. Topografia. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1979.
Compartilhar