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Revisão de conceitos Saude Ambiental –Parte integrante da saúde pública que abrange as condições do ambiente e seus riscos que afetam ou tem o potencial de afetar a saúde humana, direta ou indirectamente. A ambrangencia da saúde ambiental inclui a proteção e promoção a boa saúde, a promoção social e valores econômicos, e a prevenção de doenças e lesões, promovendo fatores positivos e reduzindo os riscos potenciais - físico, biológico, químico e radiológico. Perigo- A capacidade de um agente produzir um determinado efeito adverso à saude e/ou ao ambiente 1 AIA- Conceitos Avaliação de Impacto à Saude – Processo sistemático de análise de políticas, planos, programas e projetos para estimar seus possíveis efeitos sobre a saúde da população (CDC, 2009). Orienta a prevenção, o controle e a compensação dos impactos negativos e a promoção dos impactos positivos. Risco- probabilidade de que, num determinado intervalo de tempo, ocorra um evento indesejavel a uma pessoa, grupo de pessoas, um determinado ambiente ou ecossistema de uma área especifica. O Risco depende do nível de exposição, do agente e da vulnerabilidade. 2 Conceitos: Avaliação de Risco-Risk assessment E o processo que estima o potencial do impacto de um agente fisico, quimico, ou biológico de uma específica população ou sistema ambiental (HIAGuidelines- WHO), comunicação de risco -Um processo interativo que envolve a troca de informação entre indivíduos, grupos e instituições e a opinião de especialistas sobre a natureza, severidade, e aceitabilidade dos riscos e as decisões para para combatê-los. 3 Conceitos Gerenciamento de Risco- O processo de avaliação de ações alternativas, seleção de opções e implementação em resposta a avaliações de risco de saúde. A decisão tomada vai incorporar o conhecimento científico, tecnológico, informação social, econômica e política. O processo requer avaliação na tolerabilidade e razoabilidade dos custos para cessar o risco ou mitiga-lo. AIS Avaliação do Impacto na Saúde (AIS) é um processo que identifica e examina sistematicamente, de uma forma imparcial, os potenciais impactos à saúde (positiva e negativa) de uma atividade econômica. Estado de Saúde de um individuo e/ou população é determinada por vários fatores, incluindo constituição genética, idade, cndições sociais e econômicas, estilo de vida, acesso a serviços, como saúde, serviços ambientais ( como o ar e qualidade da água, habitação, alimento), etc. HIA procura garantir o acesso aos impactos positivos sobre a saúde (como visto de uma perspectiva mais ampla do que apenas física, doença ou lesão) de modo a serem efetivamente considerados durante a avaliação do impacto à saúde. Figura 40: Modelo de análise: acesso universal aos serviços de saúde. Fonte: Adaptado de ASSIS, et col; 2012 ASs necessidades de saúde dos brasileiros segue um padrão universal: mais problemas de saúde no início e no fim da vida. mulheres fazem mais referência a problemas de saúde do que os homens. O % de percepção do estado de saúde como ruim aumentou de 3,4 em 2003 para 3,8% no ano de 2008. % de pessoas com avaliação do estado de saúde como ‘ruim ou muito ruim’ segundo regiões brasileiras nos anos de 1998, 2003 e 2008. Fonte: (PNAD). 1998-2008 Os maiores % ocorrem na região Nordeste Taxa de hospitalização por diarreia (por 100.000 habitantes) segundo regiões brasileiras para o período 2001 e 2010. Fonte: (SIH/MS). Fonte: (SIH/MS). Permite identificar situações de saúde criticas e mais relevantes Taxa de mortalidade por doenças do aparelho respiratório (por 100.000 habitantes) segundo regiões brasileiras nos anos de 2000 a 2010. Fonte: idade (SIM/MS). 2000 a 2010. Há evidencias de efeitos na saúde em relação ao potencial impacto previsto? Quem são os impactados pelos empreendimentos? Qual a sua situação de saúde ☛ Antiga União Soviética Acidente com um reator nuclear ☛ Japão Mercúrio doença de Minamata com mortos e doentes Crônicos ☛ Em Londres, em 1952 “Névoa negra” com incremento de 4 mil mortes. A curva de mortalidade somente se normalizou dois meses após 8000 mortes; ☛ 1976 - Seveso – Itália A explosão na indústria química de pesticidas Icmesa, Nuvem de dioxina. Grandes acidentes ambientais Minamata, 1956 10 Mortalidade por todas as causas e poluição do ar durante a “Grande névoa”, Londres (1952) Grandes acidentes ambientais ACEITABILIDADE DOS RISCOS Acidentes contribuíram para a perda de confiança da sociedade em relação ao : Gerenciamento de riscos químicos; Deficiências no comando e controle governamental ( fiscalização) Imagem das empresas X das agencias governamentais Os americanos e europeus, abandonaram uma postura passiva e de confiança na proteção de riscos conduzida pelas industrias e pelo governo para atitudes ativas de mobilização contra os atores responsáveis pela geração dos riscos; ☛ A dimensão socioambiental começou a ser inserida na estrutura decisória e influenciar progressivamente as estratégias de desenvolvimento tecnológico e ético do país. ☛ Introdução progressiva de uma perspectiva de sustentabilidade; ☛ Maior engajamento da sociedade – com os movimentos sociais, códigos de conduta, acordos voluntários, Comitês locais. maior interação entre as esferas pública, privada e sociedade com a participação dessas organizações na formulação de objetivos e na escolha de instrumentos de política ambiental; A inserção da análise de risco na gestão socioambiental A INSERÇÃO DO RISCO NA SOCIEDADE MODERNA O processo de desenvolvimento e seus impactos no território se devem as “ forças motrizes”, atividades econômicas que impulsionam o desenvolvimento, tais como projetos de : Infra-estrutura Agroindustriais Mineração novas tecnologias Aumento das exportações Produção de petróleo e seus derivados Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz 14 A INSERÇÃO DO RISCO NA SOCIEDADE MODERNA Nenhuma sociedade moderna se sustenta com risco zero. A melhoria da qualidade de vida necessita de tecnologias que ameaçam a vida humana e a saúde dos ecossistemas, assim como, aumentam a expectativa de vida, geram empregos, melhoram as condições socioeconômicas da sociedade . Os avanços tecnológicos contribuíram para a redução de determinadas doenças, mas contribuíram para o surgimento de novos riscos associados aos acidentes químicos, radioativos, biológicos. 15 As inter-relações do processo de exposição ambiental & efeitos Fontes Exposição Ambiental Dose para órgãos alvos Respostas à saúde Humana *Emissão natural –processo geológicos *Emissão Antropog. *Uso do Produto Solo Água Ar Biota Alimento Câncer Genéticos Doenças Funcionais (sistêmicas) - Respiratório - Endócrino - Reprodução e Desenvolvimento - Neurológico - Imunológico Mecanismos determinantes da liberação, transformação, dispersão e transporte, Mecanismos determinantes da disponibilidade e da ação no organismo Mecanismos de dano e reparo Avaliação da Exposição Identificação da relação exposição -resposta Avaliação de risco Caracterização do Risco *Disposição do produto Prop físico-químicos & Toxicológicas Toxicocinética & toxicodinamica Meios e vias de exposição 16 O que é Risco? É o processo que estima a probabilidade de um evento ocorrer e sua magnitude, considerando-se os efeitos adversos à economia, segurança, saúde, ao ambiente, dentre outros aspectos em determinado período ( GERBA, 2000); Risco Voluntário X Involuntário Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz 17 17 Hazard PERIGO Avaliação qualitativa RisK RISCO Avaliação quantitativa IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO PERIGO Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz 18 HAZARD Hazard (perigo) - está relacionado com a capacidade de uma substância causar danos e o grau dessa capacidade depende de suas propriedades intrínsecas.Uma característica qualitativa. Trivelato, 2005 PERIGO é uma propriedade Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz Definição de Risco Risco= perigo x Exposição ☛ Se não há perigo não há risco ☛ Se não há exposição ao perigo não há risco ☛ Risco -Expressa a probabilidade de ocorrência dos efeitos (danos, perdas ou prejuízos) advindos da efetividade de um perigo RISK ==Risco Probabilistica e adimensional. RISK(RISCO) é uma grandeza quantitativa Risk analysis and risk assessment têm sido usados como sinônimos Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz Risco Risco =Perigo * exposição *Vulnerabilidade Natureza Condições do Ambiente Magnitude da exposição Condições sociais da população Desigualdades sociais Capacidade de adaptação Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz O que é Avaliação de risco à saúde humana-USEPA ? ☛ É o processo que estima a natureza e a probabilidade dos efeitos adversos à saúde nos humanos expostos a contaminantes químicos carninogênicos ou não, por meio da exposição no passado, presente e no future. www.epa.gov/riskassessment/basicinformation.htm acessado em 11/04/2009. Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz 23 23 Arcabouço Conceitual RISCO ☛ Probabilidade é o estudo de experimentos aleatórios - não determinísticos. ☛ Efeitos determinísticos: A severidade do dano aumenta com a exposição/dose. Há uma relação linear e um limiar 24 Avaliação de risco: Uma abordagem interdisciplinar & interinstitucional O risco ambiental apresenta as características de sistemas complexos, ou seja, sistemas com diversas variáveis que interagem e evoluem rapidamente com o decorrer do tempo, integrando desde a utilização dos recurso naturais ( matéria prima e o local da extração) até a exposição dos seres vivos (animais, vegetais) com efeitos ao ambiente e ao homem. 25 Processos socioambientais Processos das interaçoes complexas Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz 26 O que é Avaliação de Risco ☛ Avaliação de Risco é o processo através do qual se estabelece os níveis de aceitabilidade de perigo de uma determinada atividade econômica para o indivíduo, um grupo social ou toda a sociedade e/ou o sistema ambiental ☛ O nível de aceitabilidade de um determinado risco está diretamente ligado a taxa de mortes, a severidade do dano e as variáveis sociais e culturais que a sociedade percebe; ☛ É a estimativa de ocorrência de efeitos adversos à saúde humana e/ou ao sistema ecológico resultante da exposição química, biológica e/ou física sob determinadas condições. 27 Mecanismos de ação dos agentes químicos Toxicocinética:comportamento da substancia no organismo,através dos processos de absorção, distribuição e acumulação em tecidos afins, biotransformação e de eliminação (dose externa que alcança o órgão alvo) Toxicodinâmica relaciona quantidade liberada no sitio de ação em condições efetivas de agir (Dose interna) a resposta do órgão alvo. Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz Risco toxicológico 28 Objetivos da Avaliação de Risco Estimar os efeitos adversos à saúde humana e nos ecossistemas frente a presença de um ou mais agentes químico, físico e/ou biológico. Subsidiar as políticas públicas de forma preventiva. Reunir criticas e informações científicas relacionadas com a dinâmica socioambiental, o perfil epidemiológico da comunidade, a exposição humana relacionada a um ou mais substancias seus efeitos à saúde, econômicos, sociais e ambientais. Categoria de Aceitabilidade de Risco Aceitabilidade de risco aumenta com a percepção dos benefícios da atividade geradora deste evento Aceitabilidade é função do benefício e do risco percebido É o valor de risco esperado pela sociedade. Aceitabilidade é expressa por fatabilidade/ pessoa/ hora/dia/mês de exposição. Avaliação de Risco Estrutura Complexa Abordagem multi, inter e transdisciplinar Processo não linear Avaliação qualitativa Avaliação quantitativa Faz uso da modelagem para as simulações de cenarios Estima a probabilidade Faz predições/cenários Avalia as incertezas Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz AVALIAÇÃO DE RISCO Ferramenta do processo de Gestão Ambiental processo de planejamento físico de uso do solo processo de AIA prevenção de riscos e crônicos à saúde e ao meio ambiente Estabelece prioridades a partir da severidade do dano Alerta de acidentes e danos a sociedade e ao meio ambiente Informação à sociedade através da Comunicação de risco Estudo de Caso Rhodia Cubatão/SP Passivo estimado em 300 mil toneladas de solo contaminado Coletivo das Entidades Ambientalistas do CONSEMA – SP – Agosto de 2004 Rhodia (multinacional francesa do grupo Rhône- Poulenc), desde 1976, lançou na Baixada Santista 12 mil toneladas (estimativas mínimas) de resíduos químicos persistentes, comprometendo de forma irreversível o ecossistema local. Gerou 11 lixões contaminando o solo, ar, água e frutos do mar, uma das principais fontes proteicas da população de baixa renda da região de Cubatão. Consequentemente, as comunidades da Baixada Santista estão ameaçadas pela água e alimentos contaminados. Estudo de Caso-Rhodia Cubatão/SP Estudo de Caso Rhodia Cubatão/SP Passivo estimado em 300 mil toneladas de solo contaminado Coletivo das Entidades Ambientalistas do CONSEMA – SP – Agosto de 2004 34 Área contaminada com produtos quimicos perigosos Público totalmente Ignorado pelo poder publico e a empresa 35 Stage 1: This was the state of risk communication in the US before 1985. The notion was the most people are hopelessly stupid and irredeemably irrational. So you ignore them if you can; misled them if necessary; lie to them if you thin you can get away with it. Don’t let the public in on risk policymaking because they will only mess things up. RISCOS ASSOCIADOS A VIDA MODERNA Aumento da frota de vehículos automotores A cidade de São Paulo em 2014 somou 5,63 milhões de carros e 1,04 milhão de motos. Emissões industriais O incremento de mortes em crianças e idosos esta associado ao material particulado fino. As principais causas da contaminação atmosférica 36 Cubatão/SP - Complexo Adubeiro Arquivos ACPO 37 MERCÚRIO E QUEIMADAS Os riscos da queimadas na Amazonia Fonte, Santos E, 2004 38 Taxa de mortalidade por doenças do aparelho respiratório (por 100.000 habitantes) segundo regiões brasileiras nos anos de 2000 a 2010. Fonte: idade (SIM/MS). 2000 a 2010. Há evidencias de efeitos na saúde em relação ao potencial impacto previsto? Quem são os impactados pelos empreendimentos? Qual a sua situação de saúde 39 ARSA 1980: Programa Nacional « Superfund »: proteção da saúde humana e do ambiente contra perigos impostos por substâncias perigosas no ambiente nos USA. EPA 1989 Risk Assessment Guidance for Superfund. Human Health Risk Assessment 1997. Risk Assessment Guidance for Superfund . Ecological Risk Assessment Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz 40 Metodologias de avaliação /analise de risco EPA (Environmental Protection Agency ATSDR ( Agency for Toxic Substances and Disease Register) RBCA (Risk-Based Corrective Action Release Sites) homologada pela American Society for Testing and Materials (ASTM). 41 Risk Assessment Risk Management Estrutura da Avaliação de Risco - USEPA Identificação de perigo Avaliação de Dose Resposta Avaliação da exposição Caracterização Do Risco OPÇÕES DE GERENCIAMENTO DE RISCO (USEPA) Considerações legais Politicas Fatores Sociais Fatores Economicos Tecnologias Disponiveis PERCEPÇÃO E COMUNICAÇÃO DE RISCO (ATSDR) Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz 42 42 RM should demand the best available science, but must consider other factors as well. Not a part of risk assessment. Stakeholders in risk assessment. Often a ‘customer’ relationship Help define what the risk assessment should be; Use the results of the risk assessment. Por que fazer uma analise de risco? Descreve a natureza e a magnitude do risco Descreve a realidade da informação local/regional Documenta evidencias que suportam a characterização de risco Identifica incertezas Gera informações para a comunicação de risco pautado na realidade 43 Nature and magnitude: What is the possible adverse effect (poisoning, cancer, disease, other injury) How bad could it be? (stomach ache vs. cancer) Reliability: How do we know what we know? What kinds of studies, data, facts? Uncertainty: What don’t we know? Documentation: Answer the questions, gather the data in a single location. INFORMAÇÕES SOBRE A ATSDR U.S. Department of Health and Human Services ATSDR – Agency for Toxic Substances and Diseases Registry ANTECEDENTES LEGAIS Através de legislação nos EUA (Acta de 1986 de Re-autorização e Emendas ao “Superfundo” da ACTA integral de 1980 para Resposta Ambiental, Compensação e Contingências - CERCLA) foi dirigida para a ATSDR a missão de desenvolver atividades de Saúde Pública especificamente associadas com a exposição, real ou potencial, à agentes perigosos liberados ao ambiente. ATIVIDADES Propor avaliações de saúde para compor uma Lista Nacional de Prioridades. ATSDR deve realizar avaliações de saúde para populações Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz Qual a diferença entre a abordagem da USEPA e da ATSDR? The ATSDR Minimal Risk Levels (MRLs) foi uma resposta mandatória derivada de discussões de cientistas do Department of Health and Human Services (HHS) and the EPA; ATSDR adotou a pratica similar da EPA's Reference Dose (RfD) and Reference Concentration (RfC) para a saúde de substância específica para efeitos não neoplásicas. Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz 45 45 O que conhecemos? Como podemos avaliar? Programa Internacional Segurança Química (IPCS): - 750.000 substâncias conhecidas; - 85.000 substâncias utilizadas dia-a-dia; - 40.000 uso comercial em quantidades significativas - 7.000 avaliação quanto ao risco - 1.000 a 2.000 novas descobertas/ano Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz Por que usar análise de risco? Determina se a substância química realmente representa perigo a saúde humana ou risco ecológico Prioriza sustâncias químicas de maior preocupação Prioriza regiões de maior preocupação Desenvolve critérios de controle específicos para a área contaminada Compara e projeta opções de controle Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz 47 Por que usar a Avaliação de Risco? Em áreas de solos contaminados a ARSA permite definir níveis mais restritivos que padrões genéricos de concentrações, considerando seus usos múltiplos; Permite ajustar o nível de controle de acordo com o uso do solo futuro e realístico, ao invés de suposições baseadas em “situações genéricas”; Em relação a contaminação atmosférica é possível diferenciar a dose de uma criança em relação ao adulto. Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz 48 Exemplo da analise de risco como ferramenta de gestão socioambiental Que receptores ecológicos estão presentes na área de influencia da contaminação? (fauna silvestre, animais domésticos, plantações, peixes/organismos aquáticos) ? Qual a característica da população expostas? Idade, sexo, tempo de moradia, hábitos da população, perfil da morbidade, dados de natalidade e mortalidade, nível educacional, dentre outros ? 49 Analise de risco a saúde humana x risco ecológica Por que receptores ecológicos podem ser mais sensíveis que receptores humanos? Diferentes modos de exposição (ingestão de sedimento, absorção por raízes) Maior exposição (e.g. 100% da dieta de peixe local) Alguns grupos são inerentemente mais sensíveis 50 Avaliação de risco e a definição de prioridades Os postos de combustíveis destacam-se na lista com 1.164 registros (73% do total), seguidos das atividades industriais (16%), as comerciais (6%), destino de resíduos (4%) e dos casos de acidentes e fonte de contaminação de origem desconhecida com 19 (1%). 3% 20 80 337 13% 5% 120 78% = 1953 2% 51 Principais Componentes da Avaliação de Risco Contaminantes (Quais ?) Receptores (Quem?) Vias de exposição (Como?) Receptores Contaminante RISCO Vias de Exposição Ministério rio da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz 52 AVALIAÇÃO DE RISCO SOCIOAMBIENTAL Caracterização do risco FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Caracterização dos efeitos da exposição GERENCIAMENTO DE RISCO Caracterização da exposição Aquisição de dados; Monitoramento AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE/ Avaliação de Perigo PERCEPÇÃO E COMUNICAÇÃO DE RISCO FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Quais as substancias químicas e as propriedades químicas e toxicológicas MEIOS DE CONTAMINAÇÃO As inter-relações entre a avaliação da exposição e os efeitos na saúde 55 56 Modelo conceitual subterrâneaea Água Solo Água superficial turista trabalhador residente Poeira Vegetais Ingestão/Contato dérmico Ingestão Ingestão/Contato Dérmico Inalação 57 A INSERÇÃO DO RISCO COMO INTEGRANTE DAS POLITICAS PUBLICAS Até meados de 80 a analise de risco era voltado para os efeitos agudos relacionados com os grandes acidentes. Só a partir da década de 90 a avaliação de risco passou a integrar os estudos relacionados ao meio ambiente, a segurança do processo industrial e a saúde coletiva. Analise de Risco quantitativo vem sendo amplamente utilizada nos últimos 25 anos em problemas de contaminação ambiental por agentes químicos, físicos e biológicos. 58 * * * INTER-RELAÇÕES DOS PROCESSOS AMBIENTAIS FORMULAÇÃO DO PROBLEMA FONTES DE EMISSÕES CARACTERIZAÇÃO DA NATUREZA E EXTENSÃO DA CONTAMINAÇÃO CONTAMINAÇÃO DE ALIMENTOS CONTAMINAÇÃO DA ATMOSFERA CONTAMINAÇÃO DO SOLO CONTAMINAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS DETERMINA OS AGENTES ESTRESSORES NOS COMPARTIMENTOS AMBIENTAIS SUA DISTRIBUIÇÃO E CONCENTRAÇÕES. INTERRELAÇÃO ENTRE AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO E AVALIAÇÃO DE EFEITOS NO PARADIGMA DA SAÚDE AMBIENTAL Avaliação da Exposição . Nível . Fontes . Distribuição . Dose no . # de pessoas . Orgão alvo Avaliação de Efeitos . Perigo intrinseco . Tipo de efeito Fonte Sexton et al., 1992 . Dose-resposta DOSE INTERNA Dose absorvida Dose no órgão alvo Biomar-cadores CONCEN-TRAÇÕES AMBIENTAIS Ar Água Solo Cadeia alimentar EFEITOS NA SAÚDE Mortalidade Morbidade Danos Doenças Sinais Sintomas EXPOSIÇÕES HUMANAS Rota Magnitude Duração Frequência FONTES DE EMISSÕES Tipos de poluentes Quantidades emitidas Localização geográfica ROTAS DE EXPOSIÇÔES HUMANAS À POLUENTES AMBIENTAIS DOSE INTERNA AR INGESTÃO DE ALIMENTOS CONTAMINADOS INALAÇÃO, INGESTÂO OU CONTATO DÉRMICO COM SOLOS E POEIRAS INGESTÃO, INALAÇÃO OU CONTATO DÉRMICO COM POLUENTES HIDRÍCOS INALAÇÃO OU CONTATO DÉRMICO COM POLUENTES ATMOSFÉRICOS CADEIA ALIMENTAR ÁGUAS SOLO FONTES DE EMISSÕES Fonte: Sexton et al., 1992
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