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Direito Penal II.docx

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Direito Penal II
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
19:07
 
A sanção penal pode se dar por meio:
Pena: é para os imputáveis, já que é uma sentença condenatória. Cuja finalidade é preventiva, retributiva e educativa.
Medida de segurança: em tese é curativa, é destinada aos inimputáveis, que de acordo com o art. 26 são os doentes mentais ou com desenvolvimento mental incompleto ou retardado.
 
Tipo penal: é a estrutura normativa onde o legislador define um crime
 - descreve a conduta 
Caput: - preceito primário
 - preceito secundário = pena, dado dentro de um intervalo (mínimo e máximo)
O caput sempre traz um intervalo de penas que se chama forma simples do crime. A forma qualificada do crime possui um intervalo maior, pois se trata de um crime mais grave. Ambas as formas são dolosas.
A forma culposa é menos grave, assim as penas máximas e mínimas serão reduzidas. 
No final do processo penal o juiz deve estabelecer se está condenando ou absolvendo o réu. 
 
Sentença
1º condenação 
2º crime
3º forma do crime: simples, qualificada ou culposa
 
Penas proibitivas 
Pena de morte (salvo guerra declarada)
Pena de caráter perpétua 
Pena cruel ou desumana 
Trabalho forçado
Banimento (exílio) 
 
Regimes punitivos previstos para crimes: 
Reclusão, reclusão e multa, reclusão ou multa, detenção, detenção e multa, detenção ou multa
 
Regimes punitivos previstos para contravenções penais:
Prisão simples, prisão simples e multa, prisão simples ou multa.
 
Direito penal brasileiro admite 3 tipos de pena: 
''Art. 32. As penas são: 
Privativas de liberdade;
Restritivas de direito;
De multa. ''
 
Quanto a pena restritiva de liberdade:
Prisão - pena: é imposta sempre por uma sentença penal condenatória, requer condenação;
Prisão - processual: é diferente da prisão - pena, pois o sujeito pode ser preso durante o processo penal, decretada pelo juiz;
Prisão - civil: no ordenamento jurídico brasileiro só existe uma possibilidade de prisão civil, que é o caso da pensão alimentícia;
Prisão militar: somente na até militar, onde o superior prende o subalterno;
 
Pena Privativa de Liberdade - prisão pena (no ordenamento brasileiro é a pena principal) 
Reclusão: vale para os tipos penais que estabelecem os crimes; Grave
Detenção: para os tipos penais que estabelecem os crimes; Média 
Prisão simples: para os tipos penais que estabelecem as contravenções penais; Leve 
 
Regimes iniciais de cumprimento de pena privativa de liberdade (3 regimes): (art. 33 §1)
Regime fechado
É aquele em que a pena privativa de liberdade é cumprida na penitenciária de segurança máxima e média.
Regime semiaberto
É aquele em que a pena privativa de liberdade é cumprida na colônia penal agrícola, industrial ou estabelecimento similar.
Regime aberto 
É aquele em que a pena privativa de liberdade é cumprida na casa de albergado ou albergue judicial. No regime aberto o condenado deverá se recolher no período noturno a casa de albergado, tendo o período diurno livre. 
 
Informações adicionais (art.33 §2):
O tipo penal já estabelece a pena, ou seja, a pena já é cominada no tipo penal; 
O juiz estabelece o regime inicial na sentença, porém ao longo da execução penal os regimes podem se modificar;
Sair do regime mais rigoroso e caminhar para o regime mais leve é chamado de progressão de regimes, já o movimento inverso, sair do mais leve e ir para o mais grave, denomina-se regressão de regimes;
A progressão de regimes ocorre de maneira escalonada, ou seja, não se pode haver saltos, tendo que passar por cada regime. Porém a regressão pode ser por saltos. 
 
Condenados 
Se o sujeito praticou um crime e é condenado, ele é primário pois só tem uma condenação, a partir deste crime, caso cometa outros, ele se torna reincidente. 
Primários 
De bons antecedentes (quem nunca cometeu um crime), e de maus antecedentes (quem já praticou um crime)
Reincidentes 
O reincidente sempre iniciará no regime mais gravoso, independentemente da quantidade de pena fixada na sentença.
 
Reclusão (art. 33 CP)
A reclusão é uma espécie de pena privativa de liberdade que inicialmente comporta para os condenados primários os regimes fechado, semiaberto e aberto, dependendo da quantidade de pena fixada pelo juiz na sentença condenatória. 
Se o réu primário for condenado a uma pena fixada em sentença por mais de 8 anos de reclusão, a reclusão começa no regime fechado;
se o condenado em sentença tiver uma pena de reclusão superior a 4 anos até 8 anos, a reclusão começa no regime semiaberto; 
Se a pena do condenado ficar igual ou inferior a 4 anos de reclusão, a reclusão se iniciará no regime aberto. 
 
Detenção (art. 33 CP)
A detenção é uma espécie de pena privativa de liberdade que comporta para os primários inicialmente os regimes semiaberto e aberto, dependendo da quantidade de pena fixada pelo juiz na sentença penal condenatória. Na detenção não cabe inicialmente o regime fechado, mas é possível o regime fechado em caso de regressão de regimes. 
Se a pena for maior que 4 anos, será em regime semiaberto;
Se a pena for igual ou inferior a 4 anos, será em regime aberto.
 
Prisão Simples 
Prisão simples é uma espécie de pena privativa de liberdade aplicada as contravenções penais que inicialmente comporta para os primários os regimes semiaberto e aberto, dependendo da quantidade de pena fixada pelo juiz em sentença condenatória. Na prisão simples, nunca, jamais vai existir regime fechado. Nem inicialmente, nem em caso de regressão de regimes. 
Se a pena for maior do que 4 anos, regime semiaberto;
Se a pena for igual ou inferior a 4 anos, regime aberto;
 
Para se progredir de regime precisa-se comprovar dois requisitos: 
Bom comportamento 
Comprova-se o bom comportamento através de um atestado de bom comportamento carcerário expedida pelo diretor da penitenciária do qual o preso se encontra cumprindo a pena.
Cumprimento mínimo de pena 
Para crimes comuns tem que se cumprir 1/6 da pena e para crimes hediondos 2/5 se primário e 3/5 se reincidente.
Se cumprir duplicidade de pena no regime fechado, pode-se ir do regime fechado para o regime aberto, pois ele não está pulando, e sim cumpriu duas vezes a pena, 1/6 no fechado, 1/6 no fechado, mas esperando pela vaga no regime semiaberto. 
 
 Regime inicial de cumprimento de pena privativa de liberdade 
	Regimes 
	Reclusão 
	Detenção 
	Prisão simples 
	Fechado
	8 anos ou mais 
	Não cabe inicialmente 
	Nunca 
	Semi aberto 
	Mais de 4 até 8 anos
	Mais de 4 anos
	Mais de 4 anos
	Aberto
	Igual ou inferior a 4 anos 
	Igual ou inferior a 4 anos 
	Igual ou inferior a 4 anos 
 
Faltas disciplinares graves que causam a regressão de regimes:
Envolvimento em desrespeito ás regras do sistema prisional 
Recusa a trabalhar 
Rebelião 
Tentativa de fuga ou fuga 
 
Remição Penal 
É um benefício da execução penal que está ligada a questão do trabalho. A cada 3 dias trabalhados desconta um dia de pena. O estudo não necessariamente vai ser a cada 3 dias 1 de pena, pois necessita-se fazer a contagem das horas estudadas. 
 
Benefícios do preso que trabalha 
Remuneração 
Benefícios previdenciários 
Abatimento de pena (remição penal)
 
Saída temporária 
Permissão de saída 
Vale para o regime fechado quanto para o semiaberto, porém apenas em casos excepcionais, autorizados pelo próprio diretor do sistema prisional, sempre realizada com escolta. Ex.: ir ao velório de entes queridos, tratamento médico; 
Autorização de saída 
Vale para o regime semiaberto e é dado pelo juiz da execução, realizado sem escolta. Ex.: trabalhar fora e estudar.
Presos ficam suspensos do direito político, não podendo assim votar nem ser votado. 
 
Detração penal 
''Art. 42. Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior (art.41 CP).''Diferença entre remição penal e detração penal 
A remição está ligada ao trabalho e ao estudo, e a detração está ligada a prisão provisória.
Toda prisão ilegal é passível de indenização. 
 
Juiz > sentença > condenação > crime > forma do crime:
Forma simples
Forma qualificada
Forma culposa
 
Passa por 3 fases, para chegar na pena fixa (pena privativa de liberdade).
Primeiramente o juiz condena a pena de prisão, depois ele verifica a possibilidade de substituir essa pena para tirar o sujeito do encarceramento. Para isso ele tem que verificar os requisitos do art. 44 do CP.
Se o condenado preencher todos os requisitos do art.44 do CP, o juiz faz a chamada, substituição de penas, ou seja, ele troca a prisão por uma pena alternativa. 
 
As penas alternativas podem ser: 
Penas restritivas de direito (art.43): são penas alternativas por excelência 
Pena de multa
 
Espécies de penas restritivas de direitos (art. 43 do CP)
1. Pena de prestação pecuniária; art.45
2. Pena de perda de bens e valores; art.45
3. Pena de prestação de serviço à comunidade ou entidade pública; art. 46
4. Pena de interdição temporária de direitos; art. 47
5. Pena de limitação de final de semana; art.48
 
Critério que orienta o juiz na escolha da pena alternativa (art.44, inciso 2º CP)
Pede-se para verificar a quantidade de pena de prisão que está sendo substituída. 
Se esta pena de prisão for igual ou menor que um ano, o juiz tem duas opções, ou ele aplica uma pena restritiva de direitos ou ele aplica uma pena de multa;
Se esta pena de prisão for maior que um ano, o juiz tem duas opções, ele pode aplicar uma pena restritiva de direitos mais uma multa, ou, o juiz não aplica a multa e aplica duas penas restritivas de direitos;
 
Penas de caráter pessoal: são penas que recaem sobre a pessoa do condenado. Ex.: pena de prisão. 
Penas de caráter patrimonial: são penas que recaem sobre o patrimônio da pessoa. Ex.: pena de multa, pena de prestação pecuniária e pena de perda de bens e valores.
 
Todo crime gera dupla responsabilidade:
Quando um crime fere um bem jurídico fundamental, esse crime gera uma responsabilidade penal, onde se obtém por consequência uma pena. 
Todo dano provocado gera ao autor da conduta uma responsabilidade civil, aonde se tem que pagar uma indenização à vítima. 
Indenização é diferente de pena
 
1. Pena de prestação pecuniária - dinheiro (art. 45 CP)
A pena de prestação pecuniária é uma modalidade de pena restritiva de direitos, aplicada como pena alternativa, que tem caráter patrimonial. Consiste no pagamento de certa quantia em dinheiro fixada pelo juiz em sentença penal condenatória. 
O critério para fixar essa quantia é imposto pela lei onde está dá um limite mínimo e outro máximo. O limite mínimo será fixado no valor de um salário mínimo (atualmente R$880,00); o limite máximo é fixado em 360 salários mínimos (atualmente R$316.800,00). 
Se não pagar a quantia fixada pelo juiz na pena, será preso. Caso não pague a indenização, será executado no civil e os bens do réu serão convertidos em dinheiro para pagar a indenização. 
Quando há convergência de beneficiários entre a pena e a indenização, é preciso fazer o desconto, abatimento. 
Ex.: pena: pagar 20 mil para a vítima, indenização à vítima: 40 mil. Pago os 20 mil da pena, o réu só deve pagar 20 mil dos 40 para a vítima. Caso a pena seja maior ou igual que a indenização, a vítima não tem direito a indenização. 
O destino deste dinheiro pago será escolhido pelo juiz entre uma entidade de caráter social ou a vítima/dependentes. 
 
2. Pena de perda de bens e valores - entrega (art. 45 CP)
A pena de perda de bens e valores é uma modalidade de pena restritiva de direitos, aplicada como pena alternativa, que tem caráter patrimonial. Consiste na entrega de bens ou valores pertencentes ao patrimônio lícito do condenado. O patrimônio pode ser lícito ou ilícito. O patrimônio ilícito quando descoberto é confiscado. O juiz olha dentro do patrimônio lícito (ex.: apartamento em bairro nobre, terreno no jardim botânico, carro importado, casa de praia) e pede para fazer a entrega dos bens (móveis e imóveis) e valores (títulos de créditos). 
O destinatário destes bens é o Estado, vão para o fundo penitenciário nacional. Um fundo que o Estado tem que ajuda o custeio e a manutenção do sistema penitenciário brasileiro. Destinatário: fundo penitenciário nacional 
Critério para determinação de quais serão os bens e valores entregues: 
 - Prejuízo para vítima 
Crime: 
 - Proveito para criminoso (produto do crime = ilícito)
 
''Art. 45 CP > quando se tem crimes onde consegue-se mensurar o valor do prejuízo da vítima e o valor do proveito criminoso, essa pena é indicada. Se a pena é indicada, usa-se esses valores para critério da pena de perda de bens e valores. O que for maior (prejuízo ou proveito) passa a ser o parâmetro.'' 
Por exemplo, se o prejuízo da vítima for de 200mil reais, e o proveito do criminoso for de 100mil reais, o parâmetro de base para a pena de perda de bens e valores será o do maior, ou seja, o do prejuízo da vítima que foi de 200mil reais, assim se entrega o ou os bens que sozinho ou juntos constam o valor estipulado. 
 
3. Pena de prestação de serviço à comunidade ou entidade pública (art. 46 CP)
A pena de prestação de serviço à comunidade ou entidade pública é uma pena de caráter pessoal. Se paga esta pena através do trabalho gratuito. Esta pena só pode ser atribuída ao condenado que tiver uma pena superior a 6 meses de prisão. O juiz determina na sentença qual a instituição na qual o réu trabalhará, qual trabalho este realizará de acordo com suas aptidões e habilidades, e o horário. O tempo da prestação de serviço à comunidade, se equivale ao tempo da pena em: 1 hora por dia de pena. 
A pena pode ser cumprida em menor tempo desde que nunca menos que a metade. Assim o réu pode cumprir mais horas para reduzir o tempo da pena. 
 
4. Pena de interdição temporária de direitos (art. 47 CP)
Ocorre a interdição de um direito temporariamente até a pena acabar. Os direitos que poderão ser interditados, são: 
Proibição do exercício de cargo, emprego ou função de mandato eletivo;
Proibição do exercício de profissão, arte ou atividade que dependa de autorização pública;
Suspensão de habilitação para dirigir veículos automotores; (entendida como revogada tacitamente, pois de acordo com o CNTB, esta lei só pode ser aplicada para crimes de trânsito)
Proibição de frequentar determinados lugares;
Proibição de inscrever-se em avaliações e exames públicos;
 
5. Limitação de final de semana 
''Art. 48. A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por cinco horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. 
Parágrafo Único: Durante a permanência poderão ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas.'' 
 
Informações adicionais a respeito das penas restritivas de direitos 
Caso o sujeito não cumpra ou cumpra de maneira inadequada a pena restritiva de direitos imposta pelo juiz, a pena será revogada por este, e o sujeito deverá cumprir a pena privativa de liberdade. 
A pena de multa, caso não paga, não se tem a conversão em pena privativa de liberdade. Será cobrada judicialmente em execução fiscal, como se fosse um tributo não pago. 
 
Requisitos para aplicação das penas alternativas (art. 44 §1 CP)
Quanto a quantidade de pena
Crime doloso: pena não superior a 4 anos
Crime culposo: não tem limite, ou seja, vale para qualquer pena 
Quanto ao modo de execução
Crime doloso: não for praticado com violência ou grave ameaça 
Crime culposo: cabe mesmo se houver violência e grave ameaça
 (art. 44 §2 CP) 
Não ser o criminoso reincidente em crime doloso. *Reincidente é aquele sujeito que praticou um crime, foi processado, julgado e condenado definitivamente e veio a praticar um segundo crime.
(art. 44 §3 CP) 
Requisitos subjetivos, pois dependem da determinação do juiz;
O juizdecide se concede ou não a medida com base na culpabilidade, nos antecedentes, na personalidade, na conduta social do agente, nos motivos e nas circunstâncias do crime.
1. Culpabilidade: segundo a doutrina, é um juízo de censurabilidade, de reprovação social;
2. Antecedentes: é o histórico do sujeito, onde pode-se ter bons e maus antecedentes;
3. Personalidade: são os atributos de uma pessoa, por exemplo, honestidade, coragem, inteligência etc;
4. Conduta social do agente: como o sujeito se relaciona em grupo, na sociedade;
5. Motivos do crime: o que levou a pessoa a realizar o crime? Inveja, ciúmes, discordância de ideias etc;
6. Circunstâncias do crime: como se desenvolveu o crime, a sequência de atos, o cenário. 
(art. 44 Parágrafo 3º CP)
Se o condenado for reincidente o juiz decide se será concedida a pena alternativa ou não. Para decidir ele tem que observar as seguintes condições: tem que ser socialmente recomendável e não pode se tratar de crimes iguais, ou seja, o mesmo crime. 
 
Informações adicionais:
A substituição para penas alternadas é para crimes leves;
Crimes de mesma natureza e iguais, são chamados de crimes específicos. Ex.: comete-se um crime culposo A, e depois comete-se novamente o crime culposo A; ou, comete-se um crime doloso B, e depois comete-se o mesmo crime doloso B;
Medida socialmente recomendável: nada mais é, do que ver se a medida fará bem a sociedade.
 
Pena de multa 
Pode ser principal, alternativa ou acessória, que no caso, acompanha a pena privativa de liberdade. Ex.: reclusão e multa, reclusão ou multa etc. 
A pena de multa consiste em pagamento em dinheiro de certa quantia fixada pelo juiz em sentença condenatória, que tem como destinatário o fundo penitenciário nacional. O prazo da pena de multa é de 10 dias, pago se extingue a pena. O juiz pode parcelar o valor da multa e pode inclusive determinar o desconto em folha.
 
Calculo da multa 
Valor da multa = número de dias/multa X valor de um dia/multa 
1º parte consiste na fixação do número de dias/multa da condenação 
 - Mínimo: 10 dias/multa 
Lei penal: 
 - Máximo: 360 dias/multa
2º parte consiste na fixação do valor dos dias/multa 
 -Mínimo: 1/30 do valor de um salário mínimo atual, equivalente a R$29,33
Lei penal: 
 -Máximo: 5x o valor do salário mínimo atual, equivalente a R$4400,00
Critério: 1º culpabilidade; 2º capacidade econômica 
 
Calculo da pena privativa de liberdade (dosimetria da pena) 
Sentença condenatória > crime > forma do crime > intervalo da pena (mínimo e máximo).
O tipo penal possui três formas, simples, qualificada e culposa. Cada forma tem seu intervalo com pena mínima e pena máxima. 
Para o cálculo da pena, o direito brasileiro adotou o sistema trifásico (três fases), onde, somente depois da terceira fase que o juiz chega à pena fixa. 
1º Fase: Circunstâncias judiciais 
''Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
As penas aplicáveis dentre as cominadas;
A quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
O regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;
A substituição da pena privativa de liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.''
Depois da avaliação, o juiz determinará a pena base, que é a pena inicial do cálculo.
 
2º Fase: Atenuantes e agravantes 
''Art. 65. São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
Ser o agente menor de 21 anos, na data do fato, ou maior de 70 anos, na data da sentença; 
O desconhecimento da lei;
Ter o agente:
Cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; 
Procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
Cometido o crime sob coação que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
Confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
Cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não a provocou.''
 
''Art. 61. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
A reincidência;
Ter o agente cometido o crime:
Por motivo fútil ou torpe;
Para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime; 
Á traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
Com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou ouro meio insidioso ou cruel, ou de que poderia resultar perigo comum;
Contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
Com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica;
Com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
Contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida;
Quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
Em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública ou de desgraça particular do ofendido;
Em estado de embriagues preordenada.''
 
''Art. 62. A pena será ainda agravada em relação ao agente que:
Promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;
Coage ou induz outrem à execução material do crime;
Instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;
Executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. ''
 O legislador não determina a quantidade que se deve atenuar ou agravar a pena, isso fica em responsabilidade do juiz, porém, sempre respeitando os limites do intervalo da pena. Geralmente um atenuante anula um agravante.
 
3º Fase: Causas de aumento e diminuição de pena
Nesta fase o juiz acrescenta à pena os índices fracionários que são descritos nos caputs dos artigos, podendo, somente nesta fase, ultrapassar tanto para mais, quanto para menos, o limite do intervalo da pena. Assim, chega-se a pena fixa e determina-se o regime a ser seguido, a pena de multa e se cabe pena alternativa.
 
Reincidência 
''Art. 63. Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.''
 
''Art. 64. Para efeito de reincidência:
Não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 anos, computando o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação;
Não se consideram os crimes militares próprios e políticos.'' 
O reincidente pode ser de bons antecedentes, quando este não possui nenhuma condenação penal, ou de maus antecedentes, quando o agente já possui uma condenação.
O período de operação da reincidência dura do momento em que se tem a sentença penal condenatória transitada em julgado até passado os cinco anos decorridos da extinção da pena, assim, se o agente comete um segundo crime neste período de operação da reincidência, este sofrerá os efeitos dela.
 
	1º condenação definitiva 
	2º condenação 
	Consequência 
	Substituição 
	Crime doloso
	Crime doloso
	Reincidente em crime doloso
	Não cabe pena alternativa
	Crime doloso
	Crime culposo
	Reincidente 
	Decide o juiz se for socialmente recomendável
	Crime culposo
	Crime doloso
	Reincidente 
	Decide o juiz se for socialmente recomendável 
	Crime culposo 
	Crime culposo
	Reincidente em crime culposo
	Não cabe pena alternativa se for específico, não sendo específico, cabeConcurso de crimes 
Concurso material de crimes (art. 69 CP)
O sujeito pratica duas ou mais ações, e a prática de duas ou mais condutas irão resultar em dois ou mais crimes. Os crimes praticados podem ser iguais ou diferentes, a doutrina divide-os em: 
Concurso material homogêneo: quando os crimes praticados são iguais;
Concurso material heterogêneo: quando os crimes praticados são diferentes.
Os crimes em concurso material, são julgados conjuntamente e o juiz dá uma sentença única. Para isso, o juiz precisa calcular a pena individual de cada crime para no final somá-las. 
 
Concurso formal de crimes (art. 70 CP)
O sujeito pratica uma única conduta, porém, essa conduta produz como resultado dois ou mais crimes. Quando os crimes são iguais denomina-se concurso formal homogêneo, quando estes são diferentes, concurso formal heterogêneo. O concurso formal de crimes é tido pela legislação como uma causa de aumento de pena, isso é, aumenta a pena em índices fracionários. 
Quando o concurso é homogêneo, o juiz calcula a pena de apenas um crime, e os demais homicídios serão convertidos em causa de aumento de pena. Este aumento varia em um intervalo de no mínimo 1/6 e no máximo 1/2 da pena.
Quando o concurso é heterogêneo, o juiz calculará a pena do crime mais grave. Os demais resultaram em aumento de pena, cujo intervalo varia entre 1/6 e 1/2 da pena.
Não se pode, no concurso formal de crimes, a pena ultrapassar a do concurso material de crimes. Então se a regra do concurso formal estiver sendo prejudicial ao réu, para beneficiar, segue-se a regra do concurso material, onde-se soma as penas. (Parágrafo Único, art. 70).
Desígnios autônomos: é vontade que se consegue vislumbrar separadamente. As penas aplicam-se, entretanto cumulativamente se a ação ou omissão é dolosa, assim, somam-se as penas de cada crime. 
 
Crime continuado (art. 71 CP) - causa de aumento de pena
O sujeito pratica duas ou mais ações que resultam em dois ou mais crimes da mesma espécie. Essas ações são praticadas na mesma condição, podendo ser assim: de lugar, de tempo, ou de modo de execução. 
Crimes da mesma espécie, teorias:
1º Natureza do bem jurídico fundamental tutelado pelo tipo penal (ampla)
Seriam crimes que tem o mesmo bem jurídico fundamental. Assim mesmo bem jurídico, mesma espécie. Por exemplo: homicídio, infanticídio, aborto (pois lesão o bem fundamental, vida) 
2º A mesma espécie se refere a mesmo tipo penal, podendo ter formas diferentes (restritiva)
Crimes da mesma espécie tem que ter a mesma tipificação penal, podendo a forma ser diferente. 
Homogêneo: se as formas forem iguais; havendo concurso homogêneo o juiz calcula a pena de um crime e os demais serão convertidos em causa de aumento de pena. Este aumento varia em um intervalo de no mínimo 1/6 e no máximo 2/3.
Heterogêneo: se as formas forem diferentes; havendo o concurso heterogêneo o juiz calcula a pena do crime mais grave. Os demais resultaram em aumento de pena, cujo intervalo varia entre 1/6 até 2/3. 
O juiz ainda tem a possibilidade, de havendo dolo, e observando as regras dos artigos 70 e 75, multiplicar a pena em até o triplo. Não podendo passar o cumprimento da pena dos 30 anos, e não podendo ser maior que a somatória das penas. 
 
''Art. 72. No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente.'' 
 
Crime habitual: precisa de reiteração de atos para sua consumação. É apenas um crime, porém que necessita do exercício habitual para se consumar, diferente assim, do crime continuado. Ex.: exercício regular da medicina.
Crime permanente: é aquele que a conduta prolonga no tempo, o crime consuma e mantém consumando permanente. 
 
2º Bimestre 
 
Suspensão condicional da pena privativa de liberdade - SURSIS 
Declarada a sentença condenatória, o juiz fará a dosimetria da pena para assim chegar a pena fixa do condenado. Para evitar o encarceramento, o juiz pode analisar os requisitos do artigo 44 do Código Penal, para ver se a pena do condenado pode ser trocada por uma pena alternativa. Caso não seja possível a aplicação da pena alternativa (art. 44CP), o juiz analisará o artigo 77 do Código Penal, para assim suspender a pena privativa de liberdade. Estando presentes os requisitos do artigo 77, o juiz na própria sentença penal concede o SURSIS, diz o tempo do período de provas e estabelece as condições. Porém se eles não estiverem presentes, não restam mais benefícios, iniciando-se, assim, o cumprimento da pena privativa de liberdade. 
Só existirá SURSIS ne não houver pena alternativa, ou seja, não foi possível aplicar os requisitos do artigo 44 do CP. 
A lei determina que existem dois tipos do SURSIS, o especial e o simples. O SURSIS especial subdivide-se ainda em SURSIS especial etário e SURSIS especial humanitário:
O SURSIS especial etário é aplicado aos condenados maiores de 70 anos na data da sentença; 
O SURSIS especial humanitário é aplicado aos condenados que comprovarem no processo estarem acometidos de uma doença grave, problemas de saúde;
O SURSIS simples só pode ser aplicado aos condenados com pena não superior a 2 anos. Já o SURSIS especial (tanto humanitário quanto o etário) só se aplica a penas não superiores a 4 anos. 
 
Período de provas do SURSIS
É o tempo estabelecido pelo juiz em que o condenado irá cumprir as condições fixadas. O período de provas sempre será maior que o tempo da pena. Quando caber SURSIS simples e especial, aplica-se o simples. 
No SURSIS simples o período de provas será no mínimo 2 anos e no máximo 4 anos;
No SURSIS especial o período de provas será no mínimo 4 anos e no máximo 6 anos. 
 
Condições 
Existem duas regras para se fixar as condições:
No primeiro ano do período de provas o juiz estabelecerá como condições ou uma prestação de serviço à comunidade ou limitação de fim de semana;
No restante do período de provas o juiz fixará as condições que entender necessárias levando em consideração a situação do fato e as condições pessoais do condenado. Normalmente o juiz estabelece as seguintes condições: proibição de frequentar determinados lugares, proibição de se ausentar da comarca sem prévia autorização do juiz, comparecimento mensal pessoal e obrigatório à juízo para prestar informações a respeito de sua vida. 
O juiz poderá abandonar a regra número um quando o condenado preencher dois requisitos: 
se o condenado reparou o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
Todas as circunstâncias do artigo 59 do Código Penal são favoráveis ao condenado.
Estando presentes estes requisitos, o juiz deixa de aplicar a regra do primeiro ano e no lugar aplica cumulativamente as três condições da regra número dois. 
Cumprida todas as condições do período de prova, se extingue a pena privativa de liberdade. Porém, caso o SURSIS venha a ser revogado, o sujeito terá que cumprir a pena privativa de liberdade. 
 
Requisitos do SURSIS 
O primeiro requisito está condicionado a quantidade da pena. Se o SURSIS é simples, pena até 2 anos; se o SURSIS for especial (etário ou humanitário), pena até 4 anos. 
O segundo requisito diz respeito a reincidência. Não pode o condenado ser reincidente em crime doloso.
O terceiro e último requisito é de natureza subjetiva. O juiz analisará a culpabilidade, os antecedentes, a personalidade, a conduta social do agente, os motivos e circunstâncias do crime.
 
Revogação 
A revogação pode ser obrigatória ou facultativa. A lei determina 3 casos de revogação obrigatória, que é quando o juiz não tem outra escolha além de revogar o SURSIS, e 2 casos de revogação facultativa, onde cabe ao juiz decidir se revogará ou não o SURSIS, analisando se é socialmente recomendável ou não. 
Se a nova condenação sair durante o período de provas e for de crime doloso, revogasse o SURSSIS obrigatoriamente.
Se a nova condenação se referir a crime culposo ou a contravenção penal, a revogação do SURSSIS será facultativa. 
Se a nova condenação se referir a crime culposo ou a contravenção penal só punida por multa, não se revoga o SURSSIS. 
O descumprimentoda primeira condição do SURSSIS no primeiro ano(prestação de serviço à comunidade ou limitação de fim de semana) gera a revogação obrigatória.
O descumprimento da segunda condição do SURSSIS, acarretará na revogação facultativa do SURSSIS, aonde o juiz determinará se será revogado ou não. 
O condenado caso sendo solvente e se recusa a pagar a multa da condenação, o juiz revoga o SURSSIS obrigatoriamente. 
Quando a o SURSSIS é revogado, tendo o condenado outra nova condenação, somam-se as penas, tendo assim, uma unificação de penas. 
 
Livramento Condicional (art. 83 do CP)
Concedido pelo juiz;
É um benefício concedido ao longo da execução penal que permite a antecipação da liberdade do condenado, impondo a este, certas condições. Do momento em que há o livramento condicional até o final da pena privativa de liberdade prevista anteriormente, se tem o período de prova, sendo que este tem sempre como duração o tempo que resta da pena;
Normalmente se tem as mesmas condições impostas pelo SURSSIS;
Requerimento de concessão de livramento condicional (peça) 
 
Requisitos do LC 
Caput: somente se aplica livramento condicional às penas privativas de liberdade iguais ou superiores a 2 anos.
O §I, §II e §V são requisitos temporais que tratam do cumprimento do tempo mínimo da pena. Assim, não se necessita estar presente todos os requisitos, somente um deles. Exemplos: 
	Caput 
	§I
	§III 
	§IV
	Parágrafo Único
	Caput
	§II
	§III
	§IV
	Parágrafo Único
	Caput
	§V
	§III
	§IV
	Parágrafo Único
§1: cumprimento mínimo de +1/3 da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes, para solicitação do benefício do LC;
§2: cumprimento mínimo de +1/2 da pena se o condenado for reincidente em crime doloso para solicitação do benefício do LC;
§5: cumprimento mínimo de +2/3 da pena se o condenado praticou crime hediondo, crime de tráfico de drogas, crime de tortura ou de terrorismo. Se o condenado for reincidente nesses crimes, não tem direito a LC;
No caso de primário de maus antecedentes, reincidência e de reincidente em crime culposo, se aplica o §1. 
§3: ter bom comportamento carcerário, ou seja, cumpre as regras disciplinares do sistema prisional, trabalha, não tentou fugir, não se envolveu em rebelião e etc.;
§4: só será cobrada dos condenados solventes que possuem capacidade financeira, ou seja, o ativo maior que o passivo. Pois só se pode ter direito ao LC se o dano for reparado, salvo se ele não tiver condições financeiras;
Parágrafo Único: só se aplica se o crime for doloso e ele for cometido com violência e/ou grave ameaça, assim, a lei dá ao juiz a possibilidade de avaliar as condições pessoais do condenado para verificar se o condenado não coloca em risco a sociedade com a sua soltura. 
 
Revogação 
Revoga-se o livramento condicional, de maneira obrigatória, quando o liberado que está cumprindo o período de provas é novamente condenado por sentença irrecorrível. Assim, se o benefício foi revogado, necessita-se fazer um processo de unificação de pena, para isso necessita-se verificar quando o segundo crime foi praticado, restando assim duas hipóteses: 
1º hipótese legal: se o crime 2 foi praticado antes do LC, considera o tempo do período de provas na contagem da pena. Ex.: pena 1 de 9 anos, sendo que cumpriu no regime fechado 3 anos da pena e ficou outros 3 anos no período de provas. Assim, o réu foi condenado a 9 anos, mas cumpriu 6, faltando então apenas 3 anos de pena para se executar. Na pena 2 foi condenado a 12 anos de pena, que somados ao restante da pena 1, para a unificação, resultam-se em um total de 15 anos de pena a serem cumpridos pelo agente. 
2º hipótese legal: se o crime 2 foi praticado depois do LC, desconsidera o tempo cumprido no período de provas. Ex.: pena 1 de 9 anos, sendo que cumpriu no regime fechado 3 anos da pena. Assim, o réu foi condenado a 9 anos, mas cumpriu 3, faltando então 6 anos de pena para se executar. Na pena 2 foi condenado a 12 anos de pena, que somados ao restante da pena 1, para a unificação, resultam-se em um total de 18 anos de pena a serem cumpridos pelo agente. 
Art. 89 CP. O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento;
Art. 86 CP. Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: §I: por crime cometido durante a vigência do benefício; §II: por crime anterior, observado o disposto no artigo 84 deste Código.
Art. 84 CP. As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do livramento. 
 
Efeitos da condenação 
Efeitos primários: pena
Efeitos secundários: podem ser automáticos ou não automáticos. Os automáticos, tem efeitos por força de lei. Havendo a condenação, estes efeitos surgem espontaneamente (art. 91). Os não automáticos mesmo condenado, esses efeitos não surgem automaticamente, precisando assim de uma decisão do juiz em aplicá-los, sendo mencionados expressamente na sentença. Se a sentença for omissa, é como se não existissem (art.92).
Automático 
Toda condenação gera a obrigação de reparar o dano através de uma indenização;
O segundo efeito é a perda em favor da união. Ex.: meios de se executar um crime (arma de fogo, máquina de falsificar dinheiro.)
 
Não automático 
Perda do cargo, função ou mandato eletivo. Para ocorrer tem que se ter relação com a administração pública, tem que ser a pena igual ou superior a 1 ano. Porém se tiver relação a um crime comum, com pena superior a 4 anos, este pode perder o cargo, função ou mandato;
Perda do pátrio poder (poder familiar), tutela ou curatela. Ocorre quando a pessoa pratica um crime doloso, punido com reclusão, contra aquele que deveria proteger e cuidar. Ex.: pai/mãe pratica um crime contra o filho; tutor pratica crime contra o tutelado. 
Perda da carteira de habilitação. Só vale quando o sujeito utiliza do veículo para prática de crime doloso, fazendo assim, com que o veículo seja instrumento do crime. 
 
Decisão absolutória 
Quando não se comprova o fato típico, antijurídico e culpável. Podendo ser próprio ou impróprio. A própria é quando se reconhece a inocência ou se está em dúvida. A imprópria, ocorre quando a pessoa é inimputável, assim, impõe uma medida de segurança.
Art. 26 CP. É isento de pena o agente que por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era ao tempo da ação ou omissão inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. 
Porém, o artigo 26 adotou o critério biopsicológico, aonde não basta ser portador da doença mental ou portador do desenvolvimento mental ou retardado, mas precisa que essa incapacidade retire o entendimento na hora do fato e da conduta.
''Incidente de insanidade mental''
 
Medida de segurança 
A finalidade da medida de segurança é curativa, ou seja, tentar curar o sujeito para que ele possa retornar ao conjunto social. Pode se dar através da internação em hospital de tratamento e custódia psiquiátrico; ou em tratamento ambulatorial. 
Se o crime que o sujeito praticou for punido com reclusão, o juiz tem que aplicar a medida de segurança de internação;
Se o crime que o sujeito praticou for punido com detenção, o juiz pode aplicar o tratamento ambulatorial, porém, se o juiz achar que o sujeito é perigoso, pode-se aplicar a internação direta.
Há possibilidade de movimentação: Internação > ambulatório, ambulatório > internação.
Na medida de segurança só se sabe o dia que inicia, mas não o que termina. O tempo máximo é indeterminada. Porém o juiz precisa fixar o que chamamos de ''tempo mínimo'' que pode ser de 1 a 3 anos, para que possa ser realizada a primeira perícia. 
Se na perícia constatar que o sujeito está curado, suspende a medida de segurança;
se ele tiver melhorado ou piorado, mas não curado, pode-se mudar a medida de segurança; 
se não houver curado, permanece na medida de segurança. 
Após isso, tem-se novas períciasa cada ano. 
A suspensão da medida de segurança dura um ano, após isso, caso não haja nenhum indicativo de que a periculosidade esteja voltando, extingue-se a medida de segurança.
 
Reabilitação 
É um instituto que está ligado ao caráter reabilitador da pena. A finalidade deste instituto é manter o sigilo das condenações. Assim, caso o juiz conceda a reabilitação, no histórico dos antecedentes criminais não sairá nada. É, portanto, um instituto para limpar a ficha do sujeito. 
O condenado só poderia pedir a reabilitação após 2 anos contados da data de extinção da pena; 
Ter vivido esses 2 anos no Brasil;
Demonstração efetiva de bom comportamento público e privado;
Ter reparado o dano que causou. 
Hoje em dia a reabilitação caiu em desuso. 
 
Causas extintivas da decadência 
 
1. Morte do agente 
2. Abolitio criminis
3. Anistia 
4. Graça 
5. Indulto
6. Decadência 
7. Perdão do ofendido 
8. Renuncia ao direito de queixa
9. Perempção
10. Retratação
11. Perdão judicial 
12. Prescrição 
 
1. Morte do agente 
Morte real: Ocorre no momento em que se atesta a cessão das atividades encefálicas, assim, considera-se morto. Comprova-se através do cadáver, o corpo do morto. 
Morte ficta: é a morte presumida, ou seja, aquela declarada judicialmente em um processo, gerando assim efeitos para o direito civil, pondo fim a personalidade da pessoa. Portanto a morte presumida, se dá em duas situações: quando o sujeito está em situação de grave perigo ou desastre natural; e quando o sujeito participa de uma campanha de guerra e não se encontra o corpo depois de 2 anos.
Válida para o direito penal, porém não é adepto por todos. 
 
2. Abolitio crimines 
Ocorre quando uma lei que tornava ilícita certa conduta é revogada por uma nova lei que não considera esta conduta ilícita, mas sim, lícita.
 
3. Anistia , 4. Graça e 5. Induto 
São formas de perdão do Estado, ou seja, o estado perdoa o criminoso. Porém, os crimes hediondos e assemelhados não podem ser beneficiados nem por anistia, nem por graça, nem por induto. É vedado constitucionalmente. 
Anistia é um perdão do estado concedido por meio de lei federal. Votada e aprovada pelo congresso nacional; 
A graça e o indulto são perdões do estado concedidos através do decreto presidencial, podendo ser dado diretamente pelo presidente ou delegar ao ministro do estado ou ao advogado geral da união.
A diferença é que a graça é individual e o indulto é coletivo. 
Indulto de natal é uma benevolência do estado que traz regras gerais.
 
6. Decadência, 7. Perdão do ofendido e 8. Renuncia ao direito de queixa 
Válidos para ações penais privadas. 
Decadência nada mais é do que a perda do direito de entrar com a ação.
Perdão do ofendido ocorre quando a vítima perdoa o agente e este o aceite. Já a renúncia ao direito de queixa ocorre antes de se fazer a queixa e sem a necessidade de o agente aceitar ou não. 
 
9. Perempção 
Não basta a vítima entrar com a queixa crime, ela precisa mostrar ao longo do processo penal interesse em que o juiz condene o querelado. Caso ela não demonstre o juiz declara perempção. 
 
10. Retratação 
A retratação é voltar atrás, assim, só é permitido naqueles crimes que admitirem expressamente (calúnia, difamação e falso testemunho). 
 
11. Perdão judicial 
É o perdão dado pelo juiz, através da sentença, tendo assim, uma sentença de natureza declaratória, pois a sentença é o próprio perdão. Só sendo válido para os tipos penais permitidos pela lei, como por exemplo, lesão corporal culposa, crime culposo, homicídio culposo. Ocorre nos casos em que o juiz vê que o sofrimento que a pessoa está passando já é uma pena. 
 
12. Prescrição 
Quando se comete um crime, surge o IUS PUNIENDI, que é o poder de punir do estado. Este poder pode ser extinto pelas chamadas cláusulas de extinção da punibilidade, como por exemplo, a prescrição.
A prescrição é uma causa de extinção de punibilidade ligada ao tempo.
A regra é que os crimes e as penas são prescritivos, porém existem os crimes imprescritíveis:
Crime de preconceito;
Ações armadas contra o Estado democrático de direito;
Crimes internacionais (genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade).
Só se atinge a punição quando se é condenado em sentença transitada em julgado. Após isso, o estado tem um tempo para exercitar a sua pretensão de punir, e esse tempo é chamado de prescrição da pretensão punitiva. 
Se o prazo prescricional esgotar antes da sentença definitiva condenatória, o estado perde o poder de punir e assim se arquiva o processo. 
Após condenado em sentença transitada em julgado, o condenado passa a cumprir a execução penal, e começa-se a contar o tempo de prescrição da pena, que nada mais é do que o tempo que se tem para fazer com que o condenado cumpra a pena. Caso não consiga fazer com que ele cumpra no tempo, a pena caduca, assim, o sujeito é solto. 
 
 
Art. 109 Código Penal 
	Pena 
	Prescrição 
	Maior que 12 anos
	20 anos 
	Maior que 8 anos, até 12 anos 
	16 anos
	Maior que 4 anos, até 8 anos
	12 anos
	Maior que 2 anos, até 4 anos 
	8 anos 
	Igual ou maior que 1 ano, até 2 anos 
	4 anos 
	Menor que 1 ano
	3 anos 
	Só multa 
	2 anos 
 
A prescrição da pretensão punitiva, se dá observando o limite máximo prescrito no CP e observando conjuntamente a tabela acima. Ex.: crime de furto, limite de 1 a 4 anos, o limite máximo é 4 anos e observando na tabela, a prescrição do crime será de 8 anos. 
A prescrição de pena restritiva de direito e de pena acompanhada por multa, será a equivalente a prescrição da pena privativa de liberdade, observada na tabela a cima.
 Toda prescrição começa a correr, em regra, no momento da consumação do crime. Exceções: 
Tentativa: começa a correr o tempo da prescrição no momento da interrupção da execução. Para efeito da prescrição se diminui o limite máximo da pena de 1/3 até 2/3, escolhendo sempre a de 1/3, pois é a menor;
Crime permanente: a prescrição não conta na consumação, mas sim quando a vítima é libertada. Ex.: sequestro, cárcere privado;
Bigamia e falsificação e alteração de registro civil de nascimento: só começa a ocorrer a prescrição no momento em que se tornam públicos;
Crime contra a dignidade sexual praticado contra vítima menor de 18 anos: a prescrição só começará a correr quando a vítima completar 18 anos. 
 
Da prática do crime até a queixa crime = prescrição do crime;
Da queixa crime até a sentença condenatória = prescrição do processo; 
Da sentença até o cumprimento = prescrição da punibilidade.
 
12.1. Prescrição Intercorrente 
Quando após uma sentença, a acusação não recorre, mas a defesa sim, o máximo da pena não será mais o previsto pela lei e sim o tempo já decidido pelo juiz da primeira instância na sentença, assim a prescrição se dará de acordo com o novo tempo máximo, tendo assim uma prescrição intercorrente. 
Exemplo: O agente comete um crime X que é punível com uma pena de 2 a 8 anos, e é condenado a uma pena de 4 anos. Como a defesa não concordou com esta pena, mas a acusação sim, aquela recorre. Antes de a defesa recorrer o tempo de prescrição do processo era de 12 anos, de acordo com a pena máxima do crime X que é de 8 anos; agora, no entanto como a defesa recorreu e o interesse dela é diminuir a pena, o limite da pena será de 2 a 4, portanto, a nova prescrição será de 8 anos, já que a nova máxima é 4 e não mais 8. 
 
 
TEMAS PARA PROVA 
 
1. Aplicação da pena (dosimetria) 
2. Pena privativa de liberdade
3. Aplicação da pena (dosimetria)
4. Concurso de crimes (material, formal, continuado)
5. Causas extintivas de punibilidade 
6. Pena privativa de liberdade 
7. Medida de segurança 
8. SURSIS e LC 
9. Concurso de crimes 
10. Aplicação da pena 
 
CASO CONCRETO 
CASO 10 (SURSSIS)
A pena foi 3 anos e 4 meses, portanto não caberá SURSSIS, pois a pena aplicada ultrapassa o limite estabelecido no caput, que é de 2 anos. 
 
CASO 11 (MEDIDA DE SEGURANÇA) 
A questão versasobre a controvérsia sobre quais seriam os critérios que o juiz deveria levar em consideração ao aplicar a pena d e medida de segurança, a doutrina e a jurisprudência, tem-se pautado que os critérios são a gravidade e a natureza da conduta praticada pelo sujeito. 
O recurso não pode ser a provido de acordo com a gravidade da conduta e a periculosidade do agente, é recomendável seguir a lei, ou seja, aplicar a internação, cujo período mínimo é de 1 a 3 anos.

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