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Analise e Interpretação Bioquímica do Lipidograma

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Análise e Interpretação 
Bioquímica do Lipidograma 
Profa. Juliana de Brito Maia 
Miamoto 
2012 
Lipídeos 
•Colesterol e outros lipídeos: 
• Associação com doença cardíaca 
• Componentes das membranas celulares 
• Indispensáveis em certas vias bioquímicas 
• Produção dos hormônios esteróides 
•Proteção contra choques e temperatura 
•Proteção dos orgãos internos 
• Produzem o dobro da energia que os carbohidratos 
(fonte critica para músculo estriado e coração em jejum) 
• Armazenamento mais compacto: menos água de 
hidratação 
• Associação com lipoproteínas: mecanismo de 
transporte complexo 
Classificação dos lipídeos 
• Ácidos graxos (palmítico, linoleico, etc.) 
• Ésteres do glicerol (triacilglicerol- TG) 
• Esteróis (colesterol, hormônios, vitamina D) 
• Terpenos (vitaminas A, E, K) 
• Derivados da esfingosina, um aminoálcool 
com 5 C : ceramidas (esfingomielina) 
Metabolismo dos lípides e 
lipoproteínas 
• Triacilglicerol 
– Obtidos pela dieta ou produzidos pelo 
organismo (mucosa intestinal, tecido hepático 
ou adiposo). 
– Energético para uso imediato ou posterior ao 
armazenamento. 
• Fosfolípides 
– Molécula anfipática. 
– Membrana celular e superfície de 
lipoproteínas. 
Metabolismo dos lípides e 
lipoproteínas 
• Colesterol 
– Forma livre e forma esterificada. 
– Obtido dos alimentos de origem animal. 
– Sintetizado no fígado. 
– Precursor para a síntese de hormônios 
esteróides, vitamina D e ácidos biliares. 
Biossíntese do colesterol 
• Cerca de 2% (~ 1,5 g) de todo o 
colesterol do corpo é renovado todo dia 
– A dieta corresponde a 150-300 mg/dia 
– O colesterol é sintetizado a partir da Acetil-
CoA 
– 90% da síntese in vivo ocorre no intestino e 
no fígado (apesar de todas as células terem 
a capacidade) 
• A absorção máxima de colesterol da 
dieta parece ser ~1 g/dia 
• Excesso de carboidratos e proteínas: 
Acetil-CoA 
Biossíntese do colesterol 
Acetil-CoA 3-Hidroxi-3-methilglutaril-CoA 
Mevalonato 
HMG-CoA redutase 
Esqualeno 
Colesterol + Lecitina Colesterol esterificado 
LCAT 
―Estatina‖ inibe esta enzima 
(lecitina-colesterol acil-
transferase 
Lipoproteinas 
• Para serem transportados no sangue, os 
lipídeos devem combinar-se com compostos 
solúveis em água, como fosfolipídeos e 
proteínas. 
Classes de lipoproteinas 
%TG %Col ELP 
Quilomicrons 86 3 Quilomicron 
VLDL 55 12 Pré- 
IDL 23 29 Pré-/ 
LDL 6 42  
HDL 3 15  
Lp(a) (LDL) (LDL) Pre- 
Apolipoproteinas 
• A composição proteica difere de uma clase 
de lipoproteina para outra, e seus 
constituintes são chamados 
Apolipoproteinas 
Apolipoproteínas 
• A composição 
protéica difere de 
uma classe de 
lipoproteína para 
outra, e seus 
constituintes são 
chamados 
Apolipoproteínas 
LDL-c 
HDL-c 
Apo -A 
Função das apolipoproteinas 
• Ativar enzimas envolvidas no metabolismo 
lipídico (LCAT (lecitina-colesterol acil-transferase), LPL (lipasae 
lipoproteica)) 
• Manter a integridade estrutural do 
complexo lipídeo/proteína 
• Transportar os lipídeos para as células 
através do reconhecimento de receptores 
de superfície 
• ligação com receptor específico 
 
 
Conteúdo de apolipoproteinas nas LPs 
Lipoproteina Apolipoproteina(s) 
Quilomicron AI, B-48, CI, CII, CIII 
VLDL B-100, CI/CII/CIII(ativa 
LPL), E 
IDL B-100, E (marcador p/ 
receptores hepáticos) 
LDL B-100 (captação do LDL), E 
HDL AI (ativa LCAT), AII, CI 
Lp(a) (a), B-100 
Metabolismo dos lípides e 
lipoproteínas 
• Quilomícron (Qm) 
– Partícula grande, produzida pelo intestino. 
– Rico em TG da dieta, pobre em colesterol e 
fosfolípides. 
• VLDL 
– Lipoproteína de densidade muito baixa. 
– Rica em TG endógeno (hepático). 
Metabolismo dos lípides e 
lipoproteínas 
• LDL 
– Lipoproteína de baixa densidade. 
– Rico em colesterol esterificado. 
– apoB-100. 
– Associado com doença arterial coronariana. 
• HDL 
– Lipoproteína de alta densidade. 
– Transporte reverso do colesterol. 
Metabolismo dos lípides e 
lipoproteínas 
• IDL 
– Lipoproteína de densidade intermediária. 
– Não encontrada em condições normais de 
jejum. 
• Lp(a) 
– Lipoproteína (a) pequena. 
– Composição lipídica similar à da LDL. 
Tamanho, estrutura e composição de 
lipoproteinas ricas em triglicérides 
Absorção do colesterol e dos triglicerídeos 
emulsificação 
•Lipase pancreática 
•triglicerídeos 
•Colesterol esterase 
•Fosfolipase A 
QM 
Regeneração 
dos 
triglicerídeos 
Lipase lipoproteica 
Ácidos graxos 
livres 
Tecido adiposo, músculo 
Via exógena 
ApoE 
B-100 
IDL 
LCAT plasmática 
(lecitina-colesterol 
acil-transferase 
HDL 
ApoA-I 
A-II 
Colesterol 
ingerido 
Colesterol 
endógeno 
Via endógena 
LDL 
VLDL 
ApoE, C-II 
B-100 
ApoE 
B-48 
Lipase lipoproteica 
Ácidos graxos 
livres 
Tecido adiposo, músculo 
Remanecentes Quilomicrons 
ApoB -100 
Tecido extra-
hepático 
LDL-R 
Fígado 
Gordura da 
dieta 
LDL-R 
Receptor 
Acidos biliares e 
Colesterol 
ApoE, C-II 
B-48 
Intestino 
Apo C, 
triglicerídeos 
HDL 
Lipase 
hepática 
Balanço líquido do colesterol 
Dislipidemia 
• Classificação etiológica 
– Dislipidemias primárias - origem genética 
– Dislipidemias secundárias - Causadas por outras 
doenças 
ou uso de medicamentos: hipotireoidismo, diabetes 
melito 
 (DM), síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, 
obesidade, 
alcoolismo, icterícia obstrutiva, uso de doses altas de 
diuréticos, 
betabloqueadores, corticosteróides, anabolizantes. 
 
- Patognomônico de hiperlipoproteinemia tipo III Palmar (cor laranja) Xantomas palmares 
- Hipercloesterolemia familiar Homozigática Próximo aos xantomas 
tendinosos e glúteos 
Xantomas planos 
- Hipolesterolemia familiar Tendões extensores dos 
dedos das mãos, dos 
cotovelos, dos joelhos, 
dos tendões de Aquiles e 
superfície plantar 
Xantomas Tendinosos 
- Disbetalipoproeinemia tipo III Cotovelos, joelhos e 
tendão de Aquiles 
Xantomas Tuberosos 
- Hiperquilomicronemia Glúteos, abdomen e 
extremidades (lesões 
papulosas) 
Xantomas eruptivos 
- Hipertrigliceridemia > 1000 Retina (coloração leitosa 
ou cor salmão) 
Lipemia retinalis 
- Hipercolesterolemia Familiar Tipo III 
- Colesterol e Triglícérides normais: 
 hiperbetalipoproteínemia 
Pálpebras Xantelasma 
< de 50 anos Olho Arco ou Halo Córneo 
Hiperlipidemia Localização Sinal 
Sinais sugestivos de dislipidemia familiar 
Xantelasma 
Halo ou Arco Córneo 
Lipemia 
Retinalis 
Fase Pré-Analítica 
Xantomas Tuberosos 
Xantomas Tedinosos 
Xantoma Plano 
Fase Pré-analítica 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
XANTOMA TENDINOSO 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
XANTOMA ERUPTIVO 
M
A
N
IF
E
S
T
A
Ç
Ã
O
 C
L
ÍN
IC
A
 
X
A
N
T
O
M
A
 T
E
N
D
IN
O
S
O
 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
XANTOMA TUBEROSO 
ARCO CÓRNEO LIPÍDICO 
XANTELASMA 
PALPEBRAL 
(XANTOMA PLANO) 
 
 ou  
 
— 
— 
 
  — >  
 
—— 
—— 
 
 
 
 
 
 
normal ou leve 
 
  
—— 
 
—— 
  
 
 
 
 
 a     
 
 
 
 
1. Diabetes 
2.Hipotireoidismo 
3. Doenças Renais 
 Síndrome Nefrótica 
 IRC 
4. Hepatopatias 
 Colestáticas Crônicas 
5. Obesidade 
6. Anorexia Nervosa 
7. Bulemia 
 
HDL-C 
 
TG CT CausaDislipidemias Secundárias a Doenças 
 
 
—— 
—— 
 
 
 
 
 
—— 
 
 
 
 
—— 
  
 
 
  
   
—— 
—— 
 
 
 
(**) 
(**) 
 
 
 
Diuréticos 
Beta-bloqueadores (*) 
Anticoncepcionais 
Corticosteróides 
Anabolizantes 
Estrógenos 
Progestágenos 
Isotretinoína 
Ciclosporinas 
Inibidores de Protease 
 
HDL-C TG CT Medicamento 
Dislipidemias Secundárias a Medicamentos 
(*) destituídos de atividade simpatomimética intrínseca; 
(**) efeitos dependem do tipo de estrógeno e progestágeno e da rota de administração: o 
 estradiol VO apesar de poder causar hipertrigliceridemia, produz redução do LDL-C e 
aumento do HDL-C; a via transdérmica não eleva os triglicérides 
Classificação de Fredrickson 
para dislipidemias primárias 
Tipo Refrig. LPE LPs 
I (+) , claro Normal TG (quilom.) 
IIa (-), claro   LDL 
IIb (-), turvo  , pre-  LDL, VLDL 
III (+/-), turvo  pre-  Col, TG, VLDL 
IV (-), turvo -2 VLDL 
V (+), turvo -2 VLDL, Quilom. 
Valores de referência 
III Diretrizes Brasileiras sobre dislipidemias 
• Colesterol total: 
• < 200 mg/dL ótimo 
• 200-239 limítrofe 
• > 239 alto 
• LDL-C: 
• < 100 mg/dL ótimo 
• 100-129 desejável 
• 130-159 limítrofe 
• 160-189 alto 
• >189 muito alto 
Arq. Bras. Cardiol. 77(Suppl. III), 2002. www.cardiol.com.br 
Valores de referência 
III Diretrizes Brasileiras sobre dislipidemias 
 
• HDL-C: 
• < 40 mg/dL baixo 
• > 60 alto 
• Triglicerídeos: 
• < 150 mg/dL ótimo 
• 150-200 limítrofe 
• 200-499 alto 
• > 499 muito alto 
Arq. Bras. Cardiol. 77(Suppl. III), 2002. www.cardiol.com.br 
Colesterol , trig. normal ( LDL) 
• Dieta/estilo de vida 
• 2° à hipotiroidismo ou síndrome 
nefrótica, insuficiência renal (disrupção 
do metabolismo da Apo-B) 
• Poligênica: (não se sabe a causa !) 
• Hipercolesterolemia Familiar (Tipo II) 
• Outras anomalias raras 
TG , colesterol normal 
• Dieta/estilo de vida 
• 2° à diabetes, diurétics, beta-
bloqueadores, síndrome nefrótica, 
insuficiência renal 
• Hipertrigliceridemia Familiar (Tipo IV) 
• Excesso de ApoC-III (interfere com a 
LPL) 
• Deficiência de LPL (Tipo I) 
• Deficiência de ApoC-II (não ativa a LPL) 
TG , colesterol  
• Obesidade 
• 2° à esteróides, hipotiroidismo 
• Hiperlipidemia Familiar Combinada 
(Tipo II) 
• Disbetalipoproteinemia (Tipo III) 
• Deficiência de lipase hepática (raro) 
Colesterol baixo, HDL 
baixo/normal 
• Abetalipoproteinemia (ApoB degradada 
logo após a síntese causa má-absorção 
das gorduras, neuropatia) 
– Ausência de LDL 
• Hipobetalipoproteinemia (ApoB 
geneticamente defeituosa) 
–  VLDL e LDL 
• Doença de retenção de Quilomicron 
(causa desconhecida) 
HDL baixo 
• Doença de Tangier (aumento da 
degradação ou ausência do HDL) 
• Hipoalfalipoproteinemia Familiar (defeitos 
na ApoA-I, C-III, ou A-IV) 
• Estilo de vida 
• ApoA-I variantes 
• 2° à esteróides, beta-bloqueadores, 
progestogênios 
• Deficiência de LCAT 
HDL  
• Estilo de vida 
• Genética 
• 2° à fenitoína, fenobarbital, rifampicina 
(indutores do p-450) e estrogênios 
• Defeitos na proteína transportadora de 
Colesterol esterificado 
• Colesterol Total 
• Frações de colesterol 
LDL-c 
HDL-c 
VLDL-c 
• Triglicérides 
Lipidograma 
Ou Perfil Lipídico 
Lipidograma 
Ou Perfil Lipídico 
• O exame é útil no diagnóstico das dislipemias 
primárias e secundárias. As hiperlipemias, sobretudo 
as de tipos II, III e IV de Fredrickson estão 
relacionadas a risco aumentado de doença 
coronariana, e com níveis elevados de LDL-colesterol. 
• As hiperlipemias secundárias incluem o 
hipotiroidismo, síndrome nefrótica, insuficiência renal, 
diabetes mellitus, alcoolismo e colestases. Níveis 
diminuídos de lipoproteínas podem ocorrer em 
síndrome de má-absorção e desnutrição. 
Classificação de Fredrickson 
Dislipidemia Primária ~ Genética 
Tipo Refrig. LPE LPs 
I (+) , claro Normal TG (quilom.) 
IIa (-), claro   LDL 
IIb (-), turvo  , pre-  LDL, VLDL 
III (+/-), turvo  pre-  Col, TG, VLDL 
IV (-), turvo -2 VLDL 
V (+), turvo -2 VLDL, Quilom. 
Dislipidemia Primária 
 Dividida em quatro tipos: 
1- Hipercolesterolemia isolada, 
2- hipertrigliceridemia isolada, 
3- hiperlipidemia mista e 
4- redução isolada do HDL-colesterol. 
 Na prática clínica a grande maioria das dislipidemias primárias é 
do tipo poligênico, com influência em múltiplos fatores 
genéticos e ambientais. 
Em uma pequena porção de casos é possível identificar formas 
hereditárias com características peculiares e valores muito 
elevados de determinada lipoproteína. 
Exemplos: Hipercolesterolemia familiar (CT > 300 e LDL-c > 200); 
Hipertrigliceridemia familiar ( TG > 500 ); TG superiores a 
1500mg/dl. 
disbetalipoproteinemia (CT > 300 e TG > 300 com elevações 
proporcionais das duas frações, muito rara ). 
a) Hipercolesterolemia isolada 
Elevação isolada do LDL-C (≥ 160 mg/dL). 
b) Hipertrigliceridemia isolada 
Elevação isolada dos TG (≥150 mg/dL), que reflete o aumento 
do volume de partículas ricas em TG como VLDL, IDL e 
quilomícrons. 
c) Hiperlipidemia mista 
Valores aumentados de ambos LDL-C (≥ 160 mg/dL) e TG 
(≥150 mg/dL). 
d) HDL-C baixo 
Redução do HDL-C (homens <40 mg/dL e mulheres <50 mg/dL) 
isolada ou em associação com aumento de LDL-C ou de TG. 
 
 ou  
 
— 
— 
 
  — >  
 
—— 
—— 
 
 
 
 
 
 
normal ou leve 
 
  
—— 
 
—— 
  
 
 
 
 
 a     
 
 
 
 
1. Diabetes 
2.Hipotireoidismo 
3. Doenças Renais 
 Síndrome Nefrótica 
 IRC 
4. Hepatopatias 
 Colestáticas Crônicas 
5. Obesidade 
6. Anorexia Nervosa 
7. Bulimia 
 
HDL-C 
 
TG CT Causa 
Dislipidemias Secundárias a Doenças 
Fatores desencadeantes 
• hipotireoidismo - aumento do LDL-C, devido ao 
decréscimo do número de receptores hepáticos 
para a remoção destas partículas. 
• Nos indivíduos com hipotireoidismo e 
obesidade, observa-se hipertrigliceridemia em 
decorrência do aumento da produção hepática 
das partículas de VLDL, da lipólise diminuída 
dos triglicérides séricos e, em alguns indivíduos 
devido a remoção lenta dos remanescentes de 
VLDL 
•Nos nefropatas – Sindrome nefrótica - Estudos ―in vitro‖ sugerem 
que a pressão oncótica baixa do plasma, própria da síndrome 
nefrótica, estimula diretamente a transcrição do gene da 
apolipoproteína B, aumentando a síntese das lipoproteínas que 
contêm essa apolipoproteína. 
 
• Nos diabéticos é devido a resistência à insulina ---- lipólise ----- 
Ag livres e Tg 
 
•Nos Bulímicos e Anoréxicos pressupõem-se que seja devido a 
alta atividade lipolítica ----- AG Livres e Tg. 
As alterações metabólicas observadas em pacientes com TA são 
a hipercolesterolemia. A causa não é completamente conhecida. 
Decorre, provavelmente, da redução dos níveis de T3 e da 
globulina carreadora de colesterol e/ou da diminuição da 
excreção fecal de ácidos biliares e colesterol. 
Valores de referência 
III Diretrizes Brasileiras sobre dislipidemias 
• Colesterol total: 
• < 200 mg/dL ótimo 
• 200-239 limítrofe 
• > 239 alto 
• LDL-C: 
• < 100 mg/dL ótimo 
• 100-129 desejável 
• 130-159 limítrofe 
• 160-189 alto• >189 muito alto 
Arq. Bras. Cardiol. 77(Suppl. III), 2002. www.cardiol.com.br 
Valores de referência 
III Diretrizes Brasileiras sobre dislipidemias 
 
• HDL-C: 
• < 40 mg/dL baixo 
• > 60 alto 
• Triglicerídeos: 
• < 150 mg/dL ótimo 
• 150-200 limítrofe 
• 200-499 alto 
• > 499 muito alto 
Arq. Bras. Cardiol. 77(Suppl. III), 2002. www.cardiol.com.br 
Instruções de Coleta 
 • Coleta pela manhã, em jejum de 12 a 14 horas. Água 
ad libitum. 
• Lactentes coletar no intervalo entre as mamadas. 
 
 
Informações Importantes 
Dieta habitual e peso corporal estável durante ao 
menos 14 dias. 
 
Não fazer nenhuma atividade física vigorosa durante 
24 horas. 
Não ingerir bebidas alcoólicas durante 72 horas. 
 
Perfil Lipídico: VR clássicos 
 
• Triglicerídios plasmáticos: 
 Desejável: até 200 mg/dL 
 Aumentado: maior de 200 mg/dL 
 
• Colesterol plasmático: 
 Desejável: até 200 mg/dL 
 Limiar: de 201 até 239 mg/dL 
 Elevado: a partir de 240 mg/dl 
 
 
Perfil Lipídico: VR modernos 
 
 Triglicerídios plasmáticos: 
 Desejável:  150 mg/dL 
 
 
 Níveis elevados podem causar 
 pancreatite 
 
Perfil Lipídico: VR modernos 
 
 
 
HDL  35 mg/ 
 100 mL 
Desejável 
HDL  35 mg/ 
 100 mL 
Risco maior de 
doença cardíaca 
LDL  130 mg/ 
100 mL 
Desejável 
LDL Até 160 mg/ 
100 mL 
Limite 
superior 
LDL  160 mg/ 
100 mL 
Risco maior de 
doença cardíaca 
Avaliando o risco de DCVs 
• Proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-as) 
• Recomendação 
A proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-
as) poderá ser determinada no auxílio da 
estratificação do risco de aterosclerose clínica. 
Indivíduos encontram-se sob risco relativo maior 
de eventos do que os nos percentis 1 e 2. Nesses 
indivíduos deve ser considerada mudança 
agressiva do estilo de vida e controle dos fatores 
de risco presentes. 
Complementação 
 
 Em caso de obesidade infantil, o colesterol 
deve ser controlado desde cedo. 
 
 Existem remédios eficazes na redução do 
colesterol. Ex: estatinas. 
 
No nascimento tem-se um teor de colesterol em 
torno de 50 mg/dL. 
 
 
 
Complementos 
 
O colesterol baixo não traz problemas. 
 
A atividade física regular estimula a produção 
do HDL e reduz os triglicerídios. 
 
A preparação inadequada para o exame de 
sangue compromete mais os triglicerídios do 
que o colesterol. 
 
 
 
Critérios de Risco - Escore de Risco de Framingham (ERF) 
SBC - 2007 
Risco 
maior 
que 20% 
em 10 
anos 
Estratificação de risco e metas 
lipídicas de tratamento para a 
aterosclerose 
• Estratificação de risco 
• O LDL-C é fator causal e independente de 
aterosclerose sobre o qual deve-se agir para 
diminuir a morbi-mortalidade. A prevenção deve 
ser baseada no risco absoluto de eventos 
coronarianos. 
• Todos os indivíduos devem ser submetidos à 
mudança do estilo de vida (MEV) - dieta, 
exercício, abstenção do fumo, perda de peso. 
Interpretação 
• Baixo risco: Risco absoluto de eventos < 
que 10% em 10 anos. 
• Indivíduos com 1 FR (excetuando DM) 
além do colesterol (LDL-C >160mg/dL).. 
 
• Recomendação: Meta LDL-C <130mg/dL, 
entretanto, tolera-se LDL-C até 160mg/dL. 
Perfil desejado: CT <200mg/dL, HDL-C 
>40mg/dL e TG <150mg/dL. 
Médio risco: 
• risco de evento >10% porém menor do que 20% 
em 10 anos. 
Indivíduos com 2 FR (excetuando DM) além do 
colesterol (LDL-C >160mg/dL). 
• Recomendação: 
• Meta LDL <130mg/dL 
Grau de recomendação para o LDL-C: 
• Perfil desejado: CT <200 mg/dL, HDL-C > 40 
mg/dL e TG< 150 mg/dL. 
Grau de recomendação para os TG e HDL-C 
Alto risco: 
• risco de evento 20% em 10 anos ou >20% 
extrapolando-se a idade para os 60 anos de vida. 
 
• Indivíduos com > de 2 FR (excetuando DM) além do 
colesterol (LDL-C >160mg/dL), principalmente 
homens com idade acima dos 55 anos e outros FR 
associados, diabéticos e portadores de doença 
aterosclerótica coronariana ou não (aneurisma de 
aorta, insuficiência vascular periférica ou doença 
cerebrovascular sintomática). 
• Portadores de síndromes genéticas, como a 
hipercolesterolemia familiar e a hiperlipidemia familiar 
combinada, também se encontram nesse grupo. 
Recomendação 
• Recomendação: prevenção primária de 
alto risco e prevenção secundária - 
meta: LDL <100mg/dl 
 
• Grau de recomendação para o LDL-C: 
Perfil desejado: CT <200mg/dL, HDL-C 
>40mg/dL (HDL-C >45mg/dL em 
diabéticos) e TG <150mg/dL. 
 
DROGAS QUE INTERFEREM NA DOSAGEM E NOS VALORES DOS LIPÍDIOS 
 Anti-hipertensivos: tiazidas, clortalidona, 
espironolactona, 
 betabloqueadores. 
Ácido acetil salicílico 
 Imunossupressores: ciclosporina, 
prednisolona, 
 pednisona 
 Ácido ascórbico 
 Esteróides: estrógenos, progestágenos, 
 contraceptivos orais. 
 Amiodarona 
antiarrítimico 
 Anticonvulsivos 
 Alopurinol (anti-
hiperuric~emico) 
Os riscos de doença cardiovascular relacionados aos índices dos 
níveis de Lipídios no sangue, formulados pela AAM Americana 
são: 
 
 
 
Colesterol menor do que 200 mg % e HDL Colesterol maior do que 34 mg %. 
 
Se não houver outros fatores de risco, a chance de doença cardiovascular é 
relativamente pequena. Essa pessoa deve repetir os exames a cada 5 anos e 
deverá seguir as recomendações para prevenir as doenças cardiovasculares. 
 
Colesterol maior do que 200 mg % e HDL Colesterol maior do que 35 mg %. 
 
Primeiro, deve verificar o LDL Colesterol e falar com o médico sobre qual a 
conduta a seguir. Segundo, controlar os outros fatores de risco e terceiro, 
aumentar a atividade física. 
 
Colesterol entre 200 e 239 mg % e HDL Colesterol acima de 34 
mg % e menos do que dois fatores de risco. 
 
Essa situação pode duplicar as chances de ter doença cardiovascular. Os 
incluídos nesse grupo devem primeiro corrigir os outros fatores de risco; 
segundo, controlar o colesterol a cada dois anos e terceiro, basicamente, 
procurar modificar a sua dieta e aumentar sua atividade física. Nem todas as 
pessoas que têm esses níveis estão realmente ameaçadas de doença 
cardiovascular. 
 
Colesterol total de 200 a 239 mg %, HDL Colesterol menor do que 
35 mg % e mais do que dois fatores de risco. 
 
Nesse caso a pessoa pode ter uma chance dobrada de doença cardiovascular 
assim como as pessoas com menos de 200 mg %. Deverá verificar o LDL 
Colesterol e falar com o médico, que orientará sobre os controles e as 
medidas a seguir. Também deverá controlar os outros fatores de risco, corrigir 
a dieta e aumentar a atividade física. 
 
Colesterol acima de 240 mg %. 
 
O risco de doença cardiovascular é grande e maior ainda, 
se tiver outros fatores de risco. 
Deverá verificar o LDL Colesterol e mostrar ao médico que 
vai interpretar os exames. O médico irá orientar para 
redução desse e os outros fatores de risco. 
Armas naturais: 
Alimentos com efeitos comprovados contra o 
bloqueio das artérias 
 
 
 
 
 
 ALCACHOFRA 
Estudos feitos na Alemanha constataram que a cinarina, substância 
presente nas folhas da alcachofra, estimula a produção de bile, 
ajudando o fígado a diluir o colesterol do sangue. A planta também é 
uma boa fonte de inulina, que reduz o nível de LDL. 
ALHO 
Uma pesquisa americana concluiu que a ingestão de pílulas de alho por 
pessoas com colesterol alto ajudou a diminuir a taxa em7%. Seu uso em 
excesso pode, no entanto, provocar problemas intestinais. 
AVEIA 
Cereal de alta qualidade nutricional, é rica em fibras solúveis denominadas beta-
glucanas, associadas à diminuição do colesterol sanguíneo. 
 
 
 
CANELA 
Uma pesquisa feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos concluiu que 
a especiaria é responsável pela redução dos níveis de triglicérides e colesterol no 
organismo. 
 
 
 ÓLEOS 
 Óleo de canola, azeite de oliva, nozes, amêndoas, castanhas, abacate e 
azeitonas são fontes de gorduras monoinsaturadas, que estão associadas com a redução 
do LDL. Seu alto valor calórico exige moderação. 
A recomendação de ingestão de fibra alimentar total para 
adultos é de 20 a 30g/dia, sendo em torno de 25% (6g) de 
fibra solúvel 
SALMÃO E SOJA 
Um é rico em ômega-3, gordura poliinsaturada que aumenta a quantidade de HDL no 
sangue; o outro tem derivados ricos em isoflavonas e em uma proteína chamada 
betaconglicinina. As duas substâncias atuam na diminuição do LDL e no aumento do 
HDL. Um dos componentes da soja, a genisteína, impede a formação de placas nos 
vasos. 
UVA e CHÁ VERDE 
As proantocianidinas, encontradas nas sementes de uva, possuem propriedades 
antioxidantes, que ajudam a aumentar os níveis de HDL e baixar os de LDL. O fruto 
contém ainda flavonóides, de efeito antioxidante, que impedem a adesão do colesterol 
às paredes dos vasos. O chá verde também tem flavonóides. 
VINHO TINTO 
Oferece os benefícios dos flavonóides da uva, mas se aconselha o 
consumo de, no máximo, uma taça por dia. 
Os fitosteróis são encontrados apenas nos vegetais e desempenham 
funções estruturais análogas ao colesterol em tecidos animais. O beta-
sitosterol é o principal fitosterol encontrado nos alimentos e é extraído 
dos óleos vegetais 
A ingestão de 3g-4g/dia de fitosteróis promove a redução de nível de LDL-C ao 
redor de 10%-15% em média. 
FIM..... 
Para Analisar e interpretar o perfil lipídico, é muito 
mais importante saber quem está alto e que riscos 
este indivíduo corre. 
Além disso é necessário saber qual o perfil plasmático 
de lipídeo esta alterado e em que associação ele se 
encontra. É CT – total alto com HDL-c baixo? 
 
Todo o tratamento será instituído mediante a 
determinação do risco que o indivíduo corre e da 
análise desta associação.

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