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Análise e Interpretação Bioquímica do Lipidograma Profa. Juliana de Brito Maia Miamoto 2012 Lipídeos •Colesterol e outros lipídeos: • Associação com doença cardíaca • Componentes das membranas celulares • Indispensáveis em certas vias bioquímicas • Produção dos hormônios esteróides •Proteção contra choques e temperatura •Proteção dos orgãos internos • Produzem o dobro da energia que os carbohidratos (fonte critica para músculo estriado e coração em jejum) • Armazenamento mais compacto: menos água de hidratação • Associação com lipoproteínas: mecanismo de transporte complexo Classificação dos lipídeos • Ácidos graxos (palmítico, linoleico, etc.) • Ésteres do glicerol (triacilglicerol- TG) • Esteróis (colesterol, hormônios, vitamina D) • Terpenos (vitaminas A, E, K) • Derivados da esfingosina, um aminoálcool com 5 C : ceramidas (esfingomielina) Metabolismo dos lípides e lipoproteínas • Triacilglicerol – Obtidos pela dieta ou produzidos pelo organismo (mucosa intestinal, tecido hepático ou adiposo). – Energético para uso imediato ou posterior ao armazenamento. • Fosfolípides – Molécula anfipática. – Membrana celular e superfície de lipoproteínas. Metabolismo dos lípides e lipoproteínas • Colesterol – Forma livre e forma esterificada. – Obtido dos alimentos de origem animal. – Sintetizado no fígado. – Precursor para a síntese de hormônios esteróides, vitamina D e ácidos biliares. Biossíntese do colesterol • Cerca de 2% (~ 1,5 g) de todo o colesterol do corpo é renovado todo dia – A dieta corresponde a 150-300 mg/dia – O colesterol é sintetizado a partir da Acetil- CoA – 90% da síntese in vivo ocorre no intestino e no fígado (apesar de todas as células terem a capacidade) • A absorção máxima de colesterol da dieta parece ser ~1 g/dia • Excesso de carboidratos e proteínas: Acetil-CoA Biossíntese do colesterol Acetil-CoA 3-Hidroxi-3-methilglutaril-CoA Mevalonato HMG-CoA redutase Esqualeno Colesterol + Lecitina Colesterol esterificado LCAT ―Estatina‖ inibe esta enzima (lecitina-colesterol acil- transferase Lipoproteinas • Para serem transportados no sangue, os lipídeos devem combinar-se com compostos solúveis em água, como fosfolipídeos e proteínas. Classes de lipoproteinas %TG %Col ELP Quilomicrons 86 3 Quilomicron VLDL 55 12 Pré- IDL 23 29 Pré-/ LDL 6 42 HDL 3 15 Lp(a) (LDL) (LDL) Pre- Apolipoproteinas • A composição proteica difere de uma clase de lipoproteina para outra, e seus constituintes são chamados Apolipoproteinas Apolipoproteínas • A composição protéica difere de uma classe de lipoproteína para outra, e seus constituintes são chamados Apolipoproteínas LDL-c HDL-c Apo -A Função das apolipoproteinas • Ativar enzimas envolvidas no metabolismo lipídico (LCAT (lecitina-colesterol acil-transferase), LPL (lipasae lipoproteica)) • Manter a integridade estrutural do complexo lipídeo/proteína • Transportar os lipídeos para as células através do reconhecimento de receptores de superfície • ligação com receptor específico Conteúdo de apolipoproteinas nas LPs Lipoproteina Apolipoproteina(s) Quilomicron AI, B-48, CI, CII, CIII VLDL B-100, CI/CII/CIII(ativa LPL), E IDL B-100, E (marcador p/ receptores hepáticos) LDL B-100 (captação do LDL), E HDL AI (ativa LCAT), AII, CI Lp(a) (a), B-100 Metabolismo dos lípides e lipoproteínas • Quilomícron (Qm) – Partícula grande, produzida pelo intestino. – Rico em TG da dieta, pobre em colesterol e fosfolípides. • VLDL – Lipoproteína de densidade muito baixa. – Rica em TG endógeno (hepático). Metabolismo dos lípides e lipoproteínas • LDL – Lipoproteína de baixa densidade. – Rico em colesterol esterificado. – apoB-100. – Associado com doença arterial coronariana. • HDL – Lipoproteína de alta densidade. – Transporte reverso do colesterol. Metabolismo dos lípides e lipoproteínas • IDL – Lipoproteína de densidade intermediária. – Não encontrada em condições normais de jejum. • Lp(a) – Lipoproteína (a) pequena. – Composição lipídica similar à da LDL. Tamanho, estrutura e composição de lipoproteinas ricas em triglicérides Absorção do colesterol e dos triglicerídeos emulsificação •Lipase pancreática •triglicerídeos •Colesterol esterase •Fosfolipase A QM Regeneração dos triglicerídeos Lipase lipoproteica Ácidos graxos livres Tecido adiposo, músculo Via exógena ApoE B-100 IDL LCAT plasmática (lecitina-colesterol acil-transferase HDL ApoA-I A-II Colesterol ingerido Colesterol endógeno Via endógena LDL VLDL ApoE, C-II B-100 ApoE B-48 Lipase lipoproteica Ácidos graxos livres Tecido adiposo, músculo Remanecentes Quilomicrons ApoB -100 Tecido extra- hepático LDL-R Fígado Gordura da dieta LDL-R Receptor Acidos biliares e Colesterol ApoE, C-II B-48 Intestino Apo C, triglicerídeos HDL Lipase hepática Balanço líquido do colesterol Dislipidemia • Classificação etiológica – Dislipidemias primárias - origem genética – Dislipidemias secundárias - Causadas por outras doenças ou uso de medicamentos: hipotireoidismo, diabetes melito (DM), síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, obesidade, alcoolismo, icterícia obstrutiva, uso de doses altas de diuréticos, betabloqueadores, corticosteróides, anabolizantes. - Patognomônico de hiperlipoproteinemia tipo III Palmar (cor laranja) Xantomas palmares - Hipercloesterolemia familiar Homozigática Próximo aos xantomas tendinosos e glúteos Xantomas planos - Hipolesterolemia familiar Tendões extensores dos dedos das mãos, dos cotovelos, dos joelhos, dos tendões de Aquiles e superfície plantar Xantomas Tendinosos - Disbetalipoproeinemia tipo III Cotovelos, joelhos e tendão de Aquiles Xantomas Tuberosos - Hiperquilomicronemia Glúteos, abdomen e extremidades (lesões papulosas) Xantomas eruptivos - Hipertrigliceridemia > 1000 Retina (coloração leitosa ou cor salmão) Lipemia retinalis - Hipercolesterolemia Familiar Tipo III - Colesterol e Triglícérides normais: hiperbetalipoproteínemia Pálpebras Xantelasma < de 50 anos Olho Arco ou Halo Córneo Hiperlipidemia Localização Sinal Sinais sugestivos de dislipidemia familiar Xantelasma Halo ou Arco Córneo Lipemia Retinalis Fase Pré-Analítica Xantomas Tuberosos Xantomas Tedinosos Xantoma Plano Fase Pré-analítica MANIFESTAÇÃO CLÍNICA XANTOMA TENDINOSO MANIFESTAÇÃO CLÍNICA XANTOMA ERUPTIVO M A N IF E S T A Ç Ã O C L ÍN IC A X A N T O M A T E N D IN O S O MANIFESTAÇÃO CLÍNICA XANTOMA TUBEROSO ARCO CÓRNEO LIPÍDICO XANTELASMA PALPEBRAL (XANTOMA PLANO) ou — — — > —— —— normal ou leve —— —— a 1. Diabetes 2.Hipotireoidismo 3. Doenças Renais Síndrome Nefrótica IRC 4. Hepatopatias Colestáticas Crônicas 5. Obesidade 6. Anorexia Nervosa 7. Bulemia HDL-C TG CT CausaDislipidemias Secundárias a Doenças —— —— —— —— —— —— (**) (**) Diuréticos Beta-bloqueadores (*) Anticoncepcionais Corticosteróides Anabolizantes Estrógenos Progestágenos Isotretinoína Ciclosporinas Inibidores de Protease HDL-C TG CT Medicamento Dislipidemias Secundárias a Medicamentos (*) destituídos de atividade simpatomimética intrínseca; (**) efeitos dependem do tipo de estrógeno e progestágeno e da rota de administração: o estradiol VO apesar de poder causar hipertrigliceridemia, produz redução do LDL-C e aumento do HDL-C; a via transdérmica não eleva os triglicérides Classificação de Fredrickson para dislipidemias primárias Tipo Refrig. LPE LPs I (+) , claro Normal TG (quilom.) IIa (-), claro LDL IIb (-), turvo , pre- LDL, VLDL III (+/-), turvo pre- Col, TG, VLDL IV (-), turvo -2 VLDL V (+), turvo -2 VLDL, Quilom. Valores de referência III Diretrizes Brasileiras sobre dislipidemias • Colesterol total: • < 200 mg/dL ótimo • 200-239 limítrofe • > 239 alto • LDL-C: • < 100 mg/dL ótimo • 100-129 desejável • 130-159 limítrofe • 160-189 alto • >189 muito alto Arq. Bras. Cardiol. 77(Suppl. III), 2002. www.cardiol.com.br Valores de referência III Diretrizes Brasileiras sobre dislipidemias • HDL-C: • < 40 mg/dL baixo • > 60 alto • Triglicerídeos: • < 150 mg/dL ótimo • 150-200 limítrofe • 200-499 alto • > 499 muito alto Arq. Bras. Cardiol. 77(Suppl. III), 2002. www.cardiol.com.br Colesterol , trig. normal ( LDL) • Dieta/estilo de vida • 2° à hipotiroidismo ou síndrome nefrótica, insuficiência renal (disrupção do metabolismo da Apo-B) • Poligênica: (não se sabe a causa !) • Hipercolesterolemia Familiar (Tipo II) • Outras anomalias raras TG , colesterol normal • Dieta/estilo de vida • 2° à diabetes, diurétics, beta- bloqueadores, síndrome nefrótica, insuficiência renal • Hipertrigliceridemia Familiar (Tipo IV) • Excesso de ApoC-III (interfere com a LPL) • Deficiência de LPL (Tipo I) • Deficiência de ApoC-II (não ativa a LPL) TG , colesterol • Obesidade • 2° à esteróides, hipotiroidismo • Hiperlipidemia Familiar Combinada (Tipo II) • Disbetalipoproteinemia (Tipo III) • Deficiência de lipase hepática (raro) Colesterol baixo, HDL baixo/normal • Abetalipoproteinemia (ApoB degradada logo após a síntese causa má-absorção das gorduras, neuropatia) – Ausência de LDL • Hipobetalipoproteinemia (ApoB geneticamente defeituosa) – VLDL e LDL • Doença de retenção de Quilomicron (causa desconhecida) HDL baixo • Doença de Tangier (aumento da degradação ou ausência do HDL) • Hipoalfalipoproteinemia Familiar (defeitos na ApoA-I, C-III, ou A-IV) • Estilo de vida • ApoA-I variantes • 2° à esteróides, beta-bloqueadores, progestogênios • Deficiência de LCAT HDL • Estilo de vida • Genética • 2° à fenitoína, fenobarbital, rifampicina (indutores do p-450) e estrogênios • Defeitos na proteína transportadora de Colesterol esterificado • Colesterol Total • Frações de colesterol LDL-c HDL-c VLDL-c • Triglicérides Lipidograma Ou Perfil Lipídico Lipidograma Ou Perfil Lipídico • O exame é útil no diagnóstico das dislipemias primárias e secundárias. As hiperlipemias, sobretudo as de tipos II, III e IV de Fredrickson estão relacionadas a risco aumentado de doença coronariana, e com níveis elevados de LDL-colesterol. • As hiperlipemias secundárias incluem o hipotiroidismo, síndrome nefrótica, insuficiência renal, diabetes mellitus, alcoolismo e colestases. Níveis diminuídos de lipoproteínas podem ocorrer em síndrome de má-absorção e desnutrição. Classificação de Fredrickson Dislipidemia Primária ~ Genética Tipo Refrig. LPE LPs I (+) , claro Normal TG (quilom.) IIa (-), claro LDL IIb (-), turvo , pre- LDL, VLDL III (+/-), turvo pre- Col, TG, VLDL IV (-), turvo -2 VLDL V (+), turvo -2 VLDL, Quilom. Dislipidemia Primária Dividida em quatro tipos: 1- Hipercolesterolemia isolada, 2- hipertrigliceridemia isolada, 3- hiperlipidemia mista e 4- redução isolada do HDL-colesterol. Na prática clínica a grande maioria das dislipidemias primárias é do tipo poligênico, com influência em múltiplos fatores genéticos e ambientais. Em uma pequena porção de casos é possível identificar formas hereditárias com características peculiares e valores muito elevados de determinada lipoproteína. Exemplos: Hipercolesterolemia familiar (CT > 300 e LDL-c > 200); Hipertrigliceridemia familiar ( TG > 500 ); TG superiores a 1500mg/dl. disbetalipoproteinemia (CT > 300 e TG > 300 com elevações proporcionais das duas frações, muito rara ). a) Hipercolesterolemia isolada Elevação isolada do LDL-C (≥ 160 mg/dL). b) Hipertrigliceridemia isolada Elevação isolada dos TG (≥150 mg/dL), que reflete o aumento do volume de partículas ricas em TG como VLDL, IDL e quilomícrons. c) Hiperlipidemia mista Valores aumentados de ambos LDL-C (≥ 160 mg/dL) e TG (≥150 mg/dL). d) HDL-C baixo Redução do HDL-C (homens <40 mg/dL e mulheres <50 mg/dL) isolada ou em associação com aumento de LDL-C ou de TG. ou — — — > —— —— normal ou leve —— —— a 1. Diabetes 2.Hipotireoidismo 3. Doenças Renais Síndrome Nefrótica IRC 4. Hepatopatias Colestáticas Crônicas 5. Obesidade 6. Anorexia Nervosa 7. Bulimia HDL-C TG CT Causa Dislipidemias Secundárias a Doenças Fatores desencadeantes • hipotireoidismo - aumento do LDL-C, devido ao decréscimo do número de receptores hepáticos para a remoção destas partículas. • Nos indivíduos com hipotireoidismo e obesidade, observa-se hipertrigliceridemia em decorrência do aumento da produção hepática das partículas de VLDL, da lipólise diminuída dos triglicérides séricos e, em alguns indivíduos devido a remoção lenta dos remanescentes de VLDL •Nos nefropatas – Sindrome nefrótica - Estudos ―in vitro‖ sugerem que a pressão oncótica baixa do plasma, própria da síndrome nefrótica, estimula diretamente a transcrição do gene da apolipoproteína B, aumentando a síntese das lipoproteínas que contêm essa apolipoproteína. • Nos diabéticos é devido a resistência à insulina ---- lipólise ----- Ag livres e Tg •Nos Bulímicos e Anoréxicos pressupõem-se que seja devido a alta atividade lipolítica ----- AG Livres e Tg. As alterações metabólicas observadas em pacientes com TA são a hipercolesterolemia. A causa não é completamente conhecida. Decorre, provavelmente, da redução dos níveis de T3 e da globulina carreadora de colesterol e/ou da diminuição da excreção fecal de ácidos biliares e colesterol. Valores de referência III Diretrizes Brasileiras sobre dislipidemias • Colesterol total: • < 200 mg/dL ótimo • 200-239 limítrofe • > 239 alto • LDL-C: • < 100 mg/dL ótimo • 100-129 desejável • 130-159 limítrofe • 160-189 alto• >189 muito alto Arq. Bras. Cardiol. 77(Suppl. III), 2002. www.cardiol.com.br Valores de referência III Diretrizes Brasileiras sobre dislipidemias • HDL-C: • < 40 mg/dL baixo • > 60 alto • Triglicerídeos: • < 150 mg/dL ótimo • 150-200 limítrofe • 200-499 alto • > 499 muito alto Arq. Bras. Cardiol. 77(Suppl. III), 2002. www.cardiol.com.br Instruções de Coleta • Coleta pela manhã, em jejum de 12 a 14 horas. Água ad libitum. • Lactentes coletar no intervalo entre as mamadas. Informações Importantes Dieta habitual e peso corporal estável durante ao menos 14 dias. Não fazer nenhuma atividade física vigorosa durante 24 horas. Não ingerir bebidas alcoólicas durante 72 horas. Perfil Lipídico: VR clássicos • Triglicerídios plasmáticos: Desejável: até 200 mg/dL Aumentado: maior de 200 mg/dL • Colesterol plasmático: Desejável: até 200 mg/dL Limiar: de 201 até 239 mg/dL Elevado: a partir de 240 mg/dl Perfil Lipídico: VR modernos Triglicerídios plasmáticos: Desejável: 150 mg/dL Níveis elevados podem causar pancreatite Perfil Lipídico: VR modernos HDL 35 mg/ 100 mL Desejável HDL 35 mg/ 100 mL Risco maior de doença cardíaca LDL 130 mg/ 100 mL Desejável LDL Até 160 mg/ 100 mL Limite superior LDL 160 mg/ 100 mL Risco maior de doença cardíaca Avaliando o risco de DCVs • Proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-as) • Recomendação A proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR- as) poderá ser determinada no auxílio da estratificação do risco de aterosclerose clínica. Indivíduos encontram-se sob risco relativo maior de eventos do que os nos percentis 1 e 2. Nesses indivíduos deve ser considerada mudança agressiva do estilo de vida e controle dos fatores de risco presentes. Complementação Em caso de obesidade infantil, o colesterol deve ser controlado desde cedo. Existem remédios eficazes na redução do colesterol. Ex: estatinas. No nascimento tem-se um teor de colesterol em torno de 50 mg/dL. Complementos O colesterol baixo não traz problemas. A atividade física regular estimula a produção do HDL e reduz os triglicerídios. A preparação inadequada para o exame de sangue compromete mais os triglicerídios do que o colesterol. Critérios de Risco - Escore de Risco de Framingham (ERF) SBC - 2007 Risco maior que 20% em 10 anos Estratificação de risco e metas lipídicas de tratamento para a aterosclerose • Estratificação de risco • O LDL-C é fator causal e independente de aterosclerose sobre o qual deve-se agir para diminuir a morbi-mortalidade. A prevenção deve ser baseada no risco absoluto de eventos coronarianos. • Todos os indivíduos devem ser submetidos à mudança do estilo de vida (MEV) - dieta, exercício, abstenção do fumo, perda de peso. Interpretação • Baixo risco: Risco absoluto de eventos < que 10% em 10 anos. • Indivíduos com 1 FR (excetuando DM) além do colesterol (LDL-C >160mg/dL).. • Recomendação: Meta LDL-C <130mg/dL, entretanto, tolera-se LDL-C até 160mg/dL. Perfil desejado: CT <200mg/dL, HDL-C >40mg/dL e TG <150mg/dL. Médio risco: • risco de evento >10% porém menor do que 20% em 10 anos. Indivíduos com 2 FR (excetuando DM) além do colesterol (LDL-C >160mg/dL). • Recomendação: • Meta LDL <130mg/dL Grau de recomendação para o LDL-C: • Perfil desejado: CT <200 mg/dL, HDL-C > 40 mg/dL e TG< 150 mg/dL. Grau de recomendação para os TG e HDL-C Alto risco: • risco de evento 20% em 10 anos ou >20% extrapolando-se a idade para os 60 anos de vida. • Indivíduos com > de 2 FR (excetuando DM) além do colesterol (LDL-C >160mg/dL), principalmente homens com idade acima dos 55 anos e outros FR associados, diabéticos e portadores de doença aterosclerótica coronariana ou não (aneurisma de aorta, insuficiência vascular periférica ou doença cerebrovascular sintomática). • Portadores de síndromes genéticas, como a hipercolesterolemia familiar e a hiperlipidemia familiar combinada, também se encontram nesse grupo. Recomendação • Recomendação: prevenção primária de alto risco e prevenção secundária - meta: LDL <100mg/dl • Grau de recomendação para o LDL-C: Perfil desejado: CT <200mg/dL, HDL-C >40mg/dL (HDL-C >45mg/dL em diabéticos) e TG <150mg/dL. DROGAS QUE INTERFEREM NA DOSAGEM E NOS VALORES DOS LIPÍDIOS Anti-hipertensivos: tiazidas, clortalidona, espironolactona, betabloqueadores. Ácido acetil salicílico Imunossupressores: ciclosporina, prednisolona, pednisona Ácido ascórbico Esteróides: estrógenos, progestágenos, contraceptivos orais. Amiodarona antiarrítimico Anticonvulsivos Alopurinol (anti- hiperuric~emico) Os riscos de doença cardiovascular relacionados aos índices dos níveis de Lipídios no sangue, formulados pela AAM Americana são: Colesterol menor do que 200 mg % e HDL Colesterol maior do que 34 mg %. Se não houver outros fatores de risco, a chance de doença cardiovascular é relativamente pequena. Essa pessoa deve repetir os exames a cada 5 anos e deverá seguir as recomendações para prevenir as doenças cardiovasculares. Colesterol maior do que 200 mg % e HDL Colesterol maior do que 35 mg %. Primeiro, deve verificar o LDL Colesterol e falar com o médico sobre qual a conduta a seguir. Segundo, controlar os outros fatores de risco e terceiro, aumentar a atividade física. Colesterol entre 200 e 239 mg % e HDL Colesterol acima de 34 mg % e menos do que dois fatores de risco. Essa situação pode duplicar as chances de ter doença cardiovascular. Os incluídos nesse grupo devem primeiro corrigir os outros fatores de risco; segundo, controlar o colesterol a cada dois anos e terceiro, basicamente, procurar modificar a sua dieta e aumentar sua atividade física. Nem todas as pessoas que têm esses níveis estão realmente ameaçadas de doença cardiovascular. Colesterol total de 200 a 239 mg %, HDL Colesterol menor do que 35 mg % e mais do que dois fatores de risco. Nesse caso a pessoa pode ter uma chance dobrada de doença cardiovascular assim como as pessoas com menos de 200 mg %. Deverá verificar o LDL Colesterol e falar com o médico, que orientará sobre os controles e as medidas a seguir. Também deverá controlar os outros fatores de risco, corrigir a dieta e aumentar a atividade física. Colesterol acima de 240 mg %. O risco de doença cardiovascular é grande e maior ainda, se tiver outros fatores de risco. Deverá verificar o LDL Colesterol e mostrar ao médico que vai interpretar os exames. O médico irá orientar para redução desse e os outros fatores de risco. Armas naturais: Alimentos com efeitos comprovados contra o bloqueio das artérias ALCACHOFRA Estudos feitos na Alemanha constataram que a cinarina, substância presente nas folhas da alcachofra, estimula a produção de bile, ajudando o fígado a diluir o colesterol do sangue. A planta também é uma boa fonte de inulina, que reduz o nível de LDL. ALHO Uma pesquisa americana concluiu que a ingestão de pílulas de alho por pessoas com colesterol alto ajudou a diminuir a taxa em7%. Seu uso em excesso pode, no entanto, provocar problemas intestinais. AVEIA Cereal de alta qualidade nutricional, é rica em fibras solúveis denominadas beta- glucanas, associadas à diminuição do colesterol sanguíneo. CANELA Uma pesquisa feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos concluiu que a especiaria é responsável pela redução dos níveis de triglicérides e colesterol no organismo. ÓLEOS Óleo de canola, azeite de oliva, nozes, amêndoas, castanhas, abacate e azeitonas são fontes de gorduras monoinsaturadas, que estão associadas com a redução do LDL. Seu alto valor calórico exige moderação. A recomendação de ingestão de fibra alimentar total para adultos é de 20 a 30g/dia, sendo em torno de 25% (6g) de fibra solúvel SALMÃO E SOJA Um é rico em ômega-3, gordura poliinsaturada que aumenta a quantidade de HDL no sangue; o outro tem derivados ricos em isoflavonas e em uma proteína chamada betaconglicinina. As duas substâncias atuam na diminuição do LDL e no aumento do HDL. Um dos componentes da soja, a genisteína, impede a formação de placas nos vasos. UVA e CHÁ VERDE As proantocianidinas, encontradas nas sementes de uva, possuem propriedades antioxidantes, que ajudam a aumentar os níveis de HDL e baixar os de LDL. O fruto contém ainda flavonóides, de efeito antioxidante, que impedem a adesão do colesterol às paredes dos vasos. O chá verde também tem flavonóides. VINHO TINTO Oferece os benefícios dos flavonóides da uva, mas se aconselha o consumo de, no máximo, uma taça por dia. Os fitosteróis são encontrados apenas nos vegetais e desempenham funções estruturais análogas ao colesterol em tecidos animais. O beta- sitosterol é o principal fitosterol encontrado nos alimentos e é extraído dos óleos vegetais A ingestão de 3g-4g/dia de fitosteróis promove a redução de nível de LDL-C ao redor de 10%-15% em média. FIM..... Para Analisar e interpretar o perfil lipídico, é muito mais importante saber quem está alto e que riscos este indivíduo corre. Além disso é necessário saber qual o perfil plasmático de lipídeo esta alterado e em que associação ele se encontra. É CT – total alto com HDL-c baixo? Todo o tratamento será instituído mediante a determinação do risco que o indivíduo corre e da análise desta associação.
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