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Resumo das aulas e caso concreto aula 1 e 2

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Direito Civil
O código civil Brasileiro
Contextualização: Estuda a parte geral do código civil. Disciplina determinante para a compreensão das outras disciplinas relacionadas ao direito privado.
Unidade I – O código civil brasileiro.
O Direito como ramo do direito privado;
O fenômeno da codificação;
A codificação civil brasileira;
O código civil de 2002: estrutura, princípios norteadores e campo de incidência;
Direito Civil e a Constituição da República Federativa Brasileira de 1988;
Conteúdo da parte geral do Direito Civil.
Os temas a serem tratados na parte geral do Direito Civil são:
A codificação do Direito Brasileiro: É um processo de organização, que reduz a um único diploma, diferentes regras jurídicas da mesma natureza agrupadas segundo um critério sistemático.
Codificação se diferencia de incorporação, recepção e consolidação, por ser sistematizado em um só corpo todas as regras vigentes; não se trata de um ordenamento jurídico estrangeiro que é recebido com direito próprio; tem perspectiva criativa, fazendo eliminações, adaptações e construções.
Das pessoas: O código civil disciplina relações sociais de pessoa a pessoa:
Pessoa natural: É o ser humano capaz de direitos e obrigações na esfera civil. Todo ser humano, assim, recebe a denominação de pessoa natural ou física, para ser denominada como sujeito do direito, ente único, do qual e para o qual decorrem normas.
Personalidade Jurídica: Aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na esfera civil. É pressuposto para inserção de atuação da pessoa na ordem jurídica.
Capacidade Jurídica: artigo 1º CC/02.
A capacidade mede a personalidade.
Capacidade de direito (gozo) + capacidade de fato (exercício) = capacidade plena.
Capacidade fática é limitada.
Pessoa e Direitos da Personalidade: Segundo Miguel Reale, pessoa é o valor fonte de todos os valores, sendo o principal fundamento do ordenamento jurídico; os direitos da personalidade correspondem às pessoas humanas em cada sistema básico de sua situação e atividades sociais.
Pessoa Jurídica: É a unidade de pessoas naturais ou de patrimônio, que visa a consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações; são 3 os requisitos: organização de pessoas ou de bens; licitude de seus propósitos ou fins; capacidade jurídica reconhecida por norma.
Bens: São aqueles que se encontra efetivamente protegidos pelo direito.
Fatos jurídicos: É todo acontecimento de origem natural ou humana que gere consequências jurídicas.
Negócios jurídicos: Consiste em um vínculo entre dois ou mais sujeitos de direito, segundo formas que são previstas pelo ordenamento jurídico e geram direito e/ou obrigações para as partes.
Defeitos do negócio jurídico: No negócio jurídico, quando a vontade é declarada com vicio ou defeito que torna mal dirigida, mal externada, estamos, na maioria das vezes, no campo do negócio jurídico ou ato anulável, isto é, o negócio terá vida jurídica somente até que, por iniciativa de qualquer prejudicado, seja pedida sua anulação.
Invalidade dos negócios jurídicos: Abrange a nulidade e anualidade do negócio jurídico. Empregada para designar o negócio jurídico que não produz os efeitos desejados pelas partes, o qual pode ser classificado pela forma retro mencionada conforme o grau de imperfeição verificado.
Prescrição e decadência: Prescrição atinge a ação e por via oblíqua faz desaparecer o direito por ela tutelado; já a decadência atinge o direito e por via oblíqua, extingue a ação.
Atos ilícitos e responsabilidade civil: O ato ilícito é a terceira grande fonte das obrigações, tem seu conceito no artigo 186 do código civil.
Responsabilidade civil é a obrigação que pode incumbir um agente de reparar o dano causado a outrem, por fato do próprio agente ou por fato de pessoas ou coisas que dependem do agente.
CC Lei 10.406/02
Parte Geral;
Parte especial: 
Direito das obrigações;
Direito de empresa;
Direito das coisas;
Direito de família;
Direito das sucessões;
Fundamentos principiológicos do código civil:
Eticidade: valoriza a participação dos valores éticos em todo direito privado. Ex.: artigo 113, 187 e 422 CC/02.
Socialidade: Predomínio do social sobre o individual. Ex.: Usucapião. Artigo 1238 e 1242 CC/02.
Operabilidade: simplicidade e efetividade do direito.
Cláusulas gerais: Veio com o CC. São normas orientadoras sob forma de diretrizes, dirigidas principalmente ao juiz, vinculando-o, ao mesmo tempo em que lhe dão liberdade para decidir. A norma é inteiramente aberta, e é composta por normas e diretrizes indeterminadas. Ex.: artigo 421 e 187 CC.
Conceitos Indeterminados: Tem grau de generalidade menor que a cláusula geral, cujo as palavras ou as expressões contidas numa norma são vagas e/ou imprecisas, de modo que há dúvidas no significado delas e não nas consequências legais de seu descumprimento. Ex.: artigo 927, 944 e 581 CC.
Caso concreto 1
Rebeca comprou terreno em loteamento empreendido por Amaranta. Sem que constasse do instrumento contratual, Amaranta garantiu a Rebeca que teria vista definitiva a um belo monte, que era a grande atração do empreendimento, tendo inclusive assegurado que a legislação local não permitia edificações nos terrenos a frente do seu. Após alguns meses da aquisição do terreno, Amaranta solicitou uma alteração no plano de urbanização da cidade, que passou a permitir a edificação nos lotes em frente ao terreno de Rebeca, fazendo com que ela perdesse a visão para o monte.
Inconformada, Amaranta moveu uma ação contra Rebeca, tendo obtido êxito porque o órgão jurisdicional entendeu que pela boa-fé objetiva, existe um dever de não adotar atitudes que possam frustrar o objetivo perseguido pela autora, ou que possam implicar, mediante o aproveitamento da antiga previsão contratual, a diminuição das vantagens ou até infligir danos ao contratante.
 
Diante dos fatos narrados acima e com base no conteúdo das aulas desta semana, responda:
A boa-fé objetiva é uma cláusula geral? Em caso afirmativo, explique o porquê de a boa-fé objetiva adequar-se ao conceito de cláusula geral. Em caso negativo, indique de maneira justificada a que categoria pertence a boa-fé objetiva.
Qual (is) dos princípios estruturantes do CC/2002 foi (ram) levado(s) em consideração para que o magistrado interpretasse a boa-fé objetiva? Justifique.
 
Questão de múltipla escolha 01
Não se pode confundir codificação com compilação, estatuto e consolidação. Com efeito, o código:
chamado de coletânea, traduz-se em uma reunião ou junção de diversos textos legais, tal qual se encontram, em um único volume, adotando um critério compilador.
é a reunião ou agrupamento sistematizado de textos legais, de acordo com algum critério escolhido, em uma única lei ou decreto, considerando apenas as normas jurídicas em vigor sobre uma determinada disciplina jurídica.
é uma lei que apresenta um conjunto sistemático e unitário de normas jurídicas relacionadas à disciplina fundamental de um determinado ramo do direito.
se tomado em seu sentido mais estrito, não condensa normas preexistentes, mas cria direito novo para situações específicas, dispondo, no mesmo instrumento, sobre vários ramos do direito ao mesmo tempo.
 
Questão de múltipla escolha 02
Lia era casada com Carlos e mantinha relação amorosa secreta com Marcio. Ao descobrir a traição, Carlos separou-se de Lia e moveu uma ação de indenização por danos morais contra Marcio, alegando que a violação ao dever conjugal de fidelidade (art. 1566, I, CC) lhe trouxe abalo à honra. Sabendo que o dever de fidelidade é imposto apenas aos cônjuges, não aos terceiros que com eles possam se relacionar, e após uma breve pesquisa na jurisprudência do STJ (vide, a exemplo, o REsp 922.462/SP), leia as assertivas abaixo:
 
Márcio não deverá indenizar Carlos por danos morais.
Embora exista norma moral que impeça o relacionamento extraconjugal, não há qualquer previsão normativa que possa sustentar que a conduta de Marcio, ao se envolver com mulher casada,é ilícita.
 
Assinale a alternativa correta:
ambas as assertivas estão incorretas.
apenas a assertiva I está correta.
ambas as assertivas estão corretas e a assertiva II justifica a assertiva I.
ambas as assertivas estão corretas, mas a assertiva II não justifica a assertiva I.
Desenvolvimento
Caso Concreto 1
Sim, a boa-fé objetiva é uma clausula geral presente no artigo 422 do CC/2002 . A clausula geral indica o comportamento a ser tomado de acordo com as necessidades da sociedade. Ela é considerada uma clausula geral pelo fato de deixar em aberto a descrição da conduta devida a ser tomada.
Os paradigmas do Código Civil de 2002 são a eticidade, a socialidade e a operabilidade, e a boa-fé é a maior demonstração de ética do Código Civil. A ética conduz o comportamento do homem à realização do bem comum, que é a finalidade do homem.
Questão Objetiva 1
é uma lei que apresenta um conjunto sistemático e unitário de normas jurídicas relacionadas à disciplina fundamental de um determinado ramo do direito.
Questão Objetiva 2
C) ambas as assertivas estão corretas e a assertiva II justifica a assertiva I.
Pessoa natural
Unidade II – A pessoa natural.
A personalidade jurídica: conceito e aquisição.
Tutela jurídica do nascituro.
A incapacidade. As restrições de direito.
Suprimento e cessação da incapacidade civil.
CAPACIDADE CIVIL E O ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Felipe Basile1
 Como regra geral, a capacidade de direito deve seguir a capacidade de fato. A incapacidade resulta de limitações à aptidão para viver com plena autonomia, tomando decisões e agindo por conta própria. Mas nem toda pessoa com deficiência é incapaz e nem toda pessoa sem deficiência é plenamente capaz, pois há muitas deficiências, inclusive mentais, que não afetam essa aptidão, assim como há outras causas, não relacionadas qualquer a deficiência, que podem trazer limitações. 
Infelizmente, nossa sociedade ainda está carregada de preconceitos contra as pessoas com deficiência. Ainda é comum que essas pessoas sejam chamadas de inválidas, incapazes, excepcionais, anormais ou, com um verniz de carinho, especiais (tentando disfarçar a deficiência por trás de um adjetivo bonito). A luta pela inclusão das pessoas com deficiência nem sequer começa se não partirmos da constatação neutra e realista de que são pessoas, tanto quanto quaisquer outras, e que sua especificidade é o fato de terem alguma deficiência, definida por características físicas, psíquicas ou sensoriais que a sociedade discrimina, impondo limites ou cultivando barreiras à sua plena participação. O importante é derrubar as barreiras que ainda existem nas leis e nos costumes, além de criar mecanismos para promover a inclusão das pessoas com deficiência, pois o preconceito, entranhado na cultura, é uma mancha difícil de remover.
 Ao longo dos últimos anos, várias leis foram aprovadas com esses objetivos. Uma das mais importantes e mais abrangentes é, sem dúvida, a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Esse Estatuto trouxe avanços valiosos, como a substituição do conceito estritamente médico pelo conceito biopsicossocial de deficiência, além da tipificação do crime de discriminação contra pessoas com deficiência, para citar apenas dois de seus 127 artigos. 
É fácil cometer erros na elaboração de uma lei longa e complexa como essa, que é muito boa, mas certamente não é perfeita. Alguns deslizes de redação, sem maiores consequências, não causam grande preocupação. Mas há, infelizmente, erros potencialmente trágicos, sem qualquer exagero, sobre a questão da capacidade civil, que não foram sequer percebidos por leigos, mas deixam perplexos muitos especialistas. 
Em vez de eliminar cirurgicamente os elementos do Código Civil que discriminavam as pessoas com deficiência e colocá-las em plena igualdade com as demais pessoas, o novo Estatuto desfigurou todo o regime de incapacidade, com prejuízos para todos que, com ou sem deficiência, não tenham condição de exercer plenamente sua autonomia civil. O Legislativo mirou no que viu – a discriminação – e acertou no que não viu – a necessidade de apoiar quem, com ou sem deficiência, precise de apoio para exercer os atos formais da vida civil. 
Pela regra antiga, flertava-se com a possibilidade de associar automaticamente a deficiência à incapacidade, o que era uma grande injustiça. Não há razão para restringir a capacidade jurídica de quem tenha uma deficiência que não limite o discernimento e a inteligência (a propósito, algumas deficiências mentais podem, por exemplo, afetar apenas habilidades de comunicação, de socialização ou de cuidado pessoal, sem comprometer a memória, a atenção ou o raciocínio). 
O que importa, para o exercício dos atos da vida civil, é a capacidade da pessoa de entender o que faz e de comunicar sua vontade. Se alguém tem o discernimento reduzido por qualquer causa (transtorno psicológico, confusão mental passageira, baixíssima inteligência, doença mental ou deficiência que afetem sua capacidade de compreensão e de raciocínio), deve ter apoio para exercer esses atos. E, se a pessoa não se comunica (não é o caso de mudos, que podem sinalizar ou escrever, mas de pessoas que estão, para todos os efeitos práticos, fechadas em si mesmas, como alguém em estado de coma ou de catatonia), precisa que alguém a represente e cuide de seus interesses em seu nome. Afinal, como uma pessoa inconsciente, que sobreviva em estado vegetativo, poderá agir na sua nova condição de relativamente capaz? Se ela não se comunica de modo algum, como saber qual é a sua intenção e como ela praticará um ato formal? A nova lei não responde essas perguntas. 
Trocando em miúdos, o que o Código Civil deveria refletir é que não importa se a pessoa tem deficiência, mas se tem discernimento e capacidade de se comunicar minimamente. Se não tiver essas condições, deve ser considerada absolutamente incapaz e precisa de representante. Se tiver essas condições em grau limitado, deve ser assistida. 
Bastaria, então, trocar as menções à condição de pessoa com deficiência pelos critérios de discernimento e comunicabilidade, aplicáveis a qualquer pessoa. Isso asseguraria a igualdade civil das pessoas com deficiência e o apoio a todas as pessoas que, com ou sem deficiência, precisem de apoio, conforme previsto na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (artigo 12, itens 1, 2 e 3). Mas o que se aprovou foi um erro técnico-jurídico grave, que poderá criar situações bizarras, como as seguintes: 
Se uma pessoa que esteja catatônica for acusada de cometer algum crime, poderá ser julgada à revelia, porque não terá como apresentar sua defesa nem outorgar procuração a advogado, já que não se comunica.
Uma pessoa em coma que deixe de praticar um dever legal ou contratual poderá ser responsabilizada, porque tem capacidade jurídica, mas não a exerce, nem pode levar esse fato à ciência do juiz. 
Uma pessoa que esteja delirante ou em profunda confusão mental, com ou sem deficiência, poderá praticar qualquer ato, como doar bens a algum aproveitador, sem que isso possa ser contestado pela Justiça ou por seus familiares. 
Corrigir esses erros não é um retrocesso na inclusão. É, na verdade, uma defesa de todas as pessoas com ou sem deficiência, para garantir plena autonomia a quem tenha condições de exercer os atos da vida civil e apoio a quem eventualmente precise. Ainda há tempo para prevenir os danos que essas alterações podem causar, pois entrarão em vigor em vigor em janeiro de 2016, mas o Legislativo deve se apressar. 
Outubro/2015
Princípios no Código Civil e na Constituição Federal de 1988 
Evolução da constitucionalização do Código Civil
Anterior da divisão entre público e privado:
Para Bobbio: Em razão a forma e matéria.
Para Kant: divisão em razão da fonte.
Primazia do Direito Privado sobre o Público
Não se submetem a intervenção do Estado sobre assuntos privados.
Burguesia em ascensão 
Noção de sujeito de direitos em razão da construção do sujeitode mercadorias.
Diante das desigualdades fundadas na igualdade formal, o Estado volta a intervir.
Supremacia da igualdade da pessoa humana.
Solidariedade social.
Era dos estatutos.
Convergência do direito público e do direito privado: Uma nova leitura tanto do direito público como do direito privando culmina na constitucionalização do direito privado.
Constitucionalização do Direito Civil
Confere a constituição superioridade hierárquica definidos os princípios e relacionando os temas antes reservado exclusivamente ao código civil.
Passa-se a buscar a justiça social ou distributiva para alcançar uma igualdade substancial. Ex.: função social da propriedade, igualdade entre os filhos, união estável, igualdade entre cônjuges, etc.
Legitimação: Aptidão prática de determinados atos jurídicos, uma capacidade especial exigida em certas situações. Ex.: anuência do cônjuge para alienação de bem imóvel.
Sujeitos de relação jurídica: pessoa natural ou jurídica.
Consequências da Constitucionalização do Direito Civil
Aplicação direta e imediata da Constituição da República de 1988 às relações privadas.
Tratamento constitucional de normas pertinentes à vida privada, como a família, o contrato e a propriedade privada. 
Existência de plurissistemas. 
Normas estruturadas por meio das cláusulas gerais. 
Princípios ordenadores do Código Civil: 
Eticidade 
Socialidade (solidariedade) 
Operabilidade
Estrutura do Código Civil
Disciplina as relações jurídicas privadas que nascem da relação entre pessoas.
O Código Civil é dividido em 3 livros:
O primeiro sobre as pessoas, físicas ou jurídicas;
O segundo sobre os bens, que são objetos das relações desenvolvidas entre as pessoas;
O terceiro destinado aos fatos jurídicos em geral.
Personalidade Jurídica - Começo da personalidade. Artigo 1º CC/02.
Noção de personalidade (duplo significado do termo): atributo essencial para ser sujeito de direito (art. 1 CC); a possibilidade de alguém ser titular de relações jurídicas, como forma de expressão da dignidade da pessoa humana e, objeto de tutela privilegiada pela ordem jurídica constitucional.
Momento em que se inicia a personalidade: O início da personalidade é marcado pelo nascimento com vida, conforme dicção do art. 2º do CC. Clinicamente o nascimento é aferível pelo exame de docimasia hidrostática de Galeno.
A questão do nascituro: Em consonância com o texto do art. 2º do CC, a doutrina majoritária defende que o Direito Civil positivo adotou a teoria natalista para o início da personalidade jurídica. Nessa linha, o nascituro, ente concebido, mas não nascido, não passa de uma potencialidade de direitos.
Em sentido contrário, por influência do Direito francês, surge a teoria concepcionista pela qual o nascituro adquiriria personalidade jurídica desde a concepção, sendo, assim, considerado pessoa. Aqui o nascimento não é condição para que a personalidade exista, mas para que se consolide.
Capacidade de direito e capacidade de fato:
Por capacidade de direito, também conhecida como capacidade de gozo ou capacidade de aquisição, pode ser entendida como a medida da intensidade da personalidade. Todo ente com personalidade jurídica possui também capacidade de direito, tendo em vista que não se nega ao indivíduo a qualidade para ser sujeito de direito. Personalidade e capacidade jurídica são as duas faces de uma mesma moeda.
A capacidade de direito não se confunde com a capacidade de fato, também chamada de capacidade de exercício. Este conceito se relaciona com as condições pessoais que determinado indivíduo reúne para exercer pessoalmente seus direitos. Ela nada mais é do que a habilidade para praticar de forma autônoma, ou seja, sem a interferência de terceiros na qualidade de representantes ou assistentes, seus direitos civis. Da capacidade de fato distingue-se a legitimidade (ou legitimação). Esta é uma forma específica de exercício de determinados atos da vida civil, ao contrário da capacidade, a qual se refere à aptidão para a prática em geral.
A capacidade de fato, ao contrário da capacidade de direito possui estágios definidos no próprio Código Civil. Ele distingue duas modalidades de incapacidade, a saber: a incapacidade em absoluta e a relativa. Trata-se de um divisor quantitativo de compreensão do indivíduo.
De acordo com o art. 3º do CC são considerados absolutamente incapazes:
Os menores de 16 anos (art. 3º) – Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no. 8069/90), até os 12 anos de idade incompletos considera-se a pessoa criança. Entretanto, os adolescentes até os 16 também são reputados absolutamente incapazes.
De acordo com o art. 4º do CC são considerados relativamente incapazes:
a) os maiores de 16 e menores de 18 anos (art. 4º, I);
b) os ébrios habituais e os viciados em tóxico (art. 4º, II);
c)  aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (art. 4º III)
d) os pródigos (art. 4º, IV) – Esta modalidade de incapacidade deve ser decretada judicialmente por requisição do cônjuge ou familiar, já que o que se protege, com a incapacidade do pródigo, é exatamente o patrimônio da família, e não apenas o patrimônio do pródigo. De acordo com o art. 1782 do CC “a interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração”.
É bom lembrar que a senilidade não é causa de restrição da capacidade, ressalvada a hipótese de a senectude gerar um estado patológico, a exemplo da arteriosclerose.
Sobre a capacidade dos índios está será regulada pela Lei no. 6.001/73 (Estatuto do Índio), tendo em vista que o código civil remete a matéria para a legislação especial (art. 4º, parágrafo único).
Caso concreto 2
As contribuições sociais de empresas agroindustriais eram regidas pela Lei n° 8.212/91, que estabelecia, de maneira geral, em seu art. 22, as contribuições sociais patronais, exigíveis em folhas de salários. Em 1994, foi promulgada a Lei n° 8.870, que alterou alguns dispositivos da Lei n° 8.212/91. Uma das alterações foi referente às contribuições sociais patronais, exigíveis em folhas de salários, nas empresas que se dedicam à atividade rural. O art. 25 da mencionada modificava completamente as regras do art. 22 da Lei 8.212/91, e o § 2° do mesmo art. 25 estendia os efeitos da norma às pessoas jurídicas que se dedicam à atividade agroindustrial.
Posteriormente, o art. 25 § 2° da Lei n° 8.870/94 foi declarado inconstitucional com efeitos universais e ex tunc e, por isso, o INSS passou a cobrar as contribuições sociais patronais na forma do art. 22 da Lei n° 8.212/94. Inconformada com essa cobrança, a Empresa X ajuizou ação alegando que tal cobrança era indevida, pois o art. 22 da Lei n° 8.212/94 foi revogado e aplica-lo novamente importaria em repristinação, somente aceito pela LINDB se for de maneira expressa, o que não foi o caso.
 
Analisando os fatos descritos acima e tomando por parâmetro a LINDB, responda, 
JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:
O que é repristinação e de que forma ela ocorre no direito brasileiro?
A Lei n° 8.812/91 foi derrogada ou ab-rogada pela Lei n° 8.870/94?
A cobrança da contribuição patronal à Empresa X na forma da Lei n° 8.212/91 é indevida?
 
Questão de múltipla escolha 01
(Procurador Autárquico - MANAUSPREV/2015) A interpretação normativa:
teleológica, também chamada de histórica, busca a vontade do legislador no momento da elaboração da norma.
histórica prevalece sobre a sistemática, a qual busca o sentido literal de uma determinada norma.
dá-se pela aplicação da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito, em caso de silêncio eloquente ou de lacuna legal.
deve ser realizada, preferencialmente, de maneira sistemática e teleológica, considerando o ordenamento em que a norma está inserida e a finalidade para a qual se destina.
deve ser realizada, em regra, de maneira sistemática, considerando a norma em si mesma, em sua literalidade, sem levar emconta o ordenamento em que está inserida.
 
Questão de múltipla escolha 02
Leia os dispositivos da Lei n. 13.105, de 16/03/2015 (Novo CPC) colacionados abaixo:
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
- se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
- empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
- invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
- não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
- se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
- deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
 
Art. 1.045. Este Código entra em vigor após decorrido 1 (um) ano da data de sua publicação oficial.
 
Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
 
Art. 1.072. Revogam-se:
- o art. 22 do Decreto-Lei no 25, de 30 de novembro de 1937;
- os arts. 227, caput, 229, 230, 456, 1.482, 1.483 e 1.768 a 1.773 da Lei no 10.406, de 
10 de janeiro de 2002 (Código Civil);
- os arts. 2º, 3º, 4º, 6º,7º, 11, 12 e 17 da Lei no 1.060, de 5 de fevereiro de 1950;
- os arts. 13 a 18, 26 a 29 e 38 da Lei no 8.038, de 28 de maio de 1990;
- os arts. 16 a 18 da Lei no 5.478, de 25 de julho de 1968; e VI - o art. 98, § 4o, da Lei no 12.529, de 30 de novembro de 2011.
 
 
Agora analise as assertivas abaixo:
o art. 489, §1o, NCPC, traz uma espécie de interpretação autêntica do caput.
o NCPC tem período de vacatio legis de 1 ano.
as leis elencadas no art. 1.072 foram ab-rogadas pelo NCPC.
o NCPC derrogou o CPC de 1973 (Lei n. 5.869).
 
Estão corretas APENAS:
as assertivas I e II.
as assertivas II e III.
as assertivas III e IV.
as assertivas I e III.
as assertivas II e IV.
Desenvolvimento
Questão Dissertativa:
É a volta ao vigor da lei revogada pela revogação da lei revogadora.
Ex.1: 
LEI ‘A’ É REVOGADA PELA LEI ‘B’; LEI ‘B’ É REVOGADA PELA LEI ‘C’; LEI ‘A’ VOLTA A VIGORAR.
Mas para que a lei anteriormente abolida se restaure, é necessário que o legislador expressamente revigore, segundo o art. 2º, parágrafo 3º, da LINDB.
Ex.2: 
LEI ‘X’ É REVOGADA PELA LEI ‘Y’; LEI ‘Y’ É CONSIDERADA INCONSTITUCIONAL; LEI ‘X’ VOLTA A VIGORAR.
Isso acontece pois quando a lei é considerada inconstitucional é como se ela nunca tivesse existido.
A lei nº 8.212/91 foi derrogada pela lei nº 8.870/94, segundo o que diz no texto só alguns dispositivos da lei anterior foram revogados.
Não, pois a lei foi considerada inconstitucional com efeito retroativo, resultando a sua invalidade e é como se essa lei nunca tivesse existido, portanto ela não revogou a lei anterior, e não causou a repristinação, portanto a cobrança da contribuição é devida, pois tal lei nunca foi revogada.
Questão objetiva 1:
Deve ser realizada, preferencialmente, de maneira sistemática e teleológica, considerando o ordenamento em que a norma está inserida e a finalidade para a qual se destina.
Questão objetiva 2:
as assertivas I e II.

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