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Corte Internacional de Justica

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Corte Internacional de Justiça
 
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CIJ X TPI
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Um dos Órgãos da ONU
A Corte Internacional de Justiça é um dos seis órgãos da Organização das Nações Unidas (ONU). Tem sua sede em Haia (Países Baixos).
Possui jurisdição para julgar litígios entre Estados. 
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Início
Começou a funcionar em 1946, data em que sucedeu a Corte Permanente de Justiça Internacional, a qual, ocupou as mesmas instalações desde 1922. A Corte Internacional de Justiça se rege por um Estatuto que é parte integrante da Carta das Nações Unidas e que é muito similar a de sua predecessora.
Estatuto da Corte Internacional de Justiça.
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Casos Apreciados desde 1946:
150 casos apreciados por este órgão jurisdicional, desde 1946, segundo informativo divulgado pelo próprio Departamento de Informação da Corte, no ano de 2011.
Inside the International Court of Justice: <http://untreaty.un.org/cod/avl/ha/sicj/sicj.html>. Acesso em: 17 de jun. 2012.
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Missão da Corte
A Corte desempenha uma dupla missão: 
1. solucionar conforme o Direito Internacional as controvérsias que lhe sejam submetidas pelos Estados, e 
2. a emitir ditames sobre questões jurídicas que lhe submetam os órgãos ou organismos das Nações Unidas que hajam sido autorizados a respeito.
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Vídeo – Realplayer
“Programa Cortes Supremas destaca caso das papeleras 3/3”.
Em espanhol: “Perú-Chile Asuntos de Frontera”.
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Composição
A Corte é composta por quinze magistrados eleitos por um período de nove anos pela Assembléia Geral e pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A Corte não pode incluir mais de um nacional de um mesmo Estado. 
A Corte procede a cada três anos à renovação da terça parte dos seus magistrados, sendo possível sua reeleição.
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Independência dos Magistrados
Os magistrados não representam os seus respectivos Governos, eles são magistrados independentes.
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Critério para Escolha dos Magistrados
Os magistrados devem reunir as condições requeridas para o exercício das mais altas funções judiciais em seus respectivos países, ou ser jurisconsultos de reconhecida competência em matéria de Direito Internacional. 
Ainda assim, a composição da Corte deve refletir as grandes civilizações e os principais sistemas jurídicos do mundo.
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Estatuto da CIJ
Artigo 9
Em toda eleição, os eleitores levarão em conta não apenas que as pessoas possuem individualmente as condições requeridas, mas que também estejam representadas as grandes civilizações e os principais sistemas jurídicos do mundo.
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Controvérsias entre Estados
Somente os Estados poderão ser partes em casos perante a Corte. Se trata dos Estados membros da Organização de Nações Unidas (193 atualmente).
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Requisito - Competência
A Corte Internacional de Justiça pode conhecer de um assunto somente se os Estados implicados tenham aceitado a sua competência de alguma das seguintes maneras:
1) em virtude de um acordo especial concluído entre os Estados com o propósito de submeter sua controvérsia à Corte.
2) em virtude de cláusula jurisdicional existente em tratado internacional. Na atualidade, mais de trezentos tratados contém una cláusula deste tipo.
3) pelo efeito recíproco de declarações feitas por eles diante dos termos do Estatuto da Corte. As declarações de 66 Estados estão atualmente em vigor. 
Em caso de disputa para saber se a Corte tem ou não jurisdição, a Corte decidirá.
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Exemplo de Cláusula Jurisdicional ou Compromissória
Convenção sobre o Genocídio de 1948 dispõe em seu texto constitutivo:
Artigo IX - As controvérsias entre as Partes - contratantes relativas à interpretação, aplicação ou execução da presente Convenção, bem como as referentes à responsabilidade de um Estado em matéria de genocídio ou de qualquer do outros atos enumerados no artigo III, serão submetidos à Corte Internacional de Justiça, a pedido de uma das Partes na controvérsia.
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Art. 36, § 2.º do ECIJ
Os Estados, partes do presente Estatuto, poderão, em qualquer momento, declarar que reconhecem como obrigatória, ipso facto e sem acordo especial, em relação a qualquer outro Estado que aceite a mesma obrigação, a jurisdição da Corte em todas as controvérsias de ordem jurídica que tenham por objeto:
a) A interpretação de um tratado;
b) Qualquer ponto de direito internacional;
c) A existência de qualquer fato que, se verificado, constituiria violação de um compromisso internacional;
d) A natureza ou extensão da reparação devida pela ruptura de um compromisso internacional. (Art. 32, § 2º, do Estatuto da Corte Internacional de Justiça)
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Procedimento
O procedimento comporta uma fase escrita (troca de petições entre as partes) e uma fase oral (audiências durante as quais os Agentes e Assessores apresentam suas alegações). 
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Idiomas
Como a Corte tem dois idiomas oficiais (inglês e francês), todo o escrito ou dito em um idioma, é traduzido a outro.
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Deliberação
Depois da fase oral, a Corte se reúne a porta fechada para deliberar, e posteriormente pronuncia a sentença em audiência pública. 
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Sentença e Apelação
A sentença é definitiva e inapelável.
Porém, existe o recurso de revisão, ou seja, uma espécie de embargos de declaração.
Se surgir uma prova nova, pode ser reaberto o processo.
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Execução
Qualquer Estado que considere que a outra Parte tenha deixado de cumprir uma decisão de a Corte pode apresentar o assunto ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
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Temas Abordados na Corte
O Tribunal emitiu 103 decisões desde 1946 sobre questões como as fronteiras terrestres, as fronteiras marítimas, soberania territorial, a não-utilização da força, as violações do Direito Internacional Humanitário, a não ingerência nos assuntos internos dos Estados, relações diplomáticas , tomada de reféns, o direito de asilo, nacionalidade, tutela, direitos de passagem e os direitos econômicos.
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Fontes de Direito Aplicáveis
A Corte aplica os tratados internacionais, o costume internacional, os princípios gerais de direito, equidade e, como meio auxiliar, as decisões judiciais e a doutrina dos mais reconhecidos publicistas.
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Opiniões Consultivas
O procedimento consultivo da Corte Internacional de Justiça está aberto exclusivamente a organizações internacionais. 
Estão autorizados a solicitar pareceres consultivos da Corte as cinco agências da ONU e dezesseis organizações do sistema das Nações Unidas. 
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Os pareceres da Corte são consultivos e não impostos, como tal, para as agências que tenham solicitado. 
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Corte Internacional de Justiça
Exemplo: A Convenção de Viena sobre Relações Consulares (1963) estabelece que se ocorrer a prisão de um estrangeiro, ao estrangeiro será dado o direito de entrar em contato com o consulado do seu país para informar o ocorrido e obter o devido suporte jurídico.
Se não houver respeito ao estabelecido em um tratado, o caso poderá ser levado à Corte Internacional de Justiça da ONU.
Caso Angel Francisco Breard (paraguaio que cometeu homicídio nos EUA e foi condenado sem ter podido exercer o direito de informar seu consulado).

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