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MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS NAS CULTURAS DE MILHO E SOJA Bebedouro (SP) 07/07/2016 Eng. Agrônomo M.Sc. Marcos Palhares TRIÂNGULO DE DOENÇAS O risco da ocorrência de uma epidemia no campo é representado tradicionalmente pelo triangulo de doenças: HOSPEDEIRO PATÓGENO AMBIENTE DOENÇA Para a ocorrência de uma epidemia é necessário uma PERFEITA INTERAÇÃO e HARMONIA destes três fatores. A quebra de qualquer um destes fatores irá deduzir drasticamente a velocidade de aumento e severidade da doença. Produtividade dos híbridos de milho em função de época de plantio Kg/ha Tempo Data de “virada” da doença Ambiente 1 Ambiente 2 P. Sorghi E. Thurcicum Grãos Ardidos Phaeosphaeria maydis Cercospora maydis Puccinia polysora fungicidas Principais Doenças Foliares Ferrugem Polissora Ferrugem Tropical Cercospora zeae HT Mancha branca Doenças Foliares Secundárias Ferrugem Comum Diplodia B. maydis Helmintosporiose Enfezamento Pálido Enfez. Vermelho Mosaico Comum Doenças de Colmo Antracnose Fusarium Diplodia Macrophomina Giberela Doenças de Espigas Diplodia Fusarium Giberela • Susceptibilidade/Resistência •Milho sobre Milho • Plantio Direto •Ausência de Rotação de Culturas • Plantio Tardio • Irrigação • Presença da doença nos restos de cultura • Ambientes Favoráveis Alto risco de ocorrência da doença em alta severidade Maior retorno econômico Baixo risco de ocorrência da doença em alta severidade Menor retorno econômico CONTROLE QUÍMICO DOENÇAS FOCO PARA MANEJO COM FUNGICIDAS FERRUGENS CERCOSPORA As ferrugens e a Cercospora são as principais doenças alvo para a recomendação da aplicação de fungicidas. Isto em função da elevada agressividade e boa resposta a aplicação de fungicidas. Para as demais doenças, geralmente o retorno geralmente é abaixo do esperado. Isto devido a menor agressividade da doença ( por exemplo: Diplódia na folha) ou mesmo pela baixa eficiência dos produtos registrados (por exemplos: mancha branca, helmintosporioses). RECOMENDAÇÃO DE FUNGICIDAS A aplicação de fungicidas na cultura do milho muitas vezes dependerá da tecnologia de aplicação disponivel. Basicamente podem ocorrer 3 situações: 1- Aplicações com Equipamentos de Arrasto – o limite de aplicação será de 80cm a 100 cm com a cultura entre V8 e V10. Apresentará menor eficiência para doenças que ocorram mais próxima ao florescimento como a Cercospora e Mancha Branca. 2 –Aplicações com Auto-propelido – As aplicações podem ser realizadas no momento ideal. E dependendo da doença acontecerá no pré-floresciemento (milho até 2,0m). 3- Aplicações aéreas – podem ser realizadas em qualquer fase de desenvolvimento da cultura sem qualquer limitação de altura de plantas MOMENTO DE APLICAÇÃO MOMENTO DE APLICAÇÃO 1- Aplicações com pulverizadores convencionais 2 – Aplicações com auto-propelido 3- Aplicações aéreas Atualmente os híbridos de milho, apresentam elevada capacidade de produção, demandando altas taxas de fotossítese, sendo crítica no período reprodutivo. Nesta fase por exemplo, a redução de 10% da área foliar ativa, poderá reduzir a produtividade em cerca de 8-10%. Se dividirmos a planta de três parte iguais, o terço médio da planta que compreende as folhas da espiga, 2 acima e 2 abaixo, além de somarem de 60 a 70% da area foliar total, apresenta grande importância em função da proximidade com a espiga. Por isso os fungicidas aplicados no pré-florescimento precisam de uma boa cobertura sobre estas folhas para trazerem as respostas esperadas. INDICE DE ÁREA FOLIAR E PRODUTIVIDADE 1/3 1/3 1/3 RECOMENDAÇÃO DE FUNGICIDAS Como podemos observar a recomendação padrão para a cultura do milho, são as formulações de Triazois associadas a Estrobilurinas em função do maior espectro de ação e do maior residual ( cerca de 20 dias) RECOMENDAÇÃO DE FUNGICIDAS Mancha Branca – os fungicidas registrados apresentam baixa eficácia necessitando de aplicações sequenciais. A aplicação com Cobre apresenta o melhor controle, porém além de não termos nenhuma formulação registrada para o milho, o cobre é facilmente lavável e apresenta elevado risco de fitotoxidez, por isso deve ser evitados. Cercospora – melhor desempenho são as misturas de triazol com estrubilurina. Em regiões com elevada severidade aplicação deve ser realizada tão logo apareçam os primeiros sintomas. Helmintosporioses e Macrospora – As aplicações para o controle destas doenças geralmente devem acontecer no estádio de V8-V10. A maioria dos fungicidas registrados não apresenta bom controle. Melhores resultados experimentais são verificados com aplicaçao de Mancozeb (Dithane, Manzate, etc). Porém estes produtos não estão registrados para a cultura. Ferrugens – Em ambientes de elevada severidade as aplicações geralmente ocorrem no estádio vegetativo, a partir de 2% de incidência. As misturas de de triazol com estrubilurina apresentam boa eficiência além de trazerem bom controle para outras doencas. Porém situações de maior severidade, realize a primeira aplicação com Triazol puro. Lembre-se que o residual dos triazois são menores (cerca de até 15 dias). Curvulária e Kabatiela – São doenças secundarias na cultura, porém se necessário, utilize as misturas de triazol com estrubilurina. Physoderma - No Brasil não tem apresentado impactos na produtividade por isso não se faz o controle químico desta doença. • FUNGOS NECROTRÓFICOS – Anthracnose stalk rot (C. graminicola) – Gibberella ear/stalk rot (G. zeae) – Fusarium ear/stalk rot (F. verticillioides) – Diplodia ear/stalk rot (S. macrospora and S. maydis) – Charcoal Rot (M. phaseolina) – Seedling Rot (Phytium spp.) – Nothern Leaf Blight (E. turcicum) – Grey Leaf Spot (C. zeae-maydis) – Southern Leaf Blight (B. maydis) – White spot (P. ananatis) ROTAÇÃO DE CULTURAS Beckman, et al. 1982 (Phytopathology) • Seleção de híbridos e cultivares • Data de plantio • Tratamento de sementes • Rotação de culturas • Fertilizantes (N/K) • Stand final • Controle de pragas • Controle biológico • Colheita no momento correto • Controle químico SISTEMA DE MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS Manejo Integrado de Pragas na Cultura de Milho "Manejo Integrado de Pragas é o sistema de manejo de pragas que, contextualmente, associa o ambiente e a dinâmica populacional da espécie, utiliza todas as técnicas apropriadas e métodos de forma tão compatível quanto possível e mantém a população da praga em níveis abaixo daqueles capazes de causar dano econômico". FAO BIOTECNOLOGIA MANEJO GERMOPLASMA Manejo: Preparo e fertilidade do solo, stand inicial, manejo de doenças, plantas daninha e insetos Inseticidas Herbicidas Perfil do solo Fertilidade Fungicidas Inseticidas População de plantas Dessecação antecipada e uso de inseticidas para manejo de pragas residentes Monitoramento da cultura do milho em todos os estágios de desenvolvimento independente da tecnologia Rotação de culturas e manejo de plantas voluntárias Tratamento de sementes Controle inicial de lagartas Plante refugio adequadamente manejo racional de pragas no refugio Manejo de ervas e plantas voluntárias Manejo complementar de pragas ÁRVORESDE INSETICIDAS MANUAL E POSTER DE PRAGAS RRPLUS ÁRVORES DE INSETICIDAS RRPLUS NINTEX (SPOTFIRE) & MYIFFICE | MANUAL DE BOLSO E MANUAL PRAGAS TRABALHO REGIONAL SISTEMAS TD RRPLUS PROGRAMA DE INCENTIVOS E REFUGIOMAX MILHO 360 ÁRVORES DE INSETICIDAS RESULTADOS SOBRE USO DE INSETICIDAS Recomendação precisa de produtos | Aplicação na época correta | Melhores recomendações sob todas as condições de infestação 1 7 2 3 5 4 6 Boas práticas agronômicas Pragas Importantes na Cultura do Milho: Adulto de Dalbulus maidis (Ivan Cruz - EMBRAPA) PERCEVEJOS Identificação Edessa meditabunda Percevejo Barriga Verde Dichelops furcatus Percevejo Barriga Verde Dichelops melacanthus Percevejo Verde Nezara viridula Percevejo Verde Pequeno Piezodorus guildinii Dichelops melacanthus Identificação Dichelops furcatus Postura: ~13 ovos (38,5% viabilidade) Incubação: ~4,4 dias Ninfas: 5 instares Período ovo – adulto: ~26 dias (a 25°C ± 2, 12h fotofase e 70% ± 5 UR) Longevidade dos adultos: ~31-43 dias Ciclo se prolonga em temperaturas < 20°C Ciclo Biológico 3,2 4,4 dias 4,8 3,6 4,1 6,0 26 Sintomas provocados por Percevejos Foto: TD Monsanto, 2013 Perdas na Colheita Foto: TD Monsanto, 2013 Infestação de 01 percevejo m2 pode causar danos às plantas de Milho: diminuição do diâmetro de colmo plantas mais susceptíveis ao tombamento por ação de fatores externos Danos nos componentes de produtividade são observados com infestações a campo de 02 e 04 percevejos m2; D. melacanthus tem grande potencial de dano sobre a cultura: prejudicando o desenvolvimento inicial das plantas; plantas menos vigorosas pela interferência no crescimento radicular e área foliar; Danos à produtividade ocorrem de forma indireta, pois com o ataque a planta torna-se debilitada em sua fase inicial e perde potencial produtivo, o que refletirá no rendimento final da cultura a campo; O nível de dano econômico do percevejo D. melacanthus para a cultura do milho nas condições acima citadas é de 0,27 insetos m2. Nível de Dano Fonte: Bridi, M., UNICENTRO, 2012 Reduzir perdas na colheita de soja Controle de plantas daninhas Redução populacional; Inseticida na dessecação é fundamental; Tratamento de Semente Industrial (TSI) Em casos de ataque severo a melhor alternativa é o TSI, associado a inseticida registrado para aplicação na parte aérea da cultura, até no máximo 01 semana após a emergência (ALBUQUERQUE et al., 2006). Manejo Integrado Manejo Integrado deve considerar todas as fases… TS 1,0-2,0 cm Até quando controlar? Aplicar em períodos de maior exposição: a partir de 08:00 até entrada da noite; Evitar aplicações nos períodos em que a praga esta abrigada: a noite; dias chuvosos ou logo após chuva; temperaturas amenas ou frio; Áreas com presença de plantas daninhas ou farta palhada de Soja (ambiente de Safrinha) a aplicação deve ser mais frequente; As possíveis diferenças entre germoplasmas não dispensam o monitoramento e controle complementar. Lembre-se... PULGÃO/VIROSE Importância Econômica Relatos de ocorrência no campo safra 2005/06 VERÃO 2005/2006: danos econômicos (10% a 50%) no SUL devido ao ataque do pulgão. Importância Econômica “Sob altas temperaturas e baixa pluviosidade, as populações crescem rapidamente e podem causar danos no rendimento”. “Os sintomas são morte de plantas, perfilhamento, espigas atrofiadas e espigas com granação deficiente”. 40 F o t o : S a n t o s , U Danos 41 Foto:Gasparin, R Foto:Gasparin, R Foto:Santos, U Planta de milho com sintomas de mosaico comum (potyvírus) Danos Danos - Viroses O vetor: Rhopalosiphum maidis alado infecta-se durante as estiletadas de prova, voa disseminando a virose (ex.: Potyvirus) Tal infecção ocorre durante os primeiros estádios fenológicos do milho (em torno de V4). A doença: Há germoplasmas susceptíveis e tolerantes. Uma vez instalada a doença em um germoplasma susceptível, o dano econômico depende da ocorrência de três fatores concomitantemente: estádio da planta + alta temperatura + stress hídrico (no momento crítico). Monitoramento e Controle • O monitoramento da população de pulgões deve ser realizado semanalmente, durante a fase vegetativa da cultura, a partir de V4 até o início da fase reprodutiva, examinando-se aleatoriamente 100 plantas/talhão em grupos de 20 plantas. No monitoramento deve-se observar detalhadamente as plantas na região do cartucho (Waquil et al., 2003); avaliando pulgões adultos, ninfas e a população de inimigos naturais. Monitoramento e Controle No estádio V4 a VT, sugere-se o controle com inseticidas quando 10 a 20% das plantas amostradas apresentarem presença de pulgões (sob consulta de um Engenheiro Agrônomo). A partir do pendoamento não se recomenda o controle, pois o pulgão fica exposto ao sol sofrendo desidratação e também exposto ao ataque dos seus inimigos naturais. Soma-se a isto o fato de que, infecções anteriores (virose) já provocaram o dano. Monitoramento e Controle Produtos Químicos: Imidacloprid Cigaral- Nuprid Pontos importantes: Pela localização da praga e para garantir eficiência na aplicação deve-se utilizar volumes de calda superiores a 200L/ha; Utilizar gotas grandes e pontas antideriva; Aplicações em pleno florescimento podem causar fitotoxidez e falhas de polinização. 46 Cigarrinha/Enfezamento Cigarrinha do Milho Cigarrinha-do-milho (adulto) Cigarrinha-do-milho (ninfa) 48 Enfezamento Vermelho - fitoplasma Enfezamento Vermelho Importância da doença: Essa doença pode ocorrer em 100% das plantas na lavoura, causando perda total da produção. A incidência do enfezamento vermelho tem aumentado principalmente em função do plantio do milho em mais de uma época no ano. Sintomas: - avermelhamento intenso e generalizado da planta (inicia-se no ápice e nas margens das folhas) - proliferação de espigas em uma ou em várias axilas foliares - as plantas crescem aparentemente normais e os sintomas da doença manifestam-se apenas durante o estádio de enchimento de Grãos - encurtamento de internódios, - prejudica o crescimento das espigas - grãos pequenos, manchados, frouxos na espiga ou chochos, devido ao seu enchimento incompleto - as plantas doentes morrem precocemente, 50 Enfezamento Pálido (spiroplasma) Planta de milho com enfezamento pálido: morte precoce Enfezamento Pálido Importância da doença: Essa doença pode ocorrer em 100% das plantas na lavoura, causando perda total da produção. A incidência do enfezamento pálido tem aumentado principalmente em função do plantio do milho em mais de uma época no ano. Sintomas: - estrias esbranquiçadas irregulares nas folhas a partir da base, - plantas raquíticas e improdutivas - encurtamento de internódios, - prejudica o crescimento das espigas - grãos pequenos, manchados, frouxos na espiga ou chochos, devido ao seu enchimento incompleto - as plantas doentes morrem precocemente,52 Manejo de Enfezamentos - utilização de cultivares resistentes, - adequação da época de plantio, evitando-se plantios tardios, - a interrupção de plantios consecutivos, que proporcionam a sobreposição de ciclos da cultura, - a eliminação de plantas de milho voluntárias (tigüera) - diversificação de cultivares na área de plantio, 54 Lagarta do Cartucho 55 Monitoramento O monitoramento é o primeiro passo para se praticar o MIP. Sem monitorar a densidade populacional da espécie-alvo no campo não há como se aplicar os princípios do MIP. Assim, recomenda-se iniciar o monitoramento mesmo antes de se iniciar o plantio. A freqüência e o método de amostragem depende da fase de desenvolvimento da cultura e do nível de precisão que se pretende conduzir o manejo. Quanto maior a freqüência e tamanho da amostra melhor, entretanto, deve-se considerar também os custos dessas amostragens. ◊ Amostrar 4 pontos ao acaso na area (10 a 20 ha) com 25 plantas em cada ponto avaliado. ◊ A recomendação da Monsanto é realizar aplicação de inseticida quando pelo menos 20% das plantas amostradas atingirem nível de dano maior ou igual a 3 (na escala Davis). No caso de realizar mais de uma aplicação, fazer a rotação de princípios ativos. 56 NOTA 0 Cartuchos sem lesões NOTA 2 Folhas raspadas e pequenas lesões circulares NOTA 3 Cartucho com poucas lesões circulares ou indefinidas de até 1,3 cm nas folhas expandidas e novas NOTA 4 Cartucho com várias lesões entre 1,3 e 2,5 cm nas folhas expandidas e novas NOTA 5 Cartucho com várias lesões maiores que 2,5 cm presentes em algumas folhas expandidas e novas NOTA 6 Cartucho com várias lesões maiores que 2,5 cm presentes em várias folhas expandidas e novas NOTA 7 Cartucho com várias lesões irregulares e algumas áreas das folhas completamente comidas NOTA 8 Cartucho com várias lesões irregulares e várias folhas completamente comidas NOTA 9 Planta completamente destruída Referência: Davis et al. 1992, Technical Bulletin, 186. NOTA 1 Folhas raspadas LAGARTA DO CARTUCHO – Escala DAVIS Recomendação correta de acordo com estágio da praga e da planta, condições ambientais e operacionais e outros 4,4 7,5 9,4 12,4 13,6 16,9 18 21,3 0 5 10 15 20 25 2 3 4 5 6 7 8 9 DAVIS SCALE S iz e o f c a te rp il la rs (m m ) Relation Between Davis Scale vs Size of Fall Armywormin Field Conditions on Corn RECOMMENDED APPLICATION L1 e L2 lagarta pequena L3 e L4 lagarta média L5 lagarta grande FASE AMBIENTE FAVORÁREL V2 5% 10% 15% 20% 25% V4 5% 10% 15% 20% 25% V6 5% 10% 15% 20% 25% V8 5% 10% 15% 20% 25% V10 5% 10% 15% 20% 25% AMBIENTE ESTRESSANTE 5% 10% 15% 20% 25% 5% 10% 15% 20% 25% 5% 10% 15% 20% 25% 5% 10% 15% 20% 25% 5% 10% 15% 20% 25% Não aplica, mas refaz o monitoramento 3-5 dias depois Decisão de aplicar depende do tamanho da lagarta e condições operacionais/ climáticas Aplica, mas refaz o monitoramento 3-5 dias depois Vaquinha Foto: Saulo Tocchetto Foto: Saulo Tocchetto Foto: Dirceu Gassen 1 2 3 FUNÇÕES DO SISTEMA RADICULAR DO MILHO Ancoragem da planta Aquisição de água e nutrientes Síntese de hormônios FUNÇÕES DO SISTEMA RADICULAR DO MILHO RESULTADOS PERFORMANCE PRO3 (FUNDAÇÃO ABC) PRODUTIVIDADE ESTAÇÃO ITABERÁ SP +19% Produção de Grãos PRO2 PRO3 PRO2 PRO3 PRO2 PRO3 híbridos Cv.:8,0/Pr>F: 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 11548 ab 10758 bc 9821 c 12777 a 10283 bc 12260 a 1 2 3 Maior Capacidade de Absorção de Nutrientes BENEFÍCIOS PRO3 RAÍZES RAÍZES ÍNTEGRAS & COM MAIOR VOLUME Maior Volume de Solo Explorado Maior Profundidade do Sistema Radicular Maior Aproveitamento da Água do Solo Produtividade com Maior Segurança VTPRO3 Região de Proteção SEM TECNOLOGIA Manejo de Doenças na Cultura de Soja 68 Doenças da Cultura da Soja 11/07/2016 Monsanto Confidential Emergênci a Fase Vegetativa (V0-Vn) Fase Reprodutiva (R1-R8) Colheita 0-5 dias 6 -60 dias 61-125 dias Fungos de solo Rizoctonia Fusarium Macrophomina Antracnose Cancro da haste Ferrugem Asiática Fusarium Mildio Oídio Mofo Branco DFC Nematóides: Galhas Cistos Grupo de Classificação de doenças quanto ao processo que afetam: I – Podridão em órgãos de reserva (Acúmulo de nutrientes em órgãos de reserva) II – Danos em plântulas (Desenvolvimento de tecidos jovens) III – Podridão em raízes e colo (Absorção de água e nutrientes) IV – Murchas Vasculares (Transporte de água e nutrientes) V – Manchas, ferrugens, oídios e míldios (Realização de fotossíntese) VI – Galhas e viroses (Aproveitamento de fotossintetizados) Fonte: McNew, 1960. Ferrugem Fungo: Phakopsora pachyrhizi e P. meibomiae Sintomas: Iniciais: pequenos pontos mais escuros do que o tecido sadio da folha, de uma coloração esverdeada a cinza-esverdeada, com correspondente protuberância (urédia), na página inferior da folha. O tecido da folha ao redor das urédias adquire coloração castanho-clara a castanho- avermelhada. Condições favoráveis: Temperaturas entre 18°C a 26,5°C e água livre na superfície da folha, mínimo de 6 horas, com um máximo de infecção ocorrendo com 10 a 12 horas de molhamento foliar. Ferrugem Sintomas Face superior Face inferior FERRUGEM (Phakopsora pachyrhizi) Lesões iniciais: pontuações encharcadas FERRUGEM (Phakopsora pachyrhizi) Trata-se de um fungo biotrófico, que necessita do hospedeiro vivo para sobreviver e se multiplicar. As condições ambientais possuem grande influência na ocorrência de P. pachyrizi, e a doença é favorecida quando há pelo menos 6 a 12 horas de molhamento foliar, umidade relativa entre 75 e 80%, e temperatura ótima pra infecção de 18 a 26,5ºC. FERRUGEM (Phakopsora pachyrhizi) Na fase vegetativa as ocorrências são menos expressivas, prevalecendo o ataque no enchimento de grãos (R5), conforme apresentado na Figura 1 1: Número de ocorrências da ferrugem asiática da soja no Brasil, na safra 2014/2015, por estádio fenológico. Fonte: Consórcio Antiferrugem (2015). CONTROLE Rotação de cultura (quebrar o ciclo do patódeno) Plantio de cultivares precoces no início da época recomendada Cultivares resistentes Sementes sadias / tratadas Vazio sanitário (dura entre 60 e 137 dias, dependendo da região; a viabilidade dos esporos é de 55 dias) Controle químico TÁTICAS DE MANEJO Monitorar a lavoura (em 5 dias os sintomas já podem ocorrer e desfolhar toda a lavoura em 20 dias; 3 metros/dia, 96 Km/semana) observar as condições de temperatura (15ºC a 28ºC) e período de molhamento acima de 6 horas que são favoráveis à infecção. Deve-se avaliar o terço inferior das plantas, local de início da infecção, com lupa de 10 a 30x; Há fungicidas bons, mas o alvo (baixeiro) é de difícil acesso; Solantenol+Amistar Principais grupos registrados para controle de doenças na cultura da soja Benzimidazóis – mitose (tiofanato metílico, carbendazim) Triazóis - inibidores da biossíntese de esteróis (DMI) (ciproconazole, epoxiconazole, propiconazole, tebuconazole,etc) Estrobilurinas – respiração (azoxystrobina, pyraclostrobina, trifloxistrobina, picoxystrobina) Solantenol+Amistar benzimidazóis triazóis estrobilurinas ferrugem * * DFC ** * ** mancha alvo ** antracnose ** * oídio * ** * mela ** mofo branco * Eficiência dos grupos registrados ** > * Manejo de Pragas na Cultura de Soja PRINCIPAIS PRAGAS DA SOJA EM SEUS DIFERENTES ESTÁDIOS Pragas Primárias Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) Os insetos adultos dessa espécie são mariposas com cerca de 5 cm de envergadura e coloração parda, cinza ou marrom. Quando estão em repouso, suas asas permanecem abertas e fica visível uma linha transversal que as corta de ponta a ponta. São insetos de hábitos noturnos e abrigam-se em áreas sombreadas durante o dia, geralmente entre as folhas ou abaixo delas. As fêmeas põem seus ovos no final da tarde e durante a noite. Os locais preferidos para a postura são a face inferior das folhas, ramos, hastes e caule. A coloração inicial dos ovos é verde-clara e, de acordo com o desenvolvimento do embrião, estes se tornam escuros. Logo após a eclosão dos ovos, as lagartas possuem coloração verde-clara e as patas abdominais ainda não se desenvolveram completamente, fazendo-as andar em movimentos do tipo mede-palmo. Na fase seguinte, já não andam mais medindo palmos e fica evidente a quantidade de pernas: três pares na região torácica, quatro abdominais e um anal. Podem continuar verdes ou ficarem escuras, o que ocorre em condições de alta infestação, porém sempre com três linhas longitudinais claras no dorso. No final da fase larval, o inseto migra para o solo, onde se enterra a poucos centímetros de profundidade e se transforma em pupa. O ciclo biológico, do ovo ao adulto, dura aproximadamente 30 dias. As lagartas, inicialmente, apenas raspam pequenas áreas das folhas deixando para trás uma membrana translúcida e perfurações. Quando estão maiores, alimentam-se de toda a superfície foliar, inclusive de nervuras, pecíolos e hastes mais finas. Nesse caso, as folhas atacadas ficam com grandes áreas recortadas ou são completamente consumidas. Manejo: Nível de dano econômico: fase vegetativa: 30% de desfolha fase reprodutiva: 15% de desfolha ou 20 lagartas/m em qualquer um dos casos • Químico: a lagarta da soja é uma praga considerada de fácil controle com inseticidas dos grupos químicos dos organofosforados, piretróides, ciclodienoclorado e por reguladores de crescimento. • Biológico: inimigos naturais, Nomurea rileyi, Bacillus thuringiensis • Biotecnologia: = Controle Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens) -É um inseto polífago e nos últimos anos tem sido frequente na cultura de soja, especialmente no Centro Oeste do Brasil. -Lagartas pequenas têm preferência pelo terço inferior de plantas de soja e algodão, enquanto lagartas maiores tornam-se menos exigentes. É uma espécie desfolhadora que não se alimenta das nervuras das plantas deixando um aspécto característico (rendilhado). -Lagartas: são de coloração verde, algumas linhas longitudinais brancas sobre seu dorso. Apresentam pernas toráxicas e dois pares de pseudopernas abdominais e um par anal, devido esta última característica morfológica estas lagartas se locomovem como se estivessem medindo palmos. -Pupa: após o último ínstar, a lagarta tece uma teia na folha, onde a mesma se prende e abriga até se tornar adulto. Foto: Carla Dutra Foto: Carla Dutra Foto : G.L.Rosa, Fonte: Embrapa Soja ,2012. Foto: Carla Dutra O adulto da lagarta falsa-medideira apresenta a coloração marrom acinzentada, com duas manchas prateadas no primeiro par de asas. Ciclo biológico de C. includens. Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens) Fases de desenvolvimento da cultura de soja e a presença de C. includens. Fonte: Desenvolvimento Tecnológico Monsanto, Safra 09/10, 3456 observações (Estações Experimentais) em seis Estados (RS, PR, MG, GO e MT). Manejo: Niveis de controle: - Fase Vegetativa: 30% de desfolha ou 20 lagartas/m; - Fase Reprodutiva: 15% de desfolha ou 20 lagartas/m. Recomendam-se, no mínimo, 10 amostragens (batidas de pano) para lavouras ou talhões de até 100 ha cada. -C. includens é desfavorecida em condições de chuvas devido a presença de um inimigo natural que causa sua morte, o fungo Nomuraea rileyi. Químico: trabalhos conduzidos em Mato Grosso do Sul evidenciaram que os produtos metomil, tiodicarbe, espinosade, flubendiamida e clorantraniliprole proporcionaram boa eficácia no controle dessa praga; manejo é dificultado devido seu habito de alojando-se no terço médio da planta. - Biotecnologia: = Controle Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens) Complexo de Percevejos Percevejo Marrom (Euschistos heros) Percevejo Verde Pequeno (Piezodorus guildinii ) Percevejo Verde (Nezara viridula ) Foto: Ivan Schuster Complexo de Percevejos Percevejo Asa Preta (Edessa meditabunda) Percevejo Barriga Verde (Dichelops furcatus e D. melacantus) D. furcatus D. melacantus Complexo de Percevejos Manejo • Danos: Esses insetos introduzem o aparelho bucal no tecido das plantas para se alimentarem da seiva injetando enzimas digestivas que podem ocasionar tanto a queda das folhas durante o período reprodutivo, causando redução na produção e ou retenção foliar conhecida como “soja louca”, bem como a formação de grãos chochos ou manchados (Nematospora corylii). • Nível de controle: • Soja Grão: 2 percevejos (ninfa maior que 0,5 cm ou adulto) metro linear / batida de pano • Soja Semente: 1 percevejo (ninfa maior que 0,5 cm ou adulto) metro linear / batida de pano • Controle: Inseticidas dos grupos químicos Carbamatos, Organofosforados, Piretróides e Neonicotinóides são indicados. • Regiões de Milho Safrinha: Dessecação da soja com inseticida. Foto: Embrapa Soja = Inseto não alvo Complexo de Percevejos Complexo de Percevejos Complexo de Percevejos Pragas Secundárias Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) Mariposa de hábitos noturnos com cerca de 2 cm de envergadura e coloração geral cinza. As fêmeas apresentam cor mais escura e homogênea do que os machos, cujas asas são claras com bordas escuras. Quando estão em repouso, permanecem com as asas rentes ao corpo e podem ser confundidos com restos vegetais. As fêmeas ovipositam no solo próximo das plantas hospedeiras e têm preferência por solos arenosos e secos. Os ovos inicialmente são claros e, com o aproximar da eclosão, tornam-se vermelho-escuros. As lagartas são amareladas ou esverdeadas com listras e anéis vermelhos no corpo. Quando completamente desenvolvidas medem de 1 a 2 cm de comprimento. São elas que causam os danos à cultura. Alimentam-se do caule e das folhas das plântulas, causando murcha, seca e tombamento. Nas plantas maiores, abrem galerias no interior do caule e constroem um abrigo conectado a essa galeria ou próximo dela, onde a pupa será formada. O resultado do ataque é o enfraquecimento, tombamento e até a morte da planta. Possuem alta mobilidade, o que explica a possibilidade de uma única lagarta atacar várias plantas e causar grandes falhas nas linhas de plantio, comprometendo seriamente o estande da cultura. O ataque é mais danoso na fase inicial da cultura, pois as plantas jovens são facilmente devoradas e possuem menor capacidade de recuperação. Manejo: • Químico: pode ser realizado por meio de tratamento de sementescom inseticidas sistêmicos. Inseticidas aplicados logo após o aparecimento da praga tem apresentado resultados satisfatórios, tornando-se a melhor opção o controle preventivo. • Cultural: em regiões com alta incidência da praga, o aumento de densidade de sementes por área pode ser uma alternativa. A manutenção da umidade também colabora com a diminuição do ataque da praga. • Biotecnologia: Foto: Carlo Boer Foto: Marcelo Batistela = Supressão Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) Lagarta-rosca (Agrotis ipslon ) Os adultos são mariposas que podem atingir até 5 cm de envergadura e têm coloração que varia do pardo ao marrom. Sua cabeça, tórax e asas anteriores apresentam pontuações e manchas escuras de vários formatos. Suas asas anteriores são mais claras, podendo ser translúcidas e apresentar manchas. Os ovos são depositados em colmos, hastes, folhas ou no solo, próximo das plantas hospedeiras. Eles são esbranquiçados e podem ser encontrados isolados ou em grupos. As lagartas medem até 5 cm de comprimento, são robustas, lisas e de coloração variável, com predominância do cinza-escuro e marrom com pontuações pretas . Possuem hábitos noturnos e durante o dia ficam abrigadas no solo, sob a vegetação morta, em buracos ou sob torrões, normalmente próximos das plantas das quais se alimentam. Sua principal característica é se enrolar quando perturbadas. A fase larval dura aproximadamente 30 dias. A pupa é encontrada no solo dentro de casulos de terra construídos pelas lagartas. O inseto permanece nesse estágio por aproximadamente 15 dias, quando então eclode o adulto, reiniciando o ciclo. Os prejuízos causados pelas lagartas são relatados principalmente na fase inicial da cultura, pois elas se alimentam das sementes recém-germinadas e da haste das plantas. Os principais danos observados em campo são reboleiras com falhas de germinação, plantas murchas e tombadas. O ataque também pode ocorrer em plantas mais velhas. Nesse caso, as lagartas cortam folhas ou abrem galerias e seccionam a base do caule e as raízes mais superficiais. Manejo: • Cultural: a dessecação antecipada é uma prática que pode reduzir a infestação da praga, já que as mariposas preferem ovopositar em plantas ou restos culturais ainda verdes. •Tratamento de Sementes: devido ao hábito noturno da praga e a dificuldade de ser atingida diretamente por inseticidas da parte aérea, o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos pode ser bastante eficiente para manejo da praga. • Químico: como controle emergencial pode-se utilizar clorpirifós em pulverização de preferência no início da noite, dirigindo o jato de pulverização para a base da planta e com grande volume de calda . • Biotecnologia: o uso de sementes geneticamente modificadas pode ser uma das ferramentas para controle desta praga, porém, é mais efetiva para controle de lagartas pequenas. Lagarta-rosca (Agrotis ipslon ) Complexo de Spodoptera Spodoptera spp. • Gênero com lagartas bastante polífagas. Além do hábito desfolhador, alimentam-se também de vagens (fase reprodutiva da cultura), danificando os grãos e permitindo a entrada de microorganismos as mesmas. • Dentre as espécies podemos destacar a S. frugiperda, S. cosmioides e a S. eridania, esta última com capacidade de desfolha semelhante a Anticarsia gemmatalis. Controle químico é feito geralmente com a utilização de produtos a base de piretróides, organofosforados e reguladores de crescimento. Nível de controle: • Fase Vegetativa: 10 lagartas pequenas/m ou 30% de desfloha; • Fase Reprodutiva: 10 lagartas pequenas/m ou 15% de desfloha ou 10% das vagens atacadas. (Embrapa, 2013). Controle Biológico: Predador Doru luteipes (tesourinha), parasitóides Trichogramma spp., os fungos entomopatogênicos como Nomuraea rileyii, Botrytis rileyi, Beauveria globulifera e o virus Baculovirus são importantes agentes de controle biológico do gênero Spodoptera. Foto: Ivan Schuster = Inseto não alvo Identificação espécies do gênero Spodoptera Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) Foto :Ernani Santos Foto: Marcelo Batistela -Coloração variada. -Listras longitudinais. -Pontuações. -Cabeça com “Y” invertido. Identificação espécies do gênero Spodoptera Lagarta-das-vagens (Spodoptera cosmioides) Faixa escura (3° par de pernas torácicas e o 1° par de falsas-pernas abdominais) 3 listras alaranjadas em sua lateral Pontos brancos Pontos negros semicirculares nas extremidades Identificação espécies do gênero Spodoptera Lagarta-das-vagens (Spodoptera eridania) As lagartas são inicialmente verdes e depois tornam-se cinzas com três linhas avermelhadas ou amareladas no dorso. Nas linhas laterais existem vários triângulos de cor escura que apontam para a linha central. Nessa fase, o inseto possui três pares de pernas torácicas, quatro abdominais e um anal. Listra branca ou amarelada interrompida no primeiro segmento abdominal por mancha escura, a listra não chega até a cabeça. Série de triângulos negros geralmente presentes ao longo do comprimento do corpo. Besouros com menos de 1 cm de comprimento e coloração escura, com linhas amarelas ou esbranquiçadas bem características no pronoto e nos élitros. Além dessas linhas, os élitros são também pontuados. Os adultos alimentam-se da casca do caule e das hastes da soja e causam o desfiamento dos tecidos nessas áreas. Para a postura dos ovos, as fêmeas desfiam um anel completo no caule. As larvas desenvolvem-se no interior desse anel e alimentam-se da parte interna do caule. À medida que se desenvolvem, causam o alargamento dessa área, formando uma galha. O inseto, na fase larval, é ápode e esbranquiçado, com a cabeça castanha ou marrom. Pode hibernar durante vários meses, especialmente em regiões de clima frio. Próximo do fim dessa fase, migra para o solo e forma a pupa, a poucos centímetros de profundidade. Ocorre apenas uma geração por ano. É uma importante praga da soja, especialmente no início da cultura, pois, nessa fase, as plantas não conseguem se recuperar e morrem. Quando a cultura está mais desenvolvida, a mortalidade é menor, mas os ramos atacados quebram com facilidade e as plantas podem tombar. Além disso, há restrição na circulação de nutrientes e água, o que compromete o crescimento e a produção. Geralmente, o ataque ocorre em reboleiras e é mais comum em áreas de plantio direto e onde não se realiza rotação de culturas. Tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus) Manejo: O nível de dano econômico é de 3 a 6 larvas/m2 (4 amostras a cada 10ha). • Cultural: rotação de culturas com plantas não hospedeiras (milho, girassol, sorgo, milheto); cultura armadilha semeada em uma borda com largura de 20 a 30m, para atrair e manter os insetos neste local da lavoura. • Mecânico: com roçada de soja, antes das larvas entrarem em hibernação (45 dias após a observação dos primeiros ovos nas plantas). • Químico: sobre a cultura armadilha, durante os meses de Novembro a Janeiro, quando a maior parte dos adultos saem do solo; o uso de inseticidas isoladamente não apresenta bons resultados.. • Biotecnologia: até o momento não exise biotecnologia aplicada ao controle desta praga. Tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus) O adulto é uma mariposa de 1 cm de envergadura, coloração cinza e manchas claras nas asas anteriores. Quando em repouso, suas asas ficam rentes ao corpo e as antenas geralmente voltadas para trás. Sua presença é mais comum em regiões de clima frio. As fêmeas depositam os ovos nas brotações das plantas. Após alguns dias, eclodempequenas lagartas de coloração verde-translúcida. No primeiro momento, elas unem os folíolos mais novos com teia e formam um abrigo, onde permanecem protegidas e se alimentam das folhas. Quando estão maiores, abrem galerias no interior de ramos e da haste principal, onde se abrigam e se alimentam. Nessa etapa, o inseto já possui coloração rósea, bege ou amarelada, cabeça marrom e cerca de 1 cm de comprimento. A fase de pupa ocorre no solo. O ciclo biológico do ovo ao adulto dura aproximadamente 35 dias. Essa é uma importante praga da soja, pois causa a morte de ramos e folhas e compromete o desenvolvimento da planta. Também podem ocorrer ataques em flores e vagens, especialmente as localizadas nas extremidades dos ramos. Os cultivares de ciclo tardio são mais afetados do que os de ciclo precoce. Broca-das-axilas (Crocidosema aporema) Manejo: • Químico: para cultivares de soja não Bt recomenda-se o uso de inseticidas quando 25 a 30% das plantas apresentarem ponteiros atacados pela praga. • Biológico: existem importantes predadores naturais de C. aporema, como a espécie de aranha Misumenops pallidus, assim como a Trathala sp. e Bassus sp. • Biotecnologia: Broca-das-axilas (Crocidosema aporema) = Controle Lagarta-enroladeira (Omiodes indicatus) Essa praga também é conhecida como Hedylepta indicata. É uma mariposa com aproximadamente 2 cm de envergadura e coloração amarela ou alaranjada. Permanece com as asas abertas quando está em repouso e, nesse momento, ficam visíveis três linhas escuras e semicirculares que facilitam sua identificação. As bordas das asas também são escuras. As lagartas podem atingir 2 cm de comprimento. Inicialmente, possuem coloração amarelada translúcida e, com o passar do tempo, tornam-se verdes. Vivem em abrigos formados por uma ou mais folhas enroladas e coladas com teia. As pupas, de coloração marrom, também são encontradas nesses locais. Os danos são causados pelas lagartas, que se alimentam do parênquima foliar. As folhas que formam os abrigos também são consumidas e, ao final da fase larval, restam apenas as nervuras e uma fina membrana translúcida. Manejo: • Químico: devido ao hábito de enrolar e unir várias folhas, as lagartas ficam protegidas dos inseticidas, tornando o controle mais difícil; os inseticidas mais usados são à base de endosulfan, acefato, metomil, profenofós+lufenurom, e thiodicarb. • Biológico: pode ser feito pelo parasitóide Trichogramma spp.. • Biotecnologia: até o momento não exise biotecnologia aplicada ao controle desta praga. Lagarta-enroladeira (Omiodes indicatus) Lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens) • Os ovos são colocados nos ponteiros das plantas, nas brácteas dos botões ou nas folhas laterais, mas sempre em folhas novas, as quais são alimento para as lagartas recém-eclodidas. A postura média é 600 ovos por fêmea. • A utilização de produtos de amplo espectro nos estádios inciais da cultura favorece o desequilíbrio da fauna e o aumento das populações de H. virescens, já que muitos insetos são predadores e parasitóides dos ovos. Danos: • A produção é reduzida devido a queda das partes atacadas. • Os orifícios favorecem a penetração de microorganismos. Controle químicos: Ainda não existe recomendação de inseticidas para o seu manejo, porém, trabalhos conduzidos em Mato Grosso do Sul evidenciaram que os produtos metomil, tiodicarbe, espinosade, flubendiamida e clorantraniliprole proporcionaram boa eficácia no controle dessa praga. Nível de controle: • Fase Vegetativa: 4 lagartas pequenas/m ou 30% de desfolha; • Fase Reprodutiva: 2 lagartas pequenas/m ou 15% de desfolha ou 10% das vagens atacadas.(Embrapa, 2013) = Controle Foto: Wgner Justiniano Foto: Wgner Justiniano Helicoverpa spp. • Presença de 2 espécies no Brasil: a lagarta-da-espiga-do-milho, Helicoverpa zea, e, mais recentemente, a Helicoverpa armigera. • Pragas com alta capacidade destrutiva e bastante polífagas sendo que a H. armigera pode consumir mais de 100 espécies vegetais. Também possuem elevada fecundidade e alta mobilidade local. • Ambas possuem grande dificuldade de diferenciação em fase larval. Marcelo Batistela, 2011. Mariposa Ovo Lagarta Pupa 6 dias 3 dias 13 – 25 dias 10 – 14 dias Ciclo biológico de Helicoverpa spp. Biologia Helicoverpa spp. Um dos grandes desafios para o controle à praga é a sua identificação, pois apresentam grande semelhança com a lagarta-da-maçã, Heliothis virescens, a qual pode ser observados micropêlos com uma lupa de bolso, os quais saem de pintas salientes do 1º, 2º e 8º segmentos abdominais. Por sua vez, observa-se, para a Helicoverpa spp., a presença das pintas salientes sem os micropêlos (Czepak et al., 2013). Heliothis virescens. Helicoverpa spp. Identificação na fase imatura (lagarta) Heliothis virescens Helicoverpa spp. Helicoverpa spp x Heliothis virescens Heliothis virescens Identificação do adulto (mariposa) Helicoverpa spp. Helicoverpa armigera Helicoverpa armigera Biologia / Comportamento / Hábito • Apresentam elevada taxa de fecundidade, podendo ocorrer varias gerações da praga durante o ciclo da cultura, com preferência de oviposição noturna, com a capacidade de colocar de 2.200 a 3.000 ovos nas plantas hospedeiras, mas sem predileção para partes em específico da planta. • Lagartas realizam a predação de outras da mesma espécie (canibalismo) e também de outras espécies de lagartas. • Têm movimento larval acentuado nas diferentes culturas e agressivas quando tocadas, adotando uma postura de “defesa”. • Tegumento apresenta aspecto levemente coriáceo, podendo estar relacionado a resistência a produtos de contato como piretróides, organofosforados e carbamatos. • Adultos podem dispersar até 1000 km. H. armigera em posição de defesa. Miguel F. Soria Embrapa, 2013 Helicoverpa armigera Uma característica determinante proposta por Matthews (1999) para a identificação de lagartas de Helicoverpa armigera está na presença, a partir do quarto ínstar, de tubérculos abdominais escuros e bem visíveis na região dorsal do primeiro e segundo segmentos abdominais, dispostos na forma de semicirculo. Ávila et al., 2013. Identificação na fase imatura (lagarta) Helicoverpa armigera Helicoverpa armigera Adultos de Helicoverpa armigera e Heliothis virescens à esquerda e direita, respectivamente. Identificação do adulto (mariposa) Helicoverpa spp Comportamento e Hábitos Inseto apresenta grande faclidade de dispersão, alta capacidade destrutiva e bastante polífaga se alimentando de um grande numero de hospedeiros (culturas de interesse comercial, resteva e plantas daninhas) Helicoverpa spp. infestando diferentes hospredeiros como soja nos estádios iniciais, planta daninha e resteva de algodão (da esquerda para direita, respectivamente). Helicoverpa spp • Plantio no limpo (Dessecação antecipada / associada com inseticida quando necessário). • Monitoramento nas culturas do sistema. • Correta identificação da praga no campo, principalmente devido a sua semelhança com a Heliothis virescens, a lagarta- da-maçã. • Ação rápida devido a alta agressividade e capacidade de tolerar inseticidas a base de piretróides sintéticos, (Ávila et al., 2013). • Uso de diferentes práticas de controle aliadas ao uso de biotecnologias. Manejo Embrapa, 2013. = Supressão Ataca e provoca danos em varias de culturas Nível de Ação-Fase Vegetativa: 4 lagartas pequenas/m ou 30% de desfolha; -Fase Reprodutiva: 2 lagartas pequenas/m ou 15% de desfolha ou 10% das vagens atacadas. (Embrapa, 2013) Helicoverpa armigera Controle: Químico / Biológico Helicoverpa spp Helicoverpa armigera Controle: Químico Diabrotica speciosa Cerotoma sp. Colaspis sp. (Metálico) Aracanthus sp. (Torrãozinho) Podem destruir até 8 plantas na mesma linha (Gallo et al 2002) Coleópteros Desfolhadores 124 Ácaros Em alguns anos, são observados surtos de ácaros (Acarina), principalmente o branco e o rajado, em lavouras de soja. Os ácaros são artrópodes da mesma classe das aranhas (Arachnida), apresentando quatro pares de patas e cabeça e tórax fundidos. As espécies que ocorrem em soja são diminutas e ficam na parte inferior da folha, medindo menos de um milímetro de comprimento. Portanto, sua visualização a campo deve ser feita com auxílio de uma lupa simultaneamente com as amostras para a ferrugem da soja. Os ácaros sugam a seiva das folhas e pecíolos de plantas novas. Com a evolução do dano, as folhas ficam amarelas. Se o ataque for intenso, as folhas podem cair, e com isso, diminuir a capacidade fotossintética das plantas. Condições de estiagens favorecem os ácaros da família Tetranychidae (ácaros rajado e verde) e períodos chuvosos favorecem os da família Tarsonemidae (ácaro-branco). Controle Quimico: metamidofós, profenofós dimetoato, endosulfam e clorpirifós; Fundação Chapadão, em Chapadão do Sul, MS, constatou um bom controle dos ácaros com os inseticidas/acaricidas à base de spiromesifen e flufenoxurom, além do abamectina, com bom efeito residual Ácaro Branco Ácaro Rajado 125 Tripes São insetos muito ágeis e pequenos, com até 3 mm de comprimento. Os adultos possuem coloração escura com asas translúcidas e franjadas. As formas jovens são mais claras e ápteras. Vivem em colônias nas folhas e nas brotações que, em alguns casos, podem se dobrar e permanecer fechadas em decorrência das substâncias tóxicas liberadas pelos insetos. O ciclo biológico dura cerca de 15 dias. Alimentam-se da seiva das plantas nas fases ninfal e adulta. Para isso, raspam a superfície foliar e sugam a seiva que extravasa. As folhas infestadas ficam prateadas em razão dos ferimentos. Também podem ter sua consistência alterada, ficar quebradiças e arqueadas e cair prematuramente. Esses danos raramente causam prejuízos significativos. O principal problema representado pelos tripes é a transmissão de vírus, como a queima-do-broto na cultura da soja, pois poucos insetos são suficientes para contaminar várias plantas. Em períodos de temperatura baixa e estiagem, o manejo fitossanitário deve ser ainda maior, pois essas condições favorecem o inseto. As moscas-brancas são insetos com cerca de 1 mm de comprimento e coloração branca, decorrente da cera que recobre suas asas. Vivem em colônias compostas por ovos, ninfas e adultos na face inferior das folhas. Os ovos apresentam formato de pera, coloração amarela e são postos isoladamente ou em grupos. Ficam fixados às folhas por um pequeno pedúnculo. O tempo para eclosão é de aproximadamente sete dias. A fase ninfal, dependendo das condições climáticas e da planta hospedeira, pode durar apenas cinco dias. As ninfas são amareladas e translúcidas e locomovem-se apenas nos primeiro momentos, pois logo se fixam nas folhas. A dispersão das colônias para outras folhas e plantas é feita pelos adultos, que voam quando as folhas são sacudidas, há grande quantidade de insetos ou a planta já enfraqueceu e não supre mais suas necessidades. Desenvolvem-se anualmente de 11 a 15 gerações, dependendo das condições ambientais. O clima quente e úmido favorece o seu desenvolvimento. As moscas-brancas atacam mais de 500 espécies de plantas, de diversas famílias. Causam danos pela retirada de nutrientes e água e pela transmissão de doenças. As plantas infestadas mostram-se enfraquecidas, as folhas caem e os frutos ficam murchos, amadurecem irregularmente e também podem cair precocemente. Em consequência da sua presença, também há a formação de fumagina, fungo que se desenvolve sobre as excreções dos insetos na superfície das folhas, que prejudica a fotossíntese e a respiração vegetal. Entretanto, o dano mais importante é a transmissão de vírus, como o causador da haste-negra-da-soja ou necrose-da-haste. Esse inseto era conhecido como Bemisia argentifolii, mas após avaliações taxonômicas foi classificado como sendo uma variação da Bemisia tabaci. No Brasil, os biótipos da espécie B. tabaci de importância agronômica são o “A” e o “B”. Algumas importantes características da raça “B”, que a diferem da “A”, são: maior capacidade de proliferação e adaptação a diferentes hospedeiras; capacidade de criar resistência a inseticidas com maior facilidade, especialmente se forem aplicados de forma incorreta; e formação de fumagina em maior quantidade. Mosca-branca (Bemisia tabaci raça B) Manejo: Recomenda-se adotar MIP, se houver histórico de problemas, preferir genótipos que sejam desfavoráveis à colonização; o controle é difícil devido à facilidade de reinfestação. A maior incidência é nos terços superior e médio das plantas. Os níveis de controle de B. tabaci nas plantas de soja não são ainda conhecidos, mas é superior a 40 ninfas/folíolo segundo resultados preliminares de pesquisa (MOSCARDI et al., 2012) Químico: formas jovens: piriproxifem, espiromesifen e a mistura spirotetramat+ imidacloprido adultos: endosulfam tratamento de sementes com neonicotinóides • Biológico: mirídeos, dipteros e alguns parasitóides do genero Encarsia. • Biotecnologia: até o momento não exise biotecnologia aplicada ao controle desta praga. Mosca-branca (Bemisia tabaci raça B) Planta de soja infectada pelo vírus da necrose-da-haste. Inimigos Naturais Predadores - Hemípteros Geocoris spp. Alvo: Mosca branca/lagartas pequenas/ácaros/ ovos diversos Nabis spp. Alvo: C. Includens, A. gemmatalis, H. zeae Podisus nigrispinus Alvo: Ovos e ninfas de percevejos, vaquinhas, A. gemmatalis R. Nu, C. Includens e o complexo do gênero Spodoptera Orius insidiosus Alvo: Ninfas de mosca-branca e de cigarrinhas, os tripes, os afídeos, os ácaros, ovos de outros insetos, pequenas lagartas recém-eclodidas Predadores - Hemípteros Alcaeorrhynchus grandis Alvo: Larvas de lepidópteros Tynacantha marginata Alvo: Piezodorus guildinii e Nezara viridula Predadores - Coleópteros A. gemmatalis, C. includens e Trichoplusia ni, pulgões, dípteros, coleópteros e lepidópteros, entre outros insetos Lebia concinna Alvo: Diversos Eriopsis connexa Afídios Outros Predadores Parasitóides de Lepdópteros - ovos Trichogramma spp. Endoparasitóides de ovos Telenomus remus Parasita ovos Copidosoma floridanum Parasita ovos Parasitóides de Lepdópteros - lagartas Parasitóides de Percevejos - ovos Parasitóides de Percevejos - adultos Baculovirus anticarsia Nomuraea rileyi Níveis de controle para as pragas alvo Nome Comum Nome Científico Nível de Controle (Período Vegetativo (V1-Vn) Nível de Controle (Período Reprodutivo (R1-R6) Lagarta da Soja Anticarsia gemmatalis 30% de desfolha 20 lagartas/pano 15% de desfolha 20 lagartas/pano Falsa medideira Chrysodeixis includens Rachiplusia nu 30% de desfolha 20 lagartas/pano 15% de desfolha 20 lagartas/pano Lagarta das maçãs e Helicoverpa Heliothis virescens Helicoverpa spp. 30% de desfolha 4 lagartas/pano 15% de desfolha 2 lagartas/pano 10%vagens atacadas Broca dos Ponteiros Crocidosema aporema 25% plantas com ponteiros atacados 25% plantas com ponteiros atacados Lagarta Elasmo Elasmopalpus lignosellus NA NA Referência: Adaptado de Embrapa e Monsanto Níveis de controle para as pragas não alvo Nome Comum Nome Científico Nível de Controle Período Vegetativo (V1-Vn) Nível de Controle Período Reprodutivo (R1-R6) Complexo Spodoptera Spodoptera eridania Spodoptera cosmioides Spodopter frugiperda 30% de desfolha 10 lagartas//pano 15% de desfolha 10% vagens atacadas 10 lagartas//pano Tamanduá da Soja Sternechus subsignatus 1 adulto/m linear (até V3) 2 adultos/m linear (V4-V6) NA Complexo Percevejos Euschistus heros Piezodorus guildinii Nezara viridula NA 2 percevejos / m (comercial) 1 percevejo / pano (sementes) Mosca Branca Bemisia tabaci Coleópteros Desfolhadores Diabrotica speciosa Cerotoma sp. Megascelis sp Maecolaspis calcarifera 30% de desfolha 15% de desfolha Ácaros Polyphagotarsonemus latus Tetranychus ludeni Tetranychus desertorum Tetranychus urticae NA NA Referência: Adaptado de Embrapa e Monsanto Boas práticas indispensáveis para sistemas de cultivo -Dessecação antecipada; -Monitoramento; (CHAVE PARA CONTROLE); -Número, tamanho dos insetos-pragas e estádio de desenvolvimento da soja; -Uso de equipamentos de aplicação corretos e calibrados; -Momento e condições climática favoráveis para aplicação; -Produto e dose corretas; Conhecer os principais grupos de lagartas, monitorar seu comportamento a campo, conhecer os níveis de danos indicados pela pesquisa, utilizar os produtos nas doses corretas são práticas que aumentam a chance de sucesso no controle dessas pragas da soja. Entretanto, tudo isso pode ser perdido se, no momento da aplicação, não forem adotadas técnicas eficientes para que o produto chegue até o local correto para o controle dessas pragas. De modo geral, as lagartas costumam ficar nas partes mediana e inferior da planta, tanto nas culturas da soja como no algodão. Para que o controle seja eficiente, é preciso ter um bom molhamento das folhas dessa região, fazendo com que as gotas que saem do pulverizador cheguem na parte mediana e inferior da planta. Não é uma técnica de aplicação tão fácil, mas há algumas dicas para aumentar a eficiência: • Procure trabalhar com produção de gotas pequenas, pois essas gotas tem maior capacidade de atingir a parte inferior da planta. • Utilize bicos de boa qualidade e adequados para produção de gotas menores. • O ideal é trabalhar com maiores volumes de aplicação, que também proporciona uma maior cobertura do produto aplicado. • Evite aplicar em condições de temperatura muito elevadas (acima dos 30°C) e de umidade baixa (menor que 60%) senão a gota pequena pode evaporar e não realizar o controle desejado. • Evite também aplicar com ventos superiores a 6 km/h, pois pode ocorrer a deriva e o produto não chegar no alvo desejado. • Geralmente os horários mais adequados para aplicação são a partir do final do tarde até o início da manhã, prefira fazer a aplicação nesse intervalo do dia, pois as condições climáticas tendem a serem as mais propícias. Tecnologia de aplicação para o sucesso no controle de pragas Referências Bibliográficas ANTUNIASSI, U. R.; BOLLER, W. Tecnologia de aplicação para culturas anuais. Passo Fundo / Botucatu: Aldeia Norte/ FEPAF, 2011. 279p. ÁVILA, C. J.; VIVAN, L. M.; TOMQUELSKI, G. V. Ocorrência, aspectos biológicos, danos e estratégias de manejo de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) nos sistemas de produção agrícolas. Dourados. MS, 2013. 11p. (Circular Técnica, 23, junho de 2013) ÁVILA, C. J.; VIVAN, L. M.; TOMQUELSKI, G. V. Ocorrência, aspectos biológicos, danos e estratégias de manejo de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) nos sistemas de produção agrícolas. Dourados. MS, 2013. 11p. (Circular Técnica, 23, agosto de 2013) Bueno, R. C. O. F.; Bueno, A. F.; Moscardi, F.; Parra, J. R. P.; Hoffmann-Campo, C. B. Lepidopteran larva consumption of soybean foliage: basis for developingmultiple-species economic thresholds for pestmanagement decisions. Pest Manag Sci. n, 67, p.170–174, 2011. (wileyonlinelibrary.com) DOI 10.1002/ps.2047 CH., M. T.; MALIK, M. A..; IQBAL, N. Management of Helicoverpa armigera with different insecticides. Pakistan Journal Agriculture Science, v. 42, n. 1-2, p. 75-77, 2005. CORRÊA-FERREIRA, B.S.; PANIZZI, A.R. Percevejos da soja e seu manejo. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1999. 45p. (EMBRAPA-CNPSo. Circular Técnica, 24) CZEPAK, C.; ALBERNAZ, K. C.; VIVAN, L. M.; GUIMARÃES, H. O.; CARVALHAIS,T. Primeiro registro de ocorrência de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) no Brasil. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 43, n. 1, p. 110-113, jan./mar. 2013a. CZEPAK, C.; VIVAN, L. M.; ALBERNAZ, K. C. Praga da vez. Cultivar: grandes culturas, Pelotas, ano 15, n. 167, p. 20-27, abr. 2013b. CZEPAK, C.; GUIMARÃES, H.O.; VIVAN, L. M. Lucro sugado. Cultivar: grandes culturas, Pelotas, n. 172, p. 3-9, set. 2013c. EMBRAPA. 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PRAGA TECNOLOGIA INTACTA RR2 Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) controle Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens) controle Complexo de Percevejos não alvo Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) supressão Complexo de Spodoptera não alvo Broca-das-axilas (Crocidosema aporema) controle Lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens) controle Helicoverpa spp supressão MUITO OBRIGADO marcos.palhares@monsanto.com Acesse o site www.raiz doconhecimento.com.br, cadastre-se , digite “manual depragas” no campo de busca e baixe o livro de pragas de milho, soja e algodão,no seu computador, Ipad, tablet, etc.
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