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MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS NAS 
 CULTURAS DE MILHO E SOJA 
Bebedouro (SP) 
07/07/2016 
Eng. Agrônomo M.Sc. Marcos Palhares 
TRIÂNGULO DE DOENÇAS 
O risco da ocorrência de uma epidemia no campo é representado 
tradicionalmente pelo triangulo de doenças: 
 
HOSPEDEIRO 
PATÓGENO AMBIENTE 
DOENÇA 
Para a ocorrência de uma epidemia é necessário uma PERFEITA INTERAÇÃO e 
HARMONIA destes três fatores. A quebra de qualquer um destes fatores irá 
deduzir drasticamente a velocidade de aumento e severidade da doença. 
Produtividade dos híbridos de milho em função 
de época de plantio 
Kg/ha 
Tempo 
Data de “virada” da doença 
Ambiente 1 Ambiente 2 
P. Sorghi 
 
E. Thurcicum 
 
Grãos Ardidos Phaeosphaeria maydis 
 
Cercospora maydis 
 
Puccinia polysora 
fungicidas 
Principais Doenças Foliares 
Ferrugem Polissora Ferrugem Tropical Cercospora zeae 
HT Mancha branca 
Doenças Foliares Secundárias 
Ferrugem Comum Diplodia B. maydis Helmintosporiose 
Enfezamento Pálido Enfez. Vermelho Mosaico Comum 
Doenças de Colmo 
Antracnose Fusarium Diplodia 
Macrophomina Giberela 
Doenças de Espigas 
Diplodia Fusarium 
Giberela 
• Susceptibilidade/Resistência 
•Milho sobre Milho 
• Plantio Direto 
•Ausência de Rotação de Culturas 
• Plantio Tardio 
• Irrigação 
• Presença da doença nos restos de cultura 
• Ambientes Favoráveis 
Alto risco de ocorrência da 
doença em alta severidade 
Maior retorno econômico 
Baixo risco de ocorrência da 
doença em alta severidade 
Menor retorno econômico 
CONTROLE QUÍMICO 
DOENÇAS FOCO PARA MANEJO COM FUNGICIDAS 
FERRUGENS CERCOSPORA 
As ferrugens e a Cercospora são as principais doenças alvo para a recomendação da aplicação de 
fungicidas. Isto em função da elevada agressividade e boa resposta a aplicação de fungicidas. 
 
Para as demais doenças, geralmente o retorno geralmente é abaixo do esperado. Isto devido a menor 
agressividade da doença ( por exemplo: Diplódia na folha) ou mesmo pela baixa eficiência dos produtos 
registrados (por exemplos: mancha branca, helmintosporioses). 
RECOMENDAÇÃO DE FUNGICIDAS 
 A aplicação de fungicidas na cultura do milho muitas vezes dependerá da 
tecnologia de aplicação disponivel. Basicamente podem ocorrer 3 situações: 
 
1- Aplicações com Equipamentos de Arrasto – o limite de aplicação será de 
80cm a 100 cm com a cultura entre V8 e V10. Apresentará menor eficiência 
para doenças que ocorram mais próxima ao florescimento como a Cercospora 
e Mancha Branca. 
 
2 –Aplicações com Auto-propelido – As aplicações podem ser realizadas no 
momento ideal. E dependendo da doença acontecerá no pré-floresciemento 
(milho até 2,0m). 
 
3- Aplicações aéreas – podem ser realizadas em qualquer fase de 
desenvolvimento da cultura sem qualquer limitação de altura de plantas 
 
MOMENTO DE APLICAÇÃO 
 
MOMENTO DE APLICAÇÃO 
1- Aplicações com pulverizadores 
convencionais 
2 – Aplicações com auto-propelido 
3- Aplicações aéreas 
Atualmente os híbridos de milho, apresentam elevada 
capacidade de produção, demandando altas taxas de 
fotossítese, sendo crítica no período reprodutivo. 
 
Nesta fase por exemplo, a redução de 10% da área 
foliar ativa, poderá reduzir a produtividade em cerca 
de 8-10%. 
 
Se dividirmos a planta de três parte iguais, o terço 
médio da planta que compreende as folhas da espiga, 
2 acima e 2 abaixo, além de somarem de 60 a 70% da 
area foliar total, apresenta grande importância em 
função da proximidade com a espiga. Por isso os 
fungicidas aplicados no pré-florescimento precisam de 
uma boa cobertura sobre estas folhas para trazerem 
as respostas esperadas. 
 
 
 
INDICE DE ÁREA FOLIAR E 
PRODUTIVIDADE 
1/3 
1/3 
1/3 
RECOMENDAÇÃO DE FUNGICIDAS 
Como podemos observar a recomendação padrão para a cultura do milho, são as formulações de Triazois 
associadas a Estrobilurinas em função do maior espectro de ação e do maior residual ( cerca de 20 dias) 
 
 
 
 
 
RECOMENDAÇÃO DE 
FUNGICIDAS 
Mancha Branca – os fungicidas registrados apresentam baixa eficácia necessitando de aplicações sequenciais. A 
aplicação com Cobre apresenta o melhor controle, porém além de não termos nenhuma formulação registrada 
para o milho, o cobre é facilmente lavável e apresenta elevado risco de fitotoxidez, por isso deve ser 
evitados. 
 
Cercospora – melhor desempenho são as misturas de triazol com estrubilurina. Em regiões com elevada 
severidade aplicação deve ser realizada tão logo apareçam os primeiros sintomas. 
 
Helmintosporioses e Macrospora – As aplicações para o controle destas doenças geralmente devem acontecer 
no estádio de V8-V10. A maioria dos fungicidas registrados não apresenta bom controle. Melhores resultados 
experimentais são verificados com aplicaçao de Mancozeb (Dithane, Manzate, etc). Porém estes produtos não 
estão registrados para a cultura. 
 
Ferrugens – Em ambientes de elevada severidade as aplicações geralmente ocorrem no estádio vegetativo, a 
partir de 2% de incidência. As misturas de de triazol com estrubilurina apresentam boa eficiência além de 
trazerem bom controle para outras doencas. Porém situações de maior severidade, realize a primeira 
aplicação com Triazol puro. Lembre-se que o residual dos triazois são menores (cerca de até 15 dias). 
 
Curvulária e Kabatiela – São doenças secundarias na cultura, porém se necessário, utilize as misturas de triazol 
com estrubilurina. 
 
Physoderma - No Brasil não tem apresentado impactos na produtividade por isso não se faz o controle 
químico desta doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• FUNGOS NECROTRÓFICOS 
– Anthracnose stalk rot (C. 
graminicola) 
– Gibberella ear/stalk rot (G. zeae) 
– Fusarium ear/stalk rot (F. 
verticillioides) 
– Diplodia ear/stalk rot (S. 
macrospora and S. maydis) 
– Charcoal Rot (M. phaseolina) 
– Seedling Rot (Phytium spp.) 
– Nothern Leaf Blight (E. turcicum) 
– Grey Leaf Spot (C. zeae-maydis) 
– Southern Leaf Blight (B. maydis) 
– White spot (P. ananatis) 
ROTAÇÃO DE CULTURAS 
Beckman, et al. 1982 (Phytopathology) 
• Seleção de híbridos e cultivares 
• Data de plantio 
• Tratamento de sementes 
• Rotação de culturas 
• Fertilizantes (N/K) 
• Stand final 
• Controle de pragas 
• Controle biológico 
• Colheita no momento correto 
• Controle químico 
 
SISTEMA DE MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS 
Manejo Integrado 
de Pragas na 
Cultura de Milho 
 
"Manejo Integrado de Pragas é o sistema de manejo de 
pragas que, contextualmente, associa o ambiente e a 
dinâmica populacional da espécie, utiliza todas as 
técnicas apropriadas e métodos de forma tão compatível 
quanto possível e mantém a população da praga em 
níveis abaixo daqueles capazes de causar dano 
econômico". 
 
FAO 
BIOTECNOLOGIA 
MANEJO 
GERMOPLASMA 
Manejo: Preparo e fertilidade do solo, stand inicial, 
manejo de doenças, plantas daninha e insetos 
Inseticidas 
Herbicidas 
Perfil 
do solo 
Fertilidade 
Fungicidas 
Inseticidas 
População 
de plantas 
Dessecação antecipada e uso 
de inseticidas para manejo de 
pragas residentes 
Monitoramento da cultura do milho 
em todos os estágios de desenvolvimento 
independente da tecnologia 
Rotação de culturas e 
manejo de plantas 
voluntárias 
Tratamento de sementes 
Controle inicial de lagartas 
Plante refugio adequadamente 
manejo racional de pragas 
no refugio 
Manejo de ervas e 
plantas voluntárias 
Manejo complementar de pragas 
ÁRVORESDE INSETICIDAS MANUAL E 
POSTER DE PRAGAS 
RRPLUS 
ÁRVORES DE INSETICIDAS 
RRPLUS 
NINTEX (SPOTFIRE) & MYIFFICE | MANUAL DE BOLSO E MANUAL PRAGAS 
TRABALHO REGIONAL SISTEMAS TD 
RRPLUS 
PROGRAMA DE INCENTIVOS E REFUGIOMAX MILHO 360 
ÁRVORES DE INSETICIDAS RESULTADOS SOBRE USO DE 
INSETICIDAS 
Recomendação precisa de produtos | Aplicação na época 
correta | Melhores recomendações sob todas as condições 
de infestação 
1 
7 
2 
3 
5 
4 6 
Boas práticas agronômicas 
 Pragas Importantes na Cultura do Milho: 
 
Adulto de Dalbulus maidis (Ivan Cruz - EMBRAPA) 
 
 PERCEVEJOS 
 
 
Identificação 
Edessa meditabunda 
Percevejo Barriga 
Verde 
Dichelops furcatus 
Percevejo Barriga Verde 
Dichelops melacanthus 
Percevejo Verde 
Nezara viridula 
Percevejo Verde 
Pequeno 
Piezodorus guildinii 
Dichelops melacanthus 
Identificação 
Dichelops furcatus 
 Postura: ~13 ovos (38,5% viabilidade) 
 Incubação: ~4,4 dias 
 Ninfas: 5 instares 
 Período ovo – adulto: ~26 dias (a 25°C ± 2, 12h fotofase e 70% ± 5 
UR) 
 Longevidade dos adultos: ~31-43 dias 
 Ciclo se prolonga em temperaturas < 20°C 
Ciclo Biológico 
3,2 4,4 
dias 
4,8 3,6 4,1 6,0 
26 
Sintomas provocados por Percevejos 
 
Foto: TD Monsanto, 2013 
Perdas na Colheita 
Foto: TD Monsanto, 2013 
Infestação de 01 percevejo m2 pode causar danos às plantas de 
Milho: 
diminuição do diâmetro de colmo 
plantas mais susceptíveis ao tombamento por ação de fatores 
externos 
Danos nos componentes de produtividade são observados com 
infestações a campo de 02 e 04 percevejos m2; 
D. melacanthus tem grande potencial de dano sobre a cultura: 
prejudicando o desenvolvimento inicial das plantas; 
plantas menos vigorosas pela interferência no crescimento 
radicular e área foliar; 
Danos à produtividade ocorrem de forma indireta, pois com o ataque 
a planta torna-se debilitada em sua fase inicial e perde potencial 
produtivo, o que refletirá no rendimento final da cultura a campo; 
O nível de dano econômico do percevejo D. melacanthus para a 
cultura do milho nas condições acima citadas é de 0,27 insetos m2. 
Nível de Dano 
Fonte: Bridi, M., UNICENTRO, 2012 
Reduzir perdas na colheita de soja 
 
Controle de plantas daninhas 
 
Redução populacional; 
 
Inseticida na dessecação é fundamental; 
 
Tratamento de Semente Industrial (TSI) 
 
Em casos de ataque severo a melhor alternativa é o TSI, associado a inseticida 
registrado para aplicação na parte aérea da cultura, até no máximo 01 semana 
após a emergência (ALBUQUERQUE et al., 2006). 
Manejo Integrado 
Manejo Integrado deve considerar todas as fases… 
TS 
1,0-2,0 cm 
Até quando controlar? 
Aplicar em períodos de maior exposição: a partir de 08:00 até 
entrada da noite; 
 Evitar aplicações nos períodos em que a praga esta abrigada: 
a noite; 
dias chuvosos ou logo após chuva; 
temperaturas amenas ou frio; 
 Áreas com presença de plantas daninhas ou farta palhada de Soja 
(ambiente de Safrinha) a aplicação deve ser mais frequente; 
As possíveis diferenças entre germoplasmas não dispensam o 
monitoramento e controle complementar. 
Lembre-se... 
 PULGÃO/VIROSE 
 
 
 
 
 
 
Importância Econômica 
Relatos de ocorrência no campo 
safra 2005/06 
 VERÃO 2005/2006: 
danos econômicos (10% a 50%) no 
SUL devido ao ataque do pulgão. 
 
 
 
 
Importância Econômica 
“Sob altas temperaturas e baixa pluviosidade, as 
populações crescem rapidamente e podem causar 
danos no rendimento”. 
 
“Os sintomas são morte de plantas, perfilhamento, 
espigas atrofiadas e espigas com granação deficiente”. 
40 
 
F
o
t
o
:
 S
a
n
t
o
s
,
 U
 
Danos 
41 
Foto:Gasparin, R 
Foto:Gasparin, R 
Foto:Santos, U 
Planta de milho com sintomas de mosaico comum 
(potyvírus) 
 
Danos 
 
 
 
 
Danos - Viroses 
O vetor: 
 Rhopalosiphum maidis alado infecta-se durante as 
estiletadas de prova, voa disseminando a virose (ex.: 
Potyvirus) 
 Tal infecção ocorre durante os primeiros estádios 
fenológicos do milho (em torno de V4). 
 
A doença: 
 Há germoplasmas susceptíveis e tolerantes. 
 Uma vez instalada a doença em um germoplasma 
susceptível, o dano econômico depende da ocorrência de 
três fatores concomitantemente: estádio da planta + alta 
temperatura + stress hídrico (no momento crítico). 
 
 
 
 
 
 
Monitoramento e Controle 
• O monitoramento da população de pulgões deve ser realizado semanalmente, 
durante a fase vegetativa da cultura, a partir de V4 até o início da fase reprodutiva, 
examinando-se aleatoriamente 100 plantas/talhão em grupos de 20 plantas. No 
monitoramento deve-se observar detalhadamente as plantas na região do cartucho 
(Waquil et al., 2003); avaliando pulgões adultos, ninfas e a população de inimigos 
naturais. 
 
 
 
 
 
Monitoramento e Controle 
 No estádio V4 a VT, sugere-se o controle com inseticidas quando 10 a 
20% das plantas amostradas apresentarem presença de pulgões (sob 
consulta de um Engenheiro Agrônomo). 
 
 
 A partir do pendoamento não se recomenda o controle, pois o pulgão 
fica exposto ao sol sofrendo desidratação e também exposto ao 
ataque dos seus inimigos naturais. Soma-se a isto o fato de que, 
infecções anteriores (virose) já provocaram o dano. 
 
 
 
 
 
 
Monitoramento e Controle 
 Produtos Químicos: Imidacloprid 
 Cigaral- 
 Nuprid 
 
 Pontos importantes: 
 
 Pela localização da praga e para garantir eficiência na aplicação deve-se 
utilizar volumes de calda superiores a 200L/ha; 
 
 Utilizar gotas grandes e pontas antideriva; 
 
 Aplicações em pleno florescimento podem causar fitotoxidez e falhas de 
polinização. 
 
46 
 Cigarrinha/Enfezamento 
 
 
Cigarrinha do Milho 
Cigarrinha-do-milho (adulto) Cigarrinha-do-milho (ninfa) 
48 
Enfezamento Vermelho - fitoplasma 
Enfezamento Vermelho 
Importância da doença: 
Essa doença pode ocorrer em 100% das plantas na lavoura, causando perda total da 
produção. A incidência do enfezamento vermelho tem aumentado principalmente em 
função do plantio do milho em mais de uma época no ano. 
 
Sintomas: 
- avermelhamento intenso e generalizado da planta (inicia-se no ápice e nas margens 
das folhas) 
- proliferação de espigas em uma ou em várias axilas foliares 
- as plantas crescem aparentemente normais e os sintomas da doença manifestam-se 
apenas durante o estádio de enchimento de Grãos 
- encurtamento de internódios, 
- prejudica o crescimento das espigas 
- grãos pequenos, manchados, frouxos na espiga ou chochos, devido ao seu 
enchimento incompleto 
- as plantas doentes morrem precocemente, 
50 
Enfezamento Pálido (spiroplasma) 
Planta de milho com enfezamento 
pálido: morte precoce 
Enfezamento Pálido 
Importância da doença: 
Essa doença pode ocorrer em 100% das plantas na lavoura, causando perda total da 
produção. A incidência do enfezamento pálido tem aumentado principalmente em 
função do plantio do milho em mais de uma época no ano. 
 
Sintomas: 
- estrias esbranquiçadas irregulares nas folhas a partir da base, 
- plantas raquíticas e improdutivas 
- encurtamento de internódios, 
- prejudica o crescimento das espigas 
- grãos pequenos, manchados, frouxos na espiga ou chochos, devido ao seu 
enchimento incompleto 
- as plantas doentes morrem precocemente,52 
Manejo de Enfezamentos 
- utilização de cultivares resistentes, 
- adequação da época de plantio, evitando-se plantios tardios, 
- a interrupção de plantios consecutivos, que proporcionam a sobreposição de ciclos 
da cultura, 
- a eliminação de plantas de milho voluntárias (tigüera) 
- diversificação de cultivares na área de plantio, 
54 
Lagarta do Cartucho 
 
 
55 
Monitoramento 
O monitoramento é o primeiro passo para se praticar o MIP. Sem 
monitorar a densidade populacional da espécie-alvo no campo não há como 
se aplicar os princípios do MIP. Assim, recomenda-se iniciar o 
monitoramento mesmo antes de se iniciar o plantio. A freqüência e o método 
de amostragem depende da fase de desenvolvimento da cultura e do nível 
de precisão que se pretende conduzir o manejo. Quanto maior a freqüência 
e tamanho da amostra melhor, entretanto, deve-se considerar também os 
custos dessas amostragens. 
 
◊ Amostrar 4 pontos ao acaso na area (10 a 20 ha) com 25 plantas em 
cada ponto avaliado. 
◊ A recomendação da Monsanto é realizar aplicação de inseticida quando 
pelo menos 20% das plantas amostradas atingirem nível de dano 
maior ou igual a 3 (na escala Davis). No caso de realizar mais de uma 
aplicação, fazer a rotação de princípios ativos. 
 
56 
NOTA 0 
Cartuchos sem lesões 
NOTA 2 
Folhas raspadas e 
pequenas lesões 
circulares 
NOTA 3 
Cartucho com poucas 
lesões circulares ou 
indefinidas de até 1,3 
cm nas folhas 
expandidas e novas 
NOTA 4 
Cartucho com várias 
lesões entre 1,3 e 
2,5 cm nas folhas 
expandidas e novas 
NOTA 5 
Cartucho com várias 
lesões maiores que 
2,5 cm presentes em 
algumas folhas 
expandidas e novas 
NOTA 6 
Cartucho com várias 
lesões maiores que 
2,5 cm presentes em 
várias folhas 
expandidas e novas 
NOTA 7 
Cartucho com várias 
lesões irregulares e 
algumas áreas das 
folhas completamente 
comidas 
NOTA 8 
Cartucho com várias 
lesões irregulares e 
várias folhas 
completamente 
comidas 
NOTA 9 
Planta completamente 
destruída 
Referência: Davis et al. 1992, Technical Bulletin, 186. 
NOTA 1 
Folhas raspadas 
LAGARTA DO CARTUCHO – Escala DAVIS 
Recomendação correta de acordo com estágio da praga e 
da planta, condições ambientais e operacionais e outros 
4,4 
7,5 
9,4 
12,4 13,6 
16,9 18 
21,3 
0
5
10
15
20
25
2 3 4 5 6 7 8 9
DAVIS SCALE 
S
iz
e
 o
f 
c
a
te
rp
il
la
rs
 
(m
m
) 
Relation Between Davis Scale vs Size of Fall 
Armywormin Field Conditions on Corn 
RECOMMENDED 
APPLICATION 
L1 e L2 lagarta pequena L3 e L4 lagarta média L5 lagarta grande 
FASE AMBIENTE FAVORÁREL
V2 5% 10% 15% 20% 25%
V4 5% 10% 15% 20% 25%
V6 5% 10% 15% 20% 25%
V8 5% 10% 15% 20% 25%
V10 5% 10% 15% 20% 25%
AMBIENTE ESTRESSANTE
5% 10% 15% 20% 25%
5% 10% 15% 20% 25%
5% 10% 15% 20% 25%
5% 10% 15% 20% 25%
5% 10% 15% 20% 25%
Não aplica, mas refaz 
o monitoramento 
3-5 dias depois
Decisão de aplicar depende do 
tamanho da lagarta e condições 
operacionais/ climáticas
Aplica, mas refaz 
o monitoramento 
3-5 dias depois
Vaquinha 
 
 
Foto: Saulo 
Tocchetto 
Foto: Saulo 
Tocchetto Foto: Dirceu Gassen 
1 
2 
3 
FUNÇÕES DO SISTEMA RADICULAR DO MILHO 
Ancoragem 
da planta 
Aquisição de 
água e nutrientes 
Síntese de 
hormônios 
FUNÇÕES DO SISTEMA RADICULAR DO MILHO 
RESULTADOS PERFORMANCE PRO3 (FUNDAÇÃO ABC) 
PRODUTIVIDADE 
ESTAÇÃO ITABERÁ SP 
+19% 
Produção 
de Grãos 
PRO2 PRO3 PRO2 PRO3 PRO2 PRO3 
híbridos Cv.:8,0/Pr>F: 
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
11548 
ab 10758 
bc 9821 
c 
12777 
a 
10283 
bc 
12260 
a 
1 2 3 
Maior Capacidade de Absorção de Nutrientes 
BENEFÍCIOS PRO3 
RAÍZES 
RAÍZES ÍNTEGRAS 
& 
COM MAIOR 
VOLUME 
Maior Volume de Solo Explorado 
Maior Profundidade do Sistema Radicular 
Maior Aproveitamento da Água do Solo 
Produtividade com Maior Segurança 
VTPRO3 
Região de 
Proteção 
SEM TECNOLOGIA 
Manejo de Doenças 
na Cultura de Soja 
 
68 
Doenças da Cultura da Soja 
11/07/2016 Monsanto Confidential 
Emergênci
a Fase Vegetativa (V0-Vn) Fase Reprodutiva (R1-R8) Colheita 
0-5 dias 6 -60 dias 61-125 dias 
Fungos de solo 
Rizoctonia 
Fusarium 
Macrophomina 
Antracnose 
Cancro da haste 
Ferrugem Asiática 
Fusarium 
Mildio 
Oídio 
Mofo Branco 
DFC 
Nematóides: 
 Galhas 
 Cistos 
Grupo de Classificação de doenças quanto ao 
processo que afetam: 
I – Podridão em órgãos de reserva 
 (Acúmulo de nutrientes em órgãos de reserva) 
II – Danos em plântulas 
 (Desenvolvimento de tecidos jovens) 
III – Podridão em raízes e colo 
 (Absorção de água e nutrientes) 
IV – Murchas Vasculares 
 (Transporte de água e nutrientes) 
V – Manchas, ferrugens, oídios e míldios 
 (Realização de fotossíntese) 
VI – Galhas e viroses 
 (Aproveitamento de fotossintetizados) 
Fonte: McNew, 1960. 
Ferrugem 
Fungo: Phakopsora pachyrhizi e P. meibomiae 
 
Sintomas: 
 Iniciais: pequenos pontos mais escuros do que o tecido sadio da folha, de uma coloração 
 esverdeada a cinza-esverdeada, com correspondente protuberância (urédia), na página 
 inferior da folha. 
 O tecido da folha ao redor das urédias adquire coloração castanho-clara a castanho- 
 avermelhada. 
 
Condições favoráveis: 
 Temperaturas entre 18°C a 26,5°C e água livre na superfície da folha, mínimo de 6 horas, 
 com um máximo de infecção ocorrendo com 10 a 12 horas de molhamento foliar. 
 
Ferrugem 
Sintomas 
Face superior Face inferior 
FERRUGEM (Phakopsora pachyrhizi) 
Lesões iniciais: pontuações encharcadas 
FERRUGEM (Phakopsora pachyrhizi) 
Trata-se de um fungo biotrófico, que necessita do hospedeiro vivo para 
sobreviver e se multiplicar. As condições ambientais possuem grande influência 
na ocorrência de P. pachyrizi, e a doença é favorecida quando há pelo menos 6 a 
12 horas de molhamento foliar, umidade relativa entre 75 e 80%, e temperatura 
ótima pra infecção de 18 a 26,5ºC. 
FERRUGEM (Phakopsora pachyrhizi) 
Na fase vegetativa as ocorrências são 
menos expressivas, prevalecendo o 
ataque no enchimento de grãos (R5), 
conforme apresentado na Figura 1 
1: Número de ocorrências da ferrugem asiática da soja no Brasil, na 
safra 2014/2015, por estádio fenológico. Fonte: Consórcio Antiferrugem 
(2015). 
CONTROLE 
 Rotação de cultura (quebrar o ciclo do patódeno) 
 Plantio de cultivares precoces no início da época recomendada 
 Cultivares resistentes 
 Sementes sadias / tratadas 
 Vazio sanitário (dura entre 60 e 137 dias, dependendo da região; a 
viabilidade dos esporos é de 55 dias) 
 Controle químico 
 
 
TÁTICAS DE MANEJO 
Monitorar a lavoura (em 5 dias os sintomas já podem ocorrer e 
desfolhar toda a lavoura em 20 dias; 3 metros/dia, 96 Km/semana) 
observar as condições de temperatura (15ºC a 28ºC) e período de 
molhamento acima de 6 horas que são favoráveis à infecção. 
Deve-se avaliar o terço inferior das plantas, local de início da 
infecção, com lupa de 10 a 30x; 
Há fungicidas bons, mas o alvo (baixeiro) é de difícil acesso; 
Solantenol+Amistar 
 
 
Principais grupos registrados para controle de 
doenças na cultura da soja 
 Benzimidazóis – mitose 
 (tiofanato metílico, carbendazim) 
 
 Triazóis - inibidores da biossíntese de esteróis (DMI) 
 (ciproconazole, epoxiconazole, propiconazole, tebuconazole,etc) 
 
 Estrobilurinas – respiração 
 (azoxystrobina, pyraclostrobina, trifloxistrobina, picoxystrobina) 
 
Solantenol+Amistar 
benzimidazóis triazóis estrobilurinas 
ferrugem * * 
DFC ** * ** 
mancha alvo ** 
antracnose ** * 
oídio * ** * 
mela ** 
mofo branco * 
Eficiência dos grupos registrados 
** > * 
Manejo de Pragas 
na Cultura de Soja 
 
PRINCIPAIS PRAGAS DA SOJA EM SEUS DIFERENTES ESTÁDIOS 
Pragas Primárias 
Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) 
Os insetos adultos dessa espécie são mariposas com cerca de 5 cm de envergadura e coloração parda, 
cinza ou marrom. Quando estão em repouso, suas asas permanecem abertas e fica visível uma linha 
transversal que as corta de ponta a ponta. 
São insetos de hábitos noturnos e abrigam-se em áreas sombreadas durante o dia, geralmente entre as 
folhas ou abaixo delas. As fêmeas põem seus ovos no final da tarde e durante a noite. Os locais 
preferidos para a postura são a face inferior das folhas, ramos, hastes e caule. A coloração inicial dos 
ovos é verde-clara e, de acordo com o desenvolvimento do embrião, estes se tornam escuros. Logo após 
a eclosão dos ovos, as lagartas possuem coloração verde-clara e as patas abdominais ainda não se 
desenvolveram completamente, fazendo-as andar em movimentos do tipo mede-palmo. Na fase 
seguinte, já não andam mais medindo palmos e fica evidente a quantidade de pernas: três pares na 
região torácica, quatro abdominais e um anal. Podem continuar verdes ou ficarem escuras, o que 
ocorre em condições de alta infestação, porém sempre com três linhas longitudinais claras no dorso. 
No final da fase larval, o inseto migra para o solo, onde se enterra a poucos centímetros de 
profundidade e se transforma em pupa. O ciclo biológico, do ovo ao adulto, dura aproximadamente 30 
dias. As lagartas, inicialmente, apenas raspam pequenas áreas das folhas deixando para trás uma 
membrana translúcida e perfurações. Quando estão maiores, alimentam-se de toda a superfície foliar, 
inclusive de nervuras, pecíolos e hastes mais finas. Nesse caso, as folhas atacadas ficam com grandes 
áreas recortadas ou são completamente consumidas. 
Manejo: 
 
Nível de dano econômico: 
fase vegetativa: 30% de desfolha 
fase reprodutiva: 15% de desfolha 
ou 20 lagartas/m em qualquer um dos casos 
 
• Químico: a lagarta da soja é uma praga considerada de fácil controle com inseticidas dos grupos 
químicos dos organofosforados, piretróides, ciclodienoclorado e por reguladores de crescimento. 
 
• Biológico: inimigos naturais, Nomurea rileyi, Bacillus thuringiensis 
 
• Biotecnologia: 
 
= Controle 
Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) 
Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens) 
-É um inseto polífago e nos últimos anos tem sido frequente na cultura de soja, especialmente no 
Centro Oeste do Brasil. 
 
-Lagartas pequenas têm preferência pelo terço inferior de plantas de soja e algodão, enquanto lagartas 
maiores tornam-se menos exigentes. É uma espécie desfolhadora que não se alimenta das nervuras das 
plantas deixando um aspécto característico (rendilhado). 
 
-Lagartas: são de coloração verde, algumas linhas longitudinais brancas sobre seu dorso. Apresentam 
pernas toráxicas e dois pares de pseudopernas abdominais e um par anal, devido esta última 
característica morfológica estas lagartas se locomovem como se estivessem medindo palmos. 
 
-Pupa: após o último ínstar, a lagarta tece uma teia na folha, onde a mesma se prende e abriga até se 
tornar adulto. 
 
 
Foto: Carla Dutra Foto: Carla Dutra 
Foto : G.L.Rosa, Fonte: Embrapa Soja ,2012. 
Foto: Carla Dutra 
O adulto da lagarta falsa-medideira apresenta a 
coloração marrom acinzentada, com duas 
manchas prateadas no primeiro par de asas. 
Ciclo biológico de C. includens. 
Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens) 
Fases de desenvolvimento da cultura de soja e a presença de C. includens. Fonte: 
Desenvolvimento Tecnológico Monsanto, Safra 09/10, 3456 observações (Estações 
Experimentais) em seis Estados (RS, PR, MG, GO e MT). 
Manejo: 
 
Niveis de controle: 
- Fase Vegetativa: 30% de desfolha ou 20 lagartas/m; 
- Fase Reprodutiva: 15% de desfolha ou 20 lagartas/m. 
 
Recomendam-se, no mínimo, 10 amostragens (batidas de pano) para lavouras ou talhões de até 100 ha 
cada. 
 
-C. includens é desfavorecida em condições de chuvas devido a presença de um inimigo natural que 
causa sua morte, o fungo Nomuraea rileyi. 
 
 Químico: trabalhos conduzidos em Mato Grosso do Sul evidenciaram que os produtos metomil, 
tiodicarbe, espinosade, flubendiamida e clorantraniliprole proporcionaram boa eficácia no controle 
dessa praga; manejo é dificultado devido seu habito de alojando-se no terço médio da planta. 
 
 
- Biotecnologia: 
 
= Controle 
Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens) 
Complexo de Percevejos 
Percevejo Marrom (Euschistos heros) 
Percevejo Verde Pequeno (Piezodorus guildinii ) 
Percevejo Verde (Nezara viridula ) 
Foto: Ivan Schuster 
Complexo de Percevejos 
Percevejo Asa Preta (Edessa meditabunda) 
 
Percevejo Barriga Verde (Dichelops furcatus e D. melacantus) 
D. furcatus D. melacantus 
Complexo de Percevejos 
Manejo 
• Danos: Esses insetos introduzem o aparelho bucal no tecido 
das plantas para se alimentarem da seiva injetando enzimas 
digestivas que podem ocasionar tanto a queda das folhas 
durante o período reprodutivo, causando redução na produção 
e ou retenção foliar conhecida como “soja louca”, bem como a 
formação de grãos chochos ou manchados (Nematospora 
corylii). 
 
• Nível de controle: 
• Soja Grão: 2 percevejos (ninfa maior que 0,5 cm ou 
adulto) metro linear / batida de pano 
• Soja Semente: 1 percevejo (ninfa maior que 0,5 cm ou 
adulto) metro linear / batida de pano 
 
• Controle: Inseticidas dos grupos químicos Carbamatos, 
Organofosforados, Piretróides e Neonicotinóides são indicados. 
 
• Regiões de Milho Safrinha: Dessecação da soja com 
inseticida. 
 
Foto: Embrapa Soja 
= Inseto não alvo 
Complexo de Percevejos 
Complexo de Percevejos 
Complexo de Percevejos 
Pragas Secundárias 
Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) 
Mariposa de hábitos noturnos com cerca de 2 cm de envergadura e coloração geral cinza. As fêmeas 
apresentam cor mais escura e homogênea do que os machos, cujas asas são claras com bordas escuras. 
Quando estão em repouso, permanecem com as asas rentes ao corpo e podem ser confundidos com 
restos vegetais. 
As fêmeas ovipositam no solo próximo das plantas hospedeiras e têm preferência por solos arenosos e 
secos. Os ovos inicialmente são claros e, com o aproximar da eclosão, tornam-se vermelho-escuros. 
As lagartas são amareladas ou esverdeadas com listras e anéis vermelhos no corpo. Quando 
completamente desenvolvidas medem de 1 a 2 cm de comprimento. São elas que causam os danos à 
cultura. Alimentam-se do caule e das folhas das plântulas, causando murcha, seca e tombamento. Nas 
plantas maiores, abrem galerias no interior do caule e constroem um abrigo conectado a essa galeria ou 
próximo dela, onde a pupa será formada. O resultado do ataque é o enfraquecimento, tombamento e 
até a morte da planta. 
Possuem alta mobilidade, o que explica a possibilidade de uma única lagarta atacar várias plantas e 
causar grandes falhas nas linhas de plantio, comprometendo seriamente o estande da cultura. O ataque 
é mais danoso na fase inicial da cultura, pois as plantas jovens são facilmente devoradas e possuem 
menor capacidade de recuperação. 
Manejo: 
• Químico: pode ser realizado por meio de tratamento de sementescom inseticidas sistêmicos. 
Inseticidas aplicados logo após o aparecimento da praga tem apresentado resultados satisfatórios, 
tornando-se a melhor opção o controle preventivo. 
 
• Cultural: em regiões com alta incidência da praga, o aumento de densidade de sementes por área 
pode ser uma alternativa. A manutenção da umidade também colabora com a diminuição do ataque da 
praga. 
 
• Biotecnologia: 
 
Foto: Carlo Boer 
Foto: Marcelo Batistela 
= Supressão 
Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) 
Lagarta-rosca (Agrotis ipslon ) 
Os adultos são mariposas que podem atingir até 5 cm de envergadura e têm coloração que varia do 
pardo ao marrom. Sua cabeça, tórax e asas anteriores apresentam pontuações e manchas escuras de 
vários formatos. Suas asas anteriores são mais claras, podendo ser translúcidas e apresentar manchas. 
Os ovos são depositados em colmos, hastes, folhas ou no solo, próximo das plantas hospedeiras. Eles são 
esbranquiçados e podem ser encontrados isolados ou em grupos. 
As lagartas medem até 5 cm de comprimento, são robustas, lisas e de coloração variável, com 
predominância do cinza-escuro e marrom com pontuações pretas . Possuem hábitos noturnos e durante 
o dia ficam abrigadas no solo, sob a vegetação morta, em buracos ou sob torrões, normalmente 
próximos das plantas das quais se alimentam. Sua principal característica é se enrolar quando 
perturbadas. A fase larval dura aproximadamente 30 dias. 
A pupa é encontrada no solo dentro de casulos de terra construídos pelas lagartas. O inseto permanece 
nesse estágio por aproximadamente 15 dias, quando então eclode o adulto, reiniciando o ciclo. 
Os prejuízos causados pelas lagartas são relatados principalmente na fase inicial da cultura, pois elas se 
alimentam das sementes recém-germinadas e da haste das plantas. Os principais danos observados em 
campo são reboleiras com falhas de germinação, plantas murchas e tombadas. O ataque também pode 
ocorrer em plantas mais velhas. Nesse caso, as lagartas cortam folhas ou abrem galerias e seccionam a 
base do caule e as raízes mais superficiais. 
Manejo: 
• Cultural: a dessecação antecipada é uma prática que pode reduzir a infestação da praga, já que as 
mariposas preferem ovopositar em plantas ou restos culturais ainda verdes. 
 
•Tratamento de Sementes: devido ao hábito noturno da praga e a dificuldade de ser atingida 
diretamente por inseticidas da parte aérea, o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos pode 
ser bastante eficiente para manejo da praga. 
 
• Químico: como controle emergencial pode-se utilizar clorpirifós em pulverização de preferência no 
início da noite, dirigindo o jato de pulverização para a base da planta e com grande volume de calda . 
 
• Biotecnologia: o uso de sementes geneticamente modificadas pode ser uma das ferramentas para 
controle desta praga, porém, é mais efetiva para controle de lagartas pequenas. 
 
Lagarta-rosca (Agrotis ipslon ) 
Complexo de Spodoptera 
Spodoptera spp. 
• Gênero com lagartas bastante polífagas. Além do hábito desfolhador, alimentam-se também de 
vagens (fase reprodutiva da cultura), danificando os grãos e permitindo a entrada de 
microorganismos as mesmas. 
 
• Dentre as espécies podemos destacar a S. frugiperda, S. cosmioides e a S. eridania, esta última com 
capacidade de desfolha semelhante a Anticarsia gemmatalis. 
 
Controle químico é feito geralmente com a utilização de produtos a base de piretróides, 
organofosforados e reguladores de crescimento. 
 
Nível de controle: 
• Fase Vegetativa: 10 lagartas pequenas/m ou 30% de desfloha; 
• Fase Reprodutiva: 10 lagartas pequenas/m ou 15% de desfloha ou 10% das vagens atacadas. 
(Embrapa, 2013). 
 
Controle Biológico: Predador Doru luteipes (tesourinha), parasitóides Trichogramma spp., os fungos 
entomopatogênicos como Nomuraea rileyii, Botrytis rileyi, Beauveria globulifera e o virus 
Baculovirus são importantes agentes de controle biológico do gênero Spodoptera. 
 
 
Foto: Ivan Schuster 
= Inseto não alvo 
Identificação espécies do gênero Spodoptera 
Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) 
Foto :Ernani Santos 
Foto: Marcelo Batistela 
-Coloração variada. 
 
-Listras longitudinais. 
 
-Pontuações. 
 
-Cabeça com “Y” invertido. 
Identificação espécies do gênero Spodoptera 
Lagarta-das-vagens (Spodoptera cosmioides) 
Faixa escura (3° par de 
pernas torácicas e o 1° par de 
falsas-pernas abdominais) 
3 listras alaranjadas em sua lateral Pontos brancos 
Pontos negros semicirculares nas 
extremidades 
Identificação espécies do gênero Spodoptera 
Lagarta-das-vagens (Spodoptera eridania) 
As lagartas são inicialmente verdes e depois tornam-se cinzas com três linhas avermelhadas ou 
amareladas no dorso. Nas linhas laterais existem vários triângulos de cor escura que apontam para a 
linha central. Nessa fase, o inseto possui três pares de pernas torácicas, quatro abdominais e um 
anal. 
Listra branca ou amarelada interrompida no primeiro segmento 
abdominal por mancha escura, a listra não chega até a cabeça. 
Série de triângulos negros geralmente presentes ao longo do 
comprimento do corpo. 
Besouros com menos de 1 cm de comprimento e coloração escura, com linhas amarelas ou 
esbranquiçadas bem características no pronoto e nos élitros. Além dessas linhas, os élitros são também 
pontuados. Os adultos alimentam-se da casca do caule e das hastes da soja e causam o desfiamento dos 
tecidos nessas áreas. Para a postura dos ovos, as fêmeas desfiam um anel completo no caule. 
As larvas desenvolvem-se no interior desse anel e alimentam-se da parte interna do caule. À medida 
que se desenvolvem, causam o alargamento dessa área, formando uma galha. 
O inseto, na fase larval, é ápode e esbranquiçado, com a cabeça castanha ou marrom. Pode hibernar 
durante vários meses, especialmente em regiões de clima frio. Próximo do fim dessa fase, migra para o 
solo e forma a pupa, a poucos centímetros de profundidade. Ocorre apenas uma geração por ano. 
É uma importante praga da soja, especialmente no início da cultura, pois, nessa fase, as plantas não 
conseguem se recuperar e morrem. Quando a cultura está mais desenvolvida, a mortalidade é menor, 
mas os ramos atacados quebram com facilidade e as plantas podem tombar. Além disso, há restrição na 
circulação de nutrientes e água, o que compromete o crescimento e a produção. Geralmente, o ataque 
ocorre em reboleiras e é mais comum em áreas de plantio direto e onde não se realiza rotação de 
culturas. 
Tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus) 
Manejo: 
O nível de dano econômico é de 3 a 6 larvas/m2 (4 amostras a cada 10ha). 
 
• Cultural: rotação de culturas com plantas não hospedeiras (milho, girassol, sorgo, milheto); cultura 
armadilha semeada em uma borda com largura de 20 a 30m, para atrair e manter os insetos neste local 
da lavoura. 
 
• Mecânico: com roçada de soja, antes das larvas entrarem em hibernação (45 dias após a observação 
dos primeiros ovos nas plantas). 
 
• Químico: sobre a cultura armadilha, durante os meses de Novembro a Janeiro, quando a maior parte 
dos adultos saem do solo; o uso de inseticidas isoladamente não apresenta bons resultados.. 
 
• Biotecnologia: até o momento não exise biotecnologia aplicada ao controle desta praga. 
 
 
 
Tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus) 
O adulto é uma mariposa de 1 cm de envergadura, coloração cinza e manchas claras nas asas 
anteriores. Quando em repouso, suas asas ficam rentes ao corpo e as antenas geralmente voltadas para 
trás. Sua presença é mais comum em regiões de clima frio. 
As fêmeas depositam os ovos nas brotações das plantas. Após alguns dias, eclodempequenas lagartas 
de coloração verde-translúcida. No primeiro momento, elas unem os folíolos mais novos com teia e 
formam um abrigo, onde permanecem protegidas e se alimentam das folhas. Quando estão maiores, 
abrem galerias no interior de ramos e da haste principal, onde se abrigam e se alimentam. Nessa etapa, 
o inseto já possui coloração rósea, bege ou amarelada, cabeça marrom e cerca de 1 cm de 
comprimento. 
A fase de pupa ocorre no solo. O ciclo biológico do ovo ao adulto dura aproximadamente 35 dias. 
Essa é uma importante praga da soja, pois causa a morte de ramos e folhas e compromete o 
desenvolvimento da planta. Também podem ocorrer ataques em flores e vagens, especialmente as 
localizadas nas extremidades dos ramos. Os cultivares de ciclo tardio são mais afetados do que os de 
ciclo precoce. 
Broca-das-axilas (Crocidosema aporema) 
Manejo: 
• Químico: para cultivares de soja não Bt recomenda-se o uso de inseticidas quando 25 a 30% das 
plantas apresentarem ponteiros atacados pela praga. 
 
• Biológico: existem importantes predadores naturais de C. aporema, como a espécie de aranha 
Misumenops pallidus, assim como a Trathala sp. e Bassus sp. 
 
• Biotecnologia: 
 
 
 
Broca-das-axilas (Crocidosema aporema) 
= Controle 
Lagarta-enroladeira (Omiodes indicatus) 
Essa praga também é conhecida como Hedylepta indicata. É uma mariposa com aproximadamente 2 cm 
de envergadura e coloração amarela ou alaranjada. Permanece com as asas abertas quando está em 
repouso e, nesse momento, ficam visíveis três linhas escuras e semicirculares que facilitam sua 
identificação. As bordas das asas também são escuras. 
As lagartas podem atingir 2 cm de comprimento. Inicialmente, possuem coloração amarelada 
translúcida e, com o passar do tempo, tornam-se verdes. Vivem em abrigos formados por uma ou mais 
folhas enroladas e coladas com teia. As pupas, de coloração marrom, também são encontradas nesses 
locais. 
Os danos são causados pelas lagartas, que se alimentam do parênquima foliar. As folhas que formam os 
abrigos também são consumidas e, ao final da fase larval, restam apenas as nervuras e uma fina 
membrana translúcida. 
Manejo: 
 
• Químico: devido ao hábito de enrolar e unir várias folhas, as lagartas ficam protegidas dos 
inseticidas, tornando o controle mais difícil; os inseticidas mais usados são à base de endosulfan, 
acefato, metomil, profenofós+lufenurom, e thiodicarb. 
 
• Biológico: pode ser feito pelo parasitóide Trichogramma spp.. 
 
• Biotecnologia: até o momento não exise biotecnologia aplicada ao controle desta praga. 
 
Lagarta-enroladeira (Omiodes indicatus) 
Lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens) 
• Os ovos são colocados nos ponteiros das plantas, nas brácteas dos botões 
ou nas folhas laterais, mas sempre em folhas novas, as quais são alimento 
para as lagartas recém-eclodidas. A postura média é 600 ovos por fêmea. 
 
• A utilização de produtos de amplo espectro nos estádios inciais da cultura 
favorece o desequilíbrio da fauna e o aumento das populações de H. 
virescens, já que muitos insetos são predadores e parasitóides dos ovos. 
 
Danos: 
• A produção é reduzida devido a queda das partes atacadas. 
• Os orifícios favorecem a penetração de microorganismos. 
 
Controle químicos: 
Ainda não existe recomendação de inseticidas para o seu manejo, porém, 
trabalhos conduzidos em Mato Grosso do Sul evidenciaram que os produtos 
metomil, tiodicarbe, espinosade, flubendiamida e clorantraniliprole 
proporcionaram boa eficácia no controle dessa praga. 
 
Nível de controle: 
• Fase Vegetativa: 4 lagartas pequenas/m ou 30% de desfolha; 
• Fase Reprodutiva: 2 lagartas pequenas/m ou 15% de desfolha ou 10% das 
vagens atacadas.(Embrapa, 2013) 
 
= Controle Foto: Wgner Justiniano 
Foto: Wgner Justiniano 
Helicoverpa spp. 
 
• Presença de 2 espécies no Brasil: a lagarta-da-espiga-do-milho, 
Helicoverpa zea, e, mais recentemente, a Helicoverpa armigera. 
 
• Pragas com alta capacidade destrutiva e bastante polífagas sendo 
que a H. armigera pode consumir mais de 100 espécies vegetais. 
Também possuem elevada fecundidade e alta mobilidade local. 
 
• Ambas possuem grande dificuldade de diferenciação em fase larval. 
Marcelo Batistela, 2011. 
Mariposa 
Ovo 
Lagarta 
Pupa 
6 dias 3 dias 
13 – 25 dias 10 – 14 dias 
 Ciclo biológico de Helicoverpa spp. 
Biologia 
Helicoverpa spp. 
 
Um dos grandes desafios para o controle à praga é a sua identificação, pois apresentam grande 
semelhança com a lagarta-da-maçã, Heliothis virescens, a qual pode ser observados micropêlos 
com uma lupa de bolso, os quais saem de pintas salientes do 1º, 2º e 8º segmentos abdominais. 
Por sua vez, observa-se, para a Helicoverpa spp., a presença das pintas salientes sem os 
micropêlos (Czepak et al., 2013). 
 
Heliothis virescens. Helicoverpa spp. 
Identificação na fase imatura (lagarta) 
Heliothis virescens Helicoverpa spp. 
Helicoverpa spp x Heliothis virescens 
Heliothis virescens 
Identificação do adulto (mariposa) 
Helicoverpa spp. 
Helicoverpa armigera 
Helicoverpa armigera 
Biologia / Comportamento / Hábito 
• Apresentam elevada taxa de fecundidade, podendo 
ocorrer varias gerações da praga durante o ciclo da 
cultura, com preferência de oviposição noturna, com a 
capacidade de colocar de 2.200 a 3.000 ovos nas 
plantas hospedeiras, mas sem predileção para partes 
em específico da planta. 
 
• Lagartas realizam a predação de outras da mesma 
espécie (canibalismo) e também de outras espécies de 
lagartas. 
 
 
• Têm movimento larval acentuado nas diferentes 
culturas e agressivas quando tocadas, adotando uma 
postura de “defesa”. 
 
• Tegumento apresenta aspecto levemente coriáceo, 
podendo estar relacionado a resistência a produtos de 
contato como piretróides, organofosforados e 
carbamatos. 
 
 
• Adultos podem dispersar até 1000 km. 
 
H. armigera em posição de defesa. 
Miguel F. Soria 
Embrapa, 2013 
Helicoverpa armigera 
 
Uma característica determinante proposta por Matthews (1999) para a identificação de lagartas 
de Helicoverpa armigera está na presença, a partir do quarto ínstar, de tubérculos abdominais 
escuros e bem visíveis na região dorsal do primeiro e segundo segmentos abdominais, dispostos 
na forma de semicirculo. 
Ávila et al., 2013. 
Identificação na fase imatura (lagarta) 
Helicoverpa armigera 
Helicoverpa armigera 
Adultos de Helicoverpa armigera e Heliothis virescens à esquerda e direita, respectivamente. 
Identificação do adulto (mariposa) 
Helicoverpa spp 
Comportamento e Hábitos 
Inseto apresenta grande faclidade de dispersão, alta capacidade destrutiva e bastante polífaga se 
alimentando de um grande numero de hospedeiros (culturas de interesse comercial, resteva e 
plantas daninhas) 
Helicoverpa spp. infestando diferentes hospredeiros como soja nos estádios iniciais, planta daninha e resteva de algodão (da 
esquerda para direita, respectivamente). 
Helicoverpa spp 
• Plantio no limpo (Dessecação antecipada / associada com 
inseticida quando necessário). 
 
• Monitoramento nas culturas do sistema. 
 
• Correta identificação da praga no campo, principalmente 
devido a sua semelhança com a Heliothis virescens, a lagarta-
da-maçã. 
 
• Ação rápida devido a alta agressividade e capacidade de 
tolerar inseticidas a base de piretróides sintéticos, (Ávila et 
al., 2013). 
 
• Uso de diferentes práticas de controle aliadas ao uso de 
biotecnologias. 
Manejo 
Embrapa, 2013. 
= Supressão 
Ataca e provoca danos em varias de culturas 
 Nível de Ação-Fase Vegetativa: 4 lagartas pequenas/m ou 30% de desfolha; 
 -Fase Reprodutiva: 2 lagartas pequenas/m ou 15% de desfolha ou 
10% das vagens atacadas. (Embrapa, 2013) 
Helicoverpa armigera 
Controle: Químico / Biológico 
Helicoverpa spp 
Helicoverpa armigera 
Controle: Químico 
Diabrotica speciosa 
Cerotoma sp. 
Colaspis sp. 
(Metálico) 
Aracanthus sp. 
(Torrãozinho) 
Podem destruir até 8 plantas na mesma 
linha (Gallo et al 2002) 
Coleópteros Desfolhadores 
124 
Ácaros 
Em alguns anos, são observados surtos de ácaros (Acarina), principalmente o branco e o rajado, em 
lavouras de soja. Os ácaros são artrópodes da mesma classe das aranhas (Arachnida), apresentando 
quatro pares de patas e cabeça e tórax fundidos. As espécies que ocorrem em soja são diminutas e 
ficam na parte inferior da folha, medindo menos de um milímetro de comprimento. Portanto, sua 
visualização a campo deve ser feita com auxílio de uma lupa simultaneamente com as amostras para a 
ferrugem da soja. Os ácaros sugam a seiva das folhas e pecíolos de plantas novas. Com a evolução do 
dano, as folhas ficam amarelas. Se o ataque for intenso, as folhas podem cair, e com isso, diminuir a 
capacidade fotossintética das plantas. 
Condições de estiagens favorecem os ácaros da família Tetranychidae (ácaros rajado e verde) e 
períodos chuvosos favorecem os da família Tarsonemidae (ácaro-branco). 
Controle Quimico: metamidofós, profenofós dimetoato, endosulfam e clorpirifós; Fundação Chapadão, 
em Chapadão do Sul, MS, constatou um bom controle dos ácaros com os inseticidas/acaricidas à base de 
spiromesifen e flufenoxurom, além do abamectina, com bom efeito residual 
Ácaro Branco Ácaro Rajado 
125 
Tripes 
São insetos muito ágeis e pequenos, com até 3 mm de comprimento. Os adultos possuem coloração 
escura com asas translúcidas e franjadas. As formas jovens são mais claras e ápteras. Vivem em 
colônias nas folhas e nas brotações que, em alguns casos, podem se dobrar e permanecer fechadas 
em decorrência das substâncias tóxicas liberadas pelos insetos. O ciclo biológico dura cerca de 15 
dias. 
Alimentam-se da seiva das plantas nas fases ninfal e adulta. Para isso, raspam a superfície foliar e 
sugam a seiva que extravasa. As folhas infestadas ficam prateadas em razão dos ferimentos. Também 
podem ter sua consistência alterada, ficar quebradiças e arqueadas e cair prematuramente. 
Esses danos raramente causam prejuízos significativos. O principal problema representado pelos 
tripes é a transmissão de vírus, como a queima-do-broto na cultura da soja, pois poucos insetos são 
suficientes para contaminar várias plantas. Em períodos de temperatura baixa e estiagem, o manejo 
fitossanitário deve ser ainda maior, pois essas condições favorecem o inseto. 
As moscas-brancas são insetos com cerca de 1 mm de comprimento e coloração branca, decorrente da cera que 
recobre suas asas. Vivem em colônias compostas por ovos, ninfas e adultos na face inferior das folhas. 
Os ovos apresentam formato de pera, coloração amarela e são postos isoladamente ou em grupos. Ficam fixados 
às folhas por um pequeno pedúnculo. O tempo para eclosão é de aproximadamente sete dias. 
A fase ninfal, dependendo das condições climáticas e da planta hospedeira, pode durar apenas cinco dias. As ninfas 
são amareladas e translúcidas e locomovem-se apenas nos primeiro momentos, pois logo se fixam nas folhas. 
A dispersão das colônias para outras folhas e plantas é feita pelos adultos, que voam quando as folhas são 
sacudidas, há grande quantidade de insetos ou a planta já enfraqueceu e não supre mais suas necessidades. 
Desenvolvem-se anualmente de 11 a 15 gerações, dependendo das condições ambientais. O clima quente e úmido 
favorece o seu desenvolvimento. 
As moscas-brancas atacam mais de 500 espécies de plantas, de diversas famílias. Causam danos pela retirada de 
nutrientes e água e pela transmissão de doenças. As plantas infestadas mostram-se enfraquecidas, as folhas caem 
e os frutos ficam murchos, amadurecem irregularmente e também podem cair precocemente. Em consequência 
da sua presença, também há a formação de fumagina, fungo que se desenvolve sobre as excreções dos insetos na 
superfície das folhas, que prejudica a fotossíntese e a respiração vegetal. Entretanto, o dano mais importante é a 
transmissão de vírus, como o causador da haste-negra-da-soja ou necrose-da-haste. 
Esse inseto era conhecido como Bemisia argentifolii, mas após avaliações taxonômicas foi classificado como sendo 
uma variação da Bemisia tabaci. No Brasil, os biótipos da espécie B. tabaci de importância agronômica são o “A” e 
o “B”. Algumas importantes características da raça “B”, que a diferem da “A”, são: maior capacidade de 
proliferação e adaptação a diferentes hospedeiras; capacidade de criar resistência a inseticidas com maior 
facilidade, especialmente se forem aplicados de forma incorreta; e formação de fumagina em maior quantidade. 
Mosca-branca (Bemisia tabaci raça B) 
Manejo: 
Recomenda-se adotar MIP, se houver histórico de problemas, preferir genótipos que sejam 
desfavoráveis à colonização; o controle é difícil devido à facilidade de reinfestação. A maior 
incidência é nos terços superior e médio das plantas. Os níveis de controle de B. tabaci nas plantas de 
soja não são ainda conhecidos, mas é superior a 40 ninfas/folíolo segundo resultados preliminares de 
pesquisa (MOSCARDI et al., 2012) 
 
 Químico: 
formas jovens: piriproxifem, espiromesifen e a mistura spirotetramat+ imidacloprido 
adultos: endosulfam 
tratamento de sementes com neonicotinóides 
 
• Biológico: mirídeos, dipteros e alguns parasitóides do genero Encarsia. 
 
• Biotecnologia: até o momento não exise biotecnologia aplicada ao controle desta praga. 
 
 
 
Mosca-branca (Bemisia tabaci raça B) 
Planta de soja infectada pelo vírus da necrose-da-haste. 
Inimigos Naturais 
Predadores - Hemípteros 
Geocoris spp. 
Alvo: Mosca branca/lagartas 
pequenas/ácaros/ ovos diversos 
Nabis spp. 
Alvo: C. Includens, A. gemmatalis, H. zeae 
Podisus nigrispinus 
Alvo: Ovos e ninfas de percevejos, vaquinhas, A. gemmatalis R. 
Nu, C. Includens e o complexo do gênero Spodoptera 
Orius insidiosus 
Alvo: Ninfas de mosca-branca e de cigarrinhas, 
os tripes, os afídeos, os ácaros, ovos de outros 
insetos, pequenas lagartas recém-eclodidas 
Predadores - Hemípteros 
Alcaeorrhynchus grandis 
Alvo: Larvas de lepidópteros 
Tynacantha marginata 
Alvo: Piezodorus guildinii e Nezara viridula 
Predadores - Coleópteros 
A. gemmatalis, C. includens e Trichoplusia ni, pulgões, 
dípteros, coleópteros e lepidópteros, entre outros insetos 
Lebia concinna 
Alvo: Diversos 
Eriopsis connexa 
Afídios 
Outros Predadores 
Parasitóides de Lepdópteros - ovos 
Trichogramma spp. 
Endoparasitóides de ovos 
Telenomus remus 
Parasita ovos 
Copidosoma floridanum 
Parasita ovos 
Parasitóides de Lepdópteros - lagartas 
Parasitóides de Percevejos - ovos 
Parasitóides de Percevejos - adultos 
Baculovirus anticarsia 
Nomuraea rileyi 
Níveis de controle para as pragas alvo 
Nome Comum Nome Científico 
Nível de Controle 
(Período Vegetativo (V1-Vn) 
Nível de Controle 
(Período Reprodutivo (R1-R6) 
Lagarta da Soja Anticarsia gemmatalis 
30% de desfolha 
20 lagartas/pano 
15% de desfolha 
20 lagartas/pano 
Falsa medideira 
Chrysodeixis includens 
Rachiplusia nu 
30% de desfolha 
20 lagartas/pano 
15% de desfolha 
20 lagartas/pano 
Lagarta das 
maçãs e 
Helicoverpa 
 
Heliothis virescens 
Helicoverpa spp. 
30% de desfolha 
4 lagartas/pano 
15% de desfolha 
2 lagartas/pano 
10%vagens atacadas 
Broca dos 
Ponteiros 
Crocidosema aporema 
25% plantas com ponteiros 
atacados 
25% plantas com ponteiros 
atacados 
Lagarta Elasmo Elasmopalpus lignosellus 
NA 
 
NA 
Referência: Adaptado de Embrapa e Monsanto 
Níveis de controle para as pragas não alvo 
Nome Comum Nome Científico 
Nível de Controle 
Período Vegetativo (V1-Vn) 
Nível de Controle 
Período Reprodutivo (R1-R6) 
Complexo 
Spodoptera 
Spodoptera eridania 
Spodoptera cosmioides 
Spodopter frugiperda 
30% de desfolha 
10 lagartas//pano 
15% de desfolha 
10% vagens atacadas 
10 lagartas//pano 
Tamanduá da 
Soja 
Sternechus subsignatus 
1 adulto/m linear (até V3) 
2 adultos/m linear (V4-V6) 
NA 
Complexo 
Percevejos 
Euschistus heros 
Piezodorus guildinii 
Nezara viridula 
NA 
2 percevejos / m (comercial) 
1 percevejo / pano (sementes) 
Mosca Branca Bemisia tabaci 
Coleópteros 
Desfolhadores 
Diabrotica speciosa 
Cerotoma sp. 
Megascelis sp 
Maecolaspis calcarifera 
30% de desfolha 15% de desfolha 
Ácaros 
Polyphagotarsonemus latus 
Tetranychus ludeni 
Tetranychus desertorum 
Tetranychus urticae 
NA NA 
Referência: Adaptado de Embrapa e Monsanto 
Boas práticas indispensáveis para sistemas de cultivo 
-Dessecação antecipada; 
 
-Monitoramento; (CHAVE PARA CONTROLE); 
 
-Número, tamanho dos insetos-pragas e estádio de desenvolvimento da 
soja; 
 
-Uso de equipamentos de aplicação corretos e calibrados; 
 
-Momento e condições climática favoráveis para aplicação; 
 
-Produto e dose corretas; 
Conhecer os principais grupos de lagartas, monitorar seu comportamento a campo, conhecer os níveis 
de danos indicados pela pesquisa, utilizar os produtos nas doses corretas são práticas que aumentam a 
chance de sucesso no controle dessas pragas da soja. Entretanto, tudo isso pode ser perdido se, no 
momento da aplicação, não forem adotadas técnicas eficientes para que o produto chegue até o local 
correto para o controle dessas pragas. 
De modo geral, as lagartas costumam ficar nas partes mediana e inferior da planta, tanto nas culturas 
da soja como no algodão. Para que o controle seja eficiente, é preciso ter um bom molhamento das 
folhas dessa região, fazendo com que as gotas que saem do pulverizador cheguem na parte mediana e 
inferior da planta. 
Não é uma técnica de aplicação tão fácil, mas há algumas dicas para aumentar a eficiência: 
 
• Procure trabalhar com produção de gotas pequenas, pois essas gotas tem maior capacidade de 
atingir a parte inferior da planta. 
• Utilize bicos de boa qualidade e adequados para produção de gotas menores. 
• O ideal é trabalhar com maiores volumes de aplicação, que também proporciona uma maior 
cobertura do produto aplicado. 
• Evite aplicar em condições de temperatura muito elevadas (acima dos 30°C) e de umidade baixa 
(menor que 60%) senão a gota pequena pode evaporar e não realizar o controle desejado. 
• Evite também aplicar com ventos superiores a 6 km/h, pois pode ocorrer a deriva e o produto 
não chegar no alvo desejado. 
• Geralmente os horários mais adequados para aplicação são a partir do final do tarde até o início 
da manhã, prefira fazer a aplicação nesse intervalo do dia, pois as condições climáticas tendem a 
serem as mais propícias. 
Tecnologia de aplicação para o sucesso no controle de pragas 
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(Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) nos sistemas de produção agrícolas. Dourados. MS, 2013. 11p. (Circular Técnica, 23, junho de 2013) 
ÁVILA, C. J.; VIVAN, L. M.; TOMQUELSKI, G. V. Ocorrência, aspectos biológicos, danos e estratégias de manejo de Helicoverpa armigera 
(Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) nos sistemas de produção agrícolas. Dourados. MS, 2013. 11p. (Circular Técnica, 23, agosto de 2013) 
Bueno, R. C. O. F.; Bueno, A. F.; Moscardi, F.; Parra, J. R. P.; Hoffmann-Campo, C. B. Lepidopteran larva consumption of soybean foliage: basis for 
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CH., M. T.; MALIK, M. A..; IQBAL, N. Management of Helicoverpa armigera with different insecticides. Pakistan Journal Agriculture Science, v. 42, 
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CORRÊA-FERREIRA, B.S.; PANIZZI, A.R. Percevejos da soja e seu manejo. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1999. 45p. (EMBRAPA-CNPSo. Circular 
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CZEPAK, C.; ALBERNAZ, K. C.; VIVAN, L. M.; GUIMARÃES, H. O.; CARVALHAIS,T. Primeiro registro de ocorrência de Helicoverpa armigera 
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CZEPAK, C.; VIVAN, L. M.; ALBERNAZ, K. C. Praga da vez. Cultivar: grandes culturas, Pelotas, ano 15, n. 167, p. 20-27, abr. 2013b. 
CZEPAK, C.; GUIMARÃES, H.O.; VIVAN, L. M. Lucro sugado. Cultivar: grandes culturas, Pelotas, n. 172, p. 3-9, set. 2013c. 
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MONTEIRO, M. V. M. Compêndio de Aviação Agrícola. Sorocaba:Cidade, 2 ed., 2007, 298p. 
MONTEIRO, M. V. de M.; JUSTINIANO, W. Eficiência biológica do sistema BVO® Extendido. IV Simposio Internacional de Tecnologia de Aplicação 
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SPRAYING SYSTEMS CO. Produtos de sistemas móveis. Illinois, 2004, 176p. (Catálogo 49A-P) 
VENANCIO, C. R. RES: Produtos aprovados para Helicoverpa armigera. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <crébio.avila@embrapa.br>. 28 
ago. 2013. 
PRAGA TECNOLOGIA INTACTA RR2
Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) controle
Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens) controle
Complexo de Percevejos não alvo
Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) supressão
Complexo de Spodoptera não alvo
Broca-das-axilas (Crocidosema aporema) controle
Lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens) controle
Helicoverpa spp supressão
MUITO OBRIGADO 
 
marcos.palhares@monsanto.com 
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