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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CURSO DE FARMÁCIA REDE FTC – SALVADOR-BAHIA AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE E SEGURANÇA DO TAMOXIFENO COMO TERAPÊUTICO ADJUVANTE EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EM UMA CLÍNICA AMBULATORIAL Acadêmico (a): Oscar Zeferino da Silva Orientador (a): Robinson Magalhães Maia Salvador- Bahia 2016 AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE E SEGURANÇA DO TAMOXIFENO COMO ADJUVANTE TERAPÊUTICO EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EM UMA CLÍNICA AMBULATORIAL Oscar Zeferino da Silva* e Robinson Magalhães Maia** RESUMO Devido as suas altas taxas de incidência e mortalidade, o câncer de mama vem sendo uma preocupação mundial, sendo no Brasil a primeira causa de morte por câncer na população feminina. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a estimativa de incidência de câncer para 2016 no Brasil, chega próximo de 57.960 mil casos novos. Fatores hormonais e genéticos podem influenciar no câncer e o presente trabalho foi realizado em uma clínica de quimioterapia para avaliar a efetividade e segurança desta terapia hormonal adjuvante, com o medicamento tamoxifeno. O Presente estudo trata-se de um estudo retrospectivo, observacional de dados secundários. Teve como objetivo, avaliar a efetividade e segurança do tratamento adjuvante com Tamoxifeno, em pacientes diagnosticados com câncer de mama, estágios I, II e III. Foram analisados os prontuários eletrônicos dos pacientes e, através das evoluções médicas, foi avaliada a sobrevida livre de progressão e quais foram as reações adversas mais comuns com a hormonioterapia. Foram analisados um total de 100 prontuários, 81% tiveram reações adversas, dentre esses, a esteatose hepática e dores nas articulações tiveram as maiores frequências na população estudada. 38% dos pacientes em estágio I tiveram média de sobrevida livre de progressão (SLP) foi de 6,6 anos, estágio II com 41% tiveram 5,9 anos de SLP e estágio III com 21% e SLP de 4,8 anos. O tamoxifeno foi eficaz nos 3 grupos de estágio e sua eficácia foi diminuindo com o avanço do estágio clínico. Este trabalho foi submetido ao Comitê de Ética Fundação Bahiana de Cardiologia. Palavras-chave: Câncer de mama. Tamoxifeno. Hormonioterapia. _____________________________________________________________________ *Aluno de graduação do Curso de Farmácia. Rede FTC Salvador-Ba E-mail: oscarzeferinodasilva@hotmail.com **Professor de Química farmacêutica, Toxicologia e Físico-Química do curso de farmácia. E-mail: robinsonmaia@yahoo.com.br Avenida Luís Viana Filho, 8812, Paralela. Salvador/Bahia. CEP: 41.741-590 AGRADECIMENTOS Primeiramente а Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao longo de minha vida, е não somente nestes anos como universitário, mas que em todos os momentos e é o maior mestre que alguém pode conhecer. A esta universidade, seu corpo docente e o setor de Comitê de Ética. A Fundação Bahiana de Cardiologia por ter aceitado avaliar o projeto de pesquisa e submissão ao seu Comitê de Ética com respeito e compromisso. Aos professores, em especial ao professor orientador Robinson Maia, professor Mauro Bittencourt e professora Isis Fernandes. Aos meus pais e irmãos pelo amor e incentivo aos meus estudos A clínica NOB por ter me oferecido a oportunidade de estagiar nesta magnífica clínica e contribuir pela minha evolução profissional, em especial ao farmacêutico Felipe Feistauer Gomes por te me dado o apoio na confecção do projeto de pesquisa, ideias e incentivo. Ao setor de pesquisa clínica, em especial a Drª. Samira pela avalição do projeto e correções bem como indicação do projeto para avaliação pelo Comitê de Ética e a Claudinéa pelo apoio com os documentos necessários e envio do projeto à Plataforma Brasil Ao setor de farmácia do NOB pela oportunidade de aprendizado e a disponibilização das informações para a pesquisa. 1. INTRODUÇÃO Dentre os tipos de câncer no mundo, o câncer de mama é o segundo mais frequente, acometendo mais as mulheres. Segundo o Instituto Nacional do Câncer INCA (2015) 33 , a estimativa de incidência de câncer no Brasil para 2016, chega próximo de 57.960 mil casos novos. Em 2013, pelas populações mundial e brasileira de 2010, por 100.000 homens e mulheres, as taxas de mortalidades por câncer de mama, foram 14.388 de câncer de mama para ambos os sexos, sendo 14.206 (98,7 %), para o sexo feminino, tendo a faixa etária de 40 até 79 anos os maiores índices de mortalidade e para o sexo masculino, foram 181 óbitos (1,3%), tendo a faixa etária de 50 até 80 ou mais, com os maiores índices (INCA, 2015) 34 . Excluindo-se a neoplasia de pele não melanoma, dos 189.150 novos casos de câncer entre as mulheres em 2012/2013, uma faixa de 27,9 % foram de câncer de mama (FRANCIOLI; YAMAGUCHI; CORTEZ, 2013) 18 . Devido as suas altas taxas de incidência e mortalidade, o câncer de mama vem sendo uma preocupação mundial, sendo no Brasil a primeira causa de morte por câncer na população feminina, ameaçando principalmente as mulheres após os 35 anos de idade, afetando tanto a sexualidade quanto a vida social das mulheres acometidas e fatores hormonais e genéticos são alguns dos fatores de riscos associados ao câncer de mama (BRITO, 2011) 3 . O bom prognóstico depende das características histopatológicas e moleculares, além do tratamento realizado no início da doença, porém no Brasil, os diagnósticos em sua maioria, são da doença em estágios avançados, aumentando as taxas de mortalidades devido a estes fatores (BRITO, 2011) 3 . Um dos tratamentos utilizados após o tratamento cirúrgico (tratamento adjuvante) eficaz no câncer de mama é a Hormonioterapia em pacientes que expressam os chamados receptores hormonais de estrógeno e progesterona (ER/PR+), tendo, portanto, o tumor responsivo a estes hormônios. Esta terapia tem diminuído a sua recorrência assim como a mortalidade. A hormonioterapia medicamentosa consiste em diminuir os níveis séricos de estradiol, precursor do estrogênio ou competindo ligando-se aos receptores do estrogênio, sendo as supressivas os análogos de GnRH e inibidores de aromatase e as competitivas com o uso do Tamoxifeno (FRANCIOLI; YAMAGUCHI; CORTEZ, 2013) 18 . Uma das formas que o organismo tem de controle do metabolismo é a utilização dos hormônios e o bom funcionamento destas vias resulta na normalidade das funções celulares, os hormônios depois de sintetizados pelo sistema endócrino são lançados na corrente sanguínea e ligam-se aos receptores específicos para cada hormônio, sendo a sua concentração muito regulada (KUHN et al., 2006) 26 . Qualquer irregularidade da secreção hormonal acarreta alterações celulares sérias, podendo ocasionar certos tipos de câncer, uma vez que, a carcinogênese pode ser induzida por muitos fatores, inclusive os hormônios que estimulam a multiplicação celular (SILVA; SERAKIDES; CASSALI, 2014) 37 . Fatores ambientais podem induzir a carcinogênese através de ações diretamente nos genes, causando mutações genéticas, sendo a característica das mutações herdadas ou adquiridas, alguns agentes químicos, radioativos, virais e hormonais, são chamados de carcinógenos, pois induzem essas mutações (COTRAN et al., 2000) 12 . Contempla quatro estádios, o início através das ações dos carcinógenos em células expostas ao mesmo e ocorrendo mutações com divisão anormais de células mutantes, podendo ser interrompida esta fase pelo simples fato da parada da exposição aos agentescarcinógenos. No terceiro e quarto estágio as células se transforma em malignas e progridem tornando-se invasivas e proliferativas (SILVA; SERAKIDES; CASSALI, 2014) 37 . As neoplasias de ovário, mama, útero (endométrio e musculatura lisa), testículo, próstata, tireoide e o osteossarcoma são alguns dos tipos que utilizam a via hormonal, apesar de submeter-se ao mesmo tipo de via metabólica através dos hormônios, utilizam hormônios diferentes e específicos em sua carcinogênese (SILVA; SERAKIDES; CASSALI, 2014) 37 . Através do gene CYP19 uma enzima chamada aromatase é produzida, tendo como função a ligação do esteroide androgênico ao seu substrato, podendo esta enzima, exercer a sua função em outros tecidos distantes do local do tumor quanto nos tecidos próximos, ou no tecido tumoral, a produção de estrogênio nos tecidos distantes como fígado e tecido adiposo chega até o tumor através da circulação sanguínea e exerce seu papel catalisando reações como a formação do anel fenólico dos estrogênios e ligação aos seus substratos no local do tumor mamário, porém, os efeitos de maior importância sobre a proliferação tumoral é a produção no local estimulando o crescimento do tecido tumoral (OLIVEIRA; MENEZES; GONÇALVES, 2012) 29 . Através da ligação com os receptores, o estrógeno exerce o seu efeito, localizado no núcleo de células tumorais os receptores com isoforma α e β em sua forma inativada e após a ligação do hormônio ocorre uma mudança em sua conformação e interação com o DNA, regulando a transcrição de genes (NASCIMENTO, 2005) 27 . As drogas utilizadas para a hormonioterapia podem ser classificadas em: Moduladores seletivos dos receptores de estrógeno, do qual inclui o tamoxifeno (Nolvadex ® ), raloxifeno (Evista ® ) e o toremifeno (Fareston ® ); Supressor do receptor de estrogênio, com o medicamento fulvestranto (Faslodex ® ); Os inibidores da aromatase com os medicamentos anastrozol (Arimidex ® ), letrozol (Femara ® ) e exemestano (Aromasin ® ) e, por ultimo, o grupo dos análogos LHRH ou GnRH com os medicamentos gosserrelina (Zoladex ® ), leuprolide (lupron®) e a triptorelina. Os moduladores seletivos dos receptores de estrógeno agem ligando-se ao receptor de estrogênio como antagonistas puros ligando-se no receptor β ou agonistas parciais no receptor α, fulvestranto é um antiestrogênico que leva à supressão dos receptores de estrogênio (RE) exerce seus efeitos farmacológicos pela ligação de alta afinidade ao receptor de estrogênio alfa (RE-alfa) e induz uma rápida perda de proteína do RE-alfa das células de câncer de mama. Os inibidores da aromatase, suprimem a enzima aromatase impedindo a síntese do estrogênio e os análogos LHRH ou GnRH causam inibição da secreção do hormônio luteinizante (LH) pela pituitária, diminuindo o estradiol circulante (NASCIMENTO, 2005) 27 . O tamoxifeno foi, originalmente, selecionado para o uso terapêutico devido à sua eficácia e baixa incidência de efeitos colaterais, em relação a outros antiestrogênicos não esteroides. O tamoxifeno foi inicialmente empregado com finalidade contraceptiva e, posteriormente, como indutor da ovulação (KARCK; KOMMOSS. 2000) 22 . O primeiro relato da utilização do tamoxifeno no tratamento do câncer de mama foi o de Cole, Jones e Todd. (1971) 13 . Em 1973, o “Committee on the Safety of Medicines”, no Reino Unido, aprovou o tamoxifeno como tratamento adjuvante do câncer de mama e, somente em 30 de dezembro de 1977, foi aprovado pela “FDA – Food and Drug Administration”, para o mesmo fim (BARAKAT. 1996) 7 . O Sistema TNM classifica os tumores malignos em estadiamentos, admitindo a clínica (TNM) e a patológica (pTNM), sendo T (de tumor), N (de node, linfonodo) e M (de metástase), além disso, classifica também, o estágio tumoral de 0 a IV, sendo estágio 0 - carcinoma in situ; estádio I - invasão local inicial; Estágio II - tumor primário limitado ou invasão linfática regional mínima; Estágio III - tumor local extenso ou invasão linfática regional extensa e o estágio IV – tumor localmente avançado ou, presença de metástases à distância (GADELHA; COSTA; ALMEIDA, 2005) 19 . O presente trabalho tem como objetivo avaliar a efetividade desta terapia hormonal e quais as principais reações adversas proporcionadas pelo tamoxifeno, através de um estudo observacional e retrospectivo, em pacientes com câncer de mama em uma clínica de quimioterapia em Salvador, Bahia. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. Desenho de estudo Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, de dados secundários na clínica ambulatorial Núcleo de Oncologia da Bahia – NOB, Salvador - Bahia. Foram analisados os prontuários eletrônicos, a partir de uma listagem de pacientes potencialmente elegíveis, os quais foram subdivididos em grupos de estadiamento TNM AJCC, 2010. Após o agrupamento em estágios I, II, III, foram analisados, em cada grupo, o tempo livre de progressão da doença e as reações adversas, bem como o perfil epidemiológico, de acordo com as evoluções médicas através do sistema TECHSALLUS® (Sistema de informação voltado para a gestão de instituições que atuam na área de saúde). 2.2. População e área Foram incluídos 100 prontuários de pacientes e como critério de escolha teria que constar no prontuário eletrônico o diagnóstico de câncer de mama, estágio tumoral, prescrição de tamoxifeno, data entre 01/01/2005 até o máximo de 31/12/2010 de início do tratamento com tamoxifeno, sexo, idade e evoluções médicas frequentes. Pacientes de ambos os sexos, com diagnóstico de câncer de mama, nos estágios I - invasão local inicial; Estágio II - tumor primário limitado ou invasão linfática regional mínima e Estágio III - tumor local extenso ou invasão linfática regional extensa; que iniciaram o tratamento hormonal adjuvante com o medicamento tamoxifeno e que a dispensação deste medicamento tenha sido realizada pela farmácia de dispensação do NOB, cujo início do tratamento tenha ocorrido no período de 01/01/2005 até 31/12/2010. 2.3. Instrumentos de investigação O instrumento de investigação foi a consulta nos prontuários eletrônicos dos pacientes via sistema TECHSALLUS ® com busca ativa das evoluções médicas e histórico de prescrições referentes ao tamoxifeno para o câncer de mama. Foi utilizado o programa Microsoft Excel ® e Microsoft Word 2010 ® para formatação e digitação dos dados, confecção das tabelas e gráficos. 2.4. Logística A primeira fase deste estudo foi a listagem dos pacientes que iniciaram a hormonioterapia, no período estipulado, através do histórico de dispensação ou prescrição do medicamento tamoxifeno pela farmácia da clínica, observando a data da primeira prescrição. A segunda fase consistiu na busca ativa direta no prontuário eletrônico do paciente via sistema TECHSALLUS ® para observar os dados de interesse. 2.5. Definições das variáveis Foi considerado ‘progressão’ o paciente que teve evolução médica constando tal informação. Foram contabilizadas as reações descritas na evolução médica que foram inerentes ao tamoxifeno descritas em evoluções médicas. 2.6. Análises de dados Após a coleta dos dados no sistema da clínica, os resultados foram computados e analisados por meio do software Microsoft Office Excel ® . Foram extraídas as frequências das variáveis e construídos gráficos e tabelas. 2.7. Aspectos éticos O presente trabalho foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Bahiana de Cardiologia em Salvador e foi aprovado no dia 21 de Junho de 2016, tendo o número do parecer consubstanciado 1.601.174. Osresultados dessa pesquisa podem ser apresentados em reuniões, eventos, congressos ou publicações. Contudo, os dados serão tratados de forma sigilosa. 3. RESULTADOS 3.1. Perfil epidemiológico dos pacientes Foram analisados um total de 100 prontuários de pacientes com uma média de estudo retrospectivo de 6 anos, variando de menos de 1 ano de evoluções médicas até 11 anos, a posologia do citrato de tamoxifeno era um comprimido de 20 mg uma vez por dia, os pacientes retornavam a clínica todo mês ou a cada três meses para consulta médica e farmacêutica, sendo 99 pacientes do sexo feminino e 1 paciente masculino com faixa etária na média de 62 anos, variando de 31 até 101 anos como mostra a figura 1. Figura 1. Distribuição da Faixa Etária. O perfil do estadiamento clínico dos pacientes foi dividido no início do tratamento com tamoxifeno em 3 estágios clínicos dos pacientes (I,II e III) e, até a ultima evolução médica, com os mesmos estágios, incluindo – se, o estágio IV. Tendo os subtipos do estágio I – A e B (IA, IB), estágio II – A e B (IIA, IIB) e para o estágio III – A, B e C (IIIA, IIIB, IIIC). No início do tratamento hormonal foram 38% dos pacientes com estágio I, 41% dos pacientes com estágio II e 21% dos pacientes com estágio III. Ao final da pesquisa foram 38% com estágio I, 40% com estágio II, 20% com estágio III e 2% com estágio IV. A divisão dos subtipos e sua distribuição no início e no final da pesquisa podem ser vistas na tabela 1. 12% 24% 46% 18% 18 - 30 31 - 45 46 - 55 56 - 75 Tabela 1. Divisão dos subtipos e sua distribuição no início e no final Início Fim Estágios Pacientes (%) IA 37 36 IB 1 2 IIA 26 25 IIB 15 15 IIIA 11 10 IIIB 10 10 IIIC 0 0 IV - 2 Total 100 100 Os marcadores imuno-histoquímicos avaliados no perfil da população foram: c-erbB-2 ou Her-2, p53, receptores hormonais RH (receptores de estrogênio - RE e receptores de progesterona - RP) e Ki67. Nem todos os pacientes tinham evoluções médicas informando se eram positivos ou negativos para esses marcadores e foram considerados como desconhecidos, a relação da distribuição desses marcadores pode ser observada na tabela 2. Tabela 2. Distribuição percentual dos marcadores na população Marcadores Positivos Negativos Desconhecido Total (%) HER 2 18 36 46 100 p53 6 11 83 100 RP 56 2 42 100 Ki67 14 1 85 100 RE 63 0 37 100 Além dos marcadores tumorais, estadiamento clínico e distribuição da faixa etária da população, foram analisados também os pacientes que fizeram ou estavam fazendo quimioterapia. Dos 100 pacientes avaliados, 72% dos pacientes fizeram quimioterapia e 28% não chegaram a fazer qual quer tipo de quimioterapia. Dentre os protocolos quimioterápicos mais utilizados destacam-se o AC-T (ciclofosfamida, doxorrubicina e paclitaxel ou docetaxel) com 32% dos pacientes que fizeram quimioterapia, FAC (ciclofosfamida, doxorrubicina e 5-fluorouracila) com 21%, FEC (5-fluorouracila, epirrubicina e ciclofosfamida) com 8%, os pacientes com poliquimioterapia, ou seja, com mais de um protocolo ficou com 10% e outros protocolos quimioterápicos com 29%. A distribuição mais detalhada pode ser vista na figura 2. Figura 2. Distribuição percentual dos protocolos utilizados. Além do citrato de tamoxifeno com uma média de 3,8 anos de uso, 27% dos pacientes fizeram uso de outros medicamentos hormonais para o câncer de mama. Dos 27%, apenas 8% fizeram uso de fulvestranto (6%) ou gosserrelina (2%). Além disso, 24 desses 27 pacientes que usaram outros hormônios trocaram o tamoxifeno por inibidores da aromatase (exemestano, anastrozol e letrozol), após uso do tamoxifeno, como mostra a figura 3. 32% 4% 21% 1% 1% 1% 4% 8% 3% 3% 10% 1% 1% 4% 1% 1% 1% AC-T CMF FAC XELODA TC TAC ACT-H FEC DC Herceptim Poliqui... FAC-H FA-T FAC-T FAC-TH Taxotere FAC-H Figura 3. Trocas de medicamentos hormonais 3.2. Principais reações adversas causadas pela administração do tamoxifeno As reações adversas ao tamoxifeno foram computadas de acordo com as evoluções médicas. Só foram computadas as reações descritas na literatura ou na bula do medicamento. Dos 100 pacientes, 81% tiveram reações adversas e de acordo com a pesquisa, as reações adversas mais frequentes foram tontura, sangramento vaginal, fogachos, alterações endometriais, esteatose hepática, dor epigástrica/gastrite, perda de peso, cefaleia, dores nas articulações e fadiga. Dentre esses, a esteatose hepática e dores nas articulações tiveram as maiores frequências na população estudada. A distribuição dessa frequência pode ser vista na figura 4. Figura 4. Distribuição das frequências de reações adversas 29% 54% 17% EXEMESTANO ANASTROZOL LETROZOL 2 22 0 10 20 30 Reação adversa Conduta clínica Motivo da troca do medicamento 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 frequência 3.3. Eficácia do tamoxifeno nos grupos de pacientes A população estudada foi divida em 3 grupos de acordo com os estadiamentos clínicos no início da pesquisa para verificar se houve progressão de doença durante e após o uso do tamoxifeno, os grupos foram: grupo de estágio I, grupo de estágio II e o grupo de estágio III. A contagem de tempo livre de progressão de doença foi feita com a data do início do uso do tamoxifeno até a data de progressão (caso existe-se progressão) ou ultima evolução médica até o limite da data da pesquisa. Grupo de estadiamento I. Neste grupo, com 38% dos pacientes, foi observado que a média de sobrevida livre de progressão (SLP) foi de 6,6 anos. Dos 38 pacientes, nenhum teve progressão de doença, 3% com regressão e 97% dos pacientes com doença estável. A distribuição pode ser vista na figura 5. Figura 5. SLP de pacientes com estágio I por anos e efetividade do tratamento Grupo de estadiamento II. Neste grupo, com 41% dos pacientes, foi observado que a média de sobrevida livre de progressão (SLP) foi de 5,9 anos. Dos 41 pacientes, 7% tiveram progressão de doença, 3% com regressão e 90% com doença estável. A distribuição pode ser vista na figura 6. 0 0 4 2 4 7 0 3 10 5 3 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Total de 38 pacientes 0% 3% 97% Progressão Regressão Estável Figura 6. SLP de pacientes com estágio II por anos e efetividade do tratamento Grupo de estadiamento III. Neste grupo, com 21% dos pacientes, foi observado que a média de sobrevida livre de progressão (SLP) foi de 4,8 anos. Dos 21 pacientes, 33% tiveram progressão de doença, 5% com regressão e 62% com doença estável. A distribuição pode ser vista na figura 7. Figura 7. SLP de pacientes com estágio III por anos e efetividade do tratamento O tempo de sobrevida livre de progressão geral. Levando em conta os 100 pacientes estudados a média de SLP foi de 5,7 anos e com um tempo de uso do tamoxifeno por 3,8 anos. Comparando-se as médias entre os grupos, observa-se uma tendência de queda da sobrevida livre de progressão com estágios mais avançados da doença como mostra a figura 8. 0 4 5 4 0 6 5 2 4 6 4 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Total de 41 pacientes 7% 3% 90% Progressão Regressão Estável 1 0 3 5 2 24 0 2 1 1 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Total de 21 pacientes 33% 5% 62% Progressão Regressão Estável Figura 8. Médias de SLP dos estágios 4. DISCUSSÃO 4.1. Sexo e Faixa etária O câncer de mama no sexo masculino é muito raro e de acordo com a pesquisa, apenas 1 paciente era do sexo masculino, indo de encontro com a maioria das pesquisas sobre câncer de mama, segundo Perkins (2003) 31 o câncer de mama representa menos de 1% de todos os cânceres em homens, porém a sua incidência vem aumentando nos últimos 26 anos de 0,86 a 1,06 por 100.000 homens (HAAS; COSTA; SOUZA, 2009) 22 . Alguns fatores como: aumento de níveis de estrogênio, cirrose hepática, administração exógena de estrógeno, deficiência androgênica testicular, doenças como caxumba e lesão testicular foram associadas à ocorrência de câncer de mama em homens (CONTRACTOR et al.,2008) 7 . A faixa etária para o sexo feminino na média de 62 anos é encontrada em algumas pesquisas com mulheres em uso do tamoxifeno, segundo Marabotti (2011) 24 em um estudo no Hospital Santa Rita de Cássia, Vitória no Espírito Santo com 270 mulheres participando, a maioria estava na faixa etária entre 41 a 60 anos. 6,6 5,9 4,8 0 1 2 3 4 5 6 7 Estágio I Estágio II Estágio III Médias de SLP em anos 4.2. Perfil do estadiamento clínico Em relação ao perfil do estadiamento clínico dos pacientes, a maioria estavam nos níveis de estadiamento clínico mais avançados, nos estágios II e III, uma pesquisa realizada por Castro et al., (2014) 8 , sobre o perfil epidemiológico dos pacientes em um hospital no Tocantins, constatou-se que 74,4% dos casos analisados estavam nos estágios II e III. Este perfil de estágios avançados na população estudada pode está relacionada com diagnósticos tardios como ocorre muito no Brasil, os diagnósticos em sua maioria são da doença em estágios avançados, aumentando as taxas de mortalidades devido a estes fatores (BRITO, 2011) 3 . Ao final da pesquisa, observou-se que houve inclusão de 2% dos pacientes dos estágios II e III no estágio final da doença (estágio IV), ou seja, 2% dos pacientes progrediram para o estágio IV, já que não foram incluídos pacientes em estágio IV no início da pesquisa como mostra a tabela 1. De acordo com Brito, Portela e Vasconcellos (2008) 5 em uma pesquisa para observar a sobrevida de mulheres tratadas por câncer de mama no Rio de Janeiro, observaram-se curvas de sobrevida com queda mais acentuada para mulheres mais jovens e com estadiamento mais elevado. O estágio da doença é geralmente o fator mais importante para determinar a sobrevida dos pacientes de câncer, uma vez que, certos tratamentos só estão acessíveis para tumores detectados precocemente e são mais bem-sucedidos se iniciados antes da ocorrência de metástase. (BRITO, PORTELA e VASCONCELLOS, 2008) 5 . 4.3. Marcadores imuno-histoquímicos 4.3.1. Receptores hormonais Os marcadores imuno-histoquímicos estão categorizados em uma ampla variedade de proteínas que estão associadas aos oncogenes e medidores da atividade proliferativa do tumor. Os receptores hormonais (RH) de estrógeno (RE) e progesterona (RP) são proteínas que se ligam aos hormônios circulantes e foi demostrado que o crescimento tumoral pode ser regulado por estrógenos e está ligado a um bom prognóstico da doença (EISENBERG; KOIFMAN. 2001) 15 . Os receptores RH desconhecidos verificados na pesquisa, muito provavelmente, os planos de saúde não autorizaram a realização dos exames necessários para sua identificação ou os pacientes não puderam realizar este exame imuno-histoquímico por outras questões, esse fator é um problema para a terapia hormonal. Nenhum paciente que realizou esse exame foi negativo para RE e segundo uma pesquisa feita por Salles et al., (2009) 38 , que constatou que a maioria dos pacientes foram positivos para RE. 4.3.2. Receptor do fator de crescimento epidérmico (EGF) Participa de numerosos processos essenciais nas células epiteliais normais, incluindo proliferação, sobrevivência, diferenciação, adesão e migração (LEITE et al.,2012) 25 . Nos seres humanos, existem quatro membros da família HER que são fatores de crescimento epidérmico: HER 1,2,3 e 4 e a desregulação desses fatores como superexpressão do receptor e superprodução de ligantes são encontradas em tumores de mama. A amplificação do HER2 foi identificada como importante fator preditivo entre pacientes com câncer de mama. (CINTRA, et al.,2011) 9 e está associado ao mau prognóstico da doença (EISENBERG; KOIFMAN. 2001) 15 . Apenas 18% dos pacientes na pesquisa foram positivos para superexpressão do HER-2, porém a maior parte (46%) estavam desconhecidos como mostra a tabela 2 e isso tem um impacto muito grande no tratamento desses pacientes, uma vez que, pacientes com HER-2 positivo se beneficiam da aplicação do medicamento trastuzumab (Herceptim ® ) e sua adição à quimioterapia em pacientes com tumores superexpressando HER-2 aumenta a sobrevida livre de progressão e global dos pacientes (SLAMON et al.,2001). 42 Com os resultados da pesquisa em relação os protocolos que utilizaram o trastuzumab (todos que tiveram a sigla H) observou-se que, dos 72% dos pacientes que fizeram quimioterapia, 10% foram combinadas ou fizeram uso isolado do medicamento Herceptim ® (trastuzumab) como pode ser observado na figura 2 e cerca de outros 4% foram incluídos como poliquimioterapia, dando um total de 14% dos pacientes que fizeram uso de trastuzumab, valor muito próximo dos 18% dos pacientes com HER-2 positivos encontrados na pesquisa, os outros 4% provavelmente não fizeram o uso do Herceptim ® devido a problemas com o plano de saúde, reações adversas ou estado clínico que não seria favorável o uso. 4.3.3. Gene supressor de tumor P53 Codifica uma fosfoproteína que desempenha um importante papel no controle do ciclo celular e previne o aparecimento do câncer bloqueando a divisão celular em células que sofreram injúrias no seu DNA, dando tempo para a sua reparação; se esta falha, a expressão mantida do p53 dispara a cascata da apoptose e seu o valor de prognóstico sobre o p53 ainda é conflitante (EISENBERG; KOIFMAN. 2001) 15 . A grande maioria dos pacientes foi classificada como desconhecidos para mutações neste gene, por se tratar de um exame genético, provavelmente os pacientes não tiveram acessibilidade para este exame como condições financeiras ou os planos de saúde não cobriam este exame, sendo assim, os médicos não puderam classificar a agressividade do tumor nesses pacientes. 4.3.4. Proteína nuclear Ki-67 É uma proteína nuclear que não é expressa nas células em repouso (G0), mas pode ser detectada na fase G1, S, G2 e Mitose do ciclo celular. Sua utilização como um marcador de proliferação celular mostrou que o percentual de células positivas para Ki-67 pode ser usado para estratificar pacientes como de bom prognóstico ou grupos de mal prognóstico. Pode ser considerado como um fator de proliferação facilmente avaliado e reprodutível e pode ser uma alternativa ou complemento ao grau histológico como uma ferramenta de prognóstico e para a seleção de tratamento adjuvante (BUITRAGO; UEMURA e SENA. 2011) 4 . Assim como o p53, a maioria dos pacientes na pesquisa estava com o perfil de Ki-67 desconhecido, chegando a 85% dos pacientes e para o p53 83% como pode ser visto na tabela 2. Isso pode está relacionado ao fato de que esses exames ainda encontram muita resistência por partes dos planos de saúde e questões financeiras dospacientes. 4.4. Protocolos quimioterápicos 72% dos pacientes fizeram quimioterapia e 28% não chegaram a fazer qual quer tipo de quimioterapia, alguns autores como Rakha et al., (2011) 35 e Colleoni et al., (2011) 10 recomendam não usar quimioterapia ou apenas tratamento cirúrgico e hormonal para pacientes com um bom prognóstico, neste caso, pacientes em estágios iniciais ou tipo histológico mais favorável. 38% dos pacientes da pesquisa estavam no estágio inicial da doença, estágio I, nestes casos, o prognóstico mais favorável para esses pacientes e o tipo histológico da doença podem ter favorecido a não utilização da quimioterapia, desses 28% dos pacientes que não fizeram quimioterapia, 67% eram do estágio I e, provavelmente não necessitaram de quimioterapia e como a maioria dos pacientes estavam em estágios mais avançados (62%), logo a maioria fizeram quimioterapia. Dentre os protocolos quimioterápicos apresentados, a maioria dos pacientes que fizeram quimioterapia, fizeram uso do AC-T, FAC e FEC. O protocolo AC-T utiliza três medicamentos aplicados no paciente, a doxorrubicina, ciclofosfamida e paclitaxel ou docetaxel. Segundo uma meta análise feita por Albain et al., (2009) 2 demonstrou que a extensão do tratamento adjuvante com 4 ciclos de um taxano (paclitaxel ou docetaxel) adicionado a um regime controle com base em antracíclicos (doxorrubicina) reduz de forma significativa a mortalidade por câncer de mama. Assim como para o protocolo FAC que é o AC (doxorrubicina e ciclofosfamida) com o medicamento Fluorouracila e para o protocolo FEC, que substitui a doxorrubicina do FAC pela epirrubicina que é outro antracíclico. 4.5. Segurança do tamoxifeno A segurança do tamoxifeno foi verificada de acordo com as reações adversas que é um fator importante a ser analisado porque interfere na adesão a terapia antineoplásica oral (ZEFERINO. 2016) 45 . Apenas 2 pacientes trocaram o tamoxifeno por causa de reação adversa. A maioria dos pacientes tiveram reações adversas ao tamoxifeno (81%). Um estudo realizado por Coates et al., (2009) 11 também encontrou a maioria das reações adversas demostradas na figura 4 Estas reações na maioria das vezes são as mesmas apresentadas durante a menopausa e isso está relacionado com o mecanismo de ação do tamoxifeno e a atuação do farmacêutico clínico juntamente com a equipe multidisciplinar é fundamental para a segurança da terapia e a adesão do paciente. As principais reações adversas encontradas não tornaram a terapia insegura, são reações que podem ser facilmente manejáveis, como cefaleia, tonturas, perda de peso, dores nas articulações. Medidas como medicamentos analgésicos como a dipirona para a cefaleia, reeducação alimentar e atividades físicas para as dores nas articulações podem ser utilizadas pelos pacientes sem interferência no tratamento, além disso, a Acupuntura pode ser utilizada nas ondas de calor ou fogachos encontrados em alguns pacientes (OLIVEIRA. 2014) 28 . A esteatose hepática foi a mais prevalente assim como as dores nas articulações, o fígado pode ser facilmente lesado por drogas porque é o centro do metabolismo e degradação de quase todas as drogas, alguns agentes afetam os sinusoides ou endotélio do fígado, resultando em doenças veno-oclusivas, fibrose e depósito de gordura (SILVA et al., 2010) 41 e neste caso pode ser esta a relação entre tamoxifeno e a esteatose hepática encontrada em mais de 40 pacientes da pesquisa. As dores nas articulações podem está relacionadas com a diminuição da atividade estrogênica. Tem-se como consequência maior atividade metabólica óssea, sendo a perda óssea mais intensa nos cinco anos que se seguem na menopausa. A diminuição do estrógeno é o fator determinante e responsável pela gênese da osteoporose após a menopausa e as dores nas articulações podem está relacionadas com a osteoporose (AMADEI et al.,2006). 1 4.6. Utilização de outros medicamentos hormonais A utilização de outros medicamentos hormonais após uso do tamoxifeno seguiu as recomendações encontradas na literatura. Segundo uma randomização feita por Paul et al., (2003) 21 , a utilização do letrozol melhora significativamente a sobrevivência livre de doença em comparação ao placebo e de acordo com a pesquisa dos 24 pacientes que trocaram o tamoxifeno por inibidores da aromatase (IA) 54% trocaram por anastrozol, o anastrozol é atualmente um dos IAs indicados para uso posterior à terapia tradicional com cinco anos de tamoxifeno. Tal indicação é baseada nos resultados do MA-17, estudo que incluiu mulheres após a menopausa logo após completarem a terapia e que demostrou significativa redução no número de recidivas entre as usuárias dessa droga adjuvante com cinco anos de tamoxifeno, aumento da sobrevida livre de doença para todas as que optaram pelo uso do letrozol e diminuição em 60% na mortalidade para aquelas com linfonodos positivos (GOSS. 2007) 21 . Para os outros inibidores da aromatase como o anastrozol, segundo Smith (2006) 40 em uma pesquisa comparando o anastrozol versus tamoxifeno verificou que o anastrozol é tão eficaz quanto o tamoxifeno. E para a utilização do fulvestranto e a gosserrelina seguiu os protocolos clínicos de ablação ovariana em pacientes que ainda produzem o estrogênio pelos ovários e Segundo Olivia et al., (2014) 30 , a supressão ovariana da produção de estrógenos com o uso dos análogos do hormônio luteinizante e supressores do receptor de estrogênio após um acompanhamento médio de 68 meses, a sobrevida livre de doença em 5 anos foi de 91,1% no grupo de supressão exemestano mais supressão ovariana e 87,3% no grupo tamoxifeno mais supressão ovariana, favorecendo, portanto, os pacientes em uso de tamoxifeno e aqueles que substituíram o mesmo por inibidores da aromatase. 4.7. Eficácia do tamoxifeno A eficácia do tamoxifeno foi favorável para os três grupos de estadiamento clínico observados, porque em todos os estágios a média ficou acima de 4 anos, tempo de sobrevida livre de progressão muito significante para o câncer de mama e foi de acordo com os achados na literatura, segundo uma meta análise feita pelo grupo EBCTCG (2011) 16 , 5 anos de tamoxifeno adjuvante reduz os riscos de 15 anos de recorrência e morte por câncer de mama, somando-se as médias dos grupos, obtém-se 17 anos de redução de riscos de recorrência. Levando em conta que a média de sobrevida livre de progressão foi diminuindo com o avanço do estágio clínico da doença, passando de 6,6 anos no estágio I para 4,8 anos no estágio III, verificando que quanto mais precoce for o início do tratamento hormonal, mais eficaz é o tratamento. Outra observação importante é que analisando as figuras 5 e 6 observou-se que a distribuição dos pacientes de acordo com os anos de sobrevida livre de progressão (SLP) se concentrou mais no intervalo ente 6 á 11 anos para o grupo de estágio I e II e comparando com a figura 7 no grupo III a concentração de SLP ficou entre o intervalo 0 á 5 anos, portanto, para o estágio III há uma tendência de menor tempo de SLP como ficou constatado pela comparação das médias entre os grupos I, II e III. O tratamento com cinco anos de tamoxifeno reduz imediatamente e substancialmente as taxas de recorrência local, contralateral e distantes e reduz a mortalidade por câncer de mama. No entanto, há pouco ou nenhum efeito sobre os resultados do câncer da mama na doença ER-negativo (DOWSETT. 2010) 14 . O uso do tamoxifeno é um tratamento altamente eficaz para o tratamento do câncer de mama adjuvante. Dados de vários ensaios clínicos randomizados indicam que o tamoxifeno é também valioso na prevençãode câncer de mama em mulheres com alto risco para a doença (EBCTCG, 2011) 16 . O tamoxifeno é um pró-fármaco que é metabolizado aos metabólitos ativos e o mais potente é o 4-hidroxi-tamoxifeno. É possível que alterações nas concentrações dos metabólitos ativos possam contribuir para diferenças nas respostas à droga (STEARNS et al., 2003) 39 . No fígado, a N-desmetilação e 4-hidroxilação do tamoxifeno são catalisadas por enzimas citocromo P450. Dentro desta família de enzimas, CYP2D6, CYP2C9 e CYP3A4 são as principais responsáveis para o metabolismo do tamoxifeno no seu metabolito ativo 4- hidroxi-tamoxifeno (VIANA, 2007) 43 . Em mulheres pós-menopáusicas os inibidores da aromatase reduzem significativamente as concentrações de estrogênio, evitando, portanto, estimulação das células do câncer de mama ER-positivo. Os inibidores da aromatase, administrados tanto por 5 anos ou por 2-3 anos após 2-3 anos de tamoxifeno, produzem maiores reduções na recorrência do que 5 anos de tamoxifeno sozinho (DOWSETT et al., 2010) 14 . Um estudo fase III que comparou quimioterapia mais tamoxifeno contra o tamoxifeno sozinho não mostrou um benefício significativo de sobrevivência em idosos e uma recente meta-análise de todos os ensaios existentes, baseados em dados de pacientes individuais descobriu que a adição de tamoxifeno na quimioterapia é apenas marginalmente benéfica em mulheres mais velhas, em contraste com as grandes melhorias de sobrevivência em populações pré-menopausa (ALBAIN et al., 2009) 2 . 4.7.1. Progressão Para o grupo de estágio I, o tamoxifeno teve certa tendência de maior eficácia em relação ao II e III, além disso, não houve progressão neste grupo de pacientes, desta forma existe uma tendência de menor risco de progressão para o grupo I. Isto reflete a importância do tratamento precoce para o câncer de mama, além de não ter existido progressão no grupo I a SLP foi maior. Outro fator importante encontrado nesta pesquisa foi que 33% dos pacientes do grupo III tiveram progressão, quase 5 vezes mais que o grupo II, apesar de a população do grupo III (21 pacientes) ser quase a metade em comparação ao grupo II (41 pacientes) demostra uma tendência considerável para a progressão. Além disso, 2% dos pacientes que estavam em estágios II e III progrediram para o estágio IV. 4.7.2. Regressão Todos os grupos de estágios tiveram regressões, porém os valores foram relativamente baixos como mostra as figuras 5, 6 e 7 (3% para os grupos I e II e para o III 5%) e não foram ao ponto de regredir o estágio da doença e como demostrado na tabela 1 que ao fim da pesquisa não houve mudança para um estágio menor, ou seja, as regressões foram ao ponto de subdivisões dos subtipos estudados, a pesar da regressão os pacientes mantiveram-se nos mesmos subtipos de acordo com a tabela 1, e não foi capaz de diminuir o tumor para um estágio menos avançado. Apesar de os valores serem baixos, a terapia com tamoxifeno beneficiou todos os estágios fazendo até regredir em alguns pacientes. Os três grupos tiveram valores próximos de regressão demostrando uma tendência na população estudada que para a regressão o estágio da doença não influenciou de forma significante ou mostra também a severidade da doença em ser de difícil tratamento e mais ainda a sua regressão. 4.7.3. Doença estável A maior eficácia do tratamento com tamoxifeno foi manter a doença estável, ou seja, sem progressão durante certo tempo, tendo a média geral de SLP de 5,7 anos sem progressão de doença levando em conta todos os pacientes. No que diz respeito a eficácia em manter a estabilidade da doença com uso do tamoxifeno, tanto o grupo I quanto o II foram bastante favorecidos por esta terapia, chegando a mais de 90% dos pacientes com a doença sob controle por cerca de 5,7 anos. Em contraste com o grupo III, houve queda desta estabilidade da doença em cerca de 30%, demostrando outra tendência negativa para o grupo III que é a doença ser mais difícil de ser controlada. 5. CONCLUSÃO Através dos dados expostos pela pesquisa pode-se observar que a terapia antineoplásica oral com citrato de tamoxifeno tem uma eficácia extremamente relevante no que diz respeito ao controle do câncer mama, como observado os três grupos de estágios tiveram um alto índice de pacientes com a doença estável e por uma média de 5,7 anos sem progressão de doença. Com os resultados ficou claro que quanto mais precoce for o início do tratamento antineoplásico hormonal as chances de progressão da doença são menores como observado no grupo de estágio I em que não houve progressão de doença. Além disso, quando tratado precocemente o tempo de sobrevida livre de progressão também é maior como observado na pesquisa em que a redução da média de sobrevida livre de progressão foi quase 23% no estágio III em relação ao estágio I. A utilização do tamoxifeno como terapia antineoplásica não ofereceu nenhum risco clínico para o paciente e isso favorece a adesão do tratamento pelo paciente, a maioria das reações adversas podem ser tratadas e os pacientes podem usar o medicamento sem grandes preocupações, mostrando que o tamoxifeno é muito seguro e eficaz nos grupos de pacientes pesquisados. Portanto, a hormonioterapia com o citrato de tamoxifeno além de trazer muitos benefícios como controle da doença e aumento do tempo livre de progressão, trás segurança tanto para a equipe multidisciplinar quanto para o paciente. 6. ABSTRACT Due to its high incidence and mortality rates, breast cancer has been a global concern, and in Brazil the leading cause of cancer death in the female population. According to the National Cancer Institute, an estimated incidence of cancer in 2016 in Brazil, comes close to 57.96 million new cases per 100 thousand inhabitants. hormonal and genetic factors may influence cancer and this study was conducted in a clinic for chemotherapy to evaluate the effectiveness and safety of this adjuvant hormone therapy with the drug tamoxifen. The present study deals with a retrospective, observational study of secondary data. We aimed to assess the effectiveness and safety of adjuvant treatment with tamoxifen in patients diagnosed with breast cancer, stages I, II and III. electronic patient files were analyzed and through medical developments, was assessed progression-free survival and what were the most common adverse reactions with hormone therapy. a total of 100 records were analyzed, 81% had adverse reactions, among these, hepatic steatosis and joint pain had the highest frequency in the population studied. 38% of patients with stage I had SLP average of 6.6 years, stage II 41% had 5.9 years of SLP and stage III with 21% and PFS of 4.8 years. Tamoxifen was effective in Stage 3 groups and their effectiveness has decreased with advancing clinical stage. This study was submitted to the Ethics Cardiology Bahia Foundation Committee. Keywords: Breast cancer. Tamoxifen. Hormone therapy. 7. REFERÊNCIAS 1. AMADEI, Susana Ungaro et al. 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