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NDF - de empresarial

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ
“TRADIÇÃO, EXPERIÊNCIA E OUSADIA 
DE QUEM É PIONEIRO”
	
NDF
Data: ____/____/_____ 
Valor: 10 pontos
Pontos obtidos: ___________
Rubrica do Professor:
	
Curso: 
	
Turma: 7DIV1
	
	
Disciplina: 
	
	
Professor: 
	
	
Acadêmico(a):
	
	 (NDF aplicada no primeiro semestre de 2016)
Questão 01
Assim é que, em 1804 e 1808, respectivamente, são editados, na França, o Código Civil e o Código Comercial. O direito comercial inaugura, então, sua segunda fase. Pode-se falar agora em um sistema jurídico estatal destinado a disciplinar as relações juridico-comerciais. No dizer de Francesco Galgano, “a classe mercantil deixa de ser artífice do seu próprio direito. O direito comercial experimenta uma dupla transformação: o que foi direito de classe transforma-se em direito do Estado; o que foi direito universal converte-se em direito nacional”. Desaparece o direito comercial como direito profissional e corporativista. 
A codificação napoleônica divide claramente o direito privado: de um lado, o direito civil; de outro, o direito comercial. O Código Civil napoleônico era, fundamentalmente, um corpo de leis que atendia os interesses da burguesia fundiária, pois estava centrado no direito de propriedade. Já o Código Comercial encarnava o espírito da burguesia comercial e industriai, valorizando a riqueza mobiliária.
RAMOS. André Luiz Santana Cruz. Curso de direito empresarial. Salvador: Editora JusPodivm, 2010.
- Considerando as principais etapas e os fatos mais marcantes da evolução do direito comercial/empresarial é CORRETO afirmar que:
a) Com a instituição do Código Comercial napoleônico (1808), o direito comercial seguia sendo um conjunto de regras inspirado nos usos e costumes da atividade mercantil e mirando essencialmente identificar o seu sujeito.
b) O Código Comercial brasileiro (1850) unificou o nosso direito privado.
c) Desde a sua promulgação até o advento do Novo Código Civil, o Código Comercial brasileiro seguiu sendo a norma que definia a figura do agente dirigente do empreendimento empresarial, similar ao empresário, dentre os quais, era utilizado para definir quem seria o empregador (no caso do direito trabalhista) e o fornecedor (no caso do direito consumerista).
d) Dentre as atividades que ficavam de fora do alcance do conceito de comerciante, adotado pelo código comercial brasileiro, constavam os prestadores de serviços e o negociadores de imóveis.
e) A fase embrionária do direito comercial, marcada pelas normas adotadas pelas corporações de ofício, é caracterizada pela aplicação de normas promulgadas pelo Estado nacional, mas aplicadas pelos próprios membros das corporações.
Questão 02
A figura do comerciante, que norteava as disposições de nosso velho Código Comercial é substituída pela do empresário. Não ocorreu uma simples alteração terminológica, mas de conteúdo na definição do agente econômico (mercador, comerciante ou empresário) submetido à disciplina do direito de empresa.
Antes, o que se tinha era a referência a uma pessoa que, para ser enquadrada na disciplina, necessitava fazer da mercancia sua profissão habitual (CCom, art. 4º). Embora vago, o termo mercancia era interpretado pela doutrina e jurisprudência dominantes a partir do rol dos atos que o regulamento n. 737/1850, reputava nela compreendidos. Como essa enumeração era arbitrária e não possuía cunho científico, grandes foram as dificuldades para a sistematização lógica do direito comercial, inclusive no que diz respeito ao seu suporte fático, visto que as concepções econômicas de comércio e de comerciante não coincidiam com a casuística legal. Havia, então, a necessidade de determinar a matéria compreendida pelo direito comercial ou um conceito jurídico de comerciante para daí definir o regime jurídico a ele aplicável.
GOLÇALVES NETO, Alfredo de Assis. Direito de empresa. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.
- Com relação a caracterização do empresário e as atividades por ele desenvolvidas, é correto afirmar que
a) O empresário deverá, necessariamente, colocar para circular bens e serviços ao mesmo tempo.
b) Embora realize uma atividade econômica, a mesma poderá envolver ramos que não visem lucro.
c) A iniciativa em um negócio é uma prerrogativa/responsabilidade exclusiva do empresário.
d) Empresa pode ser confundida com o estabelecimento, devendo ser do tipo econômico e organizado.
e) Somente será considerado empresário aquele profissional intelectual com mais de 10 anos na mesma atividade e que contrate empregados.
Questão 03
Até a revolução francesa os comerciantes constituíam uma classe poderosa, que tinha privilégios especiais em virtude de a ela serem aplicadas regras jurídicas que não se estendiam à coletividade. Mas o espírito da Revolução era o da abolição de privilégios, tanto que o se lema era o de "liberdade, igualdade e fraternidade". Assim, vitoriosa a Revolução, foram extintos os privilégios de classe. E como resultado dessa filosofia, ao ser votado o Código de Comércio, promulgado em 1807 pra entrar em vigor em 1808, depois de declarar, no art. 1º, que "são comerciantes os que exercem atos de comércio e deles fazer profissão habitual", passou a enumerar, no art. 632, os atos que, por natureza, caracterizavam a profissão comercial, e no artigo 633 os que eram considerados comerciais ainda que aqueles que os praticassem não o fizessem profissionalmente, isto é, ainda que os que os praticassem não fossem comerciantes.
Passou, desse modo, o direito comercial a ser aplicável aos atos de comércio (...)
O critério, assim, para conceituar-se o direito comercial como o que ampara os atos de comércio não pode ser aceito, porque os atos de comércio carecem de uma caracterização científica.
MARTINS, Fran. Curso de direito comercial. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
- Considerando a evolução teórica do direito empresarial, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas
I- A teoria da empresa é majoritariamente considerada uma teoria objetiva, pois mira esclarecer os elementos caracterizadores da principal agente da atividade empresarial: a atividade econômica organizada
PORQUE
II- A teoria da empresa buscou superar as imprecisões da teoria vigente anteriormente, estabelecendo na lei um elenco de atividades que seriam consideradas atividades comerciais, sejam aquelas desenvolvidas exclusivamente por comerciantes, sejam aquelas não necessariamente desenvolvidas por comerciantes.
- A respeito dessas duas asserções, é correto afirmar que:
a) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
Questão 04
A atividade empresarial, especialmente a exercida na forma de sociedades, em muitos casos, assemelha-se a de outras organizações instituídas com finalidades econômicas, vindo a ser nomeadas como atividades econômicas civis. Contudo, em razão da motivação destas últimas instituições, a norma nacional as reveste com as particularidades e garantias afetas as organizações civis. Porém, ainda assim, o direito empresarial possui relação e trata da matéria em várias normas, especialmente naquilo que concerne e tem a possibilidade de afetar as relações comerciais, este é o caso típico das cooperativas.
Para o exercício da atividade empresarial, alguns elementos da matéria civil precisam ser claramente entendidos, pois eles terão direta repercussão sobre a atividade empresarial, estabelecendo alguns limites e possibilidades para o seu exercício. Dentre esses aspectos, um dos mais importantes é o entendimento dos desdobramentos da capacidade civil.
Por fim, e em resposta as atuais condições impostas ao exercício da atividade empresarial, o direito empresarial estabeleceas garantias, o escopo e as formalidades necessárias afim de regular a atividades de alguns colaboradores cruciais do empresário, pois, em grande parte dos casos, é com esses profissionais que muitos clientes e negociantes lidam no dia-a-dia no âmbito das transações empresariais.
- Em relação às atividades econômicas civis, aos prepostos e aspectos necessários para o exercício da atividade empresarial é correto afirma que
a) Semelhante às sociedades comerciais, a responsabilidade dos sócios em uma cooperativa poderão ser do tipo limitada (obrigando-os até o limite de suas cotas) e do tipo ilimitada (obrigando-os solidária e ilimitadamente).
b) Para a tomada de decisões numa sociedade cooperativa o critério é idêntico ao de uma sociedade comercial comum, ou seja, a proporcionalidade de votos será equivalente ao da quota dos participantes no capital social da sociedade.
c) Para exercer a atividade empresarial é necessário haver plena capacidade civil, o que significa que não há possibilidade alguma legal de o menor relativamente incapaz tornar-se empresário.
d) O gerente-órgão é aquele que é contratado pela empresa para atuar na gestão de suas atividades.
e) Como regra geral, as obrigações assumidas e a informações prestadas pelo preposto, não obrigam o preponente.
Questão 05 
O Registro Público de Empresas, disposto na Lei Federal na 8.934/1994, regulamentada pelo Decreto na 1.800/1996 e pelos arts. 1.150 a 1.154 do CC/2002, tem por fim dar garantia, publicidade (qualquer um, independentemente de comprovar legítimo interesse, pode requerer à Junta informações sobre outrem), autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos dos empresários individuais e das sociedades empresárias, proporcionando segurança aos que desenvolvem atividade mercantil.
PIMENTEL, Carlos Barbosa. Direito Empresarial (comercial). Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
- Com relação registro de empresa, considere as seguintes afirmativas: 
I- A empresa irregular não possui legitimidade para requer a sua recuperação judicial.
II- A Junta Comercial possui um único órgão colegiado que é o Plenário.
III- A empresa irregular não poderá ter a sua falência decretada.
IV- Ao ocorrer o arquivamento dos atos de um registro de empresa, a Junta Comercial estará indeferindo um requerimento de registro.
- é correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) IV, apenas.
e) II e IV, apenas
Questão 06 - livros
A lei estabelece os livros necessários ou obrigatórios, facultando-se ao empresário ter livros acessórios, não-essenciais. São os livros auxiliares, não-obrigatórios. Embora a lei determine o modo de escriturá-los - "seguir uma ordem uniforme de contabilidade", "formar anualmente um balanço geral", "feito em forma mercantil", "sem intervalo em branco, nem entrelinhas, borraduras, raspaduras ou emendas" - não institui estritas regras de contabilidade. 
Ademais, diz o Regulamento do Decreto-lei no. 486 que só poderão ser usados, nos lançamentos, processos de reprodução que não prejudiquem a clareza e nitidez da escrituração, sem borrões, emendas ou rasuras.
Tem-se a considerar, todavia, além dos livros comuns a qualquer atividade empresarial, outros especiais, que as leis exigem para certas empresas.
REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.
- Em relação aos livros comerciais, as obrigações e particularidades relacionadas, é correto o que se afirma em
a) Como parte da política de incentivo e desburocratização voltadas a facilitar a atividades das empresas mercantis, as MEs/EPPs e a empresa rural estão dispensadas de qualquer forma de escrituração.
b) Dentre as funções a que servem o processo de escrituração, a documental mira tornar possível a fiscalização de cumprimento das obrigações fiscais da empresa.
c) Para o uso da segunda via de um livro comercial que tenha sido extraviado, dentre outras exigências, deve haver publicação da ocorrência em jornal de grande circulação, comunicação do fato à Junta Comercial e submissão do livro à devida autenticação.
d) Os livros deverão ser conservados até a abertura de um novo livro de mesma espécie.
e) O sigilo dos dados contidos nos livros estendem-se a toda e qualquer autoridade administrativa, em cumprimento ao princípio da inviolabilidade da escrituração mercantil. 
Questão 07 
Além da repressão aos crimes de concorrência desleal, previstos no Código de Propriedade Industrial, o Brasil possui instrumentos legais que visam a combater práticas abusivas de mercado. Um é a Lei no. 8.884, de 11 de junho de 1994, que dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica. Outro é a Lei no. 8.137, de 27 de dezembro de 1990, que define crimes contra ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo.
Ambos os textos legais servem de escudo contra práticas abusivas de mercado, pois contêm dispositivos para prevenir e reprimir certas atitudes.
O primeiro relaciona infrações contra a ordem econômica, enquanto que o outro contém crimes contra a ordem econômica
PIMENTEL, Carlos Barbosa. Direito Empresarial (comercial). Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
- Com relação ao abuso do poder econômico, considere as seguintes afirmativas:
I- Dentre as hipóteses para a sua caracterização, constam as relacionadas no artigo 21, desde tenham como um de seus efeitos, previsões contidas no artigo 20 da lei 8.884/94. - §3º, do Art. 36 - caput do art. 36. Da lei 12.529/11
II- As decisões do órgão federal responsável pela imposição de sanções administrativas (o CADE), embora sejam revestidas que rituais que se assemelham as do poder judiciário, são passíveis de revisão.
III- O combate ao abuso do poder econômico encontra previsão na própria CF/88.
IV- Para a caracterização do abuso do poder econômico a existência de culpa é irrelevante.
- é correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) IV, apenas.
e) Em todas as afirmativas.
Questão 08
A distinção entre sociedade simples e empresária não reside, como se
poderia pensar, no intuito lucrativo. Embora seja da essência de qualquer
sociedade empresária a persecução de lucros - inexiste pessoa jurídica dessa
categoria com fins filantrópicos ou pios, este é um critério insuficiente
para destacá-la da sociedade simples. Isto porque também há sociedades
não empresárias com escopo lucrativo, tais as sociedades de advogados, as
rurais sem registro na Junta etc.
O que irá, de verdade, caracterizar a pessoa jurídica de direito privado
não-estatal como sociedade simples ou empresária será o modo de explorar
seu objeto. O objeto social explorado sem empresarialidade (isto é, sem
profissionalmente organizar os fatores de produção) confere à sociedade
o caráter de simples, enquanto a exploração empresarial do objeto social
caracteriza a sociedade como empresária
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. São Paulo: Saraiva, 2005
- Em relação as sociedades empresarias é INcorreto afirmar que:
a) Nas sociedades empresariais do tipo mista, há sócios que respondem ilimitadamente e outros que respondem limitadamente.
b) As sociedades empresárias devem fazer o seu registro na Junta Comercial e as sociedades simples no cartório de registro civil de pessoas jurídicas.
c) Nas sociedades constituídas de forma estatutária, o ato constitutivo é o contrato social.
d) Dentre os requisitos considerados genéricos para a constituição de uma sociedade contratual, deve haver agente capaz, objeto lícito e possível e forma prescrita ou não defesa em lei.
e) De acordo com Novo Código Civil, a desconsideração da personalidade jurídica aplica-se quando estiver caracterizado o abuso de personalidade jurídica, ou seja, quando há desvio de finalidade ou confusão patrimonial.
Questão 09
- Considerando ainda as particularidades jurídicas do chamado direito societário, objeto do texto relativo a questão 08, cite e comente 02 (duas) consequencias da personalização das sociedadesempresárias.
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Questão 10
O artigo 970 do Código Civil prevê tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. A norma atende à determinação da Constituição da República que, em seu artigo 170, IX, alinha como um dos princípios da ordem econômica e financeira do país, “tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País”. Um pouco adiante, o artigo 179 emenda: “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.”
O Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que é uma lei complementar (Lei Complementar 123/06), estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado a microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (...).
MAMEDE, Gladston. Direito empresarial brasileiro. São Paulo: Editora Atlas, 2010.
- Indique 02 (duas) modalidades de incentivos e/ou tratamento favorecido dispensados as ME e EPP no Brasil e comente a importância de cada um deles para o bom desenvolvimento dessas empresas.
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