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BIOQUÍMICA
Glicólise: é o metabolismo da glicose, até a formação de piruvato.
Glicólise aeróbia: ocorre com a entrada do piruvato na mitocôndria (consumo de oxigênio).
Glicólise anaeróbia: no ser humano é a transformação de glicose em lactato.
- Vantagens: produção de ATP na ausência de oxigênio, regeneração de NAD+ (a via glicolítica depende de NAD+).
Fermentação alcóolica: ocorre em alguns microorganismos, como leveduras (fungos que fermentam ou respiram). O ser humano não é capaz de realiza-la, uma vez que não tem a enzima (álcool desigrogenase) que transforma piruvato em acetaldeído. Na fermentação alcóolica o piruvato é transformado inicialmente em acetaldeído, liberando CO2, que será posteriormente transformado em etanol. Há regeneração de NAD+ e produção de ATP. Essa fermentação pode ser utilizada na produção de algumas bebidas. 
OBS 1: dependendo do organismo, o produto final ou é etanol ou é lactato. 
OBS 2: o ser humano não é capaz de produzir etanol, mas é capaz de degradar. 
Regulação da glicólise: a via glicolítica é regulada por 3 enzimas.
 A relação ATP/ADP (quantidade de ATP dividida por uma quantidade de ADP) determina a velocidade das vias metabólicas. Quando a relação é alto, há muita energia (mais ATP em relação ao ADP). 
OBS 1: se há muito ATP e a energia não é armazenada não é preciso continuar estimulando as vias para a produção de ATP. Por isso, uma alta relação inibe a maior parte das vias. 
OBS 2: grande parte das enzimas possuem sítios alostéricos para o ATP. 
A enzima PFK é inibida por altas concentrações de ATP e por altas concentrações de citrato (proveniente do ciclo de Krebs – a realização do ciclo de Krebs, na matriz mitocondrial, oferece muita energia, ou seja, muito ATP). O citrato sai da mitocôndria e chega ao citoplasma, através de uma proteína especifica, para regular a via. É preciso regular a via no interior da mitocôndria e no citoplasma ao mesmo tempo, pois todas as vias devem ser reguladas automaticamente. Mas existem também enzimas que não possuem sítio alostérico para o ATP (como a enzima hexoquinase ou hexocinase), então serão reguladas por outros fatores, como por exemplo magnésio que é um cofator. Essas enzimas são inibidas por excesso de produto, que nesse caso é a glicose 6-fosfato, umas vez que a reação é irreversível. 
 A enzima fosfofrutoquinase-1 (PFK-1) pode ser ativada pela alta de ADP, e neste a caso a relação ATP/ADP é baixa. E também por alta de AMP, uma vez que é possível adquirir ATP através de AMP+PPi (forma de quebra de ATP), que ocorre principalmente em músculos. É inibida por alta de ATP e citrato.
 A enzima piruvato quinase também é inibida por altas concentrações de ATP e citrato e ativada por alta de ADP e frutose 1,6-bifosfato (essa molécula ativa a enzima para não deixar acumular os intermediários anteriores das reações anteriores, que são reversíveis, para que seja permitido um fluxo contínuo de reações acontecendo). 
 
 Via a partir da sacarose - A molécula de sacarose (sucrose no mapa) é um dissacarídeo formado por uma molécula de frutose mais uma de glicose. Mas quando a sacarose é metabolizada essa não vira glicose e sim frutose 6-fosfato, sendo que nessa reação há a entrada de um fosfato proveniente de um ATP. O saldo líquido da sacarose é de 4 ATP, uma vez que ela é composta por frutose mais glicose e o saldo liquido de cada uma dessas é de 2. 
 Via a partir da frutose - metabolismo da frutose no fígado: a frutose é transformada em frutose 1-fosfato, que é uma reação de fosforilação (fosfato vindo do ATP). Posteriormente, a frutose 1-fosfato é clivada em duas moléculas: dihidroxi-cetona bi fosfato (fica com o fosfato, pois não há fosforilação e sim clivagem da molécula de frutose 1-fosfato) e gliceraldeído (não tem fosfato em sua constituição e ainda será fosforilado). Quando fosforilado, o gliceraldeído vira gliceraldeído 3-fosfato. Por isso, é possível perceber que ainda é necessário a terceira enzima na regulação da via, uma vez que quando a frutose chega ao fígado ela pula a primeira e a segunda enzimas e então o metabolismo da frutose será regulado utilizando-se a última enzima. 
 Necessidade das 3 enzimas na via: há vários intermediários entrando em várias posições. 
 Saldo líquido de ATP do metabolismo da frutose no fígado: 2. 
Metabolismo alternativo para a glicose: via das pentoses
-Tal via acontece, normalmente quando há energia sobrando
- Serão formados monossacarídeos que possuem apenas um fosfato 
- Acontece principalmente em tecidos produtores de lipídios (ácidos graxos, colesterol, hormônios esteroides), como por exemplo fígado, tecido adiposo, glândulas mamárias e córtex. 
- É uma via que produz NADPH que possui duas importâncias: agente redutor na síntese de lipídios e agente redutor de enzimas que eliminam radicais livres (contribui indiretamente para a eliminação de radicais livres – a enzima regula o radical livre e ele reduz a enzima) . 
- Produção de ribose 5-fosfato (constituinte de ácidos nucléicos).
- A via sintetiza vários monossacarídeos ,com números variáveis de carbono e todos com apenas um fosfato, que serão utilizados para a síntese de aminoácidos.
OBS: para a célula é mais importante gerar energia do que armazenar energia, por isso há a via das pentoses que também é conhecida como metabolismo secundário.
- Essa via tem início a partir da glicose 6-fosfato (um dos intermediários da via glicolítica).
- Quando há excesso de ATP a glicose 6-fosfato é transformada em 6-P glucono lactone e essa transformação produz NAPH e, posteriormente, 6-P glucono lactone é hidratado e forma 6-P gluconato que sofre uma descarboxilação (perde um C – para tanto há participação de vitaminas, porque unidades de carbono são transferidas) e forma ribulose 5-P, reação na qual também vai haver produção de NAPH pelo consumo de NADP+ (transportador de e-, que entra oxidado e sai reduzido). A ribulose 5-P dá origem à ribose 5-P, que são exemplos de monossacarídeos, assim como a xilulose 5-P. Ocorre várias reações reversíveis de quebra, mas os números de carbonos permanecem o mesmo (10 carbonos). 
- No final há a formação de frutose 6-P que pode voltar para via glicolítica 
- A xilulose 5-P se junta com a eritrose 4-P, que no total ficam com 9 carbonos e então formam 3-P gliceraldeído e a frutose 6-P
O que é importante na via das pentoses: produção de NAPH, produção de ribose 5-P, produção de monossacarídeos de números diversos de carbonos que serão utilizados na formação da cadeia carbônica de aminoácidos. 
Piruvato entrando na mitocôndria (parte aeróbica) – reação intermediária
- O piruvato é formado no citoplasma e a atravessa a membrana interna da mitocôndria, que é extremamente seletiva, através da proteína translocase específica para piruvato. O que determina a sua entrada na mitocôndria é a necessidade de produção de energia. 
- O piruvato é uma molécula reduzida que tem a capacidade de ser oxidado, por isso, logo que entra na mitocôndria é transformado em acetil-CoA (reação irreversível e a enzima que a catalisa é regulatória e tem seu funcionamento regulado por vários cofatores, como o FAD e também pela vitamina tiamina pirufosfato).
- Participação de 3 enzimas: complexo enzimático (várias enzimas catalisando uma reação).
- A tiamina participa na descarboxilação, pois é transportadora de carbono.
- A CoA é uma molécula derivada do ácido pantotênico (vitamina B5), que tem como função o transporte de acetil e acil. Na reação, a CoA está reduzida e seu hidrogênio vai para o NAD+ que virou NADH (transferência de um e-). 
OBS: uma glicose gera 2 piruvatos que geram 2 moléculas de acetil-CoA, portanto, há a produção de 2 moléculas de CO2 e duas de NADH. 
- O acetil CoA vai dar início ao Ciclo de Krebs
Ciclo de Krebs 
- É considerado o segundo estágio da respiração celular e ocorre na mitocôndria 
OBS: hemácias maduras trabalham com glicólise anaeróbia, uma vez que não possuem mitocôndrias. Se as hemácias tivessem mitocôndrias, essas utilizariam o oxigênioe não restaria esse último para os outros tecidos. 
- O ciclo de Krebs produz coenzimas reduzidas, como por exemplo NADH e FADH2 e também produz ATP
- Ocorre redução do acetil CoA à H20 e CO2 (todos os carbonos do acetil CoA que participam do ciclo serão transformados nessas moléculas)
- Os intermediários do ciclo podem ser utilizados para a síntese de outras biomoléculas (ex: succinil CoA)
- Ocorrem 8 reações químicas no ciclo
1°) Condensação: os 2 carbonos do acetil CoA são condensados mais os 4 carbonos do oxalacetato para formar o citrato (ácido cítrico). Há a criação de uma ligação covalente, com gasto de energia proveniente da quebra de uma ligação tio éster. A reação é irreversível.
Enzima da reação: citrato sintase (primeira enzima que regula o ciclo de Krebs) 
2°) O citrato é transformado em isocitrato que se diferencia do citrato na posição da hidroxila. A reação é reversível. Desidratação e hidratação. 
3°) Descarboxilação e transferência de e-: isocirtrato para alfa oxo-glutarato, sendo uma reação irreversível. Há uma seta saindo de alfa oxo-glutarato que vai para o CO2 e para o NADH, sendo o carbono proveniente do acetil CoA => saída de CO2, entrada de NAD+ e saída de NADH+H+. 
Enzima: complexo isocitrato desidrogenase
4°) Adição de CoA; descarboxilação; desidrogenação: entrada da CoA reduzida, que pode ser a liberada no início da reação. Além do mais, ocorre liberação de CO2. Há também a entrada de um NAD+ e saída de um NADH. 
Enzima: complexo alfa cetoglutarato desidrogenase
5°) Transformação de succinil CoA em succinato. Há saída de CoA na forma reduzida, com liberação de energia pela quebra de uma ligação tio éster. Junção de GDP e Pi para formar GTP que vira ATP sem gasto energético, pois a energia da quebra da ligação tioéster que é utilizada para a síntese do ATP. Mas, é preciso que na matriz mitocondrial haja GDP e Pi, senão não será formado ATP.
6°) Remoção de dois elétrons do succionato com participação do FAD que assume a sua forma reduzida (FADH2) e o succinato será transformado em fumarato. 
OBS: se os elétrons saem de carbonos diferentes, quem participa da reação é o FAD. Se os elétrons saem do mesmo carbono, quem participa da reação é o NAD. 
7°) Hidratação: rompimento de uma ligação dupla pela entrada de uma água. 
8°) Malato para oxalacetato (reação reversível). Tem entrada de NAD+ e saída de NADH+H+. 
Como é uma via cíclica, o oxalacetato que dá início a essa é regenerado no final. 
=> Cada glicose forma 2 piruvatos que formam 2 acetil CoA que realizam 2 ciclos de Krebs
=> Os intermediários do ciclo de Krebs podem ser removidos e utilizados para a síntese de biomoléculas, como por exemplo: ácidos graxos, esteróides, aminoácidos, purinas, grupamento M da hemoglobina, pirimidinas e glicose. 
=> Como o ciclo de Krebs não para, ou seja, acontece automaticamente, consequentemente, tais intermediários devem ser repostos a todo momento. 
=> A falta de oxalacetato afetaria significativamente o ciclo, pois só é possível sua produção a partir de outros intermediários, por isso, na sua ausência o ciclo para. 
=> O oxalacetato é transformado em glicose no fígado através da via gliconeogênese. Logo, se ele é removido em grande quantidade no fígado, é no fígado que ocorre sua reposição, uma vez que os outros tecidos não são capazes de sintetizar glicose. 
Reações anapleróticas: reações de reposição de intermediários do ciclo. 
Ex: piruvato + HCO3 ou CO2 + ATP => oxalacetato + ADP + Pi => glicose
O piruvato é carboxilado a oxalacetato, e para tanto o carbonato ou o gás carbônico serão utilizados como fonte de carbono. Tal carboxilação ocorre com gasto de energia, proveniente da hidrólise do ATP. Na quebra do ATP sai ADP + Pi, pois o oxalacetato não sofre fosforilação, ou seja, é um intermediário que não possui fosfato.
Piruvato => oxalacetato (principal reação anaplerótica) -> ocorre para que o ciclo tenha continuidade, ou seja, não pare de acontecer.
Regulação da reação intermediária
1) Complexo piruvato desigrogenase: enzima que catalisa a reação de piruvato para acetil CoA
Regulada alostericamente por:
- Ativada por alta [ ] de AMP, NAD+ e cálcio 
- Inibida por alta [ ] de ATP, acetil CoA e NADH 
Relação importantíssima para a regulação das enzimas: NADH/NAD+ => relação alta é indicativo de muita energia disponível, uma vez que o NADH gera energia para formar ATP, logo, a relação alta é capaz de inibir as enzimas. Mas, quando a relação é baixa as enzimas são ativas. O NADH vai para a cadeia transportadora de e- para formar ATP, por isso é capaz de inibir as enzimas. 
O excesso de acetil CoA permite que haja muito ciclo de Krebs ocorrendo e, consequentemente, permite que haja muita produção de energia, por isso as enzimas serão inativadas, uma vez que não é preciso que mais energia seja produzida. 
O cálcio ativa as enzimas para que o ATP possa ser produzido e para que seja possível a realização de contração muscular, por exemplo, uma vez que a contração muscular é dependente de cálcio e ATP. 
Regulação do Ciclo de Krebs 
1) Citrato sintase
Regulada alostericamente por: 
- Ativada por alta [ ] de ADP
- Inibida por alta [ ] NADH, succinil CoA, citrato e ATP
O succinil CoA é capaz de inibir a reação pois ele pode ser proveniente do metabolismo de lipídios, uma vez que a degradação de lipídios disponibiliza energia. 
3) Complexo isocitrato desigrogenase:
Regulada alostericamente por:
- Ativada por alta [ ] de ADP e cálcio 
- Inibida por alta [ ] de ATP 
4) Complexo alfa-cetoglutarato desidrogenase
Regulada alostericamente por:
- Ativada por alta [ ] de cálcio 
- Inibida por alta [ ] de succinil CoA e NADH 
 Cadeia de transporte de e- e fosforilação oxidativa
Tanto a via glicolítica quanto o ciclo de Krebs liberam elétrons contidos em moléculas reduzidas como NADH e FADH2. O aceptor final desses elétrons é oxigênio, porém, tais elétrons não são transferidos de uma única vez para o oxigênio, uma vez que contêm grande quantidade de energia, logo, serão transferidos de forma gradativa através de transportadores de elétrons. 
Transportadores de e-:
- Ubiquinona ou coenzima Q: possui um anel transportador de elétrons (benzoquinona) e uma cauda isoprenóide (duplas alternadas), sendo que essa última dá a característica lipossolúvel à molécula. Transportador de elétrons presente na bicamada lipídica. Com a entrada de elétrons assume sua forma reduzida => ubiquinol 
A ubiquinona pode doar ou captar elétrons. 
- Citocromos: são proteínas (M proteínas – grupamento M parecido com o da hemoglobina). Existem vários tipos e são diferenciados por alguns substituintes. Possuem ferro como átomo central, que é o transportador de elétrons. Podem ser hidro ou lipossolúveis. 
- Proteínas ferro-enxofre: proteínas que possuem cisteína (aminoácido) que tem enxofre que liga-se a átomos de ferro que é um bom transportador de elétrons. 
- Proteína com núcleo de cobre: o cobre, assim como o ferro, é um bom transportador de elétrons.
- Flavina mononucleotídeo (FMN): derivado da vitamina B2, sendo um ótimo transportador de elétrons. 
Tais transportadores de elétrons não encontram-se espalhados na célula, mas sim organizados e associados a proteínas, sendo essas em sua grande parte proteínas transmembranas => complexos de proteínas => possuem diversas proteínas e transportadores de elétrons 
Dentro de cada complexo os transportadores de elétrons são organizados segundo um potencial de oxirredução, que deve ser crescente. 
Os complexos estão inseridos na membrana interna da mitocôndria, por isso essa organela possui várias cadeias transportadoras de elétrons, logo, a produção de energia é muito grande. 
Cadeia transportadora de elétrons => união dos complexos
NADH presente na mitocôndria (complexo 1): a entrada de elétrons no NADH ocorre através do complexo 1, onde existem transportadores de elétrons.
A membrana interna da mitocôndria e a matriz mitocondrial são carregadas. Do lado de dentro há carga negativa e do lado de fora há cargapositiva (da membrana interna). Para manter o potencial eletroquímico da matriz, essa é muito rica em prótons. A membrana possui essa carga negativa por conta de íons e de cargas proteicas. 
=> O primeiro transportador pega o elétron do NADH, que sai de sua forma reduzida e vai para a sua forma oxidada 
=> O NADH+H+ volta a ser NAD+ e vai para o ciclo de Krebs onde se torna NADH novamente
=> Durante o transporte de elétrons, energia é gerada por conta de uma diferença de potencial que é gerada ao longo da cadeia transportadora pelo salto dos elétrons 
=> Essa energia é utilizada para bombear prótons da matriz para o espaço intermembrana 
=> Gradiente de prótons: bombeamento dos prótons 
=> Para que haja gradiente de prótons, é preciso que tenha transporte de elétrons
=> O oxigênio é captado somente pelo complexo 4, por isso esse é o destino do elétron 
OBS: os elétrons não são transportados pela bicamada nem pelo citoplasma
=> A ubiquinona pega os elétrons do complexo 1 e leva-os para o complexo 3
=> No complexo 3 também ocorre transporte de elétrons (saltos dos elétrons) que gera diferença de potencial, que novamente gera energia utilizada para bombear prótons para o espaço intermembrana, ou seja, gera outro gradiente de prótons. 
OBS: o elétron não salta direto do complexo 3 para o 4
=> O citocromo c pega o elétron do complexo 3 e leva para o 4, onde há novamente transportadores de elétrons que permite que os elétrons saltem até o oxigênio
=> Para que o oxigênio possa ser reduzido a água é preciso elétrons e prótons 
½ O2 + 2H+ + 2e- => H2O
=> Quando o elétron chega ao oxigênio, prótons são captados da matriz para que o oxigênio seja reduzido a água 
=> Nessa transferência é gerado novamente diferença de potencial, que gera energia utilizada para bombear prótons para o espaço intermembrana
=> Quando os elétrons saem do NADH e chegam até o oxigênio, eles passam por quantos complexos? Por 3 complexos 
=> Quais complexos geram gradiente de prótons? Os 3 complexos (complexos 1,3 e 4)
=> Os prótons que encontram-se no espaço entre as membranas não podem permanecer nesse local, por isso precisam retornar para a matriz. Porém, prótons não atravessam a bicamada, portanto eles retornam através da proteína ATP sintase ou ATPas 
ATP sintase ou ATPase ou complexo V: 
Componente Fo (subunidade)
- Proteína integral de membrana 
- Poro por onde retornam os prótons que foram bombeadas para o espaço intermembrana
Componente F1 (subunidade)
- Proteína com atividade metabólica 
- Síntese de ATP: fosforilação oxidativa 
=> Se é gasto energia para bombear os prótons para o espaço intermembrana, quando eles retornam para a matriz é liberado energia, sendo essa denominada energia protomotora/protomotriz e essa é utilizada para juntar ADP e Pi e formar ATP => fosforilação oxidativa => síntese de ATP que utiliza energia protomotora 
OBS: a síntese de ATP que ocorre na glicólise é a nível de substrato
=> Quando 10 prótons retornam à matriz, a energia que liberam é suficiente para a síntese de 2,5ATP => esses 10 prótons são ejetados quando os elétrons saem do NADH => por isso o NADH gera energia para formar 2,5ATP => mas, são 8 NADH => 8x2,5= 20 ATP (no total estamos com 24 ATP, sendo 4 provenientes da via glicolítica e do ciclo de Krebs) 
=> A maior parte de ATP é formada na matriz, mas ele é utilizado no citoplasma, onde ocorre sua quebra em ADP+Pi
=> A ATP sintase precisa do retorno dos prótons para que ela possa condensar fosfato inorgânico mais ADP para formar ATP
=> Para cada ATP que sai, entra um ADP => cotransporte 
=> Quando o ATP sai, saem 4 cargas negativas, então, é preciso que essas cargas sejam repostas. Para tanto, entram 3 cargas negativas do ADP e 1 do Pi
=> O ATP, o ADP e o Pi passam pela membrana interna através de translocases, uma vez que essa é altamente seletiva 
A enzima do complexo 2 é a única enzima do ciclo de Krebs que está ligada à membrana interna, enquanto todas as outras enzimas estão espalhadas na matriz. Essa enzima é responsável por transformar succinato em fumarato, e durante tal transformação ela produz FADH2, que facilita o transporte de elétrons e volta a ser FAD que entra novamente no ciclo de Krebs para a produção de mais FADH2. 
O complexo 2 é uma proteína periférica de membrana e o transporte de elétrons no seu interior gera pouca energia, não sendo essa suficiente para bombear prótons. Consequentemente, os prótons permanecem na matriz. 
Mas, os elétrons que são transportado através desse complexo também precisam chegar ao oxigênio, para tanto são buscados pela ubiquinona que os levam para o complexo 3, onde os elétrons são novamente transportados, gerando energia que é utilizada no bombeamento de prótons. E os elétrons do complexo 3 serão levados para o 4 através do citocromo c. Ao chegarem no complexo 4 os elétrons são direcionados para o oxigênio (aceptor final). 
=> Quando os elétrons saem do FADH2 e chegam até o oxigênio, por quantos complexos eles passam? Por 3 complexos (complexos 2, 3 e 4)
=> Desses complexos, quais geram gradiente de prótons? 2 complexos (complexos 3 e 4) 
=> Logo, a quantidade de energia nesse caso é menor, assim como a quantidade de ATP 
=> Quando há o retorno de 6 prótons é gerado energia para formar 1,5ATP, por isso 1 FADH2 forma 1,5ATP 
=> Saldo de 27 ATP (24+3) 
Transporte de equivalentes redutores do NADH citoplasmático para a mitocôndria 
O NADH é capaz de atravessar a membrana externa da mitocôndria, mas não atravessa a membrana interna. Então, somente os elétrons (equivalentes redutores) atravessarão essa membrana, não a molécula de NADH em si. Para tanto, existem dois sistemas e o que os diferencia é o órgão ou tecido onde ocorrem:
* Lançadeira de malato-asparato (fígado, rim, coração) 
- O NADH+H+ nesse caso é proveniente do citoplasma.
- A enzima malato desigrogenase possui o NADH+H+ como cofator e reduz o oxalacetato a malato (transfere 2 hidrogênios do NADH+H).
- O malato é capaz de atravessar a membrana interna, o NADH não.
- Para que isso ocorra existe uma proteína que permite a passagem do malato pela membrana interna da mitocôndria.
- Nesse momento, o objetivo do malato não é participar do Ciclo de Krebs e sim transportar os elétrons.
- O malato entrega os elétrons que ele transportou do citoplasma até a matriz para a enzima malato desigrogenase que realiza uma reação inversa = o malato é oxidado em oxalacetato e os elétrons são transferidos para o NADH+H+ que é reuzido => reação de oxirredução Consequentemente, foi possível que os elétrons fossem transportados do citoplasma para a matriz .
- O NADH+H+ presente na matriz mitocondrial passa pelos 3 complexos, gera 3 gradientes de prótons e permite a formação de 2,5 moléculas de ATP, como são duas moléculas de NADH há um total de 5 ATP (2,5x2) => saldo FINAL de ATP: 27+5= 32.
- Essa lançadeira é considerada um sistema circular, pois ela se auto mantém => O oxalacetato que atua nesse sistema também participa do ciclo de Krebs, mas é importante que ele retorne para o espaço intermembrana para continuar esse transporte. Porém, o oxalacetato não atravessa a membrana, então ele recebe um grupamento amino proveniente do glutamato (aminoácido), transformando-o em aspartato. O aminoácido aspartato irá passar para o espaço entre as membranas, pois há uma proteína que permite tal passagem. Nesse local, o aspartato perde seu grupamento amino e volta a ser oxalacetato.
- Quando o glutamato doa seu grupamento amino, ele vira alfa-cetoglutarato. Posteriormente, alfa-cetoglutarato receberá novamente um grupamento amino e voltará a ser glutamato.
- Tanto o malato, quanto o aspartato conseguem atravessar a membrana interna da mitocôndria.
- Tal transporte é extremamente importante para gerar energia
OBS: o oxalacetato precisa receber um grupamento amino porque ele não é permeável à proteína presente na membrana, enquanto o aspartato é.
A cadeia carbônica do aspartato é a o oxalacetato (aspartato = oxalacetato + grupamento amino).* Lançadeira de glicerol-fosfato (cérebro e músculo esquelético) 
- Também é um sistema circular.
- O NADH+H+ é proveniente da via glicolítica (citoplasma). 
- No citoplasma existe a enzima glicerol 3 fosfato desigrogenase (enzima citosólica) que possui NADH+H+ como cofator e reduz a di-hidroxi-fosfato-cetona a glicerol-3-fosfato. O NADH+H+ vira NAD+, ou seja, assume sua forma oxidada.
OBS: o NADH não fica permanentemente ligado a uma enzima, ele pode participar de várias reações para várias enzimas, ou seja, ele é livre. Já o FADH2 não, ele está sempre ligado a uma enzima. 
- A enzima glicerol-3-fosfato também pode ser encontrada associada à membrana (enzima mitocondrial – proteína periférica de membrana), voltada para o espaço intermembrana e possui o FAD como cofator. A enzima pega os elétrons (provenientes do NADH) e os liga ao FAD, que vira FADH2, consequentemente, o glicerol-3-fosfato volta a ser di-hidroxi-fosfato-cetona. 
- A ubiquinona pega os elétrons e os leva direto para o complexo 3 e será formado um gradiente de prótons.
 => São formados 2 gradientes de prótons (pelo complexo 3 e pelo 4)
=> Quando os elétrons do NADH entram na cadeia transportadora pela lançadeira do glicerol-3-fosfato, quantos moles de ATP são formados? 1,5x2 = 3 ATP (quando 6 prótons retornam forma-se 1,5 ATP) 
=> Saldo final de ATP = 27+3 = 30
OBS: o que determina se o saldo total de ATP será 30 ou 32 é o tecido/órgão onde a reação ocorre. 
 
OBS 1: quando o transporte de elétrons é feito para o oxigênio, esses elétrons não são transportados de uma única vez, mas sim gradativamente e durante esse transporte gradativo é comum ocorrer a produção de espécies reativas do oxigênio => radicais livres. 
Por isso, durante a respiração celular são produzidos radicais livres. 
OBS 2: a cadeia respiratória tem sua velocidade regulada pela concentração de ATP e ADP (relação ATP/ADP). Relação alta => muito ATP => consequentemente, a velocidade diminui => se a velocidade diminui, há acúmulo de NADH que inibe as enzimas do ciclo de Krebs => inibição das enzimas acumula citrato => citrato regula a via glicolítica inibindo suas enzimas (PFK 1 e piruvato quinase) e a via glicolítica. 
Essa regulação é importante para que não haja sobra de intermediários, uma vez que esses quando em sobra podem ir para vias não desejosas. 
OBS 3: a cadeia transportadora de elétrons pode ser inibida por algumas substancias químicas. 
Inibidores farmacológicos da cadeia transportadora de elétrons 
- O complexo 1 pode ser inibido por rotenona (inseticida), por amital (barbitúrico, ex:gardenal) e por demerol (analgésico) .
- O complexo 2 pode ser inibido por carboxina (fungicida) e por malonato.
- O complexo 3 é inibido pelo antibiótico antiglicina A. 
- O complexo 4 pode ser inibido pelo monóxido de carbono e pelo cianeto (sólido ou gasoso) 
- Se o complexo 1 for inibido, a síntese de ATP sofre redução, ou seja, o ATP continua sendo produzida, porém em uma velocidade menor. 
- Se o complexo 2 for inibido, a velocidade de síntese de ATP também sofre redução. 
- A remoção do complexo 3 é drástica, pois impede que os elétrons cheguem até o oxigênio. Com a inibição do complexo 3, todo o resto será inibido. A quantidade de NADH é aumentada, automaticamente as vias produtoras de energia são reduzidas, o que é um problema.
- A remoção do complexo 4 é mais drástica ainda, pois os elétrons não chegam de jeito algum ao oxigênio. 
Regulação farmacológica da fosforilação oxidativa 
- Oligomicina: antibiótico produzido por bactérias, inibidor de ATPase (Fo).
A oligomicina obstrui a subunidade Fo, impedindo o retorno dos prótons, como consequência não há síntese de ATP.
- Atractilosídio: produzido por uma planta, inibidor de translocador ATP/ADP.
A inibição desse translocador impede que o ATP produzido sai e o ADP não entra, inibindo a síntese de ATP.
OBS 1: o ATP produzido na mitocôndria deve ir para o citoplasma, o ADP presente no citoplasma deve ir para a mitocôndria.
OBS 2: o transporte de elétrons é acoplado à síntese de ATP, logo, se não houver síntese de ATP o transporte de elétrons para. 
OBS 3: a termogenina é uma proteína encontrada no tecido adiposo multilocular e possui capacidade de ativar uma proteína chamada de desacopladora e essa permite a passagem de prótons sem passar pela ATP sintase. Quando o próton retorna, ele libera energia, como essa energia não está associada a nada é liberada na forma de calor (forma de aquecimento). 
O frio é percebido pelo hipotálamo que libera neurotransmissores que ligam-se a receptores, aumentam a produção de AMP cíclico e ativam uma proteína que ativa a quebra de ácidos graxos que são usados para gerar NADH e FADH2. Então, lipídios são quebrados para gerar energia e parte dessa é transformada em calor. 
GLICÓLISE => quebra da molécula de glicose 
GLICOGENÓLISE => quebra da molécula de glicogênio
GLICOGÊNSE => produção de glicogênio 
GLICONEOGÊNESE => formação de glicose 
Gliconeogênese: síntese de uma molécula de glicose a partir de compostos não glicídicos 
- Local: ocorre no fígado e no córtex renal em caso de jejum prolongado (+ de 3 dias) 
- Substratos: glicerol, lactato, aminoácidos (exceto lisina e leucina)
=> Atividade anaeróbica: o músculo usa energia proveniente da glicose armazenada na forma de glicogênio => o glicogênio é quebrado em glicose e essa glicose é transformada em lactato.
=> O lactato não pode ser armazenado no músculo, logo, é transportado para o fígado onde é transformado em piruvato e o piruvato é transformado em glicose. 
=> Essa glicose é transportada para o sangue e é usada para nutrir o cérebro. Mas, se a glicose estiver em alta concentração ela também pode ser utilizada pelo músculo.
=> Atividade aeróbica: proteínas musculares são degradadas. A cadeia carbônica dos aminoácidos que foram quebrados é transportada pela alanina (aminoácido). 
=> A alanina é encaminhada para o fígado, onde um grupamento amino é descartado na forma de ureia e a cadeia carbônica vira piruvato que vira glicose que é lançada na corrente sanguínea. 
=> Jejum prolongado: ocorre perda de massa magra, uma vez que não há reposição e as proteínas são quebradas. Não tem glicose para usar como fonte de energia. 
Por isso, antes da realização de atividades físicas intensas é comum a ingestão de carboidratos complexos que possuem baixo índice glicêmico e também de aminoácidos que são utilizados para sintetizar proteínas. 
=> Quebra de triacilglicerol: é quebrado em ácidos graxos e glicerol. O glicerol é encaminhado para o fígado onde é transformado em glicose. Entretanto, a quantidade de glicose formada a partir de triacilglicerol corresponde a apenas 5% da glicose. 
OBS: só o fígado metaboliza o glicerol.
FÍGADO => PRINCIPAL ÓRGÃO QUE REALIZA GLICONEOGÊNESE 
Reações que levam à síntese da glicose 
- Principais substratos: lactato, aminoácidos e o glicerol. O piruvato também pode ser gliconeogênico, porém para a síntese da glicose o piruvato não pode ter surgido da glicose e sim a partir do metabolismo de aminoácidos, uma vez que a cadeia carbônica de aminoácidos pode gerar piruvato diretamente no fígado. 
- É preciso 2 moléculas de alanina para sintetizar uma molécula de glicose, uma vez que a alanina possui 3 carbonos e a glicose 6. 
Alanina como substrato: 
- A alanina perde seu grupamento amino que vai para o ciclo da ureia e a cadeia carbônica da alanina é transformada em piruvato. 
- Para que o piruvato seja transformado em fosfoenolpiruvato é necessário que ocorram algumas reações químicas anteriormente. 
- A primeira enzima (piruvato carboxilase)que será responsável pela transformação do piruvato em fosfoenolpiruvato é encontrada somente na matriz mitocondrial. Logo, o piruvato precisa entrar na mitocôndria atravessando sua membrana interna através de uma proteína. 
- Dentro da matriz mitocondrial o piruvato é transformado em oxalacetato (carboxilação – entrada de CO2 com gasto de energia pararealizar a ligação do carbono) e depois em malato. 
OBS: quando é consumido ATP em uma reação e produzido ADP+Pi significa que o fosfato não foi utilizado para realizar fosforilação e o ATP foi quebrado apenas para gerar energia => reação anaplerótica
- O oxalacetato precisa virar fosfoenolpiruvato, porém a enzima (fosfoenolpiruvato carboxiquinase) que faz tal transformação encontra-se no citoplasma da célula, por isso o oxalacetato é transformado em malato, para que possa atravessar a membrana interna da mitocôndria e ir para o citoplasma. O malato passa através de uma proteína (lançadeira). 
- No citoplasma o malato volta a ser oxalacetato, pois a próxima enzima transforma o oxalacetato em fosfoenolpiruvato (descarboxilação e fosforilação – liberação de CO2 e entrada de ATP com saída de ADP pois o fosfato ficou no produto). 
- 1,3-bi-P-glicerato é transformado em 3-P-gliceraldeído através de uma desfosforilação, sem formação de energia, uma vez que ocorre uma síntese que gasta energia, por isso sai um Pi da desfosforilação. Essa reação consome NADH e produz NAD+. 
- O próximo objetivo é formar frutose 1,6-di-P, para tanto uma molécula de P-gliceraldeío é mantida e a outra vira di-hidroxi-cetona-P. Essas duas moléculas se juntam para formar uma única molécula de frutose 1,6-di-P.Todas essas reações são reversíveis. 
- A frutose 1,6-di-P sofre desfosforilação através da saída de um Pi e entrada de uma água. Tal reação ocorre através da ação da enzima frutose 1,6-bi-fosfatase.
- A glicose 6-P no final vira glicose através da perda de um fosfato que sai na forma de Pi. A enzima dessa reação (glicose 6-fosfatase) é extremamente importante, uma vez que só é encontrada no fígado, por isso somente o fígado é capaz de sintetizar a glicose. 
- Para a formação/síntese de uma molécula de glicose são gastas 6 moléculas de ATP. 
Lactato como substrato: 
- O lactato pode virar piruvato, através de uma reação reversível no fígado com consumo de NAD+ e produção de NADH.
OBS: o lactato é produzido no músculo e é transportado para o fígado. 
- O piruvato vai entrar na mitocôndria e será transformado em oxalacetato que pode virar fosfoenolpiruvato na matriz mitocondrial através da ação da enzima fosfoenolpiruvto carboxiquinase (encontrada no citoplasma e na matriz mitocondrial), que sai da mitocôndria e vai para o citoplasma.
=> Por que existem duas opções de vias? Por conta da necessidade de NADH no citoplasma.
=> Quando o lactato vira piruvato um NADH é deixado no citoplasma. 
=> Quando o substrato é a alanina, para que o NADH seja levado para o citoplasma o oxalacetato perde um NADH na mitocôndria quando vira malato, mas ao chegar no citoplasma o malato é transformado em oxalacetato e produz NADH no citoplasma. 
=> O que determina a via é a concetração de NADH. 
Triacilglicerol como substrato: 
- Baixa de glicose => hormônio glucagon em alta 
- Alta de glicose => hormônio insulina em alta
- O glucagon ativa algumas enzimas do tecido adiposo, dentre elas uma lipase que quebra o triacilglicerol em ácidos graxos e glicerol. 
- O glicerol não é metabolizado no tecido adiposo, é metabolizado somente no fígado.
- Ao chegar no fígado, o glicerol sofre fosforilação e é transformado em 3-P glicerol. 
OBS: os seres humanos não são capazes de produzir glicerol, são capazes somente de consumir. 
- A enzima glicerol quinase também é exclusiva do fígado, por isso o glicerol só pode ser metabolizado no fígado. 
- 3-P glicerol perde um hidrogênio, que é buscado pelo NAD+ formando NADH, e é transformado em di-hidroxi-cetona-P. 
OBS: outras reações podem suprir a necessidade de NADH no citoplasma, essa que ocorre através do glicerol é um exemplo. Supondo que essa reação esteja acontecendo no fígado, há NADH no citoplasma, mas ocorre a chegado de alanina que vira piruvato que vira oxalacetato e como já tem NADH no citoplasma não é preciso que ocorra a reação que se inicia com o malato no citoplasma, pois não é preciso que NADH seja liberado, então o oxalacetato será transformado em fosfoenolpiruvato na matriz mitocondrial e vai para o citoplasma. 
O caminho que a alanina toma é determinado pela concentração de NADH no citoplasma. 
A porcentagem de glicose que é produzida pelo glicerol é 5% em relação aos outros substratos, porém gasta menos energia (apenas 2 ATP). Por isso, não é a principal via que supre a necessidade fisiológica de glicose. 
Quando há falta de glicose (hipoglicemia) o fígado utiliza como fonte de energia ácidos graxos para gerar energia, uma vez que não pode utilizar a glicose presente pois essa é necessária ao cérebro. 
OBS: a glicólise e a gliconeogênese NÃO podem acontecer ao mesmo tempo
Regulação da gliconeogênese 
Baixa [glicose] sanguínea (hipoglicemia) => alta liberação de glucagon => baixa [frutose 2,6-bi-P] => baixa atividade da piruvato quinase => baixa conversão de fosfoenolpiruvato em piruvato => PEP é direcionado à gliconeogênese 
- Em situação de hipoglicemia, automaticamente o pâncreas começa a liberar glucagon
- Relação insulina/glucagon alta => insulina em alta concentração no sangue. Se estiver baixa há alta de glucagon no sangue. 
- O glucagon é liberado pelo pâncreas e liga-se ao seu receptor, ativando a proteína G que produz AMPc que ativa algumas enzimas. 
- Consequentemente, há uma diminuição da concentração de frutose 2,6-bi-P. 
- Existe uma enzima chamada PFK-2, que tem como substrato a frutose 1,6-bi-P, e que é ativada pelo substrato frutose 2,6-bi-P que está presente quando há oferta de glicose.
- Mas no caso a oferta de glicose está diminuída e, consequentemente, há excesso de glucagon que aumenta a concentração de AMPc que irá ativar a enzima frutose-2,6-bi-fosfatase que atua removendo o P da frutose-2,6-bi-P transformando-o em frutose-6-P que, posteriormente, vira glicose 6-P que vai virar glicose.
- Como há baixa de glicose sanguínea, é preciso chegar até essa glicose (pela forma explicada acima).
- O glucagon faz com que a porcentagem de frutose 2,6-bi-P diminua (é consumido para a produção de glicose).
- Há baixa atividade de piruvato quinase, pois não é preciso produzir piruvato, mas sim glicose.
OBS: quando há alta [frutose 2,6-bi-P] a glicólise é ativada (porque não é preciso mais glicose, então ela será degradada até piruvato). Quando há baixa [frutose 2,6-bi-P] a gliconeogênese é ativada (porque é preciso produzir glicose).
Alta de AMPc ativa a enzima frutose 2,6-bi-fofatase, que retira o P da frutose 2,6-bi-P.
 O que vai determinar se vai ocorrer glicólise ou gliconeogênese é a [frutose 2,6-bi-P], e essa concentração depende da liberação de glucagon. 
- Quando há grande oferta de glicose, automaticamente há muito piruvato e, consequentemente, há muito acetil-CoA. O excesso de acetil-CoA inibe a reação que converte piruvato em acetil-CoA (reação inermediária), logo, há sobra de piruvato. Esse piruvato vira oxalacetato. Além do mais, alta concentração de acetil-CoA ativa a enzima piruvato carboxilase. 
- Quando há excesso de glicose no organismo, é feito gliconeogênese durante a maior parte do tempo. Além do mais, no excesso de glicose é produzido ATP em excesso, que é capaz de inibir o Ciclo de Krebs e, consequentemente, há acúmulo de acetil-CoA que ativa enzimas para formar glicogênio.
METABOLISMO DO GLICOGÊNIO 
- O glicogênio é uma molécula altamente ramificada e é armazenado em grânulos, uma vez que ele é muito solúvel em água . Se ele estivesse livre no citoplasma haveria muita glicose solubilizada em água (o glicogênio é rico em glicose) e aconteceria lise da célula.
- A glicose alfa está presente no glicogênio.
- O glicogênio é produzido a partir de ligações glicosídicas que acontecem entre alfas glicoses (ligações alfa-1,4 lineares e ligações alfa-1,6 nas ramificações).
- Quem regula o metabolismo do glicogênio é a glicemia sanguínea. 
- Se a taxa de glicose aumenta, há alta de insulina. Os miócitos possuem receptores para insulina e quando ela liga-se a esse receptor o GLUT migra para a membrana. Quandoo GLUT está na membrana, a glicose que está em altas concentrações na corrente sanguínea entra na célula. A glicose ,então, será utilizada para a síntese de glicogênio. 
- O GLUT do fígado está permanentemente na membrana e tem baixa afinidade pela glicose, logo, a glicose só será internalizada no hapatócito se estiver em altas concentrações (p.ex. quando a pessoa se alimentou) no sangue. Essa glicose será utilizada para a síntese do glicogênio. 
- Mas, em uma situação em que a pessoa não se alimentou ainda a taxa de glicose sanguínea está baixa e, logicamente, há liberação de glucagon. O fígado possui receptores para o glucagon. Então, o glucagon liga-se a esse receptor e estimula a produção de AMPc e o glicogênio será degradado em glicose => o glicogênio é degradado em glicose para liberá-la para a corrente sanguínea (já que há baixa de glicose) e dessa forma é possível corrigir a glicemia.
- O músculo não possui receptores para o glucagon. 
- Em situação de estresse também há quebra de glicogênio => situação de “luta e fuga” => ativação do SN simpático que libera adrenalina => o fígado possui 2 receptores para a adrenalina e um desses aumenta a [AMPc] e o outro aumente a [Ca]. Tanto o AMPc, quanto o cálcio, são ativadores da degradação do glicogênio. 
 O glicogênio é degrado no fígado para a glicose ser liberada na corrente sanguínea, porque é preciso lutar ou fugir e para tanto é preciso glicose no cérebro. 
 O músculo tem somente um receptor, que aumenta a concentração d AMPc e que também ativa a degradação de glicogênio. Entretanto, o músculo é egoísta pois ele degrada glicogênio para fazer glicólise, ou seja, para gerar energia. 
- Quem corrige a glicemia é o fígado, liberando glicose (o músculo consegue corrigir apenas quando há alta de glicose). 
- O AMPc tem sua origem na quebra do ATP pela ação da enzima adenilato ciclase. 
- A degradação do glicogênio inicia-se nas pontas de sua molécula, ou seja, em suas extremidades não redutoras. 
GLICOGENÓLISE: a degradação de glicogênio consiste na remoção sucessiva de resíduos de glicose, a partir das extremidades não redutoras. 
- Existe uma enzima que vai quebrando as moléculas de glicose presentes no glicogênio através das extremidades não redutoras.
- As enzimas agem simultaneamente em várias extremidades => glicogênio fosforilase (fosforilase do glicogênio) 
- Quando a glicogênio fosforilase age, ela fosforila a molécula de glicose resultante. Essa fosforilação acontece no carbono 1 e não tem consumo de ATP, mas sim de Pi (porque a enzima não é uma quinase, ela é uma fosforilase – não tem capacidade de quebrar o ATP). 
- E enzima vai quebrando várias e várias moléculas de glicose do glicogênio, formando inúmeras moléculas de glicose 1- fosfato. Não há glicose livre.
Degradação do glicogênio
 glicogênio 
 fosforilase isomeria 
Glicogênio (n resíduos) ----------- glicose 1-P ---------- glicose 6-P
 entrada de (reversível) 
 Pi 
- A enzima glicogênio fosforilase só quebra ligação alfa 1,4. Porém, só tem a capacidade de quebrar essas ligações até 4 moléculas antes do ponto de ramificação. 
- Por isso, entra em ação a enzima que tem como função a glicosidade e a transferase (quebra ligação glicosídica alfa 1,6 e transfere os últimos 3 resíduos de glicose para o ramo que está abaixo). Assim que os ramos foram transferidos, a ação glicosidade de alfa 1,6 quebra as ligações, liberando glicose livre. 
- A porcentagem de glicose livre gerada é muito pequena em relação a de glicose 1-P.
- Entretanto, a glicogênio fosforilase para de degradar quando ainda faltam 4 moléculas de glicose, pois essa moléculas servem como um molde para a síntese do glicogênio (a síntese também ocorre pela extremidade não redutora). 
- Conclusão: a glicogênio fosforilase nunca degrada toda a molécula de glicogênio. Sempre sobra um núcleo para dar início à síntese quando houver glicose disponível.
- A glicose 1-P será isomerizada em glicose 6-P (via glicolítica), que tem dois destinos que dependem de qual célula o glicogênio está sendo degradado. Um destino será o fígado e o outro será o músculo. 
- No fígado, a glicose 6-P sofre ação da enzima glicose 6-fosfatase (enzima que só existe no fígado), formando glicose que será transportada para a corrente sanguínea. 
- Outro destino da glicose 6-P é ir para as vias das pentoses, que tem como função produzir ribose, ácidos nucleicos e NAPH para a síntese de lipídios. 
- No músculo, a glicose 6-P é usada para a glicólise, que pode ser anaeróbia, ou para ter participação no ciclo de Krebs e produzir energia. 
- Objetivos da degradação do glicogênio: correção da glicemia e liberação de energia. 
 OBS 1: quando se quebra uma glicose do glicogênio até o piruvato o saldo líquido de ATP é de 3 ATPs, uma vez que a primeira reação que forma a glicose 6-P e que ocorre com gasto de ATP para fosforilar a glicose, é pulada. Logo, energeticamente é interessante que ocorra essa quebra de uma molécula de glicose do glicogênio. 
O que acontece com o metabolismo do glicogênio quando é feito repouso ou uma refeição?
- Como há aumento da glicose circulante, que irá entrar na célula, essa será armazenada na forma de glicogênio. 
- Não se pode apenas acumular glicose e transformá-la em glicogênio (através das ligações glicosídicas de moléculas de glicose) para que esse seja armazenado, porque senão o organismo nunca iria degradar glicose, só iria armazenar e, consequentemente, jamais teria glicose no fígado ou no músculo, pois toda glicose que entrasse na célula seria armazenada na forma de glicogênio. 
- A glicose que será utilizada na síntese de glicogênio, é uma glicose modificada. Isso é feito para que o organismo possa diferenciar a glicose que será armazenada da glicose que será degradada. 
- Ao entrar na célula, automaticamente a glicose é fosforilada a glicose 6-P pela ação da enzima hexoquinase no músculo e glicoquinase no fígado. A glicose precisa ser fosforilada para que ela permaneça dentro da célula. 
- Essa glicose 6-P será isomerizada a glicose 1-P (não está na via glicolítica). 
- A glicose modificada é chamada de glicose ativada. Essa molécula de glicose ativada está ligada ao UDP (uritina di fosfato – parecido com o ATP – diferenciados pela presença de uracil e adenina). 
- Uma enzima (UDP-glicose-pirofosforilase) quebra a ligação da glicose 1-P, sobrando 2 fosfatos, por isso há saída de PPi (pirofosfato inorgânico). O restante da molécula se liga ao P que já existia => UDP glicose é formada. 
- A UDP glicose NUNCA sofre glicólise, pois o seu destino final é ir para o glicogênio. 
- A enzima glicogênio sintase catalisa a transferência de glicose da UDP-glicose para uma cadeia em crescimento do glicogênio, a partir das extremidades não redutoras. A glicogênio sintase o faz quebrando uma ligação P, tendo o UDP como produto e a glicose que estava ligada ao UDP se ligará ao glicogênio. Não há gasto de ATP, pois houve clivagem de uma ligação P que libera energia suficiente para fazer uma ligação glicosídica entre uma glicose outra que já estava presente na molécula de glicogênio. 
- A UDP é regenerada à UTP (isso é feito com gasto de ATP).
- A síntese de glicogênio é dispendiosa? SIM! São gastas 2 moléculas de ATP para liga uma glicose ao glicogênio (um é gasto na primeira reação de glicose para glicose 6-P e o outro é gasto na regeneração do UDP). Então, para cada glicose que entra, são gastos 2 ATPs, mas não há problema nesse caso (taxa de glicose está alta após alimentação). 
REGULAÇÃO DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO 
- Acontece de duas formas: por modificação covalente e por regulação alostérica.
Regulação por modificação alostérica
- Receptor metabotrófico: é “serpentiante”, passando 7 vezes na membrana, ou seja, é transmembrana e está assocido à proteína G (p.ex. receptorpra glucagon, pra adrenalina, etc).
- Uma vez que o hormônio tenha sido liberado ele vai se ligar ao receptor e ativar a proteína G. 
- A proteína G se liga ao grupo guanidina que pode ser o GDP (forma inativa) ou o GTP (forma ativa). 
- Para o hormônio ativar a proteína ocorre uma troca de P => o GDP sai e o GTP entra e nesse momento a subunidade alfa se dissocia e a beta e gama continuam associadas. 
- Para inativar a proteína G é preciso que ocorra a liberação de um fosfato para que ela volte a sua forma de trimero. 
- A proteína G tem uma atividade chamada de intrínseca GTPase => capacidade de quebrar o GTP em GDP e Pi. 
- Uma das funções da proteína G é realizar estimulação.
- A proteína G ativa, ativa outra proteína que está ancorada na membrana: a adenilato ciclase que transforma o ATP em AMPc. Esse AMPc tem a capacidade de ativar uma proteína quinase A (quinase = faz transferência de P). 
- Toda essa via de sinalização está sendo ativada pra degradar o glicogênio. Para degradar o glicogênio é preciso ativar a enzima que o faz e desativar a que sintetiza.
 Para tanto, a proteína quinase A fosforila (ativa com um P proveniente da quebra de ATP) as duas enzimas (glicogênio fosforilase e glicogênio sintase). 
OBS: lembrar que sempre é gasto para produzir. 
 Quando a glicogênio fosforilase sofre fosforilação, ela é ativada. Já a glicogênio sintase é inativada. Logo, o glicogênio será degradado (porque nesse caso é preciso gastar energia e o organismo está há algum tempo sem receber alimento, p.ex. ao sair correndo até a portaria da faculdade).
OBS: TODA QUINASE TEM CARCTERÍSTICA DE TRANSFERIR FOSFATO. 
 Mas, supondo que ao chegar no destino a correria foi cessada e a pessoa recebeu um bombom. Consequentemente, a concentração de glicose sanguínea aumenta, logo, há aumento do hormônio insulina (que é liberado pelo pâncreas) no sangue. Essa insulina é capaz de ativar uma fosfatase (REMOVE FOSFATO na presença de H2O) => então, ela vai remover o fosfato da enzima que degrada, tornando-a inativa. Também vai remover o fosfato da enzima que sintetiza, tornando-a ativa => vai haver síntese de glicogênio. 
OBS: para a realização de atividade física é preciso comer um carboidrato complexo, que será degradado e libera glicose aos poucos durante a atividade física.
 Pico de insulina de rebote: ocorre quando há um aumento demasiado da taxa de glicose na corrente sanguínea e, consequentemente, há um aumento rápido da concentração de insulina no sangue. Então, o fígado e o músculo internalizam a glicose para formar glicogênio e a pessoa desmaia, pois faltou glicose para o cérebro. => isso pode acontecer por exemplo quando a pessoa ingere uma melancia (que possui um índice glicêmico alto) e sobe em uma esteira para correr. 
- A glicemia regula o metabolismo do glicogênio. 
- Gráfico mostrado: atividade enzimática X minutos (glicogênio fosforilase degrada glicogênio e a glicogênio sintase sintetiza) => a pessoa estava em jejum, então a atividade da glicogênio fosforilase estava altíssima para degradar o glicogênio. No momento em que a pessoa ingeriur glicose (tempo 0), a atividade da glicogênio fosforilase caiu drasticamente e a atividade da sintase sofreu um significativo aumento. Tudo isso ocorreu em apenas 8 minutos. 
Regulação alostérica 
- SÓ acontece no músculo, NÃO acontece no fígado, pois as enzimas não são idênticas! São isoenzimas => catalisam a mesma reação, mas tem pequenas diferenças estruturais. 
- Quando há alta de AMP significa e há baixa de ATP, pois o ATP foi gasto para produzir AMP. Então é preciso ativar uma enzima para degradar o glicogênio, pois no momento da degradação há liberação de energia. => conclusão: o AMP ativa a enzima que quebra o glicogênio.
- Caso seja ao contrário => alta de ATP => não é preciso continuar degradando o glicogênio, então o ATP inibe a enzima, assim como a glicose 6-P que pode ser proveniente da via das pentoses, por exemplo. 
OBS: o fígado só tem receptor alostérico para a glicose => alta concentração de glicose inibe degradação do glicogênio 
DEGRADAÇÃO DE LIPÍDIOS 
- A maior parte dos lipídios que nós ingerimos são triacilgliceróis (lipídios geradores de energia), o restante é representado por colesterol, fosfolipídios, etc. Então, basicamente o estômago humano adulto não possui uma quantidade significativa de enzimas que possam degradar lipídios. 
- Consequentemente, os lipídios passam quase que ilesos pelo estômago e chegam, então, ao intestino delgado onde é lançada a secreção biliar. A secreção biliar (bile) é sintetizada no fígado e armazenada na vesícula biliar. Essa secreção é rica em sais biliares e sua função no intestino é emulsificar gorduras, para facilitar o acesso enzimático das lipases. 
- No intestino delgado existe uma enzima lipase que inicialmente quebra o triacilglicerol em ácidos graxos e diglicerídios. Depois a lipase quebra o diglicerídio em ácido graxos e em monoglicerídios. 
- Por que é preciso quebrar? Para que a travessia na bicamada lipídica seja facilitada. 
Mesmo sendo apolares, moléculas muito grandes não passam pela membrana. 
- No lúmen do intestino as lipases vão então quebrar os triglicerídios para que eles possam atravessar a membrana que reveste a mucosa da célula intestinal.
- No interior dessas células intestinais são sintetizados os QUILOMÍCRONS que tem como função transportar os lipídios exógenos (lipídios provenientes da dieta). Após atravessar a membrana, ele volta a ser triacilglicerol, pois esse é mais leve do que o ácido graxo. 
- Os quilomícrons são revestidos por uma camada de fosfolípedes, pois eles são moléculas polares, visto que eles vão transitar pela corrente sanguínea. Além do mais, os quilimícrons possuem um cerne apolar rico em triacilglicerol e o colesterol fica inserido nos fosfolípedes (a cabeça do colesterol para fora e a cauda do colesterol para dentro). Os quilomícrons possuem também apolipoproteínas específicas. 
- Em algum momento, o quilomícron precisa distribuir os lipídios e essa distribuição é feita para o tecido adiposo (que armazena) e para os tecidos que usam esses lipídios como fonte de energia). Os capilares que circundam o tecido adiposo possuem uma lipase que é sensível à apolipoproteína. Quando os quilomícrons passam próximos a essas lipases, suas apolipoproteínas específicas (apo c2) ativam essas lipases. No momento em que eles ativam essas lipases o triacilgicerol é degradado e entra no tecido adiposo. Para entrar, ele precisa ser quebrado, por isso é preciso ativar a lipase. 
- CONCLUSÃO: se vai ser preciso atravessar a bicamada lipídica é preciso ter uma lipase para quebrar. O mínimo que atravessa é o monoacilglicerol e ácidos graxos livres. 
- Uma vez que os quilomícrons distribuem os seus lipídios eles são recapitados pelo fígado, passando a ser chamado de quilomícrons remanescente. No fígado ele será degrado e reaproveitado.
- Quilomícrons: têm sua síntese no intestino delgado e sua degradação no fígado. 
- Caso um indivíduo pare de ingerir comida, é preciso que a glicose presente seja utilizada pelo cérebro, então as células não irão usar a glicose. Logo, o organismo tem a opção de utilizar os lipídios. Mas é preciso retirar esses lipídios do tecido adiposo. 
- O tecido adiposo tem receptores para hormônios, como por exemplo o glucagon (nesse caso a taxa de glicose está baixa pela não ingestão de alimentos). Então, o glucagon liga aos receptores, ativando a proteína G que ativa a adenilato ciclase e produz o AMPc, que ativa uma proteína quinase, que ativa a lipase. Nesse caso, a lipase é sensível a hormônio, ou seja, é ativada pelo hormônio. Logo, essa lipase no tecido adiposo vai quebrar o triacilglicerol em ácidos graxos e em diacilglicerol. 
- O glicerol precisa ir para o fígado, pois só ele pode metabolizá-lo pela ação da glicerol quinase. Ao chegar no fígado, o glicerol é transformado em 3-P-glicerol, que irá virar di-hidroxicetona-P, que vira gliceraldeído-P que desce pela via glicolítica para produzirenergia. 
- Os ácidos graxos também servem como fonte de energia para o músculo, para o fígado, por exemplo. 
- Os ácidos graxos saem do tecido adiposo e vão para o músculo/fígado, mas não podem ser livremente transportados na corrente sanguínea, por isso ligam-se à proteína albumina que os transportarão até o destino. 
- O ácido graxo precisa ser ativado, ou seja, ser diferenciado para sofre oxidação. Esse processo de diferenciação é chamado de ativação. 
- Para ocorrer a ativação, inicialmente uma enzima quebra um ATP de uma ligação fosfato, restando o pirofosfato inorgânico. A outra porção do ATP é o AMP, que se liga ao ácido graxo para tornar mais favorável a reação de inserção de uma CoA. => exatamente no lugar onde entrou o AMP acontecem duas coisas ao mesmo tempo => o AMP sai e o PPi é quebrado e nesse momento a CoA, que estava livre, vai se ligar exatamente no local do AMP. => foram quebradas duas ligações fosfato de alta energia => equivale a quebra de 2 moléculas de ATP
- Então, no processo de ativação de QUALQUER ácido graxo existe o consumo de 2 ATPs (2 ligações fosfato). 
- Para que ocorra o processo de ativação do ácido graxo, no final ele precisa estar ligado à CoA e deve haver o consumo de 2 ATPs. Esse processo de ativação acontece no citoplasma da célula, mas o ácido graxo é metabolizado na matriz mitocondrial. 
- Como o ácido graxo é produzido na matriz mitocondrial, surge um problema: como ele será transportado pela membrana interna da mitocôndria? 
- Transporte do ácido graxo ativado para a matriz mitocondrial, onde será degradado, através da membrana interna da mitocôndria
 * Conta com a participação do aminoácido carnitina (l-carnitina, pois todos os nossos aminoácidos são levogiros). 
 * O ácido graxo ativado NÃO atravessa a membrana interna da mitocôndria (ele é ativado no citoplasma por uma ação enzimática).
 * No espaço intramembranar existe uma enzima chamada carnitina acil transferase-1. Essa enzima remove a CoA e coloca a carnitina no ácido graxo.
 * A carnitina ligada ao ácido graxo é permeável à membrana porque existe uma proteína que permite a sua passagem. A carnitina com o ácido graxo atravessam a membrana interna, deixando a CoA para trás. 
 * A enzima carnitina acil transferase-2, presente na matriz, faz ao contrário da primeira, retira a carnitina do aminoácido e liga a esse outra CoA. 
 * Assim, o ácido graxo está pronto para ser degradado na mitocôndria. 
BETA-OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
- Ocorre na matriz mitocondrial. 
- Transforma o acil-CoA em acetil-CoA com a produção de FAH2 e NADH (coenzimas reduzidas que estarão na matriz e vão para a cadeia respiratória para gerar energia).
- A degradação de ácidos graxos produz uma quantidade IMENSA de energia.
- Esse processo nada mais é do que um processo de remoção de 2 carbonos dos ácidos graxos, que são liberados na forma de acetil-CoA.
- Para degradar o ácido graxo e produzir acetil-CoA é preciso de ter a carbonila no ácido graxo (acil), pois a enzima só reconhece essa estrutura como substrato.
- O carbono beta que será transformado na carbonila ligada à CoA. Para que isso aconteça, o ácido graxo precisa passar por 4 reações químicas. 
- O ácido graxo vai se ligar à carnitina e a CoA vai ser liberada no citoplasma, esse ácido graxo unido à carnitina vai atravessar a membrana interna da mitocôndria e vai ser direcionado para a matriz mitocondrial, onde perde a carnitina e liga-se a outra CoA (acil-CoA).
- A primeira reação que vai acontecer vai ser de oxirredução (retirada de elétrons) => como saíram 2 elétrons de carbonos diferentes formou-se uma ligação dupla. 
- Essa oxirredução gera uma molécula de FADH2, pois entra FAD. 
- A próxima reação é de hidratação, pois no momento em que ocorre hidratação é colocado um oxigênio na molécula. 
- Depois é preciso retirar um H, através de um NAD que capta 2 hidrogênios e sai na forma de NADH2. Sendo assim, carbonila é formada. 
- Na última reação ocorre clivagem de uma ligação e entrada da CoA. 
OBS: ligações duplas são formadas quando há retirada de H2O ou de H. 
 - NO MAPA: é degradado um ácido graxo com 8 carbonos, como saem 2, sobram 6 carbonos. 
- Posteriormente, ocorrem as mesmas reações novamente (oxirredução, hidratação e retirada de H).
- Como eram 6 carbonos e foram retirados 2 para o acetil-CoA, restam 4 carbonos. 
- E assim acontecem as mesmas reações novamente => Depois, saem mais 2 carbonos que vão para o acetil-CoA => sempre as últimas 4 moléculas de carbono vão gerar 2 acetil-CoA. 
Análise do número de ATPs produzidos num ácido graxo de 16 carbonos: 
CC / CC / CC / CC / CC / CC / CC / CC 
A A A A A A A A A = acetil CoA
 F F F F F F F F = FADH2
 N N N N N N N N = NADH
- Produção: a cada 2 carbonos forma-se um NADH, um FADH2 e um acetil CoA.
* 8 moléculas de acetil CoA = 8 x 10 = 80
* 7 moléculas de NADH = 7X2,5 = 17,5 
* 7 moléculas de FADH2 = 7X1,5 = 10,5 / TOTAL: 108 ATPs – 2 ATPs usados na ativação = 106 ATPs 
 
- Um acetil CoA entra em um Ciclo de Krebs e nesse são produzidos 3 NADH, 1 FADH2 e 1 ATP
NADH = 3 X 2,5 = 7,5
FADH2 = 1 X 1,5 = 7,5
ATP = 1 X 1 = 1 / TOTAL = 10 ATPs
- Degradação de ácidos graxos com número ímpar de carbonos: inicialmente os carbonos também saem de 2 em 2 e ocorrem as mesmas reações. Porém, no final sobra uma molécula com 3 carbonos (propionil-CoA) que será carboxilado em metilmalonil-CoA fora da matriz mitocondrial (no citoplasma). Esse metilmalonil-CoA vai dar origem ao succinol-Coa no ciclo de Krebs (retorna para a matriz mitocondrial). 
 O ser humano não é capaz de produzir ácidos graxos com número ímpar de carbonos, mas é capaz de degradá-lo para produzir energia.
 O ácido graxo de número ímpar tem uma vantagem: a possível formação de glicose a partir da degradação de ácidos graxos. A degradação de ácidos graxos pares NÃO permite a formação de glicose, uma vez que todos os seus carbonos saem na forma de CO2. 
 Os ácidos graxos de número par sempre vão gerar acetil-CoA e todos os carbonos do acetil-CoA saem na forma de CO2 no Ciclo de Krebs. Entretanto, os 3 últimos carbonos do ácido graxo de número ímpar que estão no propionil CoA vão virar metilmalonil CoA, porque entra mais um carbono, e seus carbonos estão no succinil CoA e nos próximos 3 substratos. Os 3 carbonos que estão no oxalacetato aparecem na glicose => por isso é possível a formação de glicose a partir da degradação de um ácido graxo de número ímpar. 
OBS: Dieta com exclusão de carboidratos => o cérebro precisa de glicose, então o fígado está preocupado com o cérebro já que ele é responsável pela glicemia. Então, se o fígado não pode utilizar a glicose, ele vai utilizar ácidos graxos. => Obviamente, há um aumento de glucagon; o ácido graxo será mobilizado no tecido adiposo e vai para o fígado => quando o ácido graxo chega no fígado ele começa a ser hidrolisado e passa a formar acetil-CoA => só que não está havendo ingestão de carboidratos, então vai haver um acúmulo de acetil-CoA, porque não tem oxalacetato suficiente para se condensar com o acetil-CoA (uma vez que o oxalacetato é proveniente da glicose que é transformada em piruvato através da via glicolítica). 
Organismo de uma pessoa com diabetes do tipo I (que não se trata adequadamente) => há uma alta taxa de glicose sanguínea, pois não tem insulina => o pâncreas entende que como não há insulina ele precisa liberar glucagon => isso piora a situação, pois o fígado passa a realizar mais gliconeogênese, ou seja, passa a liberar mais glicose na corrente sanguínea => consequentemente, todo o oxalacetato será desviado para formar glicose e o fígado precisa sobreviver, então ele passa a degradar ácidos graxos => ocorre acúmulo de acetil CoA pela ausência de oxalacetato.
Logo, o acúmulo de acetil-CoA (representado nos casos acima) gerar os famosos CORPOS CETÔNICOS.2 moléculas de acetil-CoA são reversíveis em acetoacetil-CoA. Esse acetoacetil-CoA vai se juntar a mais um acetil-CoA e vai formar beta-hidroxi-beta-metil-CoA que tem como produto final (descendo a via) o colesterol. 
OBS: colesterol alto => deve-se diminuir a ingesta de gordura, mas também é preciso diminuir a ingesta de carboidratos/açúcar, pois glicose (proveniente do carboidrato) vira piruvato, que vira acetil-CoA e excesso de acetil-CoA pode ter como produto final o colesterol. 
 O beta-hidroxi-beta-metil-CoA também pode ser clivado em acetoacetato (primeiro corpo cetônico formado) que forma a acetona (reação irreversível – por conta da alta volatilidade da acaetona) e o beta-hidroxi-butirato. 
 Quando o paciente apresenta um caso de aceto acidose (formação excessiva de corpos cetônicos) ele tem um hálito cetônico, por conta da alta volatilidade da acetona que é produzida nesse quadro. 
 Os outros corpos cetônicos produzidos, que não são voláteis nem metabolizados pelo fígado, são encaminhados para a corrente sanguínea e geram um quadro de acidose metabólica que pode levar a pessoa ao coma ou à morte. Os corpos cetônicos são liberados pela urina => cetonúria.
Beta oxidação de ácidos graxos 
- Ácidos graxos de cadeia longa passam pela organela peroxissomo => no interior dessas organelas, o FADH2 produzido na degradação dos ácidos graxos não é encaminhado para a cadeia transportadora de elétrons, mas sim utilizado para reduzir o peróxido de hidrogênio (H2O2) => o peroxissomo é uma organela que produz muito H2O2, que é um radical livre (apesar de não ter elétrons desemparelhados), uma vez que interage com o ferro => logo, o FADH2 doa elétrons para o H2O2, sendo transformado em H2O e O2. 
- O NADH é encaminhado para a cadeia transportadora de elétrons e o acetil-CoA para a mitocôndria. 
- Quando ingerimos uma grande quantidade de ácidos graxos (p.ex. em uma feijoada) => o peroxissomo vai participar da degradação desses ácidos graxos de cadeia muito longa 
Regulação do metabolismo de lipídios 
- A degradação de lipídios é regulada pela relação ATP/ADP, NADH/NAD+, glucagon e insulina 
- Se a primeira relação se encontra alta os lipídios estão produzindo muita energia, então não é preciso continuar degradando lipídios 
- A segunda relação regula a via, pois se há muito NADH é porque há muito ATP 
- A terceira relação regulam da seguinte forma => a lipase, que é sensível a hormônio, precisa fosforilar para se tornar ativa, então o glucagon liga-se ao seu receptor, ativa a proteína G, que ativa a adenilato ciclase, que vai produzir o AMPc, que ativa a proteína quinase, que ativa a lipase. A lipase ativada vai quebrar o triacilglicerol em ácido graxo e em diacilglicerol que será depois quebrado em monoacilglicrol. Dessa forma, o hormônio glucagon é capaz de ativar a degradação de lipídios. Já a insulina ativa uma fosfolipase, que remove um fosfato, inativando a enzima lipase => cascata de sinalização 
* Glucagon = catabólico 
* Insulina = anabólico (estimula a síntese de glicogênio, em alta estimula a síntese proteica, estimula a síntese de lipidios) 
SÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS/LIPÍDIOS: LIPOGÊNESE
- Sintetizados a partir de carboidratos e excesso de proteínas da dieta
- A síntese ocorre no citosol 
- Ocorre quando a relação ATP/ADP é alta 
- Ácidos graxos são sintetizados a partir de acetil-CoA (proveniente da degradação de carboidratos ou da glicose) formado na mitocôndria e transportado para o citosol através do citrato para que possam participar da síntese dos ácidos graxos
 Primeira reação do ciclo de Krebs: o acetil-CoA condensa-se com o oxalacetato formando o citrato => na membrana interna da mitocôndria há um transportador para o citrato 
 O citrato é inibidor de duas enzimas na via glicolítica: o PFK-1 e a piruvato quinase => ele pode inibir, um vez que excesso citrato significa que tem energia sobrando
 No citosol existe uma enzima chamada citrato niase (não existe na mitocôndria) => cliva o citrato em acetil-CoA (tem CoA também no citoplasma) e em oxalacetato. Para que ocorra essa clicagem/quebra, é preciso gasto de energia, sendo essa proveniente da hidrólise do ATP (mas como há energia sobrando, esse ATP pode ser gasto). 
 O oxalacetato produzido é transformado em malato (o malato atravessa a membrana interna ida mitocôndria. Ao chegar na matriz mitocondrial o malato volta a ser oxalacetato. 
- O NADPH é um agente redutor para a síntese de lipídios, sendo produzido em alta quantidade pela via das pentoses => a via das pentoses é intensa em tecidos produtores de lipídios => mas caso a via das pentoses não supra a necessidade de NAPH ainda é possível formá-lo no citoplasma, onde existe a enzima málica, que transforma o malato em piruvato e nessa transformação é produzido NAPH. 
Para a síntese de ácidos graxos são necessários:
* Acetil-CoA e malonil-CoA como doadores de carbono (a síntese, assim como a degradação, também será de 2 em 2 carbonos)
* NADPH como agente redutor 
* ATP 
* Enzima: ácido graxo sintase 
Origem do MALONIL-COA
- Sua síntese surge a partir do acetil-CoA (tem 2 carbonos), que será carboxilado a malonil-CoA (tem 3 carbonos) => essa carboxilação também gasta ATP, pois já foi gasto no transporte do acetil-CoA (da matriz mitocondrial para o citoplasma) => essa reação ocorre no citoplasma por ação da enzima acetil-CoA carboxilase 
- Outras enzimas atuantes => complexo enzimático => ACP (proteína carreadora de acil) e KS => moléculas proteicas ligadas à enzima => atuam no alongamento do ácido graxo (obs: o menos ácido graxo possui 4 carbonos)
- As enzimas possuem uma cisteína 
- O acetil-CoA liga-se à enzima e a CoA é liberada na forma reduzida para participar de outras reações 
- O malonil-CoA também liga-se à enzima => vira malonil-ACP
- Na síntese de ácidos graxos também ocorrem 4 reações, assim como na sínteses 
1° etapa: condensação
- De acetil para malonil há entrada de um CO2, que depois irá sair (por conta da energia necessária) 
- Malonil-ACP se junta com acetil-ACP => formando acetoacetil-ACP 
- Posteriormente é preciso retirar a carbonila para haver em seu lugar CH2 (deve sair um oxigênio, mas ele ainda não pode ser retirado), então o próximo passo é acontecer uma redução
2° etapa: redução – agente redutor : NADPH+H+
- O acetoacetil-ACP vira beta-butanoil-ACP (entrada de 2H no carbono – redução da molécula)
- Sai NAD+ (forma oxidada)
3° etapa: desidratação 
- Butanoil-ACP vira crotonoil-ACP, uma molécula que possui ligação dupla 
- Saída de H2O
4° etapa: redução – agente redutor : NAPH+H+
- O crotonil-ACP vira butonil-ACP (ácido graxo com 4 carbonos)
OBS 1: e se a intenção for ter um ácido graxo de 6 carbonos, quem vai continuar doando carbonos? O malonil => o acetil-CoA só é usado na primeira vez, nas demais etapas de alongamento será usado o malonil. 
OBS 2: o alongamento de ácidos graxos muito grandes (a partir de 18 carbonos) não ocorre no citoplasma => o palmitoil-CoA que possui 16 carbonos será transportado para 2 compartimentos, que podem ser o retículo endoplasmático ou a mitocôndria => se o alongamento ocorre no retículo endoplasmático (microssoma) o doador de carbonos é o malonil, se ocorre na mitocôndria o doador será o acetil. 
- É possível sintetizar também o palmitoleato, um ácido graxo com 16 carbonos com uma ligação dupla => como essa dupla é inserida? Através da retirada de H => a retirada desse hidrogênio é feita pela enzima redutase ou desaturases => para a remoção desse H é preciso ter um agente oxidante para ser reduzido, que geralmente é o FAD+, pois para a formação de uma ligação dupla é preciso retirar H de carbonos diferentes => logo, entra FAD e sai FADH2 
- ENTRETANTO, o ser humano só possui desaturases que agem ATÉ o 9°carbono => se a dupla ligação do ácido graxo aparecer depois do 9° carbono, o ser humano NÃO é capaz de sintetizar => por esse motivo, existem os aminoácidos essenciais (aqueles que o organismo não consegue produzir, mas são necessários para a bicamadalipídica das membranas) =>então eles são adquiridos através da dieta de óleos, como o ômega 3, por exemplo 
 Feita a síntese dos ácidos graxos, esses não podem ser armazenados em sua forma livre pelo organismo, então eles serão transformados em triacilgliceróis. 
Síntese de TRIACILGLICEROL
- Para realizá-la é preciso glicerol e ácido graxo, entretanto, o organismo não produz glicerol. Então, o glicerol surge do 3-P glicerol, que o organismo é capaz de sintetizar.
- A síntese do 3-P glicerol ocorre no fígado (pela ação da enzima glicerol quinase, que realiza fosforilação do glicerol, formando o 3-P glicerol) e no tecido adiposo (a partir da di-hidroxicetona, que vem da glicose e forma o 3-P glicerol)
- Primeiramente, o 3-P glicerol vai ganhar 2 ácidos graxos => acil-Coa se junta ao 3-P glicerol dando origem ao fosfatidato (ácido fosfatídico) – uma molécula que pode ser utilizada para a síntese de outros lipídios também, ou seja, o fosfatidato pode ter 2 caminhos => dá origem ao triacilglicerol ou dá origem a fosfolípedes de membrana
- O fosfatidado vai então perder um grupamento fosfato formando o di-acilglicerol, que vai ganhar mais um acil-CoA formando o triacilglicerol 
Qual seria o hormônio que estimula a síntese de lipídios? INSULINA (anabólica)
Quais seriam os hormônios que estimulam a degradação de lipídios? GLUCAGON e ADRENALINA (catabólico) 
* Lembrar que a adrenalina é liberada pelo sistema nervoso simpático, em situação de luta e fuga, uma vez que nessas situações é preciso gerar energia => a forma de gerar energia é quebrando aquilo que o organismo tem de reserva (glicogênio – que mantém a glicose circulante e ácido graxo – que garante ATP através de sua degradação) 
DEGRADAÇÃO E SÍNTESE DE PROTEÍNAS 
- Os aminoácidos são obtidos através da dieta ou então através da degradação de proteínas endógenas 
- As proteínas possuem uma meia vida que é determinada por sua própria estrutura (p.ex.: existem alguns aminoácidos que quando estão na extremidade amino terminal faz com que a proteína tenha uma meia vida curta ou longa) => todas as proteínas do organismo humano são constantemente degradadas e renovadas em todos os tecidos 
- Os aminoácidos são utilizados para sintetizar proteínas endógenas (proteínas necessárias), também podem ser utilizados para a síntese de compostos nitrogenados não proteicos, como as bases nitrogenadas (purinas, pirimidinas) 
- Se os aminoácidos que não forem utilizados em nenhuma sínteses eles são degradados 
-Os aminoácidos possuem um grupamento amino e uma cadeia carbônica => se o grupamento amino for liberado livremente ele vira íon amônio, que é toxico para os tecidos, então ele é encaminhado para o fígado para ser usado para formar ureia, que é eliminada via urina. 
- A cadeia carbônica será utilizada para produzir energia na forma de intermediários no CAC, piruvato ou acetil-CoA. 
- Proteína NÃO é reserva energética => então ela é degradada durante a realização de atividades físicas (sendo posteriormente reposta através da dieta); em situações de jejum prolongado (com perda de massa magra, pois a proteína não é reposta nesse caso). 
METABOLISMO DE AMINOÁCIDOS/PROTEÍNAS 
- Um compartimento onde ocorre a degradação de proteínas é o lisossomo, que possui enzimas especificas para isso => as proteínas de membrana, as proteínas extracelulares e as proteínas de meia vida longa serão degradadas pelos lisossomos.
- As outras proteínas, que ficam no citoplasma, são degradadas por um complexo proteico (de enzimas proteolíticas) chamado proteassoma => entretanto, para que essas proteínas sejam encaminhadas para o proteassoma elas ligam-se à outra proteína chamada ubiquitina (a ubiquitina se liga a grupamentos amino terminais das proteínas, encaminhando-as para a degradação) => após a degradação são liberados aminoácidos 
- As proteínas da dieta começam a ser degradadas em pedaços menores, ou seja, em peptídeos no lúmen intestinal e no estômago por ação das pepsinas (especifica para alguns tipos de aminoácido) 
- Quando esses peptídeos chegam ao intestino, onde existem outras enzimas que são as tripsinas e quimiotripsinas, que quebram os peptídeos em oligopeptídeos e em aminoácidos.
- Na superfície que reveste a célula intestinal estão presentes transportadores de peptídeos, de aminoácidos livres e de oligopeptídeos. Esses transportadores possuem aminopeptidases, enzimas que reconhecem algumas sequencias de aminoácidos e realizam suas clivagens. As aminopeptidases transformam os oligopeptídeos em di e em tripeptídeos (moléculas menores que são capazes de atravessar a membrana via proteína) 
- Existem ainda outras enzimas que quebram os di e tripeptídeos em moléculas menores, sendo essas aminoácidos
- CONCLUSÃO: ocorrem várias quebras sucessivas até que a proteína se transforme em aminoácidos => então, os aminoácidos que são transportados na correntes sanguínea 
- O excesso de aminoácidos é degradado 
 A ureia é uma molécula que possui 2N, e para tanto é preciso que haja um doador desses nitrogênios:
Doadores de nitrogênio (que são aminoácidos) para a síntese da ureia, que ocorre no fígado
1- glutamato ou glutamina 
2- aspartato 
- O grupo amino da maioria dos aminoácidos é coletado inicialmente como glutamato, pois alguns pode sair em sua forma livre
- Degradação de um aminoácido qualquer no cérebro => o grupamento amino será transferido, pela enzima amino transferase ou transaminase (específica para determinados aminoácidos), para o alfa-cetoglutarato (do CAC), que ao receber o grupamento amino vira glutamato e o que sobra da cadeia carbônica é o alfa-ceto ácido ou alfa-oxo ácido (que pode ser um piruvato; intermediários do CAC; acetil-CoA, pois depende do aminoácido que foi degradado) => reações reversíveis 
- Entretanto, existem 2 aminoácidos que podem sofrer desaminação direto que são a serina e a treonina (não mostra no mapa) => problema da desaminação direta: liberação de amônia, que é prejudicial aos tecidos e que não pode ser acumulada no cérebro 
- Remoção da amônia nos tecidos onde é produzida: 
Transporte de amônia dos tecidos extra-hepáticos (no caso o cérebro) para o fígado 
- Quando o aminoácido é degradado o grupamento amino é transferido para o alfa-cetoglutarato que vira glutamato, e a cadeia carbônica gera energia 
- O glutamato é um aminoácido ÁCIDO e por isso não pode ser lançado na corrente sanguínea (com o intuito de ir para o fígado), pois poderia gerar acidose metabólica => para resolver esse problema é preciso que essa acidez seja neutralizada => o glutamato é então transformado em glutamina (aminoácido polar e neutro), e para essa transformação é preciso um íon amônio => como a glutamina é apolar e neutra ela pode entrar na corrente sanguínea para ser encaminhado ao fígado => a glutamina pode também participar da síntese da ureia 
- Importância da glutamina: transportar amônia de tecidos extra-hepáticos para o fígado
Transporte de amônia do músculo para o fígado 
- No músculo, durante a atividade física ou jejum prolongado, há quebra de proteínas musculares e logicamente ao quebrar essas proteínas o grupamento amino é liberado, que na maior parte das vezes é transferido para o alfa-cetoglutarato que vira glutamato
- Como visto, o glutamato não pode ser transportado pela corrente sanguínea por conta de sua acidez, mas o músculo tem outra forma de realizar o transporte do grupamento amino 
- No músculo, ao mesmo tempo que há gasto de proteína há também glicólise que produz piruvato 
- No músculo existe uma enzima chamada alanina amino transferase (ALA), que transfere o grupamento amino do glutamato para o piruvato e, então, o piruvato vira o aminoácido alanina => como o glutamato perdeu o grupamento amino ele volta a ser o alfa-cetoglutarato que busca mais grupamentos aminos => essas reações acontecem o tempo todo durante uma atividade física => então é produzido uma grande quantidade de alanina que leva o grupamento amino do músculo para o fígado 
- A maior parte dos aminoácidos que for degradado

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