Buscar

Biblioteca 792334

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 83 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 83 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 83 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
PROFESSOR FELIPE LANDIM 
PROFESSOR ARTHUR FORTALEZA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
A disciplina Conforto Ambiental e Eficiência Energética I é uma disciplina que apresenta aos alunos o 
conhecimento sobre os mecanismos de trocas de calor entre os corpos, para a manutenção de 
condições de utilização do ambiente construído. 
O conhecimento sobre as propriedades térmicas dos materiais, a movimentação aparente do sol e a 
ventilação natural é essencial para o desenvolvimento do projeto arquitetônico, bem como o 
conhecimento das soluções artificiais de condicionamento de ar para suprir a necessidade de 
determinadas situações que não possam ser resolvidas de modo natural. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
EMENTA 
Inter-relações entre arquitetura e meio ambiente; 
Elementos climáticos, movimentação aparente do sol e ventilação natural; 
Relações entre as características climáticas das regiões brasileiras e o projeto arquitetônico; 
Mecanismos de trocas de calor entre os corpos e a manutenção de condições de utilização do ambiente 
construído; 
Conhecimento sobre as propriedades térmicas dos materiais; 
Soluções artificiais de condicionamento de ar. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
OBJETIVOS 
Objetivos gerais: 
Avaliar o Conforto Ambiental e Eficiência Energética, 
apresentando soluções projetuais que auxiliem a 
elaboração do projeto de arquitetura; 
Acompanhar o desenvolvimento de novas tecnologias 
ligadas ao tema. 
Objetivos específicos: 
Introduzir ao aluno os conceitos de conforto térmico 
com ênfase na arquitetura bioclimática e na 
sustentabilidade; 
Desenvolver a ideia de que a construção faz parte do 
ecossistema, visando a utilização de recursos da própria 
natureza (ventos, sol, clima, vegetação), na luta contra o 
desconforto criado pelo meio; 
Introduzir a noção de clima e elementos climáticos 
assim como orientações construtivas; 
Informar sobre a utilização de materiais, com ênfase no 
conforto térmico na construção; 
Estudo gráfico de insolação e dimensionamento de 
proteções externas de fachadas; 
Condicionamento de ar e estudo dos seus sistemas. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
CONTEÚDOS 
Unidade I - ARQUITETURA E MEIO AMBIENTE 
Princípios do ecoedifício; 
O ser humano e o meio ambiente; 
Conforto térmico e bioclimatismo; 
Mecanismo de troca térmica: condução, 
convecção, radiação, evaporação e condensação. 
Unidade II - ELEMENTOS CLIMÁTICOS 
Radiação; Umidade do ar; 
Temperatura; Chuvas. 
Ventos; 
Unidade III - REGIOES BRASILEIRAS: TIPOS DE 
CLIMA E ORIENTAÇÕES CONSTRUTIVAS 
Clima quente-úmido; 
Clima quente-seco; 
Clima temperado. 
Unidade IV - INSOLAÇÃO 
Utilização do Gráfico de Insolação e estudo das 
sombras projetadas 
Orientações das construções; 
Estudo das proteções: brises-soleil, marquises, 
varandas etc. 
 AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
CONTEÚDOS 
Unidade V - VENTILAÇÃO NATURAL 
Formas e orientação; 
Ventilação vertical; 
Sistemas de aberturas; 
Efeitos diversos: pilotis, esquina ventos, canalização; 
A ventilação e a cidade. 
Unidade VI - MATERIAIS 
Conceitos teóricos: emissividade, absorção, reflexão, 
condutividade, resistência térmica, transmitância; 
Transferência de energia térmica: paredes opacas e 
translúcidas; 
Inércia térmica. 
 
Unidade VII - CONDICIONAMENTO DE AR 
Conceitos; 
Funcionamento básico dos sistemas de condicionamento 
de ar; 
Sistemas Diretos: ar condicionado de Janela, splits e self-
contained; 
Sistemas Indiretos: sistemas centrais à água e a ar; 
Aplicação dos sistemas em projetos. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO 
O processo de avaliação oficial será composto de três etapas: Avaliação 1 (AV1), Avaliação 2 (AV2) e 
Avaliação 3 (AV3). 
A AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização. As AV2 e AV3 abrangerão todo o 
conteúdo da disciplina. 
Como se trata de disciplina teórico-prática, a nota das avaliações AV2 e AV3 será a média dos resultados 
de uma prova teórica, proveniente da aplicação da Prova Nacional Integrada, e de uma avaliação prática, 
definida pelo professor. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO 
Para aprovação na disciplina o aluno deverá: 
• Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das 
avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de 
avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina. 
• Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. 
• Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO 
Observações: 
• Não serão aceitos, por nenhum motivo, trabalhos entregues fora do horário de aula ou outra data; 
• Abonos de faltas apenas com justificativa por escrito (atestado médico, declarações, etc.); 
• Não haverá abono por motivo de doença, viagem, morte de familiar, ou outro motivo qualquer. O 
aluno tem direito a faltar os 25% justamente para estas ocasiões; 
• Quando faltar aula, procure o material da aula que esteve ausente no aluno on-line ou no site 
https://sites.google.com/site/professorlandim/. 
 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
• CORBELLA, Oscar; YANNAS, Simos. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Editora Revan, 2011. 
• FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de conforto térmico. 8. ed. São Paulo: Studio 
Nobel, 2003. 
• BROWN, G. Z. Sol, vento e luz: estratégias para o projeto de arquitetura. 2. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2004. 
• LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O. R. Eficiência energética na arquitetura. 
São Paulo: PW, 1997. Disponível em: http://www.labeee.ufsc.br/publicacoes/livros. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
MATERIAL PARA CONSULTA 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220: Desempenho térmico de edificações - 
Parte 1. Rio de Janeiro: ABNT, 2006. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220: Desempenho térmico de edificações - 
Parte 2. Rio de Janeiro: ABNT, 2006. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220: Desempenho térmico de edificações - 
Parte 3. Rio de Janeiro: ABNT, 2006. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edificações habitacionais - Desempenho - 
Parte 1. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edificações habitacionais - Desempenho - 
Parte 4. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edificações habitacionais - Desempenho - 
Parte 5. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 
 AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
ARQUITETURA SUSTENTÁVEL 
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
Estamos passandopor um processo de transição na forma de viver e ver o mundo, em que o meio 
ambiente começa a fazer parte do cotidiano, não como um discurso de ambientalistas ou idealistas mas 
com reflexos no nosso dia-a-dia. A arquitetura se integra nesta busca por respostas adequadas a 
integração do ser humano no meio ambiente, com mudanças no processo de criação e execução dos 
espaços habitáveis e reflexos em toda a cadeia produtiva da indústria da construção. 
O conceito de ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA é um pouco genérico e integra outras definições mais 
concretas, como por exemplo, a de arquitetura integrada, aquela que se adapta a seu ambiente físico, 
socioeconômico e cultural, utilizando materiais nativos, técnicas e formas tradicionais, que favorecem a 
integração visual e reduzem o impacto ambiental. 
Em geral, é uma arquitetura pensada com o clima do lugar, o sol, o vento, a vegetação e a topografia, 
com um desenho que permite tirar proveito das condições naturais do lugar, estabelecendo condições 
adequadas de conforto físico e mental dentro do espaço físico em que se desenvolve. 
 AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
ARQUITETURA SUSTENTÁVEL 
A ARQUITETURA SUSTENTÁVEL é a continuidade mais natural da BIOCLIMÁTICA, considerando também 
a integração do edifício à totalidade do meio ambiente, de forma a torna-lo parte de um conjunto maior. 
É a arquitetura que quer criar edifícios objetivando o aumento da qualidade de vida dos ser humano no 
ambiente construído e no seu entorno, integrando com as características da vida e do clima locais, 
consumindo a menor quantidade de energia compatível com o conforto ambiental, para legar um 
mundo menos poluído para as futuras gerações. 
Ela é um projeto em constante desenvolvimento, através de incessante inventividade e recursos 
tecnológicos que permitem, assim, o aprimoramento da realidade do dia-a-dia. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NA ARQUITETURA pode ser entendida como um atributo inerente à 
edificação, representante de seu potencial em possibilitar CONFORTO TÉRMICO, VISUAL e ACÚSTICO aos 
usuários com baixo custo de energia. 
Um edifício é mais eficiente energeticamente que outro quando proporciona as mesmas condições 
ambientais com menor consumo de energia. 
Um bom projeto de arquitetura deveria incluir análises sobre seu desempenho energético, por cada 
decisão tomada durante o processo de projeto influencia no desempenho térmico e luminoso do 
edifício. 
A prática da arquitetura exige, assim, a conscientização do profissional em relação a uma série de 
aspectos que são usualmente negligenciados. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
BREVE HISTÓRICO 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
DA ARQUITETURA VERNACULAR AOS NOSSOS DIAS 
• Técnicas, conceitos e princípios 
bioclimáticos e sustentáveis que podem 
ser empregados em edificações que 
persigam a alta eficiência energética; 
• Aproveitar as características desejáveis 
do clima enquanto se evitavam as 
indesejáveis. 
Roma – primeiro sistema de aquecimento: 
• Calidarium – aquecimento de água; 
• Ipocausto – aquecimento dos ambientes. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
Arquitetura vernacular: 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
DA ARQUITETURA VERNACULAR AOS NOSSOS DIAS 
Roma: 
• Esgotamento das reservas de madeira; 
• Busca de novas tecnologias – o sol como principal fonte 
de calor; 
• Arquitetos Faventino e Paladio – manuais de técnicas de 
autoconstrução – reutilização da água, distribuição dos 
ambientes acima dos banhos quentes, uso de cores claras 
e escuras, para refletir e absorver o calor; 
• Heliocaminus – forma semicircular, com grandes janelas – 
técnica da inércia térmica; 
• Imperador Justiniano – primeira legislação ambiental: “se 
um objeto está colocado de maneira a obstruir o Sol de 
um heliocaminus, deve afirma-se que tal objeto cria 
sombra em um local onde a luz do Sol constitui uma 
absoluta necessidade. Isto é, assim, uma violação do 
direito ao Sol do heliocaminus”. 
 
 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
DA ARQUITETURA VERNACULAR AOS NOSSOS DIAS 
China: 
• Cidade de Honan, ao norte; 
• Edificações subterrâneas – escolas, 
mercados, residências, etc.; 
• A temperatura abaixo da superfície do 
solo é mais amena, compensando os 
extremos da temperatura do ar – alta 
durante o dia e baixa à noite; 
• Na parte de cima – pátios das 
edificações. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
DA ARQUITETURA VERNACULAR AOS NOSSOS DIAS 
Estados Unidos: 
• Deserto do Colorado, povo de Mesa Verde; 
• Habitações protegidas do Sol pelas 
encostas de pedras; 
• Sombrear a incidência dos raios solares no 
verão quente e seco; 
• No inverno, a inclinação mais baixa do sol 
permite sua entrada nas habitações, 
aquecendo-as durante o dia; 
• O calor armazenado na rocha das encostas 
durante o dia é devolvido ao interior das 
habitações à noite. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
DA ARQUITETURA VERNACULAR AOS NOSSOS DIAS 
Espanha: 
• Cidade de Sevilha; 
• Várias ruas eram sombreadas 
por toldos; 
• Esses toldos ainda podem ser 
vistos em algumas ruas da 
cidade durante o período do 
verão. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
DA ARQUITETURA VERNACULAR AOS NOSSOS DIAS 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
DA ARQUITETURA VERNACULAR AOS NOSSOS DIAS 
Arquitetura Gótica: 
• O arquiteto e o artesão trabalhavam 
juntos – o conceber e o construir – 
experimentação empírica; 
• Novas técnicas estruturais – sistema 
estrutural aliviou as cargas das paredes; 
• Mais aberturas nas paredes e mais 
entrada de luz para a nave. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
Sainte-Chapelle |Paris, França 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
DA ARQUITETURA VERNACULAR AOS NOSSOS DIAS 
Renascimento: 
• Desvinculação do arquiteto com o 
artesão; 
• Afastamento do projetista de um rico 
vocabulário de soluções e o limitou a 
repetição de velhas formas e técnicas. 
Revolução industrial: 
• Novos materiais – concreto e aço; 
• Ruptura profunda entre engenharia e 
arquitetura. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
Palácio de Cristal | Londres | 1851 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
DA ARQUITETURA VERNACULAR AOS NOSSOS DIAS 
Estilo internacional: 
• Período entre guerras – 1930 a 1950; 
• Vanguarda da arquitetura modernista – arquitetura racionalista-funcionalista; 
• Revolução completa dos conceitos da arquitetura – esqueleto estrutural, 
terraço-jardim, planta livre, pilotis; 
• Mies van der Rohe – com o uso das cortinas de vidro, criou um verdadeiro 
ícone de edifícios de escritórios; 
• O “edifício estufa” foi então exportado como símbolo de poder, assim como 
os sistemas sofisticados de ar-condicionado e megaestruturas de aço e 
concreto, sem sofrer readaptações às características culturais e climáticas dos 
destinos; 
• Os avanços da área do conforto ambiental não eram mais assimilados pelos 
arquitetos. 
 
 
 
 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
Ed. Seagram | Nova York 
1958 | Mies van der Rohe 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA IEdifício Copan| São Paulo 
1966 | Oscar Niemeyer 
DA ARQUITETURA VERNACULAR AOS NOSSOS DIAS 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
Sede da ONU | Nova York 
1948 | Le Corbusier e Niemeyer 
Edifício Gustavo Capanema| Rio de Janeiro 
1943 | Le Corbusier, Lúcio Costa, Niemeyer, 
Reidy e equipe 
CONTEXTO ATUAL 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
A CRISE DO PETRÓLEO 
Utilização indiscriminada dos sistemas de iluminação e climatização artificial – posição bastante cômoda ao 
projetista perante os problemas de adequação do edifício ao clima. 
Situação agravada – crise do petróleo em 1973 e com o aumento da população nos centros urbanos na década de 
80. 
Aumento da produção de eletricidade para superar a crise – traz inconvenientes do impacto ambiental causado 
por novas usinas: possíveis inundações e deslocamentos de populações (hidrelétricas), poluição e riscos com a 
segurança pública (termoelétricas e nucleares). 
A exigência de grandes investimentos do governo nestes projeto implica a redução de investimentos em outras 
áreas (educação, saúde e habitação), antagonizando a ideia de progresso embutida nessa política. 
Alternativa mais adequada é aumentar a eficiência no uso de energia – se reduz a necessidade de gastos com o 
setor público, passando aos fabricantes de equipamentos e aos consumidores os investimentos necessários. 
A energia elétrica passa por quatro fases distintas: geração, transmissão, distribuição e consumo. Quanto maior for 
o desempenho em cada fase, menores serão as perdas no processo como um todo. 
 AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
A SITUAÇÃO ATUAL 
A oferta de energia no Brasil provém das seguintes fontes: hidráulica, gás, petróleo, lenha, óleo diesel e 
óleo combustível – em torno de 80% da eletricidade ofertada vieram de geração hidrelétrica. 
Do total do consumo de energia elétrica no Brasil em 2011, as edificações representaram 46,7%. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
CONSUMO NOS SETORES RESIDENCIAL, COMERCIAL E PÚBLICO 
Setor industrial: 
• Maior consumo de energia elétrica é pelas máquinas e motores (independe do projeto 
arquitetônico); 
• Horário de funcionamento diurno – aproveitamento de luz natural desse ser considerado como uma 
das principais estratégias de economia no projeto arquitetônico; 
• Ventilação natural – essencial para promover conforto térmico, pode não ser suficiente, pois depende 
das condições climáticas nem sempre favoráveis, dificultando o condicionamento natural. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
CONSUMO NOS SETORES RESIDENCIAL, COMERCIAL E PÚBLICO 
Setores residencial, comercial e público: 
Os setores residencial, comercial e público 
concentram a parte mais significativa da atuação 
do arquiteto em aumentar a eficiência 
energética. 
As decisões de projeto influenciam fortemente o 
desempenho térmico, visual e energético da 
edificação. 
O arquiteto deve considerar a adequação do seu 
projeto ao clima local utilizando diversas 
estratégias de uso da luz natural, resfriamento e 
aquecimento passivo dos ambientes. 
O projeto também pode incluir o uso de fontes 
alternativas de energia (eólica, biomassa e 
solar). 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
SETOR RESIDENCIAL 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
CONSUMO NOS SETORES RESIDENCIAL, COMERCIAL E PÚBLICO 
Setores comercial e público: 
A iluminação e o ar-condicionado são os grandes usos finais da energia nos setores comercial e público. 
 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
SETOR COMERCIAL SETOR PÚBLICO 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
NORMATIZAÇÃO 
Meios científicos e acadêmicos – preocupação com os impactos ambientais provocados pelo contínuo 
crescimento populacional (maior demanda de edificações e de consumo de energia). 
Nos países desenvolvidos, a crise energética e o alto consumo no setor de edificações levaram à 
elaboração de normas de eficiência energética em edificações. 
Na Europa, diretrizes relativas ao desempenho energético dos edifícios foram aprovadas para 
implementação em 2006 – pretendia-se atingir a meta de redução de 8% das emissões dos gases 
causadores do efeito estufa (entre 2008 e 2012) conforme tratado no Protocolo de Kyoto. 
Nos Estados Unidos, a preocupação com o efeito estufa e com a degradação dos recursos ambientais 
refletiram em novas leis – EPAct, House of Representatives Senates – incentivos fiscais para a 
implementação de eficiência energética em edificações existentes e mesmo novas. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
NORMATIZAÇÃO 
No Brasil – Lei nº 10.295 de 2001 – dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de 
Energia Elétrica – estabelecimento dos níveis máximos de consumo específico de energia, ou mínimos 
de eficiência energética nos país. 
Grupo Técnico para Eficientização de Energia nas Edificações, originado pela Lei nº 10.295 – avaliação da 
eficiência energética das edificações, criação de indicadores referenciais de consumo de energia para 
certificação de sua conformidade com relação à eficiência energética e a determinação de requisitos 
técnicos para que os projetos a serem construídos atendam a esses indicadores. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
NORMATIZAÇÃO 
Normas de iluminação natural (2005): 
NBR 15215-1 – Iluminação Natural – Parte 1: Conceitos básicos e definições. 
NBR 15215-2 – Iluminação Natural – Parte 2: Procedimentos de cálculo para a estimativa da 
disponibilidade de luz natural. 
NBR 15215-3 – Iluminação Natural – Parte 3: Procedimento de cálculo para a determinação da 
iluminação natural em ambientes internos. 
NBR 15215-4 – Iluminação Natural – Parte 4: Verificação experimental das condições de iluminação 
interna de edificações - Método de medição. 
 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
NORMATIZAÇÃO 
Normas de desempenho térmico em edificações (2005): 
NBR 15220-1 – Desempenho térmico de edificações – Parte 1: Definições, símbolos e unidades. 
NBR 15220-2 – Desempenho térmico de edificações – Parte 2: Método de cálculo da transmitância 
térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de 
edificações. 
NBR 15220-3 – Desempenho térmico de edificações – Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e 
diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social. 
NBR 15220-4 – Desempenho térmico de edificações – Parte 4: Medição da resistência térmica e da 
condutividade térmica pelo princípio da placa quente protegida. 
NBR 15220-5 – Desempenho térmico de edificações – Parte 5: Medição da resistência térmica e da 
condutividade térmica pelo método fluximétrico. 
 AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
NORMATIZAÇÃO 
Normas de desempenho de edificações habitacionais (2013): 
NBR 15575-1 – Edificações habitacionais — Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais. 
NBR 15575-2 – Edificações habitacionais — Desempenho – Parte 2: Requisitos para os sistemas 
estruturais. 
NBR 15575-3 – Edificações habitacionais — Desempenho – Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos. 
NBR 15575-4 – Edificações habitacionais — Desempenho – Parte 4: Requisitos para os sistemas de 
vedações verticais internas e externas. 
NBR 15575-5 – Edificações habitacionais — Desempenho – Parte 5:Requisitos para os sistemas de 
coberturas. 
NBR 15575-6 – Edificações habitacionais — Desempenho – Parte 6: Requisitos para os sistemas 
hidrossanitários. 
 
 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA 
EXEMPLOS DE ARQUITETURAS BIOCLIMÁTICA E SUNTETÁVEL 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
BONS EXEMPLOS DE ARQUITETURA CONTEPORÂNEA 
O século XX foi particularmente fértil para a arquitetura e hoje, quando estamos no início do século XXI, 
o panorama arquitetônico é jovem e pluralista. 
Estilos como o pós-modernismo, o high-tech, o construtivismo, e o desconstrutivismo mostram 
experiências significativas da preocupação crescente dos arquitetos com a melhoria da qualidade das 
edificações, inclusive considerando aspectos de eficiência energética e de conforto ambiental. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
BONS EXEMPLOS DE ARQUITETURA CONTEPORÂNEA 
Pavilhão Britânico da Expo´92, Sevilha: 
• Arquiteto Nicholas Grimshaw; 
• A cascata fez com que o edifício 
consumisse apenas um quarto da 
energia que seria necessária se fosse 
climatizado com ar-condicionado; 
• As placas solares sobre os painéis do 
telhado aproveitam a energia solar para 
acionar bombas que fornecem a água; 
• Mastros de aço curvados tem tecido 
translúcido revestido de PVC para 
permitir a luz suave para permear o 
espaço interior. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
BONS EXEMPLOS DE ARQUITETURA CONTEPORÂNEA 
Instituto do Mundo Árabe, Paris: 
• Arquiteto Jean Nouvel; 
• Uma de suas fachadas revestida com 
dispositivos em forma de diafragma que 
lembram a tapeçaria árabe; 
• Estes elementos têm sua forma 
controlada eletronicamente, criando 
diferentes condições de iluminação e 
oferecendo proteção contra o sol. 
 AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
BONS EXEMPLOS DE ARQUITETURA CONTEPORÂNEA 
Hong-Kong and Shanguai Bank: 
• Arquiteto Norman Foster; 
• Átrio central que capta e distribui a luz do céu 
para os andares superiores; 
• Nos andares inferiores há um sistema de 
elementos refletores dentro e fora do edifício; 
• A luz é distribuída pelos diversos andares, 
aumentando a qualidade do ambiente visual no 
interior do edifício e reduzindo o consumo de 
energia para iluminação artificial. 
 AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
BONS EXEMPLOS DE ARQUITETURA CONTEPORÂNEA 
BedZED, Londres: 
• Arquiteto Bill Dunster; 
• Conjunto de habitações mistas que inclui 
escritórios e residências; 
• Painéis fotovoltaicos para geração de 
energia elétrica, materiais reciclados na 
construção, desenho solar passivo 
(orientação, inércia térmica, isolamento 
térmico), uso racional da água (captação 
da água da chuva), ventilação vertical 
natural por meio de torres de vento 
rotativas; 
• Comunidade ensina culturas relativas à 
sustentabilidade. 
 AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
BONS EXEMPLOS DE ARQUITETURA CONTEPORÂNEA 
Protótipo para edifícios de escritórios, Catania: 
• Arquiteto Mario Cucinella; 
• Tecnologia PDEC (Passive Downdraught Evaporative 
Cooling) – resfriamento evaporativo por corrente de ar 
descendente – alternativa em relação ao ar-
condicionado convencional; 
• Baseia-se na instalação de captadores de vento que 
conduzem o ar externo para o interior através de 
materiais porosos cheios de água, induzindo a 
evaporação da mesma no ar mais seco, a diminuição de 
sua temperatura e, portanto, uma corrente de ar 
descendente por torres; 
• Essa técnica já foi tradicionalmente utilizada ao longo 
dos séculos pela arquitetura do leste europeu – Irã e 
Turquia. 
 
 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
BONS EXEMPLOS DE ARQUITETURA CONTEPORÂNEA 
Queen´s Building, Leicester: 
• Short and Associates Architects; 
• Escola de engenharia – Montfort University; 
• Conjunto de torres de ventilação; 
• Iluminação natural explorada por abertura zenitais e 
laterais – conduzem a luz para os ambientes mais 
internos através de pátios, átrios, paredes translúcidas e 
mesmo por circulações com elementos translúcidos no 
piso; 
• Sistema de ventilação natural no auditório – aberturas 
horizontais na fachada, atravessando telas sob os 
assentos, circulando pelo ambiente e subindo por uma 
das torres de ventilação. 
 AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
BONS EXEMPLOS DE ARQUITETURA CONTEPORÂNEA 
Centro de Proteção Ambiental de Balbina, 
Amazonas: 
• Severiano Porto e Mário Emílio Ribeiro; 
• Uso de materiais locais – telhas de cavacos 
de madeira e estrutura de troncos roliços; 
• Paredes de alvenaria independentes da 
cobertura – permitem livre ventilação natural 
no vão acima dos ambientes; 
• Centro de pesquisa – alguns laboratórios 
demandam o uso de ar-condicionado; 
• Sua arquitetura é um excelente exemplo de 
integração formal ao entorno, de 
expressividade bioclimática, de utilização 
sustentável dos materiais e técnicas 
construtivas. 
 
 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
BONS EXEMPLOS DE ARQUITETURA CONTEPORÂNEA 
Hospitais da Rede Sarah Kubitschek: 
• João Filgueiras Lima, o Lelé; 
• Utilização de sheds na cobertura – 
permitem a entrada de luz natural, 
porém barrando a penetração direta do 
sol; 
• Também permitem a saída de ar – 
ventilação natural dos ambientes 
interno. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
BONS EXEMPLOS DE ARQUITETURA CONTEPORÂNEA 
Retiro Tagaste, Ananindeua/PA: 
• Arquiteto João Castro Filho; 
• Analogia a uma árvore grande e frondosa, 
que protege do sol e ao mesmo tempo 
permite a ventilação natural; 
• Os grandes beirais protegem do sol entre os 
horários de 9:30 e 16:30; 
• Lanternins permitem a entrada de luz e a 
ventilação cruzada da cobertura; 
• Uso de materiais locais; 
• Autêntica arquitetura dos trópicos, brasileira, 
bioclimática. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
BONS EXEMPLOS DE ARQUITETURA CONTEPORÂNEA 
Edifício Menara Mesiniaga, Malásia: 
• Arquiteto Ken Yeang; 
• Combinação de inovações técnicas com vegetação; 
• Conhecimento da trajetória solar – floreiras 
suspensas que se posicionam ao redor do edifício 
nos diversos andares de acordo com alturas e 
azimutes solares específicos; 
• Visual high-tech – materiais industrializados, como 
aço alumínio e vidro. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
A ATUAÇÃO DE CADA PROFISSIONAL 
O arquiteto deve ter o conhecimento básico de todos os conceitos relativos ao desempenho energético 
de edificações para tornar possível e eficiente a multidisciplinaridade de seu projeto. 
As intenções de projeto e as tomadas de decisões devem ser definidas corretamente possibilitando que 
a matriz de respostas arquitetônicas dos diversos e inter-relacionados problemas produza, ao invés de 
resultados superpostos, um resultado integrado. 
A energia que a edificação consumirá tem se tornado um forte determinante na decisão dos sistemas de 
controle ambiental utilizados.A análise do consumo de energia de uma edificação é tão importante para 
o processo de projeto quanto qualquer uma das outras ferramentas usadas comumente pelos 
projetistas. Cabe ao arquiteto coordenar a interlocução dos vários profissionais com o objetivo de 
melhorar a eficiência energética de sua concepção arquitetônica. 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Com a enorme expansão das técnicas construtivas e com a abundância de combustível barato, a 
tecnologia dos engenheiros foi suplantando uma série de atribuições dos arquitetos, que pouco a pouco 
foram esquecidas. 
Após a grande crise de energia em 1973, foi renascendo uma arquitetura preocupada na sua integração 
com o clima local, visando à edificação centrada sobre o conforto ambiental do ser humano e sua 
repercussão no planeta, a Arquitetura Bioclimática. 
Ao arquiteto cabe a concepção de projetos que possibilitem a execução de edifícios mais eficientes, 
logrando com essa postura o conforto dos usuários e o uso racional de energia. 
É mais barato ECONOMIZAR energia do que FORNECÊ-LA. 
 AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 
CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA I 
MATERIAL DE APOIO 
CORBELLA, Oscar; YANNAS, Simos. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos. 2. ed. Rio 
de Janeiro: Editora Revan, 2011. p. 16-18. 
LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O. R. Eficiência energética na arquitetura. São 
Paulo: PW, 1997. p. 1-32. 
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/02.004/1590 
http://www.archdaily.com.br/br/tag/arquitetura-bioclimatica 
http://www.gsd.inesc-id.pt/~pgama/ab/Relatorio_Arq_Bioclimatica.pdf 
 
 
AULA 01 | INTRODUÇÃO À ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA

Outros materiais