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Software dimensionamento microcentrais hidrelétricas

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SOFTWARE PARA DIMENSIONAMENTO DE
MICROCENTRAIS HIDRELÉTRICAS
Teófilo M. de Souza, Inácio Bianchi
Departamento de Engenharia Elétrica, Unesp/Guaratinguetá
12516-410, Guaratinguetá-SP, tel/fax: (012) 525-2800 ramal 1801
RESUMO
A implantação e operação de uma central
micro-hidrelétrica (menor que 100 kW) de forma
racional, prática e econômica depende do estudo
minucioso do projeto, sendo fatores importantes os
preços da turbina, do gerador, da tubulação de água,
da obra civil e dos condutores elétricos.
O software HIDRWATT fornece os dados
para o dimensionamento e a instalação de micro-
hidrelétricas de até 20 kVA e foi desenvolvido para
ser executado em qualquer microcomputador
PC/compatível.
O cálculo da potência instalada e a seleção
da tubulação adequada são feitos considerando a
vazão, a altura útil e o comprimento da tubulação
adutora. O dimensionamento dos condutores é feito
usando o método dos ampères ´ metros. Os cálculos
são feitos para turbinas Pelton com instalação
específica para uso em micro-hidrelétricas, de
rendimento otimizado para altura útil acima de 1,5 m
e vazão acima de 1,5 l/s, que utilizam geradores com
ímã permanente de alto rendimento eletromecânico.
Em um único programa estão reunidos: o
cálculo da tubulação adutora d’água, o
dimensionamento da turbina, a especificação do
gerador, o dimensionamento dos condutores com as
respectivas proteções, e a geração de todas as
informações a serem anexadas ao memorial de
cálculo facilitando o orçamento e a execução do
projeto.
O software mostrou-se de fácil uso,
exigindo recursos computacionais mínimos. Sendo
uma ferramenta de baixo custo útil para avaliação de
viabilidade de implantação de micro-hidrelétricas,
pode contribuir para a popularização destas centrais,
permitindo um melhor aproveitamento do potencial
hídrico das regiões rurais.
ABSTRACT
Rational, practical and economic
implantation and operation of a micro-hydroelectric
plant (less than 100 kW) depend on the meticulously
study of the project, in which important factors as
the prices of the turbine, generator, pipeline,
foundation and structural manpower, and electric
conductors must be taken into account.
The software HIDRWATT supplies the data
for design and installation of micro-hydroelectric
plant of up to 20 kVA and it was developed to be
running in any PC/compatible microcomputer.
Calculation of installed power and selection
of adequate pipes are made considering the flow
rate, the net head and the pipeline length. The
specification of the conductors is made by using the
amperes ´ meters method. The calculations are made
for Pelton turbines with specific installation for
micro-hydroelectric; of optimized efficiency for net
head over 1.5 m and flow rate over 1.5 l/s that use
high electromechanical efficiency generators with
permanent magnet.
A unique program congregates pipeline
calculation, turbine and generator specification,
sizing of the conductors with respective protections,
and generation of all information to be attached to
the calculation memorial making the budget and the
execution of the project easy.
The software revealed easy to handle,
demanding minimum computational resources. As a
low-cost tool useful for micro-hydroelectric
implantation viability evaluation, it can contribute
for popularization of micro-hydroelectric plants, and
better exploitation of the hydric potential of the
agricultural regions.
INTRODUÇÃO
 O propósito deste trabalho é apresentar um
programa escrito em BASIC, e também, de forma
simplificada, os elementos necessários para o projeto
de execução de micro-hidrelétricas, isto é, usinas
usadas em pequenas quedas e pequenos volumes de
água, e consequentemente, para geração de pequenas
potências (entre 0,1 kW e 20 kW).
É importante estimular o setor agropecuário
para a instalação de micro-hidrelétricas aproveitando
o potencial hidráulico de cursos de água para a
geração de energia elétrica. O software apresentado
neste trabalho visa proporcionar uma orientação
técnica aos interessados em realizar obras desta
natureza, ou em examinar a possibilidade e
conveniência de sua execução.
Uma conseqüência notável da crise
energética que hoje preocupa seriamente o mundo
inteiro é o interesse no melhor aproveitamento da
energia hidráulica que pode ser proporcionada por
desníveis de modestos córregos existentes em muitas
propriedades rurais. O consumidor rural, na maioria
das vezes, necessita da energia elétrica apenas para
utilizá-la em lâmpadas elétricas de baixo consumo
(de 5 W a 23 W), geladeira, televisão e aparelho de
som (SOUZA, 1983[1]). Os demais usos no meio
rural têm outras soluções, o chuveiro pode utilizar a
água quente proveniente da serpentina e os aparelhos
que necessitam de potência motora podem utilizar
motores de combustão interna. Na eletrificação rural
simples, a maior parte da energia elétrica consumida
é utilizada para fins básicos, ou seja, uma potência
total consumida que varia de 100 a 1000W
(SOUZA, 1983[1]).
Os órgãos de pesquisas mostram que menos
de 20% das propriedades rurais em todo país contam
com energia elétrica (SOUZA, 1983[2]), (SOUZA,
1983[3]).
Alguns fatores que dificultam e encarecem a
expansão da distribuição de energia elétrica no meio
rural são: as grandes distâncias das linhas de
eletrificação rural, que aumentam as perdas de
energia, a subutilização dos transformadores, que na
maioria das vezes estão funcionando bem abaixo do
seu valor nominal, fornecendo energia somente para
iluminação. Estes são desperdícios consideráveis,
que podem ser evitados se o consumidor rural
possuir sua própria fonte de energia elétrica. Isso
indica que é necessário incentivar o homem do
campo a explorar as suas próprias fontes de energia
elétrica.
Há tempos se sabe que uma alternativa de
melhor custo benefício tanto do ponto de vista dos
governos estaduais ou federais, quanto do ponto de
vista do setor rural, é a implantação de micro-
hidrelétricas de fácil instalação e manutenção onde
houver disponibilidade de quedas d’água ou
córregos, mesmo que de pequenos volumes. Dada a
sua importância, o uso deste tipo de geração foi
incentivado oficialmente pelos órgãos do Governo
Federal (ELETROBRÁS, 1985), porém, um
problema tecnológico que limitou os efeitos deste
incentivo na prática foi o baixo rendimento que os
equipamentos de geração hidrelétrica de pequenas
potências apresentavam.
De acordo com os dados de catálogo de
fabricante (ALTERIMÃ, 2002) o uso de geradores
de ímã permanente, sem escovas, sem retificadores,
sem perda de potência elétrica para excitação, aliado
à uma construção otimizada da turbina Pelton,
podem aumentar em até 100% a potência elétrica
gerada quando comparado com os sistemas
convencionais.
O programa apresentado neste trabalho
permite uma rápida avaliação do potencial
energético de um curso d’água a partir dos valores
da sua vazão média e do desnível útil, considerando
o uso de geradores e turbinas modernos de alto
rendimento eletromecânico para pequenas potências,
disponíveis atualmente no mercado.
CONSIDERAÇÕES
TÉCNICAS E PRÁTICAS
Os detalhes técnicos e práticos mais
importantes a serem considerados na instalação de
uma microcentral hidrelétrica são os seguintes:
- Para melhor aproveitamento da queda
d’água pode-se fazer um reservatório onde a água
não utilizada em um dado período possa ser
armazenada para as horas de maior consumo.
- A obtenção da vazão média de um
determinado córrego pode ser feita facilmente
enchendo-se tambores de 200 litros, com o auxílio
de uma calha, e registrando-se o tempo em segundos
para cada enchimento. Calcula-se a vazão média em
litros por segundo. Repetem-se as medidas por 10
vezes.
- É bom ter-se um histórico de no mínimo
20 anos da queda d’água, principalmente na época
da seca, para se saber a potência mínima fornecida
pela quedad’água.
- É importante o conhecimento dos
conceitos fundamentais relativos ao aproveitamento
da energia mecânica que podem fornecer as quedas
d’água (proporcional ao volume da água disponível e
ao desnível da queda), e desta forma, conhecer a
máxima potência elétrica que pode ser gerada.
- Uma vez realizados os primeiros cálculos,
será indispensável a orientação de um engenheiro ou
de um técnico especializado para a elaboração do
projeto definitivo, a execução das obras estruturais e
hidráulicas, a escolha, compra e instalação das
máquinas e demais acessórios necessários para a
captação da energia hidráulica e sua transformação
em elétrica de forma segura e eficiente.
- Uma vantagem do aproveitamento
hidráulico de baixa potência é a não necessidade de
concessão federal para a exploração de serviços de
produção de energia elétrica pelo aproveitamento de
quedas d’água, e de outras fontes de energia
hidráulica, quando a potência aproveitada for
inferior a 50 kW, seja qual for a destinação da
energia gerada (ABNT, 1997).
- Embora as instalações hidrelétricas rurais
para uso próprio sejam independentes das redes das
concessionárias convencionais, é conveniente que as
características da energia elétrica produzida sejam
iguais àquelas empregadas nas grandes
concessionárias. Isso facilitará a aquisição dos
motores, máquinas e quaisquer outros aparelhos
utilizados, pois se acharão normalmente presentes no
mercado.
- Como sabido, é de uso generalizado em
todo o Brasil a freqüência de 60 Hz. Por este motivo,
no caso em que se tenha que instalar um gerador de
corrente alternada, acionado diretamente no mesmo
eixo da turbina, a velocidade desta última deverá
corresponder aproximadamente àquela do gerador,
determinada pela freqüência de 60 Hz, ou seja, de
acordo com o número de pólos da máquina elétrica.
- Se a energia gerada tiver que ser
transportada por uma certa distância justificando o
emprego de transformadores, é conveniente que
estes correspondam às tensões, freqüência e
potências, padronizadas pelas fábricas para serem
facilmente encontrados no mercado. Identicamente, a
tensão dos ramais de serviços deverá obedecer
também às padronizadas, isto é, 440V 381/220V ou
220/127V 208/120V no caso de distribuição trifásica
e 220V, 127V ou 110V quando monofásica.
- Nas turbinas à ação a transformação é
total, na saída do injetor a água possui unicamente
energia cinética e praticamente encontra-se à pressão
atmosférica (MACINTYRE, 1983).
 
Gerador 
Turbina 
Pelton 
Reservatório 
d’água 
Tubulação 
Injetor 
Figura 1 – Esquema simplificado de uma micro-hidrelétrica com
turbina Pelton
- Na turbina Pelton da figura 1 o controle da
potência efetua-se regulando a vazão do jato
mediante um obturador de pino especial (obturador
Doble) que faz parte do injetor. Além deste
obturador, para regulagens rápidas, existe o
desviador que pode desviar rapidamente o jato de
água dirigido às pás independentemente do
mecanismo do obturador.
DEFINIÇÕES E CÁLCULOS
São apresentados a seguir alguns cálculos e
definições usados no programa (MACINTYRE,
1983).
A queda disponível numa instalação de
turbina é o desnível entre a superfície da água na
tomada e o nível de descarga do líquido no canal de
descarga, e a queda útil é a diferença entre a altura
correspondente à queda disponível e as perdas de
carga nos elementos da instalação externos à turbina.
A vazão é o volume em litros d’água que
passa pela turbina em um segundo.
A velocidade é o número de rotações da
turbina por segundo.
A potência teórica é aquela que a turbina
desenvolveria se o seu rendimento fosse igual a
unidade.
O cálculo da tubulação é feito de duas
formas, a primeira pelo método de Hazen Williams
(MACINTYRE, 1983) e o segundo baseia-se na
escolha em tabelas de tubulações fornecidas por
fabricantes de turbinas. A proximidade entre os
resultados dos dois métodos representa uma
segurança de cálculo. Como resultado, escolhe-se o
maior deles.
Para o cálculo da potência hidráulica deve-
se levar em conta as perdas hidráulicas mediante um
coeficiente de rendimento hh.
A potência efetiva é aquela que leva em
conta o rendimento volumétrico hv e o rendimento
mecânico hm, neste estão contabilizadas todas as
outras perdas exceto as hidráulicas e volumétricas.
O rendimento da turbina é a relação entre a
potência efetiva e a teórica e equivalente ao produto:
mvht hhhh = (1)
A potência bruta P em cv, isto é, a energia
que uma queda d’água pode fornecer por segundo, é
dada por:
75
QH
P = (2)
sendo H a altura da queda em m e Q a vazão d’água
em l/s.
A potência Pt na ponta do eixo de uma
turbina hidráulica de rendimento ht será:
75
QH
P tt h= (3)
Incluem-se em ht o rendimento dos
elementos hidráulicos e acessórios, como dutos
forçados, comportas, etc.
A potência elétrica Pg em cv disponível nos
terminais do gerador, cujo rendimento é hg, acoplado
à turbina será:
75
QH
P tgg hh= (4)
Se forem considerados as linhas de
transmissão e os transformadores que apresentam um
rendimento de transmissão hl, a potência disponível
no local de consumo será:
75
QH
P tgld hhh= (cv) (5.a)
102
QH
P tgld hhh= (kW) (5.b)
Para cálculos práticos aproximados,
considerando o gerador à plena carga, podem ser
adotados os seguintes valores de rendimentos:
ht = 0,80
hg = 0,95
hl = 0,92
Assim, a potência nos terminais Pg e a
potência disponível no local de consumo Pd em kW
serão:
Pg = 0,0075QH (6.a)
Pd = 0,0069QH (6.b)
DESCRIÇÃO DO PROGRAMA
A seguir, apresenta-se uma descrição
funcional do programa cujo fluxograma pode ser
visto na figura 2.
No bloco de entrada geral de dados entram-
se os seguintes valores: a vazão da queda d’água (em
l/s); a altura útil e o comprimento da tubulação (em
m); o valor da tensão do gerador (de 110V até
440V); a queda de tensão permitida entre o gerador e
o centro de consumo (em %); sistema monofásico ou
trifásico; distância entre o gerador e o centro de
consumo (em m).
No bloco de cálculos para turbinas Pelton,
avalia-se a potência instalada e faz-se a seleção da
tubulação adequada considerando-se a vazão, a
altura útil e o comprimento da tubulação adutora de
água. O dimensionamento dos condutores elétricos
para transmitir a energia até o centro de consumo é
obtido a partir do cálculo da potência e da queda de
tensão pelo método dos ampères ´ metros.
 Início 
2 
Deseja 
calcular? 
Entrada 
geral de 
dados 
Cálculos feitos 
para turbinas 
Pelton 
Novos 
cálculos? 2 
Saída 
geral de 
dados 
 Fim 
N 
S 
1 
1 
N 
S 
Figura 2 - Fluxograma do software HIDRWATT
Os cálculos são feitos para a turbina Pelton
com modo de instalação especial para uso em micro-
hidrelétrica com rendimento otimizado para as faixas
de altura vertical útil de 1,5 m a 22 m e vazão de 1,5
l/s a 100 l/s, utilizando alternadores de ímã
permanente de alto rendimento eletromecânico. Para
quedas d’água de maior volume com pouca altura
vertical, o programa fornece a opção para uso de
duas turbinas Pelton com um sistema de transmissão
para obtenção da rotação necessária ao bom
funcionamento do gerador.
No bloco de saída de dados, é gerado um
arquivo contendo, além dos de entrada, os seguintes
dados: área da seção transversal, comprimento e
número de fios; número e especificação de
disjuntores e fusíveis; queda de tensão calculada;
potência líquida; número de pólos do gerador;
rotação da turbina e do gerador; diâmetro da turbina
no ponto de incidência do jato; número de conchas
da turbina; diâmetro do injetor; diâmetro e
comprimento da tubulação; distância entre o gerador
e o centro de consumo; correntedo gerador.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
A tabela 1 apresenta os dados para um caso
em que o software HIDRWATT foi executado e
corresponde basicamente à interface textual com o
operador usada pelo programa na entrada. Os valores
em negrito significam os dados que o usuário digitou
antes de teclar ENTER. A tabela 2 apresenta os
dados obtidos após a execução do software
utilizando os dados mostrados na tabela 1 como
entradas e corresponde basicamente ao arquivo de
saída textual que o programa gera.
Como pode ser visto na tabela 2 o exemplo
escolhido para uma micro-hidrelétrica corresponde a
um caso de grande vazão d’água e baixa altura entre
a captação e o injetor.
Tabela 1 – Exemplo de entrada do programa.
DIMENSIONAMENTO DE MICROUSINAS HIDROELÉTRICAS
DIMENSIONAMENTO DA TURBINA PELTON, TUBULAÇÕES E
CONDUTORES ELÉTRICOS.
Para dados em disco, digite A:NOMEARQUIVO.DAT:
A:TURBINA1.DAT
DESEJA FAZER OS CÁLCULOS S(Sim) ou N(para Não):
S
ALTURA LÍQUIDA VERTICAL ENTRE A CAPTAÇÃO DA AGUA E
O INJETOR (em m):
3,5
VAZÃO MÉDIA DA QUEDA D’ÁGUA(em litros por
segundos): 80
COMPRIMENTO DA TUBULAÇÃO ENTRE A CAPTAÇÃO DA ÁGUA
E O INJETOR(em m):
9
DISTÂNCIA DO GERADOR AO CENTRO DE CONSUMO(em m):
240
NÚMERO DE FIOS (CONDUTORES) DO GERADOR AO CENTRO
DE CONSUMO – 2 OU 3:
2
DIGITE “MONOFÁSICO”: SISTEMA
MONOFÁSICO,“TRIFÁSICO”: SISTEMA TRIFÁSICO:
MONOFASICO
DIGITE UMA TENSÃO(110,127,208,220,380 OU 440):
110
DIGITE A QUEDA DE TENSÃO TOTAL DO GERADOR AO
CENTRO DE CONSUMO (2 A 8%):
5
Tabela 2 – Exemplo de saída do programa.
DIMENSIONAMENTO DE MICROUSINAS HIDROELETRICAS
DIMENSIONAMENTO DA TURBINA PELTON, TUBULACOES
E CONDUTORES ELETRICOS
CALCULOS PARA DUAS RODAS PELTON LIGADAS AO
MESMO EIXO COM UM INJETOR CADA OU PARA UMA
TURBINA PELTON COM DOIS BICOS INJETORES
ALTURA LIQUIDA VERTICAL ENTRE A CAPTACAO DA
AGUA E O INJETOR:(m)......................
VAZAO MEDIA DA QUEDA D'AGUA:(l/s)........
COMPRIMENTO DA TUBULACAO ENTRE A CAPTACAO DA
AGUA E O INJETOR:(m)....................
DIAMETRO DA TUBULACAO:(pol)................
DIAMETRO DA TUBULACAO:(mm).................
DIAMETRO DA TUBULACAO ADOTADA:(pol)........
DIAMETRO DE CADA INJETOR:(pol).............
DIAMETRO DE CADA INJETOR:(mm)..............
DIAMETRO DE CADA RODA PELTON NO PONTO DE
INCIDENCIA DO JATO D'AGUA:(mm).............
NUMERO DE CONCHAS DA RODA PELTON:..........
COMPRIMENTO DA PARTE INTERNA DA CONCHA:(mm)
LARGURA DA PARTE INTERNA DA CONCHA:(mm)....
PROFUNDIDADE DA PARTE INTERNA DA CONCHA(mm)
COMPRIMENTO DO RASGO DO JATO DA CONCHA:(mm)
PROFUNDIDADE DO RASGO DO JATO DA CONCHA(mm)
DIAMETRO DO ROTOR INTERNO AS CONCHAS:(mm)..
DIAMETRO DO ROTOR EXTERNO AS CONCHAS:(mm)..
ROTACAO DA TURBINA:(rpm)...................
SISTEMA DE ENERGIA:........................
TENSAO:(v).................................
POTENCIA LIQUIDA:(W).......................
*PARA ALTERNADOR CONECTADO AO EIXO DA TURBINA
POR POLIAS*
NUMERO DE POLOS:...........................
VELOCIDADE: (rpm)..........................
DIAMETRO DA POLIA DO ALTERNADOR:(mm).......
DIAMETRO DA POLIA DA TURBINA:(mm)..........
*PARA ALTERNADOR CONECTADO DIRETAMENTE AO
EIXO DA TURBINA*
NUMERO DE POLOS:...........................
VELOCIDADE:(rpm)...........................
POTENCIA LIQUIDA DO ALTERNADOR:(W).........
QUEDA DE TENSAO TOTAL PREVISTA DO GERADOR AO
CENTRO DE CONSUMO:(%)...................
DISTANCIA DO GERADOR AO CENTRO DE
CONSUMO:(m)................................
NUMERO DE CONDUTORES:......................
CORRENTE FORNECIDA PELO GERADOR:(A)........
BITOLA DOS FIOS:(mm2)......................
CORRENTE:(A)...............................
AMPERES X METROS CALCULADOS:(A.m)..........
AMPERES X METROS TABELA:(A.m)..............
QUEDA DE TENSAO CALCULADA:(%)..............
DISJUNTOR:(A)..............................
FUSIVEL:(A)................................
COMPRIMENTO DOS FIOS:(m)...................
SUGESTAO DOS APARELHOS ELETRICOS QUE PODEM
SER LIGADOS AO MESMO TEMPO
|6 LAMPADAS FLUOR 13W|
|1 TV+ANTENA 16'' COLORIDA|
|1 VENTILADOR|
|1 LIQUIDIFICADOR|
|1 FERRO DE 1000W|
|1 GELADEIRA DE 200W|
|1 APARELHO DE SOM|
|1 MAQUINA DE LAVAR DE 200W| OU
 |1 BOMBA D'AGUA CASEIRA|
3,5
80
9
16,6
421
2x12
2,55
64
800
37
146
168
53
67
21
685
978
225
monof.
110
2553,7
4
1800
100
800
32
225
2553,7
<= 5
240
2
23,22
50
134
5571
6625
4,2
125
100
528
Para este exemplo, devido à grande vazão e
a baixa altura entre a captação e o injetor, o
programa faz o cálculo para duas turbinas Pelton
idênticas e apresenta os dados referentes a uma
delas. Os dados da turbina seriam os mesmos caso o
usuário optasse por uma com dois bicos injetores. Os
parâmetros do gerador equivalem ao uso de uma ou
de duas turbinas e contabilizam a potência total.
Com a turbina à 225 rpm, para gerar tensão com
freqüência de 60 Hz, necessita-se de um gerador de
32 pólos se o seu eixo for acoplado diretamente ao
da turbina. Para usar um gerador de 4 pólos e manter
os 60 Hz necessitam-se de polias, cuja relação de
diâmetros calculada pelo programa é 8/1, para
acoplar os eixos do gerador e da turbina.
COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES
A geração de energia de micro-hidrelétricas,
além de causar menor impacto ecológico, é mais
barata e tem menor custo operacional do que a de
geradores movidos a diesel ou a gasolina que, só de
combustível gastam em um ano o valor do custo de
toda instalação das micro-hidrelétricas (SOUZA,
1983[1]). Essas características somadas ao fato de
sua rápida instalação representam grandes vantagens
para o usuário rural.
Para os órgãos governamentais a
eletrificação rural é cara, solicitando recursos que
poderiam ser investidos em outras áreas, por isso, o
consumidor rural deveria ser mais incentivado a
gerar eletricidade para seu próprio consumo, o que
até seria uma forma de fixar o homem no campo.
O programa elaborado mostrou-se de fácil
uso, exigindo mínimos recursos computacionais
facilmente encontrados atualmente, facilita os
cálculos para avaliação de viabilidade de
implantações de micro-hidrelétricas.
Feito para ser executado no DOS o
programa apresenta uma interface textual pouco
atrativa para o usuário. Isto pode ser resolvido
portando-se o código para uma linguagem visual,
como por exemplo DELPHI, o que pode dar a ele
uma interface para ser executada dentro do ambiente
WINDOWS, porém, isso faria com que ele perdesse
uma de suas principais vantagens que é a leveza.
Uma solução para o dilema é sem dúvida criar a
versão para WINDOWS e manter também a versão
para DOS funcionando.
É um programa que integra o cálculo da
tubulação adutora de água, o dimensionamento da
turbina, a especificação do gerador, o
dimensionamento das bitolas e comprimentos dos
condutores com as respectivas proteções, gerando
todas a informações a serem anexadas ao memorial
de cálculo, facilitando o orçamento do projeto.
Sendo por todos estes motivos, uma ferramenta de
baixo custo que pode contribuir para a popularização
da prática de implantação de micro-hidrelétricas,
permitindo um melhor aproveitamento do potencial
hídrico das regiões rurais do país.
PALAVRAS CHAVES
Micro-centrais hidrelétricas, micro-
hidrelétricas, eletrificação rural, turbina Pelton,
potencial hídrico, gerador elétrico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] SOUZA, T.M., Eletrificação Rural, Revista da
Engenharia, Faculdade de Engenharia da UFJF;
p.20; Dezembro; 1983.
[2] SOUZA, T.M., Microusinas Hidroelétricas:
Dados Técnicos, Cálculo da Potência e Custo da
Instalação, Revista da Engenharia; Faculdade de
Engenharia da UFJF; p.16-17; Dezembro; 1983.
[3] SOUZA, T.M., Tipos de Linhas de
Distribuição Elétrica Rural, Revista da
Engenharia; Faculdade de Engenharia da UFJF;
p.22; Dezembro; 1983.
[4] ELETROBRÁS, Manual de Microcentrais
Hidrelétricas; DNAEE – Ministério das Minas e
Energia; Rio de Janeiro; 1985.
[5] ALTERNADOR ALTERIMÃ,Catálogo de
Alternadores N.H.; Manhuaçu – MG; 2002.
[6] ABNT, Norma NBR 5410 – Instalações
Elétricas de Baixa Tensão –; Rio de Janeiro; 164p;
1997.
[7] MACINTYRE, A.J., Máquinas Motrizes
Hidráulicas; Editora Guanabara II; Rio de janeiro;
1983.

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