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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ANALÍTICA E FÍSICO-QUÍMICA PROFESSOR (A): ADRIANA NUNES CORREIA ALUNA: JACKELINE OLIVEIRA DE SOUZA CURSO: FARMÁCIA Determinação do coeficiente de viscosidade utilizando o viscosímetro de Ostwald-Fenske. Fortaleza, 2016 FINALIDADE Determinar as viscosidades relativa, dinâmica e cinemática dos soros fisiológico, caseiro e para reidratação oral, utilizando o viscosímetro de Ostwald. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Inicialmente, preencheu-se o viscosímetro com 10 mL de água, sendo uma quantidade suficiente para completar metade do volume do bulbo (A). Então, com o auxílio de uma pipeta, o líquido foi sugado até o bulbo (B), completando todo seu volume, passando até o bulbo (C), sendo preenchido até completar o seu volume. Tirou-se a pipeta e cronometrou-se três vezes o tempo de escoamento pelo bulbo (B). Os tempos foram registrados para que então a água pudesse ser descartada e o teste fosse feito, agora com o soro fisiológico. O procedimento foi repetido com os demais soros disponíveis, sendo que foram feitas ambientações na troca de um soro para outro. A B C RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram realizadas três medições de tempo de escoamento dos líquidos analisados como forma de minimizar fontes de erros do tipo analista, uma vez que o observador pode influenciar diretamente nos resultados, no caso da cronometragem. Os tempos foram registrados para cada amostra e, a partir disso, foi feita uma média aritmética desses valores que estarão descritas na tabela 01. Tendo em mãos o tempo médio de escoamento de cada amostra, foi possível calcular a densidade relativa de cada uma, utilizando a seguinte equação: 𝜂𝑟𝑒𝑙 = 𝜌1.𝑡1 / 𝜌2.𝑡2 ρ1: massa específica da amostra; 𝑡1 : tempo médio de escoamento da amostra; ρ2: massa específica da água; 𝑡2 : tempo médio de escoamento da água. Usando os dados de viscosidade relativa, foi possível calcular a viscosidade dinâmica de cada amostra, usando a equação: 𝜂 = 𝜂𝑟𝑒𝑙 × 𝜂𝐻2𝑂 Em que: ᶯrel: viscosidade relativa da amostra; ᶯágua: viscosidade dinâmica da água na temperatura do experimento, em cP. Por fim, será calculada a viscosidade cinemática usando os valores de viscosidade recém descobertos, dada a equação: 𝜐 = 𝜂/𝜌 Onde: 𝜂: viscosidade dinâmica da amostra, em cP; 𝜌: massa específica da amostra, em g/cm³. Os valores das massas específicas dos soros foram os encontrados na prática sobre picnometria e usados nos cálculos de determinação da viscosidade cinemática A temperatura ambiente na hora do experimento era igual a 26ºC e a viscosidade depende da temperatura. - Viscosidade padrão (H2O): 0,8705 cP - = 0,99679 g/cm³ Soro fisiológico (SF) Soro para reidratação oral (SRO) Soro caseiro (SC) Água Tabela 01- tempo de escoamento das amostras, viscosidade relativa, dinâmica e cinemática das amostras analisadas a 26°C 𝒕1/s 𝒕2/s 𝒕3/s 𝒕 / s ᶯrel ᶯ/ cP ᶹ/cS𝒕 Água 11,94 12,91 11,78 11,88 - 0,8705 0,8733 SF 12,19 12,16 12,16 12,17 1,035 0,9009 0,8942 SRO 12,66 12,62 12,56 12,61 1,078 0,9384 0,9264 SC 12,85 12,91 12,97 12,91 1,108 0,9645 0,9486 Dentre as amostras analisadas, o soro caseiro apresentou os maiores valores de viscosidade, enquanto a água, os menores. Isso pode ser justificado pela quantidade de moléculas presentes em cada solução. Quanto maior o número de moléculas em solução, maior a possibilidade de interação delas com a parede do recipiente e consequentemente, maior o coeficiente de viscosidade apresentado, oriundo do atrito presente entre a camada de líquido e a parede do recipiente. O soro fisiológico apresenta apenas cloreto de sódio em sua composição, e por conta disso, apresenta íons dissociados em solução aquosa. Já o soro para reidratação oral apresenta glicose (em maior quantidade), cloreto de sódio, citrato de sódio e cloreto de potássio. Percebem-se que há mais moléculas presentes em solução, então as interações com as paredes serão mais frequentes, provocando um maior atrito e um maior coeficiente de viscosidade, comparado ao da água e do soro fisiológico. A sacarose é o principal constituinte do soro caseiro. Por ser uma molécula grande, de grande peso molecular e estar em maior concentração por litro de solução que os outros soros, ela garantiu ao soro caseiro os maiores valores de viscosidades apresentados na análise. Além disso, esse soro apresentou o maior tempo de escoamento, o que reforça ainda mais o fato dele ser o líquido mais viscoso dentre as amostras. CONCLUSÃO Com base nos resultados, foi possível determinar a viscosidade das amostras e pôde-se notar que a viscosidade nos soros varia conforme a quantidade de moléculas presentes em solução: quanto maior o número de moléculas, maior a interação das mesmas com a parede, maior a resistência do líquido ao movimento, devido ao atrito, provocando um maior tempo de escoamento e consequentemente, um maior coeficiente de viscosidade. REFERÊNCIAS http://www.prolab.com.br/blog/o-que-e-viscosidade-de-um-fluido/ http://coral.ufsm.br/gef/Fluidos/fluidos16.pdf http://www.omel.com.br/artigos-tecnicos/escola-de-bombas/artigos-tecnicos/viscosidade/ LEHNINGUER, A.; NELSON, D.L.; COX, M.M. Principios de Bioquimica 5a Ed. Sao Paulo: Sarvier, 2011. 1304p. BROWN, T. L.; LEMAY, Jr, H. E.; BURDGE, J.R. Química: a Ciência Central. 9ª Ed. São Paulo: Pearson, 2005. 963p.
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