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Copy of APPs de Topo de Morros

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APPs de Topo de Morros
João Pedro S. M. de Faria Santos
Rafael Lima 
Topos de morro 
Topo de morros, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25º, as áreas delimitadas a partir da curva de nível corresponde a ⅔ (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação a base, sendo definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d'água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação ( Código Florestal 2012)
Fonte: ACOMAD
O valor de 100 metros de altura começa a ser medido a partir do ponto de sela entre relevos 
Lei Federal Nº 4.771/65 - Antigo código florestal
CONAMA 303/02 que regula o código - controvérsia gerada sobre a demarcação das AP’s de topos de morro provém da definição de “Base de morro ou montanha” (Inciso VI do art. 2°)
Lei Federal nº 12.651/12 faz alterações nos critérios da CONAMA 303 envolvendo a declividade (de 17º para 25º graus) e de altura (cota do topo em relação a base) para enquadramento como morro (100 metros ao invés de 50 metros). Essas alterações são consideradas por Varjabedian e Mechi (2013) como arbitrárias e permissivas sendo a Lei condenada por padecer de fortes deficiências conceituais e científicas, não fornecendo a proteção necessária para as APP’s.
LEGISLAÇÃO
Resolução INEA Nº 93 de 24 de Outubro de 2014. 
Base Cartográfica IBGE/SEA 1:25.000 deve ser 10m;
Definição de áreas de escoamento superficial (AESF) - ou base hidrológica
As áreas de preservação permanente de topo de morro serão calculadas para as AESF que conjugarem altura superior a 100 m e inclinação média maior que 25°, a partir da diferença entre a célula com maior valor de elevação (topo) e o valor correspondente a 1/3 da altura em cada AESF. 
LEGISLAÇÃO
A metodologia empregada para mapear as APPs de topo de morro segundo as novas normas do Código Florestal Brasileiro foi a de se utilizar as novas tecnologias em SIG. Neste trabalho foi utilizado o ArcGIS por suas ferramentas de geoprocessamento e funções matemáticas. A outra base é um MDE RASTER com resolução espacial de aproximadamente 30m , mas o modelo a seguir pode ser utilizado também em outras imagens de diferentes formatos desde que possuam dados altimétricos. 
METODOLOGIA
1. O MDE é primeiramente submetido ao comando FOCAL STATISTICS
2. MDE “filtrado” é conduzido ao comando FILL
3. Inverta o MDE original. Isto é, os pontos de topos se tornam fundos de vale e vice-versa.
Ferramenta: MINUS
(Valor ligeiramente maior do que o maior pixel) - MDE 
4. É gerado o raster de direção de escoamento
Ferramenta : FLOW DIRECTION
5.delimitar as bacias de drenagem relativas a este escoamento invertido
Ferramenta : BASIN
6. Transforme a imagem raster em polígono 
Ferramenta: RASTER TO POLYGON
7. Em seguida transforme em linhas 
Ferramenta: FEATURE TO LINE
8. Cria-se um raster com os valores máximos das linhas 
Ferramenta: ZONAL STATISTICS
9. Busque as células do MDE original, as quais contivessem o mesmo valor, resultando em uma matriz que foi reclassificada.
Cada ponto azul representa o valor máximo do MDE em relação àquela bacia.
Ferramenta: RASTER CALCULATOR
10. Reclassifique a matriz para 1
Ferramenta: RECLASSIFY
11. Converta para pontos vetoriais 
Ferramenta: RASTER TO POINT
12. Adicione as informações do MDE original aos pontos
Ferramenta: ADD SURFACE INFORMATION 
13. O arquivo com os polígonos das bacias (que representa a base hidrológica dos morros) é utilizado na função ZONAL STATISTICS como zona para retornar valores máximos do MDE original.
14. De maneira análoga ao que foi feito para os pontos de sela, calcula-se onde esses valores máximos são iguais ao MDE original. 
Satisfaz a equação = 1 Não satisfaz a equação = 0
Ferramenta: RASTER CALCULATOR
15. Reclassifique o resultado obtido para “excluir” os valores que não representam o máximo de cada morro.
Ferramenta: RECLASSIFY
16. Converta para ponto
Ferramenta: RASTER TO POINT 
17. Adicione a cada ponto a informação correspondente de altitude do MDE original
Ferramenta: ADD SURFACE INFORMATION
18. Para os arquivos de pontos de sela e topo, utilizou-se o comando GENERATE NEAR TABLE 
19-20. Adicione a esta tabela as altitudes dos pontos de sela e topos (JOIN FIELD)
Z_topo e Z_cela
21. Tendo sido obtidos o ponto de topo, o ponto de sela mais próximo e suas respectivas altitudes, basta subtrair as mesmas para ter a diferença de nível entre o topo e a base, que segundo a Lei deve ser superior a 100m (ADD FIELD)
22. CALCULATE FIELD
23. Resgate o shapefile das bases hidrológicas dos morros (BASIN) e adicionamos à sua tabela de atributos a informação dos pontos de topo e pontos de sela presentes no shapefile dos topos de morro 
24. transforme o arquivo para raster determinando que o campo contendo a altitude do ponto de cela seja o valor das células.
ferramenta: POLYGON TO RASTER
25. Subtrai-se a altitude do ponto de sela do MDE. Seleciona-se as células, em que esta diferença é igual ou superior a zero
Ferramenta: RASTER CALCULATOR
26. Reclassifique as células do passo anterior.
Ferramenta: RECLASSIFY 
27. Converta para o formato vetorial 
Ferramenta: RASTER TO POLYGON 
27/1. Declividade em percentagem (%), ferramenta SLOPE.
Próxima etapa: Selecionar topos de morros que atendam o disposto em Lei 
28. Para determinar se a altura do topo em relação à base é superior a 100m, primeiramente calcula-se o valor de altitude máxima de cada polígono que representa a base legal do morro.
Ferramenta: ZONAL STATISTICS
(MAX sobre o MDE original)
29.selecione as células em que a diferença entre o valor máximo calculado e a altitude do ponto de sela é igual ou maior que 100m
Ferramenta: RASTER CALCULATOR
30. selecione a base do morro como zona e calcule a média da declividade naqueles locais
Ferramenta: ZONAL STATISTICS
31. Reclassifique de modo em que todas as células com valor maior que 24.99 sejam 1 e todos os outros valores sejam “NoData” 
Ferramenta: RECLASSIFY
32. Multiplique os rasters do moros acima de 100 metros e com mais de 25º de inclinação 
Ferramenta: TIMES
33. A determinação do terço superior é realizada calculando-se a diferença entre a altitude de cada célula no MDE e a altitude da base do morro
Ferramenta RASTER CALCULATOR
34. Calcula-se a estatística zonal range da base legal do morro no MDE original para obter a abrangência da altitude nestes locais, gerando o raster
Ferramenta:ZONAL STATISTICS
35. Execute o cálculo “mde_min / range_morro >= 0.667”, resultando um raster (“terço_superior”) onde o valor 1 representa o terço superior de todas as bases legais dos morros.
Ferramenta: RASTER CALCULATOR
36. Multiplique o raster dos Morros multiplicados pela ferramenta Times pelo Raster do terço superior 
Ferramenta:TIMES
37. Converta o arquivo raster para polygon.
Ferramenta: RASTER TO POLYGON
Comparação entre as áreas de APP de topo de morro delimitadas com a mudança de legislação
Delimitação da APP de Topo de Morro na Serra da Pedra Azul, Espírito Santo 
(Lei Federal 4771/65 e Resolução CONAMA 303/2002)
Área total das APP´s = 1.253,30 ha
Delimitação da APP de Topo de Morro na Serra da Pedra Azul, Espírito Santo
(Lei 12.651/2012) 
Área total das APP´s = 34,09 ha
Bibliografia:
Guilherme de Castro Oliveira e Elpídio Inácio Fernandes Filho, Metodologia para delimitação de APPs em topos de morros segundo o novo Código Florestal brasileiro utilizando sistemas de informação geográfica. UFV, 2013.
Roberto Varjabedian e Andréa Mechi, As APPS DE TOPO DE MORRO E A LEI 12.651/12, 14º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental, 2013.

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