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REVISTA ABTP Vol. 4 N 1 cirurgia para morton

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Resumo
Objetivo: Avaliar pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de ressecção de neuroma 
de Morton, pela via plantar, utilizando a escala da American Orthopaedic Foot and Ankle 
Society (AOFAS) no pré e pós-operatório. Métodos: Foram submetidos à cirurgia de res-
secção de neuroma de Morton por via plantar 66 pacientes (70 pés), sendo 11 (16,7%) do 
sexo masculino e 55 (83,3%) do sexo feminino, 26 (39,4%) pacientes com o lado direito 
acometido, 36 (54,5%) do lado esquerdo e 4 (6,1%) bilateral. Foram 5 (7,2%) neuromas do 
segundo espaço intermetatarsiano, 49 (70%) no terceiro espaço e 16 (22,8%) com envolvi-
mento do segundo e terceiro espaços. A idade variou entre 18 e 80 anos (média=51,8 anos). 
O período de acompanhamento variou de 12 a 62 meses. Resultados: Foram encontrados 
como variação média dos critérios da AOFAS 60 pontos no pré-operatório e 83,6 pontos 
no pós-operatório. Foram considerados excelentes resultados em 77% dos pacientes, bons 
resultados em 17% dos pacientes, 6% com resultado regular e nenhum com resultado con-
siderado mau. Como complicações ocorreram três (4,29%) casos de recidiva do neuroma, 
um (1,42%) caso de infecção e oito (11,42%) de dor residual. Conclusão: O tratamento 
cirúrgico do neuroma de Morton por via plantar demonstra resultados comparáveis aos das 
demais técnicas descritas na literatura, sendo uma boa opção terapêutica para a enfermida-
de. A escala AOFAS parece ser factível de ser aplicada para avaliação de resultados.
Descritores: Neuroma/cirurgia; Doenças do pé/cirurgia; Procedimentos cirúrgicos 
operatórios 
Abstract
Objective: Assessing patients submitted to the surgical treatment of Morton’s neuroma 
resection, through plantar port, using American Orthopaedic Foot and Ankle Society (AO-
FAS) scale before and after surgery. Methods: 66 patients (70 feet) were submitted to the 
surgical resection of Morton’s neuroma through plantar port, being 11 (16.7%) male and 
55 (83.3%) female, 26 (39.4%) patients with the right side rushed, 36 (54.5%) with the left 
side and 4 (6.1%) bilaterally. There were 5 (7.2%) neuromas in the second intermetatarsal 
space, 49 (70%) in the third space and 16 (22.8%) with the involvement of the second e 
third spaces. The age ranged through 18 and 80 years old (median=51.8 years). The time 
of follow-up ranged from 12 to 62 months. Results: We have found as median variation 
Trabalho realizado no Serviço de Cirurgia de Pé e Tornozelo da COT Martagão – Salvador (BA), Brasil
1 Responsável pelo Serviço de Cirurgia de Pé e Tornozelo da COT Martagão – Salvador (BA), Brasil. 
2 Médico Residente Serviço de Cirurgia de Pé e Tornozelo da COT Martagão – Salvador (BA), Brasil. 
3 Médico do Grupo de Cirurgia do Pé e Tornozelo da COT Martagão – Salvador (BA), Brasil.
4 Chefe do Serviço de Residência em Ortopedia da COT Martagão – Salvador (BA), Brasil. 
Correspondência
Marcus Vinicius Mota Garcia Moreno 
Rua Juracy Magalhães Junior, 296, Sala 210 – Rio Vermelho
CEP: 44025-260 – Salvador (BA), Brasil
Tel: (71) 2102-4400
Data de recebimento 
15/3/10
Data de aceite
29/5/10
Artigo originA l
Tratamento cirúrgico do neuroma de Morton por via plantar 
transversa: avaliação de resultados pela escala AOFAS
Surgical treatment of Morton’s neuroma through transverse plantar port: results 
assessment by AOFAS scale
Marcus Vinicius Mota Garcia Moreno1, José Eduardo Freire Castello Branco de Araujo2, Mauro de Freitas Fortes Filho2, 
Walter Pettersen Júnior2, Túlio Eduardo Vieira Marçal3, Marilton Jorge Torres Gomes3, Luis Schiper4
Rev ABTPé. 2010; 4(1): 13-9.14
Tratamento cirúrgico do neuroma de Morton por via plantar transversa: avaliação de resultados pela escala AOFAS
of AOFAS criteria 60 points before surgery and 83.6 points after surgery. Excellent results were considered in 77% of the patients, good 
results in 17% of the patients, 6% with regular results and none result considered bad. As complications, there were three (4.29%) cases of 
neuroma’s recidivation, one (1.42%) case of infection and eight (11.42%) of residual pain. Conclusion: The surgical treatment of Morton’s 
neuroma through plantar port demonstrates results comparable to the others techniques described in the literature, being a good therapeu-
tical option to the disease. The AOFAS scale seems to be useful to be applied to assessment of the results.
Keywords: Neuroma/surgery; Foot diseases/surgery; Surgical procedures, operative 
INTRODUÇÃO
Dor no antepé é uma razão comum para procura de tra-
tamento médico(1). O termo “metatarsalgia” tem sido usado, 
nas das últimas décadas, com abrangência muito diversa por 
parte de diferentes autores. Alguns usam-no para referir-se 
apenas às manifestações dolorosas sob os metatarsais cen-
trais, outros estendem o conceito a todo o metatarso, in-
cluindo alterações do primeiro e do quinto raios, que levam 
a dores no antepé, principalmente, mas não exclusivamente 
de localização plantar(2). 
 A formação de um neuroma, em um nervo digital, antes 
de seu ponto de bifurcação sob o ligamento intermetatar-
sal transverso, está relacionada à dor importante na região 
plantar e irradiação para os dois pododáctilos corresponden-
tes(3). Os sintomas clínicos associados a neuroma interdigital 
foram inicialmente relatados por Civinni, em 1835, e, mais 
tarde, por Durlacher, em 1845. Apesar de Morton erronea-
mente atribuir esta condição a uma “afecção da articulação 
metatarsofalangeana”, seu nome é mais comumente asso-
ciada à lesão(4).
Macroscopicamente, o neuroma apresenta um alarga-
mento fusiforme do nervo digital plantar em sua bifurcação. 
Na microscopia, encontram-se: fibrose perineural, número 
aumentado de arteríolas intrafasciculares com paredes es-
pessas e hialinizadas causadas por múltiplas camadas de 
membranas basais, desmielinização e degeneração das fi-
bras nervosas com uma diminuição no número de axônios, 
edema endoneural, ausência de alterações inflamatórias e 
presença frequente de tecido bursal acompanhando o es-
pécime. Infiltração leucocitária foi encontrada em 50% dos 
espécimes(5,6).
O neuroma de Morton, clinicamente, é caracterizado 
por uma sintomatologia de dor no antepé, a qual tem 
fator de melhora com a retirada do calçado e usualmente 
massageamento dos dedos. Apresenta ainda irradiação 
para os dedos, acompanhada ou não de fenômenos pa-
restésicos nas áreas inervadas pelos ramos nervosos en-
volvidos, com dor tipo queimação, piorando com a per-
sistência com o uso dos calçados “antifisiológicos”(5,7). 
Durante o exame físico, ao se realizar a palpação, é en-
contrado o sinal de Mulder, no qual o examinador rea-
liza uma compressão látero-lateral do antepé na região 
das cabeças metatársicas com uma mão, enquanto a ou-
tra mão do examinador comprime o espaço acometido 
na região plantar relativo ao espaço intermetatarsal. Esse 
teste pode produzir dor e clique palpável ou estalido e 
ressalto doloroso (Mulder positivo) causados pelo des-
locamento do neuroma de Morton, quando as cabeças 
são comprimidas sobre o nervo interdigital espessado 
durante seu movimento pelo ligamento intermetatarsal 
transverso(5-12).
O diagnóstico diferencial do neuroma de Morton en-
volve as radiculopatias lombares, síndrome do túnel do tar-
so, fratura por estresse dos ossos metatársicos, calosidades 
plantares associadas a dedos em martelo ou em garra, doen-
ça de Freiberg, neurites periféricas e neuropáticas, bursites 
intermetatársicas, artrite reumatoide, e tumores ósseos e de 
partes moles do antepé(5,6).
O tratamento do neuroma de Morton é inicialmente 
conservador. Na falha deste, o tratamento cirúrgico está in-
dicado. Diversas vias de acesso são utilizadas, entre elas a 
dorsal, a plantar longitudinal e a plantar transversa fora da 
área de carga(1,4,5,7,13-17).
O objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados obti-
dos de pacientes submetidosa tratamento cirúrgico de res-
secção de neuroma de Morton, pela via plantar, utilizando a 
escala de avaliação dos pequenos dedos desenvolvida pela 
American Orthopaedic Foot and Ankle Society (AOFAS) e 
sua comparação no pré e pós-operatório.
MÉTODOS
Foram avaliados 66 pacientes (70 pés) sendo que 36 
pacientes (54,6%) apresentavam neuromas apenas no 
pé esquerdo, 26 (39,4%) apenas no pé direito e 4 (6%) 
em ambos os pés. Em relação ao sexo, 55 eram mulheres 
(83,3%) e 11 homens (16,7%). A idade variou entre 18 e 
80 anos. A incidência de neuromas somente no 3o espaço 
interdigital foi de 49 (70%) casos; somente no 2o espaço 
Rev ABTPé. 2010; 4(1): 13-9.
Moreno MVMG, Araujo JEFCB, Fortes Filho MF , Pettersen Júnior W , Marçal TEV, Gomes MJT, Schiper L
15
foram 5 (7,14%) casos e nos 2o e 3o espaços concomitante-
mente foram 16 (22,86%) casos. Os pacientes foram sub-
metidos ao procedimento cirúrgico devido à falha do trata-
mento conservador inicial entre Novembro de 2002 e Maio 
de 2007, e o tempo de acompanhamento variou entre 12 e 
62 meses, com média de 27,2 meses. Foi escolhida a via de 
acesso plantar transversa visando a uma abordagem segura 
quanto à localização do nervo, com incisão fora da zona 
de carga e cosmética. O paciente foi colocado em decúbito 
dorsal e submetido à raquianestesia Os tempos cirúrgicos 
dessa técnica são resumidos a seguir:
•	 aplicação	de	torniquete	com	faixa	de	Esmarch na pan-
turrilha ou garrote pneumático na raiz da coxa;
•	 incisão	transversa	distal	à	zona	de	carga,	na	região	cor-
respondente ao espaço acometido. Segue-se com uma 
dissecção do tecido celular subcutâneo e do ligamento 
transverso superficial, com identificação do feixe váscu-
lo-nervoso e posterior isolamento do nervo (Figura 1);
•	 ressecção	 distal	 e	 proximal	 do	 nervo	 acometido,	 sem	
necessidade de abertura do ligamento transverso pro-
fundo;
•	 a	hemostasia	do	local	da	incisão	e	o	inventário	da	cavi-
dade são válidos para a prevenção da formação de he-
matoma no pós-operatório e localização de lesões as-
sociadas;
•	 fechamento	 por	 planos	 e	 aplicação	 de	 curativo	 com-
pressivo até o primeiro curativo pós-operatório, o qual 
ocorre após uma semana.
Os pacientes recebem alta hospitalar no dia seguinte ao 
ato cirúrgico, sendo os pontos retirados com três semanas 
de pós-operatório, o qual é de aproximadamente dez dias 
de supressão total de carga e elevação do membro operado, 
com uso médio por quatro semanas de calçado tipo Barouk, 
até o retorno às atividades habituais.
Os pacientes foram avaliados no pré-operatório segun-
do a escala AOFAS para pequenos dedos (Tabela 1) e nova-
mente no pós-operatório de pelo menos um ano. Para ava-
liação dos resultados foi utilizada uma classificação como 
“mau”, “regular”, “bom” e “excelente”, segundo os pontos 
obtidos na escala AOFAS pelos critérios descritos por Mann 
et al. e apresentados na Tabela 2(8).
Tabela 1- Escala de avaliação dos pequenos dedos (AOFAS)
Total 100 pontos
Parâmetro Pontos
1. Dor (40 pontos)  
Nenhuma 40
Leve, ocasional 30
Moderada, diária 20
Intensa, quase sempre presente 0
2. Função (45 pontos)  
2.1. Limitação das atividades e necessidades de suportes  
Sem limitações, sem suportes 10
Sem limitações às atividades diárias, limitação recreação, sem 
suportes
7
Limitação de atividades diárias e recreacionais, bengala 4
Limitação importante de atividades diárias, muletas, andador, 
cadeira ou órtese
0
2.2. Calçados  
Da moda, convencionais sem necessidade de palmilhas 10
Sapatos confortáveis ou palmilhas 5
Sapatos especiais ou órteses 0
2.3. Mobilidade de metatarsofalângica (flexão+extensão)  
Normal ou restrição leve (75º ou mais) 10
Restrição moderada(30 a 74º) 5
Restrição intensa (menor que 30º) 0
2.4. Mobilidade de interfalângica (flexão plantar)  
Sem restrição 5
Restrição Intensa (menos que 10º) 0
2.5. Estabilidade da metatarsofalângica e interfalângica (todas as direções)  
Estável 5
Instável 0
2.6. Presença de calosidade (metatarsofalângica ou interfalângicas)  
Sem calo ou hiperqueratose indolor 5
Presença de calosidade dolorosa 0
3. Alinhamento (15 pontos)  
Bom – pequenos dedos bem alinhados 15
Regular – pequenos dedos ligeiramente desalinhamentos, sem 
sintomas
8
Mau – desalinhamento flagrante e sintomático 0
Fonte: Kitaoka HB, Alexander IJ, Adelaar RS, Nunley JA, Myerson M S. Clinical 
rating systems for the ankle-hindfoot, midfoot, hallux, and lesser toes. Foot Ankle. 
1994;15(7):349-53(9).
Tabela 2 - Classificação 
Avaliação de resultados
Mau 0-30
Regular 31-70
Bom 71-90
Excelente 91-100
Fonte: Mann RA, Holmes GB, Seale KS, Collins DN. Chronic rupture of the Achilles 
tendon: a new technique of repair. J Bone Joint Surg Am. 1991;73(2): 214-9(8).Figura 1. Incisão transversa distal à zona de carga e isolamento do nervo.
Rev ABTPé. 2010; 4(1): 13-9.16
Tratamento cirúrgico do neuroma de Morton por via plantar transversa: avaliação de resultados pela escala AOFAS
AOFAS2
AOFAS1
65
63
61
59
57
55
53
51
49
47
45
43
41
39
37
35
33
31
29
27
25
23
21
19
17
15
13
11
9
7
5
3
1
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Gráfico 5- Escala AOFAS no pré e pós-operatório. 
AOFAS1: pré-operatório; AOFAS2: pós-operatório (12 a 64 meses).
RESULTADOS
Os resultados referentes à idade (Gráfico 1), ao sexo (Grá-
fico 2), ao lado (Gráfico 3) e ao espaço (Gráfico 4) em que se 
encontrava o neuroma, e valores referentes a escala AOFAS no 
pré-operatório (AOFAS1) e a escala AOFAS no pós-operatório 
(AOFAS2) estão presentes na Tabela 3 e Gráfico 5. Aplican-
do-se os critérios de avaliação dos valores de cada paciente, 
encontram-se classificados como “excelente” os resultados de 
3% 
12% 
29% 
33% 
20% 
3% 
18 a 30 
31 a 40 
41 a 50 
51 a 60 
61 a 70 
71 a 80 
Gráfico1 - Distribuição de acordo com a faixa etária.
16,70%
83,30%
Homens
Mulheres
Gráfico 2 - Distribuição de acordo com o sexo dos pacientes.
39,40%
54,60%
6%
Lado direito
Lado esquerdo
Bilateral
Gráfico 3 - Lado do neuroma.
70,00%
7,14%
22,86%
3º espaço
2º espaço
3º e 2º
Gráfico 4 - Espaço intermetatársico.
17% dos casos, como “bom” os resultados de 77% dos casos 
e como “regular” os resultados de 6% dos casos. Não foi en-
contrado nenhum “mau” resultado (0%) (Gráfico 6).
Como complicações do método ocorreram dor residual 
em oito pacientes (11,42%), três recidivas (4,28%) e ape-
nas um caso apresentou infecção de ferida cirúrgica (1,42%) 
que foi adequadamente tratada com antibioticoterapia oral 
e curativos, evoluindo de forma satisfatória e, atualmente, 
encontra-se bem.
Rev ABTPé. 2010; 4(1): 13-9.
Moreno MVMG, Araujo JEFCB, Fortes Filho MF , Pettersen Júnior W , Marçal TEV, Gomes MJT, Schiper L
17
DISCUSSÃO
No tratamento inicial do neuroma de Morton, foram 
instituídas mudanças de hábitos, envolvendo o uso de calça-
dos fisiológicos associado ao uso de anti-inflamatórios não-
hormonais e fisioterapia, com o objetivo de alongamento da 
fáscia plantar e musculatura flexora dos dedos, associado ao 
ultrassom(11-19). Palmilhas para supressão da carga na região 
metatarsal acometida, com barra retrocapital (suporte de 
arco), podem ser usadas como coadjuvantes. O uso de inje-
ção esteroide ou mistura de preparado de hidrocortizona e 
anestésico local, com finalidade de alívio da dor, porém com 
duração do efeito de semanas a meses, é controverso, entre 
outros motivos, devido à atrofia cutânea e às alterações de 
pigmentação(5,7,20-26).
Quando o tratamento conservador falha, outros mé-
todos podem ser utilizados, incluindo neurólise e libe-
ração cirúrgica do ligamento metatarsal transverso para 
descompressão. A ressecção cirúrgicado neuroma e do 
segmento envolvido do nervo é o tratamento que conduz 
aos melhores resultados segundo vários autores, podendo 
ser realizado por via plantar ou dorsal. A incisão plantar 
longitudinal tem sido reservada aos casos de neuroma 
recidivado. Entretanto, foi descrita uma incisão plantar 
transversa fora da área de carga. A vantagem da incisão 
plantar, em seu sentido transversal fora da área de car-
ga, é que ela evita que o peso corpóreo seja transmitido 
à superfície plantar das cabeças metatarsais, resultando 
em uma cicatriz menos dolorosa, além de esteticamente 
menos evidente. No intraoperatório, há ainda uma maior 
segurança na abordagem, não havendo necessidade de re-
alizar a liberação do ligamento transverso profundo, uma 
vez que ocasiona a metatarsalgia por diástase dos ossos 
metatársicos(1,4-7).
Apesar de a literatura relatar bons resultados com o tra-
tamento cirúrgico, não há uma uniformidade quanto aos tra-
balhos que tentaram, de forma objetiva, por meio de alguma 
escala, quantificar e determinar os resultados obtidos(1,5-8,27-31).
0% 6%
77%
17%
Mau 
Regular
Bom
Excelente
Gráfico 6 - Graduação do resultado.
Tabela 3 - Pacientes com neuroma de Morton
Número Nome Idade Sexo Lado Espaço AOFAS1 AOFAS2
1 ARSS 67 F E 3° 70 88
2 ANS 32 F E 3° 66 90
3 MVSA 65 F E 3° 60 84
4 AMM 80 M E 3° 64 100
5 GBF 65 F D/E 3° 60 90
6 ACAF 49 M D 2° 55 78
7 AS 44 M E 3° 64 86
8 OGS 70 F E 3° 62 82
9 RMPS 61 F D 3° 68 93
10 ANS 44 F E 2° 50 76
11 RTM 68 M D 3° 62 78
12 LMSRB 47 F E 2°/3° 60 80
13 MOCV 53 F E 3° 55 92
14 LGQ 37 M E 3° 48 90
15 CBN 51 F D 3° 64 86
16 TBM 49 F E 2°/3° 60 80
17 MCBO 56 F D 3° 55 94
18 LMMS 61 F E 2°/3° 64 100
19 ARR 45 M E 3° 62 90
20 RGS 53 M E 3° 64 84
21 RAF 79 F E 3° 50 80
22 CBG 43 F E 2°/3° 60 82
23 AMOM 54 F D 3° 52 84
24 MNFS 51 F E 3° 54 60
25 ENSP 52 F D 3° 60 84
26 MSL 58 F E 3° 70 82
27 JLJA 52 F D 2°/3° 56 76
28 JASA 49 F D 2°/3° 60 84
29 JSS 47 F D 3° 58 82
30 RGMN 34 F D 2° 62 90
31 GTA 60 F D/E 3° 58 84
32 INC 65 F E 3° 64 88
33 NMSO 44 F D 3° 70 92
34 MOC 59 F D 3° 74 94
35 WJR 54 F E 3° 64 100
36 JSS 50 F E 3° 62 80
37 CCMM 52 F E 2°/3° 60 80
38 VOOS 55 F E 3° 64 78
39 NBM 61 F E 3° 60 90
40 PPS 42 F E 3° 44 50
41 CMBP 60 F D 3° 60 88
42 NDAR 54 F D 2°/3° 50 90
43 MGSD 57 F D 3° 56 88
44 CACC 48 F E 2°/3° 60 82
45 GGJ 40 M E 3° 70 90
46 PSST 18 F E 3° 72 90
47 GCL 41 M D 3° 74 95
48 RCNBA 55 F D 2°/3° 66 88
49 ZPGS 41 F E 2°/3° 60 90
50 JCPS 45 F D 3° 55 86
51 JSR 49 F E 3° 68 90
52 JCAS 40 M D 3° 60 92
53 SPMCO 33 F D 2° 64 84
54 MGNM 65 F D 3° 70 86
55 LMIA 50 F D 3° 68 90
56 MIVS 60 F D/E 3° 56 76
57 AMCR 66 M E 3° 50 80
58 JNS 59 F E 2°/3° 68 90
59 UINS 66 F E 2°/3° 62 88
60 WMR 67 F E 2°/3° 58 82
61 CSC 31 F E 3° 50 60
62 LSC 23 F E 3° 66 90
63 EDM 60 F D/E 2°/3° 60 92
64 RMLML 59 F D 2°/3° 54 60
65 SSSL 36 F D 2°/3° 58 74
66 LMT 42 F D 3° 64 86
AOFAS1: pré-operatório; AOFAS 2: pós-operatório (no mínimo 12 meses).
Rev ABTPé. 2010; 4(1): 13-9.18
Tratamento cirúrgico do neuroma de Morton por via plantar transversa: avaliação de resultados pela escala AOFAS
Existe um maior número de pacientes acometidos do 
sexo feminino com tendência maior a partir da quinta déca-
da de vida predominando no terceiro espaço intermetatarsal. 
Isso se deve possivelmente ao uso de sapatos “antifisioló-
gicos” caracterizados por uma câmara anterior estreita, re-
sultando em uma hiperextensão da articulação metatarso-
falângica, a qual favorece a compressão do nervo contra o 
ligamento intermetatársico, potencializado por um compar-
timento posterior elevado, presente nesses sapatos(3,5-7).
Apesar de haver concordância na literatura quanto à pre-
valência de pacientes do sexo feminino, essa relação diver-
ge na literatura. Womack et al.(27) relatam 11:1 mulheres em 
relação a homens ; Villas et al.(28) relatam 49:1 ; Barbosa et 
al. (7), 5:1 ; Barroco et al.(6), 6:1 ; Napoli et al.(29), 6:1 ; Nery et 
al.(5), 6,5:1; Gomez et al.(30), 4:1; Coughlin et al.(4), 4:1. Nes-Nes-
te estudo foi encontrada uma relação de 5:1 mulheres para 
homens. 
A média de idade dos pacientes submetidos ao trata-
mento cirúrgico neste trabalho foi de 51,8 anos. Idade próxi-
ma a dos pacientes de Womack et al.(27) (53,7 anos), Gomez 
et al.(30) (52 anos), Coughlin et al.(4) (50 anos), Barroco et al.(6) 
(48,9 anos), Napoli et al.(29) (49,97 anos) e Nery et al.(5) (52 
anos) e um pouco mais distante dos pacientes de Villas et 
al.(28) (57 anos) e Barbosa et al.(7) (40,8 anos).
Em 1994, um comitê da AOFAS desenvolveu um siste-
ma de avaliação para as diferentes regiões anatômicas do pé, 
dando origem a quatro escalas: escala para retropé e torno-
zelo, escala para mediopé, escala para articulação metatar-
sofalângica (MTF) e interfalângica (IF) do hálux e a escala 
para os dedos menores, podendo ser aplicadas em diferentes 
lesões e tratamentos(9,32).
Foi observada melhora da dor em aproximadamente 
90% dos pacientes e os resultados foram considerados bons 
ou excelentes em 94% dos pacientes pelos parâmetros esta-
belecidos. Pela escala AOFAS, foi obtida uma melhora mé-
dia em quase 40% da pontuação.
Napoli et al.(29) realizaram uma avaliação baseada em um 
questionário que não foi publicado em seu artigo e conside-
raram 91,89% de bons resultados. Nery et al.(5) encontraram 
100% de aprovação pelos pacientes em relação ao resulta-
do estético e 87,4% satisfeitos por apresentar melhora da 
dor e satisfação total com uso de calçados (bom), 8,4% com 
alteração neurológica discreta e restrição ao uso de certos 
calçados (regular) e 4,2% sem melhora com o tratamento 
de forma global (“mau”). Barroco et al.(6) encontraram 91% 
de bons resultados, 7% regulares e 2% de maus resultados 
utilizando o mesmo critério de Nery et al.(5). Barbosa et al.(7) 
consideraram satisfeitos os pacientes que não apresentavam 
dor residual nem limitação para o uso de qualquer tipo de 
calçado, encontrando 89,5% neste grupo e 10,5% de pa-
cientes insatisfeitos por apresentarem qualquer nível de dor 
residual, parestesia e/ou limitação para uso de calçados.
Gomez et al.(30), em seu estudo utilizando a via dorsal, 
realizaram a avaliação dos resultados empregando a escala 
AOFAS para hálux encontrando uma pontuação média pré-
operatória de 45 pontos e pós-operatória de 94,16%, sendo 
possível deduzir melhora de 109% da pontuação em seu 
trabalho realizado em Buenos Aires, Argentina. Womack 
et al. referem ter encontrado apenas 50% de bons resulta-
dos utilizando a via dorsal e aplicando a escala de avaliação 
apresentada por Giannini, et al. mas não apresentaram da-
dos pré-operatórios para avaliar o grau de melhora desses 
pacientes(27,31,32).
Villas et al.(28), utilizando a via dorsal, usaram a escala 
AOFAS pré e pós-operatoriamente para comparar os resul-
tados de neurectomia contra apenas neurólise, encontrando 
65 pontos, em média, na avaliação pré-operatória e, no pós-
operatório, uma média de 92 pontos no grupo neurectomia 
(41% de melhora) e 89 pontos no grupo neurólise (37% de 
melhora).
CONCLUSÃO
O tratamento cirúrgico do neuroma de Morton pela via 
plantar transversa demonstra resultados comparáveis às de-
mais técnicas descritas na literatura e consiste em uma op-
ção real, segura e com boa acessibilidade no tratamento ade-
quado dessa patologia. Ainda não existe consenso quanto à 
melhor forma de avaliação dos resultados do tratamento do 
neuroma de Morton. A utilização de escalas ou escores pare-
ce ser uma boa opção de validação de resultados, no entan-
to, deve ainda ser comparada a outras formas de avaliação.
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Resumo
Relatamos um raro caso de reimplante do pé feito no nível do tornozelo, devido à amputa-
ção traumática em acidente de trânsito, em criança de um ano. O tratamento realizado foi 
baseado em microanastomose venosa, arterial e neural específica associado à estabilização 
óssea mínima com fios de Kirschner, com bom resultado clínico após oito anos.
Descritores: Amputação; Reimplante; Pé; Criança; Relatos de casos
Abstract
We report a rare case of foot reimplantation due to a traumatic amputation above the ankle 
caused by transit accident, in an one year old child. The treatment was done with specific 
venous, arterial and neural microanastomosis, and bone stabilization with K-wires, with a 
good clinical result within eight years. 
Keywords: Amputation; Replantation; Foot; Child; Case reports
Trabalho realizado no Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade 
Federal de Goiás – UFG – Goiânia (GO), Brasil. 
1 Chefe do Grupo de Mão e Microcirurgia do Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade 
Federal de Goiás – UFG – Goiânia (GO), Brasil. 
2 Chefe do Grupo de Pé e Tornozelo do Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade 
Federal de Goiás – UFG – Goiânia (GO), Brasil. 
3 Médico Ortopedista do Grupo de Mão e Microcirurgia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás – UFG – 
Goiânia (GO), Brasil, e do Hospital de Acidentados de Goiânia – Goiânia (GO), Brasil. 
4 Mestre; Professor Substituto de Ortopedia do Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da 
Universidade Federal de Goiás – UFG – Goiânia (GO), Brasil. 
5 Residente de Ortopedia do Instituto Ortopédico de Goiânia – IOG – Goiânia (GO), Brasil. 
Correspondência
Frederico Barra de Moraes
Avenida T-4, 1.140, apto. 403, Edifício Lago das Brisas 
– Setor Bueno 
CEP 74230-050 – Goiânia (GO), Brasil
Fone: (62) 9611-4050
Fax: (62) 3285-2222 
E-mail: frederico_barra@yahoo.com.br.
Data de recebimento
15/3/10
Data de aceite
29/5/2010
Re la to de Ca so
Reimplante do pé em criança: relato de caso
Foot reimplantation in a child: case report
Mário Yoshiyde Kwuae1, Edegmar Nunes Costa2, Ricardo Pereira da Silva3, Frederico Barra de Moraes4, Rodrigo Alvarenga Nunes5
Rev ABTPé. 2010; 4(1): 60-4.
Kwuae MY, Costa EN, Silva RP, Moraes FB, Nunes RA
61
INTRODUÇÃO
Existem poucos relatos de pacientes vítimas de am-
putação traumática no membro inferior e submetidos a 
reimplante(1-11).
O objetivo deste trabalho foi relatar o resultado de um 
raro caso de reimplante no pé ao nível do tornozelo devido à 
amputação traumática num acidente de trânsito numa crian-
ça de um ano de idade.
RELATO DE CASO
Paciente do sexo feminino, um ano e três meses de ida-
de, atendida em Fevereiro de 2000, devido a acidente mo-
tociclístico (colisão com automóvel) e tempo de resgate de 
uma hora.
O pai refere que a criança estava na moto e sofreu trau-
matismo direto do pára-choque dianteiro de um automóvel 
no tornozelo direito, causandoamputação traumática linear. 
As radiografias da perna direita nas incidências anteroposte-
rior (AP) e perfil (P) evidenciaram amputação da tíbia e fíbula 
no nível da linha epifisária do tornozelo (Figura 1).
A paciente apresentava politrauma, hemodinamicamen-
te estável com traumatismo crânio-encefálico leve (Glasgow 
14), sonolenta, hematoma subgaleal parieto frontal à direita. 
A tomografia computadorizada do crânio evidenciou fratu-
ra parietal direita, sem hemorragia parenquimatosa. A coxa 
direita também apresentava sinais de traumatismo, com de-
formidade e edema, na qual as radiografias em AP e P evi-
denciaram fratura desviada da diafisária do fêmur, com traço 
transverso e desviado (Figura 2). 
Foi realizada a cirurgia de reimplante do pé direito sob 
anestesia geral, feita a osteossíntese da tíbia e fíbula por fixa-
ção intramedular com dois fios de Kirschner retrógrado atra-
vés do calcâneo na tíbia e um na fíbula, limpeza mecânico-
cirúrgica, desbridamento e regularização das extremidades 
ósseas com saca-bocado (Figura 3). No tempo microcirúrgi-
co, foram realizadas anastomoses das veias tibial posterior 
e safenas magna e parva, artéria tibial anterior; neurorrafias 
dos nervos tibial e fibular profundo; tenorrafias dos tendões 
tibial posterior, calcâneo, flexor longo do hálux, flexor lon-
go dos dedos, tibial anterior e extensor longo dos dedos. O 
tempo do garrote foi de duas horas. Ao final, foi instalado 
dreno aspirativo 2.7 e sutura de pele com mono-nylon 4.0, 
com boa perfusão no pós-operatório imediato (Figura 4).
A paciente ficou internada por oito dias, utilizando me-
dicamento anticoagulante (heparina 1.000 UI) a cada 12 
horas e antibioticoterapia endovenosa (com cefalotina 250 
mg a cada 6 horas), além de analgésicos e anti-inflamatórios. 
Curativos sob anestesia foram trocados de dois em dois dias. 
Na evolução, observou-se boa perfusão e pulsos presentes 
no pé direito. Foi realizado, então, um gesso pélvi-podálico 
Figura 1 - (A) Aspecto clínico da amputação traumática do pé direito; 
e (B) radiografia de perfil da perna evidenciando amputação no nível 
da cartilagem epifisária distal do terço distal da perna.
Figura 2 - Radiografia anteroposterior do fêmur direito com fratura 
diafisária desviada.
A B
Rev ABTPé. 2010; 4(1): 60-4.62
Reimplante do pé em criança: relato de caso
Figura 3 - Radiografia anteroposterior (A) e perfil (B) da perna 
direita, evidenciando a fixação óssea do pé e perna.
Figura 4 - Aspecto do reimplante da amputação traumática do pé 
direito no pós-operatório imediato.
para o tratamento da fratura do fêmur direito, deixando o 
terço distal da perna e do pé direito de fora da imobilização. 
Recebeu alta com ácido acetilsalicílico, 100 mg oral 1 vez ao 
dia e cefalexina 250 mg oral a cada 6 horas, por 30 dias, com 
retorno a cada 4 dias para curativo, que se manteve em bom 
aspecto e perfusão.
Com dois meses, as fraturas do fêmur e da tíbia apresen-
tavam-se consolidadas e sem desvio, sendo retirados o ges-
so e os pinos e iniciada fisioterapia para o pé direito, que se 
encontrava insensível, sem movimentos ativos, com edema 
moderado e com limitação dos movimentos do tornozelo. 
Foi utilizada faixa elástica compressiva para diminuir o ede-
ma e feita fisioterapia motora.
Seis meses após a cirurgia, foi realizado um duplex-scan 
dos vasos, o qual mostrou sistema arterial pérvio, sem este-
noses, dilatações ou outras alterações anatômicas arteriais, 
além da oclusão de uma das veias tibiais posteriores, estan-
do as demais pérvias (Figura 5).
Após um ano da cirurgia, a paciente apresentava cres-
cimento normal do membro inferior direito, já realizando 
atividades sem dor, como correr, pular, porém com limitação 
nos movimentos do tornozelo e pé direitos, sendo mantida 
em fisioterapia. As radiografias nas incidências (AP e P) do 
tornozelo com quatro anos de pós-operatório apresentavam 
preservação da linha fisária do tornozelo, sem sinais epifisio-
deses (Figura 6). A amplitude articular mostrava boa mobili-
dade ativa do tornozelo e do pé. 
DISCUSSÃO
Os poucos casos relatados de amputação traumática 
no membro inferior relacionam a gravidade do trauma às 
dificuldades em se obterem bons resultados funcionais. O 
reimplante, quando comparado às próteses de membro in-
ferior, podem ter resultados menos satisfatórios(7,9). Esta foi 
a primeira paciente criança submetida a reimplante do pé no 
Centro-Oeste, sendo conhecido apenas um caso de adulto 
no Brasil(10).
A paciente foi vítima de trauma grave, que resultou em 
amputação no nível da metáfise distal. As condições locais 
das extremidades proximal e distal dos cotos eram favorá-
veis ao reimplante: ferida linear, sem lacerações ou esmaga-
mento. O bom estado geral clínico da paciente, sua pouca 
idade e o pouco tempo de isquemia possibilitaram a realiza-
A B
Rev ABTPé. 2010; 4(1): 60-4.
Kwuae MY, Costa EN, Silva RP, Moraes FB, Nunes RA
63
Figura 6 - (A) Radiografia antero-osterior e perfil do tornozelo direito 
sem alteração estrutural após quatro anos do acidente; (B) aspecto 
radiográfico do fêmur evidenciando o bom alinhamento.
Figura 7 - Aspecto clínico da paciente após quatro anos. Notar o 
apoio plantígrado.
ção do reimplnate. A opção pela estabilização óssea mínima 
com fios de Kirschner abreviou o tempo cirúrgico. Qualquer 
outro método de fixação (Ilizarov, placas) aumentaria a mor-
bidade devido à desvitalização dos fragmentos.
Após o primeiro ano do reimplante, foram observadas 
mudanças no resultado funcional, a partir do processo de 
reinervação (avaliada por meio de eletroneuromiografia e 
exame clínico), capacitando deambular sem sintomas do-
lorosos. A evolução continuou favorável após oito anos de 
acompanhamento. A paciente apresenta-se com função e 
estética normais (Figura 7).
Neste caso de amputação traumática do pé numa crian-
ça, na qual o atendimento de emergência foi rápido (tempo 
menor do que uma hora), a boa vitalidade dos cotos, as con-
dições clínicas favoráveis e a estrutura hospitalar contando 
com equipe especializada multidisciplinar foram fatores im-
portantes para o bom resultado final.
A B
Figura 5 - Dupplex-scan dos vasos evidenciando fluxo arterial pérvio 
(A e B) bem como o fluxo venoso (C e D).
A B
C D
Rev ABTPé. 2010; 4(1): 60-4.64
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REFERÊNCIAS
Revista aBtPé
ISSN 1981-772X
Editor Chefe
Antonio Egydio de Carvalho Jr. (São Paulo, SP)
Editor Científico
Caio Augusto de Souza Nery (São Paulo, SP)
Antônio Augusto Couto de Magalhães (São Paulo, SP)
Antônio César Mezêncio da Silveira (Belo Horizonte, MG)
Antônio Francisco Ruaro (Umuarama, PR)
Arnaldo Papavero (São Paulo, SP)
Carlos Fontoura Filho (Uberaba, MG)
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Cíntia Kelly Bittar (Campinas, SP)
Davi de Podestá Haje (Brasília, DF)
Décio Cerqueira de Moraes Filho (Marília, SP)
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Vice-Presidente: José Vicente Pansini (Curitiba, PR)
1º Secretário: Marco Túlio Costa (São Paulo, SP)
2º Secretário: Ricardo Malaquias de Miranda (Belo Horizonte, MG)
1º Tesoureiro: João de Carvalho Neto (São Paulo, SP)
2º Tesoureiro: Edegmar Nunes Costa (Goiânia, GO)
Diretor de Educação Continuada e Pesquisa: Ricardo Cardenuto Ferreira (São Paulo, SP)
Diretor de Ensino e Treinamento: Jorge Mitsuo Mizusaki (São Paulo, SP)
Diretor de Ética e Defesa Profissional: Augusto Braga dos Santos (Goiânia, GO)
Conselho Fiscal: Nelson Astur Filho (São Paulo, SP)
 Luiz Eduardo Cardoso Amorim (Rio de Janeiro, RJ)
 Fábio Batista (São Paulo, SP)
 Antero Tavares Cordeiro Neto (Salvador, BA)
 Carlos Alfredo Lobo Jasmin (Rio de Janeiro, RJ)
 Marcos de Andrade Corsato (São Paulo, SP)
Comissão Social: Antonio Augusto Couto de Magalhães (São Paulo, SP)
 Flávio Abrahão (Santos, SP)
 Luiz Carlos Ribeiro Lara (Taubaté, SP)
Comissão Informática: Júlio César Falaschi Costa (Poços de Caldas, MG)
 Rafael Trevisan Ortiz (São Paulo, SP)
Diretoria Regional da ABTPé
Bahia: Osvaldo Souza Junior (Salvador, BA)
Espírito Santo: Jorge Luiz Kriger (Vitória, ES)
Brasil Central: Jefferson Soares Martins (Goiânia, GO)
Minas Gerais: Benjamim Dutra Macedo (Belo Horizonte, MG)
Norte: Fábio Santana de Oliveira (Belém, PA)
Paraná: César Augusto Baggio Pereira (Curitiba, PR)
Nordeste: Otávio Caraciolo Borba (Recife, PE)
Rio de Janeiro: Verônica Fernandes Vianna (Rio de Janeiro, RJ)
Rio Grande do Sul: José Antônio Veiga Sanhudo (Porto Alegre, RS)
Santa Catarina: Marcelo André Rocha Ostrowski (Florianópolis, SC)
São Paulo: Alfonso Apostólico Netto (São Paulo, SP)
Editor do Boletim da ABTPé: Rafael Trevisan Ortiz (São Paulo, SP)
Rev ABTPé v. 4, n. 1, p. 1-64, jan/jun 2010
Hora de ousar 
Antonio Egydio de Carvalho Jr.
1
ISSN 1981-772X
Editorial
artigo EspEcial
artigos originais
rEvista aBtpé
AssociAção BrAsileirA de MedicinA e cirurgiA do Tornozelo e Pé
7Resultados funcionais do tornozelo após ressecção do terço distal da fíbula
Functional outcome of the ankle after resection of the distal fibula
Gustavo Sampaio de Souza Leão, Antonio Marcelo Gonçalves de Souza, Cícero Heleno Feitosa
13Tratamento cirúrgico do neuroma de Morton por via plantar transversa: avaliação de resultados pela escala AOFAS
Surgical treatment of Morton’s neuroma through transverse plantar port: results assessment by AOFAS scale
Marcus Vinicius Mota Garcia Moreno, José Eduardo Freire Castello Branco de Araujo, Mauro de Freitas Fortes Filho, 
Walter Pettersen Júnior, Túlio Eduardo Vieira Marçal, Marilton Jorge Torres Gomes, Luis Schiper
20Osteotomia cuneiforme de adição na base do primeiro metatársico para o tratamento do hálux valgo moderado e intenso: fixação com placas de baixo perfil
Proximal opening-wedge osteotomy of the first metatarsal for moderate and severe hallux valgus with low-profile plates 
Caio Nery, Cibele Réssio, Gerson de Azevedo Santa Cruz, Rafael Silva Remor de Oliveira
30Mensuração radiográfica da discrepância entre o primeiro e segundo metatarsais na osteotomia proximal tipo adição para tratamento cirúrgico do hálux valgo
Radiographic measurement of the discrepancy between the first and second metatarsal osteotomy type 
in addition to surgical treatment of hallux valgus
Antonio Francisco Ruaro, Antonio Egydio de Carvalho Junior
2SPECT-CT como herramienta diagnóstica en cirugía de tobillo y pie. A propósito de 6 casos
SPECT-CT as a diagnostic tool in foot and ankle surgery. Preliminary experience in 6 cases
O uso do CT-SPECT como ferramenta para o diagnóstico diferencial da dor do pé e tornozelo
Claudio Diaz, Cristián Ortiz, Emilio Wagner, Andrés Keller
sumário
40 Tratamento cirúrgico da ruptura aguda do tendão calcâneo com o método de Bosworth modificado em esportistas amadores
Surgical treatment of the acute rupture of the Achilles tendon with the method of modified Bosworth 
in amateur sportsmen 
André Luiz de Oliveira, Helencar Ignácio, Márcio Gomes Figueiredo, João Ricardo Gonçalves Montanha
52 Rupturado tendão calcâneo: mobilização e carga precoce após reparo cirúrgico 
Achilles tendon tendon rupture: motion and weight bearing early after operative treatment
Mário Kuhn Adames, Cristiano Carvalho Sansão, Gilbert Serpa, Gustavo Birro, Renan Gallas Mombach, Simone Zambeli Alberti
60 Reimplante do pé em criança: relato de caso
Foot reimplantation in a child: case report
Mário Yoshiyde Kwuae, Edegmar Nunes Costa, Ricardo Pereira da Silva, Frederico Barra de Moraes, Rodrigo Alvarenga Nunes
rElato dE caso
A Revista ABTPé (ISSN 1981-772X) é o órgão 
oficial de divulgação científica da Associação Brasileira de 
Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, publicada semes-
tralmente nos meses de julho e dezembro, com o objetivo 
de divulgar trabalhos sobre temas de Medicina e Cirurgia 
do Pé e áreas correlatas.
Todos os trabalhos enviados à Revista serão submeti-
dos à avaliação pelos pares (peer review) por pelo menos 
dois revisores. A aceitação será feita com base na origina-
lidade, significância e contribuição científica. Os revisores 
farão comentários gerais sobre o trabalho e informarão se 
o mesmo deve ser publicado, corrigido segundo as reco-
mendações ou rejeitado. Em caso de discordância entre 
os avaliadores, poderá ser solicitada uma nova opinião. 
Quando forem sugeridas modificações, as mesmas serão 
encaminhadas ao autor principal que deverá devolver o 
manuscrito corrigido em até 60 dias. Em seguida, será de-
volvida aos mesmos revisores para verificarem se as exi-
gências foram satisfeitas. Em casos excepcionais, quando 
o assunto do manuscrito assim o exigir, o Editor chefe 
poderá solicitar que a avaliação seja feita por um profis-
sional que não conste da relação dos Editores e do Con-
selho Editorial. Após este processo de revisões, o Editor 
chefe encaminhará para publicação, os manuscritos apro-
vados. A decisão sobre a aceitação do artigo para publica-
ção ocorrerá, sempre que possível, no prazo de 120 dias a 
partir da data de seu recebimento.
Uma vez aceito para publicação, uma prova do artigo 
editorado (formato PDF) será enviada ao autor correspon-
dente para sua avaliação e aprovação definitiva.
Cabe ao Corpo Editorial classificar os trabalhos nas ca-
tegorias aceitas pela revista, podendo sugerir trocas e mo-
dificações nos textos, desde que não se altere o conteúdo 
científico, com a devida concordância do autor.
As afirmações e informações expressas nos artigos pu-
blicados na Revista são de inteira responsabilidade dos au-
tores e seus colaboradores.
As normas para publicação da revista estão de acordo 
com Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Bio-
medical Journals, de fevereiro de 2006, preparado pelo In-
ternational Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), 
disponível em: http://www.icmje.org/.
A revista recebe para publicação: editoriais, artigos origi-
nais, artigos de revisão, ponto de vista, relato de caso, comu-
nicação breve, carta ao editor, imagem, ciência & tecnologia 
e artigo especial.
Editorial – Refere-se a assuntos selecionados em cada 
número da revista pela sua importância para a comunidade 
científica. Geralmente, são redigidos pelo Editor chefe ou en-
comendados a especialistas de destaque na área de interesse. 
Artigo Original – Estão incluídos aqui, estudos con-
trolados e randomizados, estudos observacionais, registros, 
bem como pesquisa básica com animais de experimentação. 
Os artigos originais devem conter, obrigatoriamente, as se-
guintes seções: Introdução, Métodos, Resultados, Discus-
são, Conclusões, Referências, Resumo e Abstract. O núme-
ro de referências não deve exceder quarenta.
Artigo de Revisão (a convite ou a critério do Editor) 
– Avaliações críticas e ordenadas da literatura de temas de 
importância clínica. A convite do Corpo Editorial, assunto 
de interesse para os leitores, será solicitada para renomado 
Especialista. A Revista ABTPé também aceita artigos de re-
visão enviados pela comunidade científica. As Referências 
especificamente desses artigos devem ser atuais, preferen-
cialmente publicadas nos últimos dez anos, em número má-
ximo de quarenta referências.
Artigo de Reflexão – É a apresentação de um artigo 
relevante publicado na especialidade. Especialistas são con-
vidados, pelo Editor, para comentar a respeito do referido 
artigo, seus pontos positivos e negativos, metodológicos, 
conceituais, sua aplicabilidade clínica e relevância. Devem 
apresentar no máximo dez referências.
Relato ou estudo de Caso – Descrição de casos envol-
vendo pacientes, ou situações singulares, doenças raras ou 
nunca descritas, assim como formas inovadoras de diagnós-
tico ou tratamento. O texto em questão aborda os aspectos 
relevantes que devem ser comparados com os disponíveis 
na literatura não ultrapassando dez referências.
Comunicação Breve – Pequenas experiências que te-
nham caráter de originalidade.
Carta ao Editor – Diálogo Científico e Comentá-
rios – Devem comentar, discutir ou criticar artigos publica-
dos na própria Revista, ou versar sobre outros temas de in-
teresse geral. É possível uma resposta dos autores do artigo 
em questão que será publicada junto à carta.
Artigo Especial (a convite do editor) – Artigos não clas-
sificáveis nas categorias anteriormente descritas, mas conside-
rados relevantes na especialidade pelo Conselho Editorial.
A Revista ABTPé dará prioridade de publicação 
aos artigos classificados como originais. Os artigos po-
derão ser escritos em Português, Inglês, Espanhol e serão 
publicados na versão impressa, na língua original que 
Instruções aos Autores
vi
o manuscrito foi enviado, podendo ser disponibilizados 
também na versão eletrônica através do site, assim como 
em outros meios eletrônicos que surjam no futuro, sen-
do que essas publicações já implicam na anuência prévia 
dos autores.
REQUISITOS TÉCNICOS
Pesquisa com seres humanos e animais
Os autores devem, na seção Métodos, informar se 
a pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética em Pes-
quisa de sua Instituição, em consoante à Declaração de 
Helsinki. Nos trabalhos experimentais envolvendo ani-
mais, as normas estabelecidas no “Guide for the Care and 
Use of Laboratory Animals” (lnstitute of Laboratory Animal 
Resources, National Academy of Sciences, Washington, 
O.C., 1996) e os Princípios éticos na experimentação 
animal do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal 
(COBEA) devem ser respeitados.
Os trabalhos de pesquisas que envolvem seres humanos 
devem ser encaminhados juntamente com uma cópia do 
“Termo de Consentimento Livre e Informado” 
Direitos autorais
Os autores dos manuscritos aprovados deverão encami-
nhar, previamente à publicação, declaração escrita e assinada 
por todos os co-autores de transferência de direitos autorais e de 
responsabilidade pelo envio da publicação, seguintes termos: 
“O(s) autor(es) abaixo assinado(s) transfere(m) todos os 
direitos autorais do manuscrito (título do artigo) à Revista 
ABTPé. O(s) signatário(s) garante(m) que o artigo é original, 
que não infringe os direitos autorais ou qualquer outro direi-
to de propriedade de terceiros, que não foi enviado para pu-
blicação em nenhuma outra revista e que não foi publicado 
anteriormente. O(s) autor(es) confirma(m) que a versão final 
do manuscrito foi revisada e aprovada por ele(s)”.
Todos os manuscritos publicados tornam-se proprieda-
de permanente da Revista ABTPé e podem ser publicados 
com o consentimento por escrito do editor.
Critérios de Autoria
Sugerimos que sejam adotados os critérios de autoria 
dos artigos segundo as recomendações do ICMJE. Assim, 
apenas aquelas pessoas que contribuíram diretamente para 
o conteúdo intelectual do trabalho devem ser listadas como 
autores. Os autores devem satisfazer a todos os seguintes 
critérios, de forma a poderem ter responsabilidade pública 
pelo conteúdo do trabalho:•	 ter	concebido	e	planejado	as	atividades	que	levaram	
ao trabalho ou Interpretado os resultados a que ele 
chegou, ou ambos;
•	 ter	escrito	o	trabalho	ou	revisado	as	versões	sucessivas	
e participado no processo de revisão;
•	 ter	aprovado	a	versão	final.
Exercer posição de chefia administrativa, contribuir com 
pacientes e coletar e agrupar dados, embora importantes 
para a pesquisa, não são critérios para autoria. Outras pes-
soas que tenham feito contribuições substanciais e diretas 
ao trabalho, mas que não possam ser consideradas autores, 
podem ser citadas na seção Agradecimentos.
Conflitos de Interesse
Quando existe alguma relação entre os autores e qualquer 
entidade pública ou privada que pode derivar algum conflito de 
interesse, esta possibilidade deve ser comunicada em carta a par-
te para o Editor, que garantirá a confidencialidade da declaração;
Reprint
Com base nas normas adotadas do ICMJE – a publi-
cação secundária devido a muitas outras razões, na mesma 
língua ou em outra língua, especialmente em outros países, 
é justificável e pode ser benéfica, desde que as condições des-
critas no editorial sejam preenchidas.
PREPARO DO MANUSCRITO
Primeira página
Identificação. Título do trabalho de maneira concisa 
e descritiva, em português e inglês. Nome completo, sem 
abreviações, de todos os autores, titulação acadêmica e ins-
tituição a que pertencem por extenso, endereço completo, 
inclusive telefone, fax e e-mail do autor principal, data do 
envio e órgão financiador da pesquisa, se houver.
Se o trabalho foi apresentado em congresso ou é parte 
de uma tese ou dissertação, deve ser mencionado o nome do 
congresso, local e data da apresentação ou instituição e data 
da defesa da tese.
Segunda página:
Resumo/Abstract. Deve ser estruturado contendo: Ob-
jetivo, Métodos, Resultados, Conclusões/Objective, Methods, 
Results, Conclusions).
Deve conter informações facilmente compreendidas sem 
necessidade de recorrer-se ao texto. O verbo deve ser apre-
sentado no passado para os resultados, e no presente para 
generalização. Utilizar sempre que possível número em lugar 
vii
de percentagem. Não usar: os autores apresentam, os achados 
são apresentados, ou o tratamento é discutido, e semelhantes. 
O resumo de artigo original, deve ter no máximo 250 palavras. 
O resumo de artigo de revisão deve ter no máximo de 250 pa-
lavras e apresentar os principais conceitos contidos no texto. 
O resumo de relato de caso, com o máximo de 100 palavras, 
deve mostrar a originalidade do caso e seus aspectos clínicos, 
laboratoriais diagnósticos e terapêuticos mais importantes.
Também devem ser incluídos no mínimo 3 descritores 
ou palavras chave com a respectiva tradução para o inglês: 
Keywords. Esses descritores podem ser consultados nos 
endereços eletrônicos: http://decs.bvs.br/ que contém 
termos em português, espanhol ou inglês, ou http://www.
nlm.nih.gov/mesh, para termos somente em inglês.
Terceira página
Texto: Para os artigos originais e de pesquisa, o ma-
nuscrito deve ser conter: Introdução, Métodos, Resultados e 
Discussão e Referências.
Para os Relatos de casos, o manuscrito deve con-
ter: uma breve Introdução, Descrição do Caso, Discussão 
e Referências.
Os demais tipos de manuscrito, seguem a estrutura te-
mática proposta pelo autor.
CITAÇÕES NO TEXTO
Em todas as categorias de Manuscrito, as citações no 
texto devem ser feitas numérica e seqüencialmente, por or-
dem de aparecimento no texto. Se forem citadas mais de 
duas Referências em seqüência, apenas a primeira e a última 
devem ser digitadas, separadas por um traço. Exemplo: (7-11).
Em caso de citação alternada, todas as referências devem 
ser digitadas, separadas por vírgula. Exemplo: (7,11,16).
Agradecimentos
Opcional. Devem ser concisos e apresentados no final 
do texto, indicando os nomes das pessoas ou instituições 
que contribuíram na fase intelectual ou técnica do trabalho, 
bem como as agências de fomento que contribuíram com a 
pesquisa, que resultaram no artigo publicado.
Tabelas
Devem ser apresentadas apenas para a efetiva compre-
ensão do trabalho, não contendo informações redundan-
tes já citadas no texto e numeradas por ordem de apare-
cimento. Devem ser apresentadas em página separadas e 
configuradas em espaço-duplo. Devem ser enumeradas em 
numeral arábico e conter um título curto. Utilize a mesma 
fonte que a utilizada no texto. Indicar os marcadores de 
rodapé na seguinte ordem: *, t, *, §, 11, #, **.
Não use linhas verticais entre as colunas. Use linhas ho-
rizontais apenas na parte superior e inferior do cabeçalho na 
parte inferior da tabela. As abreviações utilizadas na tabela 
devem ser definidas no rodapé da própria tabela.
Figuras
Para a submissão, as figuras devem ter boa resolução para 
serem avaliadas pelos revisores, preferencialmente em forma-
to JPEG, podendo ser enviadas também em PDF, TIFF/Gif. As 
legendas das figuras devem permitir sua perfeita compreen-
são, independente do texto. Devem ser enumeradas em nu-
meral arábico e conter um título curto. As abreviações usadas 
nas ilustrações devem ser explicitadas nas legendas.
Referências
Citar no item Referências, somente os trabalhos consul-
tados e citados no texto. As referências devem ser numera-
das seqüencialmente, conforme citadas no texto. 
Citar todos os autores, quando até seis; acima deste nú-
mero, citam-se os seis primeiros seguidos de et al. O título 
abreviado do periódico deve estar em conformidade com o 
as abreviaturas de periódicos do Medline.
Seguem exemplos dos principais tipos de referências 
bibliográficas. Para outros documentos consultar o site: 
http://www.icmje.org/
Material Impresso
Artigo de Revista:
Attar F, Selvan D, Machin D, Shariff R, Geary NP. 
Perioperative changes in the microcirculation in feet after foot 
and ankle surgery. J Foot Ankle Surg. 2007;46(4):238-41.
Reid KS, Martin BD, Duerksen F, Nicolle LE, Garrett 
M, Simonsen JN, et al. Diabetic foot complications in a 
northern Canadian Aboriginal community. Foot Ankle Int. 
2006;27(12):1065-73.
Instituição como autor:
The Foot Society of Australia and New Zealand. 
Sciatic nerve injury following intramuscular injection: a 
case report and review of the literature. J Neurosci Nurs. 
2006;38(4):238-40.
Sem Indicação de autoria:
Orthopedic in South Africa [editorial]. S Afr Med J. 1994; 
84(1):15.
viii
Capítulo do Livro:
Mylek WY. Endothelium and its properties. In: Clark BL 
Jr. editor. New frontiers in surgery. New York: Mc Graw - 
HiIl; 1998. p. 55-64.
Livro:
Sutton MG St J, Oldershaw PJ, Ketler MN, editors. Textbook 
foot and anjle. Cambridge (MA): Blackwell Science; 1996.
Tese:
Takimura CK. Correlação das variáveis geométricas de 
lesões do tornozelo com achados ultra-sonográficos [tese ]. 
São Paulo: Universidade de São Paulo; 2003.
Eventos:
Silva HH. Pé torto congênito In: 45º. Congresso 
Brasileiro de Atualização em Cirurgia Ortopédica; 1995; São 
Paulo. Anais. São Paulo: Associação Brasileira de Medicina e 
Cirurgia do Tornozelo e Pé; 1995. p.27-9.
Minna JD. Recents advances for potential clinical 
importance in the biology of lung cancer. In: Annual 
Meeting of the American Medical Association for Cancer 
Research: 1984 Sept 6-10. Proceedings. Toronto: AMA; 
1984. v. 25. p. 293-4.
Material Eletrônico
Artigo de Revista:
Morse SS. Observations on the fibrous retinacula of the 
heel pad. Foot Ankle Int [serial on the Internet]. 2006 [cited 
2006 Dez 5];27(8): [about 4 p.]. Available from: http://www.
cdc.gov/ncidod/EID/eid.htm.
Livros:
Tichenor WS. Observations on the fibrous retinacula 
of the heel pad [monograph on the Internet]. New York: 
Health On The Net Foundation; 1996. [cited 2005 May 27]. 
Available from: http://www.sinuses.com
Capítulo do Livro:
Tichenor WS.Radiographic comparison of standing 
medial cuneiform arch height in adults with and without 
acquired flatfoot deformity In: Tichenor WS. Foot: treatment 
[monograph on the Internet]. New York: Health On The 
Net Foundation; 1996. [cited 2005 May 27]. Available from: 
http://www.sinuses.com/postsurg.htm.
Tese:
Fernandes TD. Avaliação biométrica comparativa do tálus 
no pé equinovaro congênito [tese]. São Paulo: Universidade 
de São Paulo; 1994. [citado 2006 Jun 10]. Disponível em: 
http://servicos.capes.gov.br
Eventos:
Barata RB. Epidemiologia no século XXI: perspectivas 
para o Brasil [texto na Internet]. In: 4º Congresso Brasileiro 
de Epidemiologia; 1998 Ago 1-5; Rio de Janeiro. Anais 
eletrônicos. Rio de Janeiro: ABRASCO; 1998. [citado 2005 Jan 
17]. Disponível em: http://www.abrasco.com.br/epirio98.
Homepage / Website
Cancer-Pain org [homepage on the Internet]. New York: 
Association of Cancer Online Resources, Inc.; c2000 [update 
2002 May 16; cited 2002 Jul 9]. Available from: http://www.
cancer-pain.org/
ENVIO DO MATERIAL
Todos os artigos devem vir acompanhados por uma Carta 
de Submissão, sugerindo a Seção em que o artigo deva ser in-
cluído; declaração do autor de que todos os co-autores estão 
de acordo com o conteúdo expresso no trabalho, explicitando 
presença ou não de conflito de interesse* e a inexistência de 
problema ético relacionado. A carta de submissão deve conter 
o número de palavras contidas no texto (excluindo Tabelas e 
Figuras), o número de Tabelas e Figuras.
Sempre que possível, os artigos devem ser submeti-
dos à publicação por correio eletrônico (e-mail). Entre-
tanto, na impossibilidade de envio pela Internet, três có-
pias do material, incluindo texto e ilustrações, bem como 
disquete e/ou CD identificado poderão ser enviadas por 
correio convencional.
Formatos de submissão: texto em Word (preferível), Word 
Perfect. Figuras devem ser submetidas como JPEG (preferível), 
PDF, TIFF/Gif, Adobe photoshop, Excel, Word, Word Perfect.
REVISTA ABTPÉ
Editor: Antonio Egydio de Carvalho Junior
Rua São Benedito, 1050 - Santo Amaro
04735-002 - São Paulo - SP
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email: abtpe@abtpe.org.br
Resumo
Objetivo: Avaliar a eficácia e as possíveis complicações no tratamento das rupturas agudas 
do tendão calcâneo empregando o método cirúrgico de Bosworth modificado em adultos, 
esportistas amadores. A técnica cirúrgica para reparo do tendão de Aquiles roto idealizado 
por Bosworth tem sido abandonada devido ao amplo acesso cirúrgico exigido pelo méto-
do. Métodos: Neste estudo foram entrevistados e examinados 18 adultos, esportistas ama-
dores, com ruptura total do tendão, submetidos a esse procedimento com o objetivo de 
avaliar a sua eficácia e possíveis complicações. Resultados: Nesta avaliação, 13 pacientes 
(72,2%) retornaram ao mesmo nível de atividade física, e 5 pacientes (27,7%) não. Desses, 
dois pacientes (11,1%) apresentaram infecção superficial e deiscência, ambos com boa evo-
lução e nenhum caso de rerruptura foi observado. Dor, perda de força ou diminuição da 
mobilidade não foi uma queixa comum sendo a estética proporcionada pela ampla cicatriz 
o fator avaliado com maior índice de insatisfação. Todos os entrevistados se submeteriam 
ao mesmo procedimento. Conclusão: A técnica de Bosworth modificado proporcionou 
bons resultados funcionais, na qual a estética demonstrou uma limitação ao seu uso, sendo 
uma opção válida a adotar no tratamento das rupturas agudas do tendão calcâneo. 
Descritores: Tendão do calcâneo/cirurgia; Tendão do calcâneo/lesões; Procedimentos 
cirúrgicos operatórios/métodos; Procedimentos cirúrgicos operatórios/efeitos adversos
Abstract
Objective: To evaluate the efficacy and possible complications in the treatment of acute 
Achilles tendon ruptures using the surgical method of Bosworth modified for adults, ama-
teur sportsmen. The surgical technique for healing of Achilles tendon ragged idealized by 
Bosworth has been abandoned due to the broad surgical access required by the method. 
Methods: In this study, 18 adults, sports enthusiasts, were interviewed and examined, 
with total tendon rupture, subjected to this procedure to assess the effectiveness and pos-
sible complications. Results: In this assessment, 13 patients (72.2%) returned to the same 
level of physical activity, and 5 patients (27.7%) did not return. Two patients (11.1%) had 
superficial infection and dehiscence, both with good development and no case of rerupture 
was observed. Pain, loss of strength or mobility reduction was not a common complaint 
being aesthetics afforded the factor assessed with lesser satisfaction. All patients would 
Trabalho realizado no Serviço de Cirurgia do Pé e Tornozelo da Faculdade de Medicina de Rio Preto – FAMERP/FUNFARME – Hospital de 
Base – São José do Rio Preto (SP), Brasil. 
1 Estagiário do Serviço de Cirurgia do Pé e Tornozelo da Faculdade de Medicina de Rio Preto – FAMERP/FUNFARME – Hospital de 
Base – São José do Rio Preto (SP), Brasil.
2 Chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina de Rio Preto – FAMERP/FUNFARME – Hospital 
de Base – São José do Rio Preto (SP), Brasil.
3 Assistente do Serviço de Cirurgia do Pé e Tornozelo da Faculdade de Medicina de Rio Preto – FAMERP/FUNFARME – Hospital de 
Base – São José do Rio Preto (SP), Brasil. 
4 Médico Residente do Serviço de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina de Rio Preto – FAMERP/FUNFARME – 
Hospital de Base – São José do Rio Preto (SP), Brasil.
Correspondência
André Luiz de Oliveira 
Rua Sete de Setembro 4.050 – apartamento 151 
CEP 85811-050 – Cascavel (PR), Brasil.
E-mail: andre150581@hotmail.com
Data de recebimento 
20/02/2010
Data de aceite 
14/06/2010
Artigo originA l
Tratamento cirúrgico da ruptura aguda do tendão 
calcâneo com o método de Bosworth modificado em 
esportistas amadores
Surgical treatment of the acute rupture of the Achilles tendon with the method 
of modified Bosworth in amateur sportsmen 
André Luiz de Oliveira1, Helencar Ignácio2, Márcio Gomes Figueiredo3, João Ricardo Gonçalves Montanha4
Rev ABTPé. 2010; 4(1): 40-51.
Oliveira AL, Ignácio H, Figueiredo MG, Montanha JRG
41
INTRODUÇÃO
As rupturas do tendão de Aquiles têm sido documen-
tadas desde a época de Hipócrates(1), e coube à Ambroise 
Paré(2) sua primeira descrição em 1575. Elas são relativamen-
te comuns com aumento contínuo de sua incidência sendo 
uma das lesões tendinosas mais frequentes(3).
É mais comum no sexo masculino entre a terceira e 
quarta década de vida(4,5), no lado esquerdo(3,6), trabalhador 
sedentário, ou seja, que exige uma menor demanda funcio-
nal; e que pratica atividade física ocasionalmente(3,7).
A etiologia da ruptura espontânea do tendão calcâneo 
vem sendo discutida e tem sido associada a doenças infla-
matórias, infecciosas, neurológicas, autoimunes(8,9) ao uso 
de quinolonas(8,10) e de corticosteroides(8,9,11), não existindo 
consenso quanto à melhor alternativa para o tratamento da 
ruptura aguda do tendão calcâneo; podendo ser cirúrgica e 
não-cirúrgica(12-21).
O tratamento cirúrgico tem a desvantagem de com-
plicações como: infecção, deiscência de sutura e lesão do 
nervo sural; porém, com menor taxa de rerruptura (mé-
dia 4%) comparado com o tratamento não-cirúrgico que, 
apesar de não apresentar os riscos decorrentes da cirurgia, 
apresenta uma taxa média de 18% de rerruptura, além de 
alongamento residual do tendão com consequente fraque-
za muscular(12-21).
Várias técnicas cirúrgicas têm sido discutidas na literatu-
ra, cada uma demonstrando suas vantagens e desvantagens.
OBJETIVO
O objetivo do trabalho foi avaliar a eficácia e as possíveis 
complicações no tratamento das rupturas agudas do tendão 
calcâneo, empregando o método cirúrgico de Bosworth(22) 
modificado em adultos eesportistas amadores.
MÉTODOS
Foram avaliados pelos autores 18 pacientes do sexo 
masculino, com média de idade de 45 anos (de 28 a 62 anos) 
submetidos ao procedimento de Bosworth modificado entre 
maio de 2002 e julho de 2007 com seguimento médio de 
47 meses (de 27 a 69) no Hospital de Base da Faculdade de 
Medicina de São José do Rio Preto (Tabela 1). Foi aplicado 
o protocolo desenvolvido pelos autores a todos pacientes 
(Anexo 1). 
Com relação à atividade profissional, 6 (33,3%) pa-
cientes foram classificados como trabalhadores com maior 
demanda funcional (um metalúrgico, um construtor, um 
eletricista, um vigilante e dois seguranças) e os demais, 12 
(66,6%); trabalhadores dito de escritório, ou seja, com uma 
menor exigência física no seu trabalho (Tabela 1).
O período entre a lesão e a cirurgia foi, em média, 12 
dias (1 a 60), e esse método cirúrgico para ruptura com mais 
de 30 dias de evolução foi utilizado em três casos (16,6%). 
O lado dominante foi afetado em 6 pacientes (33,3%) 
e o lado não-dominante em 12 (66,6%) (Tabela 1). O trau-
ma indireto foi responsável por 94,4% (17 casos) e o direto 
em 5,5% (1 caso) e a atividade exercida no momento foi o 
futebol em 10 pacientes (55,5%), tênis em 1 (5,5%), falseio 
na deambulação em 3 (16,6%), vôlei em 1 (5,5%), escorre-
gamento em 1 (5,5%), corrida em 1 (5,5%) e trauma direto 
(acidente motociclístico) em 1 (5,5%) (Tabela 1). 
Todos os pacientes realizavam alguma atividade esporti-
va; 5 (27,7%) praticavam-na 1 vez por semana; 3 (16,6%), 2 
vezes por semana; 5 (27,7%), 3 vezes por semana e outros 
5 (27,7%), 4 ou mais por semana, sendo o futebol o esporte 
predominante, praticado por 15 (83,33%) pacientes (Tabela 1).
O índice de massa corpórea (IMC)(23) foi obtido por 
meio de um cálculo de peso: altura2. Foi aferida a altura do 
paciente em metros no momento do exame e questionado 
um valor estimado sobre seu peso previamente à lesão. A 
média foi 26,55 (de 21,3 a 32) com 6 (33,3%) considerados 
com peso normal (18,5-24,9), 10 (55,5%) com sobrepeso 
(25-29,9) e três (16,6%) com obesidade grau 1 (30-34,9) 
(Tabela 1). 
Como sintomas subjetivos prévios, avaliaram-se dor, 
sensação de fraqueza ou perda de força e sensação de perda 
de mobilidade ou movimento. O paciente graduou esses 3 
itens de 0 a 10 com o auxílio da escala de faces de Bieri et 
al.(24), sendo 0 como ausência de dor, fraqueza e mobilidade 
normal; e 10 como dor, fraqueza intensa e perda de mobili-
dade máxima. A dor foi graduada como 0 por 13 pacientes 
(72,2%) e 5 (27,7%) graduaram-na entre 2 e 4. Sensação de 
make the same procedure again. Conclusion: The technique of Bosworth modified gave good functional results, in which aesthetics 
showed a limitation to its use, being a valid option to adopt in the treatment of Achilles tendon rupture. 
Keywords: Achilles tendon/surgery; Achilles tendon/injuries; Surgical procedures, operative/methods; Surgical procedures, operative/
adverse effects
Rev ABTPé. 2010; 4(1): 40-51.42
Tratamento cirúrgico da ruptura aguda do tendão calcâneo com o método de Bosworth modificado em esportistas amadores
fraqueza foi graduada como 0 por 16 pacientes (88,8%), 1 
(5,5%) como 4 e 1 (5,5%) como 6. A sensação de perda de 
mobilidade foi 0 para todos pacientes (Gráfico 1).
Lesão prévia foi referida por 2 (11,1%) pacientes (um 
com fratura de tíbia 12 anos prévios à ruptura, tratado com 
gesso e 1 com lesão de ligamento cruzado anterior operado 
7 anos prévios à lesão, ambos ipsilateral à ruptura do tendão 
calcâneo. Verificou-se 1 (5,5%) paciente diabéticos insulino 
dependente; 1 (5,5%) hipotireideo repondo hormônio; 1 
(5,5%) hipertenso em tratamento; 1 (5,5%) com dermatite 
atópica o qual fez uso de corticoide por 7 anos e 1 (5,5%) 
referiu uso de anabolizantes em academia por 6 anos conse-
cutivos. Apenas 1 (5,5%) apresentava dificuldade no uso de 
calçado e 3 (16,6%) eram tabagistas (Tabela 2). 
Nome Sexo Idade Profissão Data da lesão Data da cirurgia
Seguimento 
(em meses)
Mecanismo de trauma, atividade exercida 
no momento e esporte praticado
IMC
Lado 
dominante
Lado 
da lesão
AC M 39 Metalúrgico 12/8/2004 12/14/2004 59 Indireto/futebol/ futebol 27,7 D D
AG M 51 Comerciante 3/10/2004 5/11/2004 66 Indireto/futebol/ futebol 24,5 D E
AJP M 61 Zelador 2/8/2004 2/11/2004 69
Indireto/ escorregamento/ 
corrida+musculação
30,2 D E
CALO M 44 Vigilante 8/27/2005 1/9/2005 50 Indireto/falseio caminhando/futebol 25 D E
DR M 62 Aposentado 7/23/2002 7/26/2002 63 Indireto/falseio caminhando/futebol 23,9 D E
GMS M 42 Construtor 1/10/2007 1/22/2007 33 Indireto/iniciando corrida/futebol 30,5 D D
GABM M 37 Funcionário público 6/3/2006 6/19/2006 40 Indireto/futebol/futebol 21,3 D E
JLO M 44 Funcionário público 6/9/2007 6/21/2007 28 Indireto/futebol/futebol 24,8 D E
JOS M 46 Segurança 5/17/2002 6/27/2002 64 Indireto/futebol/futebol 26,1 D E
LMC M 42 Comerciante 9/22/2006 9/29/2006 38 Indireto/tênis/tênis +musculação 28,3 D D
MAD M 43 Empresário 11/5/2005 11/6/2005 48 Indireto/futebol/ futebol 26,8 E E
NDR M 45 Supervisor 11/26/2006 12/11/2006 35 Indireto/falseio caminhando/futebol 26,7 D D
JCS M 46 Eletricista 1/12/2004 10/2/2004 69
Direto/acidente motociclístico/
futebol+musculação
26,6 D E
PCB M 49 Comerciante 6/19/2006 6/21/2006 43 Indireto/futebol/futebol 24 D E
SAT M 45 Comerciante 7/16/2005 8/29/2005 50 Indireto/futebol/futebol+musculação 27 D D
VJGT M 43 Engenheiro agrônomo 11/10/2006 11/14/2006 36 Indireto/futebol/futebol 27,2 D E
WCJ M 28 Segurança 7/12/2007 7/19/2007 27
Indireto/voleibol/ 
voleibol+musculação+artes marciais
32 D E
YHN M 51 Farmacêutico 7/15/2007 7/18/2007 27 Indireto/futebol/ futebol 25,3 D E
Tabela 1 - Dados pessoais
M: masculino; D: direito ; E: esquerdo. 
0
1
2
3
4
5
6
7
Dor
Fraqueza
Mobilidade
Dor
Fraqueza
Mobilidade
AC
0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 02 43 30
0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 00 60 00
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 00 00
AG AJP CALO DR GMS GABM JLO JOS LMC MAD NDR JCS PCB SAT VJGT
Gráfico 1 - Sintomas pré-operatorios 
Rev ABTPé. 2010; 4(1): 40-51.
Oliveira AL, Ignácio H, Figueiredo MG, Montanha JRG
43
O diagnóstico foi realizado por meio da história, do exa-
me físico e de exames complementares. Todos os pacientes 
foram submetidos às radiografias em busca de proeminência 
óssea na região posterosuperior do calcâneo e calcificações 
intratendíneas. A ultrassonografia evidenciou lesão total do 
tendão de calcâneo de localização não-insercional. 
Técnica cirúrgica
Os pacientes foram operados com raquianestesia, posi-
cionados em decúbito ventral e usou-se garrote pneumático 
na raiz da coxa após exsanguinação.
Realizou-se uma incisão longitudinal central de 1 cm da 
inserção distal do tendão calcâneo prolongando proximal-
mente entre 15 e 20 cm ou mais, dependendo do tamanho 
da lesão encontrada (Figura 1).
Após a dissecção por planos, o nervo sural foi encontra-
do e isolado (Figura 2) e a porção degenerada do tendão foi 
debridada, retirando-se tecido inviável observado macros-
copicamente, o que resultou numa diastase entre os cotos 
(Figura 3).
O pé foi colocado na posição neutra e mediu-se a di-
ástase entre os cotos. Foi acrescentado 4 a 5 cm a essa me-
dida (2 cm para cobrir a porção sobreposta proximal e 2 a 
3 cm para sutura do coto rebatido com a inserção distal do 
tendão (Figura 4).
Um retalho do tendão de aproximadamente 3 cm de lar-
gura e comprimento de acordo com o defeito foi extraído 
do tendão, mantendo inserido distalmente; fletido sobre si 
mesmo para iniciar-se a sutura (Figura 5).
O tensionamento apropriado faz com que ao final do 
procedimento o pé permaneça com cerca de 15° de flexão 
plantar em repouso (Figura 6). 
O coto distal foi suturado ao retalho com fio inabsorví-
vel (Ethibond 2) por quatro pontos separados de

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