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Insuficiencia Venosa Cronica

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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular 
 → Conceito: 
 “É um conjunto de manifestações 
 clínicas causadas por anormalidades 
 (refluxo, obstrução ou ambos) do sistema 
 venoso periférico (superficial, profundo ou 
 ambos), geralmente acometendo membros 
 inferiores.” 
 → Epidemiologia: 
 Afeta cerca de 47,6% da população, 
 sendo que 37,9% no sexo masculino, e 
 50,9% no sexo feminino. 
 Ou seja, predominante no sexo 
 feminino. 
 → Nomenclaturas: 
 Telangiectasias: 
 ● São capilares, arteriolas ou venulas; 
 ● São < 22 mm 
 ● Assintomáticas 
 Microvarizes / veias articulares: 
 ● Veias dilatadas entre 2 - 4 mm 
 ● Sem elevação no plano da pele 
 ● Geralmente assintomáticas 
 Varizes: 
 ● Veias dilatadas > 4 mm 
 ● Elevadas em relação ao plano da 
 pele 
 ● Geralmente sintomáticas 
 → Fisiopatologia da Insuficiência 
 Venosa Crônica (ICV): 
 Varizes primária 
 ● IVC primária do sistema venoso 
 superficial 
 Geralmente é degenerativa primária de veias 
 que começam a dilatar superficialmente. 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular 
 Varizes secundárias: 
 ● Síndrome pós-trombótica 
 ● Fístula arteriovenosa 
 ● Agenesia congênita de SVP 
 São alterações do sistema venoso 
 superficial, que refletem problemas do 
 sistema venosos profundo. 
 → Fisiopatologia Varizes Primárias: 
 Ocorrem devido a uma incompetência 
 valvular primária, ou seja, ocorre um 
 enfraquecimento da parede venosa . 
 Fazendo com que as paredes das veias se 
 afastem, aumentando o distanciamento das 
 válvulas das fístulas venosas, gerando 
 refluxo sanguíneo. Consequentemente o 
 retorno venoso fica prejudicado. 
 Fatores predisponentes: 
 ● Idade 
 ● Hereditariedade 
 ● Sexo feminino 
 ● Obesidade 
 ● Gestações repetidas 
 ● Longos períodos de ortostatismo 
 → Fisiopatologia Varizes Secundárias: 
 Hipertensão venosa pós-TVP: 
 É a principal causa de varizes 
 secundárias. 
 Quando temos uma Trombose 
 Venosa Profunda (TVP), instala-se um 
 regime de hipertensão venosa, que leva a 
 um quadro de insuficiência venosa, podendo 
 ser por uma obstrução crônica na fase 
 aguda da doença (ou seja, veia entupida, 
 ocorre uma dificuldade da passagem do 
 sangue, gerando a hipertensão venosa ali 
 no local). 
 Ou pode ser na fase crônica, devido a 
 um refluxo pós recanalização , quando o 
 trombo recanaliza ocorre a perda da 
 complacência valvular, gerando a 
 hipertensão venosa (ou seja, valvula 
 insuficienciente, não funcionando direito , 
 gerando uma sobrecarga da pressão numa 
 veia do sistema venoso profundo, 
 impactando no sistema venoso superficial). 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular 
 Hipertensão venosa Pós-trauma: 
 Ocorre nas fístulas arteriovenosas; 
 → Quadro Clínico: 
 Sintomas Habituais: 
 ● Dor 
 ● Cansaço 
 ● Sensação de peso 
 ● Desconforto 
 Sintomas Ocasionais 
 ● Ardor 
 ● Prurido 
 ● Formigamento 
 ● Inchaço 
 ● Câimbras 
 → Complicações: 
 Vericotrombose ou tromboflebite superficial: 
 É a formação de uma trombose numa 
 veia do sistema venoso superficial. Pode 
 ocorrer em MMSS, geralmente após acesso 
 venosos periférico, ou MMII relacionada a 
 varizes, sendo favorável à formação de 
 coágulo (pois, como o fluxo ocorre de forma 
 errada, e devido a esse turbilhonamento 
 sanguíneo tem uma chance maior de 
 formação de coágulo), assim gerando um 
 processo inflamatório no local, sendo muito 
 dolorosos. 
 É a principal complicação; 
 Varicorragias: 
 Quando a parede das veias 
 superficiais se confundem com a pele. 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular 
 E pode romper, gerando um 
 sangramento significativo. 
 Úlceras varicosas: 
 Tem alta perda da qualidade de vida; 
 Ocorre devido a tratamento 
 inadequado, ou muitos anos sem tratamento. 
 → Classificação CEAP: 
 C = Clínica 
 E = Etiológico 
 A = Anatomico 
 P = Patológico 
 Clínica: vai de 0 - 6 pontos 
 ● 0 - sem clínica nenhuma 
 ● 1 - telangiectasias e veias reticulares 
 ● 2 - varizes de MMII sem edema 
 ● 3 - varizes com edema 
 ● 4 - varizes + alterações na pele 
 ● 5 - varizes + úlcera cicatrizada 
 ● 6 - varizes + úlcera ativa 
 Etiologia: 
 ● Congênita 
 ● Primária 
 ● Secundária 
 Anatomia 
 ● Superficial 
 ● Profunda 
 ● Perfurantes 
 Patofisiologia: 
 ● Refluxo 
 ● Obstrução 
 ● Ambos 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular 
 → Diagnóstico: 
 História clínica - pesquisa de causas 
 secundárias; 
 Exame físico: 
 ● Em pé e deitado 
 ● Inspeção estática 
 ● Manobras especiais 
 ○ Brodie-Trendelemburg 
 ■ Perfurantes + 
 VSM/VSP 
 ○ Perthes 
 ■ SVP e perfurantes 
 ○ Schwartz 
 ■ Insuficiência valvular 
 segmentar 
 Lembrando que o Diagnóstico da IVC é 
 CLÍNICO!! 
 Exames Complementares: 
 ● USG Doppler 
 ○ Padrão ouro 
 ○ Mostra a localização dos 
 refluxos 
 ○ Diâmetro das veias 
 ○ Usado para Planejamento 
 cirúrgico 
 ● Flebografia 
 ○ Usados apenas em situações 
 especiais 
 ○ Irá analisar a veia ascendente 
 e descendente com contraste, 
 iremos analisar o trajeto, 
 observando se há refluxo 
 daquele trajeto. 
 ● TC 
 ○ Avaliar síndromes 
 compressivas abdominais 
 ● Pletismografia 
 ○ Registra a variação de volume 
 do membro pela entrada e 
 saída do sangue 
 ● Pressão venosa ambulatorial 
 ○ Monitorização hemodinâmica 
 da insuficiência venosa 
 → Manobras Semiológicas: 
 Teste de Brodie-Trendelenburg 
 Ele avalia o grau de insuficiência da 
 Veia Safena e Veias perfurantes; 
 Iremos comprimir o Óstio da VSM 
 (veia safena magna) ou VSP ( veia safena 
 parva). Deixaremos isso comprimido, depois 
 colocaremos, e observaremos se existe o 
 enchimento das atrizes. 
 Se comprimirmos o óstio, e depois 
 colocarmos o paciente em pé e apresentar 
 enchimento significa que a causa não é 
 apenas da veia safena, ou não está 
 relacionado a ela. 
 Caso não ocorra nenhum enchimento 
 significa que temos como causa a veia 
 safena magna. 
 Já para analisar a Veia Parva 
 colocaremos o paciente deitado e elevamos 
 o membro a 45º, esvaziamos o sistema 
 venoso, comprimimos o óstio, depois 
 baixaremos a perna. Se encher as veias 
 podemos ter uma veia perfurante associada 
 ao problema. 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular 
 Em pé avalia-se enchimento por 
 perfurantes / safena; 
 Teste de Schwartz: 
 É uma percussão venosa no projeto 
 das varizes. 
 Caso seja positivo significa que temos 
 uma comunicação entre 2 pontos distantes 
 da veia, demonstrando que as válvulas estão 
 ineficazes. 
 Teste de Perthes: 
 Iremos testar a competência das 
 veias perfurantes e SVP. 
 Colocaremos um garrote, e 
 pediremos para o paciente realizar uns 
 exercícios, e observamos o enchimento das 
 veias. 
 Se com o movimento não ocorre o 
 enchimento, mas depois de retirarmos o 
 garrote, ocorre o enchimento significa que o 
 problema está somente na Veia Safena 
 Magna. 
 Todavia, se com o movimento ele 
 enche mesmo com o garrote, mostra que as 
 perfurantes também estão com problema. 
 → Tratamento: 
 Objetivo: 
 Alívio dos sintomas: 
 ● Tanto estético quanto clínicos● Tratamento / prevenção de 
 complicações 
 ● Prevenção de recorrências 
 ● Satisfação cosmética 
 Tratamentos Clínico: 
 ● Medidas de ortostatismo 
 ● Evitar sapatos altos 
 ○ Bomba muscular da 
 panturrilha 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular 
 ● Corrigir obesidade 
 ● Elevar membros durante o dia 
 ● Realizar atividade física adequada 
 ● Cama em Trendelenburg 
 ● Terapia compressiva elastica 
 (tratamento clínico com maior 
 evidência científica) 
 ○ Equilibra o aumento 
 patológico da pressão venosa 
 ○ Promove absorção do edema 
 e retorno dos líquidos para o 
 sistema veno linfático 
 ○ Não interfere com suprimento 
 arterial 
 ○ Alivia / trata os sintomas da 
 IVC 
 ● Terapia compressiva Inelástica para 
 úlceras varicosas (botas de Unna / 
 Bandagens multiextrato) 
 Medicações: 
 ● Flebotônicos 
 ○ Terapia complementar 
 ○ Sem indicação cirúrgica 
 ○ Persistência dos sintomas 
 ○ Ações 
 ■ Reforço da parede 
 venosa 
 ■ Melhora da 
 microcirculação 
 ■ Melhora da drenagem 
 linfática 
 ■ Diminuição da 
 permeabilidade capilar 
 ○ Classes: 
 ■ Diosmina 
 ■ Hesperidina 
 ■ Aminaftona 
 ■ Dobesilato de cálcio 
 ■ Cumarina 
 ■ Troxerrutina 
 ■ Castanha da Índia 
 → Tratamento das Telangiectasias: 
 Escleroterapia química: 
 Consiste em produzirmos uma 
 irritação endotelial, que gera a oclusão e 
 fibrose, por meio de uma injeção de 
 substâncias dentro do vaso. 
 Temos: Glicose 75%, Ethamolin, 
 Polidocanol. 
 Escleroterapia térmica: 
 Usando laser transdérmico. Usado 
 com ou sem associação a escleroterapia 
 química; 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular 
 Também serve para tratar, veias 
 reticulares. 
 → Tratamento de Varizes: 
 Cirurgia: 
 ● Flebectomia 
 ● Ligadura de veias perfurantes 
 ● Tratamento das safenas: 
 ○ Safenectomia (magna ou 
 parva) 
 ○ Termoablação 
 ○ Escleroterapia com espuma 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Clínica Cirúrgica / Cirurgia Vascular

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