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Apostila de biologia Volume único

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CURSO ARAR �BIOLOGIA PRE VEST��
Sumário�
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Citologia
Módulo 1 – Características gerais dos seres vivos / Bioquímica
Módulo 2 – Membrana plasmática
Módulo 3 – Organelas não produtoras de energia
Módulo 4 – Respiração e fotossíntese
Módulo 5 – Núcleo / Síntese de proteínas / Divisão celular
Histologia
Módulo 6 – Tecido epitelial
Módulo 7 – Tecido conjuntivo
Módulo 8 – Tecido muscular / Tecido nervoso
Seres Vivos
Módulo 9 – Programa de saúde / Doenças / Sistema imune / Profilaxia
Módulo 10 – Vírus e Bactérias
Módulo 11 – Reio Protista
Módulo 12 – Reino Fungi e Algas
Módulo 13 – Reino Plantae: Briófitas e Pteridófitas
Módulo 14 – Reino Plantae: Gimnospermas e Angiospermas
Módulo 15 – Reino Animal: Poríferos e Cnidários
Módulo 16: Reino Animal: Platelminto e Nematelminto
Módulo 17: Reino Animal: Artrópodes
Módulo 18: Reino Animal: Anelídeos e Moluscos
Módulo 19: Reino Animal: Equinodermos e Cordados
Fisiologia
Módulo 20: Digestão e Respiração
Módulo 21: Circulação e Excreção
Módulo 22: Sistemas integradores e Órgãos dos sentidos
Módulo 23: Reprodução e Métodos anticoncepcionais
Genética
Módulo 24: 1º e 2º Leis de Mendel
Módulo 25: Alelos múltiplos / Sistema ABO / Rh
Módulo 26: Interação gênica e Herança sexual
Módulo 27: Freqüência gênica e Genética populacional
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Evolução
Módulo 28: Evidências da evolução e Teorias evolucionistas
Módulo 29: Especiação e Evolução humana
Ecologia
Módulo 30: Cadeia alimentar / Teia alimentar / Pirâmides
Módulo 31: Sucessão e Ciclos biogeoquímicos
Módulo 32: Relações ecológicas e Poluição�
�
MÓDULO 1
CITOLOGIA - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS E BIOQUÍMICA CELULAR
Características Celulares
- Diferença entre procariotos e eucariotos
	A evolução fez com que os seres primitivos, vindos de uma imensa sopa de elementos químicos, adquirissem formas mais complexas.
	Essa sopa, por meio de conglomerados orgânicos, deu origem à célula.
	Esta estrutura básica produz diferentes reações morfológicas e fisiológicas nos seres vivos, sendo considerada então uma unidade morfofisiológica.
	A biodiversidade da Terra é formada por dois padrões celulares: as células procariotas e eucariotas.
	A diferença entre elas é a ausência de envoltório nuclear. O cromossoma nos procariotos encontra-se em contato com o protoplasma, em um espaço denominado de nucleóide. As células eucariotas possuem núcleo com envoltório nuclear. Além disso, as procariotas não possuem organelas membranosas, enquanto as procariotas as possuem.
- Diferenças entre células vegetal e animal
	As células eucariotas, ao contrário das procariotas, apresentam grande diversidade de estruturas envolvidas com o metabolismo celular. Se tratando de células animais e vegetais, há ocorrência ou ausência de estruturas nos dois tipos, devido a diferenças metabólicas. Parede celular e cloroplastos são estruturas típicas de células vegetais, enquanto os lisossomos e centríolos caracterizam células animais.
 
 
Composição química dos seres vivos
	Todos os seres vivos são constituídos por substâncias orgânicas e inorgânicas. A necessidade dessas substâncias varia entre as espécies, e dentro do próprio ser, dependendo do tecido e do órgão.
- Água
	O volume de água dentro do ser vivo varia entre 60-70%, onde a idade, a atividade do tecido e a espécie avaliada são fatores importantes para se saber o volume de água necessário.
	Tem como principais funções: atuação como solvente, meio de transporte, reações químicas (hidrólises) e controle de temperatura (elevado calor específico).
- Sais minerais
	As concentrações iônicas e o estado encontrado (dissolvido ou imobilizado) irão depender da necessidade do organismo. Podemos citar como exemplo: cálcio (formação de ossos e coagulação do sangue), fósforo (formação de ossos e dente e participa da transferência de energia), sódio (equilíbrio eletrolítico), cloro (formação de HCl), Magnésio (formação da clorofila), ferro (formação da hemoglobina), etc.
- Carboidratos
	Formados por carbono, hidrogênio e oxigênio. São utilizados como fonte de energia pelos organismos vivos, mas também temos carboidratos com função estrutural.
	São classificados como:
Monossacarídeos
Os principais são: ribose e desoxirribose (com 5 carbonos), constituintes dos ácidos nucléicos. Também temos neste grupo, a glicose, a frutose e a galactose (com 6 carbonos), que são utilizados como energéticos.
Oligossacarídeos
Formados pela união de 2 a 12 monossacarídeos. Os mais importantes são os dissacarídeos, como a frutose, a maltose e a lactose.
Polissacarídeos
Formados por milhares de polissacarídeos, originando polímeros. Os mais importantes são a celulose (estrutural), amido (reserva vegetal) e glicogênio (reserva animal).
- Lipídios
	Formados pela união de ácidos graxos e um álcool.
	Apresentam certa insolubilidade à água e solubilidade aos solventes orgânicos.
	Os principais lipídios são:
Glicerídeos
São os óleos e as gorduras. A diferença entre os dois se encontra no ponto de fusão. O álcool que participa da formação dos glicerídeos é o glicerol.
Fosfolipídios
São lipídios associados a um grupo fosfato. A membrana plasmática, por exemplo, é formada por duas camadas de fosfolipídios.
Cerídeos
São lipídios semelhantes aos glicídios, mas possuem o álcool constituído por vários carbonos na cadeia, o que os torna muito insolúveis em água.
Esteróides
São lipídios que possuem o álcool que o constitui, com cadeia cíclica. O colesterol é o esteróide mais conhecido, que juntamente com os fosfoglicerídeos, formam um dos componentes mais importantes das membranas celulares de animais. Também é importante na fabricação dos hormônios sexuais masculinos e femininos.
- Proteínas
	São macromoléculas formadas pelo encadeamento de vários aminoácidos.
	Em um aminoácido temos um carbono alfa ligado a um grupamento carboxílico (-COOH), a um grupo amina (-NH2) e a um radical que irá variar de acordo com o aminoácido.
	A ligação entre eles chama-se peptídica, ocorrendo após a desidratação entre um grupo amina de um aminoácido e o grupo carboxila de outro.
	A união de aminoácidos cria moléculas chamadas peptídeos. Muitos peptídeos unidos formam os polipeptídeos. As proteínas, na verdade, são polipeptídeos.
	Existem aproximadamente 20 tipos de aminoácidos. Os aminoácidos podem ser considerados essenciais, quando o organismo não consegue sintetizá-los e, por isso, precisam ser obtidos através da alimentação; e não-essenciais, quando é possível sintetizá-los.
Alterações como temperatura, acidez, concentração de sais podem provocar mudanças na configuração espacial das proteínas, o que as impediria de funcionar. Essa mudança na constituição espacial é chamada de desnaturação protéica.
	As proteínas têm como função: estruturação do organismo (participando da montagem de células e fibras), estruturação de hormônios (como a insulina) e formação de anticorpos (proteínas de defesa do organismo).
- Enzimas
	As enzimas têm um papel essencial no metabolismo orgânico.
	São proteínas catalisadoras, ou seja, aceleram as reações químicas sem que sofram alterações.
	Elas possuem determinadas regiões, chamada sítios ativos, que se ligam ao substrato modificando-o para produzir um ou mais produtos finais. Essa reação é naturalmente reversível, o que confere à enzima o poder da reversibilidade.
	As enzimas apresentam grande especificidade ao seu substrato de ação: pH e temperatura.
- Ácidos Nucléicos
	São macromoléculas essenciais aos organismos 
vivos, denominadas DNA (ácido desoxirribonucléico) ou RNA (ácido ribonucléico).
	Essas macromoléculas são formadas por nucleotídeos.
	Os nucleotídeos são formados por uma base nitrogenada (podendo ser pirimídicas – T, C e U ou purínicas – A e G), um carboidrato (pentose)e uma molécula de fosfato.
DNA
	Possui uma forma espacial formada por dois 
tipos de nucleotídeos ligados por pontes de H em forma 
helicoidal. O DNA possui capacidade de replicação ou autoduplicação considerada semiconservativa, pois para cada molécula nova existe um filamento de DNA original.
	Composto pelas bases A, T, C, G (A-T e C-G).
RNA
	Estruturação da molécula semelhante a do DNA, quanto ao encadeamento dos nucleotídeos. Mas difere quanto á forma espacial, visto que a molécula é formada por uma única cadeia e ao invés de timina possui uracila e a desoxirribose é substituída pela ribose.
Existem três classes principais: o mRNA (RNA mensageiro), o tRNA (RNA transportador) e o rRNA (RNA ribossômico).
	Todos participam da síntese protéica, em que o mRNA leva a informação genética, o tRNA identifica e transporta as moléculas de aminoácidos e o rRNA participa da montagem dos ribossomos.
	A essa transferência do DNA para o RNA denominamos transcrição e do RNA para a síntese de proteínas, tradução.
- Vitaminas
	
São substâncias orgânicas essenciais, obtidas através de alimentos, já que o organismo não pode sintetizá-las. As vitaminas, na sua maioria, funcionam como cofatores enzimáticos. Algumas são hidrossolúveis (C), e outras lipossolúveis (A, D, K).
EXERCÍCIOS
1. (FUVEST)- Um estudante escreveu o seguinte em uma prova: “as bactérias não têm núcleo nem DNA”. Você concorda com o estudante? Justifique.
2. (UNESP) – Os açúcares complexos, resultantes da união de muitos monossacarídeos, são denominados polissacarídeos.
Cite dois polissacarídeos de reserva energética, sendo um de origem animal e outro de origem vegetal.
Indique um órgão animal e um órgão vegetal em que cada um destes açúcares pode ser encontrado.
3. (UERJ) – A síndrome conhecida como “vaca louca” é uma doença infecciosa que ataca o SNC de animais e até do homem.
O agente infeccioso dessa doença é um príon – molécula normal de células nervosas – alterado em sua estrutura tridimensional. Os príons, assim alterados, têm a propriedade de transformar príons normais em príons infecciosos.
Os príons normais são digeridos por enzimas do tipo tripsina. Curiosamente, os alterados não o são, o que, entre outras razões, permite a transmissão da doença por via digestiva.
Tais dados indicam que a molécula do príon é de natureza:
Glicolipídica
Polipeptídica
Polissacarídica
Oligonucleotídica
4. (Unicamp) – Os lipídios têm papel importante na estocagem de energia, estrutura de membranas celulares, visão, controle hormonal, entre outros. São exemplos de lipídios: fosfofolipídios, esteróides e carotenóides.
Como o organismo humano obtém os carotenóides? Que relação tem com a visão?
A quais das funções citadas no texto acima os esteróides estão relacionados? Cite um esteróide importante para uma dessas funções.
5. (UFRN) – Uma prática corriqueira na preparação de comida é colocar um pouco de “leite” de mamão ou suco de abacaxi para amaciar a carne. Hoje em dia os supermercados já vendem um amaciante de carne industrializado.
Explique o amaciamento da carne promovido pelo componente presente no mamão, no abacaxi ou no amaciante industrializado e compare esse processo com a digestão.
Se o amaciante, natural ou industrializado, for adicionado durante o cozimento, qual será o efeito sobre a carne? Por quê?
6. (UNESP - adaptada) – Os biólogos moleculares decifraram o código genético. No modelo proposto, códons constituído por três bases nitrogenadas no RNA, cada base representada por uma letra, codificam os 20 aminoácidos. Considerando as quatro bases nitrogenadas responda.
Por que foram propostos no modelo códons de três letras, ao invés de códons de duas letras?
MÓDULO 2
CITOLOGIA - MEMBRANA PLASMÁTICA
Citologia
	O desenvolvimento do estudo da célula caminhou junto com o desenvolvimento da microscopia.
	Após estudos realizados por Robert Hooke, em 1667, vários cientistas começaram a desenvolver pesquisas no campo citológico, sendo que, em 1838, dois pesquisadores alemães, Schleiden e Schwann, formularam a teoria celular, em que todos os seres vivos são formados por células.
	Os vírus, única exceção a esta teoria, são dependentes das células para reprodução.
- Membrana plasmática
	É o envoltório celular presente em todos os tipos celulares.
	A membrana plasmática possui um modelo de mosaico fluido, descrito por Singer e Nicholson, em 1972, onde observamos duas camadas fosfolipídicas e proteínas.
	A camada fosfolípidica atua como isolante em relação ao meio externo da célula. As proteínas, que se movimentam nesta camada, formam canais que permitem a troca de substâncias entre a célula e o meio extracelular.
	Esta troca não é realizada de qualquer jeito. Existe uma seleção das substâncias que passam pela membrana. A essa seleção denominamos permeabilidade seletiva.
	A membrana plasmática possui em sua superfície algumas especializações, como o glicocálix, a parede celular, os desmossomos, os nexos, as interdigitações e as microvilosidades.
O glicocálix consiste em uma camada de carboidratos que se associa á camada fosfolipídica e protéica da membrana. Tem como funções: atuação como uma barreira contra agentes físicos e químicos do meio; permite o reconhecimento celular, pois o glicocálix é diferente de acordo com o tipo celular; e retém nutrientes e enzimas em volta da célula, mantendo um meio externo ideal.
	A parede celular é variável, dependendo da célula. As bactérias e as cianofíceas possuem uma parede celular formada por peptidoglicano. Os fungos são organismos uni ou pluricelulares, com parede formada por quitina. Em alguns protistas, a parede é de sílica. Mas o revestimento mais conhecido é a parede celular dos vegetais, formada por celulose, que é basicamente permeável, deixando o controle com a membrana plasmática.
	Os vegetais podem ter ainda, junto com a celulose, a presença de lignina e suberina, o que aumenta o poder de resistência.
	As células vegetais possuem alguns pontos de contato entre as suas paredes, onde, por não ocorrer a deposição de celulose, formam-se pontes citoplasmáticas. Essas pontes são chamadas de plasmodesmos, o que facilita o intercâmbio entre as células.
	Os demossomos existentes entre células dos tecidos epiteliais possuem a finalidade de aumentar o poder de coesão entre elas. Os desmossomo são acúmulos de fios de queratina e substância adesiva, como o ácido hialurônico.
	Os nexos são canais formados pelas junções de duas proteínas das membranas plasmáticas que se encontram unidas. Estão presentes em células embrionárias, cardíacas e hepáticas.
	As interdigitações são encaixes que aumentam o poder de coesão entre as células e a superfície de troca entre elas.
	As microvilosidades são dobras da membrana plasmática que aumentam a área de absorção dessas membranas. São encontradas na parede interna do intestino delgado.
Trocas celulares
	A permeabilidade da membrana plasmática permite trocas seletivas entre o meio intracelular e o meio extracelular. Essas trocas podem ser passivas ou ativas. A diferença entre elas está no gasto ou não de energia pela célula para poder realizá-la.
	Normalmente, existe uma diferença entre a quantidade de solvente e a de soluto. A essa relação entre solvente e soluto chamamos concentração, ou seja, a quantidade de soluto dissolvida pelo solvente de uma solução determina sua concentração.
	Quando comparamos duas soluções e elas apresentam a mesma concentração, dizemos que ocorre isotonia ou os meios são isotônicos.
	Quando ocorrer diferença entre eles, o meio que apresentar maior concentração é chamado hipertônico e o que apresentar menor concentração é chamado hipotônico.
	Quando um meio possui mais soluto ou solvente do que o outro, ele poderá ceder sem que a célula se esforce para isso. Nesse caso, o mecanismo será passivo. Caso contrário, ele será ativo, pois parair contra um gradiente de concentração, o gasto de energia torna-se obrigatório.
- Transporte passivo
Difusão
	É o processo de movimentação das partículas do lugar em que elas estão em maior quantidade para o lugar em que estão em menor quantidade.
Osmose
	É a difusão das moléculas de solvente (água) através de membranas semipermeáveis.
	O solvente difunde-se do meio hipotônico para o meio hipertônico, com o objetivo de igualar as concentrações.
	Se um meio é hipotônico é porque ele apresenta pouco soluto e muito solvente, logo, o meio hiper apresenta muito soluto e pouco solvente. O solvente move-se então, do lado que existe mais para o lado que existe menos.
	A tendência desse mecanismo é de igualar os lados, sendo que nem sempre isso é possível.
	A célula quando colocada em meio hipertônico tende a perder água e quando colocada em meio hipotônico, a ganhar água.
	Se for uma célula animal, a perda excessiva de água gerará um murchamento, chamado crenação. Caso ocorra o inverso, ou seja, o ganho excessivo de água, ocorrerá um rompimento da membrana plasmática, denominado lise celular ou plasmoptise (caso a célula animal seja uma hemácia, denominamos hemólise).
	Em uma célula vegetal túrgida, quer dizer cheia d’água, a perda acarretará a plasmólise. Se colocarmos esta célula em um meio hipotônico, ela voltará a ganhar 
água, chamando-se, então, deplasmólise.
	Pressão osmótica é a capacidade de uma substância em receber água por osmose. Logo, quanto mais concentrada for uma substância, maior será a sua 
pressão osmótica.
Difusão facilitada
	A passagem de substâncias pela membrana plasmática é favorecida pela presença de proteínas carregadoras. Isso acontece porque grande parte das substâncias possui moléculas grandes para passarem pela camada fosfolipídica. 
	As permeases (proteínas carregadoras) funcionam de forma semelhante a uma enzima, que se liga à substância de um lado e a solta do outro.
	É dessa forma que os aminoácidos, glicose e alguns íons atravessam a membrana plasmática. Não esquecendo que este transporte é passivo, pois as proteínas transportam substâncias do lado mais concentrado para o menos concentrado.
- Transporte ativo
	Muitas vezes, a célula necessita transportar substâncias do lado menos concentrado para o lado mais concentrado. Nesses casos, o gasto de energia é inevitável.
	Esse mecanismo é possível devido ao fato de existirem proteínas especiais na membrana plasmática que, alterando sua forma, transportam as substâncias de um lado para o outro. Essa alteração da forma é que promove o gasto energético.
	Essa energia é conseguida pela quebra de moléculas de ATP por essas proteínas. Por essa razão são consideradas um tipo especial de enzimas, as ATPases, por quebrarem as moléculas de ATP e liberarem energia.
 
 
 
O mecanismo de transporte ativo mais conhecido, realizado pela membrana, é o de Bomba Sódio e Potássio, que mantém as concentrações desses íons sempre diferentes entre o meio interno e o meio externo.
	Se isso não ocorresse, a tendência seria igualar os meios.
	A concentração de sódio do meio externo é maior que o meio interno. O potássio apresenta maior concentração no meio interno.
	A célula bombeia constantemente o sódio para fora e o potássio para dentro, mantendo assim a diferença entre as concentrações. Isto é importante por três motivos básicos:
Permite a diferença entre cargas elétricas do meio interno e do meio externo, favorecendo os fenômenos elétricos que ocorrem em células nervosas e musculares.
Evita que a concentração de sódio seja maior no meio interno, pois isso acarretaria a entrada de água em excesso, podendo provocar a ruptura da membrana plasmática.
A entrada de sódio por difusão facilita o transporte de aminoácidos e glicose, que são arrastados por ele.
- Endocitose e Exocitose
	Algumas células possuem mecanismos que atuam de maneira diferente.
	O englobamento de partículas pela célula é denominado endocitose, que é dividido em fagocitose e pinocitose.
	A fagocitose é o mecanismo de englobamento de partículas grandes e pinocitose é o englobamento de partículas pequenas.
	A fagocitose é realizada por células de poríferos, cnidários, bactérias e protozoários e consiste em, criar pseudópodes, que envolvem a partícula, colocando-a no interior da célula. Essa cavidade criada no interior irá desenvolver a digestão intracelular.
EXERCÍCIOS
1.(UNIRIO – adaptada) – Se colocarmos uma célula animal e outra vegetal em uma solução de NaCl a 1,5%, o que iremos observar?
2.(UFRJ) – As halobactérias são classificadas como halófilas extremas porque vivem em ambientes com uma concentração muito alta de Na+. Nessas bactérias, ao contrário do que ocorre na maioria das células, existem sistemas enzimáticos que bombeiam o K+ para o seu interior de tal forma que a concentração de potássio no interior é maior do que a concentração de Na+ no exterior. Em geral, nas outras espécies de microrganismos essas concentrações são iguais. De que forma o mecanismo de concentração de K+ é importante para as halobactérias?
3.(UFRJ) – Na membrana citoplasmática existe uma proteína que faz o transporte ativo (com gasto de ATP) de sódio para fora da célula.
Outro tipo de proteína da membrana funciona como uma espécie de portão que pode abrir ou fechar, permitindo ou não a passagem do sódio. Com o portão fechado, o sódio acumula-se do lado de fora da célula, o que aumenta a pressão osmótica externa, compensando a grande concentração de soluto orgânico no citoplasma. Isso evita a entrada excessiva de água por osmose.
Que estrutura celular torna menos importante esta função de equilíbrio osmótico do sódio nas células vegetais? Justifique sua resposta.
Entre as duas proteínas descritas, qual delas permite o movimento do sódio a favor do seu gradiente de concentração? Justifique.
4.(Unicamp) – Foi feito um experimento utilizando a epiderme de uma planta e uma suspensão de hemácias. Esses dois tipos celulares foram colocados em água destilada e em solução salina concentrada. Observou-se ao microscópio que as hemácias, em presença de água destilada, estouravam e, em presença de solução concentrada, murchavam. As células vegetais não se rompiam em água destilada, mas em solução salina concentrada notou-se que o conteúdo citoplasmático encolhia.
A que tipo de transporte celular o experimento está relacionado?
Em que situação ocorre este tipo de transporte?
A que se deve a diferença de comportamento da célula vegetal em relação à célula animal? Qual a diferença em água destilada e em solução?
MÓDULO 3
CITOLOGIA - ORGANELAS NÃO PRODUTORAS DE ENERGIA
Citoplasma
	Consiste em um material gelatinoso que fica compreendido entre a membrana plasmática e o núcleo das células eucarióticas. Lembre-se que nas células procarióticas, como não existe núcleo individualizado, o citoplasma preenche praticamente todo o espaço interno.
	O citoplasma é dividido em citosol ou hialoplasma, que também pode ser chamado matriz citoplasmática, e os órgãos citoplasmáticos.
	O citosol é formado por água que dissolve íons e moléculas orgânicas, formando um colóide, que gera um aspecto gelatinoso.
	Esse aspecto pode ser mais fluido ou menos fluido, o que caracteriza o colóide em estado sol ou em estado gel. Normalmente temos o hialoplasma no estado gel próximo à membrana plasmática e o estado sol no interior, próximo ao núcleo.
	No interior do citosol encontramos o citoesqueleto, que é formado por microtúbulos (tubulina) e por microfilamentos (actina). O citoesqueleto permite à célula manter sua estrutura, bem como a sua movimentação.
	O citosol possui também uma corrente citoplasmática, chamada ciclose, que é característica de células vegetais, dependendo da contração da actina. Essa corrente facilita a distribuição de substâncias.
- Organelas não produtoras de ATPSão organelas que se encontram imersas no citoplasma, mas que não têm como finalidade a produção de compostos energéticos. Essas organelas são chamadas de não produtoras de ATP, e estão representadas por:
- Ribossomos
	Os ribossomos são grânulos formados pela união de rRNA e proteínas.
	O ribossomo é formado por duas subunidades de tamanhos e densidades diferentes.
	Todo ser vivo celular possui ribossomos, sendo que os procariontes apresentam ribossomos menores que os eucariontes.
	O ribossomo está envolvido na síntese de 
proteínas e pode estar livre no citoplasma ou aderido a uma rede de canais denominada de Retículo Endoplasmático Granular (REG). Quando vários ribossomos estão associados a um RNA para a montagem de várias proteínas são denominados polirribossomos ou polissoma.
	Normalmente, os ribossomos livres do citoplasma formam proteínas que serão usadas pela própria célula, enquanto os aderidos do REG lançam as proteínas para o interior do retículo, onde as mesmas, geralmente, são exportadas.
- Retículo Endoplasmático
	O retículo pode se apresentar de dois tipos. Um com ribossomos aderidos, chamado granular (REG) e outro sem ribossomos aderidos, chamado agranular (REA).
	O primeiro está envolvido na síntese de proteína, que pode ser utilizada pela própria célula para montagem de membranas, e para exportação, como é o caso do REG de células glandulares e produtoras de anticorpos.
	Como essa rede de canais está aderida à membrana plasmática, a absorção de substâncias fica favorecida, como é o caso de gotículas de gordura ingeridas por pinocitose. Nesses casos, essas substâncias presentes no REG, podem se ligar as proteínas presentes nele, por exemplo, as glicoproteínas.
	Todas as proteínas produzidas no REG para a exportação passarão antes por um conjunto de vesículas achatadas, chamado Complexo Golgiense.
	O REA não possui ribossomos, por isso não está ligado à síntese de proteínas. O REA produz vários tipos de lipídios, como os fosfolipídios da membrana plasmática, hormônios sexuais, os corticosteróides etc.
	No fígado, as células hepáticas possuem REA bem desenvolvido, o que permite o trabalho de desintoxicação, devido ao fato de essas células possuírem enzimas que incorporam hidroxilas às substâncias tóxicas, favorecendo a sua eliminação.
	No músculo, retículo agranular é denominado retículo sarcoplasmático e está envolvido no mecanismo de contração pelo armazenamento e transporte de íons cálcio e ATP.
- Complexo Golgiense
	É um conjunto de vesículas achatadas presentes em eucariotos, e apresenta as seguintes funções:
Encapsulamento de proteínas formadas no REG
Síntese de glicídios e mucopolissacarídeos que participam da formação da parede celular de vegetais, glicocálix, formação do muco protetor do sistema digestório e respiratório e etc.
Participa da formação do acrossomo, que contém a enzima hialuronidase.
Essa enzima é importante no processo de fecundação, porque durante o mecanismo de formação do espermatozóide, as vesículas do complexo golgiense se fundem formando o acrossomo. Essa região é pressionada contra a corona radiata, liberando a enzima que ataca o ácido hialurônico. Esse ácido é responsável pela integridade da corona radiata. Assim, a corona se desfaz, permitindo a entrada do espermatozóide.
- Lisossomos
	São estruturas membranosas derivadas do complexo golgiense que participam do processo de digestão intracelular.
	No seu interior, encontramos enzimas digestivas, como as proteases ácidas, que atuarão como um maquinário digestivo.
- Peroxissomas
	São vesículas presentes em células eucarióticas, que contêm enzimas capazes de reagirem o oxigênio com os hidrogênios produzidos em reações celulares, produzindo peróxido de hidrogênio. Como o peróxido de hidrogênio é extremamente tóxico, o peroxissoma produz a catalase, que o decompõem, liberando oxigênio.
	Os peroxissomos também possuem enzimas que promovem a oxidação dos ácidos graxos para a respiração celular, e oxidação de substâncias tóxicas como o álcool. O fígado, por exemplo, é rico em peroxissomas.
- Glioxissomas
	Presente em células vegetais, onde promove a oxidação de lipídios em glicídios simples, armazenados nas sementes.
- Vacúolos
	São cavidades existentes nas células. 	Originam-se a partir de invaginações da membrana plasmática ou de dilatações do retículo endoplasmático.
	Os protozoários de água doce possuem vacúolo contrátil, que elimina o excesso de água, que o protozoário ganhou por osmose, visto que ele é hipertônico em relação à água. Assim, o protozoário mantém o equilíbrio osmótico e elimina substâncias tóxicas juntamente com a água.
	Os vegetais possuem o vacúolo de suco celular. Este é grande e está ligado à função de armazenamento de substâncias nutritivas, enzimas digestivas e controle osmótico.
	Lembrando que, todas as células possuem vacúolos, que podem ser grandes ou pequenos, dependendo da célula.
- Centríolo, cílio e flagelos
	O centríolo é formado por microtúbulos, com organização cilíndrica, de modo que cada centríolo 
apresente nove trincas de microtúbulos.
Nas células, geralmente encontramos dois centríolos formando um ângulo reto entre eles, em forma de cruz.
	Eles são responsáveis pela organização do fuso acromático, cílios e flagelos, e são capazes de se multiplicar, a partir da orientação dos microtúbulos do citoplasma.
	Os cílios e flagelos são estruturas semelhantes que participam da movimentação de células. Apresentando uma configuração cilíndrica, com nove pares de microtúbulos periféricos e um par central.
	A diferença entre eles consiste no tamanho e na quantidade, visto que os cílios são curtos e numerosos, enquanto os flagelos são longos e em pequena quantidade.
- Lisossomos e a digestão intracelular
	Os lisossomos, como vimos anteriormente, são responsáveis pela digestão intracelular.
	São formados a partir de vesículas que se soltam do complexo golgiense. No seu interior, encontramos enzimas denominadas hidrolases ácidas, que não atacam a própria membrana dos lisossomos por serem revestidas internamente por glicoproteínas.
	Após a ocorrência da fagocitose, o material incorporado fica retido dentro de uma vesícula criada pela invaginação da membrana plasmática, denominada fagossomo.
	O lisossomo se liga ao fagossomo formando o vacúolo digestivo. Essa vesícula formada pela união do fagossomo e do lisossomo possui a partícula ingerida e as hidrolases ácidas.
	Durante o processo de digestão, as moléculas produzidas são atravessadas para o hialoplasma pela membrana do vacúolo digestivo.
	Terminada a digestão, o vacúolo que acumula o material não absorvido transforma-se em um vacúolo residual.
	Esse vacúolo pode se ligar à membrana plasmática, promovendo a exocitose ou clasmocitose, ou pode permanecer dentro da célula.
	Ocasionalmente, a falta de nutrientes pode promover o englobamento de organelas celulares, que englobadas pelos lisossomos formam os chamados vacúolos autofágicos, realizando o processo de autofagia. Além de suprir as necessidades nutricionais, esse mecanismo também é utilizado para troca de organelas velhas.
Existe também outro mecanismo chamado autólise, que ocorre quando há um derramamento de 
enzimas lisossômicas no interior do citoplasma, promovendo a digestão de toda célula e em seguida a sua morte. Esse mecanismo ocorre quando células velhas se autodestroem, como por exemplo, a redução da cauda nos anfíbios.
EXERCÍCIOS
1.(Unicamp) – No citoplasma das células são encontradas diversas organelas, cada uma com funções específicas, mas interagindo e dependendo das outras para o funcionamento celular completo. Assim, por exemplo, os lisossomos estão relacionados ao complexo Golgiense e ao retículo endoplasmático granular, e todos às mitocôndrias.
Explique que relação existe entre os lisossomos e ocomplexo Golgiense.
Qual a função dos lisossomos?
Por que todas as organelas dependem das mitocôndrias?
2.(PUC-Campinas, adaptada) – Uma célula secretora apresenta, como organela mais desenvolvida, o retículo endoplasmático agranular. Qual é a substância produzida por esta célula?
3.(Unicamp) – A mudança na cor da pele de algumas espécies de peixes se deve ao deslocamento, ao longo dos microtúbulos, de grânulos de pigmentos que podem agregar-se no centro da célula ou dispersar-se pelo citoplasma.
O que são microtúbulos? Qual é a sua composição química?
Apresente outro exemplo de função desempenhada pelos microtúbulos, explicando seu papel.
Para que o peixe muda de cor?
4.(Unicamp) – Certo tipo de macromolécula destinada á membrana plasmática celular depende de etapas nucleares e citoplasmáticas para sua produção, de acordo com os percursos esquematizados a seguir:
Por que essas etapas começam no núcleo?
Qual é a composição da macromolécula ao final do percurso 1? E do percurso 2? Esclareça a diferença, baseando-se nas funções das organelas citoplasmáticas envolvidas em cada percurso.
5.(Unicamp) – Suponha que as células de um tecido foram fragmentadas, separando-se um tipo de organela em cinco tubos de ensaio. Em seguida, alguns componentes químicos de três tubos foram identificados, como especificado a seguir.
Tubo I – Grande quantidade de DNA e RNA; proteínas histônicas e proteínas de membrana.
Tubo II – Fosfolipídeos; proteínas de membrana, RNA ribossômico e proteína de ribossomos.
Tubo III – Fosfolipídeos; proteínas de membrana e clorofila.
Qual é a organela presente em cada um dos três tubos?
Cite outro componente químico que poderia ter sido encontrado no tubo III.
Cite duas organelas que poderiam ter sido encontradas nos tubos IV e V, indicando um componente químico característico de cada uma delas.
6.(Unicamp) – Os fumantes causam maiores danos às suas vias respiratórias ao introduzir nelas partículas de tabaco e substâncias como nicotina em concentrações maiores do que as existentes no ar. Essas substâncias inicialmente paralisam os cílios na traquéia e brônquios e posteriormente os destroem. Além disso, a nicotina provoca a liberação excessiva de adrenalina no sangue, aumentando os riscos de acidentes vasculares.
A que tipo de tecido estão associados os cílios?
Qual é a conseqüência da paralisação e da destruição dos cílios das vias respiratórias?
Explique como os efeitos fisiológicos da liberação da adrenalina podem aumentar o risco de acidentes vasculares.
Onde é produzida a adrenalina?
MÓDULO 4
CITOLOGIA - RESPIRAÇÃO E FOTOSSÍNTESE
Órgãos produtores de energia
- Mitocôndria
	As mitocôndrias foram descobertas no século XIX e são fonte de produção de energia.
	Estão presentes em praticamente todas as células eucarióticas e sua quantidade varia de acordo com o tipo celular.
	É constituída por duas membranas lipoprotéicas, semelhantes à membrana plasmática, sendo que a membrana externa é lisa e a interna contém dobras, constituindo as chamadas cristas mitocondriais, que são projetadas para o interior da organela.
	A mitocôndria é preenchida internamente por um colóide, constituído por DNA, RNA, enzimas e ribossomos, formando a matriz mitocondrial.
	Dentro da mitocôndria ocorre o processo de respiração celular, que é responsável pela produção de energia, sendo neste caso aeróbio, pois temos a participação do oxigênio, com produção de gás carbônico e água.
Respiração anaeróbia ou fermentação
	A fermentação ou respiração anaeróbia é um simples processo de degradação, que tem como finalidade a produção de energia. Vamos considerar que essa degradação ocorrerá com a glicose, que é a substância mais empregada para essa finalidade, mas sem esquecer que qualquer molécula orgânica pode ser degradada.
A célula usará duas moléculas de ATP para ativar a glicose, transformando-a em frutose 1,6-difosfato, ou seja, uma molécula que possui seis carbonos e dois fosfatos.
	Cada uma delas terá dois fosfatos energéticos. Como existem duas moléculas, obteremos quatro fosfatos, que serão transferidos para quatro moléculas de ADP, convertendo-as em quatro moléculas de ATP. Como o processo inicial utilizou duas moléculas, teremos um saldo de duas moléculas de ATP.
	Ao final dessas reações, o gliceraldeído se converterá em ácido pirúvico. 
	Esse procedimento chama-se glicólise ou piruvato.
	A partir desse ponto, podemos ter três caminhos, o que determinará o tipo de fermentação.
	O ácido pirúvico poderá dar origem ao ácido láctico, álcool etílico ou ácido acético, o que caracterizará a fermentação como láctica, alcoólica ou acética, respectivamente.
	Algumas bactérias e leveduras fermentam açúcares produzindo gás carbônico e álcool etílico, usado na fabricação de pães, bolos, bebidas.
	Os lactobacilos fermentam a lactose, o açúcar presente no leite, produzindo o ácido láctico, utilizado na fabricação de iogurtes e queijos.
	As acetobactérias (um grupo especial de bactérias) fermentam o suco de frutas, como, por exemplo, a uva produzindo o vinagre. O produto dessa fermentação é o ácido acético.
Respiração aeróbica
	É um processo muito mais eficiente que o anaeróbico, pois é capaz de produzir, a partir da mesma molécula de glicose, 38 moléculas de ATP.
	É um processo muito mais complexo, que envolve além da glicólise, outros dois mecanismos, chamados Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória.
	A glicólise ocorre da mesma forma que no processo anaeróbico, e acontece no citoplasma da célula. Nesse processo, como já foi visto, existe a produção de duas moléculas de ácido pirúvico.
	Durante o processo são liberados quatro hidrogênios, que vão se ligar com uma molécula denominada NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo), que recebendo dois hidrogênios, passará à condição de NADH2, além de produzir dois ATPs pela energia liberada no processo.
	O ácido pirúvico penetra dentro da mitocôndria reagindo com uma substância chamada coenzima A ou CoA, originando três produtos: acetilcoA, gás carbônico e hidrogênios.
	O gás carbônico é liberado e os hidrogênios se ligam ao NAD, formando NADH2.
	A molécula de acetilCoA se combinará com uma molécula de ácido oxalacético, resultando em ácido cítrico e CoA.
	Esses fenômenos ocorrem na matriz mitocondrial.
	Durante o processo, cada ácido cítrico será decomposto em vários produtos, liberando gás carbônico e hidrogênios, que serão capturados por aceptores chamados NAD e FAD (flavina adenina dinucleotídeo), que irão conduzi-los para a cadeia 
respiratória, formando novamente ácido oxalacético.
	Esse mecanismo é chamado ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico.
	Devemos lembrar que durante o processo de glicólise, ocorreu a produção de duas moléculas de cido pirúvico. Logo, teremos duas voltas no ciclo de Krebs.
	Não existe consumo de CoA nem de ácido oxalacético durante o processo.
	Durante o ciclo ocorre uma pequena liberação de energia, mas com força suficiente para produzir uma molécula de ATP. Como temos dois ciclos, produziremos duas moléculas de ATP.
	Os hidrogênios liberados durante o processo de glicólise e o ciclo de Krebs serão encaminhados para a cadeia respiratória. O ponto máximo de produção de energia ocorre nas cristas mitocondriais.
	As moléculas de NAD e FAD liberam os hidrogênios para uma série de moléculas intermediárias encontradas nas cristas mitocondriais.
Essas moléculas são: coenzima (flavina mononucleotídeo (FMN) e a coenzima Q; proteínas -(citocromos e proteínas com átomos de ferro e enxofre.
	Essas substâncias formam uma seqüência que os elétrons, ao percorrerem, liberam energia para incorporar um fósforo inorgânico ao ADP, formando moléculas de ATP.
	Recordando que, na verdade o que é transportado por essas moléculas é o elétron de hidrogênio e não o hidrogênio todo. Os prótons ficam dissolvidos na matriz.
	Essas moléculassão, na realidade, transportadoras de elétrons que se oxidam e se reduzem, com a saída e a entrada de elétrons ao longo da cadeia.
	O último transportador se oxidará ao passar os elétrons ao oxigênio que, incorporando os íons hidrogênio, formará água.
	O fornecimento contínuo de oxigênio à célula é necessário, porque caso contrário, o último transportador ficará reduzido, interrompendo o processo, pois não conseguiria receber novos hidrogênios.
	A cadeia respiratória é chamada de fosforilação oxidativa, pois a incorporação do fósforo se dá devido aos processos de oxidação.
	A cadeia respiratória produz em seu processo de oxidação 34 moléculas de ATPs. Se somarmos as duas produzidas na glicólise e duas no ciclo de Krebs, teremos um saldo de 38 moléculas de ATP.
- Plastos
	São organelas citoplasmáticas exclusivamente vegetais, que variam no tamanho e na quantidade de acordo com o tipo celular.
	São classificados em cromoplastos e leucoplastos.
	Os primeiros têm pigmentos em seu interior, sendo o principal pigmento a clorofila, mas não o único.
O segundo tipo é o plasto branco que não possui pigmento, sendo um plasto de armazenamento, como o amiloplasto, que armazena amido.
- Cloroplastos
	São os cromoplastos responsáveis pela fotossíntese.
	O cloroplasto é uma organela discóide com duas membranas, sendo que a interna forma lamelas, que originarão pequenas vesículas, os tilacóides, onde encontramos a clorofila.
	O interior do cloroplasto é preenchido por um colóide, chamado estroma.
	A fotossíntese é o processo que permite aos seres autotróficos fabricarem seu próprio alimento a partir de matéria inorgânica. Para que possam fazer isso, a maioria utiliza a luz como fonte de energia.
 6CO2 + 12H2O C6H12O6 + 6O2 + 6H2O
	O processo fotossintético é dividido em dois momentos. As chamadas reações de claro (fotoquímica) e as reações de escuro (química).
	O primeiro tipo é essencialmente produtor de compostos energéticos, enquanto o segundo é químico, responsabilizando-se pela síntese.
	Ressaltando que, as reações de escuro não ocorrem necessariamente na ausência de luz, só não depende dela para ocorrer.
- O mecanismo fotossintetizante
	O conjunto de clorofila, aceptores de elétrons, enzimas e pigmentos acessórios são chamados fotossistemas.
	Os fotossistemas são classificados de acordo com a capacidade de absorção luminosa. O fotossistema I (P700) absorve luz com comprimento de onda na faixa de 700 nm, enquanto o fotossistema II (P680), o comprimento de onda é na faixa de 680 nm.
	Devemos ressaltar que como principal elemento do fotossistema é a clorofila, os sistemas P700 e P680 também são relacionados como a clorofila a e a clorofila b, respectivamente.
	
Inicialmente, o processo apresenta as reações denominadas reações de claro, que consistem nos mecanismos de fotofosforilação cíclica e acíclica e 
fotólise da água.
	Na fotofosforilação cíclica, o fotossistema 
participante será o P700 e na acíclica o P700 e o P680.
	Quando o sistema P700 é atingido pela luz, seus elétrons ficam excitados devido à energia absorvida e saltam para fora da clorofila. Nesse instante, são capturados por aceptores de elétrons, preferencialmente pela ferridoxina, que os transfere para outros aceptores, chamados de citocromos. Durante o trajeto, os elétrons perdem energia, que é utilizada para incorporação do fósforo em moléculas de ADP, formando ATP. No final do trajeto, os elétrons já não possuem mais a energia inicial, retornando ao P700.
	A fotofosforilação acíclica começa no P700. Os elétrons recolhidos pela ferridoxina serão transferidos para um aceptor chamado NADP (nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato). Se não 
houver NADP, a ferridoxina os transfere para os citocromos, fechando o ciclo (fosforilação acíclica). No caso de existir NADP, ele fica temporariamente reduzido e o fotossistema I oxidado.
	A clorofila do fotossistema II emite elétrons que estão excitados pela luz, sendo capturados pelo aceptor chamado plastoquinona, que os transfere para um conjunto de aceptores que os transportarão até o fotossistema I. Durante o trajeto, a energia dos elétrons é liberada e utilizada para a incorporação de fósforo nos ADPs, montando os ATPs.
	Como os elétrons são transferidos para a fotossistema I, ele volta ao normal, visto que estava oxidado.
	O fotossistema II ficou agora sem elétrons. Esse procedimento provoca a oxidação da água (fotólise da água), que libera prótons para o fotossistema II, recompondo-o. Os prótons, provenientes do hidrogênio da água, são encaminhados para o NADP, que estava reduzido, passando á condição de NADPH2.
	À medida que a molécula de água vai sendo quebrada, começa a ocorrer um acúmulo de íons OH-, que irão se organizar, formando O2 e H2O.
	Resumidamente, podemos dizer que a finalidade da fase luminosa ou fotoquímica é produzir ATP e NADPH2, possuindo como resíduo H2O e O2.
	Produzidos os compostos energéticos, que ocorreu nas membranas internas do cloroplasto, passamos à fase escura, em que ocorrerá a síntese de matéria orgânica.
	Essa via metabólica de síntese é conhecida como ciclo de Calvin-Benson.
	
O CO2, proveniente do ar atmosférico, irá reagir com moléculas de RDP (ribulose 1,5 difosfato). Na verdade, são seis moléculas de gás carbônico que 
reagem com seis moléculas de ribulose, produzindo 12 moléculas de ácido fosfoglicérico, que formarão uma 
molécula de glicose e dez moléculas de gliceraldeído 3 fosfato (PGAL), que irão regenerar as seis moléculas de ribulose.
	Após a formação de glicose, ela será utilizada em vários mecanismos metabólicos, como a respiração celular.
	A velocidade em que a fotossíntese ocorre é influenciada por vários fatores, como a intensidade luminosa, a concentração de gás carbônico e a temperatura.
EXERCÍCIOS
1.(FUVEST) – Em uma situação experimental, camundongos respiraram ar contendo gás oxigênio constituído pelo isótopo O18. A análise de células desses animais deverá detectar a presença do isótopo, primeiramente,
no ATP
na glicose
no NADH
no gás carbônico
na água
2.(UFRS) – As hemácias humanas foram selecionadas ao longo da evolução de modo a que desempenhassem hoje em dia suas funções de modo eficiente. Durante esse processo evolutivo, as mitocôndrias e os núcleos foram perdidos na fase madura. Quais dos processos biológicos a seguir continuam a ocorrer, nas hemácias maduras, apesar desta adaptação?
Cadeia transportadora de elétrons
Ciclo de Krebs
Glicólise
Replicação
Transcrição
3.(Unicamp) – Uma das hipóteses mais aceita para explicar a origem das mitocôndrias sugere que estas organelas se originaram de bactérias aeróbicas primitivas, que estabeleceram uma relação de simbiose com uma célula eucarionte anaeróbica primitiva.
Dê uma característica comum a bactérias e mitocôndrias que apóie a hipótese acima.
Qual seria a vantagem dessa simbiose para a bactéria?E para a célula hospedeira?
Que outra organela é considerada também de origem simbiótica?
4.(UFRJ) – A cachaça é obtida pela fermentação da 
cana-de-açúcar por uma levedura. O produto final é uma mistura que contém fragmentos do glicídio inicial, como o álcool etílico,o metanol e outras substâncias.
Quando essa mistura é mal destilada, a cachaça pode causar intoxicações graves nos consumidores, devido à presença de metanol.
Considerando os tipos de degradação de glicídios nos seres vivos, explique por que a degradação de glicose nas nossas células não produz metanol.
MÓDULO 5
CITOLOGIA - NÚCLEO, SÍNTESE DE PROTEÍNAS E DIVISÃO CELULAR
Núcleo
	O núcleo é o centro de controle das atividades da célula e arquivo das informações genéticas.
	Em células eucariotas, encontra-se delimitado por uma membrana, a carioteca, enquanto nas células procariotas, o material genético encontra-se disperso no citoplasma.
	Dependendo do tipo de célula eucariota, poderá existirmais de um núcleo, como por exemplo, as fibras musculares estriadas.
	O núcleo possui alguns componentes como: a carioteca, a cariolinfa, o nucléolo e a cromatina.
	A carioteca tem uma dupla camada lipoprotéica, como a maioria das membranas celulares, existindo um espaço entre as membranas, chamado de espaço perinuclear. A sua face externa se comunica com o retículo endoplasmático granular (REG), apresentando ribossomos em sua superfície.
	A cariolinfa tem sua constituição semelhante a do hialoplasma, mas com uma maior concentração protéica.
	O nucléolo apresenta-se como um corpúsculo denso e arredondado, constituído por proteínas, grãos de ribonucleoproteína (RNA associado a proteínas) e uma baixa concentração de DNA.
	O nucléolo é o local onde são fabricados os RNA ribossômicos, que se associando às proteínas, formarão os ribossomos, que irão para o citoplasma participar da síntese protéica.
	O DNA existente no nucléolo pertence ao cromossomo que organiza o nucléolo, que possui uma região chamada de zona SAT (zona organizadora do nucléolo).
	A cromatina é um conjunto de filamentos formados por proteínas simples chamadas histonas, que se ligam às moléculas de DNA. Esses filamentos recebem a denominação de cromossomos.
	A cromatina apresenta-se em determinadas regiões mais condensada e em outras mais frouxas. A mais condensada recebe o nome de heterocromatina ou falso nucléolo, que possui baixa atividade, e a mais frouxa, recebe o nome de eucromatina, com alta taxa de transcrição.
	A célula apresenta-se durante a sua vida em dois momentos: o chamado período metabólico, ou intérfase, e o período divisional, que poderá ser mitótico ou meiótico.
	Na intérfase a cromatina é um novelo de filamentos (cromonemas), no qual não se pode visualizar muito bem os cromossomos.
	Além disso, o DNA com os nucleossomos adquire uma forma helicoidal, como se ele se enrolasse sob o seu próprio eixo. Essa é a forma básica do cromossomo, denominando-se de cromonema.
	A preparação do cromossomo tem início com a condensação dos filamentos cromossômicos, onde as regiões de eucromatina sofrem uma espiralização maior do que as regiões de heterocromatina. Com isso, nota-se que o filamento cromossômico, agora mais grosso e curto, apresenta regiões de estrangulamento, chamadas de constricções.
	O cromossomo apresenta uma constricção primária que é chamada de centrômero. Qualquer outra que existir será chamada de constricção secundária. A zona SAT do cromossomo organizador de nucléolo está situada após uma região que apresenta constricção secundária.
	O centrômero divide o cromossomo em duas partes, que são chamadas de braços cromossômicos.
	Cada ser vivo celular possui no seu núcleo, uma determinada quantidade de cromossomos, o que caracteriza cada espécie. O conjunto de cromossomos de uma espécie chama-se cariótipo.
	Se tomarmos a espécie humana como exemplo, observaremos que o cariótipo da nossa espécie é de 46 cromossomos. Mais importante do que a quantidade de cromossomos é a informação que está contida neles. As informações genéticas estão localizadas dentro dos genes, e estes nada mais são do que fragmentos de DNA.
	Logo, os cromossomos são um conjunto de informações (genes) capazes de comunicar todas as proteínas necessárias à 
formação e ao funcionamento de um organismo.
	Como temos 46 cromossomos em nossas células e somos formados pela soma do material contido nos cromossomos proveniente dos pais, podemos concluir que os gametas têm apenas a metade desse padrão cromossômico, ou seja, 23 cromossomos. Quando os gametas se fusionam, a primeira célula formada é o zigoto, que terá então 23 cromossomos vindos do pai e 23 cromossomos vindos da mãe.
	Esses cromossomos não se posicionam de forma aleatória e sim aos pares, onde cada cromossomo formará um par com outro cromossomo semelhante a ele. Esse par cromossômico formado denomina-se de par homólogo e seus cromossomos de cromossomos homólogos.
Dessa forma, cada par possuirá cromossomos com semelhanças genéticas e morfológicas.
As células que possuem pares de cromossomos homólogos são chamadas de diplóides e representadas pelo símbolo 2n.
As células que têm apenas um tipo de cada cromossomo, como é o caso dos gametas, são chamadas haplóides e representadas por n.
Se os cromossomos dos pares são semelhantes na forma e na seqüência de genes, podemos dizer que os genes se colocam lado a lado no par homólogo. Esses genes são chamados de genes alelos e cada local ocupado por esse gene é chamado de loco gênico.
	Se os genes que ocupam o mesmo loco gênico no par homólogo forem iguais, dizemos que a condição é homozigótica, se não, a condição passa a ser heterozigótica.
	Quando dizemos que os genes são iguais ou diferentes, nos referimos à qualidade do gene e não à característica informada por ele. Essa característica tem que ser obrigatoriamente igual, isto é, um gene pode determinar que o cabelo de uma pessoa seja ruivo e o outro que seja loiro. Observe que a qualidade dos genes são diferentes (um para ruivo, outro para loiro), mas ambos determinam a característica cor de cabelo.
Cariótipo humano
	A espécie humana possui 46 cromossomos ou 23 pares, sendo que 44 cromossomos, ou 22 pares são formados por cromossomos chamados autossomos, pois são equivalentes. O 23° par é chamado de heterossomo ou cromossomo sexual.
Cariótipo da mulher: 44AA + XX, ou 46, XX
Cariótipo do homem: 44 AA + XY ou 46, XY
Alterações cromossômicas
	O cariótipo humano pode apresentar algumas alterações, que são conhecidas como aberrações cromossômicas ou mutação cromossômica. Podem ser numéricas, quando é alterada a quantidade de cromossomos, ou estruturais, quando a estrutura do cromossomo é alterada.
- O controle metabólico
	As instruções da síntese de proteína se encontram em frações de DNA, chamadas genes.
	Nós somos formados pela fusão dos gametas, que originam o zigoto e a partir do zigoto ocorre a duplicação das células para originar um indivíduo com milhares de células. Mas como isso ocorre?
	Esse fenômeno só é possível devido ao fato do DNA possuir uma propriedade chamada autoduplicação, ou seja, a molécula de DNA é capaz de produzir duas novas moléculas a partir de si mesma.
	Esse processo consiste em quebrar as pontes de hidrogênio que ligam os dois filamentos da molécula de DNA e incorporar novos nucleotídeos nesses filamentos. As duas molécula produzidas são idênticas à original. Repare que as duas novas moléculas de DNA possuem cada uma um filamento da molécula original. Por isso dizemos que o processo é semiconservativo.
	Para que esse processo ocorra, é necessária a participação de várias enzimas, onde podemos citar uma das mais importantes, que é a DNA polimerase, que é a responsável pela incorporação de novos nucleotídeos.
	Se as proteínas são formadas por aminoácidos, podemos concluir que os genes informam a seqüência de aminoácidos para a montagem da proteína.
	A teoria “um gene, uma enzima”, formulada por Beadle e Tatum, diz que, se os genes determinam as características através das enzimas, logo, cada gene deverá determinar apenas uma enzima.
- Transcrição e Tradução
	Para que a informação genética seja promovida é necessário que o DNA gere condições para que isso ocorra. Essas condições são justamente a montagem das moléculas de RNA, que irão desenvolver o trabalho de síntese da molécula de proteína. Essa montagem do RNA, independentemente do tipo, chama-se transcrição.
	O que devemos lembrar é que, as instruções genéticas são frações do DNA (genes) que necessitam ser interpretadas pelo maquinário celular. É para isso que o DNA cria os RNAs, que irão interpretar e executar as instruções genéticas.
	Existem três tipos de RNAs, que são:
RNAm (mensageiro) – possui a transcrição do código genético do DNA.
RNAt (transportador) – transporta os aminoácidos para o local de síntese de proteínas.
RNAr(ribossomial) – participa da estrutura dos ribossomos, onde ocorre a síntese da proteína. Os RNAr são transcritos pela zona SAT.
O DNA é constituído por quatro bases nitrogenadas: A, T, C e G.
O gene é uma combinação dessas bases, isto é, a seqüência em que elas se encontravam no filamento. Com isso, podemos imaginar o incontável número de genes que é possível existir combinando apenas essas quatro bases.
A transcrição ocorre a partir de um filamento do DNA, denominado de filamento de transcrição, que se afasta de seu filamento complementar e através da RNA polimerase, ocorre o encaixe dos nucleotídeos que formarão o RNA, a partir do DNA, que foi utilizado como molde.
O encaixe dos nucleotídeos obedece a paridade das bases: se no filamento de DNA tivermos uma guanina (G), o nucleotídeo do RNA será uma citosina (C). Se no filamento de DNA tivermos uma adenina (A), então em vez de encaixarmos uma timina (T), colocaremos uma uracila (U), lembrando que a timina é uma base exclusiva do DNA e a uracila do RNA.
Dessa forma se o molde de DNA tiver uma seqüência do tipo ATTCGCTAA, o RNA montado será UAAGCGAUU.
Estudos desenvolvidos a partir de 1977 demonstraram que existem frações do DNA que não são capazes de transcrever RNAm. Logo, essas frações não conteriam a capacidade de promover nenhuma informação. Esses segmentos ou frações são chamados de íntrons, que se encontram no meio do gene funcional, chamado de éxons. Logo, pode-se concluir 
que, os genes são constituídos por frações funcionais e não-funcionais.
As frações funcionais representam apenas 10% do total do DNA existente na célula. Os 90% não-funcional, duplicam-se juntamente com todo DNA. Acredita-se que esse DNA não-funcional, que hoje aparentemente não possui função, tenha tido papel relevante no processo evolutivo, pois é possível que os íntrons facilitem a formação de novos genes, através de novas combinações do DNA, que caracteriza a variabilidade genética da população.
Durante a transcrição, nota-se que os íntrons e os éxons são transcritos normalmente na montagem do RNAm. Sendo que, antes do RNAm sair do núcleo em direção ao citoplasma, onde será realizada a síntese protéica, os segmentos desse RNAm que corresponde aos íntrons são removidos, permanecendo apenas os segmentos funcionais.
A tradução do código genético, ou seja, a montagem da proteína será feita pelo RNAm, que contém o código genético transcrito.
Existem 20 aminoácidos que podem participar da proteína. Se só existem quatro bases, como isso seria possível? Se combinarmos as bases duas a duas, obteríamos no final 16 combinações, o que ainda não seria suficiente.
Mas se combinarmos três bases, obteremos no final, 64 combinações diferentes e possíveis entre si. Nesse caso teríamos combinações mais do que suficientes para a indicação de 20 aminoácidos.
Observe a tabela abaixo que indica as combinações entre as bases e o aminoácido correspondente.
 
	Essa trinca de bases do RNAm que informa o aminoácido é chamada de códon.
	O RNAm que foi transcrito migra para o citoplasma, onde ocorrerá a síntese protéica.
	Quando ele encontra-se no local da síntese, a subunidade menor de um ribossomo se acopla à molécula de RNAm. Logo, chega um RNAt carregando um aminoácido e a subunidade maior do ribossomo.
	O RNAt é uma molécula que possui em uma extremidade uma trinca de bases chamada de anticódon, que promove a identificação do aminoácido. Na outra extremidade temos uma base chamada adenina (A), onde o aminoácido está ligado.
	O ribossomo possui dois sítios de ligação chamados sítio A e sítio P, onde se ligam os RNAt.
	O ribossomo se liga à molécula de RNAm e os RNAt aos sítios. A posição da ligação dos RNAt é determinada pela relação códon-anticódon. Assim se o códon do RNAm for ACC, o único transportador que pode se ligar nessa posição é aquele que possuir o anticódon UGG.
	Uma enzima presente no ribossomos permite que o aminoácido de um RNAt, que esteja alojado no sítio P, sofra uma reação química com o aminoácido do RNAt que esteja no sítio A.
	Essa reação entre os aminoácidos promove a formação de uma ligação peptídica entre eles.
	Quando isso ocorre,o primeiro aminoácido se desliga do RNAt, que se desprende do ribossomo.
	Agora os dois aminoácidos ligados ficam presos somente no segundo RNAt.
	Nesse momento o ribossomo desliza sob o RNAm, cobrindo o terceiro códon.O RNAt que ocupava o sítio A passa para o sítio P, e outro RNAt, com seu respectivo aminoácido, se liga ao terceiro códon, repetindo o processo.
	Dessa maneira, à medida que o ribossomo se desloca sob o RNAm, uma cadeia de aminoácidos vai sendo formada. Essa cadeia de aminoácidos é chamada de polipeptídio.
	O processo chega ao fim quando o ribossomo desliza sobre um códon que não possui correspondência com nenhum RNAt. O último RNAt se desliga do ribossomo e do peptídeo formado e as subunidades se desacoplam.
	O processo se torna mais rápido quando, após ter sido iniciado por um ribossomo, outro ribossomo inicia também a síntese no mesmo RNAm. Á medida que esse segundo ribossomo se desloca, outro encaixa e começa um novo processo de síntese protéica. Com isso várias proteínas vão sendo formadas ao mesmo tempo.
	A esse conjunto de RNAm com vários ribossomos, denominamos de polissomo ou polirribossomo.
Divisão celular
	Vimos anteriormente que, somos criados a partir da fusão de dois gametas, produzindo uma célula chamada zigoto.
	Vimos também que os gametas são células haplóides que, ao se fundirem, produzem células diplóides. 
	Esses dois fenômenos só são possíveis graças a um processo chamado de divisão celular.
	O processo de divisão celular é apenas uma parte de um processo mais complexo, chamado de ciclo celular. Neste observamos a existência de um período longo, que antecede a divisão propriamente dita, chamado de intérfase.
	A intérfase se divide em 3 momentos: G1, S e G2.
	O G1 é o momento mais longo e antecede a duplicação do DNA. O S é o momento de duplicação do DNA e o G2, que é o momento mais curto, compreende o espaço entre a duplicação do DNA e a divisão.
	Na verdade o G1 é o próprio período de vida da célula, onde ela realiza as suas atividades metabólicas. O G2 também é um período metabólico, mas a célula produz apenas o que é interessante para a divisão celular.
	No período S, o DNA duplica-se. Cada cromátide passa a ter uma cópia idêntica, ligada pelo centrômero. Agora, cada cromossomo é formado por duas cromátides-irmãs
	
O processo de divisão celular pode ser de dois tipos: a mitose, que é um processo equacional e a meiose, que é um processo reducional, mas que possui uma fase equacional.
Mitose
	Esse processo apresenta duas etapas: a mitose, e a citocinese.
	O processo mitótico é dividido em quatro partes: prófase, metáfase, anáfase e telófase. 	
É importante para os processos de segmentação, cicatrização e regeneração.
Meiose
	É um processo de natureza reducional, pois reduz a quantidade de cromossomos de uma célula diplóide em duas células haplóides.
	Esse mecanismo é importante para a existência da reprodução sexuada, pois sem ele os gametas não seriam formados.
	Todas as células eucariotas com reprodução sexuada, realizam em algum momento de sua vida o processo meiótico.
	O fenômeno que pode ocorrer na meiose, chamado permutação ou crossing over, é de grande importância no aspecto evolutivo das espécies sexuadas, visto que isso permite que fragmentos dos cromossomos sejam trocados, promovendo uma troca genética entre as cromátides. Com isso aumenta-se a variabilidade genética dos indivíduos.
EXERCÍCIOS
1.(FUVEST) – Quantos cromossomos existem em cada um dos seguintes tipos de células humanas normais: muscular, nervosa, espermatozóide e zigoto? Justifique sua resposta.2.(FUVEST) – Por que a ausência de nucléolo compromete a síntese de proteínas em uma célula eucarionte?
3.(Unicamp) – Comente esta frase: “Cromossomos e cromatina são dois estados morfológicos dos mesmos componentes celulares de eucariotos.”
4.(FUVEST adaptada) – Quais são os dois processos que ocorrem na meiose que são responsáveis pela variabilidade genética dos organismos que se reproduzem sexuadamente.
5.(UNESP) – Criadores e sitiantes sabem que a mula (exemplar fêmea) e o burro (exemplar macho) são 
híbridos estéreis que apresentam grande força e resistência. São o produto do acasalamento do jumento (Equus asinus, 2n = 62 cromossomos) com a égua (Equus caballus, 2n = 64 cromossomos).
Quantos cromossomos têm o burro ou a mula? Justifique sua resposta.
Considerando os eventos da meiose I para a produção de gametas, explique por que o burro e a mula são estéreis.
6.(Unicamp) – A colchicina é uma substância de origem vegetal, muito utilizada em preparações citogenéticas para interromper as divisões celulares. Sua atuação consiste em impedir a organização dos microtúbulos.
Em que fase a divisão celular é interrompida com a colchicina? Explique.
Se, em lugar da colchicina, fosse aplicado um inibidor de síntese de DNA, em que fase ocorreria a interrupção?
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
1.(UFF) – Tomando uma grande dose de vitamina A, uma pessoa pode suprir suas necessidades por vários dias; porém se fizer o mesmo em relação à vitamina C, não terá o mesmo efeito, necessitando de reposições diárias dessa vitamina.
Essa diferença na forma de administração se deve ao fato de a vitamina:
A ser necessária em menor quantidade.
A ser sintetizada no próprio organismo.
A ser lipossolúvel e ficar armazenada no fígado.
C ser mais importante para o organismo.
C fornecer energia para as reações metabólicas.
2.(UNIRIO) – A purificação e análise de uma molécula biológica indicou a presença de nove diferentes monômeros. Podemos afirmar que se trata de um (a):
Ácido nucléico
Glicerídeo
Esteróide
Proteína
Vitamina
3.(UERJ) – A síndrome conhecida como vaca louca é uma doença infecciosa que ataca o sistema nervoso central de animais e até do homem.
O agente infeccioso dessa doença é um príon – molécula normal de células nervosas – alterada em sua estrutura tridimensional. Os príons assim alterados têm a propriedade de transformar príons normais em príons infecciosos.
Os príons normais são digeridos por enzimas do tipo da tripsina. Curiosamente, os alterados não o são, o que, entre outras razões, permite a transmissão por via digestiva. 
Tais dados indicam que a molécula do príon é de natureza:
Glicolipídica
Polipeptídica
Polissacarídica
Oligonucleotídica
4.(UFF) – A vitamina K – vitamina lipossolúvel descoberta em 1939 – é uma vitamina:
Que,como todas as vitaminas lipossolúveis, deve ser ingerida em grandes quantidades, por ser considerada substrato energético importante para nossas células;
Importante para a síntese de rodopsina e sua carência resulta em maior dificuldade de adaptação a ambiente mal iluminados;
Que participa ativamente da absorção intestinal de cálcio e da sua fixação nos ossos e dentes;
Que participa ativamente da síntese de colágeno e sua carência provoca escorbuto;
Essencial para a formação de protrombina e de alguns outros fatores envolvidos na coagulação sanguínea.
5.(UFF) – Não é necessário que a alimentação seja rica em gordura para que esse tipo de molécula se acumule no corpo, pois ela pode ser produzida a partir do excesso de glicose. É por esse motivo que alimentos ricos em glicídios podem engordar.
A vantagem de o organismo transformar o excesso de glicose em gordura está no fato de que os lipídios:
Quando metabolizados pelo organismos, produzem menos energia que os glicídios, mas geram mais calor.
Sendo insolúveis em água, permitem ao organismo formar uma reserva energética sem aumentar muito o volume corporal.
Por serem formados por moléculas menores do que a dos glicídios, facilitam o trabalho mitocondrial de produção de energia.
Por difundirem bem o calor, depositam-se sob a pele, permitindo trocas de calor entre o organismo e o ambiente.
Como são formados por moléculas apolares, constituem os principais componentes do sistema coloidal da célula.
6.(UERJ) – Quando ganhamos flores, se quisermos que elas durem mais tempo, devemos mergulhá-las dentro d’água e cortarmos, em seguida, a ponta de sua haste. Este procedimento é feito com o objetivo de garantir a continuidade da condução da seiva bruta.
Tal fenômeno ocorre graças à diferença de osmolaridade entre a planta e o meio onde ela está, que são, respectivamente:
Hipotônica e isotônico
Isotônica e hipotônico
Hipertônica e isotônico
Hipotônica e hipertônico
Hipertônica e hipotônico
7.(UERJ adaptada) – Justifique por que o mecanismo de excreção de sal pelas brânquias de peixes ósseos marinhos deve ser ativo.
8.(UFF) – Na membrana celular existem muitas proteínas diferentes. No entanto, apenas algumas participam da comunicação celular, pois são capazes de enviar sinais do meio extracelular para o meio intracelular, ativando-as ou desativando-as.
Explique por que nem todas as proteínas existentes na membrana celular podem funcionar como receptores.
9.(UFRJ) – Os hormônios são substâncias lançadas no sangue que controlam diversas atividades do organismo. A maior parte dessas substâncias é fabricada por agrupamentos de células epiteliais, as glândulas endócrinas. Cada hormônio age como um mensageiro químico, atuando em determinados tecidos do corpo, os tecidos-alvo.
Por que os hormônios, uma vez lançados no sangue, só atuam nos tecidos-alvo, e não em todos os tecidos do corpo?
10.(UNIRIO) Nos últimos tempos, tem-se notado uma tendência crescente da utilização de suplementos alimentares (aminoácidos, creatina, proteínas, vitaminas, L-carnitina, extratos vegetais e etc.) na busca de uma melhor performance na atividade física ou da estética perfeita.
Motivados por um eficiente trabalho de marketing que se criou para explorar um segmento de mercado de grande crescimento ou por orientação de amigos e vendedores, muitos jovens praticantes de atividade física vêm utilizando os referidos suplementos alimentares sem a ajuda de um nutricionista ou especialista no assunto para a orientação sobre a necessidade ou não da sua utilização.
Uma das orientações para quem utiliza doses elevadas de aminoácidos, proteínas e creatina é a ingestão de uma quantidade maior de água. Justifique este procedimento.
11.(UFRJ) – Estudos recentes compararam as seqüências completas de DNA mitocondrial de indivíduos de várias regiões geográficas do planeta.
Os resultados revelaram que a variabilidade genética no DNA mitocondrial de indivíduos africanos era quase o dobro da observada no DNA mitocondrial de não-
africanos. Esses resultados foram importantes para corroborar a idéia de que o ancestral comum mais recente do Homo sapiens viveu na África há cerca de 200.000 anos.
Explique por que a maior diversidade do DNA mitocondrial apóia a idéia de origem africana do Homo sapiens.
12.(UNIRIO) – Cientistas propõem a hipótese de que certas organelas celulares originaram-se de organismos que há mais de um bilhão de anos passaram a viver simbioticamente com eucariotos antigos. Apóiam-se no fato de que essas organelas possuem DNA próprio, semelhante ao das bactérias, podendo se autoduplicar. Essas organelas são:
Mitocôndrias e ribossomos
Mitocôndrias e cloroplastos
Mitocôndrias e dictiossomos
Dictiossomos e cloroplastos
Dictiossomos e ribossomos
13.(UFF) - O aparecimento de novas mitocôndrias no citoplasma de uma célula se deve a:
Reprodução de mitocôndrias preexistentes
Síntese de precursores no retículo endoplasmático
Montagem de subcomponentes citoplasmáticos
Diferenciação de cisternas do complexo Golgiense
Diferenciaçãode cristas em vacúolos precursores
14.(Cesgranrio) – Em relação às etapas da respiração, provavelmente a glicólise foi a primeira a surgir por que:
É a etapa mais rica na produção de ATP
O oxigênio é fundamental para que todo processo ocorra
A maioria dos seres depende de oxigênio livre
Os organismos primitivos devem ter surgido em atmosfera sem oxigênio
A produção de ATP não se faz sem a molécula de oxigênio
15.(FUVEST – SP) – Quando as células clorofiladas de uma planta estão no escuro, o gás carbônico que nelas 
se acumula torna ácido seu meio interno. Em meio ácido, a enzima fosfolrilase favorece a conversão do amido em glicose. Se colocarmos essas células em um ambiente bem iluminado, o valor de sua pressão osmótica (sucção interna):
Aumenta
Diminui
Não se altera
Torna-se negativo
Torna-se zero
16.(UFF) – Em 1977 cientistas a bordo do submarino de pesquisa Alvin foram os primeiros a identificar, no oceano Pacífico, comunidades abissais vivendo em profundidades superiores a 2,5 km, formadas por grande número de seres, alguns, inclusive, de grande porte. Essas comunidades se desenvolvem em torno de fontes termais submersas, constituídas por fendas da crosta terrestre que liberam gases, onde a água do mar penetra e é aquecida. A formação da matéria orgânica que mantém essas comunidades está associado ao processo de:
Fotossíntese realizada por algas
Quimiossíntese de bactérias autotróficas
Síntese abiótica com uso de energia térmica
Sedimentação de excretas de seres da superfície
17.(UFF) – Um bactéria sofre uma mutação pontual em uma região do seu DNA, que era:
TAC CTT ATA GAT
Ocorreu uma mudança na terceira base, que passou de citosina a guanina. Indique o RNA mensageiro codificado pela seqüência de DNA mutada.
ATC GAA TAT CTA
ATG GAA TAT CTA
AUC UAU AAG GUA
AUG GAA UAU CUA
AUG GAA UAU CUA
18.(Cesgranrio) – Os polissomas, que são organelas ativas na síntese de proteínas, são formados por agregados de ribossomos e:
DNA nuclear
RNA mensageiro
RNA transportador
RNA ribossômico
DNA mitocondrial
19.(UERJ) - Para a clonagem em bactérias do hormônio do crescimento humano a partir de seu RNAm, é inicialmente necessário que sejam, sintetizadas em laboratório cópias em DNA desse RNA. As cópias, depois de introduzidas em plasmídios, serão expressas em culturas de bactérias contendo os plasmídios modificados.
Essas cópias de DNA são sintetizadas em laboratório com o auxílio de uma preparação de enzima denominada:
RNA replicase
RNA polimerase
Desoxirribonuclease
Transcriptase reversa
20.(UERJ) – A partir de um ovo fertilizado de sapo, até a formação do girino, ocorre uma série de divisões celulares.
A distribuição percentual dos tipos de divisão celular, nesta situação, é a seguinte:
100% mitose
100% meiose
50% meiose – 50% mitose
75% mitose – 25% meiose
21.(FUVEST) – Admitamos como correta a hipótese de que a causa da divisão celular seja a duplicação do DNA (que é interfásica). Se pudéssemos, nos organismos adultos, bloquear especificamente a síntese de DNA, em determinados locais, estaríamos
Impedindo que o organismo crescesse
Induzindo o organismos a aumentar suas mitoses
Bloqueando o desenvolvimento de um eventual tumor
Favorecendo o desenvolvimento normal do organismo
Produzindo células com menor quantidade de DNA
22.(Cesgranrio) – Nos processos de divisão celular o posicionamento dos cromossomos na metáfase e anáfase é importante por que garante:
A distribuição equitativa dos cromossomos pelas células-filhas
O pareamento cromossômico p-ara a ocorrência do crossing-over
A duplicação de DNA indispensável à continuidade do processo
A formação de cromossomos homólogos e
 independentes
O alinhamento de cromossomos necessários à formatação de sinapses.
23.(UNIRIO) – Comparando a anáfase com a anáfase I, é correto afirmar que:
Durante a anáfase, ocorre a separação de cromossomos-irmãos e, durante a anáfase I, a separação de cromossomos homólogos
Ocorre duplicação dos centrômeros tanto na anáfase quanto na anáfase I
A duplicação dos centrômeros ocorre apenas durante a anáfase I
Somente durante a anáfase os centrômeros permanecem ligados às fibrilas do fuso acromático
Somente a anáfase permite a separação dos cromossomos homólogos, em função das tétrades da placa equatorial
24.(UFRJ) - Há um cuidado que deve ser tomado quando se compra um alimento enlatado. Devemos observar que não só a data de fabricação e o prazo de vencimento do produto, mas também o aspecto da lata que não deve se apresentar com a tampa estufada. Se a tampa estiver estufada, pode ter se desenvolvido, dentre outras bactérias, a produtora do botulismo, uma doença freqüentemente fatal.
Que tipo de respiração essa bactéria mantém no interior da lata fechada?
No caso do produto contaminado, o que causou a pressão no interior da lata, estufando a tampa?
25.(UFRJ) – Existem plantas adaptadas as condições do deserto, nas quais a fotossíntese é do tipo CAM.
Essa fotossíntese se caracteriza pela absorção do gás carbônico pelos estômatos, durante a noite. O gás carbônico se acumula dentro da célula, ligando-se ao ácido málico.
Durante o dia os estômatos se fecham, mas a planta pode usar na fotossíntese, o gás carbônico retido no ácido málico.
Explique do ponto de vista evolutivo, a existência da fotossíntese CAM em muitas plantas que vivem no deserto.
26.(Unicamp) – Uma célula que apresenta grande quantidade de síntese protéica tende a apresentar, em geral, um grande nucléolo. Explique esta relação.
27.(UFRJ) – Um pesquisador comparou as estruturas de duas proteínas. Cada uma dessas proteínas foi obtida de uma espécie animal diferente.
A pesquisa revelou dois resultados importantes: primeiro que na seqüência de aminoácidos, havia 66% de homologia entre elas; e segundo, na seqüência dos genes precursores das duas proteínas estruturadas, a homologia observada foi de apenas 45%.
Explique a discrepância observada entre essas duas porcentagens.
MÓDULO 6
HISTOLOGIA - TECIDO EPITELIAL
Histologia animal
	Os organismos pluricelulares são constituídos de muitos tipos de células que se especializam em determinadas funções.
	Nós já observamos que, essas células são originadas a partir de determinados grupamentos celulares embrionários. Esses grupamentos são chamados de folhetos embrionários, que ao longo do desenvolvimento embrionário sofrerão especializações, originando um grupo de células de mesma origem especializadas em uma determinada função. A esse grupo chamamos tecido.
	Os tecidos são agrupados de acordo com algumas características, como: presença ou não de substância intercelular, tipo de função realizada e origem embrionária.
	Assim temos:
ECTODERMA – Tecido epitelial e nervoso
ENDODERMA – Tecido epitelial
MESODERMA - Tecido epitelial, conjuntivo e muscular
- Tecido epitelial
	O tecido epitelial, também chamado de epitélio, desempenha várias funções, como proteção, absorção, secreção e percepção, dependendo da sua localização no organismo e também da sua origem embrionária.
	Os epitélios podem ser formados 
por células poliédricas, justapostas, apresentando bem pouca substância extracelular.
	As células epiteliais aderem-se firmemente umas às outras, formando camadas contínuas que revestem superfícies externas e internas (cavidades).
	Os epitélios são classificados em: 
revestimento, 
glandular 
	O tecido epitelial não apresenta vasos sangüíneos. Sua nutrição é feita através da difusão de substâncias e oxigênio do tecido conjuntivo, que sempre é encontrado abaixo do tecido epitelial.
	Entre os epitélios e o tecido conjuntivo existe 
uma estrutura chamada lâmina basal, que contém principalmente colágeno e glicoproteína.
	Em determinadas regiões do organismo existe um acúmulo de fibras reticulares e complexos protéicos,

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