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PECAS PARA BRINCAR- OAB 2 FASE PENAL

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OAB XX EXAME DE ORDEM 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
1 
 
 
QUESTÕES PARA BRINCAR PARTE I - PEÇAS 
 
01 – Juvenal, namorado de Aline, no intuito de agradar sua amada, encomendou um belíssimo buquê 
de rosas para presenteá-la de surpresa no trabalho. Ao chegar ao prédio em que Aline é funcionária, foi 
prontamente recebido por Bruna e Daniele, recepcionistas do local que o deixaram entrar, vez que já 
sabiam tratar-se do namorado da colega e ficaram encantadas com o gesto romântico do rapaz. Porém, 
quando Juvenal estava indo em direção a sala de Aline, encontrou-a na entrada do corredor aos beijos 
e abraços com o dono da empresa, Pedro, que considerava também como amigo. Surpreso, Juvenal 
deixou as flores caírem no chão, enquanto observava o casal, e, diante do choque, Pedro, por sua vez, 
ao perceber a presença de Juvenal, sacou a arma que portava e atirou em direção a ele, errando o pri-
meiro disparo. Rapidamente, temendo perder a sua vida, vez que havia percebido que Pedro se prepa-
rava para atirar novamente, Juvenal correu em direção a ele e o empurrou, tendo Pedro se desequili-
brado e rolado pela escada, batendo a cabeça e vindo imediatamente a óbito. Após a conclusão do in-
quérito policial instaurado para apurar a morte de Pedro, o Ministério Público denunciou Juvenal pela 
prática de homicídio doloso, nos termos do art. 121, caput, do Código Penal. O juiz competente recebeu 
a denúncia e mandou citar o réu para que apresentasse defesa, encerrando-se o prazo sem que a 
mesma fosse apresentada, embora Juvenal houvesse sido regularmente citado. O magistrado, então, 
entendeu por bem dar continuidade ao processo, pois a seu ver a peça era desnecessária. Após a fase 
de instrução, tendo o processo tramitado regularmente, o magistrado competente pronunciou Juvenal 
nos termos da denúncia, acrescentando na decisão que “a investigação havia sido um sucesso, vez que 
não restaram dúvidas de que era ele o autor do crime, de modo que deveria pagar pela barbaridade 
cometida”. Como advogado de Juvenal, excetuando-se a possibilidade de Habeas Corpus, elabore a 
peça processual cabível para o presente caso. 
 
02 – Em 25/01/2016, Ambrósio, diretor de uma escola estadual do Rio de Janeiro – RJ, precisou sair 
com urgência de seu trabalho em meio ao horário de serviço, deixando a porta da sala da diretoria des-
trancada sem ninguém para supervisionar. Francisco, professor do local, aproveitando-se da ausência 
de Ambrósio, subtraiu um aparelho notebook que pertencia à direção da escola. Após o Ministério Pú-
blico ter tomado conhecimento dos fatos, Francisco foi denunciado por peculato-furto, nos termos do 
art. 312, §1º do Código Penal e foi lavrado termo circunstanciado de ocorrência em desfavor de Ambró-
sio, por peculato culposo, nos termos do §2° do men cionado artigo. Em audiência preliminar, Ambrósio 
recusou a oferta de transação penal, por se considerar inocente. O Ministério Público então ofereceu 
 
 
 
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Direito Penal 
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denúncia contra Ambrósio, não entendendo ser cabível a suspensão condicional do processo, vez que 
existia um inquérito policial em curso contra ele. Oferecida a denúncia, Ambrósio já saiu citado da audi-
ência preliminar, tendo sido marcada a data para a audiência de instrução e julgamento. No dia 
15/03/2016, Francisco, para se redimir do feito, devolveu à escola o notebook que havia subtraído exa-
tamente na forma e no estado de conservação em que se encontrava quando o levou. Em 24/05/2016, 
foi realizada a audiência de instrução e julgamento, durante a qual, através das provas legalmente cole-
tadas, como as imagens da câmera de segurança existente no local, ficou comprovada a negligência de 
Ambrósio, que contribuiu para que Francisco conseguisse subtrair o bem. A defesa argumentou que 
Ambrósio não merecia punição, mas, ainda assim, o magistrado competente prolatou a sentença em 
audiência condenando-o nos termos da denúncia, fixando a pena privativa de liberdade em 4 meses, 
tendo exasperado a pena base em 1 mês em razão do inquérito policial em curso existente e substituin-
do-a por pena restritiva de direitos, nos moldes do art. 44 do Código Penal. Como advogado do réu, 
elabore a peça privativa de advogado cabível a fim de combater a sentença proferida. 
 
03 – Joane, dona de uma rede de lojas de aparelhos eletrônicos, visando obter mais lucro, adulterava 
os reais rendimentos dos produtos que exportava nos documentos e livros exigidos pela lei fiscal, de 
forma a pagar menos imposto de exportação sobre esses produtos. Rose, funcionária da loja, aprovei-
tando que estava sozinha no estabelecimento e movida pela curiosidade, vendo um envelope diferente, 
abriu uma correspondência lacrada de sua chefe que desmascarava tudo que ela havia feito para burlar 
a fiscalização tributária no último mês. Horrorizada, Rose entrega uma cópia dos documentos daquele 
envelope à Receita Federal. A partir da correspondência entregue pela funcionária, a prática delituosa 
foi descoberta, sendo iniciado um processo administrativo fiscal contra a empresária para apurar os 
fatos. Todavia, antes de seu término, o Ministério Público, visando garantir a rápida punição de Joane, 
ofereceu denúncia contra ela pela prática do crime tipificado no art. 1º, III da Lei 8.137/90, qual seja o 
de alterar documento relativo a operação tributável. O MP pediu ainda que a ré fosse condenada em 
concurso material, cumulando-se as penas, tendo em vista que entendia comprovada a prática do delito 
por 4 vezes naquele mês em que os dados foram coletados. O juiz competente recebeu a denúncia e a 
defesa foi citada em 13 de novembro de 2015, sexta-feira. 
 
04 – Seu João, 59 anos, foi a uma agência da Caixa Econômica Federal para efetuar o pagamento da 
fatura de seu cartão de crédito, no valor de R$150,00 (cento e cinquenta reais). Todavia, ao chegar no 
caixa, verificou que o dinheiro não estava mais em seu bolso, quando então teve certeza de que havia 
sido furtado pelo rapaz que estava atrás dele na fila, tendo em vista que este rapaz havia saído às 
pressas do banco antes de ser atendido, bem como João, ter conferido o dinheiro antes de entrar na 
 
 
 
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agência. O rapaz em questão era Alexandre, primário, 19 anos, que foi identificado por duas pessoas 
que lá estavam e aí o conheciam. Após concluído o inquérito, o Ministério Público ofereceu denúncia 
contra Alexandre perante a 1ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro/RJ, tendo 
em vista que o fato ocorreu dentro da agência da Caixa Econômica Federal, imputando-lhe o crime de 
furto simples, nos moldes do art. 155 do Código Penal. Requereu ainda que fosse considerada a cir-
cunstância agravante prevista no art. 61, “h” do mesmo diploma legal, tendo em vista que antes do ofe-
recimento da denúncia, seu João já havia completado 60 anos de idade. Recebida a denúncia , Alexan-
dre foi devidamente citado, apresentando a resposta à acusação. Durante a instrução criminal, foram 
ouvidas como testemunhas as pessoas que haviam identificado Alexandre, que afirmaram apenas que 
o viram na fila, porém não o viram cometer o furto. O réu, em seu depoimento, afirmou que era inocente 
e que nada sabia sobre o dinheiro, apenas foi embora rápido porque sua namorada havia ligado lhe 
pedido um favor. Nenhuma outra prova foi produzida. O Ministério Público, em sua manifestação final, 
pugnou pela condenação nos termos da denúncia, afirmando que este tipo de crime deve ser combatido 
com rigor. A defesa de Alexandre é intimada em 17/07/2015 (sexta-feira). 
 
05 – Após a prática do crime de furto qualificado com abuso de confiança, Daniel da Silva foiregular-
mente processado e condenado pelo juiz da 3ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza/CE, a uma pena 
de reclusão fixada em 2 anos. Devido à ausência de recursos, a sentença penal condenatória transitou 
em julgado em 22/03/2011. Entretanto, desde a época da condenação Daniel permaneceu foragido, 
sendo encontrado apenas em 02/05/2015 para dar início ao cumprimento de pena. A defesa de Daniel 
peticionou ao juízo competente requerendo a extinção de sua punibilidade, tendo seu pedido negado 
sob o argumento de que o fato do condenado encontrar-se foragido suspendia a prescrição. Como ad-
vogado de Daniel, elabore a peça processual cabível (privativa de advogado) para defender os interes-
ses de seu cliente. 
 
06 – Edward passava por uma avenida movimentada, quando viu que Bella andava distraída pela cal-
çada com seu celular no bolso. Sem que ela notasse, retirou o aparelho do bolso dela e imediatamente 
saiu correndo, tendo a moça então percebido e gritado “pega ladrão”. Jacob, policial que se encontrava 
nas proximidades do local, ao ouvir o alerta, pôs-se a correr atrás de Edward, mas não conseguiu pegá-
lo. Foi instaurado inquérito policial para apurar os fatos. Porém, sem que fosse proferida qualquer deci-
são judicial, portanto, sem que houvesse qualquer mandado de prisão, quinze dias depois, Jacob, como 
bom policial que era, passando pela mesma avenida, avistou Edward, e lembrando-se dele, imediata-
mente o capturou, conduzindo-o até a delegacia mais próxima, onde foi lavrado Auto de Prisão em Fla-
grante exatamente por ter furtado o celular de Bella dias antes. O preso foi informado de seus direitos, 
 
 
 
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entretanto, lhe foi negado o contato com a família e com seu advogado. Três dias após a prisão de 
Edward, sem que o juízo competente e a Defensoria Pública fossem comunicados, o delegado entregou 
a Edward a nota de culpa. Procurado pela família de Edward, baseando-se somente nas informações 
de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de seu advogado, 
redija a peça cabível, exclusiva de advogado, no que tange à liberdade de seu cliente. 
 
07 – Diego Castro foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de extorsão. Foi ordena-
da sua citação pessoal, mas ele, porém, não foi encontrado por diversas vezes e nem se soube de notí-
cias a seu respeito, motivo pelo qual foi realizada a sua citação por edital. Decorrido o prazo sem que o 
réu comparecesse e sem nomear defensor, o magistrado competente deu prosseguimento no feito. Fo-
ram expedidas cartas rogatórias para que fosse colhida a oitiva da vítima e o depoimento de uma tes-
temunha arrolada pelo Ministério Público na denúncia, ambas domiciliadas no exterior. Finda a fase de 
instrução sem que as cartas retornassem, o magistrado proferiu sentença condenatória, justificando que 
as provas produzidas em sede de inquérito eram suficientes para atestar a materialidade do delito e a 
autoria de Diego. A pena de reclusão foi fixada no mínimo legal, nos termos do artigo 59 do Código Pe-
nal, haja vista a existência de circunstâncias judiciais favoráveis e foi substituída por restritiva de direi-
tos, nos termos do art. 44 do mesmo Código. A sentença proferida em primeiro grau transitou em julga-
do em 22/10/2015. Todavia, após essa data, as cartas rogatórias retornaram e foram juntadas aos au-
tos por ordem do juiz competente, sendo que o conteúdo que nelas continha, comprovavam incontesta-
velmente que Diego não era o autor do delito. O condenado então soube da existência do processo e 
contratou você para que, como advogado, excetuando-se a possibilidade de habeas corpus, adote a 
medida cabível a fim de realizar a defesa dos interesses de seu cliente. 
 
08 – Em 04/05/2015, Tobias, 25 anos, filho de Ângela, 59 anos, subtraiu da mãe um anel de brilhantes 
caríssimo. Foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de furto simples, nos termos do art. 155 do 
Código Penal. Após a citação, a defesa de Tobias requereu a extinção de sua punibilidade em razão de 
escusa absolutória, nos termos do art. 181, II do Código Penal. Em 11/05/2016, o juiz competente profe-
riu sentença em que declarou extinta a punibilidade de Tobias, pelo motivo requerido. Em 12/05/2016, 
quinta-feira, o Ministério Público foi intimado da sentença em questão. Inconformado, o promotor de 
justiça interpôs recurso de apelação perante o juízo de primeira instância, acompanhado das respecti-
vas razões recursais, no dia 24/05/2016, argumentando que a escusa absolutória não era mais cabível, 
vez que Ângela, mãe de Tobias, na época da sentença já havia completado 60 anos, bem como pelo 
fato de o réu ser reincidente. Intimada da sentença, a defesa não apresentou recurso. O juiz competen-
te então recebeu o recurso de apelação do Ministério Público e intimou você, no dia 21/06/2016, terça-
 
 
 
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feira, como advogado de Tobias, para apresentar a medida cabível, excluída a possibilidade de habeas 
corpus, no último dia do prazo, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. 
 
09 – No dia 18/11/2015, dona Raimunda Aparecida, 66 anos, precisou ir à agência Caixa Econômica 
Federal para sacar sozinha sua aposentadoria (coisa que seu neto sempre fazia para ela), tendo em 
vista que precisava pagar o IPTU de sua casa naquele dia. Ronaldo, muito “esperto”, que estava pre-
sente no local, ao ver a dificuldade da senhora com o caixa eletrônico, se ofereceu para ajudá-la, fingin-
do que trabalhava no banco. Após dona Raimunda ter entregue o cartão e a senha para Ronaldo, ele 
sacou o dinheiro e ofereceu para que ele mesmo pagasse a conta, informando que ela poderia ir para 
casa tranquila. Após a proposta ser aceita, dona Raimunda foi embora como combinado. Ronaldo tam-
bém foi para casa, só que na posse do dinheiro que havia conseguido da pobre senhora. Dias depois, 
após chegar novo aviso de cobrança do IPTU, dona Raimunda percebeu que havia sido enganada, cor-
rendo então para a delegacia e noticiando o fato à autoridade policial, que imediatamente instaurou in-
quérito policial. Após terem sido legalmente obtidas as imagens da câmera de segurança do local, que 
demonstravam todo o ocorrido, inclusive demonstrando Ronaldo como autor do delito, os autos foram 
encaminhados para o Ministério Público, que está inerte há 03 meses. Procurado por dona Raimunda, 
elabore a peça processual cabível para garantir que os interesses de sua cliente sejam cumpridos. 
 
10 – Jonathan foi denunciado pelo Ministério Público pela pratica do crime de roubo simples, nos ter-
mos do art. 157, caput do Código Penal. Conforme a denúncia, ele havia subtraído o veículo de Sonia, 
logo após ameaçá-la com uma faca na saída quando a mesma entrava em seu automóvel dentro do 
estacionamento do shopping. Nervosa e assustada, a vítima saiu do veículo e o entregou a Jonathan. 
Um policial que estava no local e viu o ocorrido, abordou Jonathan quando o mesmo arrancava com o 
veículo, dando voz de prisão ao meliante, fazendo-o sair do carro, sem que ele tivesse ao menos con-
seguido sair com o veículo do estacionamento. Em sede de resposta à acusação, a defesa pugnou pela 
punição do réu a título de tentativa, argumentando que o delito não se consumou, tendo em vista que 
sequer conseguiu sair do estacionamento. O magistrado então proferiu sentença acolhendo a pretensão 
do réu, e punindo-o como tentativa de roubo, nos termos do art. 157 c/c art. 14, II, do Código Penal. Por 
esse motivo, reduziu a pena em 1/3, fixando-a em 03 anos de reclusão em regime aberto, efetuando a 
substituição da pena pela prevista no artigo 44 do Código Penal. Inconformada, Sônia procura você 
como advogado, esclarecendoque não houve habilitação como assistente de acusação e informa que o 
prazo de recurso do Ministério Público se esgotou no dia anterior, 10/08/2016, quarta feira, tendo o 
Promotor se mantido inerte. Considerando o caso apresentado, na condição de advogado de Sônia, 
elabore a peça cabível no caso concreto, datando-a no último dia do prazo.

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