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Aula 6: Plano de Contas Antes mesmo de ingressarmos no tema principal da aula, é importante que seja esclarecido o significado do termo Conta, que segundo Sá (1988, p.11), conceitua como: A expressão de fatos patrimoniais da mesma natureza acontecidos ou por acontecer em uma empresa ou em uma entidade. Plano de contas É uma relação lógica e ordenada de todas as contas que serão utilizadas na escrituração dos diversos atos e fatos ocorridos na azienda em que são fixadas as regras, proporcionando perfeita harmonia entre as características gerais da empresa e o produto esperado pelos usuários das informações contábeis. Assim, é assegurada a padronização de procedimentos e racionalização na execução dos serviços. E isso tudo de acordo com a fundamentação conceitual apresentada a seguir. “Plano de Contas é a estrutura básica da escrituração contábil, pois é com sua utilização que se estabelece o banco de dados com informações para geração de todos os relatórios e livros contábeis, tais como: Diário, Razão, Balancete, Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados e Análises, além de outros.” (CFC, 2002:31) “Plano de Contas é uma peça na técnica contábil que estabelece previamente a conduta a ser adotada na escrituração, através da exposição das contas em seus títulos, funções, funcionamento, grupamentos, análises, derivações, dilatações e reduções.” (Sá, 2004:22) “Ao preparar um projeto para desenvolver um Plano de Contas, a empresa deve ter em mente as várias possibilidades de relatórios gerenciais e para uso externo e, dessa maneira, prever as contas de acordo com os diversos relatórios a serem produzidos. “ (FIPECAFI, 2007:19), e, concluindo, afirma: “Se anteriormente isso era de grande importância, atualmente, com os recursos tecnológicos da informática, passou a ser essencial, pois tais relatórios propiciarão tomadas de decisões mais ágeis e eficazes por parte dos usuários. “ Atenção esse conjunto de Contas é denominado Plano de Contas, pois, em verdade, a sua constituição é dada antes mesmo da utilização, ou seja, a precede o início da atividade da empresa. Portanto, o planejamento da estrutura do Plano de Contas, que é conferida ao profissional contador, mediante o aceite e concordância dos administradores, deve revelar uma ferramenta útil, que lhe permita uma escrituração clara e objetiva, possibilitando a geração de resultados fidedignos no que tange às informações contábeis da empresa. (Imprimir all pg 4) Composição do Plano de Contas Um Plano de Contas ideal poderá se compor de 3 partes: Elenco de Contas; Manual de Contas; Lançamentos explicativos para registro de operações especiais. Atenção: Sobre o Elenco das Contas, podemos dizer que em um Plano de Contas o elenco é a relação dos títulos das contas. Costuma-se denominá-lo também “Quadro de Contas”. Manual de contas O Manual de Contas é um quadro explicativo do uso adequado de cada uma das contas constantes do Elenco de Contas. Esse quadro apresenta: Função de cada conta (revela para que serve, descrevendo a natureza dos fatos que serão escriturados nela); Funcionamento de cada conta (expressa a relação e de uma conta com as outras, demonstrando o seu comportamento frente ao fato ocorrido, debitando-a ou creditando-a de acordo com a sua natureza); Natureza do saldo de cada conta (estará indicada mediante a identificação do grupo a que ela pertença: Ativo, Passivo, Despesas ou Receitas). Natureza do saldo de cada conta (estará indicada mediante a identificação do grupo a que ela pertença: Ativo, Passivo, Despesas ou Receitas). “A definição da Função e do Funcionamento das rubricas do Elenco de Contas é importante para que se possa padronizar a classificação dos fatos contábeis e os relatórios que resultarem da escrituração, assegurando tratamento uniforme, independentemente do profissional que esteja executando os trabalhos. (CFC, 2002:40).” Algumas informações que ajudarão a identificar a sua função e funcionamento, a partir do conteúdo exposto: “A definição da Função e do Funcionamento das rubricas do Elenco de Contas é importante para que se possa padronizar a classificação dos fatos contábeis e os relatórios que resultarem da escrituração, assegurando tratamento uniforme, independentemente do profissional que esteja executando os trabalhos." (CFC, 2002:40) “A adoção de códigos agiliza os registros contábeis, principalmente quando efetuados por meio de computador; assim, débitos e créditos são feitos através dos códigos das contas e não pela intitulação. Os critérios para definir a codificação a ser adotada ficam a cargo de cada contabilista, dependendo do porte da empresa e do grau de detalhamento das informações que pretende obter, podendo assim variar o número de níveis que irá compor a Máscara do Plano.” IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de contabilidade das sociedades por ações: (aplicável também às demais sociedades). São Paulo: Atlas, 2003. O modelo proposto aplica-se a empresas que exercem atividades mistas – comércio, indústria e serviços – realizadas conjuntamente. Caso não sejam realizadas as 3 atividades, existem 2 opções a seguir pela empresa. Primeira: utilização do modelo completo excluindo as contas que não são utilizadas, mantendo as demais e conservando a codificação geral para facilitar o uso, principalmente para organizações contábeis que trabalham para empresas de vários ramos. Segunda: construção de Planos de Contas específicos para cada ramo de atividade, partindo do modelo geral e refazendo a codificação para conciliar as peculiaridades inerentes a cada um. Atenção: A organização contábil que possua clientes enquadrados nos diversos ramos de atividade pode adotar a estrutura do modelo completo para todas as empresas, excluindo as contas que não são utilizadas, porém, mantendo a codificação básica para facilitar a utilização dos planos, pois uma conta com a mesma nomenclatura tem o mesmo código em todas as empresas. Estrutura dos Planos de Contas e as rotinas da sua elaboração (imprimir all pg 9) Notas A estrutura do Plano de Contas deve favorecer: Classificação das contas As contas têm como principal função o ordenamento do patrimônio, destacando os fatores que alteram sua estrutura, elas são o principal instrumento da técnica contábil. Para Crepaldi (1995, p.66) “a função de cada conta é representar graficamente a variação patrimonial que um fato promoveu no Patrimônio da empresa”. São elas: Patrimoniais representam bens, direitos e obrigações (terceiros) e o patrimônio líquido (próprios). De Resultado Representam as despesas e suas variações, as receitas, os ganhos e as perdas, ou seja, as operações que provocam alterações no Patrimônio Líquido. Ludícibus e Marion (1991, p. 58) definem os requisitos fundamentais que deverão ser observados quando da elaboração de um plano de contas, conforme o quadro 1. A principal utilidade do plano de contas é a de servir de meio de orientação na escrituração contábil, possibilitando a unidade de trabalho e protegendo a empresa contra os erros naturais motivados pela ausência de sistematização. O plano é uma peça básica de orientação, um roteiro de grande valor, hoje indispensável e de uso generalizado. Atenção: O plano de Contas é, hoje, uma peça imprescindível e a sua ausência nos trabalhos de escrituração contábil denota, efetivamente, conduta deficiente por parte do profissional, na execução de sua tarefa.
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