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Aula 7 (03\10\16) - Reações de hipersensibilidade São reações que não são adequadas do sistema imune, pode ser mediada por células e anticorpos e causam dano ao organismo. É uma reação exagerada, resposta excessiva e inapropriada do organismo a um antígeno inóculo (alérgeno) como proteínas (na maioria dos casos, mas podem ser qualquer coisa) pequenas e de baixo peso molecular. Ex: picada de insetos, alimentos, medicamentos, pólen, fungos, entre outros. Inóculo: Substância que não teria porque o organismo produzir alguma reação mas por algum motivo trata como um antígeno que leva a uma reação. TIPO I: Reação alérgica, através de IgE por uma atopia (produção excessiva), podendo ser causado por fatores genéticos e ambientais (poluição, associado à asma). A IgE liga-se aos mastócitos (basófilo e eosinófilo também se ligam) liberando substâncias inflamatórias (histamina). A reação é muito rápida, pode levar segundos, e ocorre logo que entra em contato com o antígeno. Os animais normais apresentam grande quantidade de IgG e M em seu organismo, já aqueles alérgicos possuem uma alta taxa de IgE, anticorpo produzido pelos plasmócitos. TIPO II: também é mediada por anticorpos, a IgM e IgG. Ex: reação contra células que foram transfundidas entre indivíduos doador e receptor que não são compatíveis. O organismo reconhece e destrói a célula recebida. TIPO III: ou por imunocomplexos. Ocorre quando há deposição de imunocomplexos (antígeno ligado ao anticorpo), que não são removidos adequadamente ou formados em grande quantidade, se depositando nas paredes dos vasos, o que gera lesão. TIPO IV: única mediada por células, é tardia. Há uma reação no local, que há acúmulo de células, que atraem o LTHelper causando vasodilatação no local e gerando uma reação. Observada no diagnóstico de tuberculose. SENSIBILIZAÇÃO AO ALÉRGENO: Ocorre um primeiro contato com o alérgeno, este é apresentado aos LT Helper do tipo II, através das células apresentadoras de antígenos. Assim que ativa as células, ocorre a liberação de seus grânulos e produção de citocinas, que estimulam a resposta imune humoral. Há o desencadeamento de uma inflamação aguda, caracterizada pela alergia. Ocorre também a produção de Interleucinas (4 e 13) que estimulam os LB a produzir mais IgE. Esta produzida é ligada aos mastócitos, basófilos ou eosinófilos em sua superfície, pois possuem receptores de alta afinidade com a região FC do anticorpo. A reação geralmente ocorre onde houve o contato na via. Ex: via respiratória -> asma. REAÇÃO ALÉRGICA: Ocorre um segundo contato com o alérgeno, ligado a IgE na sua região FAB, enquanto sua região FC está ligada nas células citadas acima. Nos primeiros segundos ocorre o processo de degranulação e liberação de mediadores químicos como a histamina, leucotrienos e prostaglandinas, moléculas vasoativas, quimiotáticas, enzimas, citocinas, dentre outros, desencadeando a reação alérgica. A entrada repetida do alérgeno nos tecidos não apenas desencadeia reações do tipo I, como também ativa e expande ainda mais os linfócitos T e B alérgeno-específicos nos tecidos e linfonodos locais. Por esse motivo, a exposição recorrente a alérgeno quase sempre resulta na intensificação das reações do tipo I. ➢ Choque anafilático: há uma vasodilatação sistêmica, que compromete o bombeamento sanguíneo, faltando oxigênio no cérebro, além de dificuldade respiratória e etc. É a pior reação alérgica. Nas reações alérgicas específicas é observado resposta local. Ex: na pele, causa dermatite. Por contato inalado, causa irritação nas vias respiratórias, etc. MASTÓCITOS: são células presentes nos tecidos que possuem citoplasma rico em grânulos basofílicos. Armazenam potentes mediadores químicos da inflamação e fatores quimiotáxicos dos neutrófilos. Alta afinidade com IgE. HISTAMINA: aumenta a permeabilidade vascular, saída de líquidos e células do vaso, contração do mm liso (pulmão com bronquioconstrição). PROSTAGLANDINA: Vasodilatação, brônquio, quimiotaxia de neutrófilos. LEUCOTRIENOS: Bronquioconstrição prolongada, secreção de muco, maior da permeabilidade vascular. Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes CITOCINAS: Afeta função dos LB, inflamação, ativação e produção de eosinófilos, dentre outras funções. SINAIS CLÍNICOS: Os sinais clínicos vão depender da porta de entrada, podendo ficar localizados (reações alérgicas específicas) ou podem acontecer casos de anafilaxia causando um choque anafilático. A resposta mais característica é a resposta aguda, com liberação dos componentes como a histamina ocorrendo em minutos após a exposição com alérgeno. Reação tardia, 2-24 h depois da exposição. ANAFILAXIA ALÉRGICA: Reação de hipersensibilidade sistêmica, condição severa e generalizada que compromete a vida, causando alterações vasculares e cardíacas, alteração na permeabilidade vascular (edema tecidual) diminuição da pressão arterial, diminuição da oxigenação com perda da consciência. Alterações respiratórias como bronquioconstrição, constrição das vias aéreas. DIAGNÓSTICO: Teste cutâneo que detecta hipersensibilidade tipo I. Indivíduo entra em contato com vários alérgeno, os mais comuns, avaliando se a pessoa tem alergia a alguma das substâncias podendo ser aplicada, como injetada, observando a reação, aumento de volume, edema, avermelhamento. TRATAMENTO: Evitar exposição ao alérgeno, não desenvolvendo a alergia, terapia de dessensibilização (não tem um protocolo definido para todas as substâncias, varia muito), uso de algumas drogas quando há reação alérgica (remediar) corticoides, ciclosporinas (substâncias que inibem o sistema imune). Epinefrina (trás vasoconstrição para evitar a morte), anti-histamínicos (bloqueia os receptores). Aula 8 (10\10\16) - Reações de hipersensibilidade TIPO II, III e IV São reações que acontecem e são indesejadas para o sistema imune. Não acontecem muito frequentemente, com exceção das alergias. HIPERSENSIBILIDADE TIPO II ou hipersensibilidade citotóxica (pois acomete algumas células normais do organismo): essa resposta imune ocorre quando uma resposta imune destrói as células normais. São produzidos AC contra Ags presentes na superfície dessas células, sendo as classes IgG e IgM. A destruição dos eritrócitos transfundidos quando administrados as hemáceas a um receptor incompatível é um exemplo. Em uma transfusão entre doador e receptor incompatíveis, o receptor já vai ter os anticorpos AC (ou produzidos por contato com uma reação anterior ou AC naturais). Antigenos eritrocitários: ou antígenos de grupos sanguíneos, variam muito entre as espécies. No humano há dois sistemas principais: o sistema ABO e fator RH, porém já foram descritos mais de 40 antígenos eritrocitários, porém cada espécie terá os seus. São glicoproteínas ou glicolípidios na superfície das hemácias, o receptor (IgG e IgM) reconhece o eritrócito difundido e aglutinação. Os animais podem ter naturalmente esses anticorpos contra os antígenos eritrocitários, mesmo sem ter tido contato com o AC, são chamados eritrócitos pré existentes ou naturais. Isso é resultado do indivíduo entrar em contato na natureza com epítopos semelhantes, o que causa uma reação cruzada. Então, o AC responde ao Ag da hemácea. Ao se combinar com o antígeno dos eritrócitos estranhos pode causar: aglutinação, destruição pelo sistema complemento (MAC) e opsonização. O resultado será a hemólise (destruição) das células, chamado de anemia hemolítica por transfusão de sangue incompatível. A destruição\lise da hemácia ocorre através do complexo de ataque a membrana, liberando células no sangue, causando anemia e as células sofrem fagocitose. Formam-se também as aglutinações, coágulos, dificultando a irrigação de algum tecido e podem-se criar trombos que atrapalhem a passagem do sangue. Devido ao rompimento dos eritrócitos e liberação da hemoglobina, há hemoblobinemiae hemoglobinúria, que pode causar lesão real, por ser muito tóxica aos rins. Num caso mais grave com grande presença de AC no local, Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes pode haver ativação do sistema complemento, que liberará citocinas e moléculas vasoativas, o que pode resultar num choque circulatório e hipotensão, etc. Teste de reação cruzada: pode-se evitar a reação imune a uma transfusão através do teste imunológico de comparação cruzada. Coloca-se em contato as hemácias, eritrócitos do doador mais o soro do receptor por cerca de 30 minutos, se o soro tiver AC contra as hemácias, ocorrerá lise ou aglutinação das hemácias, portanto não deve se fazer a transfusão. Eritroblastose fetal: Acontece em humanos (fêmeas) grávidas que são Rh-, e engravidando de um homem Rh +. Entra em contato com os AC do bebê que, se for Rh+, reconhece. Em um segundo parto, se o bebê for novamente Rh+, produz uma resposta imune contra esse fator Rh, causando uma reação. Nesse caso não há um AC natural, irá ser formado. Se os bebês forem Rh-, não causa problema nenhum. HIPERSENSIBILIDADE TIPO III: são mediadas por imunocomplexos (ligação do AC com o antígeno). São produzidos durante as respostas imunes normais, porém em alguns casos esses imunocomplexos são produzidos em excesso ou não são removidos de maneira eficiente, gerando ativação do sistema complemento, destruição dos tecidos ou vasos, pois se depositam ou nos tecidos ou no sangue. Algumas doenças bacterianas e virais predispõem a ocorrência desses imunocomplexos. Não muito comum. Ex: 1% dos animais acomentidos por uma bactéria desenvolvem a doença púrpuro hemorrágica. Obs: A lesão não ocorre pelo SC e formação da MAC, e sim pela liberação das anafilotoxinas que atraem células como neutrófilos basófilos e macrófagos que liberam enzimas, pois essas substâncias geram uma inflamação aguda e destruição do tecido. Podem ser classificadas em reações locais (imunocomplexos depositam-se nos tecidos, ex: pele e pulmão) ou reações generalizadas (imunocomplexos dispersos por toda corrente sanguínea, principalmente depositados nos vasos de menor calibre). REAÇÕES LOCAIS: Reação de Arthus: Observou que quando injetado um Ag via subcutânea em um animal que já possuia AC na sua circulação, houve a formação dos complexos antígenos\anticorpo, que se depositaram e geraram uma inflamação aguda. É diferente da tipo I que demora minutos ou segundos enquanto essa leva horas (um pouco mais tardia) formando a lesão. Depois deste tempo observou-se um inchaço edematoso, avermelhado, hemorragias local, trombose e destruição do tecido. Olho azul: cães infectados ou vacinados com adenovírus do tipo I estão pré-dispostos a ter hipersensibilidade no olho, causando uveíte, que gera opacidade de córnea e edema. Na lesão é possível observar a presença de imunocomplexos e células como neutrófilos. Pneumonia por hipersensibilidade tipo III: ocorre da mesma forma, porém por inalação de antígenos, gerando depósito de imunocomplexos no pulmão. Ocorre geralmente em bovinos. REAÇÕES GENERALIZADAS: Ag entra por via intravenosa em animais de alto título de AC circulantes formando os imuno complexos na corrente sanguínea. Esses imuno complexos são removidos por células do sistema mononuclear fagocítico e depositam-se nas paredes de vasos de menor calibre. Doença do soro: é uma doença causada quando é administrada uma grande quantidade de soro hiperimune (soro com muitos AC). Juntando esses AC do soro com os Ag no sangue do animal, ele forma imunocomplexos e pode causar vasculite. HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV: ou hipersensibilidade retardada/tardia. Ocorre apenas um tempo depois da entrada do antígeno no organismo. Os antígenos são injetados na pele de animais sensibilizados (que já tiveram Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes um primeiro contato) e provocam uma inflamação que se desenvolve lentamente no local de entrada (cerca de 24 horas depois começa-se a visualizar e em 72h atinge seu auge). Não é mediada por anticorpos, e sim por células, resultando na interação do antígeno injetado, células apresentadora de antígeno e células T Helper e Citotóxico. Há dois tipos de reação: Dermatite de contato e reação tuberculínica. REAÇÃO TUBERCULÍNICA: Tuberculose bovina: doença infecto contagiosa de evolução crônica causada por Mycobacterium bovis , em bovinos, mas também pode afetar os homens, cães, equinos. É uma doença de evolução crônica, pois o próprio Mycobacterium tem uma característica de se multiplicar muito lentamente, conseguindo se multiplicar dentro das células, formando lesões de aspecto nodular, principalmente em pulmões e linfonodos. As principais vias de contaminação e ocorrência da doença são a respiratória e digestiva, podendo entrar pela mucosa e pele lesadas. É uma doença que os sinais clínicos não são apresentados logo de início, se apresenta é porque já está a muito tempo no organismo. Há a formação de granuloma. Prova da tuberculina: a tuberculina, proteína isolada do cultivo da bactéria, é injetada pela via intradérmica. É então observada a reação do tipo IV nos animais que estiverem já infectados pela bactéria, portanto é usada para diferenciar animais positivos de negativos. Após a aplicação, a célula apresentadora de antígeno, leva a proteína pro LT Helper, que, sensibilizados com o receptor, vão para local da lesão (onde o antígeno foi inoculado), liberam citocinas que atraem mais células no local e fazer a destruição do antígeno. Para fazer o diagnóstico é feita a aplicação e 72h depois é feita a análise de houve formação de uma lesão (reação) no local. MECANISMO: 1. Antígenos são englobados pelas células dendríticas (APCs) que migram para o linfonodo drenante; 2. Ativação de LTh1 → libera citocinas provocando inflamação (atraindo mais células T); 3. Atração de neutrófilos macrófagos e células T para o local; 4. Reação inflamatória + células = edema local, aumento de volume, endurecimento; 5. Ao final os macrófagos ingerem e destroem o antígeno inoculado. DERMATITE DE CONTATO: ocorre num segundo contato com o antígeno (já sensibilizado). Há uma reação no local de contato com formação de eczema e prurido, que pode ocorrer em qualquer lugar do corpo. Pode ocorrer por plantas, metais, borracha, etc. Haptenos, por exemplo, presentes na planta, penetram na pele e se ligam a proteínas plasmáticas – moléculas carreadoras e então ocorre a reação. Aula 9 (24\10\16) - Órgãos do sistema imune Órgãos onde localizam-se os linfócitos e outras células do sistema imune e onde ocorre o reconhecimento de antígenos. Podem ser classificados em 2 grupos: Órgãos linfóides primários: tem a função de participar do desenvolvimento e maturação dos linfócitos (saem da medula óssea como pré-linfócito e chega nestes órgãos que irão diferenciá-los em B ou T, dependendo do órgão que passarem). Os órgãos primários costumam se formar no início da vida fetal, o órgão aumenta de tamanho até o nascimento do animal e então passam a se atrofiar, como o timo. A maturação dos LT ocorre sempre no Timo, independente da espécie. Os LB, nas aves, pela Bursa de Fabricius, nos primatas e roedores ocorre na própria medula óssea e nos Ru, suínos e coelhos, nos tecidos linfóides intestinais (placas de peyer). Órgão linfóide secundário: recebem os linfócitos diferenciados (prontos) e é o local propício para acontecer a interação entre o antígeno e linfócito. Os linfócitos são encontrados também no sangue, na linfa, mas o maior lugar onde se encontram é nos órgãos linf. secundários. ÓRGÃOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS: Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes TIMO: Localizado no mediastino cranial, na entrada do tórax. É um órgão lobulado, tem uma cápsula de tecido conjuntivo que emite trabéculas e forma os lóbulos. Possui uma região cortical, mais externa(presença maior de LT, ou timócitos, densamente agrupados) e a medular, mais interna com poucos linfócitos, tendo macrófagos e células dendríticas. Na região medular há o corpúsculo de Hassal, não se sabe ao certo sua função, semelhante a resquícios de vasos sanguíneos. Função: promover a maturação dos pré-linfócitos T provenientes da medula, que adquirem durante sua diferenciação o TCR. As células do epitélio cápsular do timo impedem o contato dos timócitos com os vasos sanguíneos e possuem um gene responsável por expressar auto-antígenos para que os linfócitos entrem em contato com eles e sejam testados, ver se vão responder ou não a antígenos próprios, se responderem sofrem apoptose. Uma minoria irá passar e desenvolver uma tolerância imunológica e poder seguir a maturação (somente 5-10% dos linfócitos que entram sobrevivem e deixam o timo). Também adquirem as moléculas de superfície. No timo há alguns hormônios secretados, que colaboram no processo de diferenciação e maturação dos timócitos. BURSA DE FABRICIUS: Faz maturação de LB (expressão do receptor BCR), órgão exclusivo das aves, é uma bolsa arredondada localizada acima da cloaca. Na região cortical há presença de LB e macrófagos e na medular há uma maior incidência de LB. Uma grande quantidade também sofre uma seleção negativa (95-99%), sofre apoptose e fagocitose por macrófagos. Produz a Bursina, hormônio que tem função de ativar o LB. MEDULA ÓSSEA: Pode ser considerado tanto um órgão primário quanto secundário, pois também tem função de armazenar LT depois de maturados. É um órgão esponjoso localizado dentro dos ossos e forma todas as células sanguíneas: célula tronco pluripotente dá origem a uma linhagem mieloide (originam linfócitos e Cels NK) e linhagem linfoide (forma células do sistema imune). Atua como órgão primário onde ocorre a maturação de LB, e tem função de seleção negativa, além de armazenar LT que se desenvolveram no timo (função de órgão secundário). LT e B pós maturados caem na corrente sg e são transferidos para órgãos secundários. PLACAS DE PEYER: órgão linfóide primário ou secundário, considerado um tecido por não ser separado por cápsula, e está localizado na parede do intestino delgado, bem perto da luz e vilosidades intestinais. Sua estrutura e função varia de acordo com a espécie: em suínos, ruminantes e coelhos age como um diferenciador de LB (maturação) e propiciona um contato entre os antígenos ÓRGÃOS LINFÓIDES SECUNDÁRIOS: Baço, tonsilas… Tecidos ou órgãos que recebem as células maduras, podem aumentar e diminuir de tamanho conforme a proliferação de células (linfócitos). Possui macrófagos e CD’s, que ficam constantemente entrando e saindo do órgão trazendo Ag para dentro dos órgãos, de forma que eles entrem em contato com os linfócitos e monte-se uma resposta imune adquirida. Se formam no final da vida fetal e persistem durante a vida adulta. LINFONODOS: Órgãos encapsulados, localizados ao longo dos canais linfáticos, recolhem a linfa e fazem sua filtragem em busca de antígenos. Possui vasos aferentes, que trazem as células. No hilo há os vasos eferentes que irrigam e drenam o órgão assim como os vasos linfáticos. Possui 3 regiões, cortical, paracortical e medular. Na região cortical (mais externa) dos centros germinativos há mais LB, enquanto na paracortical encontram-se mais LT. Na região medular há os LB, macrófagos, plasmócitos e DC. Aumentam de tamanho pelo contato com os antígenos ocorrendo uma expansão clonal, proliferação de linfócitos que se acumulam nos linfonodos através de citocinas, que retém as células para que todas sejam liberadas na mesma hora na corrente sanguínea. Células T virgens (que nunca tiveram em contato com um Ag) reconhecem os antígenos nos tecidos linfoides, se proliferam e se diferenciam em células efetoras que novamente reconhecem o mesmo antígeno em qualquer local do corpo e respondem para eliminá-lo. A linfa entra no linfonodo, cerca de 85% CT, 5% LB e 10% células Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes dendríticas, e sai 98% LT e 2% LB (LB não fica circulando muito). Vasos eferentes vão se unindo e formando vasos linfáticos maiores que irão desembocar na veia cava anterior. Apenas 1% da população total de linfócitos encontra-se no sangue, a maioria está dentro dos órgãos. LT (L mais encontrado na corrente sg) circula constantemente pelo organismo, no sangue e nos fluídos em busca do Ag. BAÇO: possui cápsula, dividido em polpa vermelha e polpa branca, órgão alongado, com função de armazenar eritrócitos, formar células sanguíneas na época pré fetal, filtrar sangue, células que fazem a fagocitose e desenvolvimento de uma resposta imunológica, além de proliferação de LT e B. Polpa vermelha possui maior concentração de eritrócitos, que fazem a captura de antígenos por macrófagos e células dendríticas e na polpa branca há mais LB e T, onde ocorre um encontro dos linf com as células apresentadoras de Ag, com uma região marginal onde localizam-se a maioria dos LT. TONSILAS: Antigas amigdalas, são aglomerados de nódulos linfáticos, localizados na orofaringe, contém linfócitos maduros. MALT: Tec. Linf. Associados a Mucosa. Tecidos nos tratos digestivos, respiratório e urogenital. Autoimunidade - Aula 9 pt.2 Grande parte dos linfócitos que passa pelo processo de maturação sofre seleção negativa e são eliminados, isso ocorre principalmente devido a uma ligação forte com os auto-antígenos. Nem toda a autoimunidade é patológica, algumas vezes é necessária\fisiológica, por ex: os eritrócitos tem um tempo de vida e quando chega ao seu fim,, as moléculas passam a expressar um marcador de superfície, o CD223, reconhecido pela IgG que vai marcar a celular com opsoninas, ativando o SC para que as células sejam destruídas. A autoimunidade pode ser mediada tanto com AC ou LB (humoral ou celular). Doença autoimune é uma síndrome caracterizada por lesão tecidual ou alteração funcional desencadeada por uma resposta auto imune. Geralmente, são doenças de caráter crônico, levando a liberação de mais auto antígenos. RESPOSTA IMUNE NORMAL A UM ANTÍGENO ANORMAL OU INCOMUM: correto, natural do corpo. Um exemplo é a resposta a antígenos ocultos nas células ou tecidos, que quando liberado (por lesão, por exemplo), passa a ser reconhecido. Outro exemplo é o mimetismo molecular, onde tem-se o compartilhamento de epítopos entre agente infeccioso e um auto-antígeno (reação cruzada). Antígenos de certos patógenos têm determinantes que fazem reação cruzada com antígenos próprios e uma resposta imune contra esses determinantes podem levar a células efetoras ou anticorpos contra antígenos tissulares, ou seja, o que no início era para tratar um Ag externo, passou a atingir células do próprio corpo. Também se tem os antígenos gerados por alterações moleculares, como fatores reumatoide (AC contra os próprios AC do organismo) e imunocomglutinas (IKs) que são anticorpos contra as proteinas do sistema complemento. Por fim, tem-se alterações no processamento antigênico, onde ocorre a disseminação de resposta contra outros epítopos. RESPOSTA IMUNE ANORMAL A UM ANTÍGENO NORMAL: tem-se falha no controle regulador, como uma desregulação no gene regulador da imunidade (gene que ajuda a controlar a expressão dos Ag próprios no tec epitelial do timo). Uma falha nesse gene faz com que os linfócitos não sofram diferenciação adequada e podem passar a ter os receptores para atingir células do próprio corpo (são liberados pro organismo mesmo sem ter desenvolvido a tolerância). Há também auto-imunidade induzida por vírus. Os fatores predisponentes: predisposição genética, predisposição racial (descuido na prática de acasalamento) e infecções virais. Doenças autoimunes com órgãos específicos: contra um órgão, célula ou tecido específico. Todos são susceptíveis, mas alguns são mais comuns: sistema endócrino,pele e eritrócitos. Ex: diabetes mellitus, miastenia gravis. Doenças imunológicas sistêmicas: envolvem o ataque do sistema imune contra diferentes órgãos ou tecidos ao mesmo tempo. Há perda do controle da imunidade inata e do sistema adquirido, levando a respostas inflamatórias descontroladas e extensas contra vários tipos de tecidos. Pode haver liberação de citocinas inflamatórias, Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes deposição a imunocomplexos e ataque do SC aos tecidos, gerando uma inflação crônica que vai se desenvolvendo. Uso de corticoides para controlar, pois não há cura. Ex: artrite reumatóide. IMUNODEFICIÊNCIA: falha em um ou mais mecanismos de defesa. Imunodeficiência primária: quase sempre genéticas, resultando em imunodeficiências em recém-nascidos e jovens. Há deficiência na imunidade inata e fagocitose, fazendo com que o animal tenha maior suscetibilidade a doenças que normalmente não seriam tão patogênicos, por exemplo bacterianas. Causa defeitos nas funções dos LT (infecções virais persistentes), B (infecções bacterianas resistentes) e imunodeficiência combinada (sem resistência a todos os agentes infecciosos), onde morre nos 1ºs dias. Imunodeficiência secundária: são adquiridas. A causa mais importante é por infecções virais através da destruição de células linfóides, como HIV, FIV, FeLV, BVDV, vírus da panleucopenia felina, vírus da cinomose, da peste suína africana, vírus de Newcastle, da doença de Gumboro. Ou ainda por vírus que causam neoplasia linfóide, como vírus da doença de Marek, FeLV e BLV. FIV: “AIDS felina”. É um retrovírus cuja transmissão se dá através de mordidas, arranhões, transplacentário e fezes. Alvo primário são os linfócitos. Possui 4 estágios, Fase Aguda de 3-10 semanas, onde ocorre sinais sistêmicos gerais; Fase Latente até 10 anos; Fase 3 quando ocorre linfadenopatia generaliza com sinais brandos, anemia, perda de peso leve e infecções secundárias; e o Estágio Final com perda de mais de 20% do peso, leucopenia, infecções oportunistas devido a imunodeficiência grave. Outras causas que induzem a imunodeficiências: infecções parasitárias microbianas, substâncias tóxicas e toxinas, desnutrição, exercícios físicos muito intensos. Aula 10 - Vacinas e vacinação (31/10): Vacinação é o métodos com melhor custo-benefício no controle e erradicação das doenças infecciosas. ● Doenças erradicadas: varíola (ser humano), Peste Suína Clássica, Brucelose (alguns países). ● Doenças Controladas: Febre Aftosa, Raiva e Cinomose. As vacinas possuem finalidade de prevenção e proteção em massa, evitando a doença e uma infestação dela, podendo ser feita com patógenos vivos/atenuados ou patógenos mortos. Num rebanho, por ex, ela deve ser feita no nº máximo de animais possíveis, dependendo da espécie e criação todos ou a maioria podem ser vacinados. Dessa forma, mesmo os indivíduos que não forem vacinados ficam menos propensos a desenvolver a doença. A transmissão de agentes infecciosos pode se dar entre seres humanos (inter-humana), entre seres humanos e animais ou ainda entre os animais. O controle de doenças infecciosas pode ser dar também através de medidas de higiene e antimicrobianos, porém este é mais caro e gera resistência na população. Imunização: pode ser usado para falar de vacinação, porém lembrar que pode ocorrer também de forma passiva. ● Ativa: imunidade pela administração de antígenos. Pode ser NATURAL (doença) ou ARTIFICIAL (vacina). A ativa não é imediata mas é duradoura, gerando memória imunológica; ● Passiva: mediante a administração de anticorpos. Pode ser NATURAL (colostro) ou ARTIFICIAL (soro terapia). Não gera memória imunológica nem plasmócitos de vida longa. Numa vacinação ocorre a resposta imune. O antígeno deve ser administrado de forma eficiente (subcutânea ou intramuscular, por ex), e é reconhecido pelas células do Sistema Imune, ocorre o processamento e apresentação dos antígenos. Com isso os LB e T são ativados, ocorre a produção de imunidade (que pode ser humoral ou celular, dependendo do tipo de vacina) e a memória imunológica será gerada. ➢ Uma vacina morta irá estimular mais uma imunidade humoral do que a celular. Uma vacina ideal deve ser efetiva, intensa e prolongada. Não deve apresentar efeitos colaterais (ou ter o menos possível), induzir uma resposta imune duradoura, quanto mais barata melhor, deve ser estável (mais fácil de Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes armazenar e manipular). Deve também ter um balanço entre imunogenicidade e segurança, não adianta ser uma vacina muito potente que adoece o animal ou dá muitos efeitos colaterais. ➢ A memória imunológica é mais eficiente após outras infecções (ou reforço quando em vacinas) e em outra exposição terá uma RI mais potente, prevenindo a doença. A vacina é constituída por: ● Antígeno: pode ser o patógeno inteiro ou um fragmento, ou uma toxina; ● Adjuvante: adicionado principalmente com vacinas mortas para potencializar e ativar a RI; ● Solvente: água, solução salina etc; ● Conservantes (antimicrobiano, antifúngico…) estabilizantes em geral; Vacinas monovalentes: constituidas só por 1 tipo de antígeno; Vacinas polivalentes: quando há uma associação de mais de um antígenos na vacina. Exemplo: para bovinos há uma vacina que previne doenças no trato respiratório, contendo vírus da diarreia viral bovina, rinotraqueite bovina e etc. Para cães temos, numa só vacina, a cinomose, adenovirus tipo I e tipo II, leprosaria (esta possui diferentes sorotipos, mais de 200, sendo há 2 principais para os cães, e são manipuladas vacina V10 e V8). Os tipos mais comuns de vacina são as vivas e atenuadas. VACINAS VIVAS: os patógenos vivos passam por um processo de atenuação, que há redução da virulência causando diminuição da patogenicidade. Isso é feito através de processo químicos ou calor, para que não sejam mais capazes de causar doenças. Organismos vivos virulentos, como a AIDS por exemplo, não devem ser utilizados nas vacinas, pois irão causar a patogenia. O microrganismo mantém sua capacidade de replicação, tendo um maior tempo de exposição, ativando o sistema imune a causar uma resposta, principalmente celular, assim sendo mais eficaz. Exemplos: para a atenuação podem ser feitos processos em cultivos em meio saturado de CO2, cultivo em meios pobres de nutrientes ou em tecidos que não estão adaptados, remoção genética do gene virulento etc. Vantagens: produzem imunidade de longa duração (pois o SI consegue reconhecer se está sendo injetado um organismo vivo ou morto), taxa de soroconversão elevada e precoce (maior produção de AC), gera uma boa imunidade celular e necessita de poucas doses inoculantes. Adjuvantes normalmente são desnecessários nestes casos. Desvantagens: podem imitar curso natural da doença, virulência residual, cuidados na manipulação, cuidados no armazenamento e mais fácil de contaminação. VACINAS MORTAS ou inativadas: normalmente produzida (inativada) através do uso de agentes químicos que não devem alterar os antígenos responsáveis por estimular a imunidade. Precisa matar o microorganismo, mas manter estruturas como epítopos, pois assim poderá ser reconhecida e poderá gerar uma resposta imune. Substâncias inativantes: formaldeído, álcool ou acetona e óxido de etileno. Irá normalmente desenvolver uma resposta humoral, não tão eficaz como uma vacina atenuada que causa uma resposta celular. Vantagens: são mais estáveis e seguras, pois não possuem uma virulência residual, porém não tão eficientes e necessitam de mais doses de reforço, repetições em um tempo menor. São úteis quando os agentes incluídos na vacina não podem ser atenuados. Apresentam um potencial de contaminação mínimo. Desvantagens: imunidade de curta duração (precisam de reforço), necessitam de adjuvantes, de uma maior dose de antígenos (maiorchance de causar reações adversas) e uma baixa indução de imunidade celular (predominante a resposta imune humoral). TOXÓIDE: vacina constituída por uma toxina inativada. É importante contra patógenos que produzem toxinas. Ex: tétano, pois o que causa problema é a toxina e não a bactéria. Portanto, não adianta apenas uma vacina com a Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes bactéria, há necessidade de uma vacina que desenvolva AC neutralizantes para evitar que as toxinas entrem na célula. Assim que seja inativada a toxina, é adicionado um estabilizante (a base de mercúrio, normalmente) e então adição de uma adjuvantes como o Hidróxido de aluminio. Fatores que influenciam a intensidade e duração da resposta imune: por parte da vacina tem-se a natureza do antígeno, via de inoculação, dose, esquema e adjuvantes. Há também fatores relacionados ao animal, como idade e doenças. RELACIONADO À VACINA: Natureza do antígeno: há vacinas vivas, inativadas, vacinas de toxinas, vacinas de subunidades sendo que neste caso os Ag proteicos de alto peso molecular estimulam melhor o SI (e não são degradadas tão facilmente). As de subunidades também não produzem uma imunidade tão boa quanto a da vacina viva. Via de administração: mais comuns são subcutânea e via intramuscular, porém existem outras vias. Na SC será introduzida em uma tecido menos irrigado com uma absorção mais lenta, enquanto na IM o tecido é mais irrigado e a absorção então será mais rápida. Em suínos geralmente é feita intra-muscular. Em aves há vias alternativas como a ocular, por pulverização, água de bebida, pois é muito difícil vacinar cada um, sendo necessário a busca por alternativas. Existe também a vacina via ovo, 2-3 dias antes do ovo eclodir, onde o Ag é depositado no liquido amniótico, entrando pela via respiratória. Dose: vacina possuem uma dose padrão, independente do tamanho do animal. Não são formuladas para se adequar a peso ou idade do animal. comercialmente para pets o ideal é que se tenha uma menor dose inoculante possível, gerando menor dor\incômodo na aplicação. Precisa haver cautela na quantidade, para não perder todo o produto em vão, pois podem acontecer situações como refluxo. Esquema: vacinas inativadas requerem mais doses. São feitas uma primeira dose, cerca de 15 dias depois uma segunda dose, onde já há uma resposta mais amplificada e, se necessário, terceira dose. Em uma vacina viva, o microrganismo vai ser inoculado. O microorganismo se replica no local (desta forma não precisa colocar uma grande quantidade de Ag), resultando numa RI amplificada, por isso geralmente não requer dose de reforço. Adjuvante: substância que tem finalidade de aumentar a resposta do organismo contra o microorganismo, causando uma resposta prolongada e diminui a necessidade de concentração de microrganismos na dose. Há 3 tipos de adjuvantes: os adjuvantes de depósito, ficam depositados no local e atrasam a eliminação do antígeno, não sendo degradado, fazendo com que a resposta imune dure por mais tempo. A desvantagem deste adjuvante é uma possível irritação dos tecidos, formação de granulomas e a baixa imunidade celular. Os adjuvantes particulados são veículos mais oleosos. Distribuem os ag de forma eficaz as células apresentadoras de ag, pois devido a sua composição, forma uma vesícula, fazendo com que seja processado e apresentado de uma melhor forma pelas celular, penetrando no citosol da célula com mais facilidade. Os adjuvantes imuno estimulantes aumentam a produção de citocinas e estimulam tanto a resposta imuno humoral como a celular. RELACIONADO AO ANIMAL: Idade: no caso de filhotes o sistema imune ainda está em desenvolvimento, necessitando de mais doses e reforços e animais muito velhos já estão debilitados. Pode haver também AC maternos. O ideal é não vacinar quando ainda há AC maternos no sangue do animal, pois irão interferir na resposta, podendo se ligar aos ag e neutralizá-los, assim, não gerando uma resposta imune. Doenças: um animal para ser vacinado deve estar em perfeitas condições de saúde para que possa expressar uma ótima resposta imunitária. Não é recomendado a vacinação em casos de infecção bacteriana, virais, ou parasitárias, desnutrição etc. Qualquer fator imunossupressor como estresse ou uso corticoides pode interferir. Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes Duração da resposta imune: depende do esquema vacinal, do antígeno, fator individual, rota de inoculação, vacina viva/atenuada (vários fatores irão interferir no processo de resposta imune). BOAS PRÁTICAS DE MANEJO: não fazer má reutilização de agulhas e seringas. Utilizar agulhas afiadas, evitar contaminação de frasco vacinal, respeitar a via correta de aplicação recomendada pelo fabricante. No caso de animais de produção deve-se procura vacinas a cada 10 animais, ou esperar terminar o frasco da vacina, e então trocar de agulha. Manter sempre uma boa conservação das vacinas, nunca devem ser congeladas, ficar em torno de 2 a 8 ºC e evitar mudanças de temperatura. REAÇÕES VACINAIS: pode haver uma toxicidade considerada normal, que pode ser algum tipo de reação, desde que seja pequena, como febre, mal estar, uma certa reação inflamatória, uma bolinha no local de aplicação. Existem também reações inapropriadas causadas por erros na produção da vacina (contaminadas, com toxicidade anormal, com virulência residual etc) ou na administração desta. Podem haver reações inapropriadas que ocorre em uma pequena parte dos animais, como do tipo I (alergias) com animal alérgico a algum reagente da vacina, podendo causar uma reação local ou um choque anafilático, pode ser do tipo III, quando ocorre uma reação inflamatória no local ou tipo IV, quando ocorre uma reação inflamatória no local e formação de um granuloma (reação inflamatória crônica). Tecnologia de vacinação moderna: vacinas de primeira geração são as vivas ou inativadas, as de segunda geração são as de subunidades, as que usam microrganismos recombinantes e as de terceira geração usam o DNA, esta não há no ramo veterinário ainda. VACINAS DE SUBUNIDADES: são uma porção do Ag, patógeno, que purificados, isolados. São geralmente proteínas ou polissacarídeos associados a proteínas. Pega-se o genoma do vírus com a região responsável por produzir as proteínas que envolvem este vírus. Esses genes são colocados em plasmídeos, depois dentro de uma bactéria que assim replica esta porção e assim é possível produzir estes fragmentos para que sejam isolados e utilizados no combate destes vírus. *transformação. Vantagens: ser uma composição conhecida, produção em larga escala, sem risco de patogenicidade. Desvantagens: necessita de uma grande quantidade de antígenos, pois o Ag purificado é considerado um Ag morto, não causando uma boa resposta celular. Precisa de múltiplas doses e de adjuvantes (semelhante a vacinas mortas) Organismos recombinantes vivos: método similar ao da clonagem. É feito o mesmo procedimento, remoção do gene, colocado em um plasmídeo e este em uma bactéria, que passam a expressar o Ag na sua superfície, e não purificados como anteriormente. Utiliza-se o microorganismo inteiro pra fazer a vacina. Organismos geneticamente atenuados: são incapazes de causar doenças, remoção do gene de virulência, tendo uma boa resposta imune. Não haverá virulência residual. VACINAS DE DNA OU NUCLEOTÍDEOS: são usados os genes de interesse do microorganismo. Esse gene é adicionado em um plasmídeo que é inoculado em uma célula, e esta passará a expressar este Ag do patógeno. Vantagens: os plasmídeos podem ser feitos em grande quantidade, pode-se produzir vacinas mais eficazes, duradouras e seguras, diminui o número de aplicações necessárias e é um poderoso estimulante para a imunidade celular. Desvantagem: plasmídeo pode ser inserido no genoma e não se sabeo que vai acontecer. Não se sabe se o gene iria penetrar na célula desejada e nem os possíveis efeitos no SI, caso o Ag seja expresso por longo período. Aula 11 - IMUNODIAGNÓSTICO Será visto alguns testes que utilizam o princípio da imunologia, o Ag e o AC. Quando pesquisa o Ag é o teste indireto, e quando pesquisa AC (mais fácil, coleta o sangue e separa o soro, que contém os AC) é o teste direto. Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes A reação que será analisada é a de antígeno com anticorpo, estes podem ser feitos em laboratórios, podendo colocar junto a um antígeno e ver se ocorre alguma reação, da mesma maneira pode haver antígenos incubados em laboratórios. A pesquisa de AC será para a identificação de um animal doente, para avaliar a vacinação (se os níveis de AC estão adequados) ou estabelecer a prevalência de uma doença no rebanho (faz-se uma amostragem do rebanho, seu soro, faz-se um teste de AC verificando a porcentagem de animais que apresentam a prevalência de certo AC e então de determinada doença). Existem reagentes utilizados no processo, o principal é o soro, sendo obtido através do sangue coagulado. É mais fácil usar o soro do que o plasma, pois não há necessidade de esperar coagular. Tem-se também os antígenos (se está sendo pesquisado AC é necessário o uso de antígenos pra ter a ligação e isso poder ser visualizado), antiglobulinas (AC marcado, são AC que se ligam em AC, marcada com alguma substância que irá auxiliar na identificação do teste). Podem também ser utilizados AC monoclonais (se estamos pesquisando um antígeno, utilizados um AC que pode ser monoclonal, que é mais específico, se direciona especificamente a uma determinada área do antígeno, é mais homogêneo, já os policlonais reconhecem mais de uma região de um antígeno, liga em vários epítopos). Os AC policlonais derivam de diferentes linhagens de LB e assim dirigidos a diferentes epítopos do antígeno e os AC monoclonais são AC produzidos de uma única linhagem de LB e assim todos dirigidos para o mesmo epítopo. Os AC policlonais são produzidos por uma técnica simples, a partir de uma cobaia que recebe uma injeção do antígeno purificado. Depois espera-se u tempo para acontecer a soro-conversão (produção de LB, AC contra o Ag...), feito a coleta de sangue, separado o soro e purificado os AC que o animal produziu durante a resposta imune. No caso dos monoclonais (tecnologia mais recente, mais difícil de fazer) o animal também receberá uma injeção (vacina com o Ag), irá produzir AC da mesma maneira, e então, os LB de diferentes linhagens produzidos são coletados do animal, separados e fundidos com células de mieloma (células que tem capacidade de se multiplicar indefinidademente e ficam produzindo o AC). Isso forma os hibridomas (método feito em laboratório) conseguindo selecionar quais linhagens de LB irão ser usadas pois cada uma tem a capacidade de produzir um AC específico. São olocadas em cultivo e os AC são purificados, podendo serem usados em testes. Os AC monoclonais possuem uma auto especificidade, alta homogeneidade (apenas um AC na solução) e ausência de AC não específico (pois no modo policlonal, o AC pode entrar em contato com outros antígenos e produzir outros AC, no monoclonal produz-se exatamente o que se quer). As desvantagens é que são mais caros, se o epítopo for destruído mesmo que o antígeno esteja presente este não será identificado, técnica mais trabalhosa por ser mais especializada. Os AC policlonais são de menor custo, tem capacidade de detectar o antígeno mesmo que vários epítopos tenham sido destruídos e é mais fácil de se obter. As desvantagens é que possui menor especificidade, menor homogeneidade e há a possibilidade de presença de AC não específicos. Esses testes podem ser classificados em 3 grupos, separados de acordo com o que se vai visualizar no teste: 1. Teste de Ligação Primária: Medem diretamente a interação entre antígeno e AC (visualiza a interação Ag+AC), por exemplo a Imuno Fluorescência (IF) direta, onde há um AC que se liga diretamente no Ag e o Ag é então marcado com uma fluorescência que é emitida, observada no microscópio. 2. Teste de Ligação Secundária: medem as consequências da formação de imunocomplexos in vitro, por exemplo, a Fixação do Complemento, onde quando ligados (Ag+AC) há ativação do SC, e pode ser observada a ação do SC numa hemácia, que se rompe pela ativação. 3. Teste de Ligação Terciária: são aqueles que medem as consequências da resposta imune in vivo, por exemplo, a soroneutralização. Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes Coisas a serem observadas na escolha de um teste: SENSIBILIDADE: porcentagem de resultados positivos em pacientes com a doença. É definida pela proporção de animais com a doença em interesse que tem o resultado do teste positivo, indica o quão bom é o teste para identificar os indivíduos doentes. Quanto maior a sensibilidade, maior o poder de detectar a doença, ou seja, 99% de sensibilidade significa que somente 1% dá falso negativo. ESPECIFICIDADE: porcentagem de resultados negativos em pacientes sem a doença. É semelhante a sensiblidade, mas em animais saudáveis. Proporção de animais sem a doença que tem o teste negativo, indica o quão bom o teste é para identificar os indivíduos não doentes. 95% significa que, 95% dos pacientes sem a doença serão identificados e 5% serão falso positivos. ➢ Um teste será mais sensível quando apresentar menos resultados falso negativos e mais específico quando apresentar menso resultados falso positivos. Os testes podem também ser classificados em outros grupos, onde é observado: PRECIPITAÇÃO: formação do complexo antígeno AC. Difusão em agar-gel. AGLUTINAÇÃO: É o agrupamento de partículas por moléculas de AC que se ligam a antígenos na superfície de partículas adjacentes. Semelhante a precipitação, mas com uma molécula maior será envolvida, normalmente uma hemácia. O AC se liga e há uma aglutinação, formando grumos. IMUNOENSAIOS: reagentes marcados (pode ser o Ag ou o próprio AC) com imunoflorescência ou ELISA (AC ligado a uma enzima que age sob um substrato e muda a cor do meio). TESTES TITULAÇÃO DE ANTICORPOS: É uma forma de mensurar níveis de AC específicos. O soro (ou amostra com Ag) a ser testado sofrerá uma diluição seriada (concentrações decrescentes) e encubados com uma quantidade fixa de antígeno. A reação ocorre nos tubos e no último tubo no qual a reação ocorrer, será classificado como tubo de titulação. Por ex: ocorre uma reação de precipitação, formando os grumo. Podemos, então testar só o soro não diluído, e em outro adiciona-se uma quantidade de antígeno, usando os dois tipos, com soro diluído e não diluído. Se o soro possuir AC, vai ocorrer a ligação com o Ag e vai precipitar. Analisa-se até onde a reação consegue ocorrer, até quanto de diluição ainda ocorre aglutinação, no exemplo foi até 1/8, ou seja, considera-se esse tubo como título (título 8) sendo que então ainda há AC reagindo, porém muito pouco, formando o complexo Antígeno X AC. ➢ TÍTULO: Maior diluição dos AC onde ainda há manifestação da reação. ELISA (Ensaio Imuno Enzimático Ligado a uma Enzima): É um dos métodos mais utilizados para determinar a concentração de antígenos e AC, apresenta alta sensibilidade e especificidade, e pode ser tanto qualitativo como quantitativos. Se baseia na ligação Ag-AC, que são detectados através de reações enzimáticas, sendo o AC marcado com essa enzima que age sobre um substrato mudando a coloração do meio. É feito em uma base sólida, uma placa de polietileno, e podem ser feitas 96 amostras, pois são 96 poços (buracos) na placa. É analisado em quais dos poços ocorreu a reação, através da visualização da mudança de coloração (sim ou não - qualitativo) ou colocando a placa num aparelho de escpectofotometria, que gera uma avaliação quantitativa.É necessário um AC purificado, um Ag purificado, e sempre é feito um controle positivo e negativo (para que se possa ter certeza que o teste está dando certo), solução tampão de lavagem (sempre que se adiciona um reagente deve-se colocar também uma solução), conjugado (AC ligado a uma enzima) e cromógeno (substância incolor que na ocorrência de oxidação ou ação da enzima produz cor). Geralmente, usa-se soro como amostra, utiliza-se as pipetas e um espectrofotômetro que converte a intensidade da luz em valores numéricos, fazendo um gráfico. Utilizado no diagnóstico de várias doenças, como diarreia viral bovina, herpesvírus bovino tipo I, rotavírus, doenças auto-imunes, toxinas, hormônios, indústria de alimentos, como salmonela, listeria. Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes Possui vantagens como poder testar várias amostrar ao mesmo tempo, realização relativamente rápida, simples e de custo baixo a médio, método altamente sensível-específico, alto grau de confiabilidade, com pouco risco de dar falso negativo ou positivo. Apresenta como desvantagens a necessidade de uma mão de obra especializada, ps reagentes podem degradar facilmente (luz e temperatura, precisam ser bem conservados), devido a alta sensibilidade e especificidade qualquer variação na pipetagem, tempo de incubação e etc, alterando resultado. Há 3 tipos de ELISA: ELISA indireto: pesquisa-se o AC, com uma placa revestida com o antígeno. Adiciona-se nos poços uma solução com antígeno que se adere a placa, necessitando de uma solução de lavagem para que aquilo que não se ligou a parede seja removido. Então coloca-se uma segunda solução (soro) que, se houver AC, irá se ligar ao Ag, faz-se uma nova lavagem pra remover o que não se ligou. Então adiciona-se o conjugado que se liga aos AC, uma nova lavagem e adiciona-se o cromógeno e o substrato que se for oxidado pela ação enzimática haverá desenvolvimento de cor. ELISA direto ou sanduiche: a pesquisa é por Ag, a placa é revestida com AC, faz uma lavagem e adiciona a amostra, que se houver Ag específicos contra os AC, vai se ligar. É feita mais uma lavagem e adiciona o conjugado que se liga aos ACs, mais uma lavagem. Cromógeno e substrato são adicionados, se o cromógeno for oxidado pela ação da enzima ocorre a reação que altera a coloração do meio. ELISA por competição: é pesquisado o Ag, sensibilizando a placa com AC. Há uma lavagem para retirar os ACs livres e então adiciona-se duas soluções: uma com o Ag a ser pesquisado e uma segunda solução que possui um Ag já marcado (conjugado) com uma enzima. Dessa maneira o Ag marcado e o da amostra competem pelo sítio de ligação no AC, portanto o que estiver em maior concentração vai se ligar ao AC. É feita uma lavagem para retirar os Ag não capturados e adiciona-se o cromógeno e substrato. Se houver uma grande ligação do Ag marcado com o AC, ocorrerá a emissão de cor. Se houver Ag não marcados ligados em maior quantidade a cor não aparece. Dentre as enzimas que convertem o substrato pra colorido, a mais utilizada é a peroxidase, que cataliza uma reação com água e oxigênio. Essa reação que seleciona o cromógeno e altera a cor da reação, porém podem ambém ser usadas catalases, fosfatase alcalina. IMUNODIFUSÃO EM AGAR-GEL: Técnica simples, rápida e de baixo custo, ocorrendo a pesquisa de AC apenas. É um teste qualitativo, só indica se tem ou se não tem. Observa-se a precipitação do complexo Ag/AC, os poços são feitos no gel, que permite a passagem das proteínas (tanto AC quanto Ag). Acrescenta-se no poço do meio o Ag, e nos outros (ao redor) o soro teste e em alguns o controle positivo. Se houver anticorpos (específico) no soro os dois reagente se difundirão para todos os lados, e onde se encontrarem no ágar, formam uma linha de precipitado branca. Após 48 horas, pode ser feito a leitura, de onde houver precipitação do AC/Ag. É um teste que costuma ser usado em anemia infecciosa equina, leucose bovina e artrite e encefalite caprina. Vantagens: é um teste bastante específico, pode-se testar várias amostras, tem baixo custo, porém, a sensibilidade é baixa, a leitura é subjetiva e só prova-se qualitativamente. HEMAGLUTINAÇÃO: teste direto pela pesquisa de antígenos sendo que neste caso são apenas vírus. Só funciona com alguns destes vírus (os que apresentam na sua superfície algumas estruturas capazes de aglutinar eritrócitos). Coloca-se a amostra junto com uma solução de hemácia, e se houver vírus, ocorre ligação e sedimentação em forma difusa. Caso contrário, os eritrócitos que não se aglutinam se depositam pela ação da gravidade no poço, formando um botão de hemácia. É qualitativo, mas pode ser feito o quantitativo se ocorrer diluição seriada da amostra. O título se dá pelo maior resultado dado nas diluições, ex, se parar de aglutinar na 4º diluição, o título é 1 pra 4 INIBIÇÃO DA HEMAGLUTINAÇÃO: Pesquisa do AC, sendo um teste indireto. Coloca-se o vírus em contato com o soro do indivíduo, é incubado e espera-se a reação ocorrer (Ag+vírus), assim o anticorpo neutraliza a ação Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes do vírus no processo de aglutinação, ou seja, o vírus não consegue aglutinar as hemácias. É, portanto, o contrário da reação anterior, pois se ocorrer aglutinação não há AC. Para dosar AC no soro de pacientes pode ser feita por sorologia pareada, é utilizada quando, por exemplo, o animal apresenta AC, foi vacinado, e portanto apresenta o título de AC. Conforme passam os anos, este título começa a cair, não sendo suficiente para combater a doença. É, então, coletada amostra do soro do animal na fase aguda (início da doença) e depois de duas semanas (fase covalescente), e se comparando as duas houver um aumento do título de AC de pelo menos 4 vezes, significa que é uma infecção recente e é uma soroconversão, podendo ser usado como diagnóstico. Se medir na fase covalescente e o nível de amostra estiver igual, ele não tem a doença os AC são da vacina. Usos da inibição da hemaglutinação: em parvovírus suínos, canino, influenza e parainfluenza (pois possuem aglutinina no seu envelope e também conseguem aglutinar), assim, nem todos os vírus podem ser usados neste teste. É de baixo custo, rápido, boa especificidade e sensibilidade e fácil execução. Desvantagens: só pode ser usado pra certos tipos de vírus e necessita de espécies doadoras de hemácias para fazer a aglutinação. FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO: Técnica que também utiliza eritrócitos, a partir da hemaglutinação, onde utiliza-se a capacidade citolítica que é a capacidade de ativar o Sistema Complemento para formar o MAC, onde destroi o eritrócito que elimina a hemoglobina. É um método sorológico para detectar AC, mas também pode ser usado pra detectar a presença de Ag. O AC vai estar na membrana dos eritrócitos e ligando-se com o Ag, que está ligado na superfície da hemácia. Quando as moléculas de AC se ligarem no Ag, vai ter uma mudança na região FC, expondo alguns sítios que ativam o SC pela via clássica. Pode ser qualitativo ou quantitativo, quando é feita a diluição seriada da hemácia e pode ser observada a máxima diluição onde a reação ocorre. Então primeiro é feito uma incubação do soro teste pra inativar as proteínas do SC que podem alterar o resultado, Tem-se então o soro com AC, adiciona o sistema hemolítico (hemácia coberta com Ag), o AC se liga no Ag expondo o sítio de ligação, iniciando e ativando o SC, que insere o complexo de ataque a membrana no eritrócito, rompendo a célula e liberando hemoglobina. Isso é centrifugado e observado uma solução avermelhada. Se não tiver AC, a hemácia permanece intacta e quando centrifugado forma o botão no fundo. É usado também pra pesquisa de Ag, incubando o soro com AC monoclonais, que é dirigido pro Ag pesquisado, portanto, há ligação do AC com o Ag e não há ativação do SC nem formação do MAC. IMUNOFLUORESCÊNCIA:permite detecção e localização de Ag ou de AC. Se utiliza o AC marcado (secundário) com fluorocromo que absorve luz UV e luz visível. Na imunofluorescência direta pesquisa o Ag, utiliza-se o AC marcado na solução, espera ele se ligar, faz uma lavagem pra remover o que não se ligou e ocloca isso numa lâmina pra observar o que está emitindo luz. Vantagens: alta especificidade e especificidade, possibilidade de detecção de proteínas intracelulares em sua localização (se fizer um corte no tecido consegue encontrar onde estão as proteínas). Desvantagens: alto custo e pode ter uma certa subjetividade na leitura. Imunofluorescência indireta: mesmo princípio para pesquisa de AC. O Ag é padronizado, é fixado na lâmina, e é colocado o soro do paciente. Se tiver AC, vai se ligar. Utiliza-se então um segundo AC marcado com subst fluorescente, se houver AC no soro, o conjugado reage com o AC específico para Ag. Observa isso no microscópio de fluorecência. IMUNOHISTOQUÍMICA: semelhante a imunofluorescência, mas em vez de estar marcado com o fluorocromo, está marcado com enzima (parecido com o ELISA). Adiciona-se substrato e a subst muda de cor. Mais utilizado pra detectar antígeno. SORO NEUTRALIZAÇÃO: Técnica utilizada para pesquisar AC contra toxina ou vírus. Para o vírus ou toxina se ligar na célula precisa se ligar no receptor dela pra entrar na célula, e deseja-se ver se o AC tem o necessário Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes pra neutralizar esse vírus. É incubado o soro teste com a toxina ou vírus, colocado em cultivo celular, se o resultado for positivo, os AC vão ocupar os receptores da toxina e do vírus, que se conjugariam com a célula, impedindo a cultura celular. Se não tiver o AC, o vírus entra na célula, destrói tudo. Vantagens: é específica, sensível e pode ser feita diluição seriada. Desvantagens: precisa do cultivo de células ou cobaia. Resumo de imunologia P2 - Blenda Fernandes
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