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Parasito I P2 - Eucestodas (alguns) e Nematelmintos

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Cont. aula 6 
A partir de agora, todos Eucestodas os abordados terão HI invertebrado e larva cisticercóide. 
➢ Cisticercoide é uma larva muito parecida com o cisticerco, ela praticamente não tem espaço dentro 
dela, só tem um único protoescólex invaginado, não tem vesícula e é microscópico. Se desenvolve 
nos tecidos dos HI invertebrados, na sua hemocele (cavidade geral). 
 
Família Anoplocephalidae 
Escólex sem rostro, totalmente inerme com 4 ventosas. Tem como principal característica morfológica as 
proglótides mais largas do que longas e 2 aparelhos reprodutores por proglótide. 
Há, além do aparelho do embrião hexacanto (que todo eucestoda tem), nos Anoplocephalidae tem uma 
estrutura que envolve esse embrião hexacanto chamada ​aparelho piriforme​. Não se sabe muito bem a função 
deste, mas acredita-se que seja importante na ruptura do ovo. 
➢ Dentro da família Anoplocephalidae existem os gêneros Anoplocephala, Paranoplocephala (que são 
de equinos) e Moniezia (ruminantes). 
➢ A Anoplocephala e Paranoplocephala possuem apenas um par de órgãos reprodutores, somente um 
poro genital. As moniezias tem os dois. 
 
Gên/esp A. perfoliata A. magna P. mamillana 
HD Equídeo Equídeo Equídeo 
Local Válvula íleo-cecal, raro cólon I.D. raro estômago. I.D. raro estômago. 
Morf. 
 
Com apêndice muscular 
posterior a cada ventosa. 
5-8cm comprimento X 1,2cm 
largura 
É maior. Na região do 
escólex não tem apêndices. 
35-80cm comp X 2,5 cm 
larg 
1 par de órgãos reprodutores. 
Ventosas com fenda 
longitudinal. 
1-5cm compr. X 4-6mm largura 
Obs: A infecção no cólon, ou estômago ocorre quando há uma infestação muito grande de vermes e não há 
mais espaço no intestino. Obs2: P. mamillana pode ser confundido com A. perfoliata devido ao seu tamanho, 
mas faz-se a diferenciação devido à localização deles. 
 
Quanto a A. perfoliata, como fica na região da válvula (região de estreitamento), ocorre um fenômeno 
chamado ​Intussuscepção​, ou ​vôlvulo​. O verme faz sua fixação na válvula, e isso estimula o SN da região, 
aumentando o peristaltismo do trato digestório como um todo. O movimento exacerbado do peristaltismo 
pode induzir a entrada de uma das alças dentro de outra. Esse processo de entrada acaba dobrando vasos 
sanguíneos, pode gerar hipóxia, anóxia, necrose, adesão de uma parede na outra, etc, gerando cólica. 
 
Moniezia M. benedezi M. expansa 
Localiz I.D I.D 
H.D Ruminante Ruminante 
Possui 2 pares de 
órgãos reprodutores 
cada proglótide 
Gl interproglotinas em curta fileira e 
contínua. 0,4 a 6m de comprimento 
X 2,6 cm de largura. 
Gl interproglotinas em toda a largura. 
1-6m comprimento X 1,6cm largura. 
 
O Ciclo é tudo igual novamente, mas em vez de cisticerco é larva cisticercóide. 
1. HD com a tênia libera proglótides cheias de ovos nas fezes. 
2. São ingeridos por ácaros de vida livre (se alimentam de matéria orgânica, incluindo fezes); 
3. Ovos digeridos → libera embrião hexacanto → vai hemocele → desenvolve cisticercóide; 
4. H.D ingere ácaro com a larva → digere ácaro → libera larva → fixa-se na mucosa do I.D através do 
protoescólex → produz estróbilo, vira verme adulto, fim. PPP: 1-2 meses. 
Resumo parasito P2 - Blenda Fernandes 
 
 
 
De vez em quando há ​Thysanosoma actinioides​, que pode ser considerado da família Anoplocephalidae. 
- Parasita ruminantes, porém já foi descrito em ductos biliares e pancreáticos. 
- Tem 2 órgãos de aparelhos reprodutores em cada proglótide, não tem glândulas interproglotidianas 
(que é o que o que diferencia ele dos Anoplocephalidae); 
- Poucos tem aparelho piriforme; 
- Parte posterior das proglótides é​ franjeada​. 
 
Aula 7 - FAMÍLIA DAVAINEIDAE 
Possui como característica um rostro retrátil armado com ganchos que tem “formato de martelo”. Além do 
rostro, possuem ventosas também armadas com ganchos. 
Nessa família, os ovos se apresentam individualmente dentro de cápsulas ovígeras (uma cápsula para cada 
ovo, diferente do Dipylidium, que possui uma cápsula para vários ovos). 
 
Gen/Esp Davainea proglotina Raillietina tetragona R. echinobothrida R. cesticillus 
HD Galinha e pombo Galinha e pombo Galinha e peru Galinha e peru 
HI Caracois Formigas Formigas Baratas, coleópteros 
Larva Cisticercoide Cisticercoide Cisticercoide Cisticercoide 
Dimens. Até 4mm Até 25cm Até 25cm Até 12cm 
Rostelo Armado Armado Armado Armado 
Abert genit Regul. altern. Normalm. unilateral Normalm. unilateral Irregul. altern. 
 
Fala-se de galinha e não de frango devido ao ciclo de vida dos hospedeiros. Frango de corte é abatido com 
aprox 1 mês de vida, não dá tempo de adquirir verminose. 
Ciclo biológico é semelhante aos demais eucestodas que tem HI invertebrado. PPP = 12 a 20 dias. 
Aves eliminam proglotes no MA com fezes → HI ingere fezes contaminadas → digere ovo → libera embrião 
→ penetra na mucosa intestinal → cavidade geral → cisticercoide. Ave ingere HI → digere seus tecidos → 
libera larva → sob ação de suco gástrico e bile desenvagina, fixa-se e passa a produzir proglotes. 
 
ORDEM DILEPIDIDEA 
Também tem o rostro retrátil e armado, mas os espinhos parecem “espinhos de rosa”, mas as ventosas podem 
ou não serem armadas. 
 Família Dilepididae Família Dipylidiidae 
Gen/Esp Amoebotaenia cuneata Choanotaenia infundibulum Dipylidium caninum* 
HD Galinha Galinha e peru Cão, gato, SH 
HI Minhoca Coleópteros, gafanhoto, mosca Piolhos e pulgas 
Larva Cisticercoide Cisticercoide Cisticercoide 
Dimens. 4mm 23cm 50cm 
Rostelo Armado Armado Armado 
Abert genit Irregul. altern. Irregul. altern. 2 pares de órgãos reprodutores 
Resumo parasito P2 - Blenda Fernandes 
 
 
 
A ​Choanotaenia infundibulum​ tem característica de funil, com um aspecto serrilhado na sua lateral devido ao 
encaixe das proglótides. Só tem uma abertura, pois em cada proglótide só tem um masculino e um feminino. 
 
Dipylidium caninum​ eliminam proglotes individuais móveis, possível ver se movimentando na região anal e 
no bolo fecal do animal, essa movimentação causa coceira. O cão libera as proglótides nas fezes → pulga 
bota ovos no meio ambiente → libera larva da pulga → larva se alimenta de matéria orgânica, uma delas 
sendo as fezes → ingere ovo do Dipylidium → eclode, libera oncosfera, vai pra hemocele, vira cisticercoide 
→ cão se coça, ingere a pulga → libera larva etc. 
PPP na pulga = 30 dias. PPP no cão = 2 semanas. 
É importante explicar pro proprietário a participação da pulga no ciclo, pois ela não se acaba, apenas pode ser 
controlada. A participação do piolho se dá pela ingestão de restos fecais e, consequentemente, ovos das fezes 
infectadas. O SH também ingere a pulga, provavelmente quando espreme pra matar. 
➔ De forma geral, na maioria das vezes, o verme adulto trás pouco prejuízo pro hospedeiro. 
 
ORDEM HYMENOLEPIDIIDEA 
FAMILIA HYMENOLEPIDIIDAE 
 
Gen/Esp Hymenolepis carioca H. cantaniana H. diminuta H. nana* (ou H, fraterna) 
HD Galinha e peru Galinha e peru Ratos, cães, SH SH, ratos 
HI Coleópteros, 
coprófagos 
Coleópteros, 
coprófagos 
Coleópt, coprófagos, 
pulgas, baratas 
Coleópteros das farinhas 
e larva de pulga 
Larva Cisticercoide Cisticercoide Cisticercoide Cisticercoide 
Dimens. Até 8cm Até 12 cm Até 60cm Até 4cm 
Rostelo Inerme Inerme Inerme Armado 
Abert genit Unilaterais Unilaterais Unilaterais Unilaterais 
 
Hymenolepisnana:​ junto com ​Ascaris lumbricoides​ , é o verme que mais afeta seres humanos, presente em 
99% das crianças. É um verme pequeno, é diferente dos outros da família por ter o rostro armado. Possui o 
ciclo biológico semelhante aos cestódeos de HI invertebrado, mas nos roedores o ciclo pode ser indireto 
(pulgas se alimentam das fezes e roedor come a pulga), ou direto (não precisa do HI, HD faz papel de HI 
também através de hetero ou autoinfecção - interna ou externa - da mesma forma que a cisticercose). 
Aparentemente, no SH só ocorre o ciclo direto, desenvolve a larva cisticercoide direto na mucosa intestinal, 
sem ir para os tecidos. 
 
Aula 8 - Introdução Nematelmintos 
Nema em latim significa fio e helmintes vermes, portanto, a sua principal característica é um verme com 
corpo cilíndrico, arredondado. São metazoários (seres com mais de uma célula), sendo pseudocelomados. 
CELOMA: cavidade revestida por membrana ou tecido parietal. Os nematelmintos são pseudo, pois estes 
possuem cavidade, mas não é revestida por membrana, e sim por músculos, diferente dos platelmintos que 
são acelomados. 
 
Apresenta uma cutícula por fora, subcutícula(ou hipoderme) abaixo, musculatura e então o pseudoceloma. 
Este é preenchido pelo ​líquido celomático​(ou parentérico) onde flutuam os órgãos dos aparelhos reprodutor 
(macho e fêmea separados), aparelho digestório (completo), sendo todos estes órgãos ligados por feixes de 
fibras conjuntivas. Se cortarmos o parasita em horizontal, irá aparecer um tubo que é o trato digestório e 
vários outros tubos que na verdade são um único tubo que vai e volta (aparelho reprodutor masculino e 
feminino). Todas as estruturas ligadas por fibras mm na parede. 
Resumo parasito P2 - Blenda Fernandes 
 
 
 
 
Estes vermes possuem o revestimento externo de cutícula (revestimento cuticular), bem diferente do 
tegumento de platelmintos (por isso a maioria das drogas contra platelmintos é diferente dos de 
nematelmintes, pois os mecanismos de absorção e passagem de moléculas são bem diferentes). É um verme 
desprovido de aparelho respiratório e circulatório, o líquido celomático faz as trocas gasosas e a própria 
cutícula que absorve o oxigênio e elimina o gás carbônico (“sistema respiratório). 
São dioicos, diformismo sexual é geralmente muito evidente. Alguns apresentam um ciclo monoxeno, porém 
outros, heteroxeno. 
 
Obs: a larva no caso dos nematelmintes são diferentes da forma larvar de platelmintos. Nos nematelmintos, 
todas são microscópicas e partem do ovo. Nos platelmintos o ovo não tinha larva, e sim embrião hexacanto 
(que vira larva nos tecidos). 
 
CLASSE NEMATODA: Pode ser diferenciada de acordo com o aparelho excretor em subclasse Secernentea 
(sistema excretor de um modo geral tubular, há várias ordens) e Adenophorea (sistema excretor tipo 
glandular, ordem Enoplida apenas). 
 
HABITAT: Parasitam vertebrados, invertebrados e plantas (fitopatologia). Estima-se que cerca de 60% são 
de vida livre, vivendo no solo e agua, enquanto em torno de 40% são obrigatoriamente parasitas. 
 
MORFOLOGIA EXTERNA: Formato cilíndrico e alongado, tendo regiões do corpo divididos em ​anterior 
(vai da abertura da boca até o poro excretor, este geralmente está na face ventral), ​porção média (do poro 
excretor até o ânus, se for uma fêmea, e no macho, até a cloaca). Após o ânus ou cloaca é chamado de ​região 
posterior​. No caso da fêmea, o poro genital está separado do ânus, e pode estar na região anterior, média ou 
posterior, varia de acordo com a família. 
Pelo fato de ser arredondado é difícil definir que parte é ventral e qual é dorsal, então admite-se como face 
ventral aquela que apresenta o poro excretor, genital e digestivo. A oposta é face dorsal. 
 
Na maioria das vezes, apresentam uma coloração esbranquiçada ou amarelada. Em alguns casos, em coletas a 
fresco, apresenta uma coloração avermelhada, rosada, devido a hábitos hematófagos ou por se alimentarem de 
matéria orgânica, que pode apresentar sangue. Ex: Ascaris, por irritar muito a mucosa intestinal, causando 
lesões que liberam sangue, ele acaba ingerindo. 
Variam de tamanho, alguns tem até menos de 0,5 mm indo até mais ou menos 1 m de comprimento. 
Externamente apresentam cutícula como o revestimento do corpo. 
 
CUTÍCULA: É elástica, partindo do envolvimento da larva (dentro do ovo) podendo medir até 300 mícrons 
(larva). O verme, na forma adulta, chega até 1 m, portanto a cutícula precisa desta característica de 
elasticidade para acompanhar o crescimento de forma microscópica à adulta. É transparente, pode ser 
totalmente lisa ou apresentar estrias no sentido transversal. É cheia de enzimas, precisa desta atividade para 
garantir metabolismo ativo e crescer. A cutícula é uma estrutura não celular secretada pela 
subcutícula(hipoderme), como se fosse um plástico que reveste. Algumas estruturas (formações) externas são 
de natureza cuticular, então além de revestir e garantir proteção, compõe estruturas importantes. 
 
SUBCUTÍCULA (HIPODERME): Camada 
celular de grande atividade metabólica, 
apresentando depósito de glicogênio. Forma uma 
fina capa de epitélio, emitindo projeções para 
dentro do verme, dividindo o corpo do verme em 
quatro quadrantes. Há fibras em fuso de vários 
feixes musculares que originam o pseudoceloma 
(onde está ap digestório e reprodutor). 
Os vermes são divididos em ​holomiário (apresenta apenas um único feixe de mm por quadrante), ​melomiário 
(dois a cinco feixes por quadrantes) e ​polimiário (mais de 5). É uma descrição importante para dar um 
diagnóstico histopatológico (onde o verme é cortado no meio), direcionando para determinado verme. 
Resumo parasito P2 - Blenda Fernandes 
 
 
 
 
PSEUDOCELOMA: É a cavidade que os nematoides apresentam, revestida pela mm. Contém um líquido 
(pseudocelomático e parentérico) onde os órgãos estão imersos, mergulhados. 
 
APARELHO DIGESTÓRIO: Completo: tubo reto onde se distingue a boca, esôfago, intestino e ânus. Boca 
apresenta uma posição apical (anterior) às vezes deslocada para a região subdorsal ou subventral. Apresenta 
boca circular, elíptica, triangular ou punctiforme. Os lábios podem existir ou não, podendo se modificar e 
subdividir-se se fundindo, desaparecendo, formando dentes, ou formando uma placa cortante. 
 
Podem apresentar papilas labiais (função 
quimiotática, identificando o alimento como se 
fossem olhos) e saliências como dentes nos lábios. 
A boca pode estar em comunicação direta com o 
esôfago ou ainda apresentar um espaço aberto, a 
cápsula bucal. 
 
 
 
Esôfago é muito usado para fazer classificação. 
Tipo ​Oxiuroide​(ou Bulbiforme) é provido de 
bulbo posterior (antes de começar o intestino, é 
puro mm e funciona como se fosse uma válvula). 
O esôfago ​Rabditoide apresenta um ​pseudobulbo 
(dilatação) anterior e um ​istmo que o conecta com 
o ​bulbo posterior​ . O tipo ​Filarióide é cilíndrico 
sem nenhuma dilatação em sua extensão. Os dois 
últimos são os mais comuns, e dependendo do 
estágio de desenvolvimento que a larva esteja, 
apresentará um tipo de esôfago especifico.No esôfago há usualmente 3 glândulas que 
produzem enzimas digestivas (1 dorsal liberando 
secreção na boca e 2 subventrais ou laterais 
liberando secreção no esôfago). Alguns 
medicamentos em estudo interferem no 
mecanismo da glândula, interferindo na 
viabilidade do parasito. 
 
INTESTINO: Após o esôfago, indo até a região do ânus, dividido em três segmentos: ​região anterior (bem 
muscular pra empurrar alimento, possivelmente uma continuação do esôfago), uma ​região média (com 
microvilosidades para absorver os nutrientes) e a ​fase final ou terminal é o reto (geralmente curto, forrado 
pela cutícula, sendo que no caso do macho já e a cloaca). 
Os produtos do metabolismo são excretados pelo ânus (fêmea) ou cloaca (macho). Ou ainda podem sair pela 
cutícula, por difusão. Podem também excretar pelo poro excretor (poro urinário). Algumas drogas atuam no 
mecanismo excretor, causando morte por excesso de catabólitos que não são eliminados. 
 
APARELHO RESPIRATÓRIO E CIRCULATÓRIO: Não possui nenhum. Os nutrientes são absorvidos no 
intestino, caem na cavidade pseudocelomática, onde pelo líquido os nutrientes são levados até as células que 
os absorvem e fazem então a excreção daquilo que não é necessário. Da mesma maneira o oxigênio. 
 
SISTEMA NERVOSO: Drogas que trabalham no influxo do cálcio nas células nervosas, causam uma 
paralisia espástica, nrijecimento ou o relaxamento (paralisia flácida). Apresentam gânglios, nervos, etc. 
APARELHO REPRODUTOR: Normalmente são dioicos. Existe também partenogênese (fêmeas que se 
reproduzem sem o macho) e casos raros de hermafroditismo (não estudamos). 
Tanto nos machos como nas fêmeas, as gônadas são do tipo tubular e bem desenvolvidas. Esse tubo sofre 
Resumo parasito P2 - Blenda Fernandes 
 
 
 
especializações, portanto, o mesmo tubo é útero, ovário, vagina dependendo da região. 
 
APARELHO REPRODUTOR MASCULINO: No caso dos machos pode haver testículos unitários ou em 
par, normalmente um ducto espermático ou vaso deferente (pode ter vesícula seminal em volta, que joga o 
conteúdo dentro do tubo). Mais para frente esse tubo recebe as glândulas prostáticas e glândulas 
cementetantes (produzem o cemento, cola que gruda o macho com a fêmea). 
Os machos podem apresentar órgãos sexuais ou genitais secundários ou acessórios. Características anteriores 
(na frente, boca, papila etc) o macho e fêmea apresentam. Quando posteriores apenas os machos apresentam 
(asa caudal, espículos, etc), diferenciando machos de diferentes espécies assim como a diferença entre macho 
e fêmea. 
 
ESPÍCULOS: 1, pares ou nenhum (raros). Pode 
apresentar bainha, ser exposto ou retraído, 
identificando varias espécies de helmintos. Pode 
ter formato de arpão, folha, etc. Função de servir 
como um guia e para abrir a vulva da fêmea. 
TELAMON: estrutura cuticular em conexão com a 
parede ventral da cloaca. 
GUBERNÁCULO: Estrutura quitinizada – 
Gubernáculo por cima do Telamon, sendo os dois 
espículos nas laterais e o gubernáculo e telamon 
no meio, alguns apresentam apenas o gubernáculo, 
outros apenas telamon e alguns apresentam os 
dois. 
BOLSA COPULADORA: Bursa (expansão da 
cutícula sustentada por raios). Geralmente 3 lobos, 
1 dorsal e 2 laterais. Macho encaixa a bolsa na 
fêmea funcionando para como se fosse se fixar 
nela, com a cloaca emitindo os espículos. 
 
 
ASAS CAUDAIS: Com papilas caudais (sensoriais) quimiorreceptoras que possivelmente percebem a 
presença de fêmeas. Servem também para fazer a fixação na vulva assim como a bolsa. 
➢ Todas essas estruturas são cuticulares. 
 
APARELHO REPRODUTOR FEMININO: Também é um tubo único que sofre especializações. 
Diferenciado em ovário, oviduto (fecundação) e útero. Ovário é um longo tubo, fusiforme, podendo ser reto, 
sinuoso ou enrolado. O ovário possui uma zona de germinação (multiplicação celular) e zona de crescimento 
(desenvolvimento de ovogônias). Oviduto: tubo mais ou menos longo, de diâmetro menor que o ovário, sendo 
a continuação da parede epitelial dos ovários. Receptáculo seminal pode estar presente. Útero é o local de 
desenvolvimento embrionário. 
 
Fêmea ​anfidelfa​ apresenta dois ap reprod. (tubo dividido), os dois se encontram no útero e saem na vagina. 
 
FECUNDAÇÃO: Ocorre no oviduto ou receptáculo seminal e forma-se uma membrana interna na célula 
fecundada, podendo começar o processo de divisão celular. Depende do verme, alguns saem no estado 
anterior, segmentado (como mórula), ou já larvado. 
 
OVOS: Normalmente apresentam três membranas: uma mais ​interna lipídica​, semipermeável, não permitindo 
a passagem de água, mas de gases, sim. Uma ​membrana quitinosa​, dando resistência mecânica ao ovo no 
meio ambiente (casca do ovo). Em alguns casos essa membrana está descontinua, formando o opérculo. A 
membrana externa é proteica​, considerada a membrana plasmática da célula ovo, dá proteção ao ovo, 
impedindo a entrada de substâncias tóxicas. Dificilmente enxerga-se essa divisão no microscópio. 
Os ovos podem ser elípticos, redondos, casa espessa ou delgada, lisa ou ornamentada, raramente com 
opérculo. O embrionamento dos ovos (eliminados pelas fêmeas ovíparas) dá-se no meio externo e requer 
oxigênio, ou seja, a maioria dos ovos podem ser morulados ou embrionados (células únicas) no ambiente. 
 
ECLOSÃO: A larva pode desenvolver-se no meio ambiente, mas também pode já vir larvado. Esse ovo com 
a larva necessita eclodir para liberar a larva (forma infectante). Há dois tipos: 
Resumo parasito P2 - Blenda Fernandes 
 
 
 
- Eclodem no meio ambiente: ovo maduro (cada parasita tem um tempo) é influenciado pela temperatura e 
umidade (o verme pode até suportar temperaturas negativas, atrasando, mas o clima seco mata). A larva 
dentro do ovo, com temperatura e umidade adequadas, sendo que a própria larva se mexe dentro do ovo, 
fazendo uma pressão mecânica para romper. Quando madura, a larva secreta enzimas que alteram a 
permeabilidade da casca, deixando mais água entrar, fazendo com que tudo fique inchado, e a larva rompa a 
parede do ovo. Além disso, há enzimas secretadas pela larva que fragilizam as membranas do ovo. 
➔ Larva precisa estar madura, condições ambientais adequadas, secreta enzimas, entrada de liquido e 
próprias enzimas mexem com a estrutura física da parede do ovo, favorecendo a eclosão da larva. 
- Ovos que só eclodem após a ingestão pelo hospedeiro: ingere o ovo larvado. Há alguns estímulos físicos, 
como oxigênio, temperatura e PH do trato digestório do Hospedeiro, indicando que a larva pode sair do ovo e 
parasitar. Há secreção de varias enzimas, lipases, quitinase e protease. Além disso, fatores estimulantes 
externos possivelmente modificam a permeabilidade da membrana interna permitindo a ação das enzimas 
sobre os estratos superficiais (do hospedeiro). 
 
O desenvolvimento pós-embrionário será estudado individualmente. Toda larva sofre quatro mudas ou 
ecdises (troca de cutícula). Dentro do ovo normalmente forma-se L1 que cresce, troca de cutícula e vira L2, 
assim como a L3, L4, esta se alimenta e cresce também virando L5, sendo que de L5 para adulto não há muda 
apenas crescimento. (Algunsautores não chamam de larva de quinto estágio e sim de adulto jovem pois tudo 
já está formado e não há muda). 
Normalmente, a L1 e L2 tem o esôfago rabditoide, e a L3 (forma infectante) filariforme até a sua vida adulta. 
A L1 apresenta grudada nela sua cutícula. Quando ela vira L2 (continua rabditoide), ela abre a bainha 
(cutícula) e sai a larva nova (ecdise, deixando para trás), porém, quando ela saiu para virar L2, já secreta uma 
nova cutícula que a envelopa. Quando ela sofre a muda novamente secreta uma nova cutícula para L3, que é 
filariforme. A larva L3 mantém a cutícula da L2 em volta dela (fica com uma camada dupla), chamada de 
bainha​, tendo função de proteger a larva que vai passar pelo sulco gástrico, envelopada. Porém essa bainha 
envelopa a larva, e impedindo que ela se alimente, por isso ela necessita infectar para poder se alimentar. No 
meio ambiente se alimenta de fungos e bactérias, esgotando essas reservas no L3 ela necessita ficar na porção 
mais alta do pasto para ser ingerida. 
Quanto mais quente e mais seco menor o tempo de vida desta larva no meio ambiente. 
 
Aula 9 - ORDEM ASCARIDIDA 
Principal característica da ordem é ter boca trilabiada. Há 3 superfamílias (Ascaridoidea, Oxyuroidea e 
Subluroidea). De uma forma geral não apresentam cápsula bucal (apenas boca e esôfago). O esôfago de 
alguns é do tipo bulbiforme (ou oxiuriforme), esôfago com bulbo na região posterior. 
 
Os machos podem apresentar asas, todos tem papila caudal e geralmente tem também 2 espículos. As fêmeas 
são ovíparas, ovos de camada grossa (membrana espessa) às vezes ornamentada, esférico-elípticos e contém 
uma célula (são não segmentados, ovo não morulados, principal característica). 
➢ Obs: ovovivíparas botam ovos larvados. Vivíparas ou larvíparas parem larva. Ovíparas: botam ovos. 
 
Diferenciação sexual: De uma forma geral, os machos são menores. Devido à capacidade reprodutiva, a 
fêmea necessita ter um útero grande para produzir muitos ovos, uma fêmea adulta sempre será maior que um 
macho adulto. Cuidar para não confundir, uma fêmea jovem pode ser menor que um macho adulto, precisam 
estar no mesmo grau de maturidade. 
Machos normalmente tem a cauda enrolada, a fêmea geralmente não. 
Espículos: os machos possuem e as fêmeas não. Quando expostos podem ser vistos a olho nu. As ​papilas 
caudais são presente nos machos, podem ser visualizadas no estéreo. Tudo que estiver na frente serve para 
macho e fêmea, tudo o que estiver atrás é apenas para macho! Diferenciar bem o macho da fêmea pelos 
espículos e pelas papilas caudais, pois os machos sempre tem. 
 
SUPERFAMÍLIA ASCARIDOIDEA - Família Ascarididae/Ascaridiidae/Ascaridae: 
Vermes grandes (5- 35cm). Normalmente esbranquiçado, castanho claro, às vezes cor de rosa (devido ao 
sangue), cutícula áspera. Ficam normalmente embolados, obstruindo e irritando a mucosa, causando 
sangramento e ingestão de sangue, porém, não é um verme hematófago por natureza, apenas se alimenta 
Resumo parasito P2 - Blenda Fernandes 
 
 
 
daquilo que o animal comeu e degradou (aminoácidos, por exemplo). Os helmintos desta família ​não 
apresentam o esôfago com bulbo. São parasitos de ID (duodeno preferencialmente). 
 
Ascaris suum:​ Parasita suínos, muito raro em ruminantes. De uma maneira geral, possuem as características 
acima. As papilas podem ser pré-cloacais ou pós-cloacais, importante para identificar o verme, pois 
dependendo, apresentam X par de papilas pré e pós-cloacais. As papilas podem ser ​sésseis (pequena elevação 
na cutícula) apenas uma proeminência, e outros vermes possuem papilas ​pedunculares ​(um pedúnculo que 
sustenta a papila). As papilas existem somente na região posterior do macho. 
 
O macho possui uma cauda normalmente cônica e a fêmea em romba (um pouco mais gordinha, não tão 
afilada como o macho). Presença de espículos. No gênero Ascaris as asas cervicais e caudais são ausentes. 
 
Muito comum o animal defecar os vermes, pois estão em grande quantidade devido a grande produção de 
ovos (uma fêmea pode produzir até 200 mil ovos/dia). Ovo típico, ornamentado, possui cápsula bem grossa, 
formado elíptico, arredondado, com a presença de um ​mamiloma e célula única não morulada que depois de 
tempo e ambiente adequados evolui para a forma larvar. 
➢ Ovos do gênero Ascaris são idênticos, não há como diferenciá-los. 
 
CICLO: 
1. Adultos localizados no ID onde ocorre a cópula → fezes → meio ambiente em condições de umidade 
e temperatura adequadas (18/20C) → larva. 
2. Ovo larvado (com L2 ou L3) é ingerido → infecção passiva → condições adequadas (ID) → eclosão 
do ovo. 
3. Libera a larva no ID → penetra na mucosa → cai na corrente sanguínea → chega no sistema porta → 
fígado (mais ou menos um dia depois de se infectar com o ovo). 
4. No fígado permanece por um tempo → corrente sanguínea → veia cava → lado direito do coração. 
5. Átrio → ventrículo → artéria pulmonar → pulmão, onde sai da corrente sanguínea. 
6. Entra nos alvéolos → ascende a árvore brônquica (traumático, pode evoluir para um problema 
respiratório). Não é verminose pulmonar. 
7. Passa árvore brônquica → orofaringe → deglute em L4, que aguenta a acidez do suco gástrico. 
8. Chega ao ID → 4 semanas depois da infecção, vira L5 (adulto jovem) → adulto. 
Esta rota chama-se ciclo hepato-traqueal (passa pelo fígado e pulmão) ou ciclo pulmonar. PPP: 49-62 dias. 
 
Algumas larvas do átrio direito, passam para o VD, pulmão e voltam para o lado esquerdo do coração pela 
veia pulmonar. Vai pro AE, passa pela aorta e então incistam em órgãos parenquimatosos, onde encapsulam e 
morrem, pois só viram adultos no ID. (Ovos segmentam no meio ambiente necessitando morular primeiro). 
➢ Pode ocorrer à presença de um hospedeiro paratênico: besouro, artrópode, minhoca etc. ingere ovo 
nas fezes, que eclode e incista. Quando o suíno ingerir o hospedeiro, ingere a larva eclodida, ocorre 
todo o ciclo. 
 
Em suínos pode ocorrer ‘milk spot’ Quando a larva passa pelo fígado, destrói alguns hepatócitos que são 
preenchidos por tecido conjuntivo que não é parte funcional. Num animal em crescimento, o fígado faz 
síntese proteica, portanto as lesões impedem que os filhotes cresçam adequadamente. 
As lesões do fígado levam ao descarte do órgão, que custam aproximadamente 50/60 reais. 
➢ A rota hepato-traqueal é comum a todos os Ascarididae, mas só no suíno causa o trauma no fígado. 
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Ascaris lumbricoides: Mais comum do mundo, parasita o ID do ser humano. Pode haver infecção cruzada (​A. 
lumbricoides em suínos e ​Ascaris suum em humanos). Esses dois são morfologicamente idênticos, no 
tamanho, número de papilas, etc. Porém existe uma certa especificidade, na década de 70, através de técnicas 
de eletroforese viu-se que possuíam diferenças moleculares em estruturas de alguns órgãos. 
O ciclo é extremamente parecido com o do A. suum. O verme é de grandes dimensões (macho de 15-20 cm e 
a fêmea até uns 30cm). 
Os ovos possuem uma ornamentação grossa, duram muito no meio ambiente e é igual do A. lumbricoides. 
Pode ocorrer ​infecção espúria​: cachorro, por exemplo, ingere fezes, se infecta,mas não é parasitado. 
 
Parascaris equorum (Ascaris equorum​ ): Apresenta lábios mais destacados, mais pronunciados que ​A. suum​ . 
Parasitam equinos. O macho apresenta asa caudal, muito estreita e difícil de ser visualizada na prática. Possui 
também papila, cloaca e espículos. Apresenta-se em grande quantidade sempre, ocorrendo obstrução. Os ovos 
são redondos, de parede espessa e irregular (mas sem as projeções do Ascaris). Ciclo evolutivo semelhante ao 
A. suum​ - rota hepato-traqueal. PP: 70-83 dias. 
 
Toxocara canis: afeta cães e gatos sendo o ​T. cati (ou ​T. mystax​ ) apenas em gatos. Os ovos são idênticos: 
célula única, parede espessa, levemente irregular na borda. Em um exame de cão o diagnóstico é fechado em 
T. canis​ , no gato, como ​Toxocara spp. 
Apresenta papilas caudais, espículos, asa caudal (difícil de visualizar) no macho. Apresenta ​asa cervical ​em 
formato de lança, que fica na região anterior (macho e fêmea), podendo ser visualizado no estéreo. 
 
CICLO: Adultos copulam → ovos no MA → 14,20 dias → ovos em L2 ou L3 (forma infectante). Ovos são 
ingeridos → fígado → coração → pulmão (migração traqueal) → intestino → 30 dias (PPP) tá botando ovo. 
 
Em cães mais ou menos até 6 meses de idade esse ciclo ocorre normal, a partir disso com a maturação do 
sistema imune, a chamada migração traqueal (coração, pulmão, ascender árvore brônquica e chegar no 
intestino), por uma questão de imunidade, começa a ficar comprometida. As larvas que saíram do VD no 
coração vão pela veia pulmonar para o AE, VE e então aorta, fazendo a circulação ou migração somática. Cai 
na grande circulação e pode ir pra qualquer lugar: fígado, baço, mm cardíaca ou estriada, dentre outros. A 
larva, nesses lugares não evolui, fica encapsulada e quieta. 
 
Se for um cão macho morre e a larva fica encistada, nada acontece. Se for uma fêmea, quando gestante no fim 
da gestação, a imunidade dela tende a diminuir. A larva então sai do estágio de quiescência, volta para a 
corrente sanguínea, onde ela tem 2 opções: ​via transplacentária chega aos pulmões do feto, que quando nasce, 
ascende a árvore brônquica. Ou cai na corrente sanguínea como L3 ir para a glândula mamária, colostro, leite, 
que os filhotes ingerem, onde não precisa migrar, só virar adulto. Por isso na ​infecção transplacentária ​(ou 
congênita, ou vertical) e pela ingestão de colostro, o PPP é menor, pois já se aloja no intestino e se 
desenvolve. 
 
Estima-se que uma vez infectada a cadela, tem Toxocara pra todas as gestações da vida. O “tratamento” é 15 
dias antes do parto desvermifugar a cadela, matando os vermes da corrente sanguínea e evitar que aconteça 
transmissão transplacentárea. 15 dias depois do parto desvermifugar novamente, para as larvas não irem pra 
gl mamária. Ovo encistado não vira adulto. Sem gestação não ocorre nada. 
Durante a gestação algumas larvas ao invés de ir para o útero completam a migração (corrente sanguínea, 
coração, pulmão, intestino) se transformam em adulto no ID: maior produção de ovos logo após o parto. 
 
Roedor, ovinos, suínos, minhocas, pássaros (migração somática) podem ser um hospedeiro paratênico, caindo 
na corrente sanguínea destes, fica encistado e então se o cão ou o gato predam libera a larva e no ID vira 
adulto. Nos animais adultos predomina a migração somática. 
 
O ​Toxocara canis (alguns acreditam que o Toxocara cati também) é o responsável pela ​larva migrans visceral 
no ser humano. É quando o ser humano assume o papel de hospedeiro paratênico, ingerindo o ovo, que 
eclode. A larva ​se encista dando uma resposta inflamatória granulomatosa, grave, principalmente em fígado e 
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olho. A larva migrans visceral é muito comum em crianças que brincam na areia (bom ambiente, pois protege 
do sol e permite fluxo de ar). 
 
Toxocara cati: o ​T. cati é menor e mais magro, a olho nu é perceptível a asa cervical, que tem formato de seta 
ou flecha. Conteúdo fecal e estomacal (vômito) contaminados é comum. Macho em sua porção posterior é 
idêntico ao de ​T. canis​ (espículos, papilas sésseis caudais...). muito difícil de ver a asa caudal. 
 
CICLO: Macho adulto L5 no intestino, fezes no meio ambiente, ovo, L2 ou L3, faz a rota hepato traqueal 
mais ou menos em 5 dias depois de ingerir o ovo larvado já está no pulmão. Passa, traqueia, mucosa do 
estômago em L3 ou L4 e no conteúdo estomacal ou intestinal (L4) até tornar-se L5. 
Não foi observado infecção pré-natal (mãe não passa para o feto porque em tese não se encista). A rota 
hepato traqueal também ocorre em animais adultos (diferente do T. canis​ ). HP:barata, minhoca, coleópteros, 
pequenos roedores, ovinos, caprinos, etc. Quando o gato ingere algum desses HP, na mucosa do estômago 
libera a larva, que não precisa migrar, pois isso já ocorreu no HP. PPP de aproximadamente 21 dias. 
 
Infecção transmamária​: Embora não seja observada infecção pré-natal (esta depende de se encistar, como não 
se encista não há infecção), porém a do leite/colostro vai existir porque a gata se pode ser infectar e, durante a 
migração da larva pela corrente sanguínea, cair nas glândulas mamárias também. 
Alguns trabalham dizem que a transmissão via leite colostro é a principal infecção em filhotes. HP é muito 
importante pelo hábito predatório do gato. Ovos de Toxocara cati, canis e Parascaris equorum são iguais. 
 
Toxascaris leonina: Não ocorre com muita frequência, tanto em canídeos como em felídeos, parecendo ser 
mais comum em animais silvestres. Ovos possuem parede lisa, formato elíptico, com uma célula que não 
ocupa o espaço inteiro. Além das características de ovo, apresenta uma baixa especificidade. O macho, na 
frente, parece o Toxocara canis por causa da lança, porém na parte posterior apresenta várias papilas pré e 
pós-cloacais, além de não ter apêndice digitiforme como o Toxocara spp. 
 
CICLO: Macho e fêmea no ID, copulam, botam ovos, fezes, meio ambiente, onde já tem a forma infectante 
(L2 ou L3) em cerca de 6 dias. É ingerido pelo hospedeiro, as larvas não migram, eclodem no ID, libera larva 
que penetra na mucosa, onde passa por um ​período histotrófico (atração pelo tecido) onde penetra no tecido 
e na mucosa vira L4 (3 a 7 dias). Volta pra luz intestinal e se desenvolve para a forma adulta (L5). 
PPP de 10 semanas. HP: pequenos mamíferos, invertebrados que ingerem o ovo, eclodem, larvas não 
reconhecem o local e migram, indo para os tecidos e no HP fica encistado. Quando este é ingerido pelo 
canídeos ou felinos vão diretamente para o ID não tendo período histotrófico, pois já migraram no HP. 
 
Neoascaris vitulorum: muito incomuns, alguns autores chamam de ​Toxascaris vitulorum​ . Ciclo biológico é 
igual ao Toxocara canis, com transmissões (transplacentária etc) idênticas. Infecta Ru principalmente bovina 
e bubalina. Macho apresenta a cauda romba e a fêmea a cauda cônica (contrário do Áscaris). Macho tem 
apêndice digitiforme, espículos, papilas sésseis, não tem asa caudal, muito parecido com o Toxocara. 
 
RESUMO: 
Espécie Hospedeiro Dimens Morfologia 
Ascarissuum Suínos, Ru 20-30cm Machos com papilas caudais e sem asa caudal 
A. lumbricoides SH 20-30cm Igual A.suum 
Parascaris equorum Equídeos 17-34cm Lábios bem destacados. Machos com papilas 
caudais e pequena asa caudal 
Toxocara canis Canídeos, felídeos, SH 10-18cm Asa cervical = lança. Machos com pequena 
asa caudal, papilas cd e apêndice digitiforme 
T. cati Felídeos 4,5-7cm Asa cervical = flecha ou seta. Machos = canis 
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Toxascaris leonina Canídeos, felídeos 7-10cm Asa cervical = lança. Machos sem asa cd e 
sem apêndice digitiforme 
Neoascaris vitulorum Ruminantes 20-26cm Sem asa cervical, cutícula mais fina. 
 
Aula 10 - Superfamilia Oxyuroidea 
 
FAMÍLIA OXYURIDAE: Parasita equinos. Tem como característica o esôfago bulbiforme e presença de 3 
lábios. Parasitam intestino grosso, ceco e colon. 
 
Oxyuris equi​ : Ovo típico, pequeno, elítico, casca lisa, fina, com um único opérculo e célula única sem 
nenhum processo de divisão quando é botado. Macho 10x menor que a fêmea e tem apenas 1 espículo, 
diferente dos outros nematelmintos que geralmente tem 2. Possui papilas caudais da região da cloaca. A 
fêmea tem a parte anterior mais “rombuda” e a parte posterior afinada e alongada, formato de bengala. 
 
CICLO: Macho e fêmea no intestino grosso copulam, e em seguida a fêmea migra até a região do períneo, 
onde coloca para fora seu aparelho ovoejetor (região posterior). Junto aos ovos é colocado um muco 
transparente que os grudam na região perineal e em seguida a fêmea se recolhe. Esse muco resseca, ficando 
quebradiço e liberando os ovos no meio ambiente, onde evolui para L3 dentro do ovo (forma infectante) em 
menos de 1 semana. O cavalo ingere o ovo, passa pelo estômago, no ID há liberação da larva, que migra pro 
intestino grosso e se desenvolve até adulta. Pode penetrar nas criptas do ceco e colo, na mucosa e fazer o 
período histotrófico. Vira L4 em mais ou menos 10 dias de infecção, volta para a luz do órgão, L4 vira L5, 
onde vira adulta. PPP: 120-150 dias. 
 
Os ovos não estão necessariamente nas fezes, para fazer o diagnóstico é necessária a ​técnica de Graham: 
“grudar” os ovos da região perianal com uma fita adesiva, colocá-la numa lâmina e levar ao microscópio. 
Em função da deposição de ovos na região perianal, há prurido, o animal se coça, gerando queda de pelos e o 
efeito “cauda de rato”. O machucado pode gerar pequenas abrasões na pele, causando contaminação. 
Enterobius vermicularis​ : Parasita SH e primatas. O macho é 3x menor que a fêmea. Bem parecido com o 
Oxyuris​ , porém menor. Ovo muito típico, não é operculado, possui formato de D. Se desenvolve miuto 
rapidamente dentro do ovo, de 1 a 2 dias. PPP: 1-2 meses. 
 
Ocorre 2 mudas do duodeno (ingere ovo, eclode, L3 pra L4 primeira muda, e L4 para L5 segunda muda, 
ainda no duodeno), depois migra para o intestino grosso e desenvolve para adulto. Causa também muito 
prurido na região anal, pois a fêmea faz o mesmo mecanismo do ​Oxyuris​ . Utiliza-se a mesma técnica de 
Graham em humanos, pois é difícil ovos aparecerem em exame de fezes. 
 
SUPERFAMÍLIA SUBULUROIDEA 
FAMÍLIA HETERAKIDAE: Alguns exemplares da família possuem o bulbo posterior, porém outros não. Os 
machos possuem asa caudal (bem desenvolvida), espículos, papilas caudais e ventosa pré-cloacal (com anel 
quitinoso). Possui também boca trilabiada. 
 
Gênero Ascaridea: 
Ascaridia galli​ : atinge galinhas, perus, patos e 
gansos. Tem 5 a 9cm, parasita ID. Não possui 
bulbo. O macho possui espículos desiguais, muitas 
papilas caudais de vários tipos 
Ascaridia columbae​ : Muito parecidos com o galli, 
mas parasitam pombas. 
 
 
CICLO: Macho e fêmea no ID → ovo → fezes → MA → 3 semanas → L2(forma infectante). Ovo é 
ingerido → eclode no duodeno (alguns autores dizem que penetra na mucosa e tem período histotrófico) → 
volta pra luz do órgão → L3, L4, L5, adulto, macho e fêmea. Fim. 
Resumo parasito P2 - Blenda Fernandes 
 
 
 
Anelídeos do meio ambiente podem ingerir os ovos, que eclodem na minhoca e não evolui. Quando a galinha 
ingere a minhoca, a larva evolui e vira adulta. PPP: 1.5 meses. 
 
Gênero Heterakis: 
Heterakis gallinarum​ : também galinhas, perus. É muito pequeno, parasita intestino grosso e possui esôfago 
com bulbo posterior. Os espículos também são desiguais e variedade de papilas caudais. A extremidade 
posterior da fêmea é bem afilada, semelhante à um espículo. Geralmente parasitam filhotes. Seus ovos são 
típicos, muito semelhante ao de Ascaridea, porém mais afilado, bem difícil diferenciar. 
 
CICLO: mesmo ciclo do Ascaridea, com PPP um pouco menor. Possui importância muito grande na 
disseminação de Histomonas meleagridis causador da Histomonose, enterohepatite ou Black head (devido à 
hemorragia violenta). 
A Histomonose é um protozoário que atinge o fígado de aves em geral, tendo grande importância econômica, 
pois destrói o fígado, causando lesão patognomônica em forma de moeda. Possui várias fases de vida, sendo 
que a fase infectante é a fase de trofozoíto. Ao chegar no meio ambiente, um peru ingere o trofozoíto, que é 
extremamente sensível no MA, pois não possui forma de resistência, como cistos. Do fígado, o trofozoíto vai 
para o intestino. O Heterakis que lá está se alimenta de conteúdo intestinal do peru e ingere junto o trofozoíto. 
Nada acontece num macho, porém numa fêmea ele chega no ovário e se incorpora nos óvulos, fica dentro do 
ovo, que fornece proteção no MA, aumentando chance de sobrevivência. 
 
ORDEM RHABDITIDA 
Não tem pra ser mostrado na prática e ver a morfologia. Faz uma alternação de gerações, tem um ciclo de 
vida parasitário (ocorre geração do tipo partenogenética) e um ciclo de vida livre (geração sexuada). ​Somente 
fêmeas partenogenéticas são parasitos​, as fêmeas não partenogenéticas e os machos são sempre de vida livre. 
Os parasitos possuem lábios não definidos e esôfago filariforme, já os de vida livre são bem pequenos e 
possuem esôfago rabiditiforme (pseudobulbo, istmo e bulbo). Os machos possuem a extremidade curvadinha, 
e a fêmea, reta. 
Possui ovos larvados. Parasitam ID e são muito pequenos. 
 
Gênero strongyloides: os ovos, de forma geral, são divididos em 3 grandes grupos: haploides, diploides e 
triploides, todos ocorrem na mesma proporção. 
- Haploide: larvado com uma larva com esôfago rabiditoide. O ovo eclode, libera a larva, que se 
alimenta sofre uma muda e vida L2 (rabiditoide), que sofre mais uma muda e vira L3 (continua 
rabiditoide, diferente do que ocorre normalmente). L3 evolui para L4 e L5, onde no MA vira um 
macho de vida livre. 
- Diploide: mesma coisa do haploide, mas vira uma fêmea de vida livre. Cruza com o macho no meio 
ambiente e todos os ovos eclodem uma L1 rabiditoide, que sofre uma muda pra L2 e em seguida L3 
(dessa vez filariforme, forma infectante). 
- Triploides: libera L1 rabiditoide, que eclode libera a larva, vira L2 rabidt, que vira L3 direto. 
Há dois ciclos: indireto ou heterogônico, que tem um ciclo de vida livre, depois um ciclo de vida parasitária 
(há alternância) e ciclo direto, ouovogônico, onde os ovos já evoluem pra forma infectante. 
A forma infectante (L3 de esôfago filariforme) pode vir de forma direta a partir do ovo triploide ou 
indiretamente, através de um macho e fêmea de vida livre originários de um ovo haploide e diplode 
respectivamente. 
 
CICLO: L3 infectante. A infecção de Strongyloides é sempre ativa, pois não possui bainha (que fornece 
proteção de suco gástrico, pra ser ingerida). Se for engolida, precisa penetrar na mucosa boca, garganta etc, 
ou morre. Cai na corrente sanguínea, vai para o lado direito do coração, pulmão, árvore brônquica, 
óreofaringe, é deglutida, chega no ID, vira L4, L5 e adulto. Chamado ​ciclo de Loss (diferente, pois a vida de 
infecção é cutânea e não faz a rota hepatotraqueal). PPP: aprox 15 dias. 
 
Strongyloides stercoralis​ : ocorre em SH, cães e gatos. Tem como característica o ovo eclodir na mucosa antes 
de sair das fezes, ou seja, a procura para diagnóstico não é de ovo larvado, e sim de larva. Utiliza-se a 
Técnica de Baermann (coloca uma placa vazada com as fezes, enchendo o funil de água, encostando nas 
Resumo parasito P2 - Blenda Fernandes 
 
 
 
fezes. Deixar de um dia para o outro e as larvas vão migrar para a água, onde tem uma tendência a ir para o 
fundo) ou a ​Técnica de Ueno modificada (faz uma trouxinha com as fezes, amarra num suporte, coloca num 
cálice de sedimentação com água encostando na trouxa e as larvas sedimentam). 
 
Especificamente no ser humano pode acontecer o fenômeno da auto-infecção, pois há um terço triploide que 
evolui muito rapidamente de L1 rabditoide pra forma infectante (L3 filarioide), sem ir para o meio ambiente, 
penetrando na mucosa internamente. O motivo da autoinfecção é a rápida evolução da larva e tem como 
consequência a hiper-infestação em pacientes aidéticos ou com neoplasias, devido à baixa imunidade. 
Não é um caso de falta de saneamento adequado, pois ocorre muita auto-infecção, que não precisa ir ao meio 
ambiente. 
 
Infecção pré natal​: já foi observada em Strongyloides de bovinos e suínos, porém a transmissão 
transplacentária ocorre diferente do Toxocara, que antes precisa se incistar. A mãe precisa estar gestante 
quando ocorre a infecção. Larva infecta, cai na circulação e parte vai para o feto, o mesmo com a infecção via 
leite e colostro (particularmente no equino, diz-se ser a principal forma de infecção). No feto não ocorre 
migração, vai direto para o intestino dele e vira adulto lá. 
 
 
Aula 11 - Ordem Strongylida 
 
Alguns indivíduos podem ter lábios, outros podem apresentar coroa radiada (ou de folhas), que é uma 
estrutura cuticular transparente, que forma uma coroa e fica na abertura da boca do bicho. 
As fêmeas tem um aparelho reprodutor bem desenvolvido e os machos, na sua grande maioria, tem bolsa 
copuladora e dois espículos (não enxergáveis no estéreo). As fêmeas normalmente tem a terminação afilada, 
enquanto os machos tem essa bolsa copuladora, que possui 3 lóbulos: dois laterais e um dorsal, sendo esse 
último menor que os outros. 
Ovos elípticos de tamanho médio, parede fina, lisa, não operculada e em estado de morulação. 
SUPERFAMÍLIA STRONGYLIDEA 
Possui cápsula bucal muito bem desenvolvida, normalmente com coroa radiata. No fundo da cápsula bucal 
podem existir dentes, que podem até servir para diferenciar espécies. 
Machos com a bolsa copuladora, alguns podem ter gubernáculo, telamon. A bolsa é cuticulada e o raio da 
bolsa é músculo, sendo isso extremanete utilizado para identificação taxonômica. 
 
FAMÍLIA STRONGYLIDAE 
Cápsula bucal também muito bem desenvolvida, por ser hematófago. Possui túnel/canal/goteira dorsal bem 
desenvolvida. A coroa radiata chama bastante atenção e também possuem dentes no fundo da cápsula. 
A infecção é sempre passiva através da ingestão da larva infectante L3. Todos apresentam ciclo monoxeno. 
 
Obs: Grandes estrôngilos: existe uma certa dúvida entre os autores. Alguns (inclusive o professor) 
consideram grandes estrôngilos somente os parasitos do gênero Strongylus. 
Triodontophorus spp, Oesophagodontus spp, Craterostomum spp, subfamília Ciatostominae (que possui 6 
gêneros) compõem os pequenos estrôngilos e são chamados de Ciatostomíneos, mesmo que não sejam 
originados da subfamília Ciatostominae. 
 
Diferenças morfológicas: grandes estrôngilos são maiores, tem cápsula bucal bem desenvolvida já os 
pequenos são menores, sem cápsula ou pouco desenvolvida. 
Diferenças biológicas: grandes são hematófagos e as larvas fazem migração antes de chegar no IG. Os 
pequenos além de não serem hematófagos, não migram. 
 
Grandes estrôngilos são 3 espécies: S. equinus, S. edentatus e S. vulgaris. Todos parasitam equinos e, quando 
adultos, parasitam o IG. Medem no máximo 5cm. 
 
Resumo parasito P2 - Blenda Fernandes 
 
 
 
Strongylus spp. 
S. equinus​ : possui uma cápsula bucal com 3 dentes 
triangulares, alguns autores dizem serem 4 dentes, 
pois um deles é bifurcado. 
S. edentatus​ : não possui dentes. 
S. vulgaris​ : dois dentes arredondados. 
Os pequenos Strongylus até tem dentes, porém 
não são desenvolvidos o suficiente pra fazer 
hematofagia, tem a cápsula bucal bem curta. . 
 
Eles usam os dentes para arrancar uma tampa de mucosa, jogam a saliva através da goteira esofágica, essa 
saliva possui subst vaso-dilatadora e anticoagulante. O ​S. edentatus​ faz a mesma coisa, mesmo sem dentes. 
 
O ciclo de vida livre é igual para todos os Strongylus: macho e fêmea adultos no ceco (IG) fazem cópula, 
fêmea põe ovos que se incorporam ao bolo fecal e saem junto das fezes no meio ambiente. Em condições 
adequadas de temperatura e umidade adequadas, forma e eclode a L1, que se alimenta e vira L2, depois L3, 
que possui a bainha (cutícula) da L2, protegendo-a contra o suco gástrico. Como não consegue se alimentar é 
a forma infectante e precisa ser ingerida. 
 
S. equinus​ : dos três grandes Strongylus o equinus é o menos comum das três espécies, portanto é o que se 
sabe menos a respeito. 
CICLO: A infecção é pela L3 onde ocorre o encistamento (sai de dentro da bainha no ID e IG). A larva 
penetra na parede intestinal onde fica dentro de nódulos hemorrágicos para evoluir para L4 (aprox 2 semanas 
após a ingestão da larva). L4 já é hematófaga, sai dos nódulos e cai na cavidade abdominal, vai para o fígado, 
onde rompe a cápsula de Glisson e penetra no parênquima hepático, onde se aloca (preferencialmente no 
lóbulo direito). A maioria das L4 chegam ao fígado 3-5 dias depois de sair do nódulo. 
No fígado, fica no local por no mínimo 12 semanas e depois migram novamente para o IG, deixando o fígado 
e caindo pela cavidade abdominal (ou pelo pâncreas). Na cavidade ela volta para a mucosa e faz um novo 
nódulo hemorrágico bem maior, pois a larva está maior. Rompe esse nódulo, cai na luz intestinal e vira o 
verme adulto. PPP de 9 meses. 
Como o PPP é extremamente longo, as larvas já estão fazendo hematofagia e debilitando o animal, dando 
sinais clínicos, porém o OPG dá negativo, já que larvas não colocam ovos. 
 
S. edentatus​ : fase de vida livre igual as outras, porém a fase parasitária é um pouco diferente. 
CICLO: AsL3 ingeridas se escistam a porção final no ID ou início do IG, penetram na parede intestinal, 
caem na corrente sanguínea e ​através do sistema porta é que irá chegar ao fígado​, de onde ele migra. Na hora 
de voltar não cai na cavidade abdominal, nem cai no sistema porta novamente. ​Sai pelo ligamento hepático, 
indo por baixo da parede abdominal até onde o ceco encosta no peritônio, sai dessa região, atravessa as 
camadas e cai efetivamente na luz do ceco, virando o verme adulto. Dentro dos nódulos encontram-se larvas 
bem vermelhas, hematófagas. 
PPP: 11 meses (alguns autores dizem 6 meses). 
 
S. vulgaris​ : É o mais grave de todos em sua fase larvar. Fase de vida livre é igual aos demais. 
CICLO: larva é ingerida, passa pelo estômago, no intestino perde a bainha, penetra na mucosa, cai na corrente 
sanguínea e ​caminha até a região final da artéria mesentérica cranial onde há ramificações. Autores acreditam 
que ela suba pelos vaso vasorum, para que não tenha que ir contra o fluxo sanguíneo. A larva viaja por toda a 
corrente sanguínea, pode chegar em todo o organismo, onde nesse meio tempo vira L4. Pelo fluxo sanguíneo 
desce até o intestino, ceco e colo, mucosa, cai no lúmen, fecha o ciclo. 
 
Principal problema​: quando o verme está migrando irá provocar uma endarterite (inflamação da parede, já 
que ele migra pelas paredes). Uma vez que, na endarterite, ocorre lesão nos vasos, junta-se algumas célula 
inflamatórias, macrófagos e ativa o sistema de coagulação, formando um trombo que se solta na corrente. O 
trombo circula até que em uma ramificação menor obstrui o vaso, de forma parcial ou total, sendo que 
Resumo parasito P2 - Blenda Fernandes 
 
 
 
qualquer uma delas é prejudicial. Há uma “forçada” para a passagem do sangue, gera uma dilatação dessa 
parede, que fica mais delgada, chegando um aneurisma, que pode romper caso a pressão seja muito forte. 
Muitas vezes não ocorre rompimento, mas tem uma obstrução total. Isso gera falta de oxigenação em alguns 
tecidos, como os do intestino, necrosando-o e causando cólicas que são as cólicas tromboembólicas 
(formada por L3 e L4 de S. vulgaris). O OPG dá negativo, mas o animal está morrendo disso. 
 
Chabertia ovina​ : não é muito comum, mas parasita ruminantes. Está na família possivelmente por ter uma 
cápsula bucal bem desenvolvida, porém não apresenta dentes. Tem uma extremidade anterior (boca) voltada 
meio para baixo, ventralmente. A característica principal é essa grande cavidade bucal e uma coroa radiata 
bem sutil. 
CICLO: fase de vida livre igual aos demais: macho e fêmea no IG copulam e formam ovo típico de 
strongylida. Eclode L1, L2, vira L3 com bainha, é ingerida, chega no ID (ou IG, as que chegarem no ID 
migram para o IG), sai da bainha. Mais ou menos 1 semana depois volta para a luz (período histotrófico) 
como L4, volta pro ceco, vira L5. PPP: 50 dias. 
. 
FAMÍLIA TRICHONEMATIDAE 
Principal característica: cápsula curta, bastante reduzida, pois não são hematófagos, goteira dorsal também 
curta, possui coroa radiata. Apresenta o ​Oesophagostomum spp​ . 
Existia o gênero Trichonema spp que virou 4 generos diferentes: Cyathostomum, Cylicocyclus, 
Cylicostephanus, Cylicodonphorus. Esse gênero foi reclassificado, os 4 formados são os ciastostomíneos. 
Juntaram-se com os que sobraram que não são grandes e formaram os pequenos estrôngilos. 
 
CICLO: Muito parecido com o anterior, ovo eclode libera L1, L2, L3 é ingerida, chega nos intestinos, perde a 
bainha, penetra na parede intestinal (normalmente do IG), sofre uma muda para L4, emerge na luz, sofre mais 
uma muda para L5 e então vira adulto. PPP de 6 a 12 semanas. 
 
HIPOBIOSE (pouca vida): O desenvolvimento larval é prolongado. Quando a larva faz o período 
histotrófico, em vez de evoluir de L3 para L4 ela pode não evoluir e ficar com o metabolismo parado. 
Acontece quando a larva enfrenta condições adversas, principalmente baixa umidade, ela espera que as 
condições ambientais estejam favoráveis novamente para que volte a evoluir para e ter ovos com larvas em 
boas condições. Não se sabe ao certo como a larva entende isso, provavelmente através da bioquímica do 
hospedeiro. 
Resumo parasito P2 - Blenda Fernandes

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