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1 2 Fitoterapia como coadjuvante Não existe “receita de bolo”. Para uma prescrição adequada deve-se levar em consideração os seguintes fatores: Individualidade bioquímica; Ter cautela e equilíbrio na hora da prescrição; Realizar uma boa anamnese. A ferramenta de trabalho do nutricionista é o alimento. Sendo assim, é preciso priorizar a alimentação e usar a fitoterapia como coadjuvante no tratamento nutricional. Os nutrientes presentes nos alimentos são a fonte natural da matéria prima para a formação das moléculas que constituem o organismo; Estas moléculas que chamamos de células, se multiplicam diariamente; Este é o motivo pelo qual devemos comer todos os dias como máquina. O Organismo funciona por PROCESSO e não por MÁGICA! O metabolismo celular (por 24 horas) depende de 49 nutrientes essenciais: Aminoácidos essenciais, ácidos graxos essenciais, vitaminas e minerais. 3 Introdução à Fitoterapia A fitoterapia é uma palavra de origem grega, resultante da combinação de Fito - phyton = vegetal e Terapia - therapia = tratamento. Palavra criada para designar tradições populares de tratamento, nas quais as plantas medicinais são usadas como medicamento. Ela caracteriza a melhora de estados patológicos pela utilização de substratos naturais (tais como plantas frescas e /ou secas, assim como preparados à base das mesmas) a fim de prevenir, aliviar ou curar uma doença. Desde a antiguidade, as plantas são utilizadas como produtos terapêuticos, a mais de 3000 a.C., quando surgiu na China, época em que os livros eram escritos em pergaminhos, casco de tartaruga e seda; O imperador Cho-Chin-Kei descreveu as propriedades do Ginseng e da Cânfora - Eram usadas como forma de prevenir, curar e aliviar diversas doenças. O uso terapêutico de plantas medicinais ficou restrito à abordagem leiga desde o salto tecnológico da indústria farmacêutica, ocorrido nas décadas de 50 e 60. Atualmente, o uso de plantas medicinais e fitoterápicos é reconhecido mundialmente por órgãos internacionais, como pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e no Brasil, pelo Ministério da Saúde (MS). História da Fitoterapia MEDICINA TRADICIONAL CHINESA: É como a alquimia, para fazer uma fórmula é preciso conhecer as capacidades energéticas, curativas e sinérgicas das ervas, ou seja, a interação de uma planta com as outras. Não se pensa em cura mas sim em equilíbrio, pois o organismo busca a auto cura. São utilizados diversos métodos para classificar as ervas chinesas que emprega em seus medicamentos - Três níveis: inferior, médio e superior. Na herbologia chinesa há 50 ervas fundamentais: Camellia sinensis; Astragalus; Cânfora; Ginseng. 4 AYURVEDA: Medicina Indiana - É um sistema de saúde que tem como pilar a individualização do tratamento através do diagnóstico do desequilíbrio do paciente. Nesta abordagem, não trata a doença e sim o desequilíbrio psicofísico, a raiz da patologia. O principal objetivo de todos esses sistemas de cura que utilizam os efeitos terapêuticos das plantas é estimular os processos metabólicos que ajudam a manter o estado de equilíbrio. Na Medicina indiana são utilizados: Diversos temperos; Açafrão; Sálvia; Alecrim. Fitoterapia no mundo Mundialmente, estima-se que existam cerca de 35.000 espécies de plantas medicinais, 25.000 são utilizadas na medicina tradicional em todo mundo. Na China são usados 8.000 remédios tradicionais a maior parte oriundos de plantas. Grande parte dos medicamentos alopáticos foram desenvolvidos baseados em substancias naturais. Estima-se um mercado mundial de aproximadamente U$120 bilhões para fitoterápicos. Segundo a OMS, 80% da população de países desenvolvidos/em desenvolvimento utiliza-se de práticas tradicionais na atenção primária à saúde e, desse total, 85% fazem uso de plantas medicinais. No Japão, desde 1950 o Ministério da Saúde Japonês reconhece 148 destas fórmulas como de utilidade pública. Regiões em mais destaque é a Ásia e Europa. 5 Fitoterapia no Brasil As plantas medicinais eram usadas para o auxílio no tratamento de doenças onde obtiveram influências de culturas indígenas, europeias, africanas e asiáticas que foram integradas no conjunto de princípios que visam à cura de doenças e na restituição do homem a vida natural. Século XVIII e XIX – A Rota do Ouro: estradas que ligavam a Corte Real (Rio de Janeiro) às minas de ouro de Minas Gerais eram cercadas pela Mata Atlântica – uma grande fonte de medicamentos naturais. Conhecimento indígena passado aos escravos, caboclos, imigrantes (mais barato que médicos – Rio de Janeiro). Vieram naturalistas e médicos europeus estudar ervas brasileiras. Século XX: - Extinção (mineração, gado, agricultura, extração desordenada) - Perdeu-se conhecimento - Pouco incentivo. - Uso de ervas “importadas”. - Medicamentos industrializados. O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, contando com um número estimado de mais de 20% do número total de espécies do planeta. 6 Possui a mais diversa flora, número superior a 55 mil espécies descritas, o que corresponde a 22% do total mundial. Esta rica biodiversidade é acompanhada por uma longa aceitação de uso de plantas medicinais e conhecimento tradicional associado. O valor estimado gasto em fitoterápicos é da ordem de U$1 bilhão, relativamente pequeno, representando cerca de 4% do total do mercado farmacêutico, da ordem de 7,4 bilhões de dólares. Este valor refere-se somente aos fitoterápicos industrializados, não correspondendo ao mercado total de produtos obtidos de plantas medicinais. No Brasil, não se sabe com exatidão o número de pessoas que utilizam as plantas, mas, seguramente, essa tendência mundial também é seguida, desde o consumo da planta fresca e preparações extemporâneas, até o fitoterápico. Legislação “... formulação de políticas e regulamentações nacionais referentes à utilização de remédios tradicionais de eficácia comprovada e exploração das possibilidades de se incorporar os detentores de conhecimento tradicional às atividades de atenção primária em saúde, fornecendo-lhes treinamento correspondente...”. Ao final da década de 1970, a OMS cria o Programa de Medicina Tradicional que recomenda aos estados-membros o desenvolvimento de políticas públicas para facilitar a integração da medicina tradicional e da medicina complementar alternativa nos sistemas nacionais de atenção à saúde, assim como promover o uso racional dessa integração. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é órgão responsável pela regulamentação de plantas medicinais e seus derivados no Brasil, onde é assegurado a saúde da população, que tem o papel de garantir a segurança sanitária de cada produto registrado. A ANVISA tem elaborado normas para regulamentação do uso da fitoterapia com. As plantas medicinais antes de serem utilizadas pela população passam por diversos tipos de tratamento envolvendo a química orgânica, fitoquímica, farmacologia e por ultimo a preparação de formulações para a produção do medicamento fitoterápico. Atualmente, há cerca de 400 fitoterápicos com registro válido junto à ANVISA. 7 Desde 1995, o Ministério da Saúde do Brasil (MS) vem implementando uma série de medidas visando aprimorar os produtos fitoterápicos comercializados no país, a primeira portaria n° 6 de 1995, atualizada 2014, apontam o registrode medicamentos fitoterápicos No entanto, o mercado fitoterápico no Brasil permanece muito precário, especialmente nos centros urbanos, onde esses produtos representam a principal fonte de medicamentos de origem vegetal. Esqueleto Normativo para o Registro de Fitoterápicos 8 Resolução nº 48 - 16/03/2004 Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Regulamento que abrange medicamentos cujos princípios ativos são exclusivamente derivados de drogas vegetais. Não é objeto de registro ou cadastro de planta medicinal ou suas partes. Resolução nº 14 - 31/03/2010 Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Resolução nº 26 - 13/05/2014 Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. Resolução nº 88 - 16/03/ 2004 Lista de referências bibliográficas para avaliação de segurança e eficácia de Fitoterápicos. Reunião de literatura de consenso mundial. Informações quanto às indicações, contraindicações, formas de uso e posologia. Resolução nº 89 - 16/03/2004 Lista de Registro Simplificado de Fitoterápicos. As especificações citadas devem ser Integralmente respeitadas: parte usada, padronização, formas de uso, indicações/ações terapêuticas, via de administração, posologia e restrição de uso. Instrução Normativa nº 5 - 11/12/2008 Lista de Medicamentos Fitoterápicos de Registro Simplificado. Instrução Normativa nº 2 - 13/05/2014 Lista de Medicamentos Fitoterápicos de Registro Simplificado. Resolução nº 90 - 2004 Guia para a realização de estudos de toxicidade pré-clínica de fitoterápicos. Norma auxiliar - Guia para a realização de estudos de toxicidade pré-clínica de fitoterápicos. 9 Resolução nº 91 - 2004 Guia para realização de alterações, inclusões, notificações e cancelamento pós- registro de fitoterápicos. Cada alteração, inclusão, notificação e cancelamento devem ser apresentados separadamente, acompanhados da documentação pertinente (check list). Resolução nº 10 - 09/03/2010 Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à ANVISA e dá outras providências. Lista de Registro Simplificado de Fitoterápicos 10 Fitoterápicos sobre Prescrição Médica Uva-ursi (Arctostaphylos uva-ursi): problemas urinários. Cimicífuga (Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.) - Erva de São Cristovão: alivia os sintomas de menopausa, combate cólicas e sintomas da TPM. Não para problemas hepáticos. Equinácea (Echinacea purpurea Moench) - Flor-de-cone: gripes e resfriados, infecções respiratórias, infecção urinária, candidíase, dor de dente, gengiva, artrite reumatoide e doenças virais ou bacterianas, pois fortalece o sistema imunológico. Não para pacientes HIV, tuberculose, esclerose múltipla. Ginkgo (Ginkgo biloba L.): tratamento de micro varizes, úlceras varicosas, cansaço das pernas, artrite dos membros inferiores. Processos causados pelo abastecimento deficiente de oxigênio e substâncias nutritivas. Casos de cor, palidez e cianose das extremidades com sensação de frio. Tratamento de toda a isquemia seja cerebral ou periférica. Hipérico (Hypericum perforatum L.) - Erva-de-São-João: quadros de ansiedade e depressão; Kava-kava (Piper methysticum Forst. F.): nervosismo, ansiedade e qualquer outro que envolva o sistema nervoso, como angústias, agitação, ansiedade e insônia. É considerada um ansiolítico natural e suas propriedades também servem como relaxante muscular, em casos de tensão. Saw palmetto (Serenoa repens): desde resfriados, bronquite, asma e dores de cabeça (até diabetes e problemas de fertilidade e libido, apesar de não existir comprovação científica sólida sobre a eficácia do produto nesses casos). Alopecia, próstata e do trato urinário inferior. Tanaceto (Tanacetum parthenium Sch. Bip): indicado no combate a lombrigas e oxiúros. Provoca e regulariza a menstruação. Valeriana (Valeriana officinali): planta medicinal com efeito sonífero e calmante. 11 Legislação no Brasil Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006 - Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. Inserção da fitoterapia no (SUS) pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, em 2006, assegura a utilização de fitoterapia pela rede pública de saúde, visando à manutenção, a promoção e prevenção da saúde e contribuindo para o fortalecimento dos princípios do SUS. O programa preconiza o apoio às pesquisas que visem ao aproveitamento de estudo referente ao poder terapêutico da flora e fauna nacional destacando a certificação de suas propriedades medicamentosas. O objetivo é garantir o acesso e o uso racional das plantas medicinais e dos fitoterápicos com segurança e eficácia. A Farmacopeia Brasileira é o Código Oficial Farmacêutico seguido no Brasil. Tem como função principal estabelecer os requisitos mínimos de qualidade de medicamentos e outras formas farmacêuticas para uso em saúde. Esta entidade pertence à ANVISA. A primeira edição da Farmacopeia Brasileira data de 1929. Em dezembro de 2010 foi lançada a quinta edição. 12 A Farmacopeia Brasileira não estabelece a concentração do extrato seco em relação à droga vegetal, ficando a critério do produtor. Nutricionista e a Fitoterapia É o profissional capacitado para atuar na segurança alimentar da população visando recuperação da saúde, prevenção de doenças e melhoria na qualidade de vida. De acordo com o CFN a lei número 8234 de 1991, foi regulamentada como profissional da saúde, onde designou que este possa fazer parte das equipes multidisciplinares em entidades públicas ou privadas coordenando, supervisionando programa direta ou indiretamente relacionado com alimentação e nutrição. As atribuições estabelecidas de responsabilidade do nutricionista foram descritas em dezembro de 2005 com a Resolução 38, onde instituiu a definição das áreas de atuação onde estabelece parâmetros numéricos de referências, e dá outras providências. O profissional tem a partir de suas obrigações, competências, reponsabilidades e habilidades, zelar pela preservação, promoção e recuperação da saúde do individuo. A atuação vem se aprimorando e modificando ao longo dos últimos anos. O campo de atuação do nutricionista em fitoterapia tornou-se uma grande procura e valorização entre os profissionais, porém para focar como um objeto de trabalho, implica em vários aspectos para o desempenho profissional (graduação e atividade profissional). A prescrição de medicamentos fitoterápicos por nutricionista está em evidência, mas ainda está em fase de desenvolvimento, pois muitos profissionais por falta de conhecimento deixam de prescrever a fim de mais informação, para incluir na sua prescrição dietética. 13 Os nutricionistas tiveram a regulamentação da prescrição fitoterápica, cujo texto não especifica qualquer tipo de especialização como condição para esta prática, limitando- se a recomendar “devida capacitação” para os que optarem pela utilização dos produtos que são objeto da resolução. 14 15 Resolução CFN 525/2013, que revogou a anteriormente vigente e estabeleceu novas regras para a prática da fitoterapia pelo nutricionista. 16 17 A implantação na Resolução n° 556/2015 já atualizada sobre a prescrição do uso de fitoterápicos peloo nutricionista, regulamentam a prescrição de plantas medicinais e chás medicinais, produtos tradicionais fitoterápicos, preparações magistrais de fitoterápicos e medicamentos fitoterápicos como complementação da prescrição dietética. 18 19 Para o profissional inserir a fitoterapia na prescrição dietética, o nutricionista deve consultar a legislação vigente da ANVISA RDC n° 14/2010, que existem certos fitoterápicos que só podem ser prescritos por um médico. O nutricionista pode prescrever aquela cuja sua forma farmacêutica for de uso oral, ou seja, decocção, tintura, alcoolatura e extrato. Ressalta-se também que no ato da sua prescrição deve obter a sua nomenclatura botânica, nome popular, parte utilizada, forma farmacêutica, modo de preparo, tempo de utilização, frequência de uso e horário a ser administrado. A partir de maio 2018 (e não mais 2016), o nutricionista deverá obter o título de especialista em nutrição em fitoterapia, a ser emitido pela ASBRAN, para a prescrição de medicamentos fitoterápicos, produtos tradicionais fitoterápicos e preparações fitoterápicas magistrais. Isso incluirá a prova durante o CONBRAN. Até lá, a prescrição está permitida a qualquer profissional. Aos que estão cursando alguma pós-graduação em fitoterapia antes de 14/05/15, ou que já concluíram até esta data, a emissão do título será feita automaticamente, mediante avaliação do projeto pedagógico do curso, conforme critérios estabelecidos na RE 556/2015. 20 Definindo Termos PLANTA MEDICINAL - Espécie vegetal em seu estado natural, utilizada com propósitos terapêuticos. Pode ser prescrita por nutricionista na forma de infusão, decocção e maceração. DROGA VEGETAL- Produto obtido de planta medicinal ou suas partes, após processo de coleta, estabilização e/ou secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada, e que contenha substâncias ou classes de substâncias responsáveis pela ação terapêutica. Quando utilizada na forma de preparo de infusões, decocções e macerações é considerada droga vegetal e pode ser prescrita por nutricionista e quando nas formas de tintura, extrato, óleo e encapsulados são classificadas como fitoterápicos ou insumos farmacêuticos e a sua prescrição é restrita a médicos ou nutricionistas com especialização comprovada na área, conforme o caso. (Sementes de guaraná; Folhas de boldo; Frutos de erva-doce). DERIVADO DE DROGA VEGETAL: produtos de extração da matéria-prima vegetal: extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros. É caracterizado pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. FITOTERÁPICOS - Produto obtido a partir da industrialização de planta medicinal ou de seus derivados, exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa. Pode ser prescrito somente por nutricionistas com especialização comprovada na área. Fitoterápicos não tem efeitos apenas imediatos, podendo ter efeitos em longo prazo e assintomáticos. MEDICAMENTO FITOTERAPICO: Medicamento obtido e elaborado exclusivamente com matérias primas vegetais. FITOFÁRMACO: Medicamento de origem vegetal com estrutura química definida e isolada. Ex. Silimarina do Cardo Mariano, Curcumina da Cúrcuma Longa. FITOCOMPLEXO: Diversidade de substâncias químicas presentes em várias partes da planta, que juntas exercem ação farmacológica. 21 FITOQUÍMICOS: Substâncias não nutritivas que interferem no metabolismo secundário das plantas. São corantes, aromáticas, reguladoras de crescimento ou protetoras naturais da planta - Compostos bioativos produzidos nas plantas. PRINCÍPIO ATIVO: É o que confere a atividade terapêutica da planta e qualquer forma farmacêutica e mesmo nos alimentos funcionais. Grupo químico presente na droga vegetal responsável por seus efeitos terapêuticos previamente constatados. Chá Preto (Theaflavinas), Chá Verde (Catequinas). Adstringentes: cicatrizantes, anti-inflamatórias; Antipiréticas: combatem a febre; Antirreumáticas: diminuem o ácido úrico, gota e reumatismo; Antissépticas: combatem infecções; Antidiarreicas: combatem a diarreia; Calmantes: calmantes do SNC; Carminativas: diminuem a flatulência; Colagogas: hepato protetoras; Depurativas: desintoxicantes; Digestivas: favorecem digestão; Diuréticas: estimulam excreção urinária; Emagogas: regularizam a menstruação; Eméticas: estimulam o vômito; Estimulantes: aumentam a energia, tonifica e normaliza as funções orgânicas; Expectorantes: eliminam catarro nas vias respiratórias; Hemostáticas: combatem hemorragias; Laxativas: aceleram trânsito intestinal; Orexígenas: estimulam o apetite; Vermífugas: combatem parasitas intestinais. 22 Categorias Terapêuticas dos Fitoterápicos Categoria 1 - Indicações para os quais os fitoterápicos são a opção terapêutica de 1ª escolha e não existem medicamentos sintéticos, como por exemplo, hepatites tóxicas, coração senil e adenoma de próstata. Categoria 2 - Indicações para os quais os medicamentos sintéticos podem ser substituídos por fitoterápicos como, estados de ansiedade/depressão leve a moderada, dispepsias, infecções urinárias inespecíficas. Categoria 3 - Indicações para os quais os fitoterápicos podem ser usados como coadjuvantes para uma terapia básica como, doenças hepáticas e respiratórias. Categoria 4 - Indicações para os quais os fitoterápicos não são adequados ou pode se caracterizar erro médico, por ter evitado ou retardado uma terapia racional com remédios sintéticos, como psicoses, demências, estados depressivos graves, gravidez com complicações, eclampsia. Toxicidade de Fitoterápicos Falsa crença: por serem obtidos da natureza são isentos de reações adversas, atóxicos. Uso inadequado: intoxicações agudas, danos irreversíveis e até mesmo óbito. Brasil: 1,5 % dos casos de intoxicação em geral são causados por plantas. Interação de Fitoterápicos Os fitoterápicos são medicamentos alopáticos, possuindo compostos químicos que podem interagir com outros medicamentos. As plantas medicinais também possuem compostos químicos ativos que podem promover este tipo de interação. Deve-se ter cuidado ao associar medicamentos, ou medicamentos com plantas medicinais, o que pode promover a diminuição dos efeitos ou provocar reações indesejadas. EX: Ginkgo biloba x Omeprazol Eucalipto x Drogas que atuam no SNC Guaco x Antibióticos Guaraná x Analgésico 23 Sene x Cardiotônicos Ginseng x Estrógenos Alcachofra x Diuréticos Boldo x Anticoagulantes Saw palmetto x Hormônios FARMACOCINÉTICA: Refere-se ao processamento dos fármacos no organismo, incluindo a sua absorção, distribuição, metabolização e eliminação. Uma vez estabelecida à farmacocinética de um fármaco, são elaborados os esquemas de posologia. ABSORÇÃO – DISTRIBUIÇÃO – METABOLISMO – ELIMINAÇÃO. FARMACODINÂMICA: É o campo da farmacologia e medicina, que estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos organismos vivos, seus mecanismos de ação e a relação entre concentração do fármaco e efeitos desejados e indesejados. Horário de administração Desjejum: vermífugos, diuréticos, depurativos, estimulantes e tônicos. Ao deitar: calmantes e laxativos. Antes das refeições: antiácidos, enzimáticos e carminativos. Após as refeições: digestivos, anti-inflamatórios, coleréticos e colagogos. Indicações deuso Crianças abaixo de 6meses: Não é recomendado uso de plantas medicinais. Crianças até 20kg (cerca de 6 anos): Prescrição exclusiva médica. Crianças de 20 a 30kg (de 6 a 10 anos): Recomenda-se meia dose de adulto por dia, em termo de dose média. Adolescentes: Recomenda-se até dois terços da dose adulta por dia, como dose recomendável. GESTANTES: Cuidado no uso de fito! NÃO UTILIZAR: Alcaçuz Canela Salsa Boldo Alcachofra Capim santo ou capim limão Sene 24 SEGURO UTILIZAR: Castanha-da-Índia Alho Chá verde Camomila alemã Limão Cúrcuma Eucalipto Gengibre Hortelã Plantago ovata Cranberry Avaliação Nutricional Além de conhecer a planta/fito é importante conhecer o paciente! Anamnese completa; Exames bioquímicos sempre que necessário; Avaliação clínica; Avaliação dietética. Passo a Passo da prescrição segura 1) Identificar a nomenclatura botânica correta, qual a parte da planta deve ser utilizada e suas ações terapêuticas. 2) Saber qual a melhor forma farmacêutica, a dose, os horários e o tempo de utilização. 3) Avaliar toxicidade, reações adversas, contraindicações e interações medicamentosas. 4) Orientar o paciente que os produtos devem seguir os critérios de qualidade, com rotulagem adequada, padronização e registro pela Anvisa, evitando assim presença de contaminantes e adulterações por medicamentos sintéticos. *Monitorar possíveis efeitos colaterais e solicitar periodicamente exames bioquímicos para evitar toxicidade hepática e renal. 25 Bases farmacêuticas Por que existem diferentes formas? Possibilidade de administração de doses exatas das drogas; Proteção contra a influência do suco gástrico, do oxigênio e umidade; Mascarar sabor e odor desagradável; Proporcionar ação adequada da droga através da terapêutica inalatória; Facilitar a colocação de drogas na intimidade dos tecidos do corpo (injeções); Fornecer ação prolongada ou continuada da droga, através de uma fórmula de liberação prolongada. Exemplos de bases para a prescrição do nutricionista: Extrato seco Tintura Spray Comprimidos Sachês Shakes Gomas Chás Xaropes Para a prescrição deve-se considerar: Disponibilidade no mercado Modo de preparo Propriedades físicas Concentração de princípios ativos Características organolépticas Aspecto Propriedades farmacológicas Finalidade 26 Chás O uso mais simples e comum, pela facilidade e segurança, onde as plantas secas ou frescas têm seus princípios extraídos em água fria ou quente. Quando os componentes já estão dissolvidos na forma líquida, ficam mais biodisponíveis para sua ação. INFUSÃO: Preparação extrativa que resulta do contato da planta com água fervente. Indicados para folhas, flores e plantas frágeis. No preparo, recomenda-se água filtrada e recipientes de vidro ou porcelana, já que as panelas de alumínio, ferro e estanho liberam substâncias que alteram o princípio ativo da erva. DECOÇÃO: Processo de cozimento das plantas medicinais que são colocadas num recipiente adequado (não metálico). Ervas em fogo brando por 15 a 20 minutos sem levantar fervura. 2 minutos = flores e folha; 7 minutos= raízes e caule; 10 minutos = planta toda. A extração por decocção permite um melhor aproveitamento dos compostos bioativos das plantas. Pode ser guardado na geladeira por 24 a 48 horas. Desvantagem: gosto forte e mais amargo prejudicando a palatabilidade - maior concentração de substâncias. 27 MACERAÇÃO: É uma preparação líquida que requer longa imersão. Preparação extrativa realizada a frio, que consiste em colocar a parte da planta dentro de um recipiente contendo água. Ao fim do tempo previsto, filtra-se o líquido. Método que preserva sais e vitaminas das plantas. Esse método é indicado para drogas vegetais que possuam substâncias que se degradam com o aquecimento. Deixe as ervas de molho na água fria por 12 horas, no caso de flores, folhas ou sementes. Espere 24 horas se forem usados talos, cascas e raízes (para qualquer parte da planta). 28 RDC Nº 10, 9 DE MARÇO DE 2010 • Norma dos ‘chás ’medicinais; • Drogas vegetais notificáveis; • 70 espécies com monografia completa; • Indicações, doses, restrições; • Exemplos: capim limão, erva baleeira, chapéu de couro, mulungú, pitangueira, alcaçuz, hamamélis, anis estrelado, chambá, cidreira brasileira, poejo, melão de S.Caetano, quebra pedra, tanchagem, boldo brasileira, erva de bicho, goiabeira, alecrim, sálvia, sabugueiro, jurubeba, dente de leão, boldo baiano, gengibre. 29 30 Exemplo de prescrição Clínica XXXXXX Paciente: YYYYY Data: 00/00/00 Uso: interno/via oral Chá Infusão Planta (nome científico): X dose (em gramas ou unidade caseira) X quantidade de água pré-fervente para cada dose (em ml) Modo de preparo: para infusão, aqueça a água a uma temperatura que não haja fervura, ou seja, quando pequenas bolhas começam a se formar no fundo da panela (preferência vidro). Coloque a água na xícara (preferência cerâmica branca ou vidro) com a dose da planta. Deixe tampada por X min, coe e beba imediatamente. Posologia: X xícaras , X vezes ao dia, por X dias. Assinatura Carimbo com o CRN Clínica XXXXXX Paciente: YYYYY Data:00/00/00 Uso: interno/via oral Chá Decocção Planta (nome científico): X dose (em gramas ou unidade caseira como colher) X quantidade de água pré-fervura para cada dose (em ml) Modo de preparo: para decocção, leve a água e a planta ao fogo, e deixe cozinhar em panela de vidro tampada por X min. Coe e beba quando morno. Posologia: X xícaras utilizar, X vezes ao dia, por X dias. Assinatura Carimbo com o CRN 31 Pós Os pós devem ser empregados na obtenção de extratos ou algumas vezes podem ser usados como tal. Droga vegetal seca e moída. Encapsulada ou não. Efervescentes ou shakes. Definições SACHES: Forma farmacêutica destinada à administração em doses individuais. Permite utilização de doses elevadas de ativos. O sachê deve ser revestido por filme de alumínio. EXTRATO: Preparações fluidas, semilíquidas ou sólidas resultantes da evaporação de uma solução obtida através do tratamento de uma substância vegetal por um solvente apropriado (água, éter, álcool). EXTRATO SECO: A preparação sólida obtida por evaporação do solvente utilizado na sua preparação. Apresenta, no mínimo, 95% de resíduo seco. Extrato seco de gengibre: dispepsias em geral. EXTRATO PADRONIZADO: O teor de um ou mais constituintes é ajustado a valores previamente definidos. EXTRATO FLUIDO: É a preparação líquida obtida de drogas vegetais por extração com líquido apropriado ou por dissolução do extrato seco correspondente. Extrato fluido de camomila: dispepsias. Exemplo de prescrição Clínica XXXXXX Paciente: YYYYY Data: 00/00/00 Uso: interno/via oral Formulação fitoterápica Planta 1 (nome científico) forma (pó ou extrato seco/padronizado)--- X dose (mg) Planta 2 (nome científico) forma (pó ou extrato seco/padronizado)--- X dose (mg) Posologia: tomar X dose , X vezes ao dia, por X dias. Assinatura Carimbocom o CRN 32 Cápsulas CÁPSULAS GASTRORRESISTENTES: O revestimento gastrorresistente é uma técnica utilizada na preparação de formulações que resistam à ação do suco gástrico, devendo desagregar-se rapidamente no suco intestinal. CÁPSULAS DURAS E MOLES: Ex - Óleo de cartamo, coco, ômega 3 e linhaça. CÁPSULAS DURAS: Tamanho 33 Cápsulas ou Doses? DOSE: Quantidade de medicamento necessário para promover a resposta terapêutica. DOSAGEM: Dose, frequência e duração do tratamento. Sempre descrever como DOSE e não como cápsula. 1 DOSE muitas vezes não equivale a 1 CÁPSULA já que muitas vezes a composição do suplemento + excipientes excede a capacidade de 1 cápsula. Quando a dose excede 1 cápsula obrigatoriamente deverá ser informado na embalagem. 34 Gomas mastigáveis Formas farmacêuticas preparadas à base de gelatina e glicerina, sendo utilizadas para administração de medicações para absorção gastrintestinal e de uso sistêmico. Contém edulcorantes, corantes, flavorizantes, conservantes e usualmente ácido cítrico; Mascaram o sabor de fármacos amargos; Sabor levemente ácido; Não irritantes para mucosa oral; Consistência macia e agradável ao mastigar. Existem três tipos: Duras, mastigáveis gomosas e chocolates. Permitem a adição de 2 a 3g de fármaco. Deve-se colocar o tipo de adoçante, aromatizante e corante. Principal ingrediente: colágeno hidrolisado / gelatina (usado como base). Que quando ingerido, transforma-se em um gel que se expande no estômago reduzindo, o apetite e produzindo um efeito sacietogênico. Dependendo da farmácia, pode possuir de 1 a 2g de colágeno e até 1g de gelatina. Aroma de frutas: morango, framboesa, laranja, tutti-fruti e menta. CUIDADO: excesso de corantes e conservantes. É possível misturar de 2-3 fitoterápicos. Exemplo de prescrição Clínica XXXXXX Paciente: YYYYY Data: 00/00/00 Uso: interno/via oral Formulação - Auxiliar na perda de peso Garcinia cambogia (ext. seco) .........250 mg Goma base qsp ................................ 1 goma (goma de 10g) Aviar: 60 gomas Posologia: 1 goma 2x/dia, trinta minutos antes das principais refeições. Assinatura e Carimbo com o CRN 35 Chocolates Pesam 5 a 10g e podem comportar até 2g de compostos. Tinturas É a preparação alcoólica ou hidro alcoólica resultante da extração (maceração ou percolação) de drogas vegetais ou da diluição dos respectivos extratos. Podem ser: simples (extração de uma única espécie) ou composta (extração de duas ou mais espécies). As tinturas devem ser administradas diluídas em água, em função do alto teor alcoólico e sabor forte das plantas. 1 ml em torno de 20/ 22 gotas. INDICAÇÃO: pacientes com dificuldade para ingestão de cápsulas. VANTAGENS: redução da quantidade de material ingerido para atingir a mesma ação medicinal, além da alta biodisponibilidade. DESVANTAGENS: alto teor alcoólico e eventuais incompatibilidades físico-químicas entre algumas plantas. Clínica XXXXXX Paciente: YYYYY Data: 00/00/00 Uso: interno/via oral Formulação - Chocolate para Compulsão Phaseolus vulgaris........ 250mg Cassia nomame............. 250mg Chocolate base qsp....... 1un Aviar: 30 unidades. Posologia: Ingerir 1 tablete imediatamente após as refeições. Assinatura Carimbo com o CRN 36 Outras bases farmacêuticas Xaropes Vinhos medicinais Licor Azeites Óleos essenciais Suco Spray Exemplo de prescrição Clínica XXXXXX Paciente: YYYYY Data:00/00/00 Uso: interno/via oral Formulação – Spray para Compulsão por doces Gymnema sylvestre .......................100mg Garcinia cambogia..........................100mg Spray oral qsp .................................1ml (10 jatos) Aviar em 60ml Modo de usar: Borrifar 10 jatos, às 10 horas e às 15 horas. Assinatura Carimbo com o CRN 37 QSP = Quantidade Suficiente Para... Mais empregado na formulação de cápsulas, mas também utilizada para sachês. A cápsula nunca fica vazia, para evitar que se rompa e para acertar a quantidade de manipulado, para o volume de cada cápsula são adicionadas substâncias que fazem esse preenchimento. O mais utilizado é uma mistura de amido (30%) com lactose (70%) ou caulin. O menos danoso é a celulose. Fitoterápicos mais prescritos por nutricionistas Estratégia complementar à prescrição dietética; Exclusivamente por via oral; Isento de prescrição médica; Com indicações relacionadas à área de atuação do nutricionista; Não associado com suplementos ou outras substâncias isoladas; Fundamentadas em evidências científicas de eficácia e segurança ou por tradicionalidade de uso comprovada; Financeiramente viável ao paciente. Camellia sinensis Passiflora Melissa officinalis Cordia ecalyculata Hibiscus sabdariffa Panax quinquefolius Zingiber officinale Gymnema sylvestre Matricaria recutita Pimpinella anisum Garcínia cambogia 38 Síndrome Metabólica É um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular, usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina, observado não só em países desenvolvidos, mas também em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Do ponto de vista epidemiológico, esta síndrome é responsável por um aumento em cerca de 1,5x a mortalidade geral e em 2,5x a mortalidade por causas cardiovasculares. O excesso de peso é o principal fator de risco para o desenvolvimento da Síndrome Metabólica. Composição do Plano alimentar recomendado para a Síndrome Metabólica 39 Quais fitoterápicos utilizar? Feijão (Phaseolus vulgaris) Cordia (Cordia ecalyculata) Folha de Oliveira (Olea europaea L) Chá preto (Camellia sinensis (L.) Kuntze) ALHO (Allium savatium) Hibisco (Hibiscus sabdariffa) Laranja amarga (Citrus aurantium) Gengibre (Zingiber officinale) Gymnema (Gymnema sylvestre) Griffonia (Griffonia simplicifolia)) Dente de leão (Taraxacum officinale) Açafrão (Curcuma longa) Chá verde (Camellia sinensis) Uva (Vitis vinifera) Cranberry (Vaccinium macrocarpon) Pholia negra (Ilex paraguariensis) 40 MIRTILO (Myrtilus niger) Utilizado pelo Homem desde o século XVI, principalmente devido às suas propriedades antioxidantes e antibacterianas. Alimento com grande teor de antioxidantes, rico em fibra, vitaminas A, B e C e sais minerais (Mg, Ca, P, Fe, Z, Se, Mn). Taninos e flavonoides: diminuem a permeabilidade vascular e edema tecidual- favorecem o fluxo sanguíneo microvascular-poderosa ação antioxidante, aceleram a regeneração de rodopsina na retina - Leve efeito hipoglicemiante. • Partes utilizada: fruto e folhas. • Indicação de uso: Alimento. – Fruto seco: 20 a 60g/ dia. – Extrato: 150-300mg/ dia por 8 semanas se mostrou positivo nas DCV. – Extrato seco padronizado: 60 a 480 mg/ dia (25% de antocianosídeos) • Gravidez: estudo não controlado, com extrato de 80 ou 160mg de 2-3x/dia, por 3 meses em gestantes com insuficiência venosa no MII não mostrou efeitosadversos. CHLORELLA (Chlorella pyrenoidosa) Tem fácil digestibilidade e alta absorção. Princípios ativos: vitaminas e minerais (cálcio e ferro). Ação: antioxidante, hipoglicemiante, anti-inflamatória, imunoestimulante, hipotensora, destoxificante. • É uma alga de extrema importância pelo fato de ser fonte de diversos nutrientes. • Dose usual: 250 a 1000mg/dia ou de 2 a 4 doses de 300mg, 3x ao dia antes das refeições. • Parte utilizada: toda alga. • Não há relatos na literatura de toxicidade ou interações medicamentosas. • Efeitos colaterais: sobrecarga de PTN. Em indivíduos hipersensíveis poderá causar leve diarreia e erupções. Não havendo necessidade de suspender seu uso, pois após algum tempo se normaliza. 41 • Indicações: obesidade, carência alimentar, distúrbios digestivos e cardiovasculares, altas taxas de colesterol e triglicerídeos. • Contraindicação: em quadros de IR e pacientes com ácido úrico deve-se ter cautela. CHÁ VERDE (Camellia sinensis) Antioxidante (bioflavonoides e catequinas), rico em cafeína, aumento TMB em 4 a 5 % (ação termogênica), ação diurética. Em excesso pode ser hepatotóxico. Caso de hepatite tóxica, após consumo de 4 a 6 xícaras por dia durante seis meses. Digestivo, estimula o SNC. Formas de preparo: infusão, extrato padronizado, tinturas. Restrições: Não ingerir junto a outras bebidas ricas em cafeína. • Forma de utilização: até 1g/dia. • Infusão: 2 a 3 colheres de sopa. Recomenda-se 1L/dia. • Extrato fluído: 25-50 gotas, 3x/dia. • Tintura: 50-100 gotas, 1 a 3x/dia. • Extrato seco: 50-100mg/dia (manhã). • Pó: 0,8 a 1,6g/dia. • Efeitos colaterais: Nervosismo, insônia, taquicardia, náuseas, vômitos. Em excesso pode reduzir a absorção de ferro e causar constipação. • Contra indicação: Pacientes com gastrite, úlceras gastroduodenais, ansiedade, insônia e taquicardia, gestantes, hipertensos, hipotireoidismo não controlado. ESPINHEIRO BRANCO (Crataegus laevigata) Aumento do fluxo sanguíneo coronariano e da irrigação do miocárdio; Melhora da contratilidade dom músculo cardíaco; Regulação do ritmo cardíaco em determinadas formas de instabilidade elétrica cardíaca; Aumenta da tolerância do miocárdio em relação à hipóxia; Elevação do débito cardíaco, redução da resistência vascular periférica, aumento do desempenho do músculo cardíaco. 42 • Reúne uma série de propriedades que favorecem a saúde cardiovascular. • Regula a tensão arterial, trata a ansiedade e a depressão e controla as arritmias. • Parte utilizada: flores e folhas. • Infusão: 1 g de flores para 150 ml (ou 4 g para 600 ml) de água, 2 a 3 vezes por dia. PSYLLIUM (Plantago Ovata) • Fonte de fibras solúveis e insolúveis. • Considerado seguro em crianças, gestantes e lactantes. • Uso como fitoterápico aprovado no Brasil, para constipação e síndrome do cólon irritável. • Dose máxima investigada: 20 g/dia, durante 6 meses (pó). • PLANTAGO OVATA E DISLIPIDEMIAS = Dose: 10 a 12 g/dia - Pode reduzir relação LDL:HDL após 6 meses de uso. • PLANTAGO OVATA E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA = Dose: 3,5 g, 3x/dia - Resultados mostram tendência à redução da PAS em 5,5 mmHg e da PAD em 2,4 mmHg, com 6 meses de tratamento. 43 ACÁCIA-BRANCA (Moringa oleífera) Superalimento = Árvore da vida! Contêm mais de 92 nutrientes e 46 tipos de antioxidantes, além de 36 substâncias anti-inflamatórias e 18 aminoácidos, inclusive os 9 aminoácidos essenciais que não são fabricados pelo corpo humano. As folhas frescas contêm nutrientes na seguinte proporção: Vitaminas, minerais, betacaroteno, antioxidantes, anti-inflamatórios, ômega 3 e 6. 100g da acácia-branca tem 9x+ proteína = iogurte / 10x + caroteno = cenoura/ 12x + vitamina C = laranja/ 17x + cálcio = leite / 15x + potássio = banana / 25x + ferro = espinafre 30-200mg de pó/dia. UVA (Vitis vinifera) Um grande número de estudos mostram os efeitos desta fruta e de suas formas de consumo no que diz respeito a bloquear eventos celulares que predispõe a arteriosclerose e doenças do coração. -cardioprotetor- Inibição da agregação plaquetária -Atividade anti-inflamatória -Antioxidante = prevenção da oxidação de LDL – colesterol. Dose de 142mg, 3x ao dia. Obesidade Distúrbio metabólico mais antigo já descrito. Doença crônica não transmissível. Caracterizada pelo acúmulo de gordura, seja localizada ou generalizada. O aumento da prevalência de excesso de peso pode ser visto em vários países e atinge todos os indivíduos. 44 Fitoterápicos para obesidade REDUTORES DE ABSORÇÃO: Extratos ricos em fibras alimentares e outras substâncias não absorvidas, que absorvem água e lipídeos, ou ainda que inibem enzimas digestivas. Impede a digestão dos alimentos, que são eliminados nas fezes reduzindo a quantidade de calorias que chega ao metabolismo oxidativo. Ex.: Pslyum, Goma Guar, Feijão Branco. POLIVALENTES: Extratos que auxiliam na perda de peso, mas seus mecanismos de ação são múltiplos e nenhum deles é predominante, ou ainda os mecanismos não estão claramente estabelecidos, e a indicação se baseia mais na experiência clínica. Ex.: carqueja, hibiscus. REDUTORES DE ANSIEDADE: Alguns pacientes usam a alimentação como via de compensação para ansiedade e depressão. Em geral são pessoas que “beliscam” – comem pequenos bocados ao longo do dia. Diferente daqueles que tem excesso de apetite, esses pacientes respondem a fitoterápicos que reduzem a ansiedade e melhoram o humor. Griffonia: 50-150 mg/dia = associação ou em monoterapia + passiflora/ mulungu. Possíveis efeitos: náuseas e diarreia. 45 TERMOGÊNICOS: Termogênese é a produção fisiológica de calor no organismo humano, consequente ao metabolismo glicolítico. O calor é necessário para manter a temperatura corporal, a sua produção gasta em energia. Alguns fitoterápicos aumentam a taxa de metabolismo basal, a termogênese, e com isso, o consumo calórico diário. Indicação: pessoas com frio, sem taquicardia e insônia. Chá verde: cafeína + polifenois - Erva mate: cafeína + polifenois - Citrus: sinefrina - Pimentão: capsaicina - Crocus: 0,3 % de safranol. LIPOLÍTICOS: Extratos vegetais que atuam diretamente nos adipócitos (células de gordura) induzindo a lipólise através da oxidação preferencial de AG como fonte de energia para o organismos. Com isso o tecido adiposo reduz sua capacidade de estocar gordura. Framboesa (Raspberry): 100 a 220 mg/dia. Diurético, sem efeito adverso. Kumbú (alga): 200-600 mg/dia= Sem efeito colateral e efeito em 1-2 meses de uso. Manga Africana: 500-1500mg/dia. Diminui LIP. Efeitos: cefaleia e insônia. Fitoterápicos Anti-inflamatórios INFLAMAÇÃO CRÔNICA DO TECIDO ADIPOSO. CONSEQUÊNCIAS DA INFLAMAÇÃO: Disfunção endotelial, Mobilização de gorduras, Hiperglicemia, Resistência Insulínica, Estresse Oxidativo. 46 Associação de fitoterápicos Obesidade é um desafio para a terapêutica. É necessário buscar abordagens mais eficientes possíveis. A associação potencializa o efeito dos fito extratos, possibilitando resultados mais eficientes. Associando fito extratos é possível reduzir a dosagem, evitando efeitos adversos. Associação de fito extratos é uma tendência em franca ascensão na literatura médica atual. Fitoterápicos para obesidade Ansiolíticos e antidepressivos: Passiflora incarnata, Valeriana officinalis, Hypericum perforatum, Griffonia simplicifolia, Rhodiola rosea. Diuréticos: Cordia sp, Equisetum arvense,Hibiscus sabdariffa. Laxativos: Sene, Rhamnus purshiana. 47 GLUCOMANNAN (Amorphophallus konjac) Sua capacidade de absorção de água e formação de uma massa gelificada compacta, no nível do trato gastrointestinal, proporciona uma plenitude gástrica reconhecida pelo hipotálamo. Age como fibra na alimentação, aumenta a viscosidade dos alimentos em contato com líquidos gástricos. Tratamento de sobrepeso e obesidade, hiperlipidemia, hiperglicemia e coadjuvante no tratamento de diarreia. Contraindicada em casos de estenose esofágica ou pilórica. Deve ser ingerido em horários diferentes de suplementos ou medicamentos. • Ação: aumenta o volume em contato com água e fibras preenchem o estômago, fazendo com que aumente a sensação de plenitude gástrica. • Posologia: • Até 2g ao dia (pó), divididos em doses, 1 ou 2 horas antes das principais refeições. A ingestão deve ser feita com 2 copos de água. • Pó de 2 a 3 doses de 500mg com 1 copo (200ml) de água, 30min antes das principais refeições (até 4x/dia). LARANJA AMARGA (Citrus aurantium) • Parte utilizada: Flores, cascas e folhas. • Indicação: Excesso de peso, aumento de massa muscular. Quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante suave. • Forma de uso: • Maceração: 1-2 g (1-2 col. chá) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar 1 a 2 xíc. chá, antes de dormir. Deixar em maceração por 3 a 4 horas. • Máximo de 1600mg/dia, em 5 doses de 320mg ao longo do dia. Uma dose 30min antes das refeições. Em caso de insônia, 2 doses pela manhã (antes do café da manhã e almoço). • Emagrecimento: pó de 1 a 2 doses de 500mg, com 1 copo (200ml) de água, 30 min das principais refeições (até 4x/dia). • Contraindicação: Não deve ser utilizado por pessoas portadoras de distúrbios cardíacos, gestantes ou lactantes. Pacientes hipertensos e diabéticos. Pode ocorrer reações alérgicas (exposição ao sol). • Efeitos colaterais: parecidos com induzidos por anfetaminas (PA elevada, distúrbios musculares, insônia, boca seca, palpitação e nervosismo). 48 MANGA AFRICANA (Irvingia gabonensis) • Promove melhora significativa no peso corpóreo, circunferência de cintura, colesterol total, LDL , glicose, proteína C reativa em pacientes obesos. • Indicações: restabelecer a sensibilidade da leptina, aumentar a atividade adiponectina, inibir a amilase e reduzir a absorção de CHO. • Posologia: 150mg, 2x/dia antes das refeições (30 a 60´). Até 1g/dia. • Contraindicação: diabéticos e pacientes com uso de hipocolesterolêmicos. CASSIOLAMINA (Cassia nomame) • Indicações: Tratamento da obesidade. Redução da PA e dos níveis de CT, diminuição do ácido úrico e glicemia. Efeito positivo nos casos de apneia de sono. • Posologia: • Dose inicial recomendada é de 625mg a 1,3g a cada 12h. Tomadas preferencialmente durante ou após as refeições, deve ser administrada ingerindo-se 200ml de água. Dose máxima de 6g/dia. 49 • Decocção: 2 a 3 col. de sobremesa em ½ litro da água. Tomar 4x/dia por 15 dias. Manter refrigerado. • Parte utilizada: fruto. • Efeitos colaterais: leves, como dores abdominais, empachamento pós-prandial. • Contraindicação: pode inibir a absorção de algumas vitaminas lipossolúveis (A, E e D). • Cautela em associar com antiarrítmicos, glicosídeos cardiotônicos. FEIJÃO BRANCO (PHASEOLUS VULGARIS) • Indicações: tratamento e prevenção da obesidade, redução na absorção de CHO, controle de glicemia de paciente não dependentes de insulina. • Parte utilizada: feijão (semente). • Posologia: 250 a 1000mg/dia. Tomar 1 ou 2 doses, 30min antes das refeições. • Contraindicação: gestantes e diabéticos insulinodependentes. • Efeitos colaterais: diarreia. GARCINIA CAMBOGIA (GARCINIA SP) • Ação anti-inflamatória, efeito ligeiramente analgésico, espasmolítico, hipoglicemiante e diurético. • Contraindicação: gestantes, nutrizes e crianças. Úlceras gastrintestinais e colites. • Posologia: 500mg até 3x/dia, 1h antes das principais refeições. Formulação fitoterápica Faseolamina ------ 250-500mg Cassiolamina ------250-500mg Manipular em cápsulas Obs: Pode ser feita em base de chocolate. Posologia: tomar 2 doses, antes do almoço e jantar. 50 • Indicação: compulsão por doces, enfermidades reumáticas. • Fruto: uremia e fígado. • Extrato da casca do fruto: obesidade, inibição do apetite, colesterol e frações. • Efeitos colaterais: ligeiro efeito laxante no início do tratamento. A superdosagem pode levar a transtornos hepáticos, causar cólica, náusea e vômito. GYMNEMA SYLVESTRE (Gymnema sylvestre R. Br.) • Aumenta a termogênese, facilitando a perda de peso, diminuindo o apetite, em especial a compulsão por doces. Seu efeito dura de 1 às 2h e não afeta substancias salgadas, adstringentes e ácidas. • Contraindicação: não há dados na literatura. • Efeitos colaterais: por ser natural, o extrato pode ser tóxico como os de drogas anorexígenas ou hipoglicemiantes. • Parte utilizada: folhas. • Posologia: • Extrato seco (75%): 50 a 100mg /dia, 2x/dia cerca de 30min antes das principais refeições. No máximo 400mg/dia, podendo ser associado a outras plantas. • Infusão: 30 a 60g das folhas por xícara (150ml), 2 a 3x/dia. KOUBO (Cactáceae cereus sp.) • Substância composta da pitaya, estimula a produção a do hormônio glucagon, que ativa produção da glicose que é levada para dentro das células pela insulina. • Parte utilizada: fruta, caule e raiz. • Contraindicação: diabéticos e mulheres com SOP. • Efeitos colaterais: dose muito pequena, por isso não se tem registro de efeitos colaterais. 51 • Indicação: moderador natural do apetite (principalmente por doces) e redutor de medidas. Diurético e antioxidante. Estimula o organismo a utilizar as reservas de açúcar e gorduras acumuladas no corpo. • Posologia: 200mg 1h antes das principais refeições. SLENDESTA (Russet Nugget) • Parte utilizada: Extrato da proteína da batata a 5%. • Efeitos colaterais: sem efeitos colaterais, sendo extrato 100% natural da batata. Benefícios comprovados em 15 ECR com mais de 700 indivíduos. • É um ingrediente seguro, derivado da espécie de batata Russet Nugget (EUA). • Indicação: Promove saciedade. • Posologia: 300mg de 1 a 2x/dia, com 1 copo de água, 1h antes das principais refeições. • Contraindicação: gestantes, amamentação e diabéticos. GRIFFONIA (Griffonia Simplicifolia) • 95% de 5HTP, que aumenta a síntese da serotonina no SNC. • Posologia: 50 a 150mg 3x/dia, logo após o café da manhã e antes de dormir. • Indicação: equilíbrio das desordens SNC (sono, memória, aprendizado e humor). DCV, contrações musculares, regulação endócrina e depressão. • Folha como afrodisíaco. • Efeitos colaterais: sintomas alérgicos, dificuldade para respirar, formigamento, náuseas, vômito, dores musculares e estômago, pirose • Contraindicação: não é aconselhável utilizar com drogas supressoras do SNC e com bebidas alcoólicas. Durante o uso evitar a exposição solar prolongada, uma vez que pode aumentar a sensibilidade da pele. 52 ESPIRULINA (Spirulina Máxima) É supressora natural do apetite nas dietas de emagrecimento, controla ansiedade e previne a depressão, atuando no sistema nervoso central e aumentando o aprendizado. Ação antioxidante, cardioprotetora e imunomodeladora na alergia. • Indicações: hipotireoidismo,uso abusivo de bebidas alcoólicas, vícios, fadiga, cansaço, carência de vitaminas e minerais, anemia. Suplemento nutricional em regimes para obesidade e durante a convalescença de processos patológicos ou cirúrgicos. • Toxicidade: estudo mostrou ser segura em longa duração em modelo animal com dose máxima de 10g/kg. • Interações medicamentosas: não há relatos na literatura. • Efeito colateral: podem ocorrer diarreia, vômito e náuseas. • Contraindicação: pacientes com fenilcetenúria, gestantes, nutrizes e crianças. • Parte utilizada: alga inteira. • Dosagem: dose usual de 500 a 2000mg/dia, no máximo 3g/dia. • Pó: 150 mg/dia como complemento dietético. • Para perda de peso 500 a 3000mg/dia, como inibidor do apetite. Iniciando com 150mg, 3x/dia. • Atletas com exercício intenso: 7 a 10g/dia. Astragalus (astragalus membranaceus) Centella Asiática (centella asiática) Dente de Leão (Taraxacum offinale) Agar Agar (Prunus spinosa) Cafeína (Coffea sp.) Erva Mate (Ilex paraguariensis) Pimenta (Capsicum Annun) Fucus vesiculosus Linhaça (Linum usitatissimum) 53 Diabetes Mellitus • Doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue. Conjunto de transtornos metabólicos de diferentes etiologias, caracterizados por hiperglicemia crônica resultante da diminuição da sensibilidade dos tecidos à ação da insulina e/ou deficiência de sua secreção. • Constitui um dos mais importantes problemas de saúde pública no mundo atual e impõe uma importante e crescente sobrecarga aos sistemas de saúde. • O aumento do número de pessoas convivendo com o DM ocorre devido ao envelhecimento da população, à maior urbanização e à crescente prevalência da obesidade e do sedentarismo. 54 Fitoterápicos para Diabetes PATA DE VACA (BAUHINIA FORFICATA) • Não há relatos na literatura de interações medicamentosas ou efeitos adversos. • Indicação: diabetes, permeabilidade capilar e obesidade. • Ação: hipoglicemiante, diurético, antidiarreica, hipolipemiante, analgésica, anti- inflamatória e antidematosa. • Propriedade: diminui o teor de açúcar no sangue e na urina, assim como gordura. • Parte utilizada: folha. • Forma de uso: dose usual de 250 a 1000mg/dia. • Infusão 10g por xícara, 3-6x/dia. • Pó: em cápsula para DM, 300mg, 3x/dia. • Tintura: 3 a 50 gotas em 1 copo (200m) de água até 4x/dia. 55 CANELA (Cinnamomum Zeylanicum) • Parte utilizada: casca. • Indicação: Diabetes II. Falta de apetite, perturbações digestivas com cólicas leves flatulência (gases) e sensação de plenitude gástrica. Infecções intestinais e urinárias, diarreia, tosse, bronquite, enjoos, hipotensão. • Forma de uso: • Decocção: 0,5-2 g (1 a 4 col. café) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar 1 xíc. chá de 2 a 6 x ao dia. • Pó: 1g, 3x/dia. • Efeito adverso: Podem ocorrer reações alérgicas de pele e mucosas. • 8g de canela = 75% de manganês, 8% de cálcio, 13,5% de fibra, vitamina K. GUAR (Cyamopsis Tetragonolobus) Diabéticos obesos – produz rapidamente um efeito de saciedade. Produz um retardo no esvaziamento estomacal e, dessa forma, uma absorção mais lenta dos carboidratos no intestino. Utilizado na forma de farinha como agente ligante e espessante = sabor residual desagradável. Constituído essencialmente de fibras. • Efeito de saciedade. • Dosagem: Pó 1 a 2g, 30min antes das refeições, com 2 copos de água. • Parte utilizada: semente. • Indicações: auxilia no emagrecimento e constipação crônica. • Contraindicação: pessoas com diarreia e menores de 10 anos. • Ação: tônico digestivo, emoliente, estimulante, anti-inflamatório, adstringente, digestivo, laxante suave, reduz apetite, atua no metabolismo dos lipídios e colesterol, reduzindo níveis e beneficiando pacientes cardíacos e diabéticos. 56 Dislipidemia Geralmente por hiperlipidemia ou hiperlipoproteinemia - é um distúrbio nos níveis de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue. Os lipídios (moléculas gordurosas). As anormalidades nos lipídios e lipoproteínas são extremamente comuns na população geral, e são consideradas um fator de risco altamente modificável para doenças cardiovasculares, devido à influência do colesterol, uma das substâncias lipídicas clinicamente mais relevantes, na aterosclerose. 57 O tratamento quando não medicamentoso, deve se haver mudanças no estilo de vida, prática regular de atividade física e alimentação adequada. A terapia nutricional deve complementar a prevenção e o tratamento. O plano alimentar deve conter orientações relacionadas com a seleção, quantidade, técnicas de preparo e substituições. • Reduzir a ingestão de gordura saturada e carboidratos simples. • Aumentar o consumo de proteínas. • Introduzir na rotina alimentar: Aveia, farinha de maracujá, berinjela, alho... NUTRIENTE RECOMENDAÇÃO Gordura Total 25%-35% das calorias totais Ácidos graxos saturados < 7% das calorias totais Ácidos graxos poli-insaturados <10% das calorias totais Ácidos graxos monoinsaturados < 20% das calorias totais Carboidratos 50% a 60% das calorias totais Proteínas Cerca de 15% das calorias totais Colesterol < 200mg/dia Fibras 20-30g/dia Calorias Ajustado ao peso desejável 58 Aterosclerose Uma doença inflamatória crônica caracterizada pela formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Os ateromas são placas, compostas especialmente por lipídios e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. O volume dos ateromas aumenta progressivamente, podendo ocasionar obstrução total em algum ponto do vaso. A aterosclerose em geral é fatal quando afeta as artérias do coração ou do cérebro, órgãos que resistem apenas poucos minutos sem oxigênio. 59 A terapia nutricional para controle da doença aterosclerótica tem como objetivo as mudanças no estilo de vida, que irão levar a resultados promissores, tais como redução dos níveis alterados de colesterol total, LDL e TG, diminuição da ingestão de gorduras saturadas e colesterol, aumento do consumo de fibras e alimentos antioxidantes, consumo energético e nutrição adequada. Também objetiva promover as mudanças alimentares permanentes e alterar os fatores de risco modificáveis pela dieta, visando à prevenção, que e ainda é um dos maiores pilares. Fitoterápicos para Dislipidemia BERINJELA (Solanum melongena) • Protetor das funções hepáticas, aumenta a produção de bílis e sais biliares, facilitando a concentração da vesícula biliar. Laxativa, digestiva e reguladora dos níveis de CT. • Posologia: • Pó: 720 mg 3x/dia. • Tintura: 15 gotas, diluídas em um copo (200ml) de água 3x/dia. • Extrato seco: 500mg antes da cada refeição 3x/dia. 60 ALHO (Allium savatium) Ação: antibacteriano, analgésico, expectorante, febrífugo, antigripal, antisséptico pulmonar, antioxidante, antiplaquetário, tônico, hipotensor, hipoglicemiante, anticoagulante. Altas doses, principalmente fresco, pode interagir com anticoagulantes. Parte utilizada: bulbo. Forma de uso: dose usual de 250 a 2000mg/dia. Alimentação: usar nos alimentos e ingerir também com as refeições, 2 a 3 dentes amassados (nunca cortar). Infusão: 2 a 3 dentes de alho amassados para uma xícara de água, 1x/dia, por 2 a 3 semanas. Para reduzir colesterol, usar 4g/dia até normalizar. Maceração: 0,5g (1 col. café) em 30 ml (cálice). Tinturas: 50 a 100 gotas diluídosem 75 ml de água, 2 a 3x/dia. Óleo: 0,1 ml, 3x/dia. 61 PORANGABA (Cordia salicifolia) • Chá de bugre ou chá de frade. • Cardioprotetor, diurético, supressor do apetite, combate o vírus do Herpes I. • Parte utilizada: folhas, frutos e cascas. • Posologia: 500 mg de 2 a 4x/dia. • Efeito colateral: irritação estomacal de pessoas sensíveis. • Contraindicação: ausência de estudos, não é indicado na gravidez e lactação. Hipertensão Arterial Corresponde a uma doença crônica não transmissível que pode interferir expressivamente na morbidade de idosos. É assintomática, até que ocorra uma lesão vascular. Mais comum em idosos, 71% da população com mais de 85 anos. 62 Responsável por 25% dos eventos cardiovasculares, 80% dos derrames, 25% dos casos de insuficiência renal terminal e 36% de AVC - Diante destas evidências, algumas medidas devem ser tomadas: Fitoterápicos para Hipertensão HIBISCO (Hibiscus Sabdariffa) O chá de hibisco possui ação diurética, impedindo a retenção de líquidos, além de efeito cardioprotetor e vasodilatador, devido à presença de flavonoides e ácidos orgânicos, que ajudam a aumentar os níveis plasmáticos da lipoproteína de alta densidade (HDL-C) e diminuir a concentração plasmática da lipoproteína de baixa densidade (LDL-C), os triglicerídeos e a pressão arterial sanguínea. Reações adversas: altas doses podem exercer em alguns indivíduos ação estrogênica. Não há na literatura dados sobre interações medicamentosas. • Devido à alta concentração de antocianina, possui ação antioxidante e anti- inflamatória. 63 • Indicação: combate os radicais livres, reduz ansiedade, diurético e combate a retenção de líquidos. Reduz a absorção de CHO, aumentando a eliminação de gorduras, facilitando a digestão, auxiliando no intestino. • Dose usual: 100 a 400mg/dia. • Infusão: 1 colher de sopa rasa das folhas, para 2 copos de água. Ferver por 5min, tomar frio ou quente, 1 ou 2x/dia. • Toxicidade: estudos sugerem que em modelos animais foi considerada acima de 5g/kg. OLIVEIRA (Olea europaea L.) • Indicações: Folhas e óleo para hipertensão, colesterol, febre, excesso de peso (obesidade), nestes casos diminuem a sensação de fome. • Partes utilizadas: Folhas da oliveira. • Indicação de uso: • Infusão das folhas a 5%. • Extrato fluído : 3 a 5 g diários. • Tintura a 20%: 15 a 20 ml diários. • Azeite: 1 a 3 colheres de sopa ao dia. • Efeitos colaterais: Hipotensão arterial, aumento de peso (excesso), alterações hepatobiliares, diarreia em pessoas sensíveis. Hipertensão arterial no consumo dos frutos (azeitonas) em conserva, pelo elevado teor de sal, utilizado como conservante. • Contraindicações: Sem contra indicações encontrada na literatura. 64 Saúde Intestinal Intestino - É o segmento do canal alimentar que se estende a partir do esfíncter do piloro do estômago ao ânus e, em seres humanos e outros mamíferos, constituída por dois segmentos, o intestino delgado e o intestino grosso. 80% da nossa imunidade se concentra na mucosa intestinal. Diarreia • Deposição frequente do conteúdo intestinal, em forma de fezes líquidas ou pastosas. • Diarreia aguda: obedece a infecções microbianas (salmonela), a alteração da flora pela ação de medicamentos ou à ingestão acidental de substâncias tóxicas. • Diarreia crônica: ocorre por transtornos intestinais diversos (cólon irritável), por doenças hepatobiliares, por alergias alimentar, por abuso de laxativos, parasitoses. • Requer reposição de líquidos e eletrólitos (reidratação) e evita-se cafeína, condimentos picantes e grandes concentrações de açúcares. • O leite pode ser mal tolerado devido à redução da enzima lactase. Dar preferência à consistência branda (tudo cozido) e utilizar alimentos considerados constipantes (banana, maçã sem casca, goiaba, suco de caju). 65 Fitoterápicos para Diarreia PITANGUEIRA (Eugenia uniflora) • Parte utilizada: folhas. • Forma de uso: Infusão: 3 g (1 colher de sopa) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar 1 cálice (30 ml) após a evacuação em no máximo 10 x ao dia. GOIABEIRA (Psidium Guajava) • Uso oral e tópico (pele e mucosas lesadas, como antisséptico). • Diarreia, antimicrobiana, antiviral, anti-inflamatória, hipoglicemiante. • Parte utilizada: folhas jovens, cascas e caule. • Forma de uso para adultos: • Infusão: 2 g (col. sobremesa) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar 1 cálice (30 ml) após a evacuação em no máximo 10 x ao dia. • Decocção:1 a 1,5 col. de sopa para 200ml de água, 4x/dia. • Tintura: 40-60 gotas um copo de água, 3-4x/dia. • Extrato seco: 25-350mg, de 3-4x/dia. • Xarope: 1 col. de sobremesa (10ml), 3-4x/dia. CAJUEIRO (Anacardium occidentale) • Uso oral e tópico (cicatrizante e antisséptico). • Tratamento de DM, adstringente, diarreia. • Parte utilizada: entrecasca, folha. • Forma de uso adultos: • Decocção: 4,5 g (1 ½ col. sopa) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar 1 xíc., 3 a 4 x dia. • Tintura: 40-60 gotas em copo de água, 3-4x/dia. 66 • Extrato seco: 250-350 mg de 3-4x/dia. • Xarope: 1 colher se sobremesa (10ml) de 3-4x/dia. • Não deve ser utilizado por período superior ao recomendado, 30 dias. Cautela em gestantes. Não utilizar junto com anticoagulantes, corticoides e anti- inflamatórios. ROMÃ (Punica granatum) • Altamente eficaz em infecções intestinais e diarreias. • Parte utilizada: cascas do fruto. • Indicação de uso para adultos: • Infusão: 4,5g (1,5 col. de sopa) em 1 xíc. (150 ml) de 3-4x/dia. • Extrato seco: 250-350mg, 3-4x/dia. • Decocção: 6g (2 col. de sopa) em 150ml de água. • Doses elevadas: cefaleia, vertigens, tremores, falta de coordenação motora e dor abdominal. • Contra indicado: gravidez, lactação, crianças menores de 5 anos. Gastrite e ulcera gastroduodenal, pois os taninos podem irritar a mucosa gástricas. 67 Fitoterápico Parte utilizada Princípios ativos Dosagens Articum lappa L Bardana Fruto Inulina, taninos e mucilagens. Fruto: 3 a 9g em decocção ou infusão. Pó: 500-1,5 mg. Peumus boldus Schult Boldo Folhas Taninos e gomas. Doses máximas diárias: 200 ml em infusão ou decocção a 5%. Extrato fluído: 5 ml. Tintura: 2,5 ml. Matricaria chamomilla L Camomila Capítulos florais Boldina (alcanoides) e flavonoides. Infusão ou decocção: 3-6g, 1- 2x/dia. Pó: 800-2000mg. Tintura: 100-150 gotas. Extrato fluído: 2-6 ml. Toraxacum offinalis Dente de leão Folha e raiz Taninos e inulina (2%) Infusão ou decocção: 3-6g, 1- 2x/dia. Pó: 800-2000mg. Tintura: 100-150 gotas. Extrato fluído: 2-6 ml. 68 Fitoterápico Parte utilizada Princípios ativos Dosagens Foeniculum vulgare Mill Funcho Raiz Mucilagens, pectinas e taninos Infusão ou decocção: 3-6g/ dia. Pó: 500-2000mg/ dia. Tintura: 100-150 gotas. Panax ginseg M Ginseng Sumidade floras e folha Amido, goma e mucilagem Decocção: 3-10g. Pó: 500-2500mg. Extrato seco: 100-750 mg/dia. Fucus vesiculosus L Fucus Toda a alga Pectina Infusão ou decocção: 2-8g/ dia. Pó: 1000-300 mg/ dia Extrato fluído: 1-5ml/ dia. Constipação • Alteração funcional do trânsito intestinal devido a uma deficiência na intensidade dos movimentos peristálticos, resultando em um atrasona evacuação das fezes. • 3 a 5 deposições semanais, cada uma com peso inferior a 35g. • Mecanismos de ação dos laxantes vegetais: formadores de massa de volume, osmóticos, oleosos ou lubrificantes e estimulantes por contato. • Fundamentalmente a técnica dietoterápica requer escolha de alimentos com alto conteúdo de fibras e lubrificar a parede intestinal com aumento da ingestão hídrica. • Incluem-se grande quantidade de frutas, hortaliças e grãos integrais e maior consumo de alimentos laxativos (ameixa, maçã com casca, mamão). 69 Fitoterápicos para Constipação CÁSCARA SAGRADA (Rhamnus Purshiana) • Indicação: Constipação intestinal eventual. • Não fazer uso crônico (mais de 1 semana). O uso contínuo pode promover diarreia, perda de eletrólitos e dependência. • Parte utilizada: cascas do caule e dos ramos. • Forma de utilização: • Decocção: 0,5 g (col. café) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar de ½ a 1 xíc. chá, antes de dormir. • Tintura: 40 a 60 gotas/ dia. • Pó: de 0,25 a 5g/dia até 3x/dia. • Extrato fluído: 25-50 gotas/dia. • Extrato seco: 50-100 mg. • Efeitos adversos: Pode ocorrer desconforto no trato gastrintestinal, principalmente em pacientes com cólon irritável, além de mudança de coloração na urina. • Contraindicação: Não deve ser utilizado por pessoas com obstrução intestinal, refluxo, inflamação intestinal aguda (doença de Crohn), colite, apendicite ou dor abdominal de origem desconhecida, pacientes com histórico de pólipos intestinal. Não utilizar durante lactação, gravidez e em menores de 12 anos. SENE (Senna alexandrina) • É um laxante confiável e relativamente potente. • Efeitos adversos: Desconforto do trato gastrintestinal, principalmente em pacientes com cólon irritável, mudança na coloração da urina. • Contraindicação: Não deve ser utilizado por pessoas portadoras de obstrução intestinal, inflamação intestinal aguda (doença de Crohn), colite, apendicite ou dor abdominal de origem não diagnosticada, constipação crônica. Não fazer uso crônico (mais de 1 semana). • O uso contínuo pode promover diarreia e perda de eletrólitos. • Não usar em crianças menores de 10 anos. 70 • Forma de utilização: • Decocção de 1 g (col. café) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar de 1 xíc. chá, antes de dormir. • Infusão: 5 a 20g /L. Usar de 1 a 2 copos (200ml) por dia. • Pó: 100-300 mg, 1 a 4x/dia (cápsulas). • Extrato seco: 0,5 a 2g/dia (1g equivale a 4g da planta seca). • Xarope: 15 a 30g /dia. OUTROS Macela: Má digestão e cólicas intestinais; como sedativo leve; e como anti- inflamatório; Camomila: Cólicas intestinais. Quadros leves de ansiedade, como calmante suave. Capim cidreira: Cólicas intestinais e uterinas. Quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante suave. Melissa: Cólicas abdominais. Quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante suave; Plantago: Característica higroscópica (capacidade de absorver água), que por sua vez, permite que se expanda e produza mucilagem (substância pegajosa produzida por quase todos os vegetais), efeito laxante. Macela (Achyrocline satureioides) Camomila (Matricaria camomila) Capim cidreira (Cymbopogum citratus) Melissa (Melissa officinalis) Psylium (Plantago ovata) Glucomannan (Amorphophallus konjac) 71 Distúrbios Digestivos Composto por um conjunto de órgãos que têm por função a realização da digestão. Sua extensão desde a boca até o ânus é de seis a nove metros. 70% do sistema imunológico encontra-se do TGI e 20% das células intestinais são linfócitos. Existem espécies vegetais com enzimas digestivas a papaína – mamão, bromelina - abacaxi, com efeitos digestivos. Alguns distúrbios: FLATULÊNCIA: Tem origem nos gases que são ingeridos juntamente com a comida e, minoritariamente, nos gases acumulados durante o processo de digestão, na etapa de decomposição dos resíduos orgânicos dentro do intestino. Um desses processos é a fermentação de carboidratos por bactérias (certas fibras e açúcares com maior potencial para fermentação). A intensificação da flatulência pode ocorrer em pessoas ansiosas, que comem muito depressa, ou em pessoas que sofrem de parasitoses intestinais. Normalmente são encontrados no trato gastrointestinal cerca de 200 ml de gases (mais de 25 flatos eliminados diariamente). HIPOCLORIDRIA: É caracterizada por uma diminuição na secreção de ácido clorídrico no estômago (substância que promove a digestão dos alimentos e ativação para absorção de alguns minerais) levando a uma inflamação no tecido do estômago. Aumento na produção de bactérias nocivas como a Helitobacter Pylori (bactéria presente em gastrites bacterianas), má digestão, diminuição na absorção de ácido fólico, ferro, zinco e vitamina B12. Sintomas: queimação, azia, distensão abdominal, diarreia ou constipação, sensação de empachamento após comer, mau hálito, restos de comida nas fezes e língua branca. É causada por inúmeros fatores como doenças autoimunes, nutrição deficiente em zinco e vitamina B6, excesso de gorduras e açúcares, alimentação com exageros, estresse, ingestão de bebidas alcoólicas e uso de medicamentos como omeprazol continuamente. HIPERCLORIDRIA: Excesso de ácido pode levar a gastrite. Eructação, azia é comum, dor em jejum aliviado pela comida, digestão normal. O aumento de secreção do ácido clorídrico ocorre normalmente por distúrbios de stress ou emocionais. “Acidez estomacal". Provocada por secreção 72 excessiva de ácido clorídrico gástrico. Pode manifestar-se clinicamente através de perturbações como regurgitações ácidas, ardor (azia, pirose) ou dores gástricas. Com o excesso de ácido no tubo digestivo superior é uma das principais causas de esofagites de refluxo, gastrites e úlceras gastroduodenais. Provoca dores que ocorrem, geralmente, após as refeições, acompanhadas também de náuseas, azia e vômitos. GASTRITE: Trata-se de uma inflamação da mucosa gástrica sem alteração da secreção. As modificações dietéticas variam em função da gravidade do caso, mas em geral recomenda-se: proibição de condimentos irritantes (pimentas, páprica), álcool, fumo e cafeína. As refeições devem ser mais fracionadas e de consistência branda. Convém destacar que outras limitações dependem das intolerâncias individuais. Alimentos como vinagre ou frutas ácidas. OMEPRAZOL O segundo medicamento mais consumido do mundo depois do paracetamol. Indicação: tratamento de úlceras gástricas e na hérnia de hiato. Reduz a secreção gástrica do estômago. A toma continuada, durante mais de dois anos, de Omeprazol favorece a aparição de demência, danos neurológicos e também pode causar anemia. O composto inibe o ácido gástrico de absorver a vitamina B12 e a sua carência favorece o aparecimento de demências, anemia e dano neurológico. Antiácidos = provocam/ causadores alergias e hipersensibilidades alimentares. Definindo termos CARMINATIVA: Substância que combate a formação de gases no intestino. CARMINATIVO: Refere-se aos medicamentos usados na redução dos gases intestinais. COLAGOGA OU COLETÉRICA: Como são chamadas todas as substâncias que são usadas para contrair a vesícula biliar, estimulando a evacuação da bílis do canal 73 colédoco para o intestino, facilitando assim a digestão de alimentos gordurosos. COLERÉTICO: Diz-se do medicamento que aumenta a secreção biliar. Antiespasmódico (espasmolítico, antiespástico): Droga que suprime a contração do tecido muscular liso, especialmente em órgãos tubulares. O efeito produzido é o de prevenir
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