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Fitoterápicos na Prática Clínica

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Fitoterapia como coadjuvante 
Não existe “receita de bolo”. Para uma prescrição adequada deve-se levar em 
consideração os seguintes fatores: 
 Individualidade bioquímica; 
 Ter cautela e equilíbrio na hora da prescrição; 
 Realizar uma boa anamnese. 
A ferramenta de trabalho do nutricionista é o alimento. Sendo assim, é preciso 
priorizar a alimentação e usar a fitoterapia como coadjuvante no tratamento 
nutricional. 
Os nutrientes presentes nos alimentos são a fonte natural da matéria prima para a 
formação das moléculas que constituem o organismo; Estas moléculas que chamamos 
de células, se multiplicam diariamente; Este é o motivo pelo qual devemos comer 
todos os dias como máquina. 
 
O Organismo funciona por PROCESSO e não por MÁGICA! 
O metabolismo celular (por 24 horas) depende de 49 nutrientes essenciais: 
Aminoácidos essenciais, ácidos graxos essenciais, vitaminas e minerais. 
 
 
 
 
3 
 
Introdução à Fitoterapia 
 A fitoterapia é uma palavra de origem grega, resultante da combinação de Fito 
- phyton = vegetal e Terapia - therapia = tratamento. Palavra criada para designar 
tradições populares de tratamento, nas quais as plantas medicinais são usadas como 
medicamento. Ela caracteriza a melhora de estados patológicos pela utilização de 
substratos naturais (tais como plantas frescas e /ou secas, assim como preparados à 
base das mesmas) a fim de prevenir, aliviar ou curar uma doença. 
Desde a antiguidade, as plantas são utilizadas como produtos terapêuticos, a 
mais de 3000 a.C., quando surgiu na China, época em que os livros eram escritos em 
pergaminhos, casco de tartaruga e seda; O imperador Cho-Chin-Kei descreveu as 
propriedades do Ginseng e da Cânfora - Eram usadas como forma de prevenir, curar e 
aliviar diversas doenças. 
O uso terapêutico de plantas medicinais ficou restrito à abordagem leiga desde 
o salto tecnológico da indústria farmacêutica, ocorrido nas décadas de 50 e 60. 
Atualmente, o uso de plantas medicinais e fitoterápicos é reconhecido 
mundialmente por órgãos internacionais, como pela Organização Mundial de Saúde 
(OMS) e no Brasil, pelo Ministério da Saúde (MS). 
História da Fitoterapia 
MEDICINA TRADICIONAL CHINESA: É como a alquimia, para fazer uma fórmula 
é preciso conhecer as capacidades energéticas, curativas e sinérgicas das ervas, ou 
seja, a interação de uma planta com as outras. 
Não se pensa em cura mas sim em equilíbrio, pois o organismo busca a auto 
cura. 
São utilizados diversos métodos para classificar as ervas chinesas que emprega 
em seus medicamentos - Três níveis: inferior, médio e superior. 
Na herbologia chinesa há 50 ervas fundamentais: 
 Camellia sinensis; 
 Astragalus; 
 Cânfora; 
 Ginseng. 
 
 
4 
 
AYURVEDA: Medicina Indiana - É um sistema de saúde que tem como pilar a 
individualização do tratamento através do diagnóstico do desequilíbrio do paciente. 
Nesta abordagem, não trata a doença e sim o desequilíbrio psicofísico, a raiz da 
patologia. 
 O principal objetivo de todos esses sistemas de cura que utilizam os efeitos 
terapêuticos das plantas é estimular os processos metabólicos que ajudam a manter o 
estado de equilíbrio. 
Na Medicina indiana são utilizados: 
 Diversos temperos; 
 Açafrão; 
 Sálvia; 
 Alecrim. 
Fitoterapia no mundo 
Mundialmente, estima-se que existam cerca de 35.000 espécies de plantas 
medicinais, 25.000 são utilizadas na medicina tradicional em todo mundo. Na China 
são usados 8.000 remédios tradicionais a maior parte oriundos de plantas. Grande 
parte dos medicamentos alopáticos foram desenvolvidos baseados em substancias 
naturais. Estima-se um mercado mundial de aproximadamente U$120 bilhões para 
fitoterápicos. 
Segundo a OMS, 80% da população de países desenvolvidos/em 
desenvolvimento utiliza-se de práticas tradicionais na atenção primária à saúde e, 
desse total, 85% fazem uso de plantas medicinais. 
 No Japão, desde 1950 o Ministério da Saúde Japonês reconhece 148 destas 
fórmulas como de utilidade pública. 
Regiões em mais destaque é a Ásia e Europa. 
 
 
5 
 
 
Fitoterapia no Brasil 
As plantas medicinais eram usadas para o auxílio no tratamento de doenças 
onde obtiveram influências de culturas indígenas, europeias, africanas e asiáticas que 
foram integradas no conjunto de princípios que visam à cura de doenças e na 
restituição do homem a vida natural. 
Século XVIII e XIX – A Rota do Ouro: estradas que ligavam a Corte Real (Rio de 
Janeiro) às minas de ouro de Minas Gerais eram cercadas pela Mata Atlântica – uma 
grande fonte de medicamentos naturais. Conhecimento indígena passado aos 
escravos, caboclos, imigrantes (mais barato que médicos – Rio de Janeiro). Vieram 
naturalistas e médicos europeus estudar ervas brasileiras. 
Século XX: - Extinção (mineração, gado, agricultura, extração desordenada) - 
Perdeu-se conhecimento - Pouco incentivo. - Uso de ervas “importadas”. - 
Medicamentos industrializados. 
 
O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, contando com um 
número estimado de mais de 20% do número total de espécies do planeta. 
 
6 
 
Possui a mais diversa flora, número superior a 55 mil espécies descritas, o que 
corresponde a 22% do total mundial. Esta rica biodiversidade é acompanhada por uma 
longa aceitação de uso de plantas medicinais e conhecimento tradicional associado. 
O valor estimado gasto em fitoterápicos é da ordem de U$1 bilhão, 
relativamente pequeno, representando cerca de 4% do total do mercado 
farmacêutico, da ordem de 7,4 bilhões de dólares. Este valor refere-se somente aos 
fitoterápicos industrializados, não correspondendo ao mercado total de produtos 
obtidos de plantas medicinais. 
No Brasil, não se sabe com exatidão o número de pessoas que utilizam as 
plantas, mas, seguramente, essa tendência mundial também é seguida, desde o 
consumo da planta fresca e preparações extemporâneas, até o fitoterápico. 
Legislação 
“... formulação de políticas e regulamentações nacionais referentes à utilização 
de remédios tradicionais de eficácia comprovada e exploração das possibilidades de se 
incorporar os detentores de conhecimento tradicional às atividades de atenção 
primária em saúde, fornecendo-lhes treinamento correspondente...”. 
Ao final da década de 1970, a OMS cria o Programa de Medicina Tradicional 
que recomenda aos estados-membros o desenvolvimento de políticas públicas para 
facilitar a integração da medicina tradicional e da medicina complementar alternativa 
nos sistemas nacionais de atenção à saúde, assim como promover o uso racional dessa 
integração. 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é órgão responsável pela 
regulamentação de plantas medicinais e seus derivados no Brasil, onde é assegurado a 
saúde da população, que tem o papel de garantir a segurança sanitária de cada 
produto registrado. 
 A ANVISA tem elaborado normas para regulamentação do uso da fitoterapia 
com. As plantas medicinais antes de serem utilizadas pela população passam por 
diversos tipos de tratamento envolvendo a química orgânica, fitoquímica, farmacologia 
e por ultimo a preparação de formulações para a produção do medicamento 
fitoterápico. Atualmente, há cerca de 400 fitoterápicos com registro válido junto à 
ANVISA. 
 
7 
 
 
Desde 1995, o Ministério da Saúde do Brasil (MS) vem implementando uma 
série de medidas visando aprimorar os produtos fitoterápicos comercializados no país, 
a primeira portaria n° 6 de 1995, atualizada 2014, apontam o registrode 
medicamentos fitoterápicos No entanto, o mercado fitoterápico no Brasil permanece 
muito precário, especialmente nos centros urbanos, onde esses produtos representam 
a principal fonte de medicamentos de origem vegetal. 
 
Esqueleto Normativo para o Registro de Fitoterápicos 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 Resolução nº 48 - 16/03/2004 
Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. 
Regulamento que abrange medicamentos cujos princípios ativos são 
exclusivamente derivados de drogas vegetais. Não é objeto de registro ou cadastro de 
planta medicinal ou suas partes. 
 Resolução nº 14 - 31/03/2010 
Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. 
 Resolução nº 26 - 13/05/2014 
Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a 
notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. 
 Resolução nº 88 - 16/03/ 2004 
Lista de referências bibliográficas para avaliação de segurança e eficácia de 
Fitoterápicos. 
Reunião de literatura de consenso mundial. Informações quanto às indicações, 
contraindicações, formas de uso e posologia. 
 Resolução nº 89 - 16/03/2004 
Lista de Registro Simplificado de Fitoterápicos. 
As especificações citadas devem ser Integralmente respeitadas: parte usada, 
padronização, formas de uso, indicações/ações terapêuticas, via de administração, 
posologia e restrição de uso. 
 Instrução Normativa nº 5 - 11/12/2008 
 Lista de Medicamentos Fitoterápicos de Registro Simplificado. 
 Instrução Normativa nº 2 - 13/05/2014 
Lista de Medicamentos Fitoterápicos de Registro Simplificado. 
 Resolução nº 90 - 2004 
Guia para a realização de estudos de toxicidade pré-clínica de fitoterápicos. 
Norma auxiliar - Guia para a realização de estudos de toxicidade pré-clínica de 
fitoterápicos. 
 
9 
 
 
 Resolução nº 91 - 2004 
Guia para realização de alterações, inclusões, notificações e cancelamento pós-
registro de fitoterápicos. 
Cada alteração, inclusão, notificação e cancelamento devem ser apresentados 
separadamente, acompanhados da documentação pertinente (check list). 
 Resolução nº 10 - 09/03/2010 
Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à ANVISA e dá outras 
providências. 
 
Lista de Registro Simplificado de Fitoterápicos 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Fitoterápicos sobre Prescrição Médica 
 Uva-ursi (Arctostaphylos uva-ursi): problemas urinários. 
 Cimicífuga (Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.) - Erva de São Cristovão: 
alivia os sintomas de menopausa, combate cólicas e sintomas da TPM. 
Não para problemas hepáticos. 
 Equinácea (Echinacea purpurea Moench) - Flor-de-cone: gripes e 
resfriados, infecções respiratórias, infecção urinária, candidíase, dor de 
dente, gengiva, artrite reumatoide e doenças virais ou bacterianas, pois 
fortalece o sistema imunológico. Não para pacientes HIV, tuberculose, 
esclerose múltipla. 
 Ginkgo (Ginkgo biloba L.): tratamento de micro varizes, úlceras 
varicosas, cansaço das pernas, artrite dos membros inferiores. 
Processos causados pelo abastecimento deficiente de oxigênio e 
substâncias nutritivas. Casos de cor, palidez e cianose das extremidades 
com sensação de frio. Tratamento de toda a isquemia seja cerebral ou 
periférica. 
 Hipérico (Hypericum perforatum L.) - Erva-de-São-João: quadros de 
ansiedade e depressão; 
 Kava-kava (Piper methysticum Forst. F.): nervosismo, ansiedade e 
qualquer outro que envolva o sistema nervoso, como angústias, 
agitação, ansiedade e insônia. É considerada um ansiolítico natural e 
suas propriedades também servem como relaxante muscular, em casos 
de tensão. 
 Saw palmetto (Serenoa repens): desde resfriados, bronquite, asma e 
dores de cabeça (até diabetes e problemas de fertilidade e libido, 
apesar de não existir comprovação científica sólida sobre a eficácia do 
produto nesses casos). Alopecia, próstata e do trato urinário inferior. 
 Tanaceto (Tanacetum parthenium Sch. Bip): indicado no combate a 
lombrigas e oxiúros. Provoca e regulariza a menstruação. 
 Valeriana (Valeriana officinali): planta medicinal com efeito sonífero e 
calmante. 
 
11 
 
 
Legislação no Brasil 
Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006 - Aprova a Política Nacional de Plantas 
Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. 
Inserção da fitoterapia no (SUS) pela Política Nacional de Práticas Integrativas e 
Complementares no SUS, em 2006, assegura a utilização de fitoterapia pela rede 
pública de saúde, visando à manutenção, a promoção e prevenção da saúde e 
contribuindo para o fortalecimento dos princípios do SUS. O programa preconiza o 
apoio às pesquisas que visem ao aproveitamento de estudo referente ao poder 
terapêutico da flora e fauna nacional destacando a certificação de suas propriedades 
medicamentosas. O objetivo é garantir o acesso e o uso racional das plantas medicinais 
e dos fitoterápicos com segurança e eficácia. 
 
 
A Farmacopeia Brasileira é o Código Oficial Farmacêutico seguido no Brasil. 
Tem como função principal estabelecer os requisitos mínimos de qualidade de 
medicamentos e outras formas farmacêuticas para uso em saúde. Esta entidade 
pertence à ANVISA. A primeira edição da Farmacopeia Brasileira data de 1929. Em 
dezembro de 2010 foi lançada a quinta edição. 
 
12 
 
A Farmacopeia Brasileira não estabelece a concentração do extrato seco em 
relação à droga vegetal, ficando a critério do produtor. 
 
Nutricionista e a Fitoterapia 
 É o profissional capacitado para atuar na segurança alimentar da 
população visando recuperação da saúde, prevenção de doenças e melhoria na 
qualidade de vida. 
 
 De acordo com o CFN a lei número 8234 de 1991, foi regulamentada 
como profissional da saúde, onde designou que este possa fazer parte das equipes 
multidisciplinares em entidades públicas ou privadas coordenando, supervisionando 
programa direta ou indiretamente relacionado com alimentação e nutrição. 
 
 As atribuições estabelecidas de responsabilidade do nutricionista 
foram descritas em dezembro de 2005 com a Resolução 38, onde instituiu a definição 
das áreas de atuação onde estabelece parâmetros numéricos de referências, e dá 
outras providências. 
 
 O profissional tem a partir de suas obrigações, competências, 
reponsabilidades e habilidades, zelar pela preservação, promoção e recuperação da 
saúde do individuo. 
 
 A atuação vem se aprimorando e modificando ao longo dos últimos 
anos. 
 
 O campo de atuação do nutricionista em fitoterapia tornou-se uma 
grande procura e valorização entre os profissionais, porém para focar como um objeto 
de trabalho, implica em vários aspectos para o desempenho profissional (graduação e 
atividade profissional). 
 
 A prescrição de medicamentos fitoterápicos por nutricionista está em 
evidência, mas ainda está em fase de desenvolvimento, pois muitos profissionais por 
falta de conhecimento deixam de prescrever a fim de mais informação, para incluir na 
sua prescrição dietética. 
 
 
 
13 
 
 
Os nutricionistas tiveram a regulamentação da prescrição fitoterápica, cujo texto não 
especifica qualquer tipo de especialização como condição para esta prática, limitando-
se a recomendar “devida capacitação” para os que optarem pela utilização dos 
produtos que são objeto da resolução. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Resolução CFN 525/2013, que revogou a anteriormente vigente e estabeleceu novas 
regras para a prática da fitoterapia pelo nutricionista. 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 A implantação na Resolução n° 556/2015 já atualizada sobre a 
prescrição do uso de fitoterápicos peloo nutricionista, regulamentam a prescrição de 
plantas medicinais e chás medicinais, produtos tradicionais fitoterápicos, 
preparações magistrais de fitoterápicos e medicamentos fitoterápicos como 
complementação da prescrição dietética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 Para o profissional inserir a fitoterapia na prescrição dietética, o 
nutricionista deve consultar a legislação vigente da ANVISA RDC n° 14/2010, que 
existem certos fitoterápicos que só podem ser prescritos por um médico. O 
nutricionista pode prescrever aquela cuja sua forma farmacêutica for de uso oral, ou 
seja, decocção, tintura, alcoolatura e extrato. Ressalta-se também que no ato da sua 
prescrição deve obter a sua nomenclatura botânica, nome popular, parte utilizada, 
forma farmacêutica, modo de preparo, tempo de utilização, frequência de uso e 
horário a ser administrado. 
 
 A partir de maio 2018 (e não mais 2016), o nutricionista deverá obter 
o título de especialista em nutrição em fitoterapia, a ser emitido pela ASBRAN, para 
a prescrição de medicamentos fitoterápicos, produtos tradicionais fitoterápicos e 
preparações fitoterápicas magistrais. Isso incluirá a prova durante o CONBRAN. Até 
lá, a prescrição está permitida a qualquer profissional. Aos que estão cursando 
alguma pós-graduação em fitoterapia antes de 14/05/15, ou que já concluíram até 
esta data, a emissão do título será feita automaticamente, mediante avaliação do 
projeto pedagógico do curso, conforme critérios estabelecidos na RE 556/2015. 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Definindo Termos 
 
 PLANTA MEDICINAL - Espécie vegetal em seu estado natural, utilizada com 
propósitos terapêuticos. Pode ser prescrita por nutricionista na forma de 
infusão, decocção e maceração. 
 
 DROGA VEGETAL- Produto obtido de planta medicinal ou suas partes, após 
processo de coleta, estabilização e/ou secagem, podendo ser íntegra, rasurada, 
triturada ou pulverizada, e que contenha substâncias ou classes de substâncias 
responsáveis pela ação terapêutica. Quando utilizada na forma de preparo de 
infusões, decocções e macerações é considerada droga vegetal e pode ser 
prescrita por nutricionista e quando nas formas de tintura, extrato, óleo e 
encapsulados são classificadas como fitoterápicos ou insumos farmacêuticos e 
a sua prescrição é restrita a médicos ou nutricionistas com especialização 
comprovada na área, conforme o caso. (Sementes de guaraná; Folhas de boldo; 
Frutos de erva-doce). 
 
 DERIVADO DE DROGA VEGETAL: produtos de extração da matéria-prima 
vegetal: extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros. É caracterizado 
pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. 
 
 FITOTERÁPICOS - Produto obtido a partir da industrialização de planta 
medicinal ou de seus derivados, exceto substâncias isoladas, com finalidade 
profilática, curativa ou paliativa. Pode ser prescrito somente por nutricionistas 
com especialização comprovada na área. Fitoterápicos não tem efeitos apenas 
imediatos, podendo ter efeitos em longo prazo e assintomáticos. 
 
 MEDICAMENTO FITOTERAPICO: Medicamento obtido e elaborado 
exclusivamente com matérias primas vegetais. 
 
 FITOFÁRMACO: Medicamento de origem vegetal com estrutura química 
definida e isolada. Ex. Silimarina do Cardo Mariano, Curcumina da Cúrcuma 
Longa. 
 
 FITOCOMPLEXO: Diversidade de substâncias químicas presentes em várias 
partes da planta, que juntas exercem ação farmacológica. 
 
 
 
21 
 
 FITOQUÍMICOS: Substâncias não nutritivas que interferem no metabolismo 
secundário das plantas. São corantes, aromáticas, reguladoras de crescimento 
ou protetoras naturais da planta - Compostos bioativos produzidos nas plantas. 
 
 PRINCÍPIO ATIVO: É o que confere a atividade terapêutica da planta e qualquer 
forma farmacêutica e mesmo nos alimentos funcionais. Grupo químico 
presente na droga vegetal responsável por seus efeitos terapêuticos 
previamente constatados. Chá Preto (Theaflavinas), Chá Verde (Catequinas). 
 
 Adstringentes: cicatrizantes, anti-inflamatórias; 
 Antipiréticas: combatem a febre; 
 Antirreumáticas: diminuem o ácido úrico, gota e reumatismo; 
 Antissépticas: combatem infecções; 
 Antidiarreicas: combatem a diarreia; 
 Calmantes: calmantes do SNC; 
 Carminativas: diminuem a flatulência; 
 Colagogas: hepato protetoras; 
 Depurativas: desintoxicantes; 
 Digestivas: favorecem digestão; 
 Diuréticas: estimulam excreção urinária; 
 Emagogas: regularizam a menstruação; 
 Eméticas: estimulam o vômito; 
 Estimulantes: aumentam a energia, tonifica e normaliza as funções orgânicas; 
 Expectorantes: eliminam catarro nas vias respiratórias; 
 Hemostáticas: combatem hemorragias; 
 Laxativas: aceleram trânsito intestinal; 
 Orexígenas: estimulam o apetite; 
 Vermífugas: combatem parasitas intestinais. 
 
 
 
 
22 
 
Categorias Terapêuticas dos Fitoterápicos 
 
 Categoria 1 - Indicações para os quais os fitoterápicos são a opção terapêutica 
de 1ª escolha e não existem medicamentos sintéticos, como por exemplo, 
hepatites tóxicas, coração senil e adenoma de próstata. 
 
 Categoria 2 - Indicações para os quais os medicamentos sintéticos podem ser 
substituídos por fitoterápicos como, estados de ansiedade/depressão leve a 
moderada, dispepsias, infecções urinárias inespecíficas. 
 
 Categoria 3 - Indicações para os quais os fitoterápicos podem ser usados como 
coadjuvantes para uma terapia básica como, doenças hepáticas e respiratórias. 
 
 Categoria 4 - Indicações para os quais os fitoterápicos não são adequados ou 
pode se caracterizar erro médico, por ter evitado ou retardado uma terapia 
racional com remédios sintéticos, como psicoses, demências, estados 
depressivos graves, gravidez com complicações, eclampsia. 
Toxicidade de Fitoterápicos 
 
Falsa crença: por serem obtidos da natureza são isentos de reações adversas, atóxicos. 
 
Uso inadequado: intoxicações agudas, danos irreversíveis e até mesmo óbito. 
 
Brasil: 1,5 % dos casos de intoxicação em geral são causados por plantas. 
 
Interação de Fitoterápicos 
Os fitoterápicos são medicamentos alopáticos, possuindo compostos químicos 
que podem interagir com outros medicamentos. As plantas medicinais também 
possuem compostos químicos ativos que podem promover este tipo de interação. 
 
Deve-se ter cuidado ao associar medicamentos, ou medicamentos com plantas 
medicinais, o que pode promover a diminuição dos efeitos ou provocar reações 
indesejadas. 
 
EX: 
 Ginkgo biloba x Omeprazol 
 Eucalipto x Drogas que atuam no SNC 
 Guaco x Antibióticos 
 Guaraná x Analgésico 
 
23 
 
 Sene x Cardiotônicos 
 Ginseng x Estrógenos 
 Alcachofra x Diuréticos 
 Boldo x Anticoagulantes 
 Saw palmetto x Hormônios 
 
FARMACOCINÉTICA: Refere-se ao processamento dos fármacos no organismo, 
incluindo a sua absorção, distribuição, metabolização e eliminação. Uma vez 
estabelecida à farmacocinética de um fármaco, são elaborados os esquemas de 
posologia. ABSORÇÃO – DISTRIBUIÇÃO – METABOLISMO – ELIMINAÇÃO. 
 
FARMACODINÂMICA: É o campo da farmacologia e medicina, que estuda os efeitos 
fisiológicos dos fármacos nos organismos vivos, seus mecanismos de ação e a relação 
entre concentração do fármaco e efeitos desejados e indesejados. 
 
Horário de administração 
 Desjejum: vermífugos, diuréticos, depurativos, estimulantes e tônicos. 
 Ao deitar: calmantes e laxativos. 
 Antes das refeições: antiácidos, enzimáticos e carminativos. 
 Após as refeições: digestivos, anti-inflamatórios, coleréticos e colagogos. 
Indicações deuso 
 
 Crianças abaixo de 6meses: Não é recomendado uso de plantas medicinais. 
 Crianças até 20kg (cerca de 6 anos): Prescrição exclusiva médica. 
 Crianças de 20 a 30kg (de 6 a 10 anos): Recomenda-se meia dose de adulto por 
dia, em termo de dose média. 
 Adolescentes: Recomenda-se até dois terços da dose adulta por dia, como dose 
recomendável. 
 GESTANTES: Cuidado no uso de fito! 
 
NÃO UTILIZAR: 
 Alcaçuz 
 Canela 
 Salsa 
 Boldo 
 Alcachofra 
 Capim santo ou capim limão 
 Sene 
 
24 
 
SEGURO UTILIZAR: 
 Castanha-da-Índia 
 Alho 
 Chá verde 
 Camomila alemã 
 Limão 
 Cúrcuma 
 Eucalipto 
 Gengibre 
 Hortelã 
 Plantago ovata 
 Cranberry 
 
Avaliação Nutricional 
Além de conhecer a planta/fito é importante conhecer o paciente! 
 
 Anamnese completa; 
 Exames bioquímicos sempre que necessário; 
 Avaliação clínica; 
 Avaliação dietética. 
Passo a Passo da prescrição segura 
1) Identificar a nomenclatura botânica correta, qual a parte da planta deve ser 
utilizada e suas ações terapêuticas. 
 
2) Saber qual a melhor forma farmacêutica, a dose, os horários e o tempo de 
utilização. 
 
3) Avaliar toxicidade, reações adversas, contraindicações e interações 
medicamentosas. 
 
4) Orientar o paciente que os produtos devem seguir os critérios de qualidade, com 
rotulagem adequada, padronização e registro pela Anvisa, evitando assim presença de 
contaminantes e adulterações por medicamentos sintéticos. 
 
*Monitorar possíveis efeitos colaterais e solicitar periodicamente exames bioquímicos 
para evitar toxicidade hepática e renal. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Bases farmacêuticas 
Por que existem diferentes formas? 
 
 Possibilidade de administração de doses exatas das drogas; 
 Proteção contra a influência do suco gástrico, do oxigênio e umidade; 
 Mascarar sabor e odor desagradável; 
 Proporcionar ação adequada da droga através da terapêutica inalatória; 
 Facilitar a colocação de drogas na intimidade dos tecidos do corpo (injeções); 
 Fornecer ação prolongada ou continuada da droga, através de uma fórmula de 
liberação prolongada. 
Exemplos de bases para a prescrição do nutricionista: 
 
 Extrato seco 
 Tintura 
 Spray 
 Comprimidos 
 Sachês 
 Shakes 
 Gomas 
 Chás 
 Xaropes 
 
 
Para a prescrição deve-se considerar: 
 
 Disponibilidade no mercado 
 Modo de preparo 
 Propriedades físicas 
 Concentração de princípios ativos 
 Características organolépticas 
 Aspecto 
 Propriedades farmacológicas 
 Finalidade 
 
 
 
 
 
26 
 
Chás 
 
O uso mais simples e comum, pela facilidade e segurança, onde as plantas secas 
ou frescas têm seus princípios extraídos em água fria ou quente. 
 
Quando os componentes já estão dissolvidos na forma líquida, ficam mais 
biodisponíveis para sua ação. 
 
 
 
 
INFUSÃO: Preparação extrativa que resulta do contato da planta com água fervente. 
Indicados para folhas, flores e plantas frágeis. No preparo, recomenda-se água filtrada 
e recipientes de vidro ou porcelana, já que as panelas de alumínio, ferro e estanho 
liberam substâncias que alteram o princípio ativo da erva. 
 
 
 
 
 
 
DECOÇÃO: Processo de cozimento das plantas medicinais que são colocadas num 
recipiente adequado (não metálico). 
Ervas em fogo brando por 15 a 20 minutos sem levantar fervura. 
2 minutos = flores e folha; 7 minutos= raízes e caule; 10 minutos = planta toda. 
 A extração por decocção permite um melhor aproveitamento dos compostos 
bioativos das plantas. Pode ser guardado na geladeira por 24 a 48 horas. 
Desvantagem: gosto forte e mais amargo prejudicando a palatabilidade - maior 
concentração de substâncias. 
 
 
 
27 
 
 
 
MACERAÇÃO: É uma preparação líquida que requer longa imersão. Preparação 
extrativa realizada a frio, que consiste em colocar a parte da planta dentro de um 
recipiente contendo água. Ao fim do tempo previsto, filtra-se o líquido. Método que 
preserva sais e vitaminas das plantas. Esse método é indicado para drogas vegetais que 
possuam substâncias que se degradam com o aquecimento. Deixe as ervas de molho 
na água fria por 12 horas, no caso de flores, folhas ou sementes. Espere 24 horas se 
forem usados talos, cascas e raízes (para qualquer parte da planta). 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
RDC Nº 10, 9 DE MARÇO DE 2010 
• Norma dos ‘chás ’medicinais; 
• Drogas vegetais notificáveis; 
• 70 espécies com monografia completa; 
• Indicações, doses, restrições; 
• Exemplos: capim limão, erva baleeira, chapéu de couro, mulungú, pitangueira, 
alcaçuz, hamamélis, anis estrelado, chambá, cidreira brasileira, poejo, melão de 
S.Caetano, quebra pedra, tanchagem, boldo brasileira, erva de bicho, goiabeira, 
alecrim, sálvia, sabugueiro, jurubeba, dente de leão, boldo baiano, gengibre. 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Exemplo de prescrição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clínica XXXXXX 
Paciente: YYYYY 
Data: 00/00/00 
Uso: interno/via oral 
Chá Infusão 
 
Planta (nome científico): X dose (em gramas ou unidade caseira) 
X quantidade de água pré-fervente para cada dose (em ml) 
Modo de preparo: para infusão, aqueça a água a uma 
temperatura que não haja fervura, ou seja, quando pequenas 
bolhas começam a se formar no fundo da panela (preferência 
vidro). Coloque a água na xícara (preferência cerâmica branca ou 
vidro) com a dose da planta. Deixe tampada por X min, coe e 
beba imediatamente. 
Posologia: X xícaras , X vezes ao dia, por X dias. 
Assinatura 
Carimbo com o CRN 
Clínica XXXXXX 
Paciente: YYYYY 
Data:00/00/00 
Uso: interno/via oral 
Chá Decocção 
 
Planta (nome científico): X dose (em gramas ou unidade caseira 
como colher) 
X quantidade de água pré-fervura para cada dose (em ml) 
Modo de preparo: para decocção, leve a água e a planta ao fogo, 
e deixe cozinhar em panela de vidro tampada por X min. Coe e 
beba quando morno. 
Posologia: X xícaras utilizar, X vezes ao dia, por X dias. 
Assinatura 
Carimbo com o CRN 
 
31 
 
Pós 
 
Os pós devem ser empregados na obtenção de extratos ou algumas vezes 
podem ser usados como tal. Droga vegetal seca e moída. Encapsulada ou não. 
Efervescentes ou shakes. 
Definições 
SACHES: Forma farmacêutica destinada à administração em doses individuais. 
Permite utilização de doses elevadas de ativos. O sachê deve ser revestido por filme de 
alumínio. 
EXTRATO: Preparações fluidas, semilíquidas ou sólidas resultantes da 
evaporação de uma solução obtida através do tratamento de uma substância vegetal 
por um solvente apropriado (água, éter, álcool). 
EXTRATO SECO: A preparação sólida obtida por evaporação do solvente 
utilizado na sua preparação. Apresenta, no mínimo, 95% de resíduo seco. Extrato seco 
de gengibre: dispepsias em geral. 
EXTRATO PADRONIZADO: O teor de um ou mais constituintes é ajustado a 
valores previamente definidos. 
EXTRATO FLUIDO: É a preparação líquida obtida de drogas vegetais por 
extração com líquido apropriado ou por dissolução do extrato seco correspondente. 
Extrato fluido de camomila: dispepsias. 
Exemplo de prescrição 
 
 
 
 
Clínica XXXXXX 
Paciente: YYYYY Data: 00/00/00 
Uso: interno/via oral 
Formulação fitoterápica 
 
Planta 1 (nome científico) forma (pó ou extrato 
seco/padronizado)--- X dose (mg) 
Planta 2 (nome científico) forma (pó ou extrato 
seco/padronizado)--- X dose (mg) 
Posologia: tomar X dose , X vezes ao dia, por X dias. 
Assinatura 
Carimbocom o CRN 
 
32 
 
Cápsulas 
 
CÁPSULAS GASTRORRESISTENTES: O revestimento gastrorresistente é uma 
técnica utilizada na preparação de formulações que resistam à ação do suco gástrico, 
devendo desagregar-se rapidamente no suco intestinal. 
CÁPSULAS DURAS E MOLES: Ex - Óleo de cartamo, coco, ômega 3 e linhaça. 
CÁPSULAS DURAS: Tamanho 
 
 
 
 
 
33 
 
Cápsulas ou Doses? 
DOSE: Quantidade de medicamento necessário para promover a resposta 
terapêutica. 
DOSAGEM: Dose, frequência e duração do tratamento. 
Sempre descrever como DOSE e não como cápsula. 
1 DOSE muitas vezes não equivale a 1 CÁPSULA já que muitas vezes a 
composição do suplemento + excipientes excede a capacidade de 1 cápsula. Quando a 
dose excede 1 cápsula obrigatoriamente deverá ser informado na embalagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Gomas mastigáveis 
Formas farmacêuticas preparadas à base de gelatina e glicerina, sendo 
utilizadas para administração de medicações para absorção gastrintestinal e de uso 
sistêmico. 
 Contém edulcorantes, corantes, flavorizantes, conservantes e usualmente ácido 
cítrico; 
 Mascaram o sabor de fármacos amargos; 
 Sabor levemente ácido; 
 Não irritantes para mucosa oral; 
 Consistência macia e agradável ao mastigar. 
 
Existem três tipos: Duras, mastigáveis gomosas e chocolates. 
Permitem a adição de 2 a 3g de fármaco. 
Deve-se colocar o tipo de adoçante, aromatizante e corante. 
Principal ingrediente: colágeno hidrolisado / gelatina (usado como base). Que 
quando ingerido, transforma-se em um gel que se expande no estômago reduzindo, o 
apetite e produzindo um efeito sacietogênico. Dependendo da farmácia, pode possuir 
de 1 a 2g de colágeno e até 1g de gelatina. 
Aroma de frutas: morango, framboesa, laranja, tutti-fruti e menta. 
CUIDADO: excesso de corantes e conservantes. 
É possível misturar de 2-3 fitoterápicos. 
Exemplo de prescrição 
 
 
 
 
 
Clínica XXXXXX 
Paciente: YYYYY Data: 00/00/00 
Uso: interno/via oral 
Formulação - Auxiliar na perda de peso 
 
Garcinia cambogia (ext. seco) .........250 mg 
Goma base qsp ................................ 1 goma (goma de 10g) 
Aviar: 60 gomas 
 
Posologia: 1 goma 2x/dia, trinta minutos antes das principais refeições. 
Assinatura e Carimbo com o CRN 
 
35 
 
Chocolates 
Pesam 5 a 10g e podem comportar até 2g de compostos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tinturas 
É a preparação alcoólica ou hidro alcoólica resultante da extração (maceração ou 
percolação) de drogas vegetais ou da diluição dos respectivos extratos. 
Podem ser: simples (extração de uma única espécie) ou composta (extração de 
duas ou mais espécies). 
As tinturas devem ser administradas diluídas em água, em função do alto teor 
alcoólico e sabor forte das plantas. 
 1 ml em torno de 20/ 22 gotas. 
INDICAÇÃO: pacientes com dificuldade para ingestão de cápsulas. 
VANTAGENS: redução da quantidade de material ingerido para atingir a mesma ação 
medicinal, além da alta biodisponibilidade. 
DESVANTAGENS: alto teor alcoólico e eventuais incompatibilidades físico-químicas 
entre algumas plantas. 
Clínica XXXXXX 
Paciente: YYYYY 
Data: 00/00/00 
 
Uso: interno/via oral 
 
Formulação - Chocolate para Compulsão 
Phaseolus vulgaris........ 250mg 
Cassia nomame............. 250mg 
Chocolate base qsp....... 1un 
 
Aviar: 30 unidades. 
 
Posologia: Ingerir 1 tablete imediatamente após as refeições. 
Assinatura 
Carimbo com o CRN 
 
36 
 
 
Outras bases farmacêuticas 
 Xaropes 
 Vinhos medicinais 
 Licor 
 Azeites 
 Óleos essenciais 
 Suco 
 Spray 
 
Exemplo de prescrição 
 
 
Clínica XXXXXX 
Paciente: YYYYY 
Data:00/00/00 
Uso: interno/via oral 
Formulação – Spray para Compulsão por doces 
 
Gymnema sylvestre .......................100mg 
Garcinia cambogia..........................100mg 
Spray oral qsp .................................1ml (10 jatos) 
 
Aviar em 60ml 
 
Modo de usar: Borrifar 10 jatos, às 10 horas e às 15 horas. 
Assinatura 
Carimbo com o CRN 
 
37 
 
QSP = Quantidade Suficiente Para... 
Mais empregado na formulação de cápsulas, mas também utilizada para sachês. 
A cápsula nunca fica vazia, para evitar que se rompa e para acertar a quantidade de 
manipulado, para o volume de cada cápsula são adicionadas substâncias que fazem 
esse preenchimento. 
O mais utilizado é uma mistura de amido (30%) com lactose (70%) ou caulin. O menos 
danoso é a celulose. 
Fitoterápicos mais prescritos por nutricionistas 
 Estratégia complementar à prescrição dietética; 
 Exclusivamente por via oral; 
 Isento de prescrição médica; 
 Com indicações relacionadas à área de atuação do nutricionista; 
 Não associado com suplementos ou outras substâncias isoladas; 
 Fundamentadas em evidências científicas de eficácia e segurança ou por 
tradicionalidade de uso comprovada; 
 Financeiramente viável ao paciente. 
 
 Camellia 
sinensis 
Passiflora 
Melissa 
officinalis 
Cordia 
ecalyculata 
Hibiscus 
sabdariffa 
Panax 
quinquefolius 
Zingiber 
officinale 
Gymnema 
sylvestre 
Matricaria 
recutita 
Pimpinella 
anisum 
Garcínia 
cambogia 
 
38 
 
Síndrome Metabólica 
É um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco 
cardiovascular, usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência 
à insulina, observado não só em países desenvolvidos, mas também em países 
subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Do ponto de vista epidemiológico, esta 
síndrome é responsável por um aumento em cerca de 1,5x a mortalidade geral e em 
2,5x a mortalidade por causas cardiovasculares. O excesso de peso é o principal fator 
de risco para o desenvolvimento da Síndrome Metabólica. 
 
Composição do Plano alimentar recomendado para a Síndrome Metabólica 
 
 
 
39 
 
Quais fitoterápicos utilizar? 
 
 
 
 
 
Feijão 
(Phaseolus 
vulgaris) 
Cordia 
(Cordia 
ecalyculata) 
Folha de 
Oliveira (Olea 
europaea L) 
Chá preto 
(Camellia 
sinensis (L.) 
Kuntze) 
ALHO 
(Allium 
savatium) 
Hibisco 
(Hibiscus 
sabdariffa) 
Laranja amarga 
(Citrus 
aurantium) 
Gengibre 
 (Zingiber 
officinale) 
Gymnema 
(Gymnema 
sylvestre) 
Griffonia 
(Griffonia 
simplicifolia)) 
 Dente de leão 
(Taraxacum 
officinale) 
Açafrão 
 (Curcuma 
longa) 
Chá verde 
 (Camellia 
sinensis) 
Uva (Vitis 
vinifera) 
Cranberry 
(Vaccinium 
macrocarpon) 
Pholia negra 
(Ilex 
paraguariensis) 
 
40 
 
 MIRTILO (Myrtilus niger) 
Utilizado pelo Homem desde o século XVI, principalmente devido às suas 
propriedades antioxidantes e antibacterianas. Alimento com grande teor de 
antioxidantes, rico em fibra, vitaminas A, B e C e sais minerais (Mg, Ca, P, Fe, Z, Se, 
Mn). 
 Taninos e flavonoides: diminuem a permeabilidade vascular e edema tecidual-
favorecem o fluxo sanguíneo microvascular-poderosa ação antioxidante, aceleram a 
regeneração de rodopsina na retina - Leve efeito hipoglicemiante. 
• Partes utilizada: fruto e folhas. 
• Indicação de uso: Alimento. 
– Fruto seco: 20 a 60g/ dia. 
– Extrato: 150-300mg/ dia por 8 semanas se mostrou positivo nas DCV. 
– Extrato seco padronizado: 60 a 480 mg/ dia (25% de antocianosídeos) 
• Gravidez: estudo não controlado, com extrato de 80 ou 160mg de 2-3x/dia, por 
3 meses em gestantes com insuficiência venosa no MII não mostrou efeitosadversos. 
 
 CHLORELLA (Chlorella pyrenoidosa) 
Tem fácil digestibilidade e alta absorção. Princípios ativos: vitaminas e minerais 
(cálcio e ferro). Ação: antioxidante, hipoglicemiante, anti-inflamatória, 
imunoestimulante, hipotensora, destoxificante. 
• É uma alga de extrema importância pelo fato de ser fonte de diversos 
nutrientes. 
• Dose usual: 250 a 1000mg/dia ou de 2 a 4 doses de 300mg, 3x ao dia antes das 
refeições. 
• Parte utilizada: toda alga. 
• Não há relatos na literatura de toxicidade ou interações medicamentosas. 
• Efeitos colaterais: sobrecarga de PTN. Em indivíduos hipersensíveis poderá 
causar leve diarreia e erupções. Não havendo necessidade de suspender seu 
uso, pois após algum tempo se normaliza. 
 
41 
 
• Indicações: obesidade, carência alimentar, distúrbios digestivos e 
cardiovasculares, altas taxas de colesterol e triglicerídeos. 
• Contraindicação: em quadros de IR e pacientes com ácido úrico deve-se ter 
cautela. 
 
 CHÁ VERDE (Camellia sinensis) 
Antioxidante (bioflavonoides e catequinas), rico em cafeína, aumento TMB em 
4 a 5 % (ação termogênica), ação diurética. Em excesso pode ser hepatotóxico. 
Caso de hepatite tóxica, após consumo de 4 a 6 xícaras por dia durante seis meses. 
Digestivo, estimula o SNC. Formas de preparo: infusão, extrato padronizado, 
tinturas. Restrições: Não ingerir junto a outras bebidas ricas em cafeína. 
• Forma de utilização: até 1g/dia. 
• Infusão: 2 a 3 colheres de sopa. Recomenda-se 1L/dia. 
• Extrato fluído: 25-50 gotas, 3x/dia. 
• Tintura: 50-100 gotas, 1 a 3x/dia. 
• Extrato seco: 50-100mg/dia (manhã). 
• Pó: 0,8 a 1,6g/dia. 
• Efeitos colaterais: Nervosismo, insônia, taquicardia, náuseas, vômitos. Em 
excesso pode reduzir a absorção de ferro e causar constipação. 
• Contra indicação: Pacientes com gastrite, úlceras gastroduodenais, ansiedade, 
insônia e taquicardia, gestantes, hipertensos, hipotireoidismo não controlado. 
 
 ESPINHEIRO BRANCO (Crataegus laevigata) 
Aumento do fluxo sanguíneo coronariano e da irrigação do miocárdio; Melhora 
da contratilidade dom músculo cardíaco; Regulação do ritmo cardíaco em 
determinadas formas de instabilidade elétrica cardíaca; Aumenta da tolerância do 
miocárdio em relação à hipóxia; Elevação do débito cardíaco, redução da 
resistência vascular periférica, aumento do desempenho do músculo cardíaco. 
 
 
42 
 
• Reúne uma série de propriedades que favorecem a saúde cardiovascular. 
• Regula a tensão arterial, trata a ansiedade e a depressão e controla as 
arritmias. 
• Parte utilizada: flores e folhas. 
• Infusão: 1 g de flores para 150 ml (ou 4 g para 600 ml) de água, 2 a 3 vezes por 
dia. 
 
 PSYLLIUM (Plantago Ovata) 
• Fonte de fibras solúveis e insolúveis. 
• Considerado seguro em crianças, gestantes e lactantes. 
• Uso como fitoterápico aprovado no Brasil, para constipação e síndrome do cólon 
irritável. 
• Dose máxima investigada: 20 g/dia, durante 6 meses (pó). 
 
• PLANTAGO OVATA E DISLIPIDEMIAS = Dose: 10 a 12 g/dia - Pode reduzir relação 
LDL:HDL após 6 meses de uso. 
• PLANTAGO OVATA E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA = Dose: 3,5 g, 3x/dia - 
Resultados mostram tendência à redução da PAS em 5,5 mmHg e da PAD em 2,4 
mmHg, com 6 meses de tratamento. 
 
43 
 
 
 ACÁCIA-BRANCA (Moringa oleífera) 
Superalimento = Árvore da vida! Contêm mais de 92 nutrientes e 46 tipos 
de antioxidantes, além de 36 substâncias anti-inflamatórias e 18 aminoácidos, inclusive 
os 9 aminoácidos essenciais que não são fabricados pelo corpo humano. As folhas 
frescas contêm nutrientes na seguinte proporção: 
Vitaminas, minerais, betacaroteno, antioxidantes, anti-inflamatórios, ômega 3 e 6. 
100g da acácia-branca tem 9x+ proteína = iogurte / 10x + caroteno = cenoura/ 12x + 
vitamina C = laranja/ 17x + cálcio = leite / 15x + potássio = banana / 25x + ferro = 
espinafre 
 30-200mg de pó/dia. 
 
 UVA (Vitis vinifera) 
Um grande número de estudos mostram os efeitos desta fruta e de suas formas de 
consumo no que diz respeito a bloquear eventos celulares que predispõe a 
arteriosclerose e doenças do coração. -cardioprotetor- Inibição da agregação 
plaquetária -Atividade anti-inflamatória -Antioxidante = prevenção da oxidação de LDL 
– colesterol. 
 Dose de 142mg, 3x ao dia. 
Obesidade 
 Distúrbio metabólico mais antigo já descrito. 
 Doença crônica não transmissível. 
 Caracterizada pelo acúmulo de gordura, seja localizada ou generalizada. 
 O aumento da prevalência de excesso de peso pode ser visto em vários países e 
atinge todos os indivíduos. 
 
 
 
 
44 
 
 
Fitoterápicos para obesidade 
 REDUTORES DE ABSORÇÃO: Extratos ricos em fibras alimentares e outras 
substâncias não absorvidas, que absorvem água e lipídeos, ou ainda que inibem 
enzimas digestivas. Impede a digestão dos alimentos, que são eliminados nas 
fezes reduzindo a quantidade de calorias que chega ao metabolismo oxidativo. 
Ex.: Pslyum, Goma Guar, Feijão Branco. 
 POLIVALENTES: Extratos que auxiliam na perda de peso, mas seus mecanismos 
de ação são múltiplos e nenhum deles é predominante, ou ainda os 
mecanismos não estão claramente estabelecidos, e a indicação se baseia mais 
na experiência clínica. Ex.: carqueja, hibiscus. 
 REDUTORES DE ANSIEDADE: Alguns pacientes usam a alimentação como via de 
compensação para ansiedade e depressão. Em geral são pessoas que 
“beliscam” – comem pequenos bocados ao longo do dia. Diferente daqueles 
que tem excesso de apetite, esses pacientes respondem a fitoterápicos que 
reduzem a ansiedade e melhoram o humor. Griffonia: 50-150 mg/dia = 
associação ou em monoterapia + passiflora/ mulungu. Possíveis efeitos: 
náuseas e diarreia. 
 
45 
 
 TERMOGÊNICOS: Termogênese é a produção fisiológica de calor no organismo 
humano, consequente ao metabolismo glicolítico. O calor é necessário para 
manter a temperatura corporal, a sua produção gasta em energia. Alguns 
fitoterápicos aumentam a taxa de metabolismo basal, a termogênese, e com 
isso, o consumo calórico diário. Indicação: pessoas com frio, sem taquicardia e 
insônia. Chá verde: cafeína + polifenois - Erva mate: cafeína + polifenois - 
Citrus: sinefrina - Pimentão: capsaicina - Crocus: 0,3 % de safranol. 
 LIPOLÍTICOS: Extratos vegetais que atuam diretamente nos adipócitos (células 
de gordura) induzindo a lipólise através da oxidação preferencial de AG como 
fonte de energia para o organismos. Com isso o tecido adiposo reduz sua 
capacidade de estocar gordura. Framboesa (Raspberry): 100 a 220 mg/dia. 
Diurético, sem efeito adverso. Kumbú (alga): 200-600 mg/dia= Sem efeito 
colateral e efeito em 1-2 meses de uso. Manga Africana: 500-1500mg/dia. 
Diminui LIP. Efeitos: cefaleia e insônia. 
Fitoterápicos Anti-inflamatórios 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA DO TECIDO ADIPOSO. 
CONSEQUÊNCIAS DA INFLAMAÇÃO: Disfunção endotelial, Mobilização de gorduras, 
Hiperglicemia, Resistência Insulínica, Estresse Oxidativo. 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
Associação de fitoterápicos 
 Obesidade é um desafio para a terapêutica. É necessário buscar abordagens 
mais eficientes possíveis. 
 A associação potencializa o efeito dos fito extratos, possibilitando resultados 
mais eficientes. 
 Associando fito extratos é possível reduzir a dosagem, evitando efeitos 
adversos. 
 Associação de fito extratos é uma tendência em franca ascensão na literatura 
médica atual. 
Fitoterápicos para obesidade 
 
 
Ansiolíticos e antidepressivos: 
Passiflora incarnata, Valeriana officinalis, Hypericum perforatum, Griffonia 
simplicifolia, Rhodiola rosea. 
Diuréticos: 
Cordia sp, Equisetum arvense,Hibiscus sabdariffa. 
Laxativos: 
Sene, Rhamnus purshiana. 
 
47 
 
 GLUCOMANNAN (Amorphophallus konjac) 
Sua capacidade de absorção de água e formação de uma massa gelificada compacta, 
no nível do trato gastrointestinal, proporciona uma plenitude gástrica reconhecida 
pelo hipotálamo. Age como fibra na alimentação, aumenta a viscosidade dos 
alimentos em contato com líquidos gástricos. 
Tratamento de sobrepeso e obesidade, hiperlipidemia, hiperglicemia e coadjuvante no 
tratamento de diarreia. Contraindicada em casos de estenose esofágica ou pilórica. 
Deve ser ingerido em horários diferentes de suplementos ou medicamentos. 
• Ação: aumenta o volume em contato com água e fibras preenchem o 
estômago, fazendo com que aumente a sensação de plenitude gástrica. 
• Posologia: 
• Até 2g ao dia (pó), divididos em doses, 1 ou 2 horas antes das principais 
refeições. A ingestão deve ser feita com 2 copos de água. 
• Pó de 2 a 3 doses de 500mg com 1 copo (200ml) de água, 30min antes 
das principais refeições (até 4x/dia). 
 LARANJA AMARGA (Citrus aurantium) 
• Parte utilizada: Flores, cascas e folhas. 
• Indicação: Excesso de peso, aumento de massa muscular. Quadros leves de ansiedade 
e insônia, como calmante suave. 
• Forma de uso: 
• Maceração: 1-2 g (1-2 col. chá) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar 1 a 2 xíc. chá, 
antes de dormir. Deixar em maceração por 3 a 4 horas. 
• Máximo de 1600mg/dia, em 5 doses de 320mg ao longo do dia. Uma dose 
30min antes das refeições. Em caso de insônia, 2 doses pela manhã (antes do 
café da manhã e almoço). 
• Emagrecimento: pó de 1 a 2 doses de 500mg, com 1 copo (200ml) de água, 30 
min das principais refeições (até 4x/dia). 
• Contraindicação: Não deve ser utilizado por pessoas portadoras de distúrbios 
cardíacos, gestantes ou lactantes. Pacientes hipertensos e diabéticos. Pode ocorrer 
reações alérgicas (exposição ao sol). 
• Efeitos colaterais: parecidos com induzidos por anfetaminas (PA elevada, distúrbios 
musculares, insônia, boca seca, palpitação e nervosismo). 
 
48 
 
 
 
 MANGA AFRICANA (Irvingia gabonensis) 
• Promove melhora significativa no peso corpóreo, circunferência de cintura, colesterol 
total, LDL , glicose, proteína C reativa em pacientes obesos. 
• Indicações: restabelecer a sensibilidade da leptina, aumentar a atividade adiponectina, 
inibir a amilase e reduzir a absorção de CHO. 
• Posologia: 150mg, 2x/dia antes das refeições (30 a 60´). Até 1g/dia. 
• Contraindicação: diabéticos e pacientes com uso de hipocolesterolêmicos. 
 
 CASSIOLAMINA (Cassia nomame) 
• Indicações: Tratamento da obesidade. Redução da PA e dos níveis de CT, diminuição 
do ácido úrico e glicemia. Efeito positivo nos casos de apneia de sono. 
• Posologia: 
• Dose inicial recomendada é de 625mg a 1,3g a cada 12h. Tomadas preferencialmente 
durante ou após as refeições, deve ser administrada ingerindo-se 200ml de água. Dose 
máxima de 6g/dia. 
 
49 
 
• Decocção: 2 a 3 col. de sobremesa em ½ litro da água. Tomar 4x/dia por 15 dias. 
Manter refrigerado. 
• Parte utilizada: fruto. 
• Efeitos colaterais: leves, como dores abdominais, empachamento pós-prandial. 
• Contraindicação: pode inibir a absorção de algumas vitaminas lipossolúveis (A, E e D). 
• Cautela em associar com antiarrítmicos, glicosídeos cardiotônicos. 
 
 FEIJÃO BRANCO (PHASEOLUS VULGARIS) 
• Indicações: tratamento e prevenção da obesidade, redução na absorção de CHO, 
controle de glicemia de paciente não dependentes de insulina. 
• Parte utilizada: feijão (semente). 
• Posologia: 250 a 1000mg/dia. Tomar 1 ou 2 doses, 30min antes das refeições. 
• Contraindicação: gestantes e diabéticos insulinodependentes. 
• Efeitos colaterais: diarreia. 
 
 
 
 
 
 
 
 GARCINIA CAMBOGIA (GARCINIA SP) 
• Ação anti-inflamatória, efeito ligeiramente analgésico, espasmolítico, 
hipoglicemiante e diurético. 
• Contraindicação: gestantes, nutrizes e crianças. Úlceras gastrintestinais e 
colites. 
• Posologia: 500mg até 3x/dia, 1h antes das principais refeições. 
Formulação fitoterápica 
Faseolamina ------ 250-500mg 
Cassiolamina ------250-500mg 
 
Manipular em cápsulas 
 
Obs: Pode ser feita em base de chocolate. 
Posologia: tomar 2 doses, antes do almoço e jantar. 
 
50 
 
• Indicação: compulsão por doces, enfermidades reumáticas. 
• Fruto: uremia e fígado. 
• Extrato da casca do fruto: obesidade, inibição do apetite, colesterol e frações. 
• Efeitos colaterais: ligeiro efeito laxante no início do tratamento. A 
superdosagem pode levar a transtornos hepáticos, causar cólica, náusea e 
vômito. 
 GYMNEMA SYLVESTRE (Gymnema sylvestre R. Br.) 
• Aumenta a termogênese, facilitando a perda de peso, diminuindo o apetite, em 
especial a compulsão por doces. Seu efeito dura de 1 às 2h e não afeta 
substancias salgadas, adstringentes e ácidas. 
• Contraindicação: não há dados na literatura. 
• Efeitos colaterais: por ser natural, o extrato pode ser tóxico como os de drogas 
anorexígenas ou hipoglicemiantes. 
• Parte utilizada: folhas. 
• Posologia: 
• Extrato seco (75%): 50 a 100mg /dia, 2x/dia cerca de 30min antes das 
principais refeições. No máximo 400mg/dia, podendo ser associado a outras 
plantas. 
• Infusão: 30 a 60g das folhas por xícara (150ml), 2 a 3x/dia. 
 
 KOUBO (Cactáceae cereus sp.) 
• Substância composta da pitaya, estimula a produção a do hormônio glucagon, 
que ativa produção da glicose que é levada para dentro das células pela 
insulina. 
• Parte utilizada: fruta, caule e raiz. 
• Contraindicação: diabéticos e mulheres com SOP. 
• Efeitos colaterais: dose muito pequena, por isso não 
se tem registro de efeitos colaterais. 
 
51 
 
• Indicação: moderador natural do apetite (principalmente por doces) e redutor 
de medidas. Diurético e antioxidante. Estimula o organismo a utilizar as 
reservas de açúcar e gorduras acumuladas no corpo. 
• Posologia: 200mg 1h antes das principais refeições. 
 
 SLENDESTA (Russet Nugget) 
• Parte utilizada: Extrato da proteína da batata a 5%. 
• Efeitos colaterais: sem efeitos colaterais, sendo extrato 100% 
natural da batata. Benefícios comprovados em 15 ECR com 
mais de 700 indivíduos. 
• É um ingrediente seguro, derivado da espécie de batata Russet Nugget (EUA). 
• Indicação: Promove saciedade. 
• Posologia: 300mg de 1 a 2x/dia, com 1 copo de água, 1h antes das principais 
refeições. 
• Contraindicação: gestantes, amamentação e diabéticos. 
 
 GRIFFONIA (Griffonia Simplicifolia) 
• 95% de 5HTP, que aumenta a síntese da serotonina no SNC. 
• Posologia: 50 a 150mg 3x/dia, logo após o café da manhã e antes de dormir. 
• Indicação: equilíbrio das desordens SNC (sono, memória, aprendizado e 
humor). DCV, contrações musculares, regulação endócrina e depressão. 
• Folha como afrodisíaco. 
• Efeitos colaterais: sintomas alérgicos, dificuldade para respirar, formigamento, 
náuseas, vômito, dores musculares e estômago, pirose 
• Contraindicação: não é aconselhável utilizar com drogas supressoras do SNC e 
com bebidas alcoólicas. Durante o uso evitar a exposição solar prolongada, uma 
vez que pode aumentar a sensibilidade da pele. 
 
 
52 
 
 ESPIRULINA (Spirulina Máxima) 
É supressora natural do apetite nas dietas de emagrecimento, controla ansiedade e 
previne a depressão, atuando no sistema nervoso central e aumentando o 
aprendizado. Ação antioxidante, cardioprotetora e imunomodeladora na alergia. 
• Indicações: hipotireoidismo,uso abusivo de bebidas alcoólicas, vícios, fadiga, 
cansaço, carência de vitaminas e minerais, anemia. Suplemento nutricional em 
regimes para obesidade e durante a convalescença de processos patológicos ou 
cirúrgicos. 
• Toxicidade: estudo mostrou ser segura em longa duração em modelo animal 
com dose máxima de 10g/kg. 
• Interações medicamentosas: não há relatos na literatura. 
• Efeito colateral: podem ocorrer diarreia, vômito e náuseas. 
• Contraindicação: pacientes com fenilcetenúria, gestantes, nutrizes e crianças. 
• Parte utilizada: alga inteira. 
• Dosagem: dose usual de 500 a 2000mg/dia, no máximo 3g/dia. 
• Pó: 150 mg/dia como complemento dietético. 
• Para perda de peso 500 a 3000mg/dia, como inibidor do apetite. Iniciando com 
150mg, 3x/dia. 
• Atletas com exercício intenso: 7 a 10g/dia. 
 
 Astragalus 
(astragalus 
membranaceus) 
Centella Asiática 
(centella 
asiática) 
Dente de Leão 
(Taraxacum 
offinale) 
Agar Agar 
(Prunus spinosa) 
Cafeína 
(Coffea sp.) 
Erva Mate 
(Ilex 
paraguariensis) 
Pimenta 
(Capsicum 
Annun) 
Fucus 
vesiculosus 
Linhaça 
(Linum 
usitatissimum) 
 
53 
 
Diabetes Mellitus 
• Doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no 
sangue. Conjunto de transtornos metabólicos de diferentes etiologias, 
caracterizados por hiperglicemia crônica resultante da diminuição da sensibilidade 
dos tecidos à ação da insulina e/ou deficiência de sua secreção. 
• Constitui um dos mais importantes problemas de saúde pública no mundo atual e 
impõe uma importante e crescente sobrecarga aos sistemas de saúde. 
• O aumento do número de pessoas convivendo com o DM ocorre devido ao 
envelhecimento da população, à maior urbanização e à crescente prevalência da 
obesidade e do sedentarismo. 
 
 
54 
 
 
Fitoterápicos para Diabetes 
 PATA DE VACA (BAUHINIA FORFICATA) 
• Não há relatos na literatura de interações medicamentosas ou efeitos adversos. 
• Indicação: diabetes, permeabilidade capilar e obesidade. 
• Ação: hipoglicemiante, diurético, antidiarreica, hipolipemiante, analgésica, anti-
inflamatória e antidematosa. 
• Propriedade: diminui o teor de açúcar no sangue e na urina, assim como 
gordura. 
• Parte utilizada: folha. 
• Forma de uso: dose usual de 250 a 1000mg/dia. 
• Infusão 10g por xícara, 3-6x/dia. 
• Pó: em cápsula para DM, 300mg, 3x/dia. 
• Tintura: 3 a 50 gotas em 1 copo (200m) de água até 4x/dia. 
 
 
55 
 
 
 CANELA (Cinnamomum Zeylanicum) 
• Parte utilizada: casca. 
• Indicação: Diabetes II. Falta de apetite, perturbações digestivas com cólicas 
leves flatulência (gases) e sensação de plenitude gástrica. Infecções intestinais 
e urinárias, diarreia, tosse, bronquite, enjoos, hipotensão. 
• Forma de uso: 
• Decocção: 0,5-2 g (1 a 4 col. café) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar 1 xíc. chá de 2 a 
6 x ao dia. 
• Pó: 1g, 3x/dia. 
• Efeito adverso: Podem ocorrer reações alérgicas de pele e mucosas. 
• 8g de canela = 75% de manganês, 8% de cálcio, 13,5% de fibra, vitamina K. 
 
 GUAR (Cyamopsis Tetragonolobus) 
Diabéticos obesos – produz rapidamente um efeito de saciedade. Produz um 
retardo no esvaziamento estomacal e, dessa forma, uma absorção mais lenta dos 
carboidratos no intestino. Utilizado na forma de farinha como agente ligante e 
espessante = sabor residual desagradável. Constituído essencialmente de fibras. 
• Efeito de saciedade. 
• Dosagem: Pó 1 a 2g, 30min antes das refeições, com 2 copos de água. 
• Parte utilizada: semente. 
• Indicações: auxilia no emagrecimento e constipação crônica. 
• Contraindicação: pessoas com diarreia e menores de 10 anos. 
• Ação: tônico digestivo, emoliente, estimulante, anti-inflamatório, adstringente, 
digestivo, laxante suave, reduz apetite, atua no metabolismo dos lipídios e 
colesterol, reduzindo níveis e beneficiando pacientes cardíacos e diabéticos. 
 
 
 
56 
 
Dislipidemia 
Geralmente por hiperlipidemia ou hiperlipoproteinemia - é um distúrbio nos 
níveis de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue. Os lipídios (moléculas gordurosas). As 
anormalidades nos lipídios e lipoproteínas são extremamente comuns na população 
geral, e são consideradas um fator de risco altamente modificável para doenças 
cardiovasculares, devido à influência do colesterol, uma das substâncias lipídicas 
clinicamente mais relevantes, na aterosclerose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
O tratamento quando não medicamentoso, deve se haver mudanças no estilo 
de vida, prática regular de atividade física e alimentação adequada. 
A terapia nutricional deve complementar a prevenção e o tratamento. O plano 
alimentar deve conter orientações relacionadas com a seleção, quantidade, técnicas 
de preparo e substituições. 
 
• Reduzir a ingestão de gordura saturada e carboidratos simples. 
• Aumentar o consumo de proteínas. 
• Introduzir na rotina alimentar: Aveia, farinha de maracujá, berinjela, 
alho... 
 
NUTRIENTE RECOMENDAÇÃO 
Gordura Total 25%-35% das calorias totais 
Ácidos graxos saturados < 7% das calorias totais 
Ácidos graxos poli-insaturados <10% das calorias totais 
Ácidos graxos monoinsaturados < 20% das calorias totais 
Carboidratos 50% a 60% das calorias totais 
Proteínas Cerca de 15% das calorias totais 
Colesterol < 200mg/dia 
Fibras 20-30g/dia 
Calorias Ajustado ao peso desejável 
 
58 
 
Aterosclerose 
Uma doença inflamatória crônica caracterizada pela formação 
de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Os ateromas são placas, compostas 
especialmente por lipídios e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. O 
volume dos ateromas aumenta progressivamente, podendo ocasionar obstrução total 
em algum ponto do vaso. A aterosclerose em geral é fatal quando afeta as artérias do 
coração ou do cérebro, órgãos que resistem apenas poucos minutos sem oxigênio. 
 
 
 
 
59 
 
A terapia nutricional para controle da doença aterosclerótica tem como 
objetivo as mudanças no estilo de vida, que irão levar a resultados promissores, tais 
como redução dos níveis alterados de colesterol total, LDL e TG, diminuição da 
ingestão de gorduras saturadas e colesterol, aumento do consumo de fibras e 
alimentos antioxidantes, consumo energético e nutrição adequada. 
Também objetiva promover as mudanças alimentares permanentes e alterar os 
fatores de risco modificáveis pela dieta, visando à prevenção, que e ainda é um dos 
maiores pilares. 
 
 
 
Fitoterápicos para Dislipidemia 
 BERINJELA (Solanum melongena) 
• Protetor das funções hepáticas, aumenta a produção de bílis e sais biliares, facilitando 
a concentração da vesícula biliar. Laxativa, digestiva e reguladora dos níveis de CT. 
• Posologia: 
• Pó: 720 mg 3x/dia. 
• Tintura: 15 gotas, diluídas em um copo (200ml) de água 3x/dia. 
• Extrato seco: 500mg antes da cada refeição 3x/dia. 
 
 
60 
 
 ALHO (Allium savatium) 
 Ação: antibacteriano, analgésico, expectorante, febrífugo, antigripal, 
antisséptico pulmonar, antioxidante, antiplaquetário, tônico, hipotensor, 
hipoglicemiante, anticoagulante. 
 Altas doses, principalmente fresco, pode interagir com anticoagulantes. 
 Parte utilizada: bulbo. 
 Forma de uso: dose usual de 250 a 2000mg/dia. 
 Alimentação: usar nos alimentos e ingerir também com as refeições, 2 a 3 
dentes amassados (nunca cortar). 
 Infusão: 2 a 3 dentes de alho amassados para uma xícara de água, 1x/dia, por 2 
a 3 semanas. Para reduzir colesterol, usar 4g/dia até normalizar. 
 Maceração: 0,5g (1 col. café) em 30 ml (cálice). 
 Tinturas: 50 a 100 gotas diluídosem 75 ml de água, 2 a 3x/dia. 
 Óleo: 0,1 ml, 3x/dia. 
 
 
61 
 
 PORANGABA (Cordia salicifolia) 
• Chá de bugre ou chá de frade. 
• Cardioprotetor, diurético, supressor do apetite, combate o vírus do Herpes I. 
• Parte utilizada: folhas, frutos e cascas. 
• Posologia: 500 mg de 2 a 4x/dia. 
• Efeito colateral: irritação estomacal de pessoas sensíveis. 
• Contraindicação: ausência de estudos, não é indicado na gravidez e lactação. 
 
Hipertensão Arterial 
Corresponde a uma doença crônica não transmissível que pode interferir 
expressivamente na morbidade de idosos. É assintomática, até que ocorra uma lesão 
vascular. 
Mais comum em idosos, 71% da população com mais de 85 anos. 
 
 
 
 
62 
 
Responsável por 25% dos eventos cardiovasculares, 80% dos derrames, 25% 
dos casos de insuficiência renal terminal e 36% de AVC - Diante destas evidências, 
algumas medidas devem ser tomadas: 
 
 
 
Fitoterápicos para Hipertensão 
 HIBISCO (Hibiscus Sabdariffa) 
O chá de hibisco possui ação diurética, impedindo a retenção de líquidos, além 
de efeito cardioprotetor e vasodilatador, devido à presença de flavonoides e ácidos 
orgânicos, que ajudam a aumentar os níveis plasmáticos da lipoproteína de alta 
densidade (HDL-C) e diminuir a concentração plasmática da lipoproteína de baixa 
densidade (LDL-C), os triglicerídeos e a pressão arterial sanguínea. 
Reações adversas: altas doses podem exercer em alguns indivíduos ação 
estrogênica. Não há na literatura dados sobre interações medicamentosas. 
• Devido à alta concentração de antocianina, possui ação antioxidante e anti-
inflamatória. 
 
63 
 
• Indicação: combate os radicais livres, reduz ansiedade, diurético e combate a 
retenção de líquidos. Reduz a absorção de CHO, aumentando a eliminação de 
gorduras, facilitando a digestão, auxiliando no intestino. 
• Dose usual: 100 a 400mg/dia. 
• Infusão: 1 colher de sopa rasa das folhas, para 2 copos de água. Ferver por 
5min, tomar frio ou quente, 1 ou 2x/dia. 
• Toxicidade: estudos sugerem que em modelos animais foi considerada acima 
de 5g/kg. 
 
 OLIVEIRA (Olea europaea L.) 
• Indicações: Folhas e óleo para hipertensão, colesterol, febre, excesso de peso 
(obesidade), nestes casos diminuem a sensação de fome. 
• Partes utilizadas: Folhas da oliveira. 
• Indicação de uso: 
• Infusão das folhas a 5%. 
• Extrato fluído : 3 a 5 g diários. 
• Tintura a 20%: 15 a 20 ml diários. 
• Azeite: 1 a 3 colheres de sopa ao dia. 
• Efeitos colaterais: Hipotensão arterial, aumento de peso (excesso), alterações 
hepatobiliares, diarreia em pessoas sensíveis. Hipertensão arterial no consumo 
dos frutos (azeitonas) em conserva, pelo elevado teor de sal, utilizado como 
conservante. 
• Contraindicações: Sem contra indicações encontrada na literatura. 
 
 
 
 
 
 
64 
 
Saúde Intestinal 
Intestino - É o segmento do canal alimentar que se estende a partir do esfíncter do 
piloro do estômago ao ânus e, em seres humanos e outros mamíferos, constituída por 
dois segmentos, o intestino delgado e o intestino grosso. 80% da nossa imunidade se 
concentra na mucosa intestinal. 
 
 
Diarreia 
• Deposição frequente do conteúdo intestinal, em forma de fezes líquidas ou 
pastosas. 
• Diarreia aguda: obedece a infecções microbianas (salmonela), a alteração da 
flora pela ação de medicamentos ou à ingestão acidental de substâncias 
tóxicas. 
• Diarreia crônica: ocorre por transtornos intestinais diversos (cólon irritável), 
por doenças hepatobiliares, por alergias alimentar, por abuso de laxativos, 
parasitoses. 
• Requer reposição de líquidos e eletrólitos (reidratação) e evita-se cafeína, 
condimentos picantes e grandes concentrações de açúcares. 
• O leite pode ser mal tolerado devido à redução da enzima lactase. Dar 
preferência à consistência branda (tudo cozido) e utilizar alimentos 
considerados constipantes (banana, maçã sem casca, goiaba, suco de caju). 
 
 
65 
 
Fitoterápicos para Diarreia 
 PITANGUEIRA (Eugenia uniflora) 
• Parte utilizada: folhas. 
• Forma de uso: Infusão: 3 g (1 colher de sopa) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar 1 
cálice (30 ml) após a evacuação em no máximo 10 x ao dia. 
 
 GOIABEIRA (Psidium Guajava) 
• Uso oral e tópico (pele e mucosas lesadas, como antisséptico). 
• Diarreia, antimicrobiana, antiviral, anti-inflamatória, hipoglicemiante. 
• Parte utilizada: folhas jovens, cascas e caule. 
• Forma de uso para adultos: 
• Infusão: 2 g (col. sobremesa) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar 1 cálice (30 ml) após 
a evacuação em no máximo 10 x ao dia. 
• Decocção:1 a 1,5 col. de sopa para 200ml de água, 4x/dia. 
• Tintura: 40-60 gotas um copo de água, 3-4x/dia. 
• Extrato seco: 25-350mg, de 3-4x/dia. 
• Xarope: 1 col. de sobremesa (10ml), 3-4x/dia. 
 
 CAJUEIRO (Anacardium occidentale) 
• Uso oral e tópico (cicatrizante e antisséptico). 
• Tratamento de DM, adstringente, diarreia. 
• Parte utilizada: entrecasca, folha. 
• Forma de uso adultos: 
• Decocção: 4,5 g (1 ½ col. sopa) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar 1 xíc., 3 a 4 x dia. 
• Tintura: 40-60 gotas em copo de água, 3-4x/dia. 
 
66 
 
• Extrato seco: 250-350 mg de 3-4x/dia. 
• Xarope: 1 colher se sobremesa (10ml) de 3-4x/dia. 
• Não deve ser utilizado por período superior ao recomendado, 30 dias. Cautela 
em gestantes. Não utilizar junto com anticoagulantes, corticoides e anti-
inflamatórios. 
 
 ROMÃ (Punica granatum) 
• Altamente eficaz em infecções intestinais e diarreias. 
• Parte utilizada: cascas do fruto. 
• Indicação de uso para adultos: 
• Infusão: 4,5g (1,5 col. de sopa) em 1 xíc. (150 ml) de 3-4x/dia. 
• Extrato seco: 250-350mg, 3-4x/dia. 
• Decocção: 6g (2 col. de sopa) em 150ml de água. 
• Doses elevadas: cefaleia, vertigens, tremores, falta de coordenação motora e 
dor abdominal. 
• Contra indicado: gravidez, lactação, crianças menores de 5 anos. Gastrite e 
ulcera gastroduodenal, pois os taninos podem irritar a mucosa gástricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
Fitoterápico Parte 
utilizada 
Princípios 
ativos 
Dosagens 
Articum lappa L 
Bardana 
Fruto Inulina, 
taninos e 
mucilagens. 
Fruto: 3 a 9g em decocção ou 
infusão. 
Pó: 500-1,5 mg. 
Peumus boldus Schult 
Boldo 
Folhas Taninos e 
gomas. 
Doses máximas diárias: 200 ml em 
infusão ou decocção a 5%. 
Extrato fluído: 5 ml. 
Tintura: 2,5 ml. 
Matricaria chamomilla 
L 
Camomila 
Capítulos 
florais 
Boldina 
(alcanoides) e 
flavonoides. 
Infusão ou decocção: 3-6g, 1-
2x/dia. 
Pó: 800-2000mg. 
Tintura: 100-150 gotas. 
Extrato fluído: 2-6 ml. 
Toraxacum offinalis 
Dente de leão 
Folha e 
raiz 
Taninos e 
inulina (2%) 
Infusão ou decocção: 3-6g, 1-
2x/dia. 
Pó: 800-2000mg. 
Tintura: 100-150 gotas. 
Extrato fluído: 2-6 ml. 
 
 
 
68 
 
Fitoterápico Parte 
utilizada 
Princípios 
ativos 
Dosagens 
Foeniculum vulgare 
Mill 
Funcho 
Raiz Mucilagens, 
pectinas e 
taninos 
Infusão ou decocção: 3-6g/ dia. 
Pó: 500-2000mg/ dia. 
Tintura: 100-150 gotas. 
Panax ginseg M 
Ginseng 
Sumidade 
floras e 
folha 
Amido, goma 
e mucilagem 
Decocção: 3-10g. 
Pó: 500-2500mg. 
Extrato seco: 100-750 mg/dia. 
Fucus vesiculosus L 
Fucus 
Toda a 
alga 
Pectina Infusão ou decocção: 2-8g/ dia. 
Pó: 1000-300 mg/ dia 
Extrato fluído: 1-5ml/ dia. 
 
Constipação 
• Alteração funcional do trânsito intestinal devido a uma deficiência na 
intensidade dos movimentos peristálticos, resultando em um atrasona 
evacuação das fezes. 
• 3 a 5 deposições semanais, cada uma com peso inferior a 35g. 
• Mecanismos de ação dos laxantes vegetais: formadores de massa de volume, 
osmóticos, oleosos ou lubrificantes e estimulantes por contato. 
• Fundamentalmente a técnica dietoterápica requer escolha de alimentos com 
alto conteúdo de fibras e lubrificar a parede intestinal com aumento da 
ingestão hídrica. 
• Incluem-se grande quantidade de frutas, hortaliças e grãos integrais e maior 
consumo de alimentos laxativos (ameixa, maçã com casca, mamão). 
 
 
69 
 
Fitoterápicos para Constipação 
 CÁSCARA SAGRADA (Rhamnus Purshiana) 
• Indicação: Constipação intestinal eventual. 
• Não fazer uso crônico (mais de 1 semana). O uso contínuo pode promover 
diarreia, perda de eletrólitos e dependência. 
• Parte utilizada: cascas do caule e dos ramos. 
• Forma de utilização: 
• Decocção: 0,5 g (col. café) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar de ½ a 1 xíc. chá, antes 
de dormir. 
• Tintura: 40 a 60 gotas/ dia. 
• Pó: de 0,25 a 5g/dia até 3x/dia. 
• Extrato fluído: 25-50 gotas/dia. 
• Extrato seco: 50-100 mg. 
• Efeitos adversos: Pode ocorrer desconforto no trato gastrintestinal, 
principalmente em pacientes com cólon irritável, além de mudança de 
coloração na urina. 
• Contraindicação: Não deve ser utilizado por pessoas com obstrução intestinal, 
refluxo, inflamação intestinal aguda (doença de Crohn), colite, apendicite ou 
dor abdominal de origem desconhecida, pacientes com histórico de pólipos 
intestinal. Não utilizar durante lactação, gravidez e em menores de 12 anos. 
 
 SENE (Senna alexandrina) 
• É um laxante confiável e relativamente potente. 
• Efeitos adversos: Desconforto do trato gastrintestinal, principalmente em 
pacientes com cólon irritável, mudança na coloração da urina. 
• Contraindicação: Não deve ser utilizado por pessoas portadoras de obstrução 
intestinal, inflamação intestinal aguda (doença de Crohn), colite, apendicite ou 
dor abdominal de origem não diagnosticada, constipação crônica. Não fazer 
uso crônico (mais de 1 semana). 
• O uso contínuo pode promover diarreia e perda de eletrólitos. 
• Não usar em crianças menores de 10 anos. 
 
70 
 
• Forma de utilização: 
• Decocção de 1 g (col. café) em 150 mL (xíc. chá). Utilizar de 1 xíc. chá, antes 
de dormir. 
• Infusão: 5 a 20g /L. Usar de 1 a 2 copos (200ml) por dia. 
• Pó: 100-300 mg, 1 a 4x/dia (cápsulas). 
• Extrato seco: 0,5 a 2g/dia (1g equivale a 4g da planta seca). 
• Xarope: 15 a 30g /dia. 
 OUTROS 
 
Macela: Má digestão e cólicas intestinais; como sedativo leve; e como anti-
inflamatório; 
Camomila: Cólicas intestinais. Quadros leves de ansiedade, como calmante suave. 
Capim cidreira: Cólicas intestinais e uterinas. Quadros leves de ansiedade e insônia, 
como calmante suave. 
Melissa: Cólicas abdominais. Quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante 
suave; 
Plantago: Característica higroscópica (capacidade de absorver água), que por sua vez, 
permite que se expanda e produza mucilagem (substância pegajosa produzida por 
quase todos os vegetais), efeito laxante. 
Macela 
(Achyrocline 
satureioides) 
Camomila 
(Matricaria 
camomila) 
Capim cidreira 
(Cymbopogum 
citratus) 
Melissa 
(Melissa 
officinalis) 
Psylium (Plantago 
ovata) 
Glucomannan 
(Amorphophallus 
konjac) 
 
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Distúrbios Digestivos 
Composto por um conjunto de órgãos que têm por função a realização 
da digestão. Sua extensão desde a boca até o ânus é de seis a nove metros. 
70% do sistema imunológico encontra-se do TGI e 20% das células intestinais 
são linfócitos. 
Existem espécies vegetais com enzimas digestivas a papaína – mamão, 
bromelina - abacaxi, com efeitos digestivos. 
Alguns distúrbios: 
 FLATULÊNCIA: Tem origem nos gases que são ingeridos juntamente com a 
comida e, minoritariamente, nos gases acumulados durante o processo de 
digestão, na etapa de decomposição dos resíduos orgânicos dentro 
do intestino. Um desses processos é a fermentação de carboidratos 
por bactérias (certas fibras e açúcares com maior potencial para 
fermentação). A intensificação da flatulência pode ocorrer em pessoas 
ansiosas, que comem muito depressa, ou em pessoas que sofrem 
de parasitoses intestinais. Normalmente são encontrados no trato 
gastrointestinal cerca de 200 ml de gases (mais de 25 flatos eliminados 
diariamente). 
 HIPOCLORIDRIA: É caracterizada por uma diminuição na secreção de ácido 
clorídrico no estômago (substância que promove a digestão dos alimentos e 
ativação para absorção de alguns minerais) levando a uma inflamação no 
tecido do estômago. Aumento na produção de bactérias nocivas como a 
Helitobacter Pylori (bactéria presente em gastrites bacterianas), má 
digestão, diminuição na absorção de ácido fólico, ferro, zinco e vitamina 
B12. Sintomas: queimação, azia, distensão abdominal, diarreia ou 
constipação, sensação de empachamento após comer, mau hálito, restos 
de comida nas fezes e língua branca. É causada por inúmeros fatores como 
doenças autoimunes, nutrição deficiente em zinco e vitamina B6, excesso 
de gorduras e açúcares, alimentação com exageros, estresse, ingestão de 
bebidas alcoólicas e uso de medicamentos como omeprazol 
continuamente. 
 HIPERCLORIDRIA: Excesso de ácido pode levar a gastrite. Eructação, azia é 
comum, dor em jejum aliviado pela comida, digestão normal. O aumento 
de secreção do ácido clorídrico ocorre normalmente por distúrbios de 
stress ou emocionais. “Acidez estomacal". Provocada por secreção 
 
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excessiva de ácido clorídrico gástrico. Pode manifestar-se clinicamente 
através de perturbações como regurgitações ácidas, ardor (azia, pirose) ou 
dores gástricas. Com o excesso de ácido no tubo digestivo superior é uma 
das principais causas de esofagites de refluxo, gastrites e úlceras 
gastroduodenais. Provoca dores que ocorrem, geralmente, após as 
refeições, acompanhadas também de náuseas, azia e vômitos. 
 GASTRITE: Trata-se de uma inflamação da mucosa gástrica sem alteração 
da secreção. As modificações dietéticas variam em função da gravidade do 
caso, mas em geral recomenda-se: proibição de condimentos irritantes 
(pimentas, páprica), álcool, fumo e cafeína. As refeições devem ser mais 
fracionadas e de consistência branda. Convém destacar que outras 
limitações dependem das intolerâncias individuais. Alimentos como vinagre 
ou frutas ácidas. 
OMEPRAZOL 
O segundo medicamento mais consumido do mundo depois do 
paracetamol. 
Indicação: tratamento de úlceras gástricas e na hérnia de hiato. 
Reduz a secreção gástrica do estômago. 
A toma continuada, durante mais de dois anos, de Omeprazol favorece a 
aparição de demência, danos neurológicos e também pode causar anemia. 
O composto inibe o ácido gástrico de absorver a vitamina B12 e a sua 
carência favorece o aparecimento de demências, anemia e dano 
neurológico. 
Antiácidos = provocam/ causadores alergias e hipersensibilidades 
alimentares. 
Definindo termos 
 CARMINATIVA: Substância que combate a formação de gases no intestino. 
 CARMINATIVO: Refere-se aos medicamentos usados na redução dos gases 
intestinais. 
 COLAGOGA OU COLETÉRICA: Como são chamadas todas as substâncias que são 
usadas para contrair a vesícula biliar, estimulando a evacuação da bílis do canal 
 
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colédoco para o intestino, facilitando assim a digestão de alimentos 
gordurosos. 
 COLERÉTICO: Diz-se do medicamento que aumenta a secreção biliar. 
Antiespasmódico (espasmolítico, antiespástico): Droga que suprime a 
contração do tecido muscular liso, especialmente em órgãos tubulares. O efeito 
produzido é o de prevenir

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