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Prévia do material em texto

adaptado do Centers for Disease Control and Prevention (CDC)
http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm
 
1.Ingestão dos ovos larvados (infectantes) pela via oral;
2.Passagem do ovo pelo estômago e liberação de larva no duodeno;
3.Migração das larvas para o ceco e desenvolvimento das mesmas (quatro mudas), com posterior transformação em vermes adultos (machos e fêmeas);
4.Eliminação do ovo embrionado pelas fezes, contaminando o ambiente;
5 e 6. Desenvolvimento dos ovos embrionados no ambiente, originando ovos larvados, que podem contaminar água e alimentos;
Espécie: E. vermicularis
Características gerais
É popularmente conhecido como “oxiúros”, o gênero Enterobius apresenta 17 espécies que são parasitos de vários macacos em diferentes regiões (Ásia, África, América), mas que não atingem o homem. Tem maior incidência em regiões de clima temperado. É muito comum em nosso meio, atingindo principalmente a faixa etária de cinco a 15 anos, apesar de ser encontrado em adultos também (NEVES, 2003).
A enterobíase, enterobiose ou oxiurose, é a verminose intestinal devido ao E. vermicularis, pequeno nematóide da ordem Oxyuroidea, mais conhecida popularmente como oxiúro. A infecção costuma ser benigna, mas incômoda, pelo intenso prurido anal que produz e por suas complicações, sobretudo em crianças (NEVES, et al; 2004).
Morfologia
Apresenta nítido dimorfismo sexual, entretanto, alguns caracteres são comuns aos dois sexos: cor branca, filiformes. Na extremidade anterior, lateralmente à boca, notam-se expansões vesiculosas muito típicas, chamadas “asas cefálicas”. A boca é pequena, seguida de um esôfago também típico: é claviforme, terminando em um bulbo cardíaco (NEVES, et al; 2011).
Fêmea:
Mede cerca de 1cm de comprimento por 0,4mm de diâmetro. Cauda pontiaguda e longa. A vulva abre-se na porção média anterior, a qual é seguida por uma curta vagina que se comunica com dois úteros; cada ramo uterino se continua com o oviduto e ovário (NEVES, 2003).
Macho:
Mede cerca de 5mm de comprimento, por 0,2mm de diâmetro. Cauda fortemente recurvada em sentido ventral, com um espículo presente. Apresenta um único testículo (NEVES, et al; 2004).
Ovo:
Mede cerca de 50 micrômetros de comprimento por 20 de largura. Apresenta o aspecto grosseiro de um D, pois um dos lados é sensivelmente achatado e o outro é convexo. Possui membrana dupla, lisa e transparente. No momento em que sai da fêmea, já apresenta no seu interior uma larva (NEVES, 2003).
Habitat
Machos e fêmeas vivem no ceco e apêndice. As fêmeas, repleta de ovos (cinco a 16 mil), são encontradas na região perianal. Em mulheres, as vezes pode-se encontrar esse parasito na vagina, útero e bexiga (NETO; 2008).
Ciclo biológico
Após a cópula os machos são eliminados junto com as fezes e morrem. As fêmeas, repletas de ovos, se desprendem do ceco e dirigem-se para o ânus (principalmente à noite). Alguns autores suspeitam que elas realizam oviposição na região perianal, mas a maioria afirma que a fêmea não é capaz de fazer postura dos ovos; os mesmos seriam eliminados por rompimento da fêmea, devido a algum traumatismo ou dessecamento. Como ela se assemelha a um “saco de ovos”, com a cutícula extremamente distendida, parece que o rompimento da mesma se torna fácil (REY, 2011).
Os ovos eliminados, já embrionados, se tornam infectantes em poucas horas e são ingeridos pelo hospedeiro. No intestino delgado, as larvas rabditóides eclodem e sofrem duas mudas no trajeto intestinal até o ceco. Aí chegando, transformam-se em vermes adultos. Um a dois meses depois as fêmeas são encontradas na região perianal. Não havendo reinfecção, o parasitismo extingue-se (CINERMAN; CINERMAN. LEW, 2001).
Fluxograma . Ciclo monoxênico do Enterobius vermiculares 
Sinais e sintomas
A alteração mais intensa e mais frequente é o prurido anal. A mucosa local mostra-se congesta, recoberta de muco contendo ovo, e às vezes, fêmeas inteiras. O ato de coçar a região anal pode lesar ainda mais o local, possibilitando infecção bacteriana secundária. O prurido ainda provoca perda de sono, nervosismo, e devido à proximidade dos órgãos genitais, pode levar à masturbação e erotismo, principalmente em meninas (NEVES, 2003).
Na maioria dos casos, o parasitismo passa despercebido pelo paciente. Este só nota que alberga o verme quando sente ligeiro prurido anal (à noite), ou quando vê o verme. As infecções maiores pode provocar enterite catarral por ação mecânica e irritativa (ANDRADE, 2010).
A presença de vermes nos órgãos genitais femininos pode levar a vaginite, metrite, salpingite e ovarite (CINERMAN; CINERMAN. LEW, 2001).
Diagnóstico
O diagnóstico é feito pelo método da fita adesiva ou método de Graham: coloca-se um pedaço de 8 a 10cm de fita adesiva transparente com a parte adesiva para fora sobre um tubo de ensaio ou dedo indicador, opõe-se várias vezes a fita na região perianal, coloca-se a fita sobre uma lâmina e leva-se ao microscópio para análise (REY, 2011).
Essa técnica deve ser feito ao amanhecer, antes de a pessoa banhar-se, sendo repetida em dias consecutivos, caso dê negativo (NEVES, et al; 2011).
Controle e profilaxia
A desparasitação deve ser repetida a intervalos curtos (20 dias), inferiores à duração do ciclo parasitário. E o tratamento deve acompanhar-se e seguir medida higiênicas pessoais e gerais: banhos matinais diários (de chuveiro); lavagem cuidados das mãos, após defecação, antes de comer e antes de preparar alimentos; manter as unhas curtas ou usar escova para sua limpeza; combater a onicofagia e evitar a coçagem direta da região perianal; mudar frequentemente as roupas de baixo, roupas de dormir, lençóis, toalhas, para destruição dos ovos água quente a 55°C; evitar a superlotação dos quartos, alojamentos, devendo ser arejados durante o dia (NEVES, 2003).
Outras medidas mais úteis: dispor de instalações sanitárias adequadas e assegurar estrita limpeza do ambiente; remover o pó por meio de aspiradores e usar desinfetantes; a educação sanitária deve ser promovida nas escolas, nas instituições que abrigam crianças, nos clubes e nos domicílios (NEVES, et al; 2011).
Trichuris trichiura; 
Figura . Ovo de Trichuris trichiura
Reino: Animalia
Filo: Nematoda
Classe: Adenophorea
Ordem: Trichurida
Família: Trichuridae
Gênero: Trichuris
Espécie: T. trichiura
Características gerais
É caracterizado por não apresentar órgãos sensoriais denominados fasmídes e não serem encontrados os canais laterais do sistema excretor. Na superfície ventral da região esofagiana pode-se observar uma série de glândulas unicelulares com pequenos poros, que provavelmente estão relacionadas à regulação osmótica de vermes. A abertura bucal, localizada na extremidade anterior do parasito é desprovida de lábios e seguida pelo esôfago. O esôfago constitui um tubo delgado, com musculatura pouco desenvolvida, e na porção posterior é marginado por típica coluna de células glandulares denominadas esticócitos (NEVES, et al; 2011).
Tem distribuição cosmopolita e alta prevalência na população humana, apresentando uma forma típica semelhante a um chicote. Esta aparência é consequência do afilamento da região esofagiana, que compreende cerca de 2/3 do comprimento total do corpo, e do alargamento posterior, na região do intestino e órgãos genitais (NEVES, 2003).
Esse helminto também é conhecido como tricocéfalo. A doença é dita tricuríase, tricurose ou tricocefalose (ANDRADE, 2010).
Morfologia
Vermes adultos: medem cerca de 3 a 5cm de comprimento, sendo os machos pouco menores que a fêmea, a parte delgada anterior é mais longa que a posterior, fazendo com que se pareçam a pequenos chichotes. Na extremidade anterior do segmento delgado está a boca, provida de um estilete; e, ao longo de toda a extensão desse segmento, o espaço encontra-se ocupado pelo esôfago que continua depois com o intestino. A parte posterior, mais volumosa, contem o intestino, o resto e os órgãos reprodutores. Os órgãos sexuais femininos são singelos, pois há um só ovário seguido de um oviduto, útero e vagina.Nos machos também há um só testículo, canal deferente e canal ejaculador. O espículo é único, longo e cercado por uma bainha que o envolve à maneira de um prepúcio. A superfície externa dessa bainha é totalmente revestida de minúsculos espinhos. A extremidade posterior do macho é enrolada ventralmente em espiral (SODEMAN, 2003).
Ovos: medem cerca de 50um de comprimento por 22um de largura, apresentam um formato elíptico, característico, com poros salientes e transparentes em ambas as extremidades, preenchidos por material lipídico. A casca do ovo é formada por uma camada vitelínica externa, uma camada quitinosa intermediária e uma camada lipídica interna (REY, 2011).
Habitat
Os adultos são parasitos do intestino grosso do homem, e em infecções moderadas estão localizados principalmente no ceco e cólon ascendente. Nas infecções intensas ocupam também cólon distal, reto e porção distal do íleo. T. trichiura é considerado por muitos autores um parasito tissular, pois toda a região esofagiana do parasito penetra na camada epitelial da mucosa intestinal do hospedeiro, onde se alimenta principalmente de restos de enterócitos lisados pela ação de enzimas proteolíticas secretadas pelas glândulas esofagianas do parasito (NEVES, 2003). Admite-se que este parasito tenha uma longevidade de 6 a 8 anos, no entendo o verme é eliminado antes dos 3 anos (NEVES, et al; 2011).
Ciclo biológico
É do tipo monoxênico, fêmea e macho que habitam o intestino grosso se reproduzem sexuadamente e os ovos são eliminados para o meio externo juntamente com as fezes. A fêmea fecundada elimina 3000 a 20000 ovos por dia, sugerindo uma reposição diária de 5% a 30% dos cerca de 60000 ovos encontrados no útero. O embrião contido no ovo recém-eliminado se desenvolve no ambiente para se tornar infectante (SODEMAN, 2003).
O período de desenvolvimento do ovo depende das condições ambientais; à temperatura de 25°C a embriogenese ocorre em 28 dias e em 34°C ocorre em 13 dias. Temperaturas acima de 40°C não desenvolve este parasito. Os ovos infectantes podem contaminar alimentos sólidos e líquidos, e assim ser ingeridos pelo homem. Após cerca de uma hora da ingestão dos ovos, a larva eclode através de um dos poros presentes nas extremidades do ovo (NETO; 2008).
Apenas uma pequena parte (5% a 22%) dos ovos infectados ingeridos completa o desenvolvimento até verme adulto. Estima-se que o período pré-patente de tricuríase no homem, tempo entre a infecção até a eliminação dos ovos pelas fezes do hospedeiros é de aproximadamente 60 a 90 dias (NEVES, 2003).
O 7 resumo o ciclo biológico do T. trichiura
Fluxograma . Ciclo do helminto Trichuris trichiura 
Sinais e sintomas
A maioria dos indivíduos parasitados é de portadores assintomáticos, não se tendo informações sobre o número de vermes necessários para que surjam efeitos patológicos. Evidentemente, as condições em que se encontra o paciente constituem uma variável importante para o aparecimento e a gravidade do quadro clínico (CINERMAN; CINERMAN. LEW, 2001).
As lesões traumáticas que os parasitos causam à mucosa são mínimas, e mesmo nas infecções pesadas, não se observam fenômenos inflamatórios importantes. Pensa-se em mecanismos irritativos sobre as terminações nervosas da parede intestinal, produzindo reflexos que alterem a motilidade e as funções do intestino grosso; ou em hipersensibilidade aos produtos metabólicos do helminto. O quadro clínico pode ser discreto e indefinido, com nervosismo, insônia, perda de apetite e eosinofila sanguínea, dor abdominal, flatulência, constipação intestinal, febre moderada (NETO; 2008).
Diagnóstico
Pode ser empregado qualquer método de rotina, quando se quer calcular o número de helmintos adultos existentes em um paciente, emprega-se a técnica de contagem de Stoll ou a de Kato-Katz. Recentemente, tem sido relatado a visualização de ovos em exames de colonoscopia (REY, 2011).
Controle e profilaxia
A prevalência é maior em lugares de clima quente e úmido, onde falte saneamento básico. Medidas úteis como instalações sanitárias adequadas e assegurar estrita limpeza do ambiente; remover o pó por meio de aspiradores e usar desinfetantes; a educação sanitária deve ser promovida nas escolas, nas instituições que abrigam crianças, nos clubes e nos domicílios (REY, 2011).
Ascaris lumbricóides
Figura . Ovo de A. lumbricóides fértil e infértil respectivamente.
Filo: Nematoda
Classe: Nematoda
Ordem: Ascaridida
Superfamília: Ascaridoidea
Família: Ascarididae
Subfamília: Ascaridinae
Gênero: Ascaris
Espécie: A. lumbricoides
Características gerais
São citados com frequência, pela ampla distribuição geográfica e pelos danos causados aos hospedeiros. São popularmente conhecidos por lombriga ou bicha e causam doença denominada ascaridíase ou ascariose. É encontrado em quase todos os países do mundo e ocorre com frequência variada em virtude das condições climáticas, ambientais e, principalmente, do grau de desenvolvimento da população. Dados recentes mostram que a prevalência mundial, um bilhão de pessoas se apresentam infectadas por esta espécie. Atualmente, sabe-se que os níveis de parasitismo continuam ainda bastante elevados, especialmente em crianças em idade inferior a 12 anos, em várias regiões brasileiras, quer seja nas cidades ou zonas rurais (ANDRADE, 2010).
Morfologia
Os áscaris são vermes longos, cilíndricos e com extremidades afiladas, sobretudo na região anterior. As fêmeas são maiores e mais grossas que os machos, tendo a parte posterior retilínea ou ligeiramente encurvada. Os machos são facilmente reconhecíveis pelo enrolamento ventral, espiralado, de sua extremidade caudal (REY, 2011).
Quando o número de parasitos por hospedeiro é pequeno, o desenvolvimento torna-se maior, chegando as fêmeas a 30 ou 40 cm de comprimento e os machos 15 a 30cm. Porém, quando muitas dezenas ou centenas de vermes ocupam o mesmo habitat, as dimensões dos machos e das fêmeas reduzem-se, ficando estas últimas com 10 a 15 cm apenas (NEVES, et al; 2011).
As fêmeas eliminam grande quantidade de ovos por dia, cerca de 200 mil e o seu útero grávido pode conter um total de 27 milhões de ovos (NEVES, 2003).
Os ovos expulsos com as fezes não são infectantes para o homem, pois mesmo eliminados fecundados não são embrionados. Tem forma arredondada ou ovalada, são amarelo-pardacentos e medem cerca de 60u de comprimento por 45u de largura; são envolvidos por uma membrana de duplo contorno, rodeada por uma camada albuminosa rugosa ou mamilonada, que se apresenta de coloração marrom por absorver pigmentos biliares de fezes. Os ovos viáveis (férteis) contêm uma célula (ovo) grande, fertilizada e não-segmentada, retida por membrana vitelina muito resistente, o que pode permitir sua viabilidade por meses até anos. Os ovos infecundos são comumente provenientes da infecção humana exclusiva por fêmeas de Ascaris lumbricóides ou da infecção pela qual sofreram ação medicamentosa ou em senectude; são geralmente mais alongados, rodeados por uma membrana albuminosa mais delgada (às vezes ausente); contem células atrofiada com uma quantidade de grânulos refrateis (ANDRADE, 2010).
Habitat
No intestino dos pacientes, cerca de 90% dos áscaris localizam-se ao longo das alças jejunais, encontrando-se os restantes no íleo. Poucos são vistos no duodeno ou no estômago. Mas, nas infecções intensar, todo o intestino delgado encontra-se povoado. Os áscaris mantêm-se em atividade contínua, movendo-se contra a corrente peristáltica. Migrações mais extensas dos vermes jovens ou adultos podem ocorrer, de preferência nas crianças fortemente parasitadas, não sendo rara a eliminação de vermes pela boca ou pelas narinas (REY, 2011).
Os vermes adultos ultilizam os materiais semidigeridos e outros, contidos geralmente em abundância na luz intestinal, e dispõem enzimas necessárias para a digestão de proteínas, de carboidratos e lipídios (ANDRADE, 2010).
Ciclo biológico
É do tipo monoxênico. Cada fêmea fecundada é capaz de ovipor 200 mil ovos a cada dia. Os ovos férteis, em presença de temperaturaadequada (25°C a 30°C) torna-se embrionada em 15 dias. A larva de primeiro estágio L1 é rabditóide e se forma dentro do ovo. Cerca de uma semana depois, essa larva sofre mudança, transformando em L2 e após L3 infectante, com esôfago tipicamente filarióide (dentro do ovo). Até há pouco tempo considerava-se como forma infectante o ovo contendo a L2 no seu interior. A L3 permanece no solo por vários meses até ser ingerido pelo hospedeiro. Após a ingestão, os ovos contendo L3 atravessam todo o trato digestivo e as larvas eclodem no intestino delgado. A eclosão ocorre graças a fatores ou estímulos fornecidos pelo próprio hospedeiro, como presença de agente redutores, o pH, a temperatura, sais e a concentração de CO2 cuja ausência inviabiliza a eclosão. As larvas liberadas atravessam a parede intestinal na altura do ceco, caem nos vasos linfáticos e veias e invadem o fígado 18-24 horas após infecção. Dois a três dias depois, chegam ao coração através da veia cava inferior ou superior e em quatro a cinco dias depois são encontradas no pulmão. Cerca de oito dias após a infecção, as larvas sofrem nova mudança para L4, rompem os capilares e caem nos alvéolos, onde sofrem mudança para L5. Sobem pela árvore brônquica e traquéia, chegando até a faringe. Daí podem ser expelidas com a expectoração ou ser deglutidas, atravessando incólumes o estomago e fixando no intestino delgado, transformando-se em adultos jovens 20 a 30 dias após a infecção. Em 60 dias alcançam a maturidade sexual e são encontrados ovos nas fezes do hospedeiro. O verme adulto tem uma longevidade de um a dois anos. No clico do Ascaris é obsercada uma típica fase pulmonar, denominada “Ciclo de Looss”, em homenagem ao seu descobridor (NEVES, et al; 2011).
O 5 descreve resumidamente o ciclo biológico do A. lumbricóides
Fluxograma . Ciclo monoxênico do helminto Ascaris lumbricoides 
Sinais e sintomas
Apenas um a cada seis infectados apresentam manifestações clínicas, devido ao número de vermes albergados ser pequeno. A ação patogênica desenvolve-se em duas etapas: durante a migração das larvas e quando os vermes adultos já se encontram em seu habitat definido. As migrações e localizações anômalas dos vermes adultos constituem uma terceira categoria de manifestações patológicas. As alterações produzidas podem ser de natureza mecânica, tóxica ou alérgica (NEVES, 2003).
Fase de invasão larvária:
Quando as larvas forem pouco numerosas e o paciente não apresentar hipersenbilidade aos produtos parasitários, as alterações hepáticas serão insignificantes, e a reação pulmonar, discreta. Mas, se ocorrer uma infecção maciça, as lesões traumáticas, produzidas pela migração larvária através do parênquima hepático, irão causar pequenos focos hemorrágicos e de necrose, bem como reação inflamatória, mais acentuada em torno das larvas que aí ficam retidas e são destruídas. Em alguns casos pode haver hepatomegalia (NEVES, et al; 2004).
Nos pulmões, onde o parasito deve operar duas mudas e onde se encontram os estádios larvários com maior poder antigênico as reações são geralmente mais pronunciadas. Nas crianças, ocorre, muitas vezes, febre, tosse e eosinofilia sanguínea elevada, que persiste por muitos dias; o exame radiológico mostra os campos pulmonares semeados de pequenas manchas isoladas ou confluentes, que desaparecem espontaneamente dentro de poucos dias, sem deixar traços. Clinicamente há sinas discretos de bronquite, com estertores disseminados, à escuta dos campos pulmonares (NEVES, et al; 2011).
Infecção intestinal:
As manifestações mais frequentes são: desconforte abdominal, cólicas intermitentes, dor epigástrica e má digestão, náusea, perda de apetite e emagrecimento, sensação de coceira no nariz, irritabilidade, sono intranquilo e ranger os dentes a noite. Podem ocorrer manifestações alérgicas como urticária, edemas ou crises de asma brônquica. As vezes pode ocorrer produção de espasmos e obstrução intestinal, peritonite com ou sem perfuração do intestino, volvo ou intussuscepção com desenvolvimento de quadros dramáticos e extremamente graves, capazes de provocar a morte do paciente. Em crianças fortemente parasitadas, uma obstrução na válvula íleo-cecal pode ocorrer (NETO; 2008).
Localizações ectópicas:
A capacidade de migração do verme adulto e sua tendência a explorar o interior de cavidades levam-no eventualmente a penetrar no apêndice cecal, onde sua ação obstrutiva e irritante determina um quadro de apendicite aguda. O mesmo pode suceder no divertículo de Meckel ou outros, quando existentes. Ao penetrar no canal pancreático, o Ascaris pode determinar pancreatite aguda, sempre fatal, em conseqüência de obstrução das vias excretoras do órgão (NEVES, 2003).
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser realizado por exame de fezes, encontrando ovos nas evacuações do paciente. O exame é direto da matéria fecal, diluída e colocada entre lamina e lamínula. Com a técnica de sedimentação espontânea os resultados são positivos em quase 100% dos casos (REY, 2011).
Os métodos imunológicos em geral não são satisfatórios e não podem dispensar a coproscopia. Eles encontram indicações nas fases de migração larvária, nas infecções só por machos, ou quando, por outras razões, o exame de fezes não der informações (SODEMAN, 2003).
Controle e profilaxia
As medidas de controle contra a ascaridíase visam reduzir a prevalência e a gravidade da infecção, e não propriamente erradicá-la, empregando-se o saneamento básico, a desinfecção e o tratamento como principais meios profiláticos, juntamente com a educação para a saúde (NEVES, et al; 2011).
A desinfecção do solo pode ser tentada com o emprego de desinfetantes químicos, especialmente em galinheiros e fazendas. O problema que apresenta sérias dificuldades é o emprego de fezes humanas como fertilizante, prática de certo modo difícil de solucionar, dadas as condições econômicas e os hábitos da população: pode-se tentar uma desinfecção das fezes por meio de processos de estocagem, embora tais métodos só devam ser utilizados quando bem supervisionados. Frutas, alguns legumes e vegetais são de preferência consumidos crus; os métodos mais antigos de desinfecção de alimentos, como os que utilizam o calor são precários, o permanganato de potássio não afeta os ovos de helmintos, o vinagre, agindo contra cistos de ameba e larvas de ancilostomídeos, é ineficaz para os ovos de Ascaris. A solução aquosa de iodo é o único desinfetante químico que destrói ovos e larvas de Ascaris e outros nematelmintos (SODEMAN, 2003).
Ancylostoma duodenale e Necator americanus 
Figura . Ovo de Ancylostoma duodenale
Reino: Animalia
Filo: Nematoda
Classe: Secernentea
Ordem: Strongylida
Família: Ancylostomatidae
Gênero: Ancylostoma
Espécie: A. duodenale
Figura . Larva do helminto Necator americanus
Reino: Animalia
Filo: Nematoda
Classe: Secernentea
Ordem: Strongylida
Família: Ancylostomatidae
Gênero: Necator
Espécie: N. americanus
Características gerais
Características gerais
Ancylostoma duodenaleé umaespéciede nematódeo do gêneroAncylostomaque pode causar aancilostomíasee Larva migrans cutânea. O homem constitui a única fonte de infecção para ancilostomíase, pois os demais mamíferos possuem ancilostomídeos de outras espécies que não completam sua evolução no organismo humano (NETO; 2008).
Larvas de ancilostomídeos de animais (cão, gato) e algumas outras larvas de nematóides que, tendo penetrado na pele humana, não conseguem completar suas migrações normais e ficam abrindo túneis entre a epiderme e a derme até morrer produzem uma síndrome conhecida como larva migrans cutânea (NEVES, 2003).
As espécies mais importantes como agentes etiológicos da ancilostomíase humana é o Ancylostoma duodenale e Necator americanus (REY, 2011).
Morfologia
A. duodenale: são vermes com coloração esbranquiçada ou rósea. Os machos tem comprimento variável de 8 a 11mm, com cerca de 400um de largura. O corpo é cilíndrico, a extremidade anterior é afilada e possui uma ampla cápsula bucal, na qual se encontram em sua margem dois pares de dentestriangulares, além de outro par rudimentar, ao fundo. A extremidade posterior apresenta expansão da cutícula que constitui a bolsa copuladora (NETO; 2008).
As fêmeas atingem de 10 a 18mm de comprimento e 600um de largura. A cápsula bucal é semelhante a dos machos e sua extremidade posterior é afilada. A vulva se abre no terço posterior do corpo e os ovos possuem forma elíptica, com 56 a 60um em seu maior eixo (NEVES, 2003).
N. americanus: os adultos têm a extremidade anterior fletida dorsalmente; a cápsula bucal é ampla e está dotada de duas placas ou lâminas cortantes, com forma de meia-lua. O macho mede entre 5 e 9 mm de comprimento e 300um de largura, apresenta bolsa copuladora bem desenvolvida na extremidade caudal. As fêmeas têm 9 a 11 mm de comprimento e 350um de largura. A vulva situa-se no terço anterior do corpo; a extremidade posterior é afilada e o ânus tem situação subterminal. Os ovos, morfologicamente semelhantes aos de A. duodenale medem no maior eixo, 64 a 76um (NEVES, et al; 2004).
Habitat
Ambos tem como habitat a porção alta do intestino delgado (REY, 2011).
Ciclo biológico
A penetração das formas infectantes, larva de terceiro estágio, pode ter lugar tanto por via cutânea como por via oral. Por via cutânea dá-se a migração parasitária com realização do ciclo pulmonar. Por via oral, as larvas ingeridas com alimentos ou com água contaminada completam sua evolução no tubo digestivo, sem fazer o ciclo pulmonar. Administrando-se oralmente larvas infectantes a cão jovens, verificou-se que no tubo digestivo destes elas sofrem a terceira muda e invadem a mucosa, onde permanecem dois a três dias. Depois retornam à luz intestinal, onde terá lugar a quarta muda, 11 dias depois a infecção experimental. Na quarta ou quinta semana já alcançam a fase adulta e começam a pôr ovos (REY, 2011).
Fluxograma . Ciclo biológico do helminto Ancylostoma duodenale e N. americanus 
Sinais e sintomas
A fase aguda é ocasionada pela penetração e migração das larvas, ocorre hiperemia, prurido, edema resultante do processo inflamatório e dermatite. Os sintomas pulmonares são mais raros, como tosse e febrícula (NEVES, et al; 2004).
Já a fase crônica é ocasionada pela presença do verme e ação espoliadora, ocorre dor epigástrica, diminuição de apetite, indigestão, cólica, indisposição, náuseas, vômitos, flatulências, às vezes diarréia sanguinolenta e constipação. Hipoproteinemia; a anemia causada pela intensa hematofagia dos adultos é o principal sintoma da ancilostomose (NETO; 2008).
Diagnóstico
Pesquisa de ovos leves nas fezes. O método qualitativo compõe a Sedimentação espontânea: Método de Hoffmann, Pons e Janer; centrífugo sedimentação: Método de MIFC ou de Blagg; centrífugo flutuação: Método de Faust; flutuação espontânea: Método de Willis.
O método quantitativo: avalia o grau de infecção: Método de Stoll – 35 a 40 ovos/ g corresponde a uma fêmea. < 50 vermes: infecção benigna; 50 a 200 vermes: pode causar anemia; 500 a 1000 intensa; > 1000: muito intensa (NEVES, et al; 2004).
Controle e profilaxia
As principais maneiras para controle e profilaxia são: saneamento básico, educação sanitária, limpeza e higiene das mãos e dos alimentos, uso de calçados, participação da comunidade na execução de programas. Proibição de uso de fezes como adubo (NETO; 2008).
Strongyloides stercoralis;
Figura . Larva de Strongyloides stercoralis.
Reino: Animalia
Filo: Nematoda
Classe: Secernentea
Ordem: Rhabditida
Família: Strongyloididae
Gênero: Stronguloides
Espécie: S. stercoralis
Características gerais
Espécies deste gênero têm sido descritas em répteis, anfíbios e mamíferos. São conhecidas 52 espécies. A estrongiloidíase ou estrongiloidose caracteriza-se por infecção causada por vermes do gênero Strongyloides. Esse parasito apresenta um ciclo evolutivo complicado, com uma fase estercoral constituída por vermes de vida livre e outra fase intestinal representada pela fêmea parasita (NEVES, et al; 2004).
S. stercoralis é considerado um parasito oportunista. Na maioria das vezes a infecção humana é assintomática ou oligossintomática. Em imunissuprimidos, a infecção assuma um caráter grave por exacerbação dos mecanismos de auto-infecção e disseminação de larvas por vários órgãos além do trato gastrintestinal (NEVES, et al; 2011).
Morfologia
As fêmeas parasitas são partenogenéticas e produzem larvar que saindo para o meio externo dão machos e fêmeas de vida livre. Estas põem ovos e originam nova geração de larvas (NEVES, et al; 2011).
No ciclo de vida livre a fêmea mede 1 a 1,5mm de comprimento e tem o corpo fusiforme, com a extremidade anterior romba, onde se abre a boca cercada de três pequenos lábios, enquanto a posterior constitui uma cauda bem afilada. O esôfago tem uma dilatação bulbar. O intestino, simples e retilíneo, continua-se com o reto, muito curto, que se abre para o exterior por um ânus situado a alguma distância da extremidade posterior. Para trás do meio do corpo, encontra-se a abertura vulvar e a vagina, dando acesso a dois tubos uterinos, um anterior e outro posterior. Estes se prolongam nos respectivos ovidutos e ovários. O macho é menos cerca de 0,7mm de comprimento e tem sua cauda recurvada ventralmente. Possui um testículo, continuado pelo canal deferente e pelo canal ejaculador, que se abre na cloaca, onde termina também o tubo digestivo. A cópula é facilitada pela existência de dois pequenos espículos (NEVES, et al; 2004).
As larvas que saem dos ovos têm esôfago do tipo rabditóide, um pseudobulbo no meio, seguido de uma porção estreita e de um bulbo posterior, terminal. Essas larvas medem 200 a 300um de comprimento; elas sofrem ecdise, passando a larvas rabditóides de segundo estágio, que evoluirão para vermes adultos de vida livre (NEVES, et al; 2011).
Habitat
No intestino encontram-se as fêmeas, especialmente no duodeno e no jejuno, se alojando na espessura da mucosa, onde se movem, alimentam e desovam. Em infecções maciças podem ser encontradas no piloro, íleo, intestino grosso, condutos biliares e pancreáticos (CINERMAN; CINERMAN. LEW, 2001).
Ciclo biológico
Ciclo direto: durante uma pequena permanência no meio externo e alimentando-se de bactérias, as larvas rabditóides sofrem duas ecdises e, após 24 a 36 horas, dão origem a larvas filarióides infectantes. Estas não se alimentam, sobrevivem de glicogênio armazenado sob forma de reserva; permanecem na superfície do solo ou em vegetações que lhes forneçam umidade por uma ou duas semanas, a menos que encontrem um hospedeiro suscetível. O ciclo pulmonar é aceito. Após atravessar a pele, circulação venosa e linfática do hospedeiro, as larvas infectantes alcançam os pulmões via coração direito. Nos pulmões rompem os alvéolos pulmonares, ascendem por via brônquica até a faringe, podendo ser expulsas com as secreções pulmonares ou deglutidas. Quando deglutidas transformam-se em fêmeas adultas no intestino delgado entre 17 e 21 dias após a penetração através da pele do homem. Em seguida, inicia-se a oviposição pela fêmea parasita (REY, 2011).
Duas primeiras mudas: L1  L2  L3.
Duas últimas mudas: L3  L4 fêmea parasita.
Figura . Ciclo evolutivo direto do helminto Strongyloides stercoralis 
Ciclo indireto: as larvas rabditóides oriundas da fêmea parasita sofrem quatro mudas larvárias e se diferenciam em vermes adultos e machos e fêmeas sexualmente maduros. Tanto as larvas como os vermes adultos apresentam o esôfago do tipo rabditóide. Morfologicamente, as larvas de segundo, terceiro e quarto estágios do ciclo indireto, são diferentes daquelas do ciclo direto, sendo possível diferenciar o sexo por fase de desenvolvimento. Os vermes machos produzem espermatozóides semifuncionais, capazes de ativar os ovócitos para o desenvolvimento posterior, sem participar da fertilização real que envolve a fusão dos espermatozóides com o pró-núcleo do ovo. Após a pseudofertilização, a fêmea produz ovos que originam larvas rabditóides. Estas podem se transformar em larvas filariformes infectantes, repetindo o ciclo direto (REY, 2011).igura . Ciclo evolutivo indireto do helminto Strongyloides stercoralis 
Sinais e sintomas
A sintomatologia mais frequente e mais importante costuma ser relacionado ao aparelho digestivo. No sangue há leucocitose e eosinofilia, em geral maior na fase aguda da doença. Os eosinófilos podem representar 15 a 40% dos leucócitos (NEVES, et al; 2011).
Surtos de diarréia intercalam-se com períodos de constipação intestinal. O paciente queixa-se de desconforto abdominal ou de dores vagas, podendo ter o caráter de cólicas ou dores epigástricas e simular outros padecimentos gastrintestinais (REY, 2011).
Outros sintomas gerais são: anemia, emagrecimento, astenia, desidratação, irritabilidade nervosa, depressão (NEVES, 2003).
Diagnóstico
Os métodos utilizados são: (NEVES, et al; 2011).
Extração das larvas da massa fecal: é feita com água tépida e baseada no hidro e termotropismo desses organismos. Usa-se volumes relativamente grandes de matéria fecal, colocada sobre uma tela forrada de gaze, e posta em contato com a água. As larvas migram para a água e sedimentam. Um só exame revela 60 a 80% dos casos positivos, devendo repetir três a cinco vezes para conseguir 100% de bons resultados;
Coprocultura: é feita pelo método de Harada-Mori ou pelo método de Baermann de cultivo sobre carvão ativado em placas fechadas, que requerem menores quantidades de fezes e se adaptam melhor aos inquéritos parasitológicos de massa. Essas técnicas dão maiores percentagens de resultados positivos.
Testes imunológicos: boas indicações para o diagnóstico desta parasitose, mas a confirmação pelo encontro das larvas é essencial. O teste de ELISA, feito com antígeno de S. ratti, permite reconhecer a maioria dos casos de parasitismo, mas dá reações cruzadas com ascaríase e, sobretudo ancilostomíase.
Controle e profilaxia
Hábitos higiênicos são essenciais, visto que a infecção pode se manter durante vários anos no mesmo indivíduo. O uso de calçados, a limpeza e a higiene adequada dos alimentos crus a serem ingeridos são pontos cruciais na prevenção desta helmintíase (ANDRADE, 2010).
Em pacientes imunodeprimidos, parasitológicos seriados devem ser realizados periodicamente utilizando-se o método de Baermann-Moraes. Em paciente com AIDS, está indicado o uso profilático secundário de tiobendazol por dois ou três dias, mensalmente para evitar recidivas da moléstia (NETO; 2008).

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