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Queimaduras - 2012/2

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Queimaduras
Medicina XIV
2012
Prof.: 
Nazaré O. Nazário
Acadêmicos: 
Filipe Euclides Gobatto
José Ricardo Grams Schimtz
Lucas Natale Cardoso
Priscila Visnieski Zenerato
Rubia Karine De Marco Barasuol
Vinicius Soares
 
Roteiro de apresentação
O que é a Queimadura 
Estimativa da lesão
Queimaduras especiais
Aspectos éticos no APH
Cuidado humanizado
A cena
Biossegurança
Avaliação primária
Avaliação secundária
Vias aéreas, lesão por inalação e intoxicação por gás
Transporte do queimado
Prevenção das queimaduras
1. O QUE É A QUEIMADURA?
É uma lesão no epitélio de revestimento do corpo causada por agentes térmicos, radioativos, químicos ou elétricos
A PELE
Formada por:
Epiderme: protege e 
isola o organismo do meio. 
Sem vasos sanguíneos
Derme: confere elasticidade e resistência à pele. Com vasos e terminações nervosas
 
NAZÁRIO, Nazaré Otilia; LEONARDI, Dilmar Francisco. Queimaduras: atendimento pré-hospitalar. Palhoça, Ed. Unisul, 2012
2. ESTIMATIVA DA LESÃO: Extensão e profundidade
Deve-se examinar a extensão e profundidade
Área e profundidade:
 Temperatura x Tempo de exposição
NAZÁRIO, Nazaré Otilia; LEONARDI, Dilmar Francisco. Queimaduras: atendimento pré-hospitalar. Palhoça, Ed. Unisul, 2012
2. ESTIMATIVA DA LESÃO: Profundidade
Fenômeno progressivo.
PHTLS, 2007
2.1 - PRIMEIRO GRAU
Afeta apenas a epiderme
Apresenta vermelhidões ( hiperermia intensa)
Desconforto e hipersensibilidade
Evolução:
Melhora espontânea em 2 a 3 dias, com possível descamação.
Requer apenas hidratação local
e sintomáticos
2. ESTIMATIVA DA LESÃO: Profundidade
NAZÁRIO, Nazaré Otilia; LEONARDI, Dilmar Francisco. Queimaduras: atendimento pré-hospitalar. Palhoça, Ed. Unisul, 2012
2.2 - SEGUNDO GRAU SUPERFICIAL
Afeta a epiderme e a derme papilar
Formação de bolhas (característico de queimadura de 2º grau)
Hiperemia intensa, edema, dor, hipersensibilidade, exsudação da pele
Aspecto “úmido, vermelho e brilhante”
Evolução:
Melhora em 15 dias
NÃO FURAR BOLHAS
 
2. ESTIMATIVA DA LESÃO: Profundidade
NAZÁRIO, Nazaré Otilia; LEONARDI, Dilmar Francisco. Queimaduras: atendimento pré-hospitalar. Palhoça, Ed. Unisul, 2012
2.3 - SEGUNDO GRAU PROFUNDA
Afeta a epiderme, a derme papilar e parte da derme reticular
Bolhas, parte da vascularização é destruída, sensibilidade reduzida
Aspecto rosa-esbranquiçado
Evolução:
Regeneração mais lenta, acompanhada de
tecido cicatricial
Possibilidade de infecção maior
 
2. ESTIMATIVA DA LESÃO: Profundidade
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2.4 - TERCEIRO GRAU
Afeta a pele inteira
Não forma bolhas, vascularização e terminações nervosas destruídas, pouca ou nenhuma sensibilidade 
Forma escaras duras e inelásticas que vão do branco ao marrom ou preto 
Evolução:
Não há regeneração (haverá 
cicatrizes)
Alta infecção
 
2. ESTIMATIVA DA LESÃO: Profundidade
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O cálculo é feito em porcentagem por métodos visuais
A porcentagem e profundidade determinam o prognóstico e tratamento da vítima
 A) Esquema de Lund Browder:
 
2. ESTIMATIVA DA LESÃO: Extensão 
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2. ESTIMATIVA DA LESÃO: Extensão
B) Regra dos Nove
Mais usada e permite o cálculo por aproximação
Crianças: adaptações pois a cabeça é maior proporcionalmente
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2. ESTIMATIVA DA LESÃO
 Prognóstico do Queimado
Classifica vítimas de queimaduras pela extensão, profundidade da área afetada e gravidade
Usa-se normalmente o índice de Garcés
Não considerar critério absoluto, pois a idade, doenças pré-existentes e lesões inalatórias são importantes
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3. QUEIMADURAS ESPECIAIS
3.1 QUEIMADURAS ELÉTRICAS
Lesão tecidual ocasionada pela passagem de corrente elétrica
Ponto de entrada(foco) - ponto de saída
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3.1 QUEIMADURAS ELÉTRICAS 
Destruição da massa muscular resulta na presença de pigmentos escuros
Insuficiência renal aguda – urina cor de chá
Ritmos anormais do coração(arritmia)- FV e taquicardia ventricular sem pulso
 
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3. QUEIMADURAS ESPECIAIS
3.1 QUEIMADURAS ELÉTRICAS 
 TIPOS DE CHOQUE ELÉTRICOS:
Tensões < 50V são inofensivas
Tensões entre 50V-1000V: pequenas e médias lesões
Tensões > 1000V: Graves lesões e até morte
 Pacientes que sofrem choque elétrico aplica-se:
I. ABC
II. Imobiliza-se fraturas
III. Encaminha-se para unidade hospitalar 
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3. QUEIMADURAS ESPECIAIS
CHOQUES ELÉTRICOS
3. QUEIMADURAS ESPECIAIS
3.1 QUEIMADURAS ELÉTRICAS 
3.2 QUEIMADURAS POR RADIAÇÃO
Considerar: quantidade de energia absorvida
		 tipo de radiação
Prioridades: remoção da fonte de contaminação 			 remoção de roupas contaminadas 
		 irrigar o paciente
		 reanimação volêmica
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3. QUEIMADURAS ESPECIAIS
Náusea , Vômito
Dor abdominal
Diarréia sanguinolenta
Isquemia intestinal
3.2 QUEIMADURAS POR RADIAÇÃO
SINTOMAS DO PACIENTE VÍTIMA DE QUEIMADURA POR RADIAÇÃO:
		
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3. QUEIMADURAS ESPECIAIS
18
3.2 QUEIMADURAS POR RADIAÇÃO
3. QUEIMADURAS ESPECIAIS
3.3 QUEIMADURAS QUÍMICAS
Exposição:
 Gravidade: Duração de contato
		 Natureza e concentração da substância 		 Mecanismo de ação da substância
 Agentes químicos: 
		 ÁCIDOS necrose de coagulação
		 BASES necrose por liquefação
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3. QUEIMADURAS ESPECIAIS
3.3 QUEIMADURAS QUÍMICAS
Tratamento de queimaduras
 químicas:
Socorrista: EPI-Roupa especial:
Identificação do agente químico
Respeitar zona de contaminação
Evitar contaminação dos equipamentos e veículo
Paciente: Remoção das roupas e descarte adequado:
Substância na pele - retirada com escovação
Irrigação – cuidado com acúmulo
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3. QUEIMADURAS ESPECIAIS
3.3 QUEIMADURAS QUÍMICAS
Tratamento de queimaduras químicas:
 Lesões de olhos: Irrigar continuamente
 Lente de Morgan + anestésico local
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3. QUEIMADURAS ESPECIAIS
3.3.QUEIMADURAS QUÍMICAS
CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
 
3. QUEIMADURAS ESPECIAIS
Zona quente: 
Zona Morna: 
Zona fria: 
4. ASPECTOS ÉTICOS NO APH AO QUEIMADO
Os traços de caráter derivam das responsabilidades 
Na obra: Princípio da biomedicina ética de Beauchamp e Childress 
Os princípios éticos gerais aos problemas da pratica assistencial:
4.1. Beneficiência
4.2. Justiça
4.3. Autonomia 
4.4. Não maleficiência.
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4.1 BENEFICIÊNCIA
Toda ação deve ser realizada em beneficio do outro
4.2 NÃO MALEFICIÊNCIA
Não prejudicar (Análise da cena)
4.3 AUTONOMIA
Direito de receber informações, emitir opiniões e consentir ou recusar 
4.4 JUSTIÇA
Direito de todos receberem assistência a saúde
4. ASPECTOS ÉTICOS NO APH AO QUEIMADO
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5. HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO À PESSOA QUEIMADA
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Humanismo - do latim humanus
Alguém que valoriza a vida e valores humanos
Respeito e compreensão entre vítima e PDS
Atributos fundamentais no cuidado pré-hospitalar:
5.1 - Alteridade
5.2 - Acolhimento
5.3 - Ambiência
5. HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO À PESSOA QUEIMADA
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5.1 ALTERIDADE:
Relação de respeito mútuo às:
Crenças, valores e individualidade
5.2 ACOLHIMENTO:
Ação de “estar com” ou “próximo de” com relevância:
Ética: compromisso com a alteridade
Estética: estratégias de construção humanitária
Política: compromisso coletivo de “estar com”
5.3 AMBIÊNCIA
Espaço de intervenção - local de urgência e social
Eixos praticados simultaneamente
Espaço confortável para facilitar o trabalho
5. HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO À PESSOA QUEIMADA
Princípios 
Basilares
do CH
Simultaneidade
Permeabilidade
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5. HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO À PESSOA QUEIMADA
POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DO SUS - HumanizaSUS
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Construção de SUS universal, equânime e integral
Diretrizes no APH da pessoa queimada
Avaliação do grau de risco
Prover acesso a hospitais e transferências
Definir protocolos clínicos
6. A CENA
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Avaliar segurança do local e sinalizá-lo
Quantos envolvidos? 
O que Aconteceu? 
São necessários mais recursos?
Ex: Riscos de explosão, fios elétricos caídos, materiais químicos desconhecidos
Eliminar agentes causadores de lesões
Caso o local não esteja seguro, não iniciar tratamento e retirar-se do local
6. CENA
Cenários de queimaduras
Particularidades em suas avaliações:
 Incêndios
 Queimaduras por eletricidade
 Queimaduras por produtos químicos
 Colisões seguidas de incêndios
 Radiação
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7. BIOSSEGURANÇA
Uso dos EPIs: 
Luvas, máscaras de fluxo unidirecional e óculos.
Ambientes potencialmente perigosos - EPIs nível B:
Roupas (proteção contra respingos) resistentes a subst. químicas e fontes autônomas de respiração
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8. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
8.1 Realizar ABC
A – Manutenção das vias aéreas 
Trauma?
Presença de corpos estranhos?
B - Respiração
Ver, ouvir e sentir
Sem respiração? 2 ventilações ou MH
C – Circulação
Pulso Carotídeo? (10 s) 
Compressão torácica
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9.1 - Anamnese direcionada a história da queimadura:
Qual o agente causador?
Quando Ocorreu?
Houve inalação de fumaça?
9. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
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9.2 - Exame físico detalhado ABCDE
	
Entre etapas A e B verificar:
 Envenenamento por CO 
		Hipóxia? 
		Palidez cutânea e labial?
 Lesão acima da glote 
		Obstrução das VAS?
 Lesão abaixo da glote 
		Tosse? Sibilos? Secreção pulmonar? 			Depósito de fuligem na orofaringe?
9. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Etapa C
 Reposição Volêmica por via parenteral:
 Adultos Super. Corporal Queimada(SCQ) > 15% 
 Crianças mais de 10% de SCQ.
Etapa D (Exame neurológico)
 Confirmar a impossibilidade de comprometimento neurológico para a ADM de analgésicos.
9. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
NAZÁRIO, Nazaré Otilia; LEONARDI, Dilmar Francisco. Queimaduras: atendimento pré-hospitalar. Palhoça, Ed. Unisul, 2012
9. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
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Etapa E
Exposição:
	Remover roupas, jóias e outros pertences (Evitar maisqueimadura) 
	Paciente coberto com um lençol limpo e seco (evitar hiportermia)
Verificar a extensão
Verificar grau da lesão
10. VIAS AÉREAS, LESÃO POR INALAÇÃO E INTOXICAÇÃO DE GASES
30% dos pacientes com queimaduras extensas apresentam lesão inalatória
Sua presença aumenta em 20% a mortalidade associada à extensão da queimadura
Por isso é PRIORIDADE o controle das vias aéreas
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10. VIAS AÉREAS, LESÃO POR INALAÇÃO E INTOXICAÇÃO DE GASES
10.1 Como ocorre a lesão por inalação?
Acesso > de gases tóxicos aos alvéolos em comparação ao O2
Irritação que causam aos tecidos das vias aéreas
Desativação das funções do O2
O APH avalia a capacidade de 
inalação, difusão e liberação de O2 
 
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10. VIAS AÉREAS, LESÃO POR INALAÇÃO E INTOXICAÇÃO DE GASES
10.2 Os Gases tóxicos - Classificação:
A) IRRITANTES: agridem o aparelho respiratório e olhos
	1) Altamente solúveis: efeitos irritantes mucosas (Amônia e cloro)
	2) Menos solúveis: causam toxidade no trato respiratório inferior (Fosfogênio e NO2)
SINTOMAS: dores de cabeça, sensibilidade nasal, edema de glote, taquipnéia, sibilos, tosse, eritema
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10. VIAS AÉREAS, LESÃO POR INALAÇÃO E INTOXICAÇÃO DE GASES
10.2 Os Gases tóxicos - Classificação
B) ASFIXIANTES
	1) Simples: gases inertes que em altas concentrações reduzem a disponibilidade de O2 (CO2, metano, butano)
	2) Químicos: impedem a utilização bioquímica do O2 (CO, H2S e substâncias meta-hemoglobinizantes)
 
 
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B.1 - Butano (inodoro)
Sintomas: cefaléia, sonolência, cianose, asfixia, náuseas, vômito, taquicardia, arritmia e hipotensão
Tratamento: Inibir a exposição, oxigenoterapia, monitoração cardíaca e gasometria arterial
10. VIAS AÉREAS, LESÃO POR INALAÇÃO E INTOXICAÇÃO DE GASES
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B.2 - Monóxido de Carbono (Insípido e não-irritante)
Sintomas: Fadiga, náusea, vômito, inconsciência, taquicardia, arritmia, convulsão, IR e até a morte
Tratamento: Inibir a contaminação, manutenção de vias aéreas, assistência respiratória e cardiovascular
10. VIAS AÉREAS, LESÃO POR INALAÇÃO E INTOXICAÇÃO DE GASES
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B.3 - Cianeto de Hidrogênio (Letal e odor de “amêndoas amargas”).
Sintomas: Hipóxia celular, níveis de consciência alterados, tonturas, cefaléia, taquicardia, taquipnéia
Tratamento: Uso de antídoto (libera o cianeto da circul.) Nitrato de amila, nitrato de sódio, tiosulfato de sódio
10. VIAS AÉREAS, LESÃO POR INALAÇÃO E INTOXICAÇÃO DE GASES
NAZÁRIO, Nazaré Otilia; LEONARDI, Dilmar Francisco. Queimaduras: atendimento pré-hospitalar. Palhoça, Ed. Unisul, 2012
10. VIAS AÉREAS, LESÃO POR INALAÇÃO E INTOXICAÇÃO DE GASES
10.3 Como fazer o controle das vias aéreas?
Passo B do ABC
Uso de altas concentrações de
O2 para dissolver possíveis tóxicos
Uso da máscara facial com reservatório
Possível intubação traqueal
 
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10. VIAS AÉREAS, LESÃO POR INALAÇÃO E INTOXICAÇÃO DE GASES
10.3 Como fazer o controle das vias aéreas?
O APH precoce salva vidas
A oxigenação correta é eficiente na dissolução de tóxicos
Evita danos no trato respiratório e demais tecidos
 
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11. TRANSPORTE DE QUEIMADOS
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 Monitorização contínua:
 Sinais vitais de queimaduras de VA
Imobilização de fraturas - controlar dor e hemorragia
 VA com insuficiência ventilatória eminente – imediata Intubação traqueal
Iniciar reposição volêmica
11. TRANSPORTE DE QUEIMADOS
Manter o paciente com O2 100% - SpO maior que 95%
Observar: Permeabilidade da VA e ventilações
Descontaminar antes do transporte (Queimaduras químicas)
Escarotomia e controle de sangramento (Queimaduras 
circunferências) 
Elevar o membro lesionado
 
NAZÁRIO, Nazaré Otilia; LEONARDI, Dilmar Francisco. Queimaduras: atendimento pré-hospitalar. Palhoça, Ed. Unisul, 2012
12. PREVEÇÃO DE QUEIMADURAS
As queimaduras são acidentes frutos do infortúnio e não do descaso. 
A prevenção requer medidas relativamente simples:
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12. PREVENÇÃO DAS QUEIMADURAS
Campanha lançada em Petrolina UNIVASF
12.1 – EDUCAÇÃO E PUBLICIDADE
A prevenção pela realização de:
Campanhas - sobre o perigo das queimaduras 
Práticas preventivas no âmbito doméstico, escolar ou empregatício
Embasadas na informação da população por meio de jornais, revistas, televisão e internet 
NAZÁRIO, Nazaré Otilia; LEONARDI, Dilmar Francisco. Queimaduras: atendimento pré-hospitalar. Palhoça, Ed. Unisul, 2012
12.2 – TRANSFORMAÇÃO DE AMBIENTES
Domiciliar: Padrão brasileiro de plugues e tomadas elétricas, INMETRO
Empregatício: CIPAS - Legislação trabalhista pune e regulamenta empresas
12.3 – LEGISLAÇÃO
Lei N 12.026, de 09.09.09 - Congresso Nacional 
Dia 06.07 - dia nacional de luta contra as queimaduras
12. PREVENÇÃO DAS QUEIMADURAS
NAZÁRIO, Nazaré Otilia; LEONARDI, Dilmar Francisco. Queimaduras: atendimento pré-hospitalar. Palhoça, Ed. Unisul, 2012
Willian Osler (1849-1919): 
“Tão importante quanto conhecer a queimadura que a pessoa tem, é conhecer a pessoa que tem a queimadura.”
FIM

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