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Ativos Biológicos e valor justo

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA- UNIR
CAMPUS – PROFESSOR FRANCISCO GONÇALVES QUILES
Sadrac Ramos Campos
MUNDANÇAS DECORRENTES DO CPC 29 PARA A CONTABILIDADE RURAL BRASILEIRA; E O TRATAMENTO TRIBUTÁRIO PARA ESSE SETOR
Cacoal-RO
2013
Sadrac Ramos Campos
MUNDANÇAS DECORRENTES DO CPC 29 PARA A CONTABILIDADE RURAL BRASILEIRA; E O TRATAMENTO TRIBUTÁRIO PARA ESSE SETOR
 
Artigo apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina de Contabilidade de Agronegócio ministrada pelo professor mestre Cleberson Eller Loose.
Cacoal-RO
2013
MUNDANÇAS DECORRENTES DO CPC 29 PARA A CONTABILIDADE RURAL BRASILEIRA; E O TRATAMENTO TRIBUTÁRIO PARA ESSE SETOR
Sadrac Ramos Campos[2: Acadêmico do 6° período do curso de ciências contábeis da Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR.]
Resumo
A atividade agrícola sempre foi de grande importância para a economia do Brasil, atualmente essa atividade, sozinha, representa 22% do Produto Interno Bruto-PIB (Ministério da Agricultura, 2013). Portanto é relevante tratamos aqui das peculiaridades da contabilidade aplicada nesse seguimento da economia. Por meio de revisão teórica, tendo como base artigo publicados e pronunciamentos técnicos disponíveis na internet, e livros, conceituamos ativo biológico, sua mensuração pelo valor justo e o tratamento tributário para o agronegócio.
Palavras-chave: ativos biológicos; mensuração pelo valor justo, imposto de renda.
1 Introdução
	O objetivo deste artigo é abordar o tratamento contábil, a conceituação e a forma de mensuração relacionada aos ativos biológicos e caracterizar a tributação no agronegócio, tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica.
	Pretende-se definir ativos biológicos, quando uma entidade deverá fazer o reconhecimento desses em seu patrimônio, e sua forma de mensuração. E para tornar mais clara à definição de ativos biológicos, trata-se também de produtos agrícolas e atividade agrícola neste artigo.
	Diferencia-se também no artigo o método de mensuração pelo valor justo do custo histórico, demonstrando qual é mais indicado na contabilidade rural para mensurar os ativos biológicos e seus produtos agrícolas, indica quando um ativo biológico não poderá ser mensurado pelo valor justo e qual é o tratamento cabível nessa situação.
	Expor-se a forma de tributação da atividade de rural os incentivos dados pela legislação, as adequações dos tratamentos e dos princípios contábeis para essa atividade, e as práticas aceitas. 
2 Ativos biológicos
	O Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que é responsável por fazer as convergências das normas internacionais, edita em agosto de 2009, com vigência a partir de janeiro de 2010, devendo ser aplicado obrigatoriamente pelas empresas do setor (agronegócio) em janeiro de 2010 (PEREIRA e LIMA, 2011), o pronunciamento técnico CPC 29, em correlação com a norma internacional IASB 41, que trata de ativos biológicos e produtos agrícolas.
	Segundo definição do CPC 29 (2009) ativos biológicos são os ativos dotados de vida, animais ou plantas, e que esteja sujeito as transformações biológicas. E Transformação biológica compreende o processo de crescimento, degeneração, produção e procriação que causam mudanças qualitativa e quantitativa no ativo biológico.
	Atividade agrícola é o gerenciamento da transformação biológica e da colheita de ativos biológicos para venda ou para conversão em produtos agrícolas ou em ativos biológicos adicionais, por uma entidade (CPC 29, 2009). Tendo em vista que produto agrícola e o produto resultante do processo de colheita de um ativo biológico (CPC 29), como por exemplo, a lã (produto agrícola) e o carneiro (o ativo biológico), o porco e a carcaça, na mesma lógica, entre vários outros.
	Sendo assim não são produtos agrícolas produtos resultantes de atividades extrativos, onde não há gestão dos ativos biológicos, como a pesca em rios ou mar, extração de madeira e de látex na floresta natural, por exemplo.
	Uma entidade deverá reconhecer um ativo biológico apenas quando, segundo o CPC 29 (2009,10), “(a) controla o ativo como resultado de eventos passados; (b) for provável que benefícios econômicos futuros associados com o ativo fluirão para a entidade; e (c) o valor justo ou custo do ativo puder ser mensurado confiavelmente”. 
2.1 Mensuração pelo valor justo
	O valor justo não é uma mensuração específica da entidade, é uma mensuração baseada do mercado. Segundo o pronunciamento técnico CPC 46 (2012), define valor justo como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação ordenada entre participantes do mercado na data de mensuração.
	Quanto à responsabilidade de determinar o valor justo, a determinação do valor justo de instrumentos financeiros é de responsabilidade exclusiva da administração (CPC 14 par. 19). Esses atributos obrigam os profissionais envolvidos conheçam os critérios e metodologia de calculo, além de conhecerem os valores cotados no mercado de ativo.
	Mercado de ativo segundo o CPC 29 (2009): 
Um mercado ativo é aquele em que existem todas as seguintes condições: (a) os itens negociados dentro do mercado são homogêneos; (b) compradores e vendedores dispostos à negociação podem ser encontrados, normalmente, a qualquer momento: e (c) os preços estão disponíveis para o público. 
	Quanto aos ativos biológicos, deveram ser mensurados ao valor justo, menos o custo de vender, no momento do reconhecimento inicial e no final de cada período de competência, exceto, em que o valor justo não pode ser mensurado de forma confiável (CPC 29, 2009). Quanto aos produtos agrícolas colhido de ativos biológicos de uma entidade deverá ser mensurado ao valor justo, menos o custo de vender, no momento da colheita.
	Se existir um mercado ativo para o ativo para o ativo biológico, considerando sua situação e localização esse poderá se usado como base do valor justo, caso a entidade atue em vários mercados do mesmo ativo deverá usar o mais relevante como base. Levando em consideração que a agricultura é uma atividade de extrema necessidade e que o agronegócio é um ramo ativo da economia, chega-se a conclusão que dificilmente um ativo biológico não terá mercado ativo.
	Entretanto se não houver um mercado ativo, a entidade usará uma ou mais das seguintes alternativa para apuração do valor justo, CPC 29 (2009):
(a) o preço de mercado da transação mais recente, considerando que não tenha havido nenhuma mudança significativa nas circunstâncias econômicas entre a data da transação e a de encerramento das demonstrações contábeis; (b) preços de mercado de ativos similares com ajustes para refletir diferenças; e (c) padrões do setor, tais como o valor de um pomar expresso pelo valor de container de exportação, alqueires ou hectares, e o valor de gado expresso por quilograma ou arroba de carne. 
2.2 Incapacidade para mensurar de forma confiável o valor justo
	Precede-se de que o valor justo de um ativo biológico pode ser mensurado de forma confiável. Contudo, se tal ativo biológico cujo preço deveria ser determinado pelo mercado, no entanto este não o tem disponível e as alternativas para estimá-los de forma clara e confiável. Em tais situações o ativo biológico deverá se mensurado de ser mensurado pelo valor ao custo mesmo qualquer depreciação e perda irrecuperabilidade acumulada.
	Segundo Marion e Sagatti (2010, p. 51), pelo método de custo histórico, “os ativos são incorporado à entidade pelo valor de aquisição ou pelo custo de fabricação (incluindo os gastos para colocaro ativo em condição de gerar benefício para empresa)”. No que trata os ativos biológicos, considera-se custo da atividade todos os gastos identificáveis direta ou indiretamente à cultura, como semente, adubo, mão de obra, depreciação de máquinas e equipamentos etc. (Oliveira, 2010).
	Um ativo biológico também será mensurado pelo custo, quando em estágio inicial de desenvolvimento ou porque seu ciclo de produção é excessivamente longo, a norma aceita o valor de custo como um indicativo do valor justo. Devido no primeiro caso houve apenas uma pequena transformação biológica e no segundo a transformação é imaterial devido o ciclo produtivo. (Lima e Pereira, 2011).
Contudo “quando o valor justo de tal ativo biológico se tornar mensurável de forma confiável, a entidade deverá mensurá-lo ao seu valor justo, menos os custos de vender” (CPC 29, 2009, p. 8).
3 Características da tributação no agronegócio
	São tributadas com base nas mesmas regras aplicáveis às demais pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, inclusive sujeitando-se ao adicional do imposto de renda à alíquota de 10% (dez por cento) (RECEITA FEDERAL, 2011).
	Caso a pessoa jurídica desenvolva outras atividades além da rural, segundo Marion e Segatti (2010, p. 158) essa entidade “[...] deverá segregar contabilmente as receitas, os custos e as despesas referente à atividade das demais atividades, bem como demonstrar, no livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), separadamente, o lucro ou prejuízo fiscal dessas atividades.”
	“Quando não for possível a segregação contábil, a pessoa jurídica deverá ratear, proporcionalmente à percentagem (sic) que a receita líquida de cada atividade representar em relação à em relação à receita líquida total” (MARION E SAGATTI, 2010, p. 158), os custos e as despesas comuns a todas as atividades, os custos e despesas comuns e não dedutíveis, e as demais valores comuns a todas as atividades.
	Quanto aos incentivos fiscais para a atividade, segundo Receita Federal (2011, p. 3) “os bens do ativo imobilizado (máquinas e implementos agrícolas, veículos de cargas e utilitários rurais, reprodutores e matrizes etc.), exceto a terra nua, quando destinados à produção, podem ser depreciados, integralmente, no próprio ano-calendário de aquisição”; 
	E ainda admite a compensação de prejuízos fiscais em exercícios em exercícios posteriores, deduzindo do lucro real, não havendo restrição de prazo para tal compensação e não aplicando o limite de 30% (MARION E SAGATTI, 2010).
	Referente aos outros tributos, “as pessoas jurídicas que explorem atividades rurais estão sujeitas aos pagamentos da Contribuição Social sobre o Lucro, Imposto de Renda, Pis, Confins e Funrural, como as demais empresas” (MARION E SAGATTI, 2010, p. 163). 
	
4 Considerações finais
	O pronunciamento técnico, da International Accounting Standards Board – IASB, IAS 41 trouxe um novo conceito para a atividade rural, no Brasil a adequação à norma foi feita pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis através do CPC 29, publicado em 2009 que entrou em vigor em 2010, com novos conceitos, ativos biológicos e a mensuração pelo valor justo.
	As vantagens da utilização do valor justo para mensuração do ativo é sua relevância para tomada de decisões pelos usuários. Este método está mais próximo bem mais próximo do valor econômico de realização do ativo. A dificuldade do uso desse método reside na subjetividade de seu cálculo, principalmente quando não há preços observáveis no mercado para este ativo.
	Dada a importância da atividade rural para economia do país e de espera-se que o governo incentive de forma a torna a atividade viável e lucrativa, embora seja necessário, para beneficiar-se dos incentivos fiscais, fazer a separação dos custos, despesas e resultados, da atividade rural da demais.
5 Referências
AGRICULTURA, ministério da, Agronegócio <http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/setores-da-economia/agronegocio/print>. Acessado em 19/08/2013 acessado em 19/08/2013 às 16:39. 
LIMA, Silene Jucelino de; PEREIRA, Antonio Nunes. Ativos Biológicos: uma análise documental e descritiva sobre a mensuração da IAS 41 e do CPC 29 numa perspectiva de Teoria Contábil Normativa. Disponível em <http://www.engema.org.br/upload/pdf/2011/602-466.pdf>. Acessado em 19/08/2013 às 17:00.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, Pronunciamento Técnico CPC 29, Disponível em <http://www.cpc.org.br/mostraOrientacao.php?id=45>. Acessado em 19/08/2013 às 22:00.
COMITÊ DE PRONUCIAMENTOS CONTÁBEIS, Pronunciamento Técnico CPC 46. Disponível em <http://www.cpc.org.br/mostraOrientacao.php?id=96>. Acessado 25/08/2013 às 23:00.
MARION, José Carlos; SAGATTI, Sônia; Contabilidade da Pecuária, 9 ed. – São Paulo: Atlas 2010.
OLIVEIRA, Neusa Corte de. Contabilidade do Agronegócio: Teoria e Prática. 2 ed.	- Curitiba: Juruá, 2011.
BRASIL, receita federal do, Capitulo XII Atividade Rural 2012, Disponível em <http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/dipj2012/CapituloXII-AtividadeRural2012.pdf>. Acessado em 24/08/2013 às 21:00.

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