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CCJ0015-WL-C-PP-Aula-12-02-Guido Cavalcanti

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Prof. Guido Cavalcanti
O penhor foi, historicamente, o segundo direito real de garantia adotado pelo Direito Romano. 
O devedor entregava o bem ao credor, que o guardava na condição de depositário, até que fosse paga a dívida. Paga esta, o bem era então restituído ao devedor.
Na verdade, assim funciona até hoje o penhor. Seu mecanismo é bastante simples, gerando o conseqüente direito real de garantia, cujo titular é o credor.
A relação jurídica real se estabelece entre o credor, titular, e todos os não-titulares, ou seja, todas as demais pessoas não detentoras de direito real de penhor sobre aquele bem.
De início, cumpre não confundir penhor com penhora.
Penhor, como acabamos de ver, é direito real de garantia. 
Penhora é ato judicial, pelo qual o magistrado ordena que os bens do devedor inadimplente sejam arrecadados para solver suas dívidas. É arrecadação judicial de bens do devedor inadimplente. 
O verbo correspondente ao substantivo penhora é o verbo penhorar. 
Já o verbo referente ao substantivo penhor é o verbo empenhar, sendo de menos freqüente utilização o verbo apenhar
Definição — Por tudo o que vimos acima, podemos dizer que ocorre penhor quando o devedor, ou um terceiro em seu nome, entrega ao credor bem móvel, livre e desonerado, em garantia da dívida
O penhor, por sua natureza, é contrato. Contrato gerador de relação jurídica real.
Só se aperfeiçoa após a tradição da coisa dada em garantia.
0 devedor entrega a coisa ao credor, perdendo a posse direta sobre ela. Continua sendo dono, mas perde a posse direta
Objeto - O objeto do penhor deverá ser bem móvel ou suscetível de mobilização, como uma mata de eucaliptos.
O penhor envolve tanto o bem principal como todos os acessórios que não sejam expressamente excluídos. 
Portanto, se empenho meu automóvel, estarei empenhando as rodas de liga leve, salvo disposição contrária.
O penhor pode recair sobre coisa infungível, quando se dirá penhor regular, ou pode recair sobre coisa fungível, quando se denominará penhor irregular ou depósito em caução.
Sendo irregular o penhor, o credor, uma vez que o devedor pague a dívida, ficará obrigado a restituir coisa de mesma espécie, qualidade e quantidade. 
Exemplo seriam sacas de arroz como objeto de penhor.
 Ocorre que, paralelamente, a Lei exige forma escrita. 
Esta pode ser pública ou particular, devendo, de todo modo, ser levada a registro no Cartório de Títulos e Documentos (penhor comum, de direitos e de títulos de crédito e penhor de veículos) ou no Cartório de Imóveis (penhor rural, industrial e mercantil) para gerar efeitos erga omnes.
Direitos do credor -Dentre os direitos do credor pignoratício, podemos apontar a posse. Por outros termos, o credor pode reter a coisa em seu poder, até o adimplemento da obrigação pelo devedor.
Outro direito do credor é o de excutir o penhor, uma vez que a obrigação vença sem ser paga. 
Isto quer dizer que o credor acionará a Justiça, a fim de penhorar a coisa e vendê-la em hasta pública. 
O saldo da venda será restituído ao devedor. Se for negativo, o devedor continuará devendo.
É lógico que a venda pode ser extrajudicial, ou pode haver dação em pagamento, caso em que o credor simplesmente se apropria da coisa. 
Mas, em ambos os casos, é necessária a anuência do devedor.
Se a coisa empenhada se deteriorar ou perecer, sem culpa do credor, este pode exigir reforço ou substituição da coisa, sob pena de vencimento antecipado da obrigação.
Neste caso, será também opção do credor a venda antecipada da coisa, desde que autorizado judicialmente.
Poderá ainda o credor fruir de tudo o que produza a coisa empenhada, devendo, contudo, imputar estes frutos de que se apropriou nas despesas de guarda e conservação, nos juros e no capital da obrigação garantida, seguindo esta ordem.
Assim, imaginemos que A tenha dado em penhor a B um plantel de vacas leiteiras. 
O gado foi transferido para a fazenda de B. B poderá fruir do leite, das crias, do couro e de tudo o mais que as vacas produzam. 
Deverá, porém, subtrair estes ganhos do valor que teria a receber de A, a título de ressarcimento por despesas de guarda e conservação do gado, a título de juros e a título do capital principal da obrigação garantida, seguindo esta ordem. 
Deveres do credor - Enquanto depositário da coisa, seu possuidor direto, o credor deverá zelar por ela como se fosse sua. 
Responde por todos os casos de perecimento ou deterioração advindos de culpa sua.
Satisfeita a obrigação, o credor pignoratício tem o dever de restituir a coisa ao devedor. Restituí-la com todos os acessórios.
Penhor legal-O penhor convencional, do qual tratamos até o momento, é fruto de acordo entre devedor e credor. 
Além dele, admite a Lei outra espécie de penhor, chamado penhor legal. Legal porque oriundo de norma legal e não de acordo de vontades entre credor e devedor
O art. 1.467 do Código Civil arrola os casos de penhor legal. Segundo os dizeres do Código, têm penhor legal, independentemente de convenção,
os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito.
Assim, se um indivíduo consome em restaurante e não paga, o dono do estabelecimento terá direito de penhor, conferido por lei, sobre os móveis como casaco, relógio etc, jóias ou dinheiro. 
O mesmo ocorrerá em hotel, pensão, estalagem etc.
Mas não basta tomar do consumidor ou freguês os ditos bens. 
É essencial que, logo em seguida, se requeira a homologação judicial do penhor, conforme os ditames dos arts. 874 a 876 do Código de Processo Civil.
Penhores especiais — A par do penhor convencional e do penhor legal, existem ainda outras modalidades especiais de penhor, atualmente reguladas pelo Código. 
São o penhor rural (agrícola e pecuário), o penhor industrial e mercantil, o penhor de direitos e títulos de crédito e o penhor de veículos.
A grande peculiaridade dessas espécies de penhor é que o próprio devedor terá a posse direta sobre os bens dados em garantia.

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