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Direito Penal - Iter Criminis

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DIREITO PENAL
	ITER CRIMINIS – FASES DO CAMINHO DO CRIME
CONCEITO: É O CAMINHO DO CRIME. SÃO AS FASES PERCORRIDAS PELO INDIVIÍDUO, DESDE ACOGITAÇÃOATÉ ACONSUMAÇÃODO CRIME.
	FASES:
	1° FASE –COGITAÇÃO:Équando o indivíduo mentaliza o crime, quando pensa como irá realizar o crime. essa fase é impunível, não há punição.
	2° FASE –PREPARAÇÃO:Équando o indivíduo reune os elementos ou instrumentos necessários para a realização do crime.Em regra, essa fase também é impunível. Porém, a exceção é quando esse ato preparatório já constitui crime por si só.Exemplo: a compra e o manuseio de arma de fogo, já constitui crime pelo código penal, é ilícito. "exemplo forte: formação de quadrilha.art. 288.associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:"
	3° FASE –EXECUÇÃO:Équando o indíviduo executa o ato criminoso. essa fase já é punível.
HÁ TRÊS TEORIAS A RESPEITO DA EXECUÇÃO DO CRIME. SÃO ELAS:
TEORIA SUBJETIVA: Para esta teoria, basta que se comprove a intenção do indivíduo em praticar o crime, seja verbalizando (falando) ou por suas ações.
TEORIA OBJETIVO FORMAL: Para esta teoria, a execução inicia-se quando o indivíduo coloca em risco o bem jurídico partindo do núcleo do tipo penal (isso quer dizer: matar alguém – matar é o núcleo do tipo penal, assim, só a partir do momento em que o indivíduo começar a matar é que se dirá que está executando o crime). A crítica a essa teoria é justamente o fato dela ser tardia para punir o ato. Exemplo: se um indivíduo apontar uma arma para outro indivíduo, ele ainda não está executando o crime de "matar alguém", somente a partir do momento em que começar a matar é que ele estará executando o crime.
TEORIA OBJETIVO INDIVIDUAL: para essa teoria, o inicío da execução será quando o agente praticar o ato anteriormente ao ato do núcleo do tipo. Ou seja, a partir do momento em que apontar a arma para matar, já estará executando o tipo penal de matar alguém. Essa teoria é majoritária.
	4° FASE –CONSUMAÇÃO:Para essa teoria, consuma-se o ato criminoso quando este reune todos os seus elementos legais. (elementos = tudo que é necessário para a existência do crime).
CLASSIFICAÇÃO DO CRIME QUANTO AO MOMENTO CONSUMATIVO:
A-CRIME MATERIAL: O tipo penal descreveCONDUTA+RESULTADO NATURALÍSTICO(que é indispensável para a consumação). (ex.: furto, homicídio)
B -FORMAL: O tipo penal descreve CONDUTA + RESULTADO NATURALÍSTICO (que é dispensável, sendo mero exaurimento – não precisa do resultado para configurar crime consumado). o crime se consuma com a conduta (por isso que se chama crime de consumação antecipada). ex: ameaça, extorsão (súmula 96 do stj).
C -MERA CONDUTA: O tipo penal descreve apenas a CONDUTA,semresultado naturalístico. Ex: violação de domicílio.
D -CRIME HABITUAL: Aquele que só se faz presente com a repetição da conduta proibida. Desta forma, uma única conduta não será crime. Ex.: art 284
E -CRIME PERMANENTE: Aquele que a consumação se prolonga no tempo.Ex.: art 148 sequestro.
	5° FASE –EXAURIMENTO: Significa a conduta praticada após a consumação. Poderá servir como causa de aumento da pena, como qualificadora, ou crime autônomo. Ex.: art 329, parag 1.
AUMENTO DA PENA=ART 59
QUALIFICADORA=ART 329
CRIME AUTÔNOMO=ART 148, V
TENTATIVA
Previsão Legal e Conceito:Art. 14 – Diz-se o crime: II – tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
ELEMENTOS
Início da Execução
Dolo de Consumação
Nãoconsuma por motivos alheios à vontade do agente
CONSEQUÊNCIA
Art. 14, parágrafo único – Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
FORMAS DE TENTATIVA
Quanto aoiter criminis percorrido
TENTATIVA IMPERFEITA:O agente é impedido de prosseguir no seu intento, deixando de praticar todos os atos executórios a sua disposição. É a chamada tentativa inacabada. Ex.: Tendo 2 tiros, o indivíduo só consegue dar 1 tiro, o que acaba impedindo-o de prosseguir.
PERFEITA:O agente, apesar de esgotar todos os atos executórios, a sua disposição não consuma o crime por circunstâncias alheias à sua vontade. É a chamada tentativa acabada. Também chamada de “crime falho”. Quanto maispróximo da consumação, menor a redução; quanto menos próximo da consumação, maior a redução.
	QUANTO AO RESULTADO PRODUZIDO NA VÍTIMA
TENTATIVA VERMELHA OU CRUENTA: A vítima é atingida. Está mais próxima da consumação (reduz de 1/3).
TENTATIVA BRANCA OUINCRUENTA: A vítima não é atingida. Está mais longe da consumação (reduz de 2/3).
	Quanto à possibilidade de alcançar o resultado
TENTATIVA IDÔNEA: O resultado era possível de ser alcançado, mas não ocorre por motivos alheios.
TENTATIVA INIDÔNEA: Oresultado era impossível de ser alcançado por absoluta ineficácia do meio ou a impropriedade do objeto. É sinônimo de crime impossível (também chamado de “crime oco”).
*Infrações que não admitem a tentativa
I – Crime Culposo
II – Crime Preterdoloso
III –Contravenção Penal (art. 4º da LCP)
IV – Crime de Atentado ou de Empreendimento
V – Crime Habitual
VI – Crimes Unisubsistentes
*A execução não pode ser fracionada:
Crimes Omissivos Puros
Crimes de Mera Conduta
	DOLO EVENTUAL
Art. 15 – O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
QUANTO À PUNIÇÃO DA TENTATIVA
TEORIA SUBJETIVA= Significa que o indivíduo será punido quando seu dolo plenamente demonstrado e suasações condizentes com o mesmo. Desta forma, responde como crime consumado.
TEORIA DA REALIDADE OU TEORIA REALÍSTICA =Mesmo que o agente tenha realizado todos os atos executórios à sua disposição, mas se não houve consumação do crime, o agente responde na modalidade tentada, com pena reduzida.
ESPÉCIES DE TENTATIVA QUALIFICADA
Ponte de Ouro = Não responde pelo Dolo Inicial.
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
Previsão Legal:"Art 15 CP: O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução [...]"
Conceito: O sujeito ativo abandona a execução do crime quando ainda lhe sobra, do ponto de vista objetivo, uma margem de ação.
ARREPENDIMENTO EFICAZ
Previsão legal:"Art. 15: O agente que [...] impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados."
Conceito:Ocorre quando o agente, desejando retroceder na atividade delituosa percorrida, desenvolve nova conduta, após terminada a execução criminosa.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Previsão Legal: “Art. 16 – Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.”
Natureza Jurídica:É uma causa geral de diminuição de pena.
Requisitos: Crimeconsumadosem violência ou grave ameaça à pessoa, tendo a coisa restituída ou o dano reaparado, voluntariamente, antes do recebimento da denúncia.
CRIME IMPOSSÍVEL = Conduta Atípica
“Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta domeio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.”
	Crime impossível por ineficácia absoluta do meio - a ineficácia absoluta do meio se traduz na impossibilidade do instrumento utilizado consumar o delito de qualquer forma. São frequentemente citados como exemplos deste tipo: usar um alfinete ou palito de dente para matar uma pessoa adulta ou querer produzir lesões corporais mediante o mero arremesso de um travesseiro de pluma. Dentro desta categoria está também a hipótese chamada tentativa irreal ou supersticiosa, onde o sujeito deseja matar a vítima através de ato de magia ou bruxaria.
	Crime impossível por impropriedade absoluta do objeto material - ocorre quando a conduta do agente não é capaz provocar qualquer resultadolesivo à vítima. Outro exemplo bastante utilizado neste caso, é a ação destinada a matar umcadáver.
Ex: "Se o agente pretendia roubar tão-somente dinheiro destinado ao pagamento de funcionários, mas deixa o local sem nada subtrair e sem sofrer qualquer interferência alheia que determinasse a interrupção da prática, após ter sido informado de que no local não havia qualquer valor, pois o estabelecimento já havia sido assaltado naquele mesmo dia, incorre no denominado crime impossível, por absoluta impropriedade do objeto que, neste caso, não existia."
Denúncia é a petição inicial que irá gerar uma ação penal proposta, normalmente, pelo Ministério Público.
DOLO
“Art. 18 - Diz-se o crime: doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;”
Conceito:vontade livre e consciente de querer praticar uma conduta descrita em uma norma penal incriminadora.
ESPÉCIES:
	DOLO DIRETO= SIGNIFICA O PRINCIPAL OBJETIVO DO AGENTE. EX.: MATAR;
	DOLO DIRETO DO 2° GRAU OU DETERMINADO OBJETIVO OUINDIRETO= Quando o agente possuído de um determinado objetivo deverá provocar outros resultados necessariamente para conseguir seu objetivo principal;
	DOLO EVENTUAL= Quando o indivíduo não deseja o resultado, mas assume o risco de produzí-lo. ----------PREVISÃOINDIFERENÇAAÇÃO.
ERRO DE TIPO – (Ele só passou o conceito Essencial)
TIPO – no âmbito penal, são os elementos que compõem o fato incriminador de modo que a ausência destes elementos implicaria na inexistência do crime. Exemplo: art. 121. CP. “Matar alguém”. Os elementos do tipo são ‘matar’ e ‘alguém’. O ‘alguém’ refere-se à pessoa humana, logo, se eu matar um animal, eu não pratico o crime previsto neste artigo.
CONCEITO: Quando o indivíduo pratica um fato em erro e sem que perceba praticaum crime previsto no código penal. Isto está descrito no Art. 20, CP. Ocorre o erro de tipo essencial quando a falsa percepção da realidade faz com que o agente desconheça a natureza criminosa do fato. Exemplo: o agente mata uma pessoa supondo tratar-se de animal bravio.
ESPÉCIES DE ERRO DE TIPO:
a) Erro de tipo essencial escusável (ou invencível): quando não pode ser evitado pelo cuidado objetivo do agente, ou seja, qualquer pessoa, na situação em que se encontrava o agente, incidiria em erro. Exemplo:caçador que, em selva densa, à noite, avisa vulto vindo em sua direção e dispara sua arma em direção ao que supunha ser um animal bravio, matando outro caçador que passava pelo local.
b) Erro de tipo essencial inescusável (ou vencível): quando pode serpela observância do cuidado objetivo pelo agente, ocorrendo o resultado por imprudência ou negligência. Exemplo: caçador que, percebendo movimento atrás de um arbusto, dispara sua arma de fogo sem qualquer cautela, não verificando tratar/se de homem ou defera, matando outro caçador que lá se encontrava. Nesse caso, tivesse a agente empregada ordinária diligência, teria facilmente constatado que, em vez de animal bravio, havia um homem atrás do arbusto.
O erro de tipo essencial escusável exclui o dolo e a culpa do agente.
Já o erro de tipo essencial inescusável exclui apenas o dolo, respondendo o agente por crime culposo, se previsto em lei.
CONFLITO APARENTE DE NORMAS
CONCEITO: Quando, aparentemente em relação à um determinado fato, temos a incidência deduas ou mais normas penais. Cabe ressaltar que esse conflito é aparente, onde serão utilizados os princípios da: ESPECIALIDADE, SUBSIDIARIEDADE E DA CONSUNÇÃO.
ESPECIALIDADE: Quando, aparentemente, duas normas incidem sobre um mesmo fato, porém uma normacontém element especializante, um plus em relação à outra norma. Ex.: Crime de contra bando – Art 334-A e Art 33 da Lei de Drogas.
SUBSIDIARIEDADE: Quando determinadas leis regulam o mesmo bem jurídico, só que em diferentes graus de proteção. Neste caso,aplica-se a norma onde haja maior proteção ao bem jurídico, ficando a outra norma a ser aplicada em caso de impossibilidade da primeira. Ressalta-se que esta norma de reserve é conhecida doutrinariamente como “Soldado de Reserva”. -------- SubsidiariedadeExpressa = está explícita na lei.
CONSUÇÃO: Quando determinado crime contém em seus elementos outro crime, de forma que para se praticar o crime mais grave, deverá haver a prática do crime menos grave. “O peixão engole o peixinho.” – Fernando Capez
Ex.: Crime progressivo (para o agente praticar o crime de homicídio, pratica-se, necessariamente, o delito de lesão corporal; homicídio qualificado pela tortura, para se chegar ao homicídio qualificado pela tortura é preciso passar pelo delito de tortura etc.)
Progressão Criminosa. (Ocorre o crime progressivo quando o agente, para alcançar o resultado mais gravoso, passa por outro, necessariamente menos grave. Em outras palavras, o crime progressivo para ser praticado necessariamente viola norma penal menos grave (várias lesões corporais são praticadas para o resultado intencional morte).
Diferencia-se da progressão criminosa porque nesta o agente intenciona praticar um crime menos grave e o faz, mas depois decide praticar outro mais grave e pratica, quando sedá a chamada substituição de dolo.
PROVA
INTER CRIMINISTENTATIVADESISTÊNCIA VOLUNTÁRIAARREPENDIMENTO EFICAZ E POSTERIORCRIME IMPOSSÍVELERRO DE TIPO.
DESCRIMINANTES PUTATIVAS
As descriminantes putativas ocorrem nas hipóteses, em que o agente acredita estar amparado por uma causa legal de exclusão da antijuridicidade (descriminante) que não existe (putativa).
Sendo assim, ele acredita estar amparado pelo estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular de direito. Porém, não há tais situações no caso concreto.
Note, ainda, que o erro recai sobre uma situação fática, que faz o agente acreditar que está amparado pelas descriminantes. Dessa forma, o erro é provocado por uma falsa percepção da realidade.
Isto ocorre, uma vez que o erro sobre a sobre a existência de uma causa de justificação ou sobre os limites de um causa de justificação constitui erro de proibição indireto, que estudaremos a seguir (não é caso de erro de tipo).
Nos casos de erro de tipo estudados acima (descriminantes putativas), a lei penal exclui o dolo, mas permite a punição a título de culpa.
Podemos citar o exemplo do agente que foi jurado de morte por um perigoso traficante do bairro em que morava. Sendo assim, ele decidiu comprar uma arma, tendo em vista que não teria condições de ser protegido pela polícia, durante o dia inteiro. Daí, ele estava passando por uma rua escura, tarde da noite, quando se deparou com o referido traficante, que olhou para o agente e levou as mãos à cintura. Na ocasião, o agente imaginou que levaria um tiro e sacou a sua arma anteriormente, disparando em direção ao traficante. Contudo, o referido traficante estava desarmado e ia apenas pegar um maço de cigarros no bolso. O agente estava em uma descriminante putativa (legítima defesa putativa). O dolo estará sempre excluído, mas se for percebido que o agente podia evitar o erro, será responsabilizado por culpa.
É a chamada culpa imprópria, em que o agente age com dolo, mas responde a título de culpa.
                                               INVENCÍVEL / INEVITÁVEL / ESCUSÁVEL
                                         - Exclui o dolo 
                                                                            FATO ATÍPICO
                                         - Exclui a culpa
DESCRIMINANTES
      PUTATIVAS
                                         VENCÍVEL / EVITÁVEL / INESCUSÁVEL
                                         - Exclui o dolo 
                                                                            CRIME CULPOSO
                                         - Não exclui a culpa

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