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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO DANIEL RONEI DE SÁ – 1575031 LEONARDO BAGGIO – 1572083 MATHEUS BATISTA – 1575058 CIRCUITO SÉRIE - PARALELO SÃO PAULO 2° SEMESTRE 2016 Relatório técnico apresentado como requisitoparcial para obtenção de aprovação na disciplinaT3LE1 – Laboratório de Eletricidade 1, no Curso de Engenharia Eletrônica, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Prof. Me. Fulvio Bianco Prevot 1. OBJETIVO Identificar, num circuito misto, as associações série a as associações paralelas. Determinar a resistência equivalente de um circuito misto. Determinar valores de resistências, correntes e d.d.p.’s em cada trecho do circuito. 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA É denominado um circuito série-paralelo ou misto, quando ele é formado por associações série e paralela, onde respectivamente suas propriedades são válidas. Como na figura 1. Figura 1 – Associação mista de resistores Nesse caso, a corrente I fornecida pela fonte percorre R1 e no ponto B divide-se em duas correntes, sendo IR2 e IR3, com valores proporcionais ao dos resistores R2 e R3. Em seguida, estas serão somadas no ponto C, percorrendo o resistor R4. Subdividindo o circuito, encontramos uma associação paralela composta por R2 e R3 formando com R1 e R4 uma associação série. Portanto, podemos substituir o conjunto formado por R2 e R3, por sua resistência equivalente, conforme mostra a figura 2. Figura 2 – Associação série resultante da figura 1 Para exemplificar, podemos dizer que as correntes, tensões e resistência equivalente, podem ser calculadas usando-se as leis e fórmulas já conhecidas de circuitos em série e paralelo. Agora, tratando-se de métodos de simplificação desses circuitos podemos abordar os próximos temas. No caso de muitos circuitos em série-paralelo com uma única fonte, a análise a ser usada consiste em reduzir o circuito em direção à fonte, determinar a corrente fornecida pela fonte e então determinar o valor de grandeza desconhecida. Um método que nos ajuda nessa análise, é o método do diagrama em blocos, ele enfatiza o fato de que configurações em série e em paralelo podem não ser constituídas de elementos que representam um único resistor. O método também nos ajudará a perceber que muitos circuitos aparentemente diferentes possuem a mesma estrutura básica, podendo, portanto ser analisados com o uso de técnicas semelhantes. A figura 3 nos mostra os blocos, que podem ser calculados separadamente usando técnicas já conhecidas de circuitos em série e em paralelo, respectivamente. Figura 3 – Diagrama de blocos em circuitos Já a figura 4, nos mostra o circuito reduzido equivalente, tornando então, esse circuito mais fácil de ser calculado. Figura 4 – Circuito reduzido equivalente ao da Figura 3 Outro tipo de circuito, muito conhecido quando se trata de circuitos série- paralelo, é o circuito em cascata, ele possui esse nome, pois podemos ver que circuitos assim possuem uma estrutura repetitiva e basicamente duas abordagens são usadas para resolver problemas associados a circuitos desse tipo, a figura 5 mostra o exemplo de um circuito em cascata. Figura 5 – Circuito em cascata Um dos métodos para se calcular circuitos desse tipo, consiste em: Calcular a resistência total do circuito e a corrente fornecida pela fonte e, em seguida, repetir os passos no sentido inverso até obter a corrente ou tensão desejada. Já o outro método, se baseia na associação de uma letra à corrente no último ramo do circuito e a análise do circuito na direção da fonte, mantendo explícita esta corrente ou qualquer outra em que esteja interessado. Através desses métodos, podemos chegar a uma abordagem alternativa para o circuito em cascata, como mostrado na figura 6. Figura 6– Abordagem alternativa para o circuito em cascata 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1. Material Utilizado 01 Resistor 220Ω. 01 Resistor 330Ω. 01 Resistor 470Ω. 01 Resistor 560Ω. 01 Resistor 1,5kΩ. Multímetro Digital. Protoboard. Fonte de Tensão CC Variável. Cabos de Ligação. 3.2. Procedimentos Experimentais A primeira etapa do experimento deu-se com a medição da resistência dos resistores que seriam utilizados durante o experimento. Utilizando os códigos de cores do fabricante dos resistores, foi possível identificar o valor da resistência nominal de cada um dos componentes, o valor foi preenchido na Tabela 1, em seguida foi medido o valor experimental das resistências, para essa etapa foi utilizado o ohmímetro, atentando-se a escala do equipamento para uma maior precisão do valor que estava sendo medido, este valor experimental foi preenchido na Tabela 1. O valor da resistência equivalente teórico, atentando-se aos cálculos por se tratar de umaligação mista, conforme figura 7, também foi preenchido na Tabela 1 o valor da resistência equivalente experimental. Figura 7 – Ligação em mista de resistores. R1 R2 R3 R4 R5 Tabela 1 – Valores Nominais e Medidos da resistência dos Resistores em Série. Resistência [Ω] Nominal Medido 𝐑𝟏 470 ± 5% 467,6 𝐑𝟐 330 ± 5% 327,7 𝐑𝟑 560 ± 5% 549,0 𝐑𝟒 1,5k ± 5% 1482,3 𝐑𝟓 220 ± 5% 219,9 𝐑𝐞𝐪 1248,58 1238,8 Com as medições dos resistores concluídas, deu-se início a montagem do circuito, que seria utilizado no experimento, vide figura 8, no qual foi utilizado uma fonte de 6V, para isso foi utilizado o voltímetro para garantir que a d.d.p. da fonte de tensão era a mesma que aparecia em seu visor. Após verificar se a montagem estava correta, iniciou-se a etapa de medições de d.d.p. em cada resistor, utilizando um voltímetro ligado em paralelo com o resistor que seria medido, os valores obtidos estão na Tabela 2. Para calcular os valores teóricos foi utilizado Lei de Ohm, Leis de Kirchhoff, Divisor de Tensão e Divisor de Corrente, os valores calculados podem ser vistos na Tabela 2. Figura 8 - Circuito misto proposto para o experimento. Tabela 2 – Valores Teóricos e Medidos da d.d.p nos Resistores. D.D.P. [V] Teórico Medido 𝐕𝐟𝐨𝐧𝐭𝐞 6,0 5,99 𝐕𝐑𝟏 2,259 2,262 𝐕𝐑𝟐 0,995 0,996 𝐕𝐑𝟑 1,689 1,672 𝐕𝐑𝟒 2,684 2,688 𝐕𝐑𝟓 1,057 1,063 R1 R2 R3 R4 R5 VFonte 6V Com base nos valores teóricos (nominais) das Tabelas 1 e 2, utilizando a Lei de Ohm, foi calculado os valores teóricos das correntes que percorrem cada resistor, os valores calculados foram anotados na Tabela 3. Em seguida, usando os valores medidos das Tabelas 1 e 2, foi calculado os valores práticos de corrente elétrica em cada resistor, os valores obtidos foram anotados na Tabela 3. Tabela 3 – Valores Teóricos e Práticos de Corrente no Circuito e Resistores. Corrente [mA] Teórico Prático 𝐈𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥 4,805 4,843 𝐈𝐑𝟏 4,805 4,831 𝐈𝐑𝟐 3,016 3,039 𝐈𝐑𝟑 3,016 3,045 𝐈𝐑𝟒 1,789 1,811 𝐈𝐑𝟓 4,805 4,834 4. RESULTADOS E CONCLUSÃO Com o experimento fica evidente que quando se trata de um circuito misto (série- paralelo), o mesmo deve ser analisado por partes, diferente do que acontece com um circuito em série, por exemplo. Para calcular a resistência equivalente, primeiro calculou-se a resistência equivalente dos resistores em paralelo, comoR4 que está em paralelo com a associação em série de R2e R3, encontrado esse valor, o mesmo foi somado com o valor de R1 e R5, pois ambosestão em série com a associação paralelo, portanto: Req = R1 + 1 1 R 2+R 3 + 1 R 4 + R5. Com o valor da resistência equivalente do circuito, fica possível encontrar a corrente total do circuito, uma vez que: IT = V Req , porém a corrente total passa por R1 depois divide-se em duas, uma parte vai para R4 e a outra foi vai para R2e R3, depois a corrente volta a ser uma novamente e percorre por R5, logo temos que IT = IR1 = IR5, sabendo que IR2 = IR3 uma vez que R2e R3 estão em série. Utilizando o divisor de correntes, temos queIR2 = IR3 = IT ∗ R4 R2+R3+R4 , logo: IR4 = IT − IR2. Sabendo os valores das correntes em cada resistor, para saber a d.d.p. no resistor basta aplica a Lei de Ohm, na qual Vx = Rx ∗ Ix . Vale ressaltar que era possível obter os mesmos resultados utilizando outras expressões. Quando comparado os valores teóricos e os valores experimentais obtidos no experimento fica evidente que a diferença entre eles não é maior que 5%, portanto temos que os valores obtidos são coerentes. A diferença entre os valores pode ser explicada por alguns fatores, tais como: imprecisão dos equipamentos de medição, desgaste natural dos componentes utilizados e a própria tolerância de fabricação dos componentes eletrônicos. Com o experimento fica indiscutível a importância de saber como trabalhar com circuitos série e paralelo antes de trabalhar-se com circuito misto, além de saber seu funcionamento, é necessário ter um bom conhecimento nos cálculos envolvidos, tais como Lei de Ohm, Leis de Kirchhoff, Divisor de Tensão e Divisor de Corrente. Circuitos mistos são muito utilizados em todos os tipos de projetos, embora a princípio este tipo de circuito possa parecer complexo, quando analisado atentamente, nota-se que não é algo muito complicado de se trabalhar. 5. BIBLIOGRAFIA ALBUQUERQUE, R. O. Análise de Circuitos em Corrente Contínua. 21.a Edição. São Paulo: Érica, 2009. CAPUANO, F.G; MARINO, M. A. A. Laboratório de Eletricidade e Eletrônica: Teoria e Prática. 17.a Edição. São Paulo: Érica, 2002. O’MALLEY, J. Análise de Circuitos. São Paulo: McGraw-Hill, 1983.
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