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Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE Faculdade de Ciências da Saúde - FACS Odontologia Ortodontia Preventiva e Interceptora MANUAL DE ORTODONTIA PREVENTIVA E INTERCEPTORA 2016 Laboratório / Clínica Equipe de Ortodontia: Prof. Guilherme Marigo Profa. Meire Alves de Sousa Prof. Nilson de Souza Ferreira Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Manual de Ortodontia Preventiva e Interceptora Laboratório e Clínica de Ortodontia Índice Capítulo 1 - Introdução ................................................................................................3 Capítulo 2 - Plano de Ensino em Ortodontia................................................................4 Capítulo 3 – Regras e Normas de Funcionamento do Laboratório de Ortodontia ......6 Capítulo 4 – Instrumentais............................................................................................8 Capitulo 5 – Fios Ortodônticos para Laboratório .......................................................11 Capítulo 6 – Modelos em Ortodontia .........................................................................13 Capítulo 7 – Grampos de Retenção ............................................................................17 Capítulo 8 – Soldagem ................................................................................................20 Capítulo 9 – Acrilização ..............................................................................................22 Capítulo 10 – Aparelhos para Ortodontia Preventica e Interceptativa ........................26 10.1 – Mantenedores de espaço .......................................................................26 10.1.1 – Banda Alça ........................................................................................26 10.1.2 – Arco Lingual de Nance ..................................................................... 29 10.1.3 - Mantenedor de Espaço Removível ....................................................31 10.1.4 - Botão de Nance ..................................................................................33 10.2 - Recuperador de Espaço Removível ......................................................35 10.3 - Aparelho com Mola Digital para Descruzamento ................................37 10.4 - Placa de Hawley ...................................................................................39 10.5 – Grade Palatina .....................................................................................40 10.5.1 – Grade Palatina Removível ................................................................40 10.5.2 - Grade Palatina Fixa ...........................................................................43 10.6 - Placa Lábio Ativa ou Lip Bumper ........................................................45 10.7 - Correção da Mordida Cruzada Posterior ..............................................47 10.7.1 - Quadrihélice ......................................................................................47 10.7.2 - Quadrihélice de Encaixe ....................................................................50 10.7.3 - Placa com parafuso expansor ............................................................51 10.7.4 - Disjuntores ........................................................................................53 10.8 - Placa de Schwarz .................................................................................54 10.9 - Aparelho Progenie ...............................................................................55 Capítulo 11 – Análise de Moyers ...............................................................................58 Capítulo 12 – Cronograma .........................................................................................63 Capítulo 13 – Lista de Materiais ................................................................................64 Referências Bibliográficas .........................................................................................65 2 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Capítulo 1 Introdução Laboratório de Ortodontia Exercícios práticos com fios ortodônticos O objetivo desta aula é desenvolver a habilidade manual do aluno para dobrar um fio na posição correta até atingir uma forma permanente desejada. Isso significa que o aluno deverá, pela sensibilidade perceber as mudanças físicas do fio, quando este passa pelos diferentes estágios, desde seu limite de proporcionalidade até a deformação permanente. Lembre-se: o alicate deve apenas manter o fio bem firme, enquanto que os dedos trabalham fazendo as dobras. Essas dobras constituem um trabalho que poderá tornar o fio endurecido, friável e até mesmo quebradiço, portanto deve se evitar dobras desnecessárias e indevidas. “A confecção rigorosamente correta dos aparelhos constitui passo fundamental para sua perfeita adaptação clínica e, consequentemente, sua eficácia mecânica.” Clínica de Ortodontia A prática clínica da Ortodontia Preventiva e Interceptora na graduação do Curso de Odontologia da UNIVALE está inserida na Clínica de Odontologia Pediátrica I e II, respectivamente no 7° e 8° período do curso. O objetivo é aliar o conhecimento téorico e laboratorial adquirido no 6 período a uma prática segura no diagnóstico, planejamento, prevenção e interceptação das maloclusões de crianças com dentição decídua e mista. É fundamental que todos os alunos estejam com este manual e todos os materiais de Ortodontia em todas as Clínicas de Odontologia Pediátrica 3 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Capítulo 2 Plano de Ensino em Ortodontia Norteia o desenvolvimento das atividades teóricas e práticas. A Ortodontia tem como objetivo geral oferecer aos alunos condições necessárias, através de fundamentos teóricos e práticos, para diagnosticar o desenvolvimento da oclusão dentária, considerando as várias nuances existentes em cada etapa da dentição do paciente infantil, visando um acompanhamento preventivo, interceptativo e curativo deste paciente, buscando a promoção de saúde de uma forma global. Com base nesse objetivo, apresenta como ementa o estudo sobre o crescimento e desenvolvimento craniofacial, enfatizando a relação destes fatos com a oclusão dentária, abordando, assim, o desenvolvimento desta oclusão, suas alterações e procedimentos clínicos que venham prevenir ou tratar as maloclusões. Para efetivar esse objetivo, a disciplina se utiliza de recursos didáticos, por meio de aulas teóricas, laboratoriais e dinâmicas em grupo, como a apresentação de artigos científicos e apresentação de casos clínicos. São desenvolvidos os seguintes conteúdos: 1- Apresentação das normas da disciplina 2- Crescimento e desenvolvimento craniofacial 3- Biogênese da oclusão 4- Classificação das maloclusões 5- Etiologia das maloclusões 6- Diagnóstico ortodôntico 7- Noções de cefalometria 8- Atividades laboratoriais, como dobradura de fios ortodônticos e confecção de aparelhos preventivos e interceptores 9- Biomecânica do movimento ortodôntico 10-Controle de espaço na dentição mista 11-Aparelhos ortodônticos preventivos e interceptores A carga horária da disciplina corresponde a 40 horas/aula de teoria e 40 horas/ aula de laboratório. São utilizados os seguintes critérios de avaliação: 4 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE TEORIA: 60 pontos • 1° TA (31/08, 02/09): valor = • 2° TA (07/10, 19/10): valor = • 3° TA (18/11, 23/11): valor = • Avaliação Global (17/06) = LABORATÓRIO: 20 pontos • Exercícios com fios: valor= • Banda-alça/arco lingual: valor = • Recuperador de espaço: valor = • Quadrihélice: valor = • Grade palatina removível: valor = • Mantenedor de espaço removível: valor = APS: 20 pontos • Seminário Integrador (19/05): valor = 10 pontos • APS/2: valor = 10 pontos TOTAL DE PONTOS DISTRIBUÍDOS: 100 Sãoadotadas as seguintes referências bibliográficas: - ARAÚJO, Manoel Carlos Müller de. Ortodontia para clínicos. 4. ed. São Paulo: Santos. 1988. - GUEDES-PINTO, Antonio Carlos. Odontopediatria. 6. ed. São Paulo: Santos, 1997. - MOYERS, Robert E. Ortodontia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. - ABRÃO, Jorge et al. Ortodontia preventiva: Diagnóstico e Tratamento. 1 ed. São Paulo: Artes Médicas. 2014. Para ter acesso ao plano de ensino na íntegra, o aluno poderá acessar o portal da UNIVALE (www.univale.br). OBS: O aluno deverá apresentar a frequência mínina de 75% (setenta e cinco por cento) na disciplina para não ser reprovado por frequência, ou seja, só poderá faltar em 25% (vinte e cinco por cento) das aulas. - Teoria: 40 horas/aula – o aluno só poderá ter 10 faltas, ou seja, 5 aulas (cada aula tem 2h/a). - Laboratório: 40 horas/aula – o aluno só poderá ter 10 faltas, ou seja, 5 aulas (cada aula tem 2h/a). 5 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Capítulo 3 Regras e Normas para o Funcionamento do Laboratório de Ortodontia Os alunos que realizarão atividades acadêmicas curriculares dentro do ambiente laboratorial deverão estar regularmente matriculados nas disciplinas que oferecem esta atividade, respeitando a organização da estrutura curricular. - Cumprir as normas de funcionamento do laboratório e da Universidade. - Zelar pela limpeza e ordem do laboratório. - Respeitar as normas de biossegurança da Universidade. - Cumprir o horário de aula estabelecido. - O horário de chegada terá uma tolerância de no máximo 15 minutos, após o que a entrada do aluno não será mais permitida. - Encerrar as atividades 10 minutos antes do término da aula, para guardar materiais, entregar trabalhos e deixar sua bancada organizada para a próxima turma. - Estar presente com todos os materiais necessários para a prática da atividade laboratorial prevista. - Utilizar paramentação adequada, ou seja, jaleco branco, com manga longa e logomarca da UNIVALE. Não será permitido, em hipótese alguma, o uso de shorts (homens e mulheres), saias curtas, blusas com decotes exagerados (mulheres), camisetas muito cavadas (homens) e sandálias havaianas ou similares. - Evitar conversas desnecessárias, o que dificulta a concentração necessária para a realização dos trabalhos. - Não será permitido que o aluno de um grupo assista aula em outro grupo, salvo análises feitas anteriormente pelos professores da disciplina. - No caso de falta, sem justificativa importante, não será permitida a reposição de aula. - As reposições de aulas deverão ser sempre comunicadas, antecipadamente, aos professores. -A entrega final dos trabalhos deverá seguir rigorosamente o cronograma proposto. - Os alunos serão avaliados pelos seguintes critérios: presença, pontualidade, organização da bancada, material e desenvolvimento prático dos trabalhos solicitados. 6 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE - Este manual de Ortodontia Preventiva e Interceptora deverá estar presente em todas as aulas práticas. 7 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Capítulo 4 Instrumentais Os alicates e instrumentos apropriados são de grande importância para a prática ortodôntica. São utilizados na Ortodontia clínica e laboratorial, com objetivo de confeccionar dobras, torque, contorno e ativações em fios ortodônticos. O alicate deve sempre ser manipulado de forma correta, evitando-se, assim, a construção de dobras e efeitos indesejáveis nos fios e até mesmo danos à ponta ativa do alicate ortodôntico. Lembre-se: o alicate deve apenas manter o fio bem firme, enquanto que os dedos trabalham fazendo as dobras. Essas dobras constituem um trabalho que poderá tornar o fio endurecido, friável e até mesmo quebradiço, portanto deve se evitar dobras desnecessárias e indevidas. Alicate 139 Considerado o alicate mais versátil na Ortodontia, o alicate 139 também é conhecido como alicate de “bico de pássaro”. Utilizado para trabalhar com fios redondos, quadrados e retangulares, possibilita a confecção de diversas dobras, sendo elas horizontais ou verticais. Sua ponta ativa é constituída por uma extremidade cônica, usada para executar dobras arredondadas e mais suaves, além de uma extremidade piramidal, usada para executar dobras em ângulos retos, mais acentuadas. Alicate 074 Este alicate, também chamado de alicate de Young, é utilizado principalmente para a confecção de helicóides e alças. A sua ponta ativa é formada por uma parte arredondada com três tamanhos diferentes, o primeiro com menor diâmetro e o último com maior diâmetro, podendo ser utilizado para confecção de dobras arredondadas e mais suaves; a outra parte da ponta ativa é piramidal, utilizada para a confecção de dobras agudas ou em ângulos retos. 8 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Alicate Trident Utilizado para a confecção de dobras em fios redondos de grande calibre que são difíceis de manipular com o alicate 139 , bem como na confecção de grampos em C, dobras em aparelhos extra-bucais, placas lábio-ativas, ativação de quadrihélice, entre outros. A ponta ativa deste alicate é formada por três extremidades retas, sendo que uma das extremidades se encaixa no vão existente entre as duas outras extremidades do lado oposto. Pressionando-se os cabos do alicate um em direção ao outro, o fio é gradualmente dobrado ao redor do bico único. Quanto mais próximos os cabos são apertados, mais acentuado se torna o ângulo, que é incorporado ao fio. Alicate de Corte Pesado Utilizado com a finalidade de corte de fios metálicos calibrosos. Ao cortar o fio, é imprescindível segurar a sobra do mesmo ou direcioná-la para o chão, evitando-se, desta forma, algum acidente. 9 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Alicate Saca Banda Utilizado para remover bandas. Sua ponta ativa possui uma extremidade com um suporte plástico que se apóia na face oclusal do dente em questão e outra extremidade, geralmente pontiaguda ou mais afiada, que quando apoiada na borda cervical da banda, permite removê-la do dente, quando o alicate é fechado. Deve-se ter cuidado, a fim de não fraturar o esmalte ou danificar a coroa do dente. Calcador de Banda O calcador ou posicionador de banda é utilizado para assentar e adaptar as bandas ortodônticas, facilitando a ação de brunidura da banda ao dente. Sua ponta ativa é quadrangular e serrilhada e deve apresentar ângulos vivos. Adaptador de Bandas ou Mordedor Utilizado para auxiliar na adaptação de bandas ortodônticas. O cabo é confeccionado com plástico e sua parte ativa, localizada em uma das extremidades do cabo, consiste num suporte serrilhado de metal com ângulos vivos, que é adaptado na borda oclusal da banda quando a mesma está posicionada no dente. O paciente é orientado a morder este instrumental quando a parte metálica está em contato com a banda. Desta forma, a banda é adaptada ao dente sem esforço do profissional. 10 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Capítulo 5 Fios Ortodônticos para Laboratório O aço inoxidável é a liga metálica mais usada na prática ortodôntica. Quase a totalidade dos materiais ortodônticos contém esta liga metálica. Ele é usado para a confecção de alicates, instrumentais, bandas, acessórios, aparelhos extra-bucais e intrabucais com armação metálica e, finalmente, fios ortodônticos. Apesar da grande utilidade do aço inoxidável na Ortodontia, esta liga não é a única utilizada. Inúmeras ligas estão envolvidas na movimentação dentária induzida, principalmente na composição dos fios, tais como, NiTi (níquel-titânio), TMA (tungstênio-molibdenio), Eugiloy (combinação de diversos metais), fios níquel “free” (ausência de níquel na liga) entre outras. Os fios ortodônticos constituem a parte ativa da Ortodontia.Quando empregados em qualquer aparatologia, liberam a força necessária para que os dentes se movimentem dentro do tecido ósseo. Este é o princípio mecânico da movimentação dentária induzida. A força aplicada na coroa clínica do dente é transformada em estresse biológico no ligamento periodontal, gerando um ambiente propício para a remodelação óssea, que por sua vez, promove a movimentação dentária induzida. Portando, aplica-se força na coroa dos dentes, esperando a reação biológica nas estruturas periodontais adjacentes. Aplicação Laboratorial do Fios Ortodônticos Os fios de aço inoxidável são partes constituintes de inúmeros aparelhos ortodônticos utilizados usualmente. Esses fios são encontrados em diversos calibres, cuja a escolha dependerá do tipo de aparelho, a função desempenhada e a magnitude de força requerida, podemos utilizar diversos calibres de aço disponíveis no mercado na construção laboratorial dos aparelhos ortodônticos. Fios mais utilizados na confecção de aparelhos no laboratório. Fio 0,6 mm – utilizado na confecção de grampos em gota, molas digitais entre outros. Fio 0,7 mm – utilizado na confecção de grampos em gota ou interproximal; molas digitais; grade palatina; arco vestibular da placa de hawley. Fio 0,8 mm – utilizado na confecção de quadrihélice, grampos em “C” ou circunferencial, arco lingual de Nance, Fio 0,9 mm - quadrihélice. Manipulação dos Fios Redondos de Aço Inoxidável É muito importante que o profissional domine o fio e aprimore a habilidade manual. Este domínio só se alcança com a prática disciplinada. Para o treinamento do manuseio em fios redondos, pode-se fazer uso dos seguintes materiais: 11 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Alicate de corte pesado; Alicate 139; Caneta para marcar fio; Fios de aço inoxidável Placa de vidro. O primeiro passo a ser realizado para manipulação correta dos fios é a sua retificação. Observar a correta empunhadura do alicate e do fio. Apoiar o dedo polegar na parte superior do fio enquanto os dedos indicador e médio apóiam-se na parte inferior, fazendo movimento e pressão no sentido oposto ao contorno. Caso seja necessário, manter o alicate na outra extremidade do fio e repetir os mesmo movimentos. Evitar segurar na porção intermediária do fio com o alicate, pois este procedimento poderá danificar o fio, inutilizando-o. (fotos) Após a retificação do fio, o passo seguinte é o treinamento ou adestramento manual com exercícios utilizando o alicate 139. É importante assinalar o local onde serão realizadas as dobras, com caneta ou lápis marcador de fio. A cada dobra executada, o contorno do fio deverá ser checado. O fio deverá assentar-se em toda sua extensão em uma superfície plana, como por exemplo, a placa de vidro, após a finalização do trabalho. Os diagramas de exercício para treinamento manual serão entregues em aula, no laboratório do Ortodontia. Dicas importantes: 1 – Nunca passe para um próximo passo ou dobra, sem checar o anterior, só continue se este estiver correto. 2 – O alicate deve apenas manter o fio bem firme, enquanto os dedos trabalham fazendo as dobras. Essas dobras poderão tornar o fio endurecido, friável e até mesmo quebradiço, portanto deve-se evitar dobras desnecessárias e indevidas. 12 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Capítulo 6 Modelos em Ortodontia 6.1 Introdução Os modelos de gesso dos arcos dentários são considerados elementos fundamentais no diagnóstico em Ortodontia e uma das fontes de informação mais importantes, já que eles asseguram um registro permanente da maloclusão em três dimensões. Com esses, pode-se melhor observar detalhes importantes, que muitas vezes são difíceis de serem visualizados na boca, analisar a simetria e forma dos arcos, inclinação, anatomia, tamanho e posição dos dentes, bem como permitem diferentes análises ortodônticas. Além disso, constitui-se em valiosa forma de registro legal, sendo de grande utilidade na comparação das diferentes fases do tratamento e transferência de pacientes entre profissionais. 6.2 Nomenclatura: Moldagem, Molde e Modelo de Gesso 6.2.1 Moldagem: Refere-se ao ato de cópia dos dentes e estruturas adjacentes. 6.2.2 Molde: Cópia em negativo dos dentes e estruturas adjacentes, que surge a partir da moldagem com um material elástico, como por exemplo, o alginato. 13 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Fonte: Cabrera et al. Fonte: Cabrera et al. 6.2.3 Modelo: Cópia em positivo dos dentes e estruturas adjacentes, que surge a partir do vazamento do molde com gesso. Dependendo do fim a que se destinam, os modelos de gesso recebem diferentes dominações. 6.2.3.1 Modelo de Estudo: São modelos com finalidade de registrar as condições morfológicas da oclusão num determinador momento. São obtidos rotineiramente no início e no final de um tratamento ortodôntico e, eventualmente, em fases intermediárias do tratamento. Como reúnem qualidades estéticas conferidas por um acabamento aprimorado, recortes mais precisos e uma melhor aparência, são confeccionados em clínicas especializadas em documentação ortodôntica. Tem como finalidade auxiliar o diagnóstico, o prognóstico, o planejamento e a comparação entre as condições oclusais pré e pós tratamento. Permanecem armazenados no consultório mesmo depois de finalizado o tratamento ortodôntico, para controle da estabilidade pós-tratamento, como também, para fins legais. Podem ser confeccionados em gesso ou resina. 6.2.3.2 Modelo de Trabalho: São modelos usados exclusivamente para a construção de aparelhos. A precisão é importante, porém são modelos simples, sem a necessidade de acabamento refinado, já que tem vida curta. Estes modelos são obtidos no próprio consultório, podendo ser utilizado gesso pedra ou especial, de acordo com a necessidade. 6.2.3.3 Modelo de Trabalho com Bandas: Freqüentemente, a confecção de determinados aparelhos ortodônticos requer um procedimento clínico prévio conhecido como bandagem. Muitos aparelhos ortodônticos necessitam de bandas para sua retenção na cavidade bucal. 14 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE 6.3 Moldagem com finalidade ortodôntica O procedimento para obtenção do molde deve ser realizado de forma criteriosa respeitando os limites dos materiais utilizados e também a anatomia esquelética e dentária do paciente. Materiais Utilizados: Moldeiras de diversos tamanhos Roletes de cera utilidade Alginato Gral de Borracha Espátula para manipulação Medidor de água Cera 07 em lâmina para registro da oclusão Para melhor adaptação das moldeiras, a individualização das moldeiras pode ser feita com a utilização de roletes de cera utilidade sobre suas bordas, para assegurar uma moldagem completa das estruturas de suporte. O paciente deve ser posicionado sentado, com a cadeira odontológica na vertical e receber explicações sobre o procedimento que será realizado. O paciente deve respirar somente pelo nariz durante o procedimento. Para a mistura e manipulação do alginato seguir as proporções sugeridas pelo fabricante, em seguida, preencher a moldeira com o material. Sempre quando for necessário a moldagem superior e inferior, realizar primeiro a moldagem inferior, pois, a mesma, é menos desconfortável para o paciente, principalmente quando este processo for realizado em crianças. Durante a moldagem superior o profissional fica posicionado atrás da cadeira odontológica e introduz a moldeira na cavidade bucal do paciente, posicionando-a centralizada. É importante tensionar os lábios contra o material de moldagem, para que os freios e inserções musculares sejam também moldados. O paciente deve ser orientado a curvar a cabeça para frente e para baixo, evitando que o material escorra para a garganta e provoque ânsia. Além disso,quando se molda o arco superior, inclina-se a moldeira contra a parte posterior do palato para que o excesso de material seja levado para o vestíbulo labial, e não para a garganta. Para a moldagem do arco inferior, o profissional se posiciona à frente do paciente. A cabeça do paciente deverá ser mantida encostada na cadeira, que, por sua vez, deverá estar verticalizada. 15 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Fonte: Cabrera et al. Após o término da moldagem, com a completa geleificação do material, remover a moldeira, forçando o cabo levemente para cima e para baixo alternadamente, eliminando assim o vácuo formado entre o alginato e as estruturas envolvidas. Como os alginatos são sensíveis às alterações ambientais, o molde deve ser vazado em gesso imediatamente após a sua obtenção, para evitar alterações dimensionais que possam comprometer a finalidade do modelo. Caso não seja possível o vazamento imediato, o molde deve ser armazenado em meio com umidade relativa de 100%, que pode ser obtido embrulhando o molde com papel toalha embebido com água e acondicionando-o no interior de um saco plástico fechado. Quando o procedimento de moldagem for realizado com bandas ortodônticas, as bandas devem estar corretamente adaptadas ao dentes. Após a moldagem, retirar as bandas utilizando alicate saca banda e com uma pinça clínica ajustar as bandas no molde. Nesta etapa as bandas devem estar estabilizadas no molde para que não ocorra nenhum deslocamento durante o processo de vazamento do gesso; isto pode ser facilmente obtido com a colocação de fios ortodônticos sobre as bandas ou utilizando colas “super-bond”. 6.4 Vazamento em gesso Finalizado o processo de moldagem, tem início a confecção dos modelos de gesso, conhecido como vazamento em gesso. Este procedimento visa a obtenção das cópias em positivo dos arcos dentários. Materiais Utilizados: Gral de borracha Espátula de manipulação Gesso ortodôntico Vibrador de gesso Bases de borracha Espátula 07 A manipulação do gesso deve ser realizada seguindo as proporções corretas para água e gesso, obtendo uma massa homogênea não fluida. A deposição de gesso sobre o molde deve ser em pequenas quantidades e nesta fase pode ser utilizado um vibrador de gesso, cuja função é espalhar uniformemente o gesso no interior do molde, evitando-se a formação de bolhas. Este processo deve ser repetido até o completo preenchimento do molde com gesso. 16 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Capítulo 7 Grampos de Retenção Os grampos ortodônticos têm a função de manutenção, retenção ou fixação do aparelho removível em posição na cavidade bucal. Os grampos devem ser distribuídos para resistir às forças com componentes verticais que tendem a deslocar o aparelho de sua posição. Portanto, a escolha dos dentes e a confecção dos grampos são fatores importantes na estabilidade, retenção e efetividade do aparelho. Estes dispositivos metálicos são construídos com fios de aço redondos, com diâmetros variados, porém, para grampos de retenção geralmente são utilizados fios 0,7 mm de espessura. A literatura mostra a existência de inúmeros grampos de retenção. Porém os grampos aqui descritos restringem-se aos grampos em “C” (circunferencial) e em gota, também conhecido como arandela ou interproximal. Ambos serão confecionados com fio ortodôntico de aço com 0,7 milímetros de espessura. 7.1 Grampo em “C” ou circunferencial É um dos mais utilizados na odontologia, são grampos de retenção que abraçam a superfície vestibular no terço cervical, ajustados aos primeiros ou segundos molares. Materiais Utilizados: Modelo de trabalho; Alicate 139; Alicate de Corte Pesado; Alicate Trident Fio 0,7 ou 0,8 mm – cerca de 6 cm; Caneta para marcar fio; Espátula Lecron Técnica de Confecção: Com a espátula Lecron, desgastar no modelo de trabalho a área correspondente ao tecido gengival (gengiva marginal livre), com a finalidade de aumentar a retenção do grampo. Cortar um segmento de aproximadamente 6 cm de fio 0,7 ou 0,8 mm. Com o alicate 139 ou Trident, contornar o segmento de fio de forma que esse se adapte perfeitamente à margem cervical vestibular do último molar irrompido, iniciando na face mesial do molar e estendendo-se até a face distal. Prosseguir o contorno do fio, tangenciando a superfície distal do último molar. Em seguida dobrar e adaptar o fio seguindo o contorno do palato sem, contudo, tocar a 17 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Fonte: Cabrera et al. Fonte: Cabrera et al. superfície do gesso. Assim, o fio ficará totalmente incluído na resina acrílica, sem nenhum contato com a mucosa palatina. Para finalizar, construir retenções na extremidade do fio para melhor fixação da resina acrílica. 7.2 Grampos em Gota ou Interproximal São grampos pequenos, de retenção interproximal, ajustados entre pré-molares, caninos e molares decíduos. Materiais Necessários: Modelo de trabalho; Alicate 139; Alicate de Corte Pesado; Alicate Trident Fio 0,7 mm (cerca de 5 cm); Caneta para marcar fio; Espátula Lecron Técnica de Confecção: Com espátula Lecron remover a papila interdental por vestibular no modelo de gesso para acomodação do grampo. Com a ponta cônica do alicate 139 fazer uma dobra em formato de gota em uma das extremidades do fio, adaptar a dobra construída no local onde foi realizado o desgaste no gesso da papila interdental. Pode ser utilizado o alicate 074 para comprimir a dobra realizada, afim de facilitar adaptação na interproximal. 18 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Novamente com a ponta cônica do alicate 139, fazer uma dobra de 90° aproximadamente entre a alça helicoidal (gota) e o restante do fio. Ajustar a alça na superfície intreproximal, por vestibular dos dentes e imprimir nova dobra, fazendo o fio atravessar a superfície oclusal, tangenciando o ponto de contato. Em seguida, dobrar o fio seguindo o contorno do palato sem, tocar na superfície do gesso, para permitir o escoamento e envolvimento do acrílico por baixo do grampo, garantindo máxima fixação. Realizar as retenções na extremidade do fio para melhor fixação na resina acrílica. Se necessário, cortar o excesso do fio. 19 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Capítulo 8 Soldagem A soldagem ortodôntica é mais que uma simples união de dois pedaços de metal; é sua união em uma relação segura para servir a um propósito específico. A soldagem deve ser feita sem alteração apreciável das qualidades dos metais que se unem. A soldagem ortodôntica é melhor realizada com um maçarico para soldar a gás ou miniflan. A soldagem é rotineiramente usada em Ortodontia na confecção de aparelhos fixos e removíveis. A soldagem pode ser realizada por meio de chama (a gás) ou por via elétrica. 8.1 Soldagem com Chama ou a Gás Os metais são unidos entre si pela fusão de uma liga intermediária de baixa fusão, que recebe o nome de solda. A solda usada para o aço inoxidável consiste na solda de prata que como o nome sugere, contém ligas de prata, cobra e zinco, nas quais são adicionados elementos como o estanho e o zinco para baixar as temperaturas de fusão e melhorar a soldabilidade. Além da solda de prata, o processo de soldagem exige a presença de outra substância conhecida como fluxo ou fundente. Sua função é viabilizar a fusão entre a solda de prata e a superfície que receberá a soldagem, permitindo um bom escoamento da solda. A chama é conseguida através de um bico de gás (maçarico pequeno) com uma chama afilada e direcionada para liqüefazer a solda. Quanto menor for o diâmetro da chama, menos metal próximo a área de solda será recozido. Isto é importante para evitar a perda das propriedades mecânicas dos metais. No caso de soldagem de laboratório, durante a construção de aparelhos deves-se realizar oisolamento das superfícies adjacentes aos fios a serem soldados. O objetivo deste procedimento é evitar um superaquecimento dos fios e consequentemente, a perda de sua têmpera, o que pode torna-los menos resistentes. Materiais Utilizados: - Gesso ou isolante próprio para solda. - Gral de Borracha - Espátula para manipulação - Espátula 7 - Modelo de trabalho com os fios e superfícies a serem soldados - Pedra montada - Lápis para marcar fio ou caneta para retroprojetor - Fluxo ou fundente para solda - Placa de metal ou amianto - Maçarico a gás 20 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Técnica de Confecção: Delimitar os locais que receberão as soldas. Com o auxílio de uma pedra montada, criar rugosidades nas superfícies polidas dos locais que receberão as soldas. Posicionar os metais a serem soldados no modelo de trabalho. Em seguida, manipular uma pequena quantidade de gesso ou revestimento e depositar sobre os fios nos locais próximos às áreas a serem soldadas. Apoiar o modelo de gesso sobre a placa de amianto e aplicar uma pequena porção de fundente nas superfícies que receberão as soldas. Posteriormente direcionar a chama do maçarico ou similar para a região que será soldada. Adicionar a solda de prata em quantidade suficiente para cobrir as superfícies expostas e aguardar o esfriamento espontâneo da solda. Acabamento e Polimento: Com objetivo de proporcionar mais conforto ao paciente, as superfícies devem ser submetidas ao processo de acabamento e polimento, de forma a não apresentarem áreas ásperas, minimizando qualquer possibilidade de irritação à mucosa labial e à língua. Materiais Utilizados: - Peça de mão - Pedra montada - Borracha abrasiva 21 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Capítulo 9 Acrilização A Ortodontia utiliza resinas acrílicas autopalimerizantes para a confecção de aparelhos removíveis, placas de acrílico, dispositivos de ancoragem ortodôntica , entre outros. Acrilização pode ser definido como o processo através do qual os componentes das resinas acrílicas são misturados e transformados em aparelhos ortodônticos. As placas acrílicas constituem a base de diversos aparelhos ortodônticos removíveis. Estes aparelhos podem ser utilizados para: contenção após movimentação ortodôntica, fixação de grampos, molas digitais, arcos ou parafusos expansores, mantenedores de espaço, além de qualquer outro dispositivo removível utilizado na Ortodontia Preventiva e Interceptora. Os aparelhos ortopédicos funcionais também são submetidos à acrilização, tais como Bionator, Frankel, entre outros. 9.1 Fases da Resina Acrílica As resinas acrílicas são obtidas através da mistura de proporções adequadas de um pó (polímero) e um líquido (monômero). A mistura desses componentes produz uma massa que apresenta diferentes fases em seu processo de endurecimento, conhecido como polimerização. O conhecimento dessas fases e suas características é importante para que se obtenha sucesso no manuseio das resinas acrílicas. 1ª fase: fluida (polímero e monômeros misturados, gerando uma mistura granular); 2ª fase: filamentosa (o monômero atua sobre a superfície do polímero, formando uma massa viscosa e fibrilar); 3ª fase: plástica (a massa deixa de ser grudenta e pegajosa, tornando-se moldável, é a fase ideal para trabalhar); 4ª fase: borrachóide (o acrílico deixa de ser moldável, não se pode mais trabalhar na resina) 5ª fase: rígida (o acrílico está totalmente polimerizado, a estrutura está firme, seca e indeformável). 9.2 Manipulação da Resina Acrílica Existe mais de uma forma de manipular a resina acrílica no processo de acrilização de aparelhos ortodônticos. As formas mais utilizadas são a mistura do polímero e do monômero e a técnica de Nylon. Materiais Utilizados: - Modelo de trabalho - Lapiseira ou lápis 22 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE - Potes para resina com tampa - Polímero e monômero autopolimerizantes transparentes - Espátula 31 - Espátula Lecron - Pincel n°20 - Isolante Cel-lac ou semelhante - Fresa - Pedra montada - Mandril para tira de lixa - Lixa de madeira - Lixa d,água - Conta gotas - Tubo plástico com ponteira (ex. frasco de sorine ou analgésico em gotas) - Motor elétrico ou micromotor com peça reta - Gral de borracha - Bombril - Torno para polimento (escova e feltro) - Branco de Espanha - Líquido polidor (Brasso) Outros: - Panela para acrilização - Polidora química. A) Mistura de polímero e do monômero C o m u m a e s p á t u l a Lecron, retirar as imperfeições do modelo e delimitar com lápis o local da placa a ser confecionada. O modelo de gesso deve ser isolado com Cel-lac ou similar, o processo é realizado umedecendo a ponta do pincel no isolante e espalhanso sobre o modelo, na região a receber a acrilização, palato e face palatina dos dentes. Quando o aparelho possuir qualquer estrutura metálica, fixar estes dispositivos com cera 7 antes de isolar o modelo. Para início da manipulação do acrílico, colocar monômero e polímero separadamente nos potes de resina. Utilizando-se do conta gotas, misturar o monômero ao polímero e, com a espátula 31, manipular e misturar a mistura até que a mesma fique espessa e homogênea. O pote com a resina manipulada deve ser fechado, aguardando 23 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE assim para que a mistura passe para a fase 3, ou seja, em ponto de fio, fase esta, ideal para o trabalho. Levar e espalhar a pasta com a espátula 31 sobre o modelo de gesso devidamente isolado. Com a ponta do dedo indicador umedecida no monômero (líquido) pressionar a resina de maneira a espalhá-la uniformemente sobre a região a ser acrilizada, tomando o cuidado para que a mesma fique aderida ao modelo. Após cobrir toda a região necessária do modelo, levar o modelo à panela de pressão (que poderá ter água morna para acelerar a acrilização). Este procedimento visa retirar as bolhas existentes na resina. Após fechamento da panela, a pressão interna deverá atingir aproximadamente 10 a 25 libras durante em média de 10 a 15 minutos. Para finalizar, retirar o modelo da panela e, com uma espátula 31 ou Lecron, soltar a placa do modelo, fazendo movimentos de alavanca. B) Técnica de Nylon Seqüência do Procedimento 1) Com espátula lecron retirar imperfeições do modelo; 2) Com lapiseira ou lápis delimitar a extensão da placa; 3) Posicionar grampos e fios, fixando-os com cera utilidade ou cola quente. 4) Espalhar com pincel o isolante (Cel-lac) ou similar sobre o modelo, recobrindo toda superfície a ser acrilizada; 5) Com auxílio de ponteira (frasco de sorine ou similar), despejar o pó sobre o modelo, de maneira uniforme. Após, com conta-gotas gotejar o monômero sobre o polímero, deixando-o bem líquido, para evitar bolhas; 6) Repetir o processo várias vezes até alcançar toda a extensão e altura de material desejáveis; 7) Esperar o processo de polimerização do acrílico (fim da exotermia); 8) Removê-lo do modelo com espátula 31 ou Lecron fazendo movimentos de alavanca. 24 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Fonte: Cabrera et al. Fonte: Cabrera et al. 9.3 Recorte, polimento e acabamento: Finalizada a acrilização, damos início aos procedimentos de recorte, polimento e acabamento do aparelho confeccionado. Seqüência do Procedimento ( laboratório de ortodontia - aula prática) 1) Iniciar desgastes grosseiros com fresa, até deixar a placa menos espessa e com maior lisura superficial; 2) Realizar o recorte com fresa, desgastando o acrílico até próximo a região cervical dos dentes 3) Desgastar região posterior do palato para que o acrílico não atinja o palato mole. 4) Desgastar a superfície da placa voltada para a cavidade bucal, diminuindo sua espessura na região próxima aos dentes e na região posterior, com objetivo de nãoficar degraus entre a placa e o modelo. 5) Utilizar pedra montada. 6) Utilizar lixas de madeira até conferir lisura, adaptadas num mandril; 7) Utilizar lixa d’água, com auxílio de gral de borracha, até refinar o polimento; 8) Passar Bombril, adaptado a um mandril, na placa para retirar riscos deixados pela tira de lixa, devolvendo parte da transparência. 9) Polir no torno com pedra pomes ou branco de Espanha 10) Polimento no torno com líquido polidor (Brasso) 11) Lavar com detergente de cozinha e água corrente. Após, realizar desinfecção. Acabamento em Polidora Química Este acabamento pode ser realizado para obter maior brilho e transparência do aparelho confeccionado. Para isto, colocamos o líquido na polidora até o local indicado pelo fabricante. O líquido é um monômero de metil-metacrilato (este líquido não serve para polimerizar o acrílico, é usado especificamente para o polimento químico a quente). Ligar a polidora e aguardar seu desligamento automático, indicando que o mesmo atingiu sua temperatura ideal. Em seguida, segurar o aparelho com pinça clínica ou pinça Mathieu, pela parte posterior ou apoiando em alguma parte metálica, e mergulhá-lo por 12 segundos no líquido da polidora. Após o procedimento realizado, remover o aparelho do líquido e segurá-lo até que o mesmo seque totalmente (cerca de 30 a 40 segundos). Em seguida, lavar em água corrente. É interessante deixar o aparelho imerso em gral de borracha com água por uma hora aproximadamente, para perder o cheiro e o gosto do líquido polidor. 25 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Capítulo 10 Aparelhos para Ortodontia Preventiva e Interceptativa 10.1 Mantenedores de espaço Os mantenedores de espaço são aparelhos utilizados na Ortodontia Preventiva e Interceptora para preservar o espaço no arco dentário deixado pela perda precoce de um ou mais dentes decíduos. Os mantenedores de espaço podem ser fixos ou removíveis. Graber estabelece que um modelo de mantenedor de espaço deve incluir o máximo possível dos seguintes critérios: - Manter o espaço requerido; - Modelo simples; - Resistente; - Prevenir a extrusão do dente antagonista; - Não inibir o crescimento e desenvolvimento; - Não interferir na língua; - Não inibir a erupção de dentes; - Promover uma oclusão funcional. 10.1.1 Banda Alça A banda alça é um aparelho mantenedor de espaço fixo passivo, indicado exclusivamente para preservar o espaço deixado pela perda precoce de um molar decíduo. Por ser um mantenedor fixo, a banda-alça é muito ef ic iente , já que independe da colaboração do paciente. A principal indicação da banda alça é para perda unitária de dente decíduo, ou seja, a perda unilateral do primeiro ou segundo molar decíduo. Portanto, este aparelho, é considerado um mantenedor de espaço por limitar-se à função de preservar o comprimento do arco dentário. A perda prematura de um dos molares decíduos poderá provocar a inclinação mesial do primeiro molar permanente, principalmente quando este ainda não está presente na cavidade bucal, causando a redução do perímetro do arco e acarretando o comprometimento do espaço para a erupção dos sucessores permanentes. Este aparelho é constituído de uma banda e uma alça metálica confeccionada com fio 0,8 ou 0,9 milímetros, que parte da banda e contorna o espaço do dente decíduo ausente. 26 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Fonte: Cabrera et al. Materiais Utilzados: Modelo de trabalho com banda adaptada no molar posterior ao espaço a ser preservado; Fio 0,8 ou 0,9 mm (6 cm); Alicate 139; Alicate de corte pesado; Caneta para marcar fio; Material para solda a chama. Técnica de Confecção: Sobre o modelo de trabalho inferior previamente preparado, delinear o esboço do aparelho a ser confeccionado. Retificar um segmento de fio de 6 cm de fio 0,8 ou 0,9 mm e iniciar a confecção da alça propriamente dita. Contornar o fio em sua parte central com o alicate 139, imprimindo-lhe o contorno de um “U” com o ápice arredondado e abertura suficiente para tangenciar a superfície distal, no terço cervical. Retornar as extremidades do fio em direção à banda circundando o espaço a ser preservado. Em seguida, prender cada uma das alças anteriores com o alicate 139 e imprimir uma dobra no sentido cervical, de maneira a adaptar a alça ao tecido gengival por vestibular e lingual ao espaço da extração, mantendo distância suficiente para não interferir na irrupção do sucessor permanente. O fio deve tangenciar a gengiva sem traumatizá-la. Ajustar a extremidade vestibular e lingual da alça no terço médio da banda e cortar o excesso de fio. Fixar a alça no modelo para o processo de soldagem a chama. Após soldar a alça na banda, iniciar o processo de acabamento e polimento. 27 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Fonte: Cabrera et al. Aplicação Clínica: - Perda unitária posterior; - Presença do germe do permanente; - Presença do espaço requerido; - Quando existir osso alveolar sobre o germe do permanente. Protocolo Clínico: Banda Alça 1) Seleção da banda ortodôntica 2) Adaptação da banda ortodôntica com calcador e adaptador de bandas 3) Moldagem 4) Remoção da banda ortodôntica (alicate saca banda) e transferência para o molde 5) Fixação da banda ortodôntica no molde 6) Vazamento com gesso 7) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório. Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 2) Seleção das moldeiras 3) Individualização das moldeiras 4) Manipulação do alginato 5) Acomodação do alginato na moldeira 6) Moldagem 7) Desinfecção do molde 8) Vazamento com gesso. Cimentação de Aparelho Ortodôntico: 1) Polimento coronário com pedra pomes. 28 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Fonte: Cabrera et al. 2) Isolamento relativo 3) Manipulação do cimento ionômero de vidro (Meron, Ketac 100...) 4) Inserir cimento na parte interna da banda 5) Adaptação do aparelho com calcador e adaptador de bandas 6) Aguardar cimento tomar presa 7) Remoção de excessos de cimento ionômero de vidro 8) Instruções ao paciente e responsável 10.1.2 Arco Lingual de Nance O arco lingual de Nance é um aparelho fixo passivo, indicado para preservar o espaço deixado pela perda precoce de mais de um dente decíduo (perdas múltiplas) no arco dentário inferior, ou preservar o espaço livre de Nance disponível (Leeway Space) no final da dentição mista. Este aparelho é considerado um mantenedor de espaço, ou seja, mantém o comprimento e a profundidade do arco dentário. O arco lingual de Nance é constituído de duas bandas, dispostas simetricamente, uma em cada lado do arco dentário inferior, distalmente aos dentes perdidos, e de uma estrutura metálica confeccionada com fio 0,8 ou 0,9 que contorna lingualmente os dentes inferiores, tangenciando o cíngulo dos incisivos. Materiais Utilizados: - Modelo de trabalho inferior com bandas adaptadas nos molares. - Fio 0,8 ou 0,9 (7 cm) - Alicate 139 - Alicate Trident - Alicate de Corte pesado - Caneta para marcar fio 29 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Fonte: Cabrera et al. - Material para solda a chama Técnica de Confecção: Sobre o modelo de trabalho, delinear o esboço do aparelho a ser confeccionado. Contornar com alicate 139 um fio de aproximadamente 7 cm, toda a face lingual dos incisivos inferiores. Fazer dobras verticais na mesial dos molares para adaptação do fio ortodôntico no terço médio da face lingual da banda. Aplicação Clínica: - Perdas dentárias múltiplas unilaterais ou bilaterais. - Paciente em dentição mista, apresentando apinhamento anterior inferior (manutenção de espaços). - Preservar Leeway Space ou Espaço Livre de Nance. Protocolo Clínico: Arco Lingual 1) Seleção das bandas ortodônticas 2) Adaptação das bandas ortodônticas com calcador e adaptadorde bandas 3) Moldagem 4) Remoção das bandas ortodônticas (alicate saca banda) e transferência para o molde 5) Fixação das bandas ortodônticas no molde 6) Vazamento com gesso 7) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório. Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 2) Seleção das moldeiras 3) Individualização das moldeiras 4) Manipulação do alginato 5) Acomodação do alginato na moldeira 6) Moldagem 7) Desinfecção do molde 8) Vazamento com gesso. Cimentação de Aparelho Ortodôntico: 30 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Fonte: Cabrera et al. 1) Polimento coronário com pedra pomes. 2) Isolamento relativo 3) Manipulação do cimento ionômero de vidro (Meron, Ketac 100...) 4) Inserir cimento na parte interna da banda 5) Adaptação do aparelho com calcador e adaptador de bandas 6) Aguardar cimento tomar presa 7) Remoção de excessos de cimento ionômero de vidro 8) Instruções ao paciente e responsável 10.1.3 Mantenedor de Espaço Removível com Dente de Estoque Aparelho mantenedor de espaço removível com dente de estoque está indicado em casos de perda precoce de dentes decíduos em pacientes colaboradores. São utilizados para sua confecção dentes pré-fabricados em resina acrílica (dente de estoque) ou dentes naturais do próprio paciente. Vantagens: 1. preservam o espaço e mantêm os dentes vizinhos adjacentes nas suas posições 2. impedem a extrusão dos dentes antagonistas 3. são estéticos e funcionais 4. fácil higienização 5. fácil construção Materiais Utilizados: - Fio de aço inoxidável 0,7mm; - Fio de aço inoxidável 0,8mm; - Resina acrílica; - Cera rosa n° 7; - Tira de lixa de madeira e d’àgua; - Branco-de-espanha; - Alicate 139; - Alicate de corte; - Dentes de estoque; - Fresas; - Caneta para marcar fio. Técnica de Confeccão: 31 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE No modelo entregue para atividade no laboratório realizar a confecção dos grampos de retenção. Utilizar grampos circunferencias em “C” nos segundos molares decíduos. Será necessário a construção de um arco vestibular com alças que deve se iniciar na distal do canino de cada lado. O fio deverá tocar a vestibular de todos os incisivos no terço médio da coroa. Será necessário a utilização de dentes de estoque. Escolher três dentes para acomodação no modelo. Realizar desgastes para adaptação dos dentes no modelo. Lembrar que os dentes não podem ultrapassar o plano oclusal. Em seguida, posicionar os grampos e arco vestibular com cera utilidade. Após o início da acrilização os dentes de estoque são inseridos no modelo. Realizar recorte, polimento e acabamento. Aplicação Clínica: - Perdas precoces unitária ou múltiplas; - Perda dentária com necessidade de controle vertical (extrusão de antagonista); - Perda dentária com comprometimento estético. Protocolo Clínico: 32 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE 1) Moldagem superior e inferior; 2) Vazamento com gesso 3) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório. 4) Adaptação do aparelho no paciente, conferir grampos e arco vestibular, utilizar alicate 139. 5) Instruções ao paciente e responsável Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 2) Seleção das moldeiras 3) Individualização das moldeiras 4) Manipulação do alginato 5) Acomodação do alginato na moldeira 6) Moldagem 7) Desinfecção do molde 8) Vazamento com gesso. 10.1.4 Botão de Nance É um aparelho ortodôntico fixo dento-muco suportado, indicados para perdas precoces múltiplas e/ou bilaterais de molares decíduos superiores. Entre as vantagens do botão de Nance estão a relativa facilidade na sua confecção, o fácil controle da manutenção do aparelho pelo profissional, além das vantagens como não depender de uma grande colaboração do paciente, ser estético e não interferir em funções como deglutição e fonação. O Botão de Nance pode ser soldado na banda molar ou encaixado no tubo lingual colocado na face palatina das bandas, permitindo sua remoção sem a necessidade de remover a banda. As partes que compões o botão de Nance são: - Estrutura em fio de aço 0,90 ou 1,0 mm de espessura. Para a sua construção, inicialmente é feita a seleção e adaptação das bandas ortodônticas dos primeiros molares permanentes e a realização da moldagem. As bandas devidamente ajustadas são transferidas para o molde e obtido o modelo de trabalho. Na seqüência é feita uma curvatura em um segmento de 7,0 cm de fio de aço inoxidável 1,0 m para a adaptação na região anterior do palato, abaixo das rugosidades palatinas , porém permanecendo afastado 2,0 mm do palato, para deixar o espaço suficiente para o corpo de resina acrílica. Posteriormente as extremidades do fio são dobradas em direção distal para adaptação no centro das bandas dos primeiros molares permanentes. O arco construído é fixado na posição correta, para proceder com a soldagem, acabamento e polimento. - Base ou botão em acrílico, na região anterior do palato 33 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE O aparelho corretmente finalizado é testado na cavidade bucal e então poderá ser cimentado nos primeiros molares permanentes. Aplicação Clínica: - Manutenção de espaço no arco superior; - Controle de ancoragem em Ortodontia Corretiva. Protocolo Clínico: 1) Seleção das bandas ortodônticas 2) Adaptação das bandas ortodônticas com calcador e adaptador de bandas 3) Moldagem 4) Remoção das bandas ortodônticas (alicate saca banda) e transferência para o molde 5) Fixação das bandas ortodônticas no molde 6) Vazamento com gesso 7) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório. Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 2) Seleção das moldeiras 3) Individualização das moldeiras 4) Manipulação do alginato 5) Acomodação do alginato na moldeira 6) Moldagem 7) Desinfecção do molde 8) Vazamento com gesso. Cimentação de Aparelho Ortodôntico: 1) Polimento coronário com pedra pomes. 34 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Fonte: Cabrera et al. 2) Isolamento relativo 3) Manipulação do cimento ionômero de vidro (Meron, Ketac 100...) 4) Inserir cimento na parte interna da banda 5) Adaptação do aparelho com calcador e adaptador de bandas 6) Aguardar cimento tomar presa 7) Remoção de excessos de cimento ionômero de vidro 8) Instruções ao paciente e responsável. 10.2 Recuperador de Espaço Removível Existem casos onde pacientes perderam precocemente dentes decíduos e não receberam em tempo a conduta clínica correta, ou seja, a manutenção de espaço do arco dentário. É comum nesses casos, ocorrer uma migração dentária e consequentemente além de consumir o espaço no arco para a erupção do dente sucessor, também contribui significativamente para a instalação de uma maloclusão. Este aparelho é utilizado com a finalidade de recuperar espaços nos casos em que o diâmetro mésio-distal destinado ao dente permanente em fase de erupção foi perdido parcialmente, devido à perda precoce do dente decíduo. Material Utilizado: - Fio 0,7 mm de aço - Fio 0,8 mm de aço - Modelo de gesso - Caneta para marcar fio - Alicate 139 - Alicate 074 - Alicate de corte - Resina acrílica - Fresas - Lixa de madeira e d’àgua, bombril Técnica de Confecção: Sobre o modelo de trabalho delinear o esboço do aparelho. Iniciar a contrução dos grampos de re tenção . Com f io 0 ,8 mm confecionar grampo em “C” para o primeiro molar permanente do lado esquerdo e grampos interproximais com fio 0,7 mm entre primeiro e segundo molar decíduo do lado esquerdo e entre primero molar decíduo e canino do lado direito. 35 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Após a adaptação dos grampos de retenção, contruir a mola digital para recuperação de espaço com fio 0,8 mm. Iniciara contrução com um pequeno apoio na vestibular do primeiro molar permanente na cervical, continuar o contorno do fio por toda face mesial do primeiro molar. Em seguida, confeccionar a primeiro helicoide: o fio deve passar próximo ao rebordo alveolar porém sem tocar o gesso, a segunda helicóide é contruído e fio retorna ao rebordo alveolar palatino para dobras de retenção no acrílico. É importante que o aluno tente padronizar as helicóides para que as mesmas tenham as dimensões semelhantes. A ativação do aparelho é realizada nas helicóides confeccionados. Essa ativação deverá ser realizada a cada 30 dias, aproximadamente. Em seguida, estabilizar todos os grampos e a mola no modelo com cera utilidade, isolar o modelo e iniciar o processo de acrilização. 36 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Aplicação Clínica: - Recuperar espaço no arco dentário. - Perda precoce de dentes decíduos com migração dentária de dentes adjacentes. - Manutenção de espaço (sem ativação). Protocolo Clínico: 1) Moldagem superior ou inferior; 2) Vazamento com gesso; 3) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório; 4) Adaptação do aparelho no paciente (conferir grampos com alicate 139); 5) Ativação da mola digital com alicate 139; 6) Instruções ao paciente e responsável. Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 2) Seleção das moldeiras 3) Individualização das moldeiras 4) Manipulação do alginato 5) Acomodação do alginato na moldeira 6) Moldagem 7) Desinfecção do molde 8) Vazamento com gesso. 10.3 Aparelho com Mola Digital para Descruzamento Em casos de mordida cruzada dentária de um ou mais elementos, pode ser utilizado na Ortodontia Preventiva e Interceptora um aparelho com mola digital para descruzamento. Geralmente este aparelho é utilizado para correção da inclinação vestíbulo- lingual de incisivos superiores. Existem diversas formas e desenhos de confecção deste aparelho, porém muitas vezes é utilizado um arco vestibular com alças (Hawley), grampos de retenção e molas digitais por palatino, localizadas próximas aos dentes a serem movimentados. Em alguns casos poderá ser necessário uma modificação no aparelho com o recobrimento oclusal dos elementos posterios com resina acrílica para criar um levante de mordida e assim desocluir os dentes na região anterior, facilitando o movimento vestibular dos dentes cruzados. A ativação das molas deve ser realizada a cada 4 semanas e até que haja um correto relacionamento vestíbulo lingual dos dentes ou o completo descruzamento dos elementos dentários envolvidos. Aplicação Clínica: 37 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE - Correção da inclinação vestíbulo-lingual de qualquer elemento dentário. - Correção do cruzamento de um ou mais elementos dentários. Protocolo Clínico: 1) Moldagem superior ou inferior; 2) Vazamento com gesso; 3) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório; 4) Adaptação do aparelho no paciente (conferir grampos e retenção com alicate 139); 5) Ativação da mola digital para descruzamento (alicate 139); 7) Instruções ao paciente e responsável; 8) Agendar retorno. Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 2) Seleção das moldeiras 3) Individualização das moldeiras 4) Manipulação do alginato 5) Acomodação do alginato na moldeira 6) Moldagem 7) Desinfecção do molde 8) Vazamento com gesso. 38 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE 10.4 Placa de Hawley A placa de Hawley é um aparelho removível utilizado na Ortodontia Preventiva e Interceptora para correção da vestibulo-versão de incisivos e fechamento de diastemas, principalmente quando a relação molar e a sobremordida estão normais. Nessas situações, pode existir um aumento na sobressaliência e alguns diastemas entre os dentes anteriores superiores, que serão fechados com a movimentação lingual dos incisivos superiores, pela ação do arco vestibular. Na Ortodontia Corretiva é comum utilizar a placa de Hawley como aparelho de contenção pós-tratamento ortodôntico. O aparelho consiste de um arco vestibular com alças, grampos de retenção e acrílico. Existem diversas variações na confecção deste aparelho. O professor responsável na clínica identificará qual o melhor desenho para cada caso. A placa Hawley também poderá sofrer modificações dependendo da particularidade de cada caso. Por exemplo, o aparelho pode estar associado a uma grade palatina, mantenedores de espaços, recuperadores de espaço, entre outros. Ativação do aparelho: A placa de Hawley é ativada nas alças do arco vestibular. Fechando as alças cerca de 1 mm em cada lado, cria-se uma pressão na face vestibular dos incisivos no sentido palatino. As ativações devem ser realizadas a cada 4 semanas até a completa correção dos problemas. O aparelho poderá continuar sendo utilizado como contenção após movimentação ortodôntica por mais algum tempo. Aplicação Clínica: - Correção de sobressaliência acentuada devido a vestibularização de incisivos; - Fechamento de diastemas anteriores; - Contenção após movimentação ortodôntica. Protocolo Clínico: 1) Moldagem superior ou inferior; 39 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE 2) Vazamento com gesso; 3) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório; 4) Adaptação do aparelho no paciente (conferir grampos e retenção com alicate 139); 5) Ativação da alça (alicate 139); 9) Instruções ao paciente e responsável. 10)Agendar retorno. Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 2) Seleção das moldeiras 3) Individualização das moldeiras 4) Manipulação do alginato 5) Acomodação do alginato na moldeira 6) Moldagem 7) Desinfecção do molde 8) Vazamento com gesso. 10.5 Grade Palatina As grades palatinas são aparelhos utilizados para remoção de hábitos deletérios, como sucção digital, uso de chupetas e interposição de língua, consequentente mordida aberta anterior. A mordida aberta anterior é uma maloclusão frequentemente encontrada em pacientes portadores de hábitos deletérios. Trata-se de uma maloclusão que caso não seja prevenida e interceptada na fase correta, poderá levar o paciente a transtornos funcionais e estéticos importantes posteriormente. Nos casos de mordida aberta decorrentes de hábitos deletérios, onde haja padrão de crescimento favorável, a simples eliminação do hábito e a obtenção do equilíbrio da atividade muscular, promovem uma melhora espontânea da má oclusão. As grades palatinas podem ser fixas ou removíveis. 10.5.1 Grade Palatina Removível A grade palatina removível é utilizada na ortodontia preventiva e interceptora em pacientes colaboradores. Variações: Existe a possibilidade de se fazer um orifício neste aparelho para que, com a orientação de um fonoaudiólogo, possibilite a reeducação postural da língua através de uma terapia miofuncional, tanto durante a deglutição quanto em posição de repouso. Nos casos em que existe juntamente com a mordida aberta, a mordida cruzada posterior, a grade palatina pode ser associada a um aparelho removível com parafuso 40 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE expansor e um arco vestibular para auxiliar na retenção e proporcionar pequenos movimentos dentários para lingual. Materiais Utilizados: - Fio de aço inoxidável 0,7mm; - Fio de aço inoxidável 0,8mm; - Resina autopolimerizável; - Cera rosa n° 7; - Tira de lixa de madeira e d’àgua; - Branco-de-espanha; - Alicate 139; - Alicate de corte; - Dentes de estoque; - Fresas; - Caneta para marcar fio; - Régua milimetrada. Técnica de Confecção: Para a confecção da grade palatina removível, é necessário a construção dos grampos de retenção. Para o modelo entregue no laboratório de Ortodontia, será solicitado a contrução de grampos em “C” nos primeiros molares permanentes (fio 0,8) e gramposinterproximais ou em “gota” (fio 0,7) entre segundos molares decíduos e primeiros molares decíduos. Em seguida, será confecionada a grade palatina. Para padronização da aula prática no laboratório de Ortodontia, é fundamental que sigam as orientações abaixo. - Utilizar segmento de aproximadamente 12 centímetros de fio 0,8 mm de aço inoxidável. - Utilizar para realização das dobras, alicate 139 ou 074. - Com a caneta para marcar fio e régua milimetrada, utizar as seguintes medidas 41 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Após a construção da grade, é necessário contorna-lá para acomodação ao modelo de gesso. Em seguida, posicionar os grampos e isolar o modelo de gesso com Cel-Lac. No processo de acrilização (capítulo 8), a grade será inserida quando houver acrílico na fase plástica na região de acomodação da grade. Neste momento deve-se ter atenção com a inclinação da grade, para que após a presa do acrílico, a grade esteja com o posicionamento correto. Para finalizar, realizar recorte, polimento e acabamento. Conferir sequência no capítulo 8. Na clínica de Ortodontia poderá ser necessário utilizar outras variações de grade palatina removível, o planejamento do aparelho ficará a critério do professor responsável. Aplicação Clínica: - Remoção de hábitos deletérios. - Controle após remoção de hábito com grade palatina fixa. 42 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE - Importante verificar o nível de cooperação do paciente. Protocolo Clínico: 1) Moldagem superior e inferior; 2) Confeccionar mordida em cera; 3) Vazamento com gesso; 4) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório. 5) Adaptação do aparelho no paciente (conferir grampos e acomodação da grade com alicate 139); 11)Instruções ao paciente e responsável. Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 2) Seleção das moldeiras 3) Individualização das moldeiras 4) Manipulação do alginato 5) Acomodação do alginato na moldeira 6) Moldagem 7) Desinfecção do molde 8) Vazamento com gesso. 10.5.2 Grade Palatina Fixa A grade palatina fixa é o aparelho mais utilizado na remoção de hábitos deletérios. A principal vantagem deste aparelho é exatamente o uso em tempo integral, não permitindo que o paciente escolha utilizar o aparelho ou praticar o hábito. Assim, geralmente é um aparelho mais eficiente, quando comparado com a grade removível, pois não depende de colaboração do paciente. Aplicação Clínica: - Remoção de hábitos deletérios (sucção digital, chupeta e interposição de língua) - Correção de maloclusão com mordida aberta anterior em dentição decídua e mista onde o fator etiológico seja hábito deletério. 43 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Protocolo Clínico: 1) Seleção das bandas ortodônticas 2) Adaptação das bandas ortodônticas com calcador e adaptador de bandas 3) Moldagem 4) Remoção das bandas ortodônticas (alicate saca banda) e transferência para o molde 5) Fixação das bandas ortodônticas no molde 6) Vazamento com gesso 7) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório. Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 2) Seleção das moldeiras 3) Individualização das moldeiras 4) Manipulação do alginato 5) Acomodação do alginato na moldeira 6) Moldagem 7) Desinfecção do molde 8) Vazamento com gesso. Cimentação de Aparelho Ortodôntico: 1) Polimento coronário com pedra pomes. 2) Isolamento relativo 3) Manipulação do cimento ionômero de vidro (Meron, Ketac 100...) 4) Inserção do cimento na parte interna da banda 5) Adaptação do aparelho com calcador e adaptador de bandas 6) Aguardar o cimento tomar presa 7) Remoção de excessos de cimento ionômero de vidro 8) Instruções ao paciente e responsável. 44 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE 10.6 Placa Lábio Ativa (PLA) ou Lip Bumper A PLA é um aparelho removível ativo ou passivo, interposto entre os dentes inferiores e a musculatura peribucal. Portanto, a placa lábio ativa é considerada um aparelho de ancoragem muscular. É constituída de um fio 1,1 ou 0,9 mm, que contorna externamente a superfície vestibular dos dentes inferiores, envolvido por um escudo de resina acrílica ou de plástico na região média anterior. Como a PLA é encontrada pré-fabricada, não precisa ser construída em laboratório. O escudo anterior está disponível em diversas cores. Dependendo de sua adaptação em relação ao arco dentário inferior, a PLA pode ser classificada em: PLA aberta, curta, longa, alta e baixa. A PLA aberta corresponde a PLA ativada transversalmente para favorecer a expansão do arco dentário inferior, mediante a vestibularização dos dentes posteriores, sobretudo os primeiros molares. As PLAs curta e longa referem-se à distância entre o escudo de resina acrílica e a superfície vestibular dos incisivos inferiores. Correspondem aos ajustes sagitais do aparelho. A PLA curta corresponde àquela onde o escudo de resina se aproxima dos incisivos, não acarretando inclinação dos molares inferiores para a distal. A PLA longa, devido à maior distância entre o escudo de resina e os incisivos, recebe maior impacto da musculatura labial, favorecendo a inclinação distal dos molares inferiores. As PLAs alta e baixa referem-se ao posicionamento vertical do escudo de resina em relação aos incisivos inferiores. Portanto correspondem aos ajustes verticais do aparelho. Na PLA alta o escudo localiza-se na altura dos incisivos, impedindo o contato do lábio inferior com estes e, consequentemente, favorecendo a vestibularização dos incisivos inferiores. Na PLA baixa o escudo situa-se abaixo da coroa clínica dos incisivos, na altura da gengiva, não impedindo o toque do lábio nos incisivos. Portanto, está indicada nos casos onde não se deseja mudar a posição vestíbulo-lingual dos incisivos inferiores. Na clínica, a PLA é adaptada diretamente na cavidade bucal, após a bandagem dos primeiros molares permanentes inferiores. O aparelho é encaixado nos tubos vestibulares localizados no terço médio vestibular das bandas ortodônticas. 45 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Aplicação Clínica: - Ancoragem inferior; - Recuperação do espaço mandibular, através da vestibularização dos incisivos inferiores e até distalização dos molares inferiores; - Remoção de hábito de sucção de lábio. - Quebra do equilíbrio muscular para vestibularização de incisivos inferiores. Protocolo Clínico: 1) Seleção das bandas ortodônticas 2) Adaptação das bandas ortodônticas com calcador e adaptador de bandas 3) Soldagem a ponto do tubo face vestibular dos molares com máquina de solda. 4) Moldagem 5) Remoção das bandas ortodônticas (alicate saca banda) e transferência para o molde 6) Fixação das bandas ortodônticas no molde 7) Vazamento com gesso 8) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório. Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 2) Seleção das moldeiras 3) Individualização das moldeiras 4) Manipulação do alginato 5) Acomodação do alginato na moldeira 6) Moldagem 7) Desinfecção do molde 8) Vazamento com gesso. Cimentação de Aparelho Ortodôntico: 1) Polimento coronário com pedra pomes; 2) Isolamento relativo; 3) Manipulação do cimento ionômero de vidro (Meron, Ketac 100...) 4) Inserção do cimento na parte interna da banda 5) Cimentação das bandas ortodônticas (somente as bandas) com calcador e adaptador de bandas 6) Aguardar cimento tomar presa 7) Remoção de excessos de cimento ionômero de vidro 8) Adaptação e ajuste do aparelho, alicate 139. Estando os molares inferiores previamente bandados, instala-se a PLA colocando um lado de cada vez. A depressão encontrada no escudo labial deverá ser colocada para baixo, na região do freio labial inferior, evitando lesões no mesmo. 46 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Variaçãoda Placa Lábio Ativa: Indicação Clínica: - Remoção do hábito de interposição labial. Protocolo Clínico: 1) Moldagem inferior; 2) Vazamento com gesso; 3) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório. 4) Adaptação do aparelho no paciente (conferir grampos e acomodação da grade com alicate 139); 5) Instruções ao paciente e responsável. 10.7 Aparelhos para Correção da Mordida Cruzada 10.7.1 Quadrihélice O quadrihélice é um aparelho fixo ativo, indicado para expandir o arco dentário superior. A resposta gerada é principalmente a vestibularização dos dentes e processos alveolares, estando indicado para a correção da mordida cruzada posterior dento- alveolar, unilateral ou bilateral. O aparelho é constituído de 2 bandas ortodônticas, simetricamente posicionadas nos molares permanentes (dentição mista e permanente) ou segundos molares decíduos (dentição decídua) e de um arco palatino soldado às bandas dos molares, confeccionado com fio 0,8 mm ou 0,9 mm, possuindo 4 helicóides, distribuídos em 2 anteriores e 2 posteriores. Materiais Utilizados: - Modelo de trabalho em gesso com bandas nos molares. - Fio 0,9 mm ou 0,8 mm; - Alicate 139 ou 074; - Alicate de Corte - Caneta para marcar fio - Material para solda a chama (não necessário para o laboratório); - Lapiseira ou lápis. Técnica de Confecção 47 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Sobre o modelo de trabalho superior previamente preparado, delinear o esboço do aparelho a ser confeccionado. Após a retificação de um segmento de 20 cm de fio 0,8 ou 0,9 mm, confeccionar, com a ponta cônica do alicate 139 ou 074, dois helicóides pequenos, com a distância entre si igual a 1/3 da distância intercaninos, de forma que ambos helicóides permaneçam paralelos e abaixo do plano oclusal. Marcar o fio na distal dos molares e confeccionar um pequeno helicóide externamente ao fio, bilateralmente, de forma a ficar com uma abertura aproximada em 45 graus. Em seguida, marcar o fio onde este tocar o terço médio da superfície palatina das bandas ortodônticas. Contornar o fio de forma que este toque a superfície palatina dos dentes posteriores, estendendo-se até a superfície mesial dos caninos, de ambos os lados. Em seguida posicionar o quadrihélice na posição definitiva sobre o modelo de trabalho. O fio deverá ficar ligeiramente afastado do palato para não traumatizar a mucosa do paciente. Após acomodar o aparelho no modelo, estabilizá-lo com cera utilidade, pois não será exigido dos alunos realizar a soldagem a chama do aparelho. 48 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE Fonte: Cabrera et al. Aplicação Clínica: - Correção de mordidas cruzadas posteriores dento-alveolares unilaterais ou bilaterais. - Arco superior constricto. Ativação do Aparelho: Primeira ativação: prévia a cimentação, realizada nas helicóides. Nas próximas ativações o aparelho deverá ser removido do paciente e ativado a cada 4 semanas. Esta ativação ocorre até que a mordida cruzada posterior tenha uma sobrecorreção. Após o tratamento ativo, o aparelho ainda permanece na boca durante 6 meses como contenção. Protocolo Clínico: 1) Seleção das bandas ortodônticas 2) Adaptação das bandas ortodônticas com calcador e adaptador de bandas 3) Moldagem superior 4) Remoção das bandas ortodônticas (alicate saca banda) e transferência para o molde 5) Fixação das bandas ortodônticas no molde 6) Vazamento com gesso 7) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório. Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 2) Seleção das moldeiras 3) Individualização das moldeiras 4) Manipulação do alginato 5) Acomodação do alginato na moldeira 49 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE 6) Moldagem 7) Desinfecção do molde 8) Vazamento com gesso. Cimentação de Aparelho Ortodôntico: 1) Ativação prévia do aparelho com alicate 139. 2) Polimento coronário com pedra pomes. 3) Isolamento relativo 4) Manipulação do cimento ionômero de vidro (Meron, Ketac 100...) 5) Inserção do cimento na parte interna da banda 6) Adaptação do aparelho com calcador e adaptador de bandas 7) Aguardar cimento tomar presa 8) Remoção de excessos de cimento ionômero de vidro 9) Instruções ao paciente e responsável. 10.7.2 Quadrihélice de Encaixe O quadrihélice de encaixe é uma variação do quadrihélice convencional soldado. O aparelho segue o mesmo desenho do quadrihélice soldado, ou seja, arco palatino confeccionado com dois helicóides anteriores e dois posteriores. A diferença é na relação com a banda ortodôntica dos molares. O aparelho é encaixado em um tubo lingual localizado na face palatina dos molares superiores bandados, permitindo assim a remoção e ativação do aparelho com maior facilidade. As indicações clínicas e protocolos de ativação e contenção são os mesmo do quadrihélice convencional soldado. Protocolo Clínico: 1) Seleção das bandas ortodônticas 50 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE 2) Adaptação das bandas ortodônticas com calcador e adaptador de bandas 3) Soldagem a ponto da tubo lingual na face palatina dos molares com máquina de solda. 4) Moldagem superior 5) Remoção das bandas ortodônticas (alicate saca banda) e transferência para o molde 6) Fixação das bandas ortodônticas no molde 7) Vazamento com gesso 8) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório. Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 2) Seleção das moldeiras 3) Individualização das moldeiras 4) Manipulação do alginato 5) Acomodação do alginato na moldeira 6) Moldagem 7) Desinfecção do molde 8) Vazamento com gesso. Cimentação de Aparelho Ortodôntico: 1) Ativação prévia do aparalho no modelo com alicate 139 1) Polimento coronário com pedra pomes; 2) Isolamento relativo; 3) Manipulação do cimento ionômero de vidro (Meron, Ketac 100...) 4) Inserção do cimento na parte interna da banda 5) Cimentação das bandas ortodônticas (somente as bandas) com calcador e adaptador de bandas 6) Aguardar cimento tomar presa 7) Remoção de excessos de cimento ionômero de vidro 8) Adaptação e ajuste do aparelho. 10.7.3 Placa com Parafuso Expansor O aparelho removível com parafuso expansor pode ser utilizado na Ortodontia Preventiva e Interceptora na dentição decídua e mista, tendo como principal indicação a correção da mordida cruzada posterior dento-alveolar, uni ou bilateral. O aparelho possui grampos de retenção em “C” ou Adams nos primeiros molares permanentes ou segundos molares decíduos (dentição decídua) e nos caninos decíduos. Além disso é utilizado grampos interproximais ou em “gota” em outros elementos dentários. 51 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE O parafuso é centralizado no palato, durante a acrilização aconselha-se recobrir a oclusal dos dentes posteriores para criar um levante de mordida, elimando interferências oclusais, facilitanto assim, a expansão do arco dentário. Como se trata de um aparelho removível, para que se tenha bons resultados é imprescindível que haja colaboração extrema do paciente. Ativação do Aparelho: A ativação preconizada na clínica de Ortodontia Preventiva e Interceptora é 1/4 de volta por semana até o descruzamento da mordida com sobrecorreção de até 1 mm de cada lado. O tempo médio de uso é de aproximadamente 8 meses. Aplicação Clínica: - Correção da mordida cruzada posterior unilateral e bilateral. - Expansão da maxila. Protocolo Clínico: 1) Moldagem superior. 2) Vazamento com gesso; 3) Preenchimento da ficha de solicitação de serviço para o laboratório; 4) Adaptação do aparelho no paciente; 5) Ativação 1/4 de volta por semana; 6) Instruções ao paciente e responsável; 7) Agendar retorno com 4 semanas para controle. Moldagem: 1) Posicionamento do paciente 52 Equipe de Ortodontia FACS/UNIVALE 2) Seleção das
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