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4.1. Degradação e Conservação dos Solos

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DEGRADAÇÃO DOS SOLOS
Cerca de 1,5 bilhão de pessoas, um quarto da população mundial, dependem diretamente dos solos que estão sendo degradados.
Fonte: FAO
Cerca de 22% das terras em processo de degradação estão em zonas que vão de áridas a sub-úmidas secas, enquanto 78% estão em regiões úmidas. 
Estudos revelam que a degradação do solo tem afetado novas regiões desde 1991, enquanto que algumas áreas historicamente muito degradadas foram tão afetadas que agora estão estáveis, por terem sido abandonadas ou exploradas com baixo nível de produtividade 
(Fonte: FAO)
Os países por população rural mais afetada com a degradação dos solos são:
1- China (457 milhões de pessoas)
2 – Índia (177 milhões de pessoas)
3 – Indonésia (86 milhões)
4 – Bangladesh (72 milhões)
5 – Brasil (46 milhões)
Fonte: FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação)
Causas da erosão e degradação dos solos 
Principais fatores:
1 - O tipo de solo (por exemplo, um solo com mais de 65% de areia em sua composição granulométrica é mais suscetível à erosão do que um solo argiloso);
2 - A estrutura, a espessura e as forças de coesão entre as partículas que formam os agregados dos solos;
3 - A quantidade, a duração e a frequência das chuvas;
4 - A cobertura vegetal existente na área estudada;
5 - O comprimento e o grau de declividade das encostas e suas características gerais;
6 - A qualidade da ação antrópica do ponto de vista do uso, incluindo também as queimadas. 
A conjugação desses fatores permite maior ou menor infiltração de água no solo, armazenamento ou escoamento desta em superfície e em subsuperfície, levando a maior ou menor erosão ou destruição do solo.
A ação da água como agente de erosão depende da quantidade que cai sobre um determinado solo. Se essa for maior do que aquela que pode infiltrar-se, haverá o escoamento superficial da água e, consequentemente, a erosão do solo. Essa forma de erosão recebe o nome de erosão laminar ou em lençol.
Em áreas de encostas, a água superficial escorre e vai formando a erosão de ravinamento ou ravinas, ou seja, sulcos ou incisões contínuos, estreitos e de pouca profundidade.
O escoamento superficial da água somado ao subsuperficial dá origem às voçorocas, isto é, "rasgões" do solo mais largos e mais profundos do que as ravinas, com laterais bem inclinadas, geralmente com fundo plano ou chato. às vezes seu aprofundamento é tal que chega a atingir  lençol frático. A erosão provoca o arroreamento dos corpos hídricos.
A poluição/contaminação do solo também é outro grande problema da sua degradação. Ocorre pela aplicação excessiva de pesticidas e fertilizantes químicos que contaminam inclusive a água.
TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DOS SOLOS
A conservação do solo melhora o rendimento das culturas e garante um ambiente mais saudável e produtivo, para a atual e as futuras gerações. Dentre as técnicas que podem contribuir com o solo, destacamos:
Plantio em curva de nível - neste método todas as operações de preparo do terreno, balizamento, semeadura, etc,  são realizadas em curva de nível.  No cultivo em nível ou contorno criam-se obstáculos à descida da enxurrada, diminuindo a velocidade de arraste, e aumentando a infiltração d"água no solo. Este pode ser considerado um dos princípios básicos, constituindo-se em uma das medidas mais eficientes na conservação do solo e da água. Porém, as práticas devem ser adotadas em conjunto para a maior eficiência conservacionista.
Cultivo de acordo com a capacidade de uso - as terras devem ser utilizadas em função da sua aptidão agrícola, que pressupõe a disposição adequada de florestas / reservas, cultivos perenes, cultivos anuais, pastagens, etc, racionalizando, assim, o aproveitamento do potencial das áreas e sua conservação.
Reflorestamento/manutenção da vegetação - áreas muito susceptíveis à erosão e de baixa capacidade de produção devem ser mantidas recobertas com vegetação permanente. Isto permite seu uso econômico, de forma sustentável, e proporciona sua conservação.  Este cuidado deve ser adotado em locais estratégicos, que podem estar em nascentes de rios, topos de morros e/ou margem dos cursos d"água.
Pastagem - o manejo racional das pastagens pode representar uma grande proteção contra os efeitos da erosão. O pasto mal conduzido, pelo contrário, torna-se uma das maiores causas de degradação de terras agrícolas.
Rotação de culturas – plantar diferentes tipos de cultura e por vezes deixar no pousio.
Cordões de vegetação permanente - são fileiras de plantas perenes de crescimento denso, dispostas em contorno. Algumas espécies recomendadas: cana-de-açúcar, capim-vetiver, erva-cidreira, capim-gordura, etc.
Controle do fogo - o fogo, apesar de ser uma das maneiras mais fáceis e econômicas de limpar o terreno, quando aplicado indiscriminadamente é um dos principais fatores de degradação do solo e do ambiente.
Correção e adubação do solo - como parte de uma agricultura racional, estas práticas proporcionam melhoramento do sistema solo, no sentido de se dispor de uma plantação mais produtiva e protetora das áreas agrícolas.
Plantio Direto - Plantio sem o processo de aragem do solo.
Terraceamento – A partir de 25% de declividade (aproximadamente) é adequado o uso de terraços para reduzir a erosão.

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