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Aula 01 - Conceito, função e Principios do Direito Penal

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DIREITO PENAL
1. Conceito - é o segmento do ordenamento jurídico que detém a função de selecionar os comportamentos mais perniciosos à coletividade, capazes de colocar em risco os valores fundamentais para convivência social, e descrevê-los como infrações penais, cominando-lhes, em conseqüência, as respectivas sanções, além de estabelecer todas as regras complementares e gerais necessárias a sua correta e justa aplicação. 
2. Função ético-social – O Direito Penal tem a missão de proteger os valores fundamentais para a subsistência do corpo social, tais como a vida, saúde, liberdade, propriedade... , denominado de bens jurídicos.
Proteção - Não é só pela ameaça de Sanção Penal ou receio de punição, mas pela necessidade de justiça ( respeito as normas). É um compromisso ético entre o Estado e o Indivíduo.
3. Princípios do Direito Penal
A Criação do tipo e a adequação concreta da conduta ao tipo dêem operar-se em consonância com os princípios constitucionais do Direito Penal, os quais derivam da dignidade humana que , por sua vez, encontra fundamento no Estado Democrático de Direito . 
Crime não é aquilo que o legislador diz sê-lo ( conceito formal ). Para que a conduta seja considerada criminosa ela tem que colocar em perigo os valores fundamentais da sociedade, violar bens juridicamente tutelados, auferindo o mínimo de lesividade.
3.1. Constitucionais Penais ( explícitos )
3.1.1 – Concernentes a lei Penal
legalidade ( ou reserva legal) Art. 5° XXXIX CF e 1° C.P
Anterioridade da lei – Art. 5° XXXIX, CF, art. 1° C.P
Retroatividade da lei Penal benéfica ( ou Irretroatividade da lei penal) art. 5° XL, CF, art. 2° CP
3.1.2- Concernente a aplicação da Pena 
Personalidade ( ou responsabilidade penal ) Art. 5° XLV, CF
Individualização da Pena Art. 5° XLVI, caput, 1° parte, CF
Humanidade – Art. 5° XLVII, CF
4 . Constitucionais Penais ( implícitos ) decorrentes da dignidade humana. 
Princípio da Insignificância ou bagatela – O Direito Penal não se deve preocupar-se com bagatelas, do mesmo modo que não podem ser admitidos tipos incriminadores incapazes de lesar o bem jurídico. 
A tipicidade exige um mínimo de lesividade ao bem jurídico protegido. 
Se a finalidade do tipo penal é tutelar um bem jurídico, sempre que a lesão for insignificante, a ponto de se tornar incapaz de lesar o interesse protegido, não haverá adequação típica. 
Superior tribunal de justiça – exclusão de tipicidade –dado que a lei não cabe preocupar-se com infrações de pouca monta, insusceptíveis de causar o mais ínfimo dano a coletividade. 
Ex. Furto de um chiclete. 
Princípio da Alteridade ou transcendentalidade – proíbe a incriminação de atitude meramente interna , subjetiva do agente e que por essa razão, revela-se incapaz de lesionar o bem jurídico. Ninguém pode ser punido por ter feito mal a si mesmo. 
 Ex.: Suicida frustrado; auto flagelação, ( usar droga # porte e posse- representam perigo social, evitando a facilitar a circulação da substancia entorpecente). . 
Princípio da Confiança - Funda-se na premissa de que todos devem esperar por parte das outras pessoas que estas sejam responsáveis e ajam de acordo com as normas da sociedade, visando evitar danos a terceiros. Ex. Cirurgião e auxiliares; motorista na preferencial. Se ocorrer abuso da confiança, incorrerá em fato típico ( motorista-ciclista).
Princípio da Adequação Social - Todo o comportamento que, a despeito de ser considerado criminoso pela lei, não afrontar o sentimento social de justiça( aquilo que a sociedade tem por justo) não pode ser considerado criminoso. O Direito penal só tipifica condutas que tenham certa relevância social. Não se pode confundir os princípios adequação social com insignificância, pois o primeiro a conduta deixa de ser considerada injusta pela sociedade e o segundo há escassez de lesividade. 
Princípio da Interveção Mínima – Somente haverá Direito Penal naqueles raros episódios típicos em que a lei descreve um fato como típico. Segundo Prof. Fernando capez, “este princípio tem como ponto de partida a fragmentariedade do Direito Penal. Este se apresenta por meios de pequenos flashs, que são pontos de luz na escuridão do universo. Nisso, aliás, consiste a principal proteção da política do cidadão em face do poder punitivo estatal, qual seja, a de que somente poderá ser invadida sua esfera de liberdade, se realizar uma conduta descrita em um daqueles raros pontos onde a lei definiu a existência de uma infração penal. Ou o autor recai sobre um dos tipos, ou se perde no vazio infinito da ausência de previsão e refoge à incidência punitiva”. 
Princípio da Proporcionalidade – Somente se pode falar na tipificação de um comportamento humano, na medida em que isto se revele vantajoso em relação de custos e benefícios sociais. A criação de tipos incriminadores deve ser uma atividade compensadora para os membros da coletividade. Quando o custo for maior que a vantagem, o tipo será inconstitucional, porque contrário ao Estado Democrático de Direito. Em outras palavras, com a transformação de uma conduta humana em infração penal, impõe-se a toda coletividade uma limitação, a qual precisa ser compensada por uma efetiva vantagem: ter um relevante interesse tutelado penalmente. 
Princípio da Humanidade - (Art. 5º - III, XLVII, XLVIII, XLIX, L), 
Princípio da Necessidade e Idoneidade – A incriminação de determinada situação só pode ocorrer quando a tipificação revelar-se necessária, idônea e adequada ao fim a que se destina, ou seja, à concreta e real proteção ao bem jurídico. Nenhuma incriminação subsistirá em nosso ordenamento jurídico, quando a definição legal revelar-se incapaz, seja pelo critério definidor empregado, seja pelo excessivo rigor , seja ainda pela afronta a dignidade humana, de tutelar concretamente o bem jurídico. 
Princípio da Ofensividade, princípio de fato e da exclusiva proteção do bem jurídico: Não há crime quando a conduta não tiver oferecido ao menos um perigo concreto real, efetivo e comprovado de lesão ao bem jurídico . ( segundo o prof. Luiz Flavio Gomes” princípio do fato não permite que o direito penal se ocupe das intensões e pensamentos das pessoas, do seu modo de viver ou de pensar, das suas atitudes internas ( enquanto não exteriorizada a conduta delitiva). 
 
Princípio da auto-responsabilidade – Os resultados danosos que decorrem da ação livre e inteiramente responsável de alguém só podem ser imputados a este se não aquele que o tenha anteriormente motivado. Ex.: Uma pessoa aconselha a outra a praticar esportes mais radicais. Vindo a falecer, foi por sua vontade que correu os riscos. 
Princípio da responsabilidade pelo fato – O direito penal visa punir fatos devidamente exteriorizados no mundo concreto e objetivamente descritos e identificados em tipos legais. Não pune pensamentos, idéias, ideologias e nem o modo de ser das pessoas. 
Princípio da imputação pessoal – O Direito Penal não pode castigar um fato cometido por quem não reúna capacidade mental suficiente para compreender o que faz ou de se determinar de acordo com esse entendimento. Não pune os inimputáveis. 
Princípio da personalidade – CF, Art. 5º XLV - A pena não passa da pessoa do condenado. Ninguém será culpado por fato cometido por outra pessoa. 
Princípio da responsabilidade subjetiva – Nenhum resultado objetivamente típico pode ser atribuído a quem não o tenha produzido por dolo ou culpa, afastando a responsabilidade objetiva. Do mesmo modo , ninguém pode ser responsabilizado sem que reúnam todos os elementos da culpabilidade. Ex.: discussão com um hemofílico, que acaba de conhecer, e resulta num pequeno corte no braço do hemofílico. Resultado a vítima sangra até morrer. CP, art 19.
Princípio da co-culpabilidade ou co-responsabilidade - A responsabilidade pela pratica da Infração penal deve ser compartilhada entre o infrator e a sociedade ( não adotado entre nós). 
2.Controle Material do tipo incriminador – Cabe ao Poder Legislativo, a exclusiva função de selecionar as condutas mais perniciosas ao convívio social e defini-las como delito, associando-lhes penas. Com efeito, o art. 5 da CF, XXXIX “ Não há crime sem lei anterior que o defina, nem há pena sem previa cominação legal. Incumbiu com exclusividade o legislador a tarefa de selecionar, dentre todas as condutas do gênero humano, aquelas capazes de colocar em risco a tranqüilidade social e a ordem pública. 
O controle Judicial de constitucionalidade material do tipo deve ser excepcional e exercido em caso de flagrante atentado aos princípios constitucionais sensíveis, não cabendo ao magistrado determinar o expurgo do crime do nosso ordenamento jurídico. ( CF, art. 2º)
Parte Geral do Código Penal – Tem a finalidade de assinalar as características essenciais do delito e de seu autor, expondo os seguintes momentos:
- Conduta( ação ou omissão) penalmente relevante
- Momentos objetivos e subjetivos
- Preparação, Tentativa e Consumação 
- Valoração das condutas como jurídicas ou antijurídicas, culpáveis ou não. 
- Se a conduta está relacionada com o seu autor, cuja personalidade, vontade e consciência imprimem sua peculiaridade.

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