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PENSAMENTO CRÍTICO Profa. Dra. Patrícia Del Nero Velasco contato: patricia.velasco@ufabc.edu.br PROGRAMA DA DISCIPLINA •Apresentação da professora. •Apresentação do programa da disciplina. •Breve introdução ao tema do curso. OS PRIMÓRDIOS • No início da década de 80, pesquisadores da Divisão de Ensino e Aprendizagem do Instituto Nacional de Educação dos EUA organizaram uma conferência no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Aprendizagem da Universidade de Pittsburgh. • O objetivo do encontro era “examinar as práticas educacionais e investigação científica relacionadas à capacidade de compreender, raciocinar, solucionar problemas e aprender” (Robert Glaser. Prefácio. In: Segal; Chipman; Glaser (eds.) Thinking and Learning Skills, vol. 1. Hillsdale, Nova Jersey: Erlbaum, 1985). PENSAMENTO CRÍTICO E LÓGICA INFORMAL • Passou-se a falar em ENSINAR A PENSAR. • E, por conseguinte, percebeu-se a necessidade de ensinar a pensar CRITICAMENTE. • Dentro do processo de educação para o pensar crítico, o fomento da capacidade argumentativa assume importante papel. Dado que a lógica é a área da Filosofia que tem como objetos de estudo os argumentos, inevitavelmente alguns lógicos passaram a se preocupar com as contribuições da LÓGICA para o pensamento crítico. PENSAMENTO CRÍTICO E LÓGICA INFORMAL “O movimento do pensar crítico cresceu consideravelmente no final da década de 70 com a formação da atividade conhecida como lógica informal. Durante um certo tempo, um grupo dissidente de lógica lutou por uma lógica que se harmonizasse melhor com a linguagem natural e fosse melhor adaptada que a lógica clássica ou lógica simbólica a fim de ajudar os alunos a raciocinar com mais eficácia” (LIPMAN. O pensar na educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995, p. 164). O QUE É LÓGICA E DO QUE TRATA • Aristóteles: “pai da lógica”. • Duas peculiaridades relacionadas aos escritos aristotélicos sobre “lógica”: • Tais escritos não foram organizados por Aristóteles (Organon); • O conteúdo nestes desenvolvido não foi denominado Lógica pelo Estagirita (Analítica). SOBRE A POSSIBILIDADE DE PROFERIR BOBAGEM COM O AVAL DA LÓGICA • A obra de Aristóteles inaugura uma característica fundamental do pensamento lógico: a prescrição de regras de raciocínio que independem do conteúdo expresso nos enunciados. • Distingue-se, pois, forma e significação do argumento. • Hoje em dia mencionamos a parte sintática (referente à estrutura formal dos signos da linguagem) e a parte semântica (referente ao significado ou à interpretação destes mesmos signos) da Lógica. • Para Aristóteles, contudo, era insuficiente considerar a ciência somente do ponto de vista de sua coerência interna! A ETIMOLOGIA • LÓGICA: origem no grego logos, que significa: • pensamento, razão, raciocínio - atividade reflexiva; • linguagem, discurso articulado - atividade discursiva. • Para os gregos antigos, o pensamento podia ser efetuado apenas de forma linguística: o pensamento é a articulação de um discurso! ARGUMENTOS E INFERÊNCIAS “Quando as pessoas raciocinam, fazem inferências. Essas inferências podem transformar-se em argumentos, e as técnicas da Lógica podem então ser aplicadas aos argumentos resultantes. É desse modo que se avaliam as inferências a partir das quais os argumentos se originaram. A Lógica trata de argumentos e inferências. Um de seus objetivos fundamentais consiste em proporcionar métodos que permitam distinguir entre argumentos e inferências logicamente certos e aqueles que não o são.” (SALMON, 2002, p. 1) Fernando Gonsales. Níquel Náusea. In: Folha de S.Paulo, Caderno Ilustrada, Quadrinhos. São Paulo, sexta-feira, 05 de outubro de 2007. Aristóteles, Ética a Nicômaco, Livro I, capítulo 7 (1097b 15-20) “[...] por hora definimos a autosuficiência como sendo aquilo que, em si mesmo, torna a vida desejável e carente de nada. E como tal entendemos a felicidade, considerando-a, além disso, a mais desejável de todas as coisas, sem contá-la como um bem entre outros. [...] A felicidade é, portanto, algo absoluto e autosuficiente”. Premissa 1. A autosuficiência é aquilo que, em si mesmo, torna a vida desejável. Premissa 2. A felicidade é a mais desejável de todas as coisas. Conclusão. A felicidade é algo autosuficiente. OBJETIVOS DO CURSO • Apresentar temas e conceitos de lógica informal relacionados à argumentação. • Desenvolver nos alunos a capacidade de reconhecimento de diferentes estruturas argumentativas. • Oferecer ferramentas conceituais e operacionais para que os alunos desenvolvam e atentem ao pensamento crítico. EMENTA: Inferências e argumentos. Dedução e indução. Forma lógica, validade e correção. Falácias não formais. • PROGRAMA: • Pensamento Crítico: do que trata? • Inferir e inferências. • As noções de argumento, subargumento, argumento complexo, premissa, conclusão, sentença declarativa e proposição. • Identificação de argumentos. • Sobre argumentos dedutivos: • definição e tipos possíveis; • avaliando argumentos dedutivos: verdade, validade e correção. • Sobre argumentos indutivos: • definição e tipos possíveis; • avaliando argumentos indutivos: fortes e convincentes; • o princípio e o problema da indução. • Avaliação retórica de argumentos: as falácias não formais. • Reconhecimento de estruturas argumentativas: estudos de caso. BIBLIOGRAFIA BÁSICA • CARNIELLI, W. A.; EPSTEIN, R. L. Pensamento Crítico: o poder da lógica e da argumentação. São Paulo: Rideel, 2009. • FISHER, A. A lógica dos verdadeiros argumentos. São Paulo: Novo Conceito, 2008. • VELASCO, P. D. N. Educando para a argumentação: contribuições do ensino da lógica. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010. • WALTON, D. N. Lógica informal: manual de argumentação crítica. São Paulo: Martins Fontes, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR • COPI, I. M. Introdução à lógica. São Paulo: Mestre Jou, 1978. • HAACK, S. Filosofia das lógicas. São Paulo: UNESP, 2002. • PRIEST, G. Logic: a very short introduction. Oxford; New York: Oxford University Press, 2000. • SCHOPENHAUER, A. A arte de ter razão: exposta em 38 estratagemas. São Paulo: Martins Fontes, 2005. • SMULLYAN, R. Alice no país dos enigmas: incríveis problemas lógicos no país das maravilhas. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000. • TOULMIN, S. Os usos do argumento. São Paulo: Martins Fontes, 2006. • WESTON, A. A construção do argumento. São Paulo: Martins Fontes, 2009. • WILSON, J. Pensar com conceitos. São Paulo: Martins Fontes, 2005. COORDENADAS BÁSICAS • AVALIAÇÃO. • E-MAIL DA DISCIPLINA: pensamento_critico@hotmail.com – Senha: pcufabc2013 • CONTATO DA PROFESSORA: patricia.velasco@ufabc.edu.br
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