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RELAÇÃO ENTRE OS FATORES AMBIENTAIS CRÍTICOS, A GESTÃO AMBIENTAL E AS CONFERÊNCIAS AMBIENTAIS INTERNACIONAIS

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INSTITUTO Federal do CEARÁ
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
SUELEN ISABEL GALDINO LIMA
RELAÇÃO ENTRE OS FATORES AMBIENTAIS CRÍTICOS, A GESTÃO AMBIENTAL E AS CONFERêNCIAS AMBIENTAIS INTERNACIONAIS
Quixadá - CE
JULHO DE 2016
SUELEN ISABEL GALDINO LIMA
RELAÇÃO ENTRE OS FATORES AMBIENTAIS CRÍTICOS, A GESTÃO AMBIENTAL E AS CONFERêNCIAS AMBIENTAIS INTERNACIONAIS
Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do IFCE – Institudo Federal do Ceará, para a disciplina de Introdução à Engenharia Ambiental.
Prof. Reinaldo Fontes Cavalcante
Quixadá - CE
JULHO DE 2016
É ciente que vivemos em um meio capitalista onde os interesses individuais e partidários são priorizados. Visando lucro, produção, consumo, acumulação de bens, entre outros. Mas atualmente a humanidade vem se preocupando sempre mais com a necessidade da preservação do meio ambiente. 
A sobrevivência do homem, a partir dos primórdios, só se deu por conta da sua capacidade de modificar o meio e os materiais naturais. Desde então houve quebra nos ciclos naturais e, consequentemente, impacto no ecossistema. 
Com isso, as agressões de grande porte começaram nas Idades Média e Moderna, especialmente no período da Revolução Industrial, que introduziu novos conceitos sobre a utilização do meio ambiente. Tendo seu início no século XVIII, foi fundamentado nos três fatores básicos de produção: o trabalho, o capital e a natureza. Com a chegada do século XX houve um grande salto: a tecnologia. Permitindo a geração de bens industriais numa quantidade e numa brevidade de tempo antes inimagináveis. Com isso, foram gerados maiores e mais graves impactos ao meio ambiente. Diante disso, o homem passou a agir como se fosse dono da natureza e apropriou-se dela. Não se pode culpar a tecnologia por gerar a crise ambiental, pois o fator agravante da crise é o modo como a tecnologia é usada pelo homem. 
É essencial que se faça entender a relação entre o homem e o meio ambiente. A gestão ambiental tem a principal função de garantir o uso racional dos recursos naturais, preservando a biodiversidade, desenvolvendo e implementando programas de reciclagem e educação ambiental. Analisando o impacto da atividade humana sobre os meios naturais e orientando a exploração dos recursos por meio de técnicas menos danosas ao ambiente. Prevendo técnicas para a recuperação de áreas degradadas, técnicas de reflorestamento, e o estudo de riscos e impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou ampliação de atividades produtivas.
Entre os fatores ambientais críticos, destacam-se a poluição ambiental, a disponibilidade de água potável, os recursos energéticos, a perda da biodiversidade e as mudanças climáticas. 
Poluição ambiental é o resultado de qualquer tipo de ação ou obra antrópica capaz de provocar danos no meio ambiente, é a introdução na natureza, de substâncias nocivas à saúde humana, a outros animais e ao próprio meio ambiente, que altera de forma significativa o equilíbrio dos ecossistemas. Uma vez que houve quebra no equilíbrio natural, requer um determinado período para que ele se reestruture. Em alguns casos o dano é permanente e irreversível. 
Dentre as formas de poluição destacam-se a poluição do ar com a queima de combustíveis fósseis, a degradação do solo e das águas, com o uso indiscriminado de agrotóxicos, de sacolas plásticas e de garrafas pet, a poluição sonora, a poluição visual e a radiação nuclear liberada pelas usinas. 
A poluição do ar é um dos fatores mais agravantes para os índices crescentes de danos à saúde humana, como também é um dos problemas mais sérios das grandes cidades. Uma pesquisa realizada em fevereiro de 2016 para a folha de notícias online BBC Brasil, mostra que mais de 5,5 bilhões de pessoas estão morrendo de forma prematura como resultado da poluição do ar, sendo o maior índice na China e na Índia. Segundo o estudo a poluição atmosférica causa mais mortes do que outros fatores de risco como desnutrição, obesidade, alcoolismo, abuso de drogas e sexo sem proteção. 
A poluição de corpos d’água potáveis é uma questão séria já que, basicamente, todos os organismos vivos dependem da água para sobreviver. Mesmo cobrindo mais de 3/4 do planeta, cerca de 97,3% do líquido vital está presente nos oceanos (água salgada), sendo imprópria para uso. A água doce representa 2,7% do total, mas 2,4% dela está situada em locais de difícil acesso, em regiões subterrâneas e nas geleiras, sobrando 0,3% para utilização. No Brasil, temos 13% da água doce disponível no mundo, com a grande maioria (73%) localizada na bacia amazônica.
 O lançamento de dejetos na água de rios e oceanos e a contaminação dos lençóis freáticos por componentes orgânicos provenientes do chorume de lixo e cemitérios; vazamento de tanques de armazenamento subterrâneo de gasolina; agrotóxicos e fertilizantes; rejeitos de aterros industriais; vinhoto resultante da produção do açúcar e do álcool, dentre outros, são fatores que comprometem a qualidade da água. 
Quando é lançado esgoto no corpo d’água há uma adição excessiva de nutrientes, que por sua vez, permite um aumento significativo de algas e cianobactérias, tendo como resultado a redução de oxigênio e bloqueio da luz solar. Dessa forma, plantas enraizadas passam a ter dificuldade para realizar o processo de fotossíntese, prejudicando seu crescimento; e animais não resistem à falta de oxigênio e alimento. Com a morte desses organismos, bactérias e seres bentônicos se proliferam, utilizando o pouco oxigênio restante e, ainda, alguns liberando toxinas. Tal fenômeno é definido por eutrofização. 
Dentre as várias formas de poluição uma das que se destacam é a poluição do solo. A exagerada produção de lixo é uma das principais responsáveis por esse tipo de poluição. A utilização de agrotóxicos, pesticidas e fertilizantes químicos nas atividades agrícolas também contamina o solo. Esses produtos químicos são prejudiciais às formas de vida microbiológica presentes no solo, alterando de forma drástica sua composição. O solo contaminado acaba afetando as plantações e as áreas de pastagens. Sendo assim, os vegetais absorvem essas substâncias, que são ingeridas pelos humanos e por outros animais. 
Quando falamos da relação entre desenvolvimento sustentável e o meio ambiente, intrinsecamente associa-se as necessidades de recursos energéticos.
 Na segunda metade do século XX, com a expansão do meio urbano-industrial, principalmente, na América Latina e Sudeste Asiático e, consequentemente, o crescimento populacional, houve o aumento exponencial da demanda energética. Nos últimos anos, a questão energética traz novas discussões: agências internacionais, estados e a sociedade, geram debate sobre consumo, recursos naturais, mudanças climáticas e, principalmente, a segurança energética dos países mais ricos. 
A matriz energética do Brasil é composta por energia elétrica que é produzida em usinas hidrelétrica, termelétricas e termonucleares. A eletricidade foi a fonte de energia primária mais utilizada no Brasil em 1999. Correspondendo a 39,5% do consumo do país. Seguida pelas usinas hidrelétricas, usinas atômicas ou nucleares, Petróleo, gás natural, dentre outras fontes como o carvão vegetal, a lenha, o álcool, o bagaço da cana de açúcar e outros resíduos vegetais (biomassa). Destacam-se também a energia solar e eólica. 
Dentre os fatores ambientais críticos apontados acrescenta-se a perda da biodiversidade. A destruição de habitat destaca-se entre os fatores que desencadeiam a diminuição da biodiversidade. Normalmente ocorre como resultado da urbanização e do desmatamento para aumento das áreas agropecuárias e desenvolvimento de grandes obras. Além disso, o aquecimento global é um fator a mais para essa destruição. 
O uso excessivo de recursos naturais também é uma grande ameaça à biodiversidade. A caça e a pesca, a retirada ilegal de madeira e a exploração de plantas, o tráfico de animaise plantas silvestres são apontados como as práticas mais destrutivas da biodiversidade.
O uso excessivo dos recursos naturais renováveis e não renováveis tem como resultante as mudanças climáticas, que por sua vez são alterações que ocorrem no clima geral do planeta Terra. Estas alterações são verificadas através de registros científicos nos valores médios ou desvios da média, apurados durante o passar dos anos. São produzidas em diferentes escalas de tempo em um ou vários fatores meteorológicos como, por exemplo: temperaturas máximas e mínimas, índices pluviométricos, temperaturas dos oceanos, nebulosidade, umidade relativa do ar, etc.
O homem percebe que a proteção ao meio ambiente é essencial para sua própria sobrevivência, pois, até então, as agressões contra ele eram as mais diversas possíveis. Essa conscientização não é algo novo, e por isso mesmo não se deu da maneira como é vista hoje. Foi a partir do século XIX que houve a criação de organizações ambientalistas, em 1865 na Grã-Bretanha, seguida pelos Estados Unidos (1883), África do Sul (1883) e, já no século XX, Suíça (1909). Em 1913, criou-se a Comissão Consultiva para a Proteção Internacional da Natureza, assinada por 17 países. Com o começo da guerra, contudo a Comissão foi esquecida (McCORMICK, 1992). 
A conferência das Nações Unidas sobre o meio Ambiente humano e documentos resultantes ocorreu em 1972, convocada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1968. Essa Conferência chamou a atenção das nações para o fato de que a ação humana estava causando séria degradação da natureza e criando severos riscos para o bem estar e para a própria sobrevivência da humanidade. Foi marcada por uma visão antropocêntrica de mundo, em que o homem era tido como o centro de toda a atividade realizada no planeta, desconsiderando o fato de a espécie humana ser parte da grande cadeia ecológica que rege a vida na Terra. 
Dentre as conferências ambientais internacionais destacam-se a conferência do Rio de Janeiro em 1992, a declaração do Rio sobre meio ambiente e desenvolvimento, a Agenda 21, os princípios para a administração sustentável das florestas, a convenção da biodiversidade (1992) e a convenção sobre mudanças do clima (1992).
Legalmente, o conceito de meio ambiente está contido no artigo 3º, I, da Lei nº 6.938/91: Art. 3º Para os fins previstos nesta Lei entende-se por: 
I – meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. 
É essencial construir um modelo inovador de proteção ao meio ambiente, com base na ética, sem considerar os recursos naturais, coisas apropriáveis pelo homem. A causa da crise é resultado do pensamento de que os recursos naturais limitados são para satisfazer as necessidades ilimitadas do homem. 
Só é possível remediar os danos causados e mitigar os danos de gerações futuras através do conhecimento e conscientização. Criando políticas e programas vigentes no âmbito social com preocupações reais voltadas ao meio ambiente, não só como fonte de nossas necessidades, mas também como forma de vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.domtotal.com/direito/pagina/detalhe/23711/a-relacao-homem-meio-ambiente-desenvolvimento-e-o-papel-do-direito-ambiental
http://www.significados.com.br/poluicao-ambiental/
http://www.ecycle.com.br/component/content/article/63/2960-poluicao-quais-tipos-existentes-ar-agua-solo-radioativa-termica-visual-luminosa-sonora-causas-aprofundamento-homem-natureza.html
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/poluicao-aguas.htm
http://www.ecycle.com.br/component/content/article/63/2945-poluicao-agua-perigos-riscos-saude-meio-ambiente-essencial-quatro-dias-potavel-categorias-pontuais-tipos-sedimentar-biologicas-detergentes-fezes-humanas-restos-alimentos-termica-quimica-fertilizantes-agrotoxicos-doencas-efeitos-humanos-meio-controle.html
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160213_poluicao_mortes_fn
http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/fe_e_meio_ambiente/principais_conferencias_internacionais_sobre_o_meio_ambiente_e_documentos_resultantes.html

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