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O Mundo Contemporâneo
FALCON, Francisco José Calazans & MOURA, Gerson. A Formação do Mundo Contemporâneo. Rio de Janeiro: Pallas, 1977.
Europa – Século XIX
A Formação do Mundo Contemporâneo
1.	Conceituação
Marco inicial: Primeira Guerra Mundial – com o desmantelamento de toda a estrutura organizada em função da Europa capitalista e imperialista e à sua imagem.
2.	Periodização
1ª. – etapa de formação, quando teve lugar o processo de ascensão e estabelecimento das formas capitalistas e burguesas da sociedade liberal, cujos limites cronológicos vão de 1760/80 até 1870/80;
2ª. – a etapa de expansão, quando se desenvolve o capitalismo monopolista e a expansão colonial imperialista, ao mesmo tempo que chega ao seu apogeu a sociedade liberal na Europa e nas áreas do mundo por ela influenciadas: são os anos de 1870/80 a 1914/18;
3ª. – a etapa de crise, marcada pelos conflitos mundiais do século XX, quando acontecimentos da maior importância, tais como a Revolução Russa e os Fascismos, revelam ou acentuam as contradições e o declínio da sociedade e do Estado liberal.
As principais transformações pré-capitalistas compreendem:
a)	A acumulação de capital;
b)	A liberação de mão-de-obra;
c)	Os progressos da técnica aplicada à produção.
A Fase da Formação da Sociedade Liberal
1.	As origens da sociedade liberal
- Historicamente assinaladas por um processo de transformações revolucionárias que constituem o advento capitalista: Revolução Industrial e Revoluções Democrático-Burguesas:
Revolução Industrial – seu aspecto econômico 
Revolução Ocidental – aspectos sócio-–políticos e ideológicos
1.1	– A Evolução econômica de 1760/80 a 1870/80 – o capitalismo liberal ou “industrial”
- Transformações econômicas que caracterizam o advento do capitalismo a partir da Revolução Industrial e suas consequências, incluindo as origens do subdesenvolvimento;
- Duas etapas: 
1ª. – de 1760/80 até 1870/1880 – formação: “etapa em que se opera o conjunto de transformações que assinalam o estabelecimento de uma nova sociedade – a sociedade capitalista burguesa”.
- Era do capitalismo industrial ou do liberalismo econômico.
2ª. – de 1870 a 1914 – compreende a fase de expansão do capitalismo que atinge a sua maturidade, caracterizando-se pela concentração capitalista e pela expansão mundial em termos de imperialismo, cujo resultado mais importante foi a partilha do mundo entre as grandes potências capitalistas.
1.a – o período de formação do capitalismo
a.1 – origens do capitalismo: a partir da desintegração e conseqüente superação progressiva do modo de produção feudal, a qual se processou no decurso de vários séculos, constitutivos da chamada “época pré-capitalista”. Quando a separação entre propriedade dos meios de produção e a força de trabalho vai ganhando maiores proporções: de um lado, os capitalistas, ou seja, donos do capital e os assalariados, donos da força de trabalho.
Relações de produção intermediadas pelo salário.
Oposição entre proletariado e burguesia: dois pólos da estrutura social capitalista.
- modo de produção capitalista corresponde a toda uma série de formações econômico-sociais capitalistas – com suas características próprias – distintas do modo de produção anterior, a feudal, ou do período de transição.
“É o funcionamento do modo de produção capitalista que faz com que se acumule nas mãos dos proprietários dos meios de produção uma boa parcela de trabalho, ou melhor, dos resultados do trabalho executado pelos assalariados, uma vez que os salários recebidos correspondem a apenas uma parte do valor que ele realmente cria ou acrescenta às mercadorias, a chamada ‘mais-valia’”.
a.2 – Existência de uma época anterior ao capitalismo: a “era pré-capitalista” 
- o capitalismo como estágio da evolução histórica e a necessidade de entender o seu surgimento;
- condições para o aparecimento do modo de produção capitalista “implica a convergência de duas ordens de transformações, cada uma delas responsável pela concretização de um daqueles fatores: 1ª. a acumulação de capital; 2ª. a liberação de mão-de-obra.
- “A acumulação de capital resultou num longo e diverso processo de concentração de riqueza e de expropriação de muitos em benefício de alguns poucos. Tal acumulação pré-capitalista ou “primitiva” realizou-se no mais das vezes em íntima conexão com a expropriação agrária da qual resultou a liberação de uma numerosa mão-de-obra rural.
- fenômenos simultâneos – exemplos: 
- cercamento dos campos;
- crescente divisão e especialização do trabalho;
- introdução da máquina no processo produtivo;
- integração no processo de produção com multiplicação da capacidade de trabalho: a máquina aumenta a capacidade produtiva mantendo o valor do salário reduzido.
Desencadeia-se, com a produção capitalista, um processo de crescimento e desenvolvimento auto-sustentado.
Configuração no panorama mundial a constituição de algumas áreas que passam a funcionar como pólos de desenvolvimento, contrapondo-se a outras áreas periféricas, coloniais ou não, que se situam em relação às primeiras em situação de dependência.
a.3 – Conceito de Revolução Industrial:
1 – como qualquer processo de industrialização mais ou menos acelerado, subdividindo-a em “revoluções industriais” – como “casos nacionais” - como sinônimo de industrialização em geral;
2 – conceito histórico preciso: “a Revolução Industrial” corresponde a um ‘fato’ ou acontecimento cronológica e geograficamente determinado.” Como “sinônimo das transformações ocorridas na Europa Ocidental durante a última parte do século XVIII e primeira século XIX, caracterizadas pelo aparecimento do capitalismo industrial em alguns países, sendo o aspectos mais notável dessas transformações, sem dúvida alguma, o aparecimento da máquina ou o advento do maquinismo no processo da produção industrial”;
- da Inglaterra para outros países – como processo iniciado na Inglaterra e repetido em outros países: importação de técnicas e técnicos ingleses. 
- situação inglesa: baixa taxa de juros, investimento em larga escala nos empreendimentos industriais, rentabilidade mais demorada e menor, vasto mercado colonial com dependências indireta (como o Império português), aumento do próprio mercado interno inglês com consequente aumento da economia de subsistência e lançamento no mercado consumidor de um número crescente de assalariados.
a.4 – processo de industrialização não deve ser entendido como algo homogêneo e regular:
- primeira etapa: têxteis, metalurgia do ferro, transportes. Seguido por vidro, cerâmica etc.; 
- setores com diferentes ritmos – defasagens intra-setoriais.
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A segunda Revolução Industrial
Impulso à Rede Ferroviária;
Do Ferro ao aço;
Substituição do vapor d’água pela eletricidade e pelo petróleo como fonte de energia;
Indústria química permite crescente independência industrial das matérias primas naturais;
Apogeu da fábrica com a linha de produção;
Ciência & Técnica;
O caráter científico da administração
Racionalização da produção e maximização de lucros
Fordismo e Taylorismo
Fordismo: Henry Ford (1863 – 1947) desenvolveu o sistema de organização do trabalho industrial denominado fordismo. A principal característica do fordismo foi a introdução das linhas de montagem, na qual cada operário ficava em um determinado local realizando uma tarefa específica, enquanto o automóvel (produto fabricado) se deslocava pelo interior da fábrica em uma espécie de esteira. Com isso, as máquinas ditavam o ritmo do trabalho.
O funcionário da fábrica se especializava em apenas uma etapa do processo produtivo e repetia a mesma atividade durante toda a jornada de trabalho, fato que provocava uma alienação física e psicológica nos operários, que não tinham noção do processo produtivo do automóvel. Essa racionalização da produção proporcionou a popularização do automóvel de tal forma que os próprios operários puderam adquirir seus veículos.
Taylorismo: Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), engenheiro mecânico, desenvolveu um conjunto demétodos para a produção industrial que ficou conhecido como taylorismo. De acordo com Taylor, o funcionário deveria apenas exercer sua função/tarefa em um menor tempo possível durante o processo produtivo, não havendo necessidade de conhecimento da forma como se chegava ao resultado final.
Sendo assim, o taylorismo aperfeiçoou o processo de divisão técnica do trabalho, sendo que o conhecimento do processo produtivo era de responsabilidade única do gerente, que também fiscalizava o tempo destinado a cada etapa da produção. Outra característica foi a padronização e a realização de atividades simples e repetitivas. Taylor apresentava grande rejeição aos sindicatos, fato que desencadeou diversos movimentos grevistas. 
(cf. http://www.brasilescola.com/geografia/taylorismo-fordismo.htm)
A dinâmica do capitalismo
REZENDE, Cyro. História Econômica Geral. São Paulo: Contexto, 2010.
Ênfase em setores diversos: “o capital comercial foi responsável pela concretização de condições viabilizadoras do capitalismo, o capital industrial impulsionou-o durante a sua “infância”, e o capital financeiro nutriu-o durante sua “adolescência”.
Quanto à concentração de capitais, ela faz parte da própria dinâmica do capitalismo que viabiliza o desenvolvimento econômico.
Flutuações cíclicas do capitalismo 
Fase A – de 1790 a 1814: devido à existência de uma economia de guerra, favoreceu apenas à Inglaterra – e os Estados Unidos em menor escala –, consolidando sua Revolução Industrial. A fase de depressão de 1815-1847 obriga a Inglaterra a enormes esforços internos, como a adoção de medidas livre-cambistas e a difusão de ferrovias, o que acaba penalizando as economias ainda em grande parte agrárias do continente europeu. A nova fase de crescimento econômico de 1848 a 1873, impulsionada pela exploração aurífera da Califórnia e da Austrália, coincide com o fim dos principais entraves à industrialização continental que, no entanto tem que enfrentar a concorrência de uma Inglaterra industrializada há um século, e senhora de vastas possessões coloniais que lhe garantem tanto mercados consumidores como fontes abastecedoras de matérias-primas. 
Fase B – de 1874 a 1896: marca duas características básicas da industrialização da Europa continental: a intervenção estatal, e a precoce existência do capital monopolista. 
Eliminação dos entraves sócio-políticos para a constituição de fortes burguesias nacionais, permitindo a formação crescente de mercados internos representativos, mas insuficientes para a consolidação de industrialização, dada a exiguidade de capitais disponíveis e a existência de concorrência interna. 
Países europeus e Japão conseguem a industrialização plena durante fase de depressão econômica.
Desenvolvimento e relação de trocas desigual levam à desigualdade entre países centrais e periféricos.
 
Surgimento dos Nacionalismos
Para Hobsbawm, o surgimento do nacionalismo, em suas vertentes burguesa e popular, originou-se da “dupla revolução”, a francesa e a industrial e esse passaria a carro chefe das questões levantadas pela classe média, juntamente com a adesão ao liberalismo, à democracia política e ao enfrentamento das reivindicações das classes trabalhadoras a partir da revolução de 1848. Com as grandes mudanças no cenário político econômico mundial entre 1875 e 1914, o apelo à nação sobrepõem-se mais intensamente ao das comunidades primárias parecendo urgir a necessidade de se construir a comunidade de congregamento imaginário do povo numa unidade idealizada de cultura, língua e anseios compartilhados.
Revolução industrial e crescimento econômico no século XIX
Referências Bibliográficas: 
FALCON, Francisco. Formação do mundo contemporâneo.
BEAUCHAMP, Chantal. Revolução industrial e crescimento econômico no século XIX. Lisboa: Edições 70.
Industrialização Francesa
A partir de 1804 com a criação do Banco da França, construção de novas estradas, remodelação dos portos, e incentivo à mecanização da produção. 
Burguesia politicamente bloqueada até 1815, quando assegura seu controle sobre o Estado francês.
Sujeição de muitos países à França durante a Era Napoleônica.
Itália : unificação em 1870 – Norte (industrial) e Sul (rural - mão de obra barata , fornecedor de matérias-primas e de investimentos de grandes proprietários)
Japão: Revolução Meiji – 1868 – apoio estatal; os capitais reuniram-se em torno de alguns conglomerados nipônicos, ditos zaibatsus, tidos como estratégicos ao desenvolvimento, tais como bancos, exploração mineral, indústria bélica, têxteis e comércio exterior.
Alemanha
O II Reich –Constituição imperial de 1871 - política financeira e monetária como elemento de união 
Até 1840 : incertezas do mercado
Zollverein (1854);
Papel do campo;
Programa de construção de ferrovias – o caminho de ferro mineiro inspira os primeiros projetos de linhas de utilização múltipla para facilitar o fluxo de matérias primas e as trocas entre as indústrias;
Unificação completada em 1870;
Poder dos cartéis;
A integração dos setores de base da industrialização, dos bancos e das sociedades de comércio e de transporte. 
Constituição de exército de reserva (aumento da população e migrações internas e externas e urbanização) - baixos salários;
Papel do Estado;
Papel das indústrias;
Expansão para a África: Camarões, África Oriental e sudoeste africano;
Em 1914, o mundo germânico torna-se a segunda potência industrial do planeta.
Rússia
Império russo e suas estruturas atrasadas só teria entrado em condições prévias de crescimento industrial depois de 1861 e da abolição da servidão;
Duas fases: 
1ª. Do século XVIII a 1840-1860 / 2ª. Até a 1ª. Guerra Mundial;
A partir de 1880 – abertura aos capitais estrangeiros e desenvolvimento impulsionado pelo Estado;
Política X Economia;
Revolução de 1917 .
Estados Unidos 
Ocupação do território co m a dizimação de nações indígenas e “anexação” das terras antes mexicanas;
Escravidão;
Imigrações;
Dinamismo agrícola; - orientação para o mercado;
Construção de ferrovias;
Guerra de Secessão – 1861 – 1865: Norte X Sul;
A industrialização acelera após 1870.
Produção de massa – com racionalização interna da produção;
Papel do Estado: a não intervenção econômica X intervenção política.
economiauff2013@gmail.com

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