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cap 5 giambi

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RESENHA ECONOMIA BRASILEIRA II
CAP. 5 - Esperança, Frustação e Aprendizado: A História da Nova República ( 1985-1989)
	Com o movimento “diretas já” que se emergia, o povo depositou muitas esperanças quanto ao fim das pressões inflácionárias, vo lta ao crescimento, redistribuição de renda e o aumento das liberdades civis e políticas com a redemocratização do país. A emenda Dante de Oliveira buscava sancionar o voto direto para as eleições presidenciais, porém, está não foi aprovada por falta de quórum. A solução foi as eleições indiretas com a vitória do MDB, o então candidato a presidência Tancredo Neves saiu vitorioso e iria levar adiante o plano de redemocratização do país. Porém, este foi internado e acabou por falecer antes de assumir a presidência da república, quem assumiu a presidência foi seu vice, José Sarney.
	Ao longo de cinco anos, três planos econômicos com o intuito de combater a inflação, o Plano Cruzado em 1986, o Plano Bresser em 1987 e o Plano Verão em 1989.. Apesar do fracasso quanto ao combate inflação, no período o país registra uma expansão de 24% no período.
	As medidas estabelecidas pelo PAEG com o principio da correção monetária mostraram-se um caminho equivocado para o combate da inflação. Havia uma certa unanimidade de se promover a desindexação da economia, porém, o debate é de como ela seria promovida. Isso porque numa economia indexada, a tendência inflacionária torna-se a própria inflação onde pequenas fontes inflacionárias passageiras tornam-se tendenciais. Neste período acredita-se que as causas sobre a inflação pairam sobre as relações contratuais, deixando de ser de fonte estrutural. Para tanto, o Plano Cruzado foi criado e considerado um plano heterodoxo. 
	Com sua base parecida com o plano econômico implementado na Argentina, as principais grandes quatro medidas do plano são a reforma monetária e o congelamento dos preços, desindexação da economia, as cadernetas de poupança trocaram seus indicadores para remuneração e os salários passaram a ser calculados pelas médias dos seis últimos meses. Inicialemente o plano obteve êxito reduzindo a inflação reduzindo-se entre 10 e 20% ao mês. Toda via o grande erro governamental foi o excesso de emissão de moeda, as taxas de juros tornaram-se negativas acarretando em uma valorização expressiva dos ativos financeiros da economia local. A redução dos juros estimulou o crédito e gerando uma explosão de consumo. Produtos que antes tinham seus preços congelados desapareceram das prateleiras, para comabater tal mal, foi implementado o cruzadinho. 
	O cruzadinho era um pacote fiscal que tinha o intuito desaparecer com o consumo e financiar um plano de investimento em infraestrutura. De fato, foi possível notar a redução consumo, porém, essa redução do consumo inviabilizou a expansão dos investimentos através da redução do orçamento do governo. Com a falha deste programa,o governo lança o Plano Cruzado II que era um pacote fiscal com o objetivo de aumentar a arrecadação do governo. Sendo este plano a válvula de escape para o congelamento dos preços. O plano cruzado teve seu fim com o a extinção do congelamento dos preços e a desestabilização das contas externas da economia que ocasionou na moratória dos juros externos, diminuindo ainda mais a entrada de recursos no país.
	O Plano Bresser tinha como objetivo promover um choque deflacionário na economia, com juros reais positivos que servem para freiar o consumo.e também evitar a especulação com estoques. Pretendia-se reduzir o déficit público com o aumento das tarifas públicas, reduzir subsidos, corte de gastos e de investimentos públicos. Foi decretado um contigenciamento de preços através de uma via heterodoxa em três etapas: a primeira era o congelamento de preços e salários por três meses, após isso havia a flexibilização do congelamento e por fim a liberalização total dos preços. Incialmente esse plano obteve um relativo sucesso, porém a o descongelamento parcial fez com que os níveis de preços flexibilizados contaminassem o restante dos preços.
	No período de vigência da nova republica, temos um crescimento do PIB em 4,3%, uma inflação na casa dos 471%, crescimento das exportações porém, com um saldo deteriorado em conta corrente devido as transferências unilaterais.
Ferreira e Marques, 2009, cap. 3 - Financeirização: Impacto nas prioridades de gasto do Estado - 1990 a 2007
	Na década de 80 o Estado toma uma posição passiva com relação a promoção ao desenvolvimento da indústria brasileira. Principalmente após o fim da rolagem da divida externa. Constatando-se uma redução dos gastos públicos nos governos Collor e FHC. A redução dos gastos governamentais tinha como objetivo de garantir a geração do superávit primário para pagamento de serviços da divida pública e amortização. Assim, o Estado vem reduzindo sua participação na economia real e deixando de ser um agente de fomento do crescimento econômico.
	Objetivo do Estado ao adotar determinadas políticas restritivas é a manutenção da credibilidade dos policy makers em evitar uma fuga de capitais trazendo mais distúrbios a economia, ou seja, o objetivo da política fiscal deixa de ser viabilizar o crescimento econômico e passa a viabilizar o ressarcimento dos seus compromissos financeiros uma vez que com a liberalização da capital, o país encontra-se em uma posição que está sendo controlado e vigiado pelo financistas que buscam um ganhos de curto prazo. As autoras dizem que a execução orçamentária do governo é uma representação das prioridades do governo. A partir da década de 90, os dispêndios do Estados são marcados pela forte queda nos gasts com investimento e voltados para o desenvolvimento da liberalização da conta capital. As despesas da conta capital foram quase sempre mais elevadas que as despesas correntes na economia e a elevação dos gastos da conta capital são frutos da financeirização da economia.
Reprimarização ou dependência estrutural sobre de commodities: O debate em seu devido lugar
Autores: Carlos Alves do Nascimento, Soraia Aparecida Cardozo e Samantha Ferreira e Cunha
O artigo tem por objetivo superar a discussão sobre a hipótese de reprimarização da pauta exportadora brasileira, propondo uma abordagem que extrapole a pauta de exportação e englobe, de forma racional as importações e a conta de serviços e rendas do balanço de pagamentos. A analise central do artigo é sobre o conjunto do balanço de transações correntes.
	Vários estudos tem apontado uma reversão da pauta exportadora no sentido de uma reprimarização . Com base em outros trabalhos o autor afirma que n composição da pauta de exportação os produtos manufaturados tem reduzido sua participação de 1990-1998 e elevado a participação dos produtos primários na economia. Apesar das commodities terem sofrido um boom a partir de 2003, é possível notar a elevação do quantum exportado dos produtos manufaturados. Classificando os produtos por tipo de exportação com um período relativamente longo, tem-se que os produtos de primário mantiveram sua participação em torno dos 44% e pode-se notar um crescimento dos produtos com uma intensidade tecnológica média.e uma redução dos produtos de alta tecnologias. 
	Os autores afirmam que em toda historia do comércio exterior do Brasil, tem-se uma elevada dependência das commodities para a manutenção dos superávits comerciais e o considera essa dependência como estrutural somadas aos produtos intensivos em recursos naturais e trabalho. Dessa forma, os bens primários são essenciais para a manutenção do dinamismo na economia brasileira. No passado as exportações de commoditites eram necessárias para assegurar as exportações de bens de capital e matérias primas para o desenvolvimento do processo de substituição de importações. Na atualidade com a economia globalizada, tem-se que a exportação de produtos primários é necessário para manter a crescente realização de investimentos externos seja no circuito financeiro da economia ou no circuito de produção real da economia com o objetivode viabilizar as importações dos bens de capital e produtos de alta intensidade tecnológica. Segundo o autor a industrialização não foi capaz de eliminar a dependência que as exportações têm em relação aos produtos primários.
Há evidencias de desindustrialização do Brasil
Autor: André Nassif
O autor parte da concepção para o inicio do debate que a globalização e a liberalização financeira e comercial, somadas a livre mobilidade de capital tem causado o que se denomina desindustrialização e recentemente atravessamos pelo o que se denomina de “doença holandesa”. Na versão brasileira do mal holandês, as novas políticas econômicas oriundas da mundialização do capital tem acarretado a perda relativa e precoce da participação do PIB na indústria brasileira com o retorno da participação da produção intensiva em recursos naturais. A tendência de desindustrialização tem sido acentuada pela combinação de uma valorização cambial e a elevação dos preços das commodities. O objetivo do artigo é analisar através da teoria econômica se o país tem sofrido um processo de desindustrialização acarretando o que se denomina de holandesa.
	O autor argumenta que o processo de desindustrialização não necessariamente é um mal para economia, países com renda per capta abaixo da média tendem a ter maior participação da renda no setores agrícolas, conforme o avanço da renda aos padrões médios tem-se uma maior participação na composição do produto no setor manufatureiro e conforme os países vão atingindo os patamares mais elevados de renda per capta e um alto dinamismo,explica-se pela diminuição da renda oriunda do aumento da produtividade do trabalho. Pode-se observar a desindustrialização pela redução da participação do setor industrial na composição do mercado de trabalho e uma expansão do setor de serviços, isso explica-se por um aumento da produtividade do trabalho.
	Observa-se a redução da participação da indústria após meados da década de 1980 até o inicio da década de 1990, em 1991 tem-se uma manutenção da participação da indústria na composição do PIB com aumento da produtividade do trabalho e queda na formação bruta de capital. Após 1999 tem-se uma manutenção dos investimentos e retração da produtividade do trabalho. Nega-se a hipótese de desindustrialização para economia brasileira uma vez que de 1990 a 2000 manteve os níveis de participação na composição do PIB, com aumento em 2004. E não se verificou a doença holandesa uma vez que não há uma realocação generalizada dos fatores de produção para um determinado setor. 
A Desindustrialização no Brasil
Autor: Wilson Cano
	Para o autor a industrialização é a força motriz do desenvolvimento porque ela impacta sobre a concentração urbana no qual facilitar a inserção de um leque de aparatos que dão condições à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Verifica-se que ao progredir no caminho do desenvolvimento, alguns indicadores tendem a igualar-se com os das sociedades com mais renda per capta. Dentre eles temos uma expansão da atividade industrial na composição do PIB e a redução dos bens primários, Para que isso ocorra a industrialização deve avançar mais que os demais setores na economia, o autor afirma que nenhuma nação se desenvolveu sem que tenha antecedido etapas de industrialização, com forte participação estatal. Quando o conjunto da industria atinge determinado ponto, tem-se a expansão dos ramos de serviços. 
	A inserção tardia do Brasil ao capitalismo usando ainda métodos de exploração humana pré-capitalista fez com o que o parque industrial brasileiro não se desenvolvesse completamente, com números reduzidos em sua composição do PIB. A de notar a brusca redução da sua participação na composição do PIB, saindo 33% em 1980 para menos de 12% no ano de 2011. A desindustrialização brasileira ocorre de maneira precoce uma vez que ela não alcançou determinada maturidade. É resultado de cinco fatores que afetam o ambiente econômico brasileiro: o primeiro deles é o plano real e a suas medidas de estabilização, a abertura comercial e a derrubada de barreiras protecionistas, as elevadas taxas de juros que fazem com que seja necessário que os investimentos tenha uma maior eficiência marginal do capital, o investimento estrangeiro direto que por muitas vezes tem uma característica especulativa, e, por fim, a desaceleração da economia mundial a partir de 2007.
	Segundo o autor, o remédio para desindustrialização passa longe das políticas liberais que são adotas pelos governos. É necessário grandes investimentos estatais para que o país reencontre o seu progresso tecnológico. É necessário políticas macroeconômicas, industriais e protecionistas direcionadas a inflação com forte intervenção dos Estados Nacionais. As medidas tomadas pelo governo na desoneração de diversos custos de produção surtiram um efeito positivo sobre ao que se refere de desaceleração da economia. O autor ressalta que é insuficiente que o Estado intervenha apenas sobre a infraestrutura básica, é necessário um aparato institucional como subsídios e proteções para que a indústria volte a se desenvolver. Mas devido os acordos internacionais firmados, neste instante dificulta a realização dessas ações. Segundo o autor a política industrial brasileira fica a cargo do BNDES e este comete mais equívocos do que acerto.
Uma crítica aos indicadores usuais de desindustrialização.
Autores: Ricardo Lobato Torres e Henrique Cavalieri da Silva
	O artigo tem como objetivo contribuir para o debate da desindustrialização a partir de uma discussão critica da aplicação de dois indicadores comumente usados, a participação da industria de transformação no PIB e a razão VTI/VBPI ( que é a razão valor da transformação industrial pelo valor bruto da produção industrial) esclarecendo seus problemas e sua impropriedade.
	Em síntese, existem dois tipos de desindustrialização, a natural e a precoce. A primeira tem ligação com a perda relativa de participação da indústria no emprego e no PIB conforme cresce a renda per capta de uma nação, isso porque a elasticidade-renda dos serviços torna-se maior que do que dos produtos industriais com o aumento de renda da população e o crescimento da produtividade da indústria ser maior que em outros setores. O segundo tipo de desindustrialização significa que a perda da participação da indústria no emprego e PIB antes do crescimento da renda per capta em níveis dos desenvolvidos, suas origens podem ser através do mal holandês, dos regimes macroeconômicos e da mundialização do capital.
	A redução da participação da indústria no PIB significa a perda da importância deste na formação de riqueza dos países, passando a ter um papel secundário na formação no crescimento econômico, O autor argumenta que no caso da indústria brasileira esse indicador é viesado uma vez que houveram mudanças metodológicas sobre os dados e as mudanças estruturais ocorridas no interior da indústria no período. No que se refere aos dados este sofreu transformações nos anos de 1986 quando o órgão gerador das contas nacionais deixou de ser a FGV passando ao comando do IBGE, após 1997 houve outra mudança metodológica com o objetivo de adequar aos critérios de padronização internacional e por fim, uma alteração no padrão internacional em 2007 alterou novamente a metodologia dos dados mudando o ano de referência para 2000. Sobre as mudanças estruturais ocorridas tem-se a introdução da terceirização e subcontratação, onde, reclassificou alguns trabalhadores ao setor de serviços somadas as mudanças macroeconômicas ocorridas no período de estabilização.
	A avaliação da densidade industrial é importante uma vez que ela tem ligação com os mais diversos elos industriais é medido pela razão VTI/VBPI, mas está sujeito a crítica e a principal delas é que essa razão sofre grande interferência sobre a taxa de câmbio, A outra crítica é de que ela não consegue mostrar qual setor industrial possui uma cadeia produtiva mais densa.
Plano Real, abertura econômica e desestatização
NILSON ARAUJO DE SOUZADurante o governo de Itamar Franco é implementado o PAI - Programa de ação imediata que nada mais era que um programa de transição que tinha como objetivo viabilizar a implementação do Plano Real, o diagnóstico era de que a economia andava sadia, porém, o governo estava debilitado devido as desordens administrativas e financeiras e esta era a causa inflacionária segundo o diagnóstico. A prescrição já conhecida tratava-se de um ajuste fiscal e monetário de caráter conservador para equilibrar as contas nacionais, a primeira medida adotada foi a elevação das taxas de juros e um forte contingenciamento fiscal. Outra medida é a continuidade do programa de desestatização iniciados por Collor, o PAI já dava pistas de como se trataria a implementação do plano real.
	O Plano Real desdobrou-se em oito etapas, a primeira delas era a renegociação da dívida externa com suspensão da moratória e consequente renegociação para dar maior atratividade aos recursos estrangeiro possibilitando o acumulo de reservas internacionais; a elevação dos juros projetando uma taxa 29% de juros reais estimulando a entrada de capitais ao país para viabilizar ancora cambial, que era um dos principais elementos estabilizadores da economia; a criação do fundo social de estabilização que tinha como objetivo estabilizar a situação fiscal do governo; a criação da Unidade real de valor que serviria como método de transição; a instauração do real com taxas de câmbio rígidas para cima, com o objetivo de que o aumento das importações reduzir a aceleração inflacionária; a ancora cambial que tem como resultado a invasão de produtos estrangeiros na economia, sustentado pelos altos juros e a desestatização da economia.

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